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Historia de vida de um empreendedor de sucesso, Antonio Schuh!

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Academic year: 2021

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Historia de vida de um empreendedor de sucesso, Antonio Schuh!

Os relatos que farão parte das narrativas contidas na historia de vida de Antônio Schuh são de sua esposa Eny Anita Schuh e do filho Reno Luiz Schuh. Também seu irmão Osvaldo colaborou.

Antônio Schuh nasceu na Picada Schuh, que se localiza em Vila Palanque, na divisa com Linha Herval, interior de Venâncio Aires em 02 de maio de 1924 e era filho de Pedro Schuh e Carolina Michels. Antônio Schuh procedia de uma família muito grande, comum nas famílias tradicionais daquela época, eram (ordem cronológica): João, Arnoldo, Alfredo, Edvino, Hilda, Antonio, Imelda, Odilo, Albino, Osvaldo, Ivone e Cacilda.

Seus pais eram colonos e plantadores de erva mate que ia além da cultura de subsistência, entre outros produtos que a terra podia lhes oferecer. Criavam pequenos animais, vacas leiteiras, entre outros, porcos, galinhas que lhe garantiam a alimentação para a família.

Para que os filhos tivessem alguma instrução só existiam as escolas mantidas pelos próprios moradores nas localidades do interior. Assim Antônio teve seu aprendizado na escola em Vila Palanque, distante de casa uns 3 km, que eram percorridos a pé, como era o costume da época. Antônio fez apenas os três primeiros anos do primário.

Tinha como diversão nos finais de semana as corridas de cavalo. Muito magro na infância e adolescência, era jóquei e tinha muito orgulho quando montava nos torneios organizados nos finais de semana. Tudo era feito de canchas improvisadas em meio às pastagens dos participantes da modalidade. Assim o divertimento estava garantido para os moradores daquela região de Palanque, interior de Venâncio Aires.

Outra atividade que muito gostava era tocar piston nas festas e bailes da região.

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Muito jovem foi convidado por seu irmão Arnoldo a ajudá-lo na padaria que este tinha na cidade de Venâncio Aires.

Antônio cumpriu o dever cívico em Santa Maria, local determinado para os jovens de Venâncio Aires. No exercito Participava da banda constituída pelos militares, sendo aproveitado seu dom para tocar piston. O serviço militar sempre foi motivo de orgulho e lhe abriu horizontes.

Depois de sair do quartel, Antônio tomou de volta a vida normal. Voltou a trabalhar com o irmão na padaria. Seu irmão resolveu voltar para palanque e negociou o estabelecimento com Antonio.

(Na foto, Antonio em Santa Maria no cumprimento do dever cívico).

Poucos anos depois Antonio resolveu abrir também um bar. Para ajudá-lo na padaria e bar, Antonio chamou de Palanque o irmão mais novo, Osvaldo, que viria a ser seu grande parceiro na construção do futuro. Segundo Osvaldo: “O bar iniciou as atividades no ano de 1950, ao lado do Sulbanco, na parte da frente da casa alugada do Tio Henrique Schuh, próximo a firma Martin Gueller, na época distante do Centro da cidade de Venâncio Aires. No ano de 1952 surgiu a oportunidade de mudar para o Hotel Central (Parece que no passado remoto era Ruschel). Funcionou até julho ou agosto de 1954 quando foi destruído por um incêndio, iniciado no Hotel”.

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Os negócios iam bem e até um “flamante” Ford 29 Antonio comprou. Estava aí mais uma atividade. Tinha padaria e bar, tocava piston nos bailes e utilizava o 29 como taxi. Formava-se uma convicção que passava aos filhos e conhecidos: “O homem deve ter no mínimo três fontes de renda... se uma vai mal, as outras garantem o sustento”.

(Na foto, Antonio Schuh em uma das festas na quais tocava aos finais de semana).

Mais ou menos em 1949, Antônio e Eny começaram a

namorar. Ainda antes do

casamento, Antonio adquiriu 25% da então pequena transportadora do sogro. Contudo não trabalhava na empresa. Continuava cuidando dos outros negócios e a D. Eny que cuidava este empreendimento.

(Na foto, o encontro do casal Antonio e Eny).

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O casamento aconteceu em 20 de dezembro de 1952 na Paróquia São Sebastião Mártir de Venâncio Aires. A festa se deu na casa dos pais de Eny e a lua de mel foi em Santa Maria.

Ao retornar da viagem, o casal recebeu de presente a casa para morar. O endereço jamais foi esquecido por Eny... “ficava ao lado da casa de minha mãe, na Osvaldo Aranha, 1416 em Venâncio Aires”.

(Na foto, o casamento de Antonio e Eny em Venâncio Aires).

Anos depois, os pais de Eny se separaram. O sogro foi embora com apenas um caminhão dos três que tinha. Os terrenos ficaram para a família. Como Antonio já tinha parte da empresa acabou ficando com os outros 75%, por negociação de Antonio com a sogra. Eny não se lembra de detalhes da negociação. Lembra apenas que passou a ensinar ao marido as lides burocráticas como datilografia, emissão de documentos, etc.

Aqui também Osvaldo contribui com seu relato:

“Assim como a Eny, também não sei como se desenvolveram as negociações entre o Antonio e o sogro para a compra da empresa”. No ano de 1954 o Antonio ficou com a totalidade da empresa, que teve o primeiro contrato social registrado na Junta Comercial no mês de dezembro de 1951.

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Foi também no ano de 1954 a abertura da filial de São Paulo. Até aquele ano (não sei durante quantos anos), a empresa era agenciada em São Paulo pela Transportes Panex, de propriedade do Sr Léo Bernard Riffel, de saudosa memória. Foi ele que incentivou o Sr Fritzen para abrir uma filial, pois as cargas da TVA estavam aumentando, bem como as cargas da Panex e as instalações físicas já não suportavam o movimento das duas.

(Na foto, os sócios da empresa, da esquerda para a direita. Antonio Pascale, Osvaldo e Antonio Schuh).

Foi também o Sr Riffel que sugeriu ao Sr Fritzen contratar o Antonio Pascale, que era o subgerente da Panex. “Ainda no ano de 1954, quando eu cumpria o dever cívico no 8º R.I, em Santa Cruz, o Antonio me convidou para trabalhar na filial em São Paulo, recentemente aberta, para aprender as lides da atividade, sob a orientação do Pascale, e depois abrir a segunda filial da empresa, em Porto Alegre. Fui a SP em fevereiro de 1955 e lá fiquei até o início do ano de 1957”.

Os três: Antonio, Osvaldo e Pascale, constituíram uma empresa em partes iguais. A Transportes Venâncio Aires Ltda.

Em 1º de outubro de 1956 levou a sede da empresa para Santa Cruz do Sul, que já despontava como um polo em desenvolvimento.

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Durante alguns anos pagavam aluguel. Primeiro na Rua Ernesto Alves e depois na “principal”. A Rua Marechal Floriano. Posteriormente Antonio comprou dois terrenos na Rua Venâncio Aires em Santa Cruz do Sul. Em um construiu uma ampla casa para a família e no outro um prédio para a transportadora. Mais tarde construiu na Rua Jorge Hoelzel, 114, residência onde ainda hoje mora Eny rodeada dos filhos e netos.

A empresa ia crescendo a cada dia. Abrindo novas filiais e agências (hoje chamados de franqueados), conforme as oportunidades apareciam. Como empresário gabaritado e conhecido na sociedade santa-cruzense foi presidente do Lions Clube Santa Cruz por uma gestão.

Antônio e Eny tiveram quatro filhos, Breno, Reno Luiz, Reni e Antonio Junior.

A idade foi chegando e Antonio se aposentou, mas

em nenhum momento

abandonou a transportadora.

(Na foto, Antonio e Eny, a filha Reni no colo da mãe, o filho Reno no colo do pai e Antonio Jr., à direita)

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Os seguidos planos econômicos, as formas de transporte, o perfil dos clientes se modificado... As empresas do perfil da TVA, que trabalhavam com “frete a pagar”, ou seja, os clientes eram conquistados em Santa Cruz e as outras cidades onde havia as filiais foram acabando. Talvez a decisão mais difícil na vida de Antonio teve de ser tomada nos seus últimos anos de vida... Seguir tocando a empresa, e, muito provavelmente quebrar, como havia acontecido com praticamente todos seus antigos concorrentes (Mayer, Exp. Rio Grande São Paulo, Cruzador, etc. etc.). Foi então que resolveu vender a empresa. Os novos investidores não resistiram ao mercado e acabaram por encerrar as atividades da empresa.

Antonio era um homem de muitos amigos, convívio social intenso. Firme nos negócios e que sabia aproveitar muito bem os momentos de lazer. Quando da morte do pai, Antonio comprou as partes que cabiam a cada irmão e colocou nas terras Albino (um dos irmãos) para tomar conta e cuidar da mãe e também para que não se perdesse a identidade do local onde viveu sua infância, seus amigos e companheiros de cavalgada na Picada Schuh no interior de Vila Palanque, Venâncio Aires.

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Sempre valorizou os parentes. Quando necessitava de funcionários para a empresa, a vaga era priorizada para eles. Ajudava a todos que lhe vinham ao encontro.

Antonio deixou um grande legado para os filhos e netos que ficarão guardados na memória como estimulo de luta e persistência em tudo aquilo que desejou e realizou em sua vida. Hoje Eny se diz satisfeita por ter conseguido reunir a família a sua volta, com filhos, netos e bisnetos. Podemos concluir que apesar de todo sacrifício em prol das conquistas desejadas por Antonio ele construiu uma bela família com frutos que se perpetuarão através das gerações.

Seu irmão Osvaldo diz: ”Antonio, que foi realmente um líder. Graças às oportunidades que me propiciou que consegui progredir, criar e educar os filhos e ter um razoável padrão de vida”.

Referências

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