• Nenhum resultado encontrado

As tecnologias da informação e comunicação - TIC'S influenciam o desempenho acadêmico

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "As tecnologias da informação e comunicação - TIC'S influenciam o desempenho acadêmico"

Copied!
55
0
0

Texto

(1)

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Stricto Sensu em Economia

AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO

TIC`S INFLUENCIAM O

DESEMPENHO ACADÊMICO?

Brasília - DF

2011

(2)

MANOEL HENRIQUE REIS NASCIMENTO

AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO TIC`S INFLUENCIAM O DESEMPENHO ACADÊMICO?

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Economia Regional da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Economia.

Orientador: Dr. Carlos Enrique Carrasco Gutierrez

(3)

Dissertação de Autoria de Manoel Henrique Reis Nascimento, intitulado AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO TIC`S INFLUENCIAM O DESEMPENHO ACADÊMICO? , apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Economia da Universidade Católica de Brasília, em 28/11/2011, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada.

Prof. Dr. Carlos Enrique Carrasco Gutierrez Orientador

Mestrado em Economia UCB

Prof. Dr. Osvaldo Candido da Silva Filho Mestrado em Economia UCB

Prof. Dra Jussará Gonçalves Lummetz Mestrado em Economia Unilasalle Manaus

(4)

A minha Mãe por sempre acreditar em mim e por nunca ter medido esforços para me

(5)

AGRADECIMENTO

A Deus, pois sem ele nada eu teria conseguido

Aos meus pais por sempre me apoiarem, nos diversos desafios enfrentados em minha vida, ao qual sem seu apoio não teria conseguido.

A todos os professores do Mestrado por terem acreditado que apesar dos contratempos e a distância seria possível propiciar um ambiente favorável para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.

Um agradecimento especial a Professora Dra. Jussará Gonçalves Lummertz por acreditar na importância da qualificação continuada, propiciando a todos a oportunidade de realização de mais uma etapa em suas vidas.

Ao meu orientador Dr. Carlos Enrique Carrasco Gutierrez, por suas valiosas orientações e por ter me incentivado a buscar os resultados e não simplesmente me fornece-los.

As minhas amigas de curso Lucélia Pontes e Renata Teixeira(PM), pelas valiosas intervenções e inúmeras horas de estudo a mim disponibilizado.

Aos irmão Lasalistas por essa tão grandiosa missão de educar e em especial ao irmão

(6)

RESUMO

NASCIMENTO, Manoel Henrique Reis. As Tecnologias da Informação e Comunicação TIC s Influenciam o Desempenho Acadêmico? 2011. 56f. Dissertação de Mestrado. Economia. Universidade Católica de Brasília, Brasília DF, 2011.

Este trabalho apresenta um estudo empírico sobre o efeito das Tecnologias da Informação e Comunicação TIC s sobre o Desempenho Acadêmico. Ao identificarmos esse efeito e sua correlação no processo de ensino aprendizagem, descobrimos que as tecnologias da informação e comunicação estão exercendo uma diminuição nesse desempenho, também foi identificado que quando aplicadas de forma incorreta, estão comprometendo o desenvolvimento e a qualidade do ensino. Também foram analisadas quais as deficiências e limitações dessas novas tecnologias. Complementarmente, analisamos qual aplicação mais adequada para o uso dessas tecnologias de forma a propiciar um melhor aproveitamento dessas ferramentas e dos recursos financeiros empregados na sua aquisição, desenvolvimento e na qualificação de pessoas. Observamos que o fundamental para um bom desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem melhorando assim o desempenho acadêmico é o alinhamento das Tecnologias da Informação e Comunicação com um Planejamento Pedagógico que contemple o uso dessas tecnologias como meio e não como objetivos finais desse processo.

(7)

ABSTRACT

NASCIMENTO, Manoel Henrique Reis. The Information Technologies and Communication - ITCs Effect o Academic Performance? 2011. 56f. Dissertation (Master of Economics). University Catholic of the Brasília, Brasília DF, 2011.

This assignment shows an empirical study about the effect of Information Technologies and Communication - ITCs for the Academic Performance. When we identify this effect and its correlation in the process of teaching and learning, we discover what Information Technologies and Communication are exerting a decrease in performance. Was also found that when applied incorrectly, are affecting the development and quality of education. Which also analyzed the shortcomings and limitations of these new technologies. In addition, we analyzed what appropriate one to use these technologies to provide a better use of these tools and the financial resources used in acquisition, development, qualification of the people. We note that the key to a good development of the teaching and learning thereby improving academic performance is the alignment of Information Technology and Communication with the Educational Planning that addresses the use of these technologies as a means rather than ultimate goals of this process.

(8)

Lista de Ilustrações

Figura 1 Diagnóstico Escola, Professor e Aluno ... 21

Figura 2 Informática como fim em si mesmo. ... 23

Figura 3 Informática para apoio Disciplinar ... 23

Figura 4 Informática para apoio a projetos educacionais. ... 24

Figura 5 Projetor Proinfo ... 32

Figura 6 Exemplo de Avatar ... 34

Gráfico 1 - Distribuição de Probabilidade ... 37

Gráfico 2 - Reta Ajustada de Regressão ... 37

Quadro 1 - Ações da Política da Informática no Brasil. ... 17

Quadro 2 - Modelo de Plano de Ação ... 22

Quadro 3 - Brasileiros que Estudaram com educação à distância (EAD, 2008). ... 29

Tabela 1 Número de instituições que ministram cursos a distância. ... 27

Tabela 2 Escolaridade da Mãe ... 40

Tabela 3 Regressão Linear ... 41

(9)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...12

1 REVISÃO DE LITERATURA ...14

1.1 A REUTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL (TE). ...14

1.2 DESENVOLVIMENTO DA INFOR-MÁTICA EDUCATIVA ...15

1.3 DEFINIÇÃO DA POLÍTICA BRASILEIRA DE INFORMÁTICA ...16

1.4 A UTILIZAÇÃO DE COMPUTADORES NO ENSINO BÁSICO ...18

1.5 IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA ...19

1.5.1 Diagnóstico tecnológico da escola, do professor e do aluno. ...19

1.5.2 Plano de ação ...21

1.5.3 Capacitação dos Professores. ...22

1.5.4 Definição e seleção de softwares. ...22

1.5.5 Definição do projeto pedagógico com a utilização da informática educativa. ...22

1.5.6 Implantação ...24

1.5.7 Avaliação ...24

1.5.8 Replanejamento ...24

1.6 O IMPACTO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO ...25

1.7 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ...26

1.7.1 Ead no Brasil. ...28

1.7.2 Novas tecnologias da comunicação e o EAD. ...31

1.7.3 Secondlife na educação ...33

2 OBJETIVOS E MÉTODOS ...36

2.1 MODELO ECONOMÉTRICO ...36

2.2 FONTE DE DADOS ...38

2.3 UNIVERSO E AMOSTRA ...38

2.4 DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS UTILIZADAS ...39

2.5 TESTES ESTATÍSTICOS ...40

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...41

4 CONCLUSÃO ...46

REFERÊNCIAS ...47

Apêndice A Questionário para levantamento de dados. ...49

(10)

Apêndice C Tabela de Dados ...51

(11)

12

INTRODUÇÃO

A cada dia mais e mais pessoas, empresas, governos e outras organizações sociais tornam-se dependentes do uso continuo de novas tecnologias, principalmente das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC s).

Não obstante o uso de novas tecnologias na educação têm se intensificado, quer seja para suprir a demanda de mercado por novos produtos, ou para a capacitação de mão-de-obra ou ainda na tentativa de melhorar a qualidade da educação no Brasil.

Para Oliveira (1997), o uso da tecnologia educacional foi reestruturada de acordo com a realidade brasileira, passando o uso do computador a se sobressair em relação a outros instrumentos, que podem melhor contribuir para o processo de ensino e aprendizagem.

Diversas iniciativas do uso das TIC s na educação foram utilizadas ao longo de nossa historia, sem muito sucesso, devido à forma incorreta de sua utilização e pela qualificação inadequada dos profissionais ligados a educação, principalmente dos professores, que são peças chaves desse processo. O uso da tecnologia da informação e da comunicação não deve ser empregado apenas como replicador de informações, mas como um meio para propiciar um ambiente favorável à produção e desenvolvimento do conhecimento.

A utilização das TIC`s é uma realidade, mas será que estão sendo utilizadas da melhor forma possível? Os profissionais da educação detêm a qualificação adequada e suficiente para manipulação dessas TIC`s? Não temos como deixar de utilizar tais tecnologias é um fator fundamental para o desenvolvimento da nação.

Estamos vivenciando uma nova economia, a economia Digital Também chamada de economia da Internet ou economia da Word Wide Web. Para essa nova forma de mercado, as redes digitais e as infra-estruturas de comunicação proporcionam uma plataforma global para colaboração e compartilhamento da informação.

Este trabalho procurou responder se as Tecnologias da Informação e Comunicação influenciam o desempenho acadêmico e qual sua relevância para esse processo, também fez parte dos objetivos desta pesquisa propor soluções para uma melhor aplicação das TIC s no processo de ensino aprendizagem.

(12)

13

diversas variáveis explicativas, dentre elas o uso da TIC, comparadas com o rendimento escolar do aluno, apresentando seus resultados e discussões.

(13)

14

1 REVISÃO DE LITERATURA

1.1 A REUTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL (TE).

A iniciativa do processo de Educação e Informática, no Brasil, teve seu início na década de 70, quando percebido a importância da escola voltada para os fins de desenvolvimento e capacitação dos recursos humanos essenciais ao desenvolvimento da base tecnológica sobre a qual estava se fundamentado o modelo econômico e social brasileiro.

Não foi apenas com a implantação de micro computadores, a partir da década de 80, no ambiente educacional que as escolas brasileiras tentaram utilizar alguma ferramenta tecnológica para melhorar a qualidade da educação no país, TVs, vídeos cassetes, retroprojetores e outras tecnologias já teriam sido utilizadas na tentativa de mudar a realidade do modelo ineficiente de educação do país.

O grande problema da ineficiência do uso da TE na educação foi à falta do alinhamento do uso das novas tecnologias com um projeto pedagógico que valorizasse o desenvolvimento do aluno considerando nossa cultura, conceitos e peculiaridades inerentes a nossa realidade enquanto país em desenvolvimento.

Nesse sentido surge a área da tecnologia educacional sob uma visão tecnicista, ou seja, dava ênfase aos meios tecnológicos na educação e não questionava suas finalidades. Desse Modo Pocho (2003, p.12) associava a tecnologia na escola a Uma visão limitada de educação, baseada em fundamentos teóricos e ideológicos externos . Mas a partir dos anos 80 com o desenvolvimento de um pensamento educacional mais crítico, a tecnologia educacional passou a ser vinculada a necessidade de se fazer educação contextualizada com as questões sócias e suas contradições, primando pelo desenvolvimento de um individuo crítico pronto para sua inserção no mundo em que vive, percebendo que é insuficiente apenas o uso da tecnologia, mas a necessidade de inovar em práticas pedagógicas.

É necessário criar estratégias que tornem o uso da tecnologia pelos alunos e professores uma ferramenta que propicie o desenvolvimento do conhecimento e não apenas um mecanismo de reprodução da informação.

(14)

15

É primordial que escolas, professores e alunos, tenham clareza dos objetivos finais ou os motivos da atividade do processo de ensino e de aprendizagem, contextualizando seus objetivos dentro de um contexto significativo, definindo as ações e procedimentos necessários para o alcance desses fins e considerem os objetos ou recursos disponíveis (tecnologias) para a melhoria do processo de ensino aprendizagem, partindo de uma análise crítica da realidade, criando condições para a formação da consciência crítica comprometida com a transformação da sociedade.

Acreditamos que a educação não pode ser desassociada da tecnologia devido ao fato de que o avanço tecnológico ainda não chegou para todos, a grande maioria não tem acesso ao conhecimento sobre ele. Então cabe a escola propiciar essa difusão de conhecimento, cabendo ainda à escola dominar este potencial educativo das tecnologias visando o desenvolvimento de um projeto pedagógico que propicie a autonomia dos educandos e a formação para o exercício pleno da cidadania.

1.2 DESENVOLVIMENTO DA INFOR-MÁTICA EDUCATIVA

A falta de planejamento da introdução dos computadores, da internet, dos Datashow e outras tecnologias de forma isolada dos avanços tecnológicos que ocorreram no mundo nas ultimas décadas, causaram uma defasagem tecnoeducativa para nossa sociedade. Os avanços que ocorreram, principalmente no campo da microeletrônica e mais recentemente no campo da nanotecnologia, trouxeram modificações tanto para o setor industrial como para o setor cultural, transformado o papel da escola nesse contexto.

(15)

16

1.3 DEFINIÇÃO DA POLÍTICA BRASILEIRA DE INFORMÁTICA

Analisando a evolução nos últimos anos vimos o surgimento, de forma jamais presenciada antes, inclusive em termos quantitativos e qualitativos, inúmeras inovações tecnológicas, principalmente no campo da microeletrônica e das telecomunicações, as quais proporcionaram o desenvolvimento de diversas áreas do conhecimento como na:

Economia dentre elas a possibilidade de uma vasta expansão do capitalismo; Indústria com a gama de processos que passaram a ser automatizados e robotizados;

Engenharia possibilitando com mais segurança a construção de máquinas e edificações complexas;

Telecomunicação com a possibilidade de nos comunicarmos por intermédio de aparelhos moveis;

Medicina com a precisa dos resultados e de diagnósticos de doenças antes não detectadas em tempo hábil.

Todas essas evoluções científicas e diversas outras foram possíveis pelo avanço da informática e suas aplicações. Diante do exposto questionamos o que a escola precisa fazer com esta realidade? Dentre várias alternativas tem-se a formação do indivíduo para essa nova realidade planejando o futuro e preparando as atividades que garantam as características básicas para o perfil desse novo profissional e cidadão.

Dentro deste contesto a definição da política de informática no Brasil foi marcada por vários conflitos de interesses e posições divergentes, uma parte da sociedade era favorável à determinação do governo em se criar uma reserva de mercado para a indústria nacional de aparelhos ligados à informática.

(16)

17

Datas Ações

1965 O Ministério da Marinha brasileira tinha interesse em desenvolver um computador com know-how próprio.

1971 O Ministério da Marinha, por intermédio do Grupo de Trabalho Especial GTE e o Ministério do Planejamento tomaram a decisão de construir um computador para as necessidades navais no Brasil.

1972 As questões de importações e exportações da informática foram transferidas para a CAPRE Coordenação das Atividades de Processamento Eletrônico, Ligada ao Ministério do Planejamento.

1977 Primeiro confronto entre Brasil e interesses estrangeiros, pela falta de uma definição explicita sobre a reserva de mercado em relação aos mini e microcomputadores IBM e Burroughs.

1979 As ações da CAPRE foram transferidas para SEI (Secretaria Especial de Informática) ligada ao CSN (Conselho de Segurança Nacional). Esta decisão acarretou inúmeras discussões pelo de a CNS estar ligada às opressões da ditadura militar.

1984 É aprovada a Lei de Informática, a qual impôs restrições ao capital estrangeiro, tornou legal a aliança do Estado com o capital privado nacional. Essa lei tinha uma previsão de 8 anos, tempo estimado para que a indústria nacional alcançasse a maturidade, visando à competitividade internacional.

1985 Faltam recursos humanos capacitados para o sistema de ciência e tecnologia. A partir daí, o governo passou a intensificar os investimentos na área de educação de 1º e 2º graus.

Quadro 1 - Ações da Política da Informática no Brasil. Fonte: Tajra (2004, p.28).

É importante salientar que antes de 1984, a indústria brasileira de informática já se encontrava com sua produção entre as 10 maiores do mundo, colocando o Brasil entre os países com o maior crescimento no cenário mundial e 60% dessa indústria trabalhava com equipamentos desenvolvidos no próprio país.

Esse interesse que o governo brasileiro tinha na reserva de mercado era desenvolver uma política com características independentes. É imprescindível que a detenção do conhecimento das áreas tecnológicas é determinante para o domínio do desenvolvimento do conhecimento. Existe um ditado que diz, quem detém o conhecimento detém poder e quem detém o conhecimento tecnológico detém ainda mais poder. Os valores do poder são alterados conforme as próprias evoluções sócio-culturais da humanidade.

(17)

18

1.4 A UTILIZAÇÃO DE COMPUTADORES NO ENSINO BÁSICO

Diante desta realidade, o governo brasileiro iniciou várias medidas no sentido de utilizar computadores na área educacional de 1º e 2º graus da rede pública, acompanhando a visão de outros países em melhorar a qualidade do ensino, garantindo aulas alunos o conhecimento e pró eficiências em novas tecnologias utilizadas pelas sociedades mais avançadas . De acordo com Tajra (2004), na década de 80, os países de primeiro mundo transformaram a inclusão de computadores nas escolas em um questão de problemática nacional, com 53% das escolas utilizando computadores com apoio de empresas privadas que atuavam nesta área.

No Brasil a primeira iniciativa pública ocorreu também na década de 80 com o projeto EDUCOM (Educação e Computadores), seguindo as preocupações dos países Europeus e Norte Americanos. Tavares (2000), em seu artigo descreve o surgimento dessas experiências.

O projeto EDUCOM é o primeiro projeto público a tratar da informática educacional, agregou diversos pesquisadores da área e teve por princípio o investimento em pesquisas educacionais. Este projeto forneceu as bases para a estruturação de outro projeto, mais completo e amplo, o PRONINFE.

Não se tem um modelo pré-definido para a aplicação da informática na educação. Ela deve variar de acordo com a realidade de recursos humanos, financeiros, técnicos, das metodologias escolares, levando em consideração à própria credibilidade da tecnologia na educação.

De certa forma o governo brasileiro tem apostado na capacitação de professores, privilegiando a autonomia da escola, para que esta possa se adequar mais facilmente à sua realidade e proposta de ensino.

(18)

19

dependente da empresa terceirizada, paga caro e não consegue a capacitação de seus profissionais obtendo resultados realmente satisfatórios.

É claro que existem alguns serviços de consultorias que dão suporte inicial preparando a escola para caminhar com suas próprias pernas, e com menos prejuízos.

Tem-se uma percepção de que computadores são fundamentais como ferramentas de apoio ao processo de ensino aprendizagem.

A primeira modalidade está associada a um padrão de visão pedagógica instrucionista, toda via a segunda está mais associada a uma visão pedagógica construtivista, que leva a formação de indivíduos críticos capazes de construir conhecimentos científicos significativos para a sociedade.

É importante frisar que os centros-piloto do Projeto Educom, tiveram rumos diferentes, apesar de terem tido os mesmos princípios

Após todas as iniciativas do Projeto Educom, foram alcançados vários resultados em âmbitos estaduais e municipais em várias cidades do Brasil.

1.5 IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA

Para efetiva implantação de um bom Projeto de Informática Educativa, não basta apenas à aquisição de computadores, porém faz-se necessário o entendimento e o levantamento das necessidades em relação ao diagnostico tecnológico da escola, do professor e do aluno, do plano de ação, da capacitação dos docentes, conhecimento e pesquisa de softwares, elaboração do projeto pedagógico com o uso da informática educativa, implantação e avaliação do projeto e replanejamento. Tajra (2004, p. 88).

1.5.1 Diagnóstico tecnológico da escola, do professor e do aluno.

Neste ponto deve-se realizar um levantamento detalhado da real capacidade da escola em relação a tecnologias da informação. Devem ser respondidas as seguintes questões:

(19)

20

visando à tecnologia e não o processo de ensino aprendizagem; informática relacionada a softwares educativos ou integrar a utilização da informática em projetos mult, inter e transdisciplinares.

Qual o percentual financeiro da escola disponível para aquisição, manutenção de computadores, softwares e para capacitação de professores. Estima-se que para um bom projeto de informática educativa, dois terço de seu orçamento deva ser destinado a capacitação de professores. Deve-se considerar para a definição do número de computadores da escola a quantidade total de alunos, assim como, á média de alunos por sala. Devem-se ter laboratórios com no mínimo um computador para cada dois alunos, assim para uma sala com 40 alunos deverá ter um laboratório com no mínimo 20 máquinas, em países mais desenvolvidos esta relação já se chega a um computador para cada aluno.

Hoje em dia não podemos desconsiderar a utilização de computadores em rede, principalmente na internet, deve-se analisar se uma impressora será suficiente, enfatizando a importância da motivação para os alunos quando estes têm seus trabalhos materializados em papel tornando suas produções tangíveis. Vale ressaltar que muitas escolas brasileiras não têm se quer um laboratório de informática quanto mais impressoras disponíveis.

A utilização de computadores em rede possibilitam um compartilhamento de recursos e informações que podem ser trabalhadas em grupos, além da redução de custos com instalações de programas, backups, manutenção e principalmente a segurança quando se tem a possibilidade de gerenciar níveis de acesso a recursos e o controle de conteúdos da internet, bloqueando conteúdos inadequados.

Outro aspecto relevante que deve ser considerado é o espaço físico que poderá ser disponibilizado para o ambiente da informática educativa, ou se haverá computadores disponíveis em todas as salas? Os seguintes aspectos devem ser contemplados: Iluminação, temperatura e layout das máquinas.

Deve-se definir a partir de qual série a informática será utilizada. É interessante salientar que quanto mais cedo à criança tiver contato com a tecnologia, melhor será para seu desenvolvimento e relacionamento com o meio, considerando nossa realidade onde praticamente todos os locais disponibilizam acesso a alguma tecnologia e/ou internet (caixas eletrônicos, máquinas de consulta, caixas de supermercados e etc). Daí a importância inserção da informática na educação, propiciando um cidadão mais preparado para a sociedade atual.

(20)

21

para as séries iniciais os softwares educativos sejam os mais adequados e para as outras séries a utilização de aplicativos contextualizados como suporte a produção do aprendizado.

Definir quais professores que estarão envolvidos e deverão ser capacitados, bem como que tipo de capacitação se faz necessária? Uma vez definida a proposta pedagógica da escola em relação ao uso da informática, os diretores escolares devem gerenciar tais ações. É importante o envolvimento do maior número possível de professores. Neste momento vale ressaltar a importância de se ter professores de fato comprometidos com o projeto, pois tais professores se tornarão os multiplicadores dentro do ambiente escolar.

É crucial que a escola identifique o nível de conhecimento tecnológico dos alunos, esta identificação fechara o diagnóstico, figura 1, traçando um rumo onde a escola melhor deve buscar como ferramenta tecnológica para suas atividades pedagógicas.

Figura 1 Diagnóstico Escola, Professor e Aluno Fonte: Tajra (2004).

Após as observações supracitadas é recomendável a aplicação de um diagnóstico formal para identificação dos dados referentes à escola, professores e alunos.

1.5.2 Plano de ação

(21)

22

Plano de Ação

Atividade Responsável pela

execução Data de Início Data de Fim Recursos Utilizados Custos

Quadro 2 - Modelo de Plano de Ação

1.5.3 Capacitação dos Professores.

Propiciar condições para a capacitação dos docentes, considerando os conhecimentos necessários para o desenvolvimento e uso da tecnologia definida como suporte ao projeto pedagógico da escola.

1.5.4 Definição e seleção de softwares.

Especificação e escolha dos Softwares que deverão ser utilizados de acordo com a modalidade escolhida pela escola, considerando a capacidades dos professores escolhidos. Devem-se propiciar condições e tempo para que os professores tenham a oportunidade de conhecerem os softwares disponíveis no mercado, definindo aqueles que melhor se adequam as suas necessidades. É importante que os mesmos tenham contato com esses softwares durante o período de capacitação.

1.5.5 Definição do projeto pedagógico com a utilização da informática educativa.

(22)

23

O uso da informática como um fim baseia-se no estudo das ferramentas disponíveis nos programas aplicativos, sem nenhuma relação com os assuntos e temas estudados na escola. O uso da informática para apoio das disciplinas, em muitos casos, limita-se à utiliza de softwares educacionais de uma forma isolada, limita-sem a existência da relação entre os trabalhos disciplinares.

Informática para projetos educacionais prevalece à visão sistêmica, ou seja, do todo considerando todas suas interdependências. Podemos exemplificar tais visões das seguintes formas: Figura 2 Informática como fim em si mesmo; Figura 3 Informática para apoio Disciplinar e Figura 4 Informática para apoio a projetos educacionais.

Figura 2 Informática como fim em si mesmo. Fonte: Tajra (2004).

(23)

24

Figura 4 Informática para apoio a projetos educacionais. Fonte: Tajra (2004).

1.5.6 Implantação

É a hora de por em prática tudo aquilo que fora planejado de acordo com o plano de ação no ambiente de informática educativa.

1.5.7 Avaliação

É o momento de avaliar o que fora planejado com o que foi alcançado com o desenvolver das atividades.

1.5.8 Replanejamento

(24)

25

1.6 O IMPACTO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO

Até o início da década de 60, os computadores eram utilizados apenas de forma isolada, sem oferecer oportunidade de exploração a qualquer usuário remoto. A partir dos anos 80 surgiram as redes de computadores, preliminarmente de uso exclusivo dos militares, com o objetivo de compartilhar recursos e troca de mensagens. Hoje essa rede tomou proporções mundiais criando assim a rede das redes, a rede mundial de computadores, ou seja, a Internet, Kurose (2003, p. 47), afirma que a internet pública e uma rede de computadores mundial, ou seja, uma rede que interconecta milhões de equipamentos de informática no mundo.

Graças à internet podemos fomentar algumas das questões mais importantes da atualidade: o compartilhamento de recursos, a comunicação e a informação.

Não podemos ignorar a existência desta rede, a cada dia nos tornamos mais dependentes de seus serviços e nossos jovens é que detém o grande desafio de lidar com essa nova tecnologia e o volume de informações que ela lhes proporciona, úteis ou não. Ainda para Tajra (2004, p. 156).

Mas que futuro é esse? Esta é uma grande incógnita e, com certeza, não será o que vivemos hoje. Já superamos a fase de educação para os sistemas industrializados, a educação em massa. As riquezas não são mais medidas em função das conquistas materiais, sejam riquezas industriais, sejam riquezas agrícolas. A riqueza do futuro, que já é realidade, é o conhecimento.

Vivemos em uma sociedade de que, quem tem conhecimento detém o poder e não é atoa que empresas visionárias investem bilhões para tentar dominar a internet, ou seja, as informações do mundo o conhecimento.

Devemos fomentar nos jovens o uso da rede de forma crítica na busca de informações, tratá-las e por fim, a se comunicarem. A internet é meio fácil e acessível financeiramente para a comunicação. Através desse meio podemos facilmente nos comunicar com grandes estudiosos, cientistas e políticos, sem ela seria quase que impossível fazer esta comunicação.

(25)

26

trabalhos em grupos, fóruns de discussões e propiciar para nossos alunos uma visão instantânea da realidade mundial.

1.7 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Após a década de 60, o mundo se voltou a um processo de ampliação e extensão do acesso à educação nos mais diversos níveis de ensino e de inovação pedagógica. Na fundamentação desse processo se encontra o Ensino a Distância EAD, a globalização teve seus processos impulsionados principalmente pela introdução de novas tecnologias de informação e comunicação, assim como pela economia e pela política, esse crescimento fez com que a EAD deixasse de ocupar um papel importante apenas para educação, mas também para economia e para política. Para Preti (2000), este movimento ganhou maior transparência política a partir da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n 9394).

Quando analisamos o Brasil como um país de dimensões continentais e lugares de acesso remoto e estruturas precárias onde levar um profissional qualificado para essas regiões se torna praticamente impossível, a EAD passa a ser vista como um meio prático e funcional para levar educação de qualidade a essas regiões, a um custo economicamente viável.

Estamos convergindo para uma sociedade da informação onde o conhecimento é o bem mais valioso e significativo, a mercadoria que define as relações sociais e de trabalho.

A escola já seu deu conta do valor do conhecimento em uma sociedade onde só têm êxitos os melhores, os mais bem preparados, os possuidores do maior cabedal de informações significativas, o conhecimento. Porém a escola pública detém um enorme déficit de recursos tornando-a ineficiente em seu papel de fornecer o conhecimento, às pessoas interessadas. Para Preti (2000), a escola passa por uma crise gerencial devendo ser submetida a uma reforma administrativa para se tornar competitiva.

Portanto, o discurso agora é voltado a uma qualidade de educação voltada para aos conceitos, aos preceitos, aos critérios e às práticas empresariais com a pretensão de otimizar, de racionalizar, de melhorar a utilização dos recursos limitados disponibilizados as serviços educacionais.

(26)

27

alternativa economicamente viável as exigências sociais e pedagógicas que conta com o apoio dos avanços das novas tecnologias da informação e da comunicação para implementação da EAD.

A EAD passou a ocupar uma posição estratégica na qualificação de profissionais, diminuindo sensivelmente os investimentos educacionais, do ponto de vista ideológico, traz a idéia de que o conhecimento está disponível a quem quiser.

Na Tabela 1 temos o número de instituições que ministram cursos a distância credenciadas pelo Sistema de Educação, por estado sede da instituição, nível educacional e natureza jurídica.

Tabela 1 Número de instituições que ministram cursos à distância.

Quantidade de

instituições Nível educacional Natureza jurídica

Região Estado instituições Número de % superior Educação básica e Educação

técnicos Pública Privada

NE

Alagoas 2 0,5 2 2

Bahia 24 6,3 11 13 15 9

Ceará 10 2,6 6 4 6 4

Maranhão 8 2,1 4 4 5 3

Paraíba 2 0,5 2 2

Pernambuco 10 2,6 5 5 10

Piauí 4 1 2 2 3 1

Rio Gr. do Norte 5 1,3 4 1 3 2

Sergipe 4 1 2 2 1 3

Total 69 18,3 38 31 47 22

N / NO

Amapá 1 0,2 1 1

Amazonas 6 1,6 2 4 5 1

Pará 8 2,1 4 4 4 4

Roraima 4 1,0 4 2 2

Tocantins 4 1,0 2 2 3 1

Total 23 5,9 13 10 15 8

CO / CW

Distrito Federal 23 6,1 8 15 7 16

Goiás 7 1,8 3 4 4 3

Mato Grosso 4 1 2 2 3 1

Mato G. do Sul 8 2,1 6 2 3 5

Total 42 11 19 23 17 25

SE

Espírito Santo 6 1,6 3 3 2 4

Minas Gerais 39 10,3 31 8 21 18

Rio de Janeiro 41 11 20 21 10 31

São Paulo 59 15,7 34 25 8 51

Total 145 38,6 88 57 41 104

(27)

28

Rio Gr. do Sul 46 12,2 12 34 11 35

Santa Catarina 29 7,7 10 19 4 25

Total 97 25,7 39 58 21 76

Total Geral 376 100 197 179 141 235

Fonte: Litto (2009).

1.7.1 Ead no Brasil.

O Brasil vem desenvolvendo programas em EAD há décadas, alguns deles muito conhecidos, como o MEB (1956), projeto Minerva (1970), Logos (1977), Telecurso de 2º grau (1978), Mobral (1979) e, mais recente, Um salto para o Futuro (1991), Telecurso 2000 (1995), TV Escola (1996) e Proformação (1999). Preti (p. 31, 2000).

Um sistema nacional de EAD, a nosso ver, talvez, não seja o melhor caminho para a nossa realidade, o Brasil é um país de diversas culturas, as distâncias e os problemas sociais têm melhores soluções se atendidos por iniciativas locais e regionais. Talvez a falta de desenvolvimento de uma cultura estudantil voltada ao comprometimento do aprendizado, seja a maior deficiência de nossos estudantes. O EAD exige uma disciplina de estudo rigorosa e comprometida com a produção do conhecimento, onde o aluno terá na dedicação a pesquisa a compensação de fatores do ensino presencial, cabendo apenas ao seu próprio esforço e motivação, os seus resultados e a aprendizagem. Pesquisas realizadas avaliando os grandes programas de EAD que o MEC desenvolveu ao longo desta década vêm comprovar a debilidade de tais ações centralizadas, sem uma estrutura de apoio e acompanhamento dos programas in loco. Preti (2000).

(28)

29

Tipo de

levantamento Número de alunos no país Descrição

Instituições

credenciadas 1.075.272 Alunos de instituições credenciadas para ministrar EAD pelo Sistema de Educação (Conselho Nacional de Educação e Conselhos Estaduais de Educação). Cursos livres 1.074.106 Alunos de 42 instituições que oferecem cursos livres a

distância (exemplos: Senac, Senai, Fundação Bradesco, Alumni, Portal Educação etc.).

Educação corporativa 498.653 Alunos de 32 empresas ou instituições que ministram cursos a distância para seus próprios funcionários ou colaboradores (exemplos: Itaú/Unibanco, Petrobras, Vale, Xerox etc.).

Total 2.648.031 Total 2.648.031

Quadro 3 - Brasileiros que Estudaram com educação à distância (EAD, 2008). Fonte: Litto (2009).

Algumas ações de EAD desenvolvidas no Brasil.

E-TEC

Lançado em 2007, o sistema Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec) visa à oferta de educação profissional e tecnológica a distância e tem o propósito de ampliar e democratizar o acesso a cursos técnicos de nível médio, públicos e gratuitos, em regime de colaboração entre União, estados, Distrito Federal e municípios. Os cursos serão ministrados por instituições públicas.

O MEC é responsável pela assistência financeira na elaboração dos cursos. A estados, Distrito Federal e municípios cabe providenciar estrutura, equipamentos, recursos humanos, manutenção das atividades e demais itens necessários para a instituição dos cursos. A meta é estruturar mil polos e atender 200 mil alunos até 2010. Brasil (2011).

E-Proinfo

(29)

30

TV Escola

A TV Escola é um canal de televisão do Ministério da Educação que capacita, aperfeiçoa e atualiza educadores da rede pública desde 1996. Sua programação exibe, nas 24 horas diárias, séries e documentários estrangeiros e produções próprias.

Os principais objetivos da TV Escola são o aperfeiçoamento e valorização dos professores da rede pública, o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem e a melhoria da qualidade do ensino. Há inúmeras possibilidades de uso da TV Escola: desenvolvimento profissional de gestores e docentes (inclusive preparação para vestibular, cursos de progressão funcional e concurso público); dinamização das atividades de sala de aula; preparação de atividades extraclasse, recuperação e aceleração de estudos; utilização de vídeos para trabalhos de avaliação do aluno e de grupos de alunos; revitalização da biblioteca e aproximação escola-comunidade. Alguns dos programas exibidos pela TV Escola estão disponíveis para download gratuito no Portal Domínio Público. Brasil (2011).

Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB)

O programa busca ampliar e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior, por meio da educação à distância. A prioridade é oferecer formação inicial a professores em efetivo exercício na educação básica pública, porém ainda sem graduação, além de formação continuada àqueles já graduados. Também pretende ofertar cursos a dirigentes, gestores e outros profissionais da educação básica da rede pública. Outro objetivo do programa é reduzir as desigualdades na oferta de ensino superior e desenvolver um amplo sistema nacional de educação superior a distância.

Há polos de apoio para o desenvolvimento de atividades pedagógicas presenciais, em que os alunos entram em contato com tutores e professores e têm acesso à biblioteca e laboratórios de informática, biologia, química e física. Uma das propostas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) é formar professores e outros profissionais de educação nas áreas da diversidade.

(30)

31

Figura 4 Campus da UAB Fonte: Brasil (2011).

1.7.2 Novas tecnologias da comunicação e o EAD.

O desenvolvimento vertiginoso de novas tecnologias aliadas às novas facilidades de usabilidade e interação entre homem e máquina, tem tornado cada vez maior o número de indivíduos adeptos as novas tecnologias de informação e comunicação, no Brasil o número de celulares já ultrapassa o da população, essas novas tecnologias trazem recursos que possibilitam pessoas a trocarem informação, trabalharem em conjunto, acessarem bibliotecas sem ao menos saírem de suas casas. A disponibilidade de conteúdos dinâmicos com imagens e sons, tornam cada vez mais atrativo a leitura nos e-books (livros eletrônicos), indiscutível o encantamento de nossos alunos por essas tecnologias.

Talvez o motivo da falha na utilização das TIC s na educação, tenha sido exatamente a falta de alinhamento dessas TIC s com os projetos pedagógicos, ou seja, como suporte para o desenvolvimento do curso e não como seus os objetivos finais.

(31)

32

dizer que a EAD passou por quatro gerações de tecnologias. Segundo Rumble (1996, p. 2-3) apud Preti (2000, p. 34) foram:

A primeira desenvolvida a partir de 1940, baseada no texto escrito; a segunda, a partir de 1950, utilizando a televisão e o áudio; a terceira, entre 1960-70, incorporando as tecnologias das duas primeiras gerações, produzindo um sistema de multimeios; e finalmente, a quarta, a que estamos vivendo, desenvolvendo sistemas de comunicação mediados por computador, como as conferências assistidas por computador e o correio eletrônico.

Na primeira geração os sistemas eram baseados por meio de textos, impressos ou escritos à mão, bem descrito pelo termo educação por correspondência. Eram clássicas desse período, faculdades e escolas por correspondência.

Na segunda geração os sistemas de educação se baseavam em televisão e áudio, onde se utilizavam a TV e o Rádio para captar leituras ao vivo da sala de aula e retransmiti-las a diversos grupos de alunos, que poderiam acompanhar a aula de outro ponto distante.

Na terceira geração de sistemas ouve uma combinação da primeira com a segunda geração, propiciando uma abordagem multimídia, com base em textos, áudio e televisão. O grande diferencia é que a transmissão passava a ser usada como suporte ao material impresso, e não o meio predominante como no caso da segunda geração. Surge neste momento a utilização dos computadores como forma de orientar a instrução, e como um meio que propiciava o acesso a bancos de dados, introduzidos aos poucos no processo de ensino de acordo com o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento. Na figura 4, temos o Projetor Proinfo.

Figura 5 Projetor Proinfo Fonte: Brasil (2011).

(32)

33

interatividade. Portátil e leve (apenas 5 quilos), é equipado com mouse, teclado e portas de entrada para CD, DVD e demais acessórios (USB), e congrega diversas funcionalidades. Portanto, dispensa o uso de computador. O objetivo é levar os conteúdos digitais para a sala de aula e, com isso, torná-la mais atraente e interativa. O Ministério da Educação já solicitou patente do produto. O projetor multimídia será mais uma ferramenta de inclusão digital do Programa Nacional de Tecnologia Educacional ProInfo. Os municípios, estados e Distrito Federal poderão adquirir este equipamento com recursos próprios ou de outras fontes, por meio de adesão à ata de registro de preços decorrente do pregão nº 42/ 2010, realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Brasil (2011).

Na quarta geração os sistemas foram desenvolvidos em torno da utilização das TIC s dando suporte a conferências, correio eletrônico associado a acesso a bancos de dados, bancos de informação e bibliotecas eletrônicas.

Vivemos em uma época em que o alto grau de interatividade permite que pessoas e organizações estejam constantemente interligadas, a facilidade com que as novas tecnologias da informação e da comunicação propiciam um ambiente favorável para troca de informação e recursos, faz com que aumente a discursão e a produção de conhecimentos, como também facilita a sua disseminação para quem desejar.

Devemos aproveitar esta nova era da interconectividade para fomentar em nossos alunos o desejo pela busca de informação e a geração de conhecimento, cabe aos gestores da EAD o aproveitamento desta interconectividade como ferramenta de apoio a melhoria do ensino.

1.7.3 Secondlife na educação

(33)

34

Figura 6 Exemplo de Avatar Fonte: Secondlife.

Todos percebem a probabilidade de uma imortalidade sem limites. Segundo Machado (2011), no Secondlife, o que importa é viver, ter experiências, socializar e brincar, é uma sociedade baseada em poucas regras e nenhuma lei.

Em uma comunidade onde fronteiras e nacionalidades são inexistem, qualquer pessoa pode ser fisicamente como quiser, basta personalizar seu avatar utilizando as próprias ferramentas de navegação oferecidas. Mas se você preferir pode comprar roupas novas ou copiar um determinado estilo de um astro famoso. Que tal um corte de cabelo como o do Bred Pit? Com o seu cartão de crédito você pode adquirir Lindens, a moeda utilizado no mundo virtual do Secondlife.

A participação na plataforma do Secondlife não está atrelada obrigatoriamente ao pagamento de taxas de adesão, pelo contrário, o acesso é livre de custos e qualquer pessoa pode ter um ou mais avatares durante o tempo que quiser sem qualquer ônus adicional e ainda tem a oportunidade de realizar negócios neste mundo virtual e ser bem remunerado (em lindens), mas que posteriormente pode ser transformado em dólares.

Uma informação bastante relevante é que empresas importantes estavam abrindo escritórios e filiais nesse novo mundo virtual. Algumas delas já estavam inclusive fazendo negócios através do Secondlife que repercutiam no mundo real - com dinheiro entrando em suas contas e produtos sendo entregues para consumidores que também estavam interagindo pela internet naquela plataforma.

Empresas de automobilismos lançam primeiramente seus protótipos de novos veículos no Secondlife e de acordo com a aceitação do mundo virtual ela lança no mundo real, tendo a certeza que seu novo modelo fara sucesso.

(34)

35

300 milhões de lindens) comercializando espaços no Secondlife, por exemplo, parece historia, mas aconteceu e foi retratada em reportagens de importantes publicações norte-americanas.

(35)

36

2 OBJETIVOS E MÉTODOS

A metodologia a referenciar e permear toda a atuação da necessidade de análise e estudo das técnicas, métodos e ferramentas para se mensurar a influência das TIC`s no desempenho acadêmico.

Foi realizada uma análise do ambiente universitário, onde se detectou a necessidade de mensurar a influência das TIC`s para o desenvolvimento acadêmico e quais seus impactos para na melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Para a classificação da pesquisa, toma-se como base a taxionomia apresentada por Vergara (2004). Que a qualifica em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios.

Quanto aos fins, a pesquisa foi aplicada e de investigação intervencionista. Aplicada porque é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver um problema e captar uma oportunidade, portanto, tem finalidade prática. E de Investigação Intervencionista porque pretende interferir na realidade estudada, para modificá-la. Não se satisfazendo em apenas explicá-la.

Quanto aos meios, foi pesquisa Bibliográfica e de Estudo de Caso:

Bibliográfica, segundo Vergara (2004, p. 48), é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral . Já que está foi elaborada a partir de material já publicado (livros, artigos de periódicos e etc.); De Estudo de Caso porque é circunscrito a uma ou poucas unidades, no caso desta pesquisa foram duas faculdades particulares de Manaus - AM.

2.1 MODELO ECONOMÉTRICO

(36)

37

Foi considerada uma análise Estocástica. Pois para cada valor do domínio (Variáveis explicativas do modelo) existe uma distribuição de probabilidade total dos valores da imagem (Variável a ser explicada do modelo).

Assim, para cada valor das variáveis explicativas (X), a variável a ser explicada (Y) pode assumir um intervalo específico, como visualizado no gráfico 1.

Gráfico 1 - Distribuição de Probabilidade

Devido à importância do Termo Erro a reta ajustada de regressão é gerada por um conjunto de dados que leva em consideração um termo chamado de erro aleatório (ou perturbação aleatória). Gráfico 2 Reta Ajustada de Regressão.

Gráfico 2 - Reta Ajustada de Regressão

A natureza estocástica do modelo de regressão implica que, para cada valor de X haja uma distribuição de probabilidade total dos valores de Y. Isto significa que o valor de Y não pode ser previsto exatamente.

A incerteza relativa de Y surge por causa da presença de erro aleatório, que provoca

causalidade em Y. Como nosso objetivo não é apenas o de obter os coeficientes , mais sim, o de tecer inferências relativas aos verdadeiros , Gujarati (2006). Consideramos as seguintes premissas de estimação econométrica:

O modelo de regressão é linear;

(37)

38

Homocedasticidade ou variância igual de ui; Não há autocorrelação entre os termos de erros; Ausência de covariância entre ui e Xi;

O número de observações n deve ser maior que o número de parâmetros a serem estimados;

Variabilidade dos valores de X;

O modelo de regressão está especificado de forma correta; Não há multicolinearidade perfeita.

Temos que o método de Mínimos Quadrados Ordinários torna-se o melhor estimador linear não tendencioso para estimar os coeficientes do nosso modelo. Gujarati (2006).

Gerando a seguinte modelo econométrico a ser utilizado (equação linear múltipla).

2.2 FONTE DE DADOS

O procedimento utilizado para coletar os dados da pesquisa foi feito através da aplicação de questionários (Apêndice A e B) e entrevistas com os sujeitos da amostra pré-definida para o estudo de caso e nas diversas obras bibliográficas utilizadas no desenvolvimento dessa pesquisa.

Foi feito um estudo descritivo de modo qualitativo, procurou-se investigar o que está acontecendo no ambiente educacional em sala de aula, voltado para obtenção de informações sobre a influência do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no desempenho acadêmico, procurando, através de uma postura interessada, presente e acolhedora, sem aprioris , colocando de lado os julgamentos, os conhecimentos anteriores, os pré-conceitos, focalizar aquilo que a academia manifesta no momento presente.

2.3 UNIVERSO E AMOSTRA

Para Vergara (2004, p. 50) o universo corresponde o conjunto de elementos (empresa, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que foram objetos de estudo e a amostra uma parte do universo escolhida segundo algum critério de representatividade .

(38)

39

O universo da pesquisa de Estudo de Caso foram os alunos do ensino superior, onde se teve como amostra os professores e alunos do 3º período do curso de graduação em Administração de duas faculdades locais (Manaus AM), do 1º Semestre de 2011, totalizando 162 entrevistados.

2.4 DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS UTILIZADAS

As variáveis de controle a serem utilizadas neste trabalho foram resultantes da tabulação dos dados pesquisados (162 observações) Apêndice C, como descritas abaixo:

Média das disciplinas obtida através da média aritmética das disciplinas do 3º período de graduação.

Onde xi são as disciplinas do 3º período e n o número de disciplinas do 3º período (totalizando 5 disciplinas).

Sexo Uma variável dummy definida como sendo:

1 = para Masculino;

0 = para Feminino.

Idade A idade do aluno quando cursava o 3º período de graduação. Inf_Bas Informática Básica, uma variável dummy definida como sendo:

1 = para sim possuí informática básica;

0 = para não possuí informática básica;

Renda Renda familiar, o valor monetário da renda familiar do aluno quando cursava o 3º período, descrita abaixo:

onde:

= é o número de membros da família.

Trabalha Trabalho, uma variável dummy definida como sendo:

1 = para sim trabalhava quando cursava o 3º;

0 = para não trabalhava quando cursava o 3º.

HorasEstudo Tempo dedicado ao estudo extra classe quantificado em horas semanais.

(39)

40

Tabela 2 Escolaridade da Mãe

Escolaridade da Mãe

Analfabeta 0

Ens_Fundamental Incompleto 4 Ens_Fundamental Completo 8

Ens_Medio Incompleto 9

Ens_Medio Completo 11

Ens_Superior Incompleto 13

Ens_Superior Completo 15

Pos-Grad 17

Considerou-se essa ponderação entre os valores pelo fato do range entre elas não alterar de forma significativa o modelo e por ser um padrão utilizado em pesquisas formais como no caso do IBGE.

T_Docen Somatória do Tempo de experiência na docência dos professores do 3º período.

T_Disc Somatória do Tempo de experiência dos professores na docência da disciplina trabalhada no 3º período.

UsoTic Somatória do Tempo em horas que os professores do 3º período utilizaram alguma TIC em sala de aula durante 1 semestre.

2.5 TESTES ESTATÍSTICOS

Alguns testes estatísticos foram realizados para testar a significância da regressão obtida através do método Mínimo Quadrados Ordinários (MQO), utilizou a análise do teste F, do teste T e avaliou-se o grau de ajustamento da regressão através do coeficiente de determinação do R-quadrado ajustado.

(40)

41

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inicialmente utilizou-se o método de regressão linear múltipla no intuito de avaliar, de modo geral, a influência das TIC`s, sobre o desempenho acadêmico (média aritmética das notas das disciplinas cursadas no período), sendo também considerada a influência de outras variáveis de controle, tais como, renda familiar, horas de trabalho, se o aluno estudava ou não, a escolaridade da mãe, se possuía informática básica, o tempo de docência do professor, o tempo de experiência do professor na disciplina, o uso das TIC`s, o sexo e a idade, visualiza.

Apesar dessas variáveis em conjunto terem apresentado significância, algumas individualmente apresentaram-se insignificantes para o modelo, por isso foi estimado um novo modelo apenas com as variáveis mais significantes. A partir da utilização do método dos mínimos quadrados ordinários obtidos com o auxilio do software Gretl obtivemos os seguintes resultados apresentados na Tabela 3 - Regressão Linear.

Tabela 3 Regressão Linear.

Modelo 1: MQO, usando as observações 1-162

Variável dependente: NotaMedia

Coeficiente Erro Padrão razão-t p-valor

const 7,14886 0,361078 19,7986 <0,00001 ***

Renda 2,88842e-05 1,71144e-05 1,6877 0,09348 *

Trabalha -0,512412 0,109912 -4,6620 <0,00001 ***

HorasEstudo 0,286008 0,0440898 6,4869 <0,00001 ***

Esc_Mae 0,0126323 0,0119959 1,0530 0,29396

T_Disc -0,0105902 0,00896596 -1,1812 0,23935

UsoTic -0,00248401 0,00124903 -1,9887 0,04849 **

Média var. dependente 6,837356 D.P. var. dependente 0,837316 Soma resíd. quadrados 55,26955 E.P. da regressão 0,597141

R-quadrado 0,510355 R-quadrado ajustado 0,491401

F(6, 155) 26,92596 P-valor(F) 7,70e-22

Log da verossimilhança -142,7627 Critério de Akaike 299,5255 Critério de Schwarz 321,1387 Critério Hannan-Quinn 308,3008

Fonte: Dados da pesquisa analisados no Gretl

*, ** e *** representam significância a 1, 5 e 10%, respectivamente.

Obtendo a seguinte Regressão:

(41)

42

Hipótese nula (não significante as variáveis em conjunto) e que os Beta s das variáveis exógenas não podem ter um valor zero, comprovado pelo P-valor (F) de aproximadamente 0, onde podemos concluir que de alguma forma a média esta sendo influenciada pelo conjunto destas variáveis.

Considerando todas as análises a 5%, temos que a variável Trabalha, HorasEstudo e UsoTic são significativas, juntamente com a constante.

A variável Renda mostrou-se significativa a 10% e Esc_Mae e T_Disc não mostraram-se significativas para o modelo.

Pode-se verificar que o modelo de regressão resultante (MQO Mínimos Quadrados Ordinários) não apresentou problemas de Heteroscedasticidade, como verificado pela estatística do teste LM Apêndice D, cujo p-valor apresenta 42,41%, onde não podemos rejeitar a Hipótese nula (sem heteroscedasticidade), ou seja, ao longo do tempo os dados mantém o mesmo fator de variância de erro, não comprometendo nossa análise.

Ao se realizar o teste de Reset de Ramsey Apêndice D, verificou-se que a especificação esta adequada, já que o p-valor do teste apresentou resultado superior a 0,8312 ou seja, não podemos rejeitar a hipótese nula (a especificação é adequada).

O teste de Colinearidade apresentado no Apêndice D, não demonstrou problemas de colinearidade entre as variáveis. Então podemos concluir que não existe uma relação linear perfeita ou menor que perfeita entre as varáveis explicativas do modelo de regressão.

A variável Dummy Trabalha Que apresentou uma relação inversamente proporcional a média do aluno, ou seja, uma diminuição de -0,512412, esse fato pode estar relacionado a falta de tempo para os estudos, já que boa parte do dia o aluno se encontra em atividades não acadêmicas como também a falta de disposição, muitas vezes o aluno sai de casa as 5hs da manhã para o trabalho saindo deste diretamente para a faculdade às 19hs onde deve enfrentar ainda +/- 3,5 horas de estudo. Ao longo do tempo este aluno tende a não ter o mesmo aproveitamento que exercia no início, prejudicando sua capacidade de absorção e aprendizado.

HorasEstudo Pessoas que dispõem de algum tempo extra (fora da sala de aula) para os estudos conseguem um melhor rendimento, para cada 1 hora a mais de estudo extra sala temos uma aumento de 0,286008 na média do aluno, esse fato confirma que pessoas que trabalham não encontram tempo para estudar tendo um rendimento muito menor.

(42)

43

que as auxiliam no seu processo de aprendizagem, como compra de livros, computadores, acesso a internet banda larga, uma boa alimentação e outros fatores que podem estar contribuir para que estes alunos tenha um melhor aproveitamento das informações adquiridas. E relevante salientar a importância de novas pesquisas, para tentar identificar quais os reais fatores que contribuem para que pessoas com mais renda tenham melhor desempenho, justificando ainda a necessidade do governo em investir em uma melhor redistribuição de renda.

UsoTic O uso das tecnologias de informação e comunicação demonstraram-se também significantes mais de forma inversa ao desempenho acadêmico, ou seja, para cada aumento em um ponto no uso das TIC`s tem-se uma diminuição de -0,00248401 na nota média do aluno.

O que nos permite inferir, baseados em pesquisas anteriores sobre o uso de tecnologias na educação no Brasil, que o problema ainda está na forma de utilização dessas TIC`s, apenas como meios de replicar dados e não para propiciar o aprendizado.

Deve-se ter um projeto pedagógico que se contemple a TIC como uma ferramenta de apoio para o desenvolvimento do aprendizado, e não como o objetivo final do processo.

É lamentável que em nosso país ainda não tenhamos aprendido a lição, que o foco do processo de ensino não pode ser no uso da tecnologia, a tecnologia deve ser apenas mais um mecanismo utilizado como suporte ao aprendizado, e principalmente deve estar alinhada com os métodos já existentes propiciando um ambiente ao qual o aluno possa ter acesso à pesquisa de informação, ao discurso, a troca de experiência e ao compartilhamento do conhecimento.

Ainda encontramos pessoas que acreditam, que a empregabilidade de novas tecnologias por si só irão resolver a situação precária de nossas escolas, professores e alunos. A simples compra de novos equipamentos não fará professores, escolas e alunos melhores.

Para o efetivo aproveitamento dessas novas tecnologias, devem ser pensados primeiramente os objetivos que essa tecnologia terá para o desenvolvimento do curso, como ela será aplicada e se os professores e alunos estão capacitados para a sua correta utilização, ou seja, a tecnologia como uma ferramenta de apoio para o desenvolvimento do aprendizado.

(43)

44

Países que tiveram melhorias significativas em seus modelos educacionais foram aqueles que perceberam que o uso das tecnologias deve ser alinhado com os objetivos de um projeto pedagógico voltado para a produção de conhecimento.

Vivemos em uma realidade onde as novas tecnologias têm proporcionado o compartilhamento de recursos e informação jamais obtidos antes, cabe a nós sabermos utilizar corretamente esses recursos.

Outras variáveis também tiveram alguma influência na composição do desempenho acadêmico, mas não de forma tão significativa como as duas anteriores supracitadas, foram elas:

T_Disc Tempo de experiência na disciplina, os resultados apresentados mostram que professores com um maior tempo de experiência na disciplina tendem a diminuir a média do aluno, ou seja, uma relação inversamente proporcional para cada ano a mais de tempo de experiência na disciplina do professor tem-se uma diminuição de -0,0105902 na média do aluno.

Talvez o fato se explique por uma predisposição a acomodação pela percepção erronea de que por já trabalhar com aquela disciplina há algum tempo não precise se atualizar e realizar novas pesquisas. Esses resultados mostram a relevância de se identificar quais fatores levam a professores com mais experiência na disciplina, contribuírem de forma negativa para o desenvolvimento do aluno.

Esc_Mae Escolaridade da Mãe, os resultados mostram que quanto maior o nível de escolaridade da mãe maior é a média do aluno (aumento de 0,0126323), talvez esse fato se explique devido ao tempo de convivência da mãe com seus filhos, que na grande maioria é a responsável pela educação e o acompanhamento escolar do mesmo.

Para obtenção das estimativas dos parâmetros do Modelo 1: MQO (Mínimos Quadrados Ordinários), usando as observações 1-162, foi utilizado o menu Análise, comando Intervalo de confiança para os coeficientes (software Gretl).

No Apêndice D, têm-se os coeficientes e seus respectivos intervalos de confiança. Após a realização de uma análise de resíduos, foi observado um bom ajuste do modelo aos dados.

(44)

45

As Estatísticas descritivas, usando as observações 1 162, para a variável 'Nota Media' (162 observações válidas) podem ser verificadas na tabela 4.

Tabela 4 Estatísticas Descritivas.

Medidas Valores

Média 6,8374 Mediana 6,7100 Mínimo 4,5200 Máximo 9,0200 Desvio padrão 0,83732 C.V. 0,12246 Enviesamento 0,37669 Curtose Ex. 0,33888

(45)

46

4 CONCLUSÃO

De acordo com os resultados encontrados, a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação no processo de ensino aprendizagem, evidenciam uma redução desempenho acadêmico dos estudantes investigados. A forma de utilização dessas tecnologias da informação e comunicação no processo de ensino e aprendizagem está focada na tecnologia como objetivo fim e não como um meio para o desenvolvimento do processo, dessa forma o uso dessas TIC s está desestimulando a leitura, a busca de informações e a pesquisa científica, tão importante para a produção do conhecimento.

A utilização das TIC`s de forma não planejada e principalmente não alinhada com o projeto pedagógico da escola, apenas servirá de facilitador da reprodução de informações (cópia digital), a facilidade proporcionada por essas novas tecnologias no sentido da reprodução e disseminação da informação é fantástica, permitindo que um número cada vez maior de pesquisadores tenha acesso a novas descobertas e ao compartilhamento das informações, permitindo-os a discussão necessária para consolidação do conhecimento.

Por outro lado desastrosa quando usada de forma incorreta, apenas como um mecanismo para a simples replicação de dados sem nenhuma reflexão desses sobre o contexto ou a realidade ao qual estão sendo utilizados, cabe ao professor criar mecanismos para que essas tecnologias não sejam usadas apenas como ferramentas de busca de informação. É preciso contextualizar essas informações, produzir discussões sobre elas, criticá-las, questioná-las e principalmente produzir conhecimento a partir de seu uso.

Para o professor não basta apenas usar um Datashow para reproduzir informações para seus alunos, a simples leitura de um texto em slides eletrônicos sem um devido planejamento e contextualização, não trará retornos e significativos ao processo de desenvolvimento do conhecimento, essas tecnologias trazem uma infinidade de possibilidades que podem ser exploradas pelo professor, propiciando a exposição de conceitos fundamentais para se começar as discussões necessárias ao aprendizado.

(46)

47

REFERÊNCIAS

BRAGA, Mariluci. Realidade Virtual e Educação. Disponível em:

<http://eduep.uepb.edu.br/rbct/sumarios/pdf/realidadevirtual.pdf>. Acesso em: 28 set 2011. BRASIL. Comitê Gestor da Internet. TIC DOMICÍLIOS e TIC EMPRESAS 2007. Disponível em: <http://www.cetic.br/palestras/pdf/2008/pal2008conip-06.pdf>. Acessado em: 02 out. 2011.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo). Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=244&Itemid=46 2> Acesso em: 14 out. 2011.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Sistema de rede e-TEC. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12326&Itemid= 665>. Acesso em: 14 out. 2011.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. TV escola. Disponível em: <http://tvescola.mec.gov.br/>. Acesso em: 14 out. 2011.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Universidade Aberta do Brasil (UAB). Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12265&Itemid= 823>. Acesso em: 14 out. 2011.

BRASIL. Secretaria de Educação de Santa Catarina. Proposta curricular de Santa Catarina. Disponível em:

<http://www.sed.sc.gov.br/educadores/proposta-curricular?showall=1>. Acesso em 5 out. 2011.

GUJARATI, Damodar N. Econometria básica. Tradução de Maria José Cyhlar Monteiro. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

KUROSE, James F; ROSS, Keith W. Redes de computadores e a internet: uma nova abordagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003.

LITTO, Frederic M. II; CLÁUDIO, André et all. Relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil. Disponível em:

<http://www.abed.org.br/censoead/CensoEaDbr0809_portugues.pdf>. Acesso em: 12 out. 2011.

MACHADO, João Luís de Almeida. O Planeta Educação no Secondlife. Disponível em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=958>. Acessado em: 12 out. 2011.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2006.

OLIVEIRA, Ramon de. Informática educativa: dos planos e discursos à sala de aula. 11ed. São Paulo: Papiros, 1997.

POCHO, Cláudia Lopes et all. Tecnologia educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. Rio de Janeiro:Vozes, 2003.

PRETI, Oreste. Educação a distância: construindo significados. Brasília: Plano, 2000. TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação. 5. ed. São Paulo: Érica, 2004.

TAVARES, Neide Rodriguez Barea. História da informática educacional no Brasil. observada a partir de três projetos públicos, 2000. Disponível em: <http://www. http://quimica.fe.usp.br/textos/tics/ticspdf/neide.pdf>. Acessado em: 5 out. 2011.

(47)

48

Imagem

Figura 1  Diagnóstico Escola, Professor e Aluno  Fonte: Tajra (2004).
Figura 2   Informática como fim em si mesmo.
Figura 4  Informática para apoio a projetos educacionais.
Tabela 1  Número de instituições que ministram cursos à distância.
+7

Referências

Documentos relacionados

Herc2 +/530 mice (Figure 5) and in individuals with the HERC2 P594L mutation (Figure 6A-6C) correlated with an increase in levels of the USP33 protein and a decrease in levels

Promovido pelo Sindifisco Nacio- nal em parceria com o Mosap (Mo- vimento Nacional de Aposentados e Pensionistas), o Encontro ocorreu no dia 20 de março, data em que também

QUANDO TIVER BANHEIRA LIGADA À CAIXA SIFONADA É CONVENIENTE ADOTAR A SAÍDA DA CAIXA SIFONADA COM DIÂMTRO DE 75 mm, PARA EVITAR O TRANSBORDAMENTO DA ESPUMA FORMADA DENTRO DA

A motivação para o desenvolvimento deste trabalho, referente à exposição ocupacional do frentista ao benzeno, decorreu da percepção de que os postos de

São por demais conhecidas as dificuldades de se incorporar a Amazônia à dinâmica de desenvolvimento nacional, ora por culpa do modelo estabelecido, ora pela falta de tecnologia ou

nesta nossa modesta obra O sonho e os sonhos analisa- mos o sono e sua importância para o corpo e sobretudo para a alma que, nas horas de repouso da matéria, liberta-se parcialmente

3.3 o Município tem caminhão da coleta seletiva, sendo orientado a providenciar a contratação direta da associação para o recolhimento dos resíduos recicláveis,

O lançamento em questão é de um texto sobre a escola de magia americana Ilvermorny Figura 16, juntamente de um teste para descobrir a que casa o público pertence, sendo esta, parte