nós é um motivo de alegria sabermos que você está conosco. Obrigado por que você tem sintonizado esse programa e tem sido fiel em nos acompanhar no

(1)

Data da gravação: Produtor: Itamir Neves Locutor: Itamir Neves

1

Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Para nós é um motivo de alegria sabermos que você está conosco. Obrigado por que você tem sintonizado esse programa e tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Sempre é bom sabermos que o nosso empenho tem sido reconhecido por muitos de vocês e sabemos isso pelas correspondências que vocês nos enviam. Hoje vamos estudar a segunda parte do capítulo 3 de Naum, lembrando que daqui a dois programas já estaremos estudando mais um livro bíblico. Iniciaremos o estudo do livro profético de Habacuque. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você se programar para me acompanhar em dez estudos para entendermos essa importante mensagem que Deus deixou para nós através do seu profeta. Depois, como muitos amigos e irmãos têm feito, você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração ou então trazer suas questões e dúvidas sobre assuntos polêmicos e do seu interesse. E foi exatamente isso que o nosso irmão Carlos, da cidade de Ponta Grossa fez,

enviando-nos essa questão:1154 “Querido Pr Itamir, tenho uma questão bastante

delicada, gostaria de saber exatamente o que a Palavra de Deus diz a respeito do relacionamento sexual antes do casamento. Nos dias de hoje essa pratica tem sido tão normal, que até dentro da minha igreja houve alguns casos. Agradeço desde já, Que a graça de Deus esteja sobre todos vocês, Obrigado, pois o Através da Bíblia que tem sido meu alimento diário.” Carlos Alexandre Keiber – Ponta Grossa – PR – email. Prezado Carlos, obrigado por suas palavras de

(2)

2

apoio. Temos pedido a Deus que nos ajude a manter o programa de forma pratica afim de que haja edificação.

Em relação à sua questão, como lhe respondi, o discípulo de Cristo precisa enfrentar a realidade atual. Vivemos num mundo sensual que procura destruir as nossas defesas. O mundo oferece e incentiva a participação em muitas atividades sensuais. O cristão que quer proteger a sua pureza precisa resistir as mais diversas tentações e comportamentos considerados normais, no mundo, para os namorados. Os solteiros do mundo podem achar normal ter muito contato sexual antes do casamento, mas o servo do Senhor vive conforme um padrão mais elevado. Lembre-se de que devemos viver de modo digno da vida para a qual fomos chamados (conf. Ef 4.1). Além do mais, no plano de Deus, as relações sexuais são reservadas exclusivamente ao casamento lícito de um homem e uma mulher. Por isso há a recomendação de que o leito matrimonial seja puro (Hb 13:4). A Palavra de Deus claramente condena todos os tipos de relações sexuais ilícitas (fornicação, prostituição, impureza) e atos relacionados (Gl 5:19). Como cristãos devemos buscar graça e suficiência do nosso Deus para termos vidas que lhe agradem. O estudo bíblico e a oração são armas poderosas para alcançarmos esses objetivos. E exatamente para orarmos eu o convido agora, bem como a todos que estão em sintonia conosco nesse momento. Vamos orar: "Pai amado,

somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia . Pai diante disso buscamos a iluminação do teu Espírito. Que o Senhor fale a cada coração. Pedimos Senhor, que tu nos dê forças para vivermos sempre para o teu inteiro agrado. Oramos em nome de Jesus. Amém!" Querido amigo, hoje temos por

(3)

3

propósito estudarmos o penúltimo parágrafo da profecia de Naum. Vamos estudar Na 3.8-13. Nesse texto o profeta Naum, transmitindo a Palavra do Senhor contra Nínive, condena mais uma vez essa terrível cidade, mostrando que o seu tempo de glória e esplendor, logo chegaria ao fim, como consequência dos seus pecados. Naum mostra que, embora, fosse Nínive e toda a Assíria um império mundial ameaçador, quando Deus resolvesse agir, nada impediria o seu castigo. Naum inicia esse texto mostrando que, se, Tebas, uma das grandes e poderosas cidades da época também tinha sido destruída, pelos próprios assírios, e não teve como resistir, certamente, Nínive não teria poder para resistir a ação fulminante do Senhor. Todo o orgulho, a arrogância e a soberba de Nínive cairiam por terra. Nada poderia ser feito para impedir a sua destruição. Os assírios que se achavam superiores a Tebas, pois a tinham conquistado, também cairiam.

A cidade de Tebas, estava situada às margens do Nilo, em grande parte ocupada pelas cidades de Luxor e de El-Carnaque. Para os egípcios e para os hebreus esta cidade era conhecida como Nô-Amon (conf. 3.8), a Cidade de Amon, pois só no tempo dos gregos recebeu o nome de Tebas ou de Dióspolis. Amon, era o

deus de Tebas cujo nome significa “escondido”, ele representava inicialmente as

forças reprodutivas, porém, depois foi renomeado, sendo chamado de Amon-Ra, o "rei dos deuses", passando a constituir uma das três divindades protetoras da cidade. Amunet, ou Mut era a deusa do Céu, e o seu filho Khonsu, era o deus da Lua, e juntos com Amon-Ra perfaziam as divindades de Tebas. O templo de Ámon-Ra em Carnaque representa um dos melhores e mais bem preservados templos de Tebas e mesmo do Egito antigo. Com os faraós da nona e décima

(4)

4

dinastias (2160-2025 a. C.) a cidade desenvolveu-se como centro administrativo dos governantes egípcios.

Tebas era uma obra arquitetônica, tinha uma avenida de esfinges, um conjunto de túmulos e outros monumentos erigidos em volta da cidade que a destacavam das

outras cidades egípcias. Ela desenvolveu-se ainda mais com os faraós das 19.a e

20.a dinastias, que adicionaram algum esplendor a esta cidade.

Os monumentos principais de Tebas são os templos de Carnaque e de Luxor, os túmulos dos faraós no Vale dos Reis, os Colossos de Mémnon e os templos funerários de Ramsés II, de Ramsés III e da rainha Hatshepsut.

A antiga Tebas e a sua necrópole foram classificadas Patrimônio Mundial pela Unesco. Esta local, hoje está ocupado pela moderna cidade de Luxor.

Querido amigo, essa grande e importante cidade, até hoje reconhecida como tal, foi um dia cercada, derrotada, invadida, ocupada e destruída, mostrando que não há poder humano que resista o poder divino. Deus usa Naum para trazer essa palavra de reflexão: por um lado o povo de Judá deveria confiar de que o Senhor agiria em seu favor, julgando os terriveis e cruéis assírios; porém por outro lado, essa palavra servia também para que os assírios refletissem e soubessem que eles também não poderiam resistir às ações poderosas de Deus. Toda a empafia, a arrogância e a presunção assíria seria derrotada, seria destruída pelo Senhor. Ao analisarmos esse texto podemos fazê-lo considerando esse título:

A destruição dos que se julgam superiores Na 3.8-13

(5)

5

Querido amigo, no verso quatro deste capítulo, estudado no programa passado, o profeta Naum apresentou Nínive na figura de uma prostituta, de uma mulher infiel. No mundo antigo o termo prostituição, além de nos fazer pensar na idolatria, nos lembra também a quebra de um vinculo, a quebra de um tratado. Segundo os historiadores antigos, parece que essa era uma prática habitual dos assírios, que, através desse procedimento foram traindo seus aliados, obtendo assim cada vez mais poder, expandindo-se por todos os lados.

Conforme a BEV (1998, p. 1435), Naum dá a entender que todas as nações, até mesmo a Assíria, têm um pacto com Deus (conf. Am capítulos 1, 2), e, todas são responsáveis diante de Deus. Nínive, na realidade, tinha se arrependido e tinha-se humilhado nos dias de Jonas, mas havia bastante tempo a cidade de novo se rebelara contra Deus. A índole dos assírios falou mais alto e aquele impacto, aquele avivamento que ocorrera anteriormente, quando ouviram a mensagem divina ... Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida (Jn 3.4), fora totalmente desconsiderado pelas gerações posteriores e, de novo a mensagem divina de juízo e destruição estava sendo proclamada por mais um profeta de Deus. A soberba, a arrogância e o orgulho tinham ganhado terreno no coração dos assírios. Não se podia imaginar que aquela grande nação, aquele poderoso império seria derrotado. Mas, quando percebemos que essa era uma decisão de Deus, podemos afirmar que:

A soberba dos que se julgam superiores é a causa do seu castigo

Nestes versos encontramos cinco afirmações sobre os que se julgam superiores:

(6)

6

A 1ª afirmação revela que diante de Deus não existem poderosos, v. 8

3.8 És tu melhor do que Nô-Amom, que estava situada entre o Nilo e seus canais, cercada de águas, tendo por baluarte o mar e ainda o mar, por muralha?

Duzentos anos antes, na época do Profeta Jonas, Nínive, a capital da Assíria, foi perdoada por Deus, mediante a penitência e o arrependimento de seu povo. Depois disso Assíria começou a crescer e a progredir rapidamente. Embriagados por suas conquistas, os assírios tornaram-se muito arrogantes e cruéis com os povos vizinhos. Em seu livro, Naum descreve a situação moral da Nínive dos seus dias como uma cidade de sangue e traição. Mandado por Deus, o profeta predisse o que a cidade iria sofrer como conseqüência de todo sangue derramado. O seu futuro já estava traçado. Até então Nínive era invencível. Mas, finalmente seria e, foi submetida pelo imperador Nabopolasar da Babilônia no ano de 612 a. C. Sua destruição e aniquilamento foram escritos por Heródoto, Dióscoro da Sicilia e outros escritores gregos.

Para comprovar que o juízo era inevitável, nesses versos, o profeta comparou Nínive com Tebas ou Nô-Amom, cidade egípcia de grande poder por sua posição estratégica para o comércio entre as diversas nações. Para Tebas ou Nô-Amom todos os povos se dirigiam para negociar, e para obter sua ajuda criando assim uma dependência até certo ponto não favorável à sua própria população. Como mencionamos, Tebas, literalmente Nô-Amom era considerada como uma grande

obra de arquitetura e, assim era chamada também de “Cidade de Deus”. Tebas

(7)

7

Com toda essa capacidade de atrair povos para o comércio, para os grandes negócios, Tebas caiu, ruiu sem apelação diante dos assírios em 663/664 aC. Ora, assim como a poderosa e influente Tebas tinha caído, assim também a poderosa e inexpugnável Nínive também cairia e seria totalmente destruída. Diante de Deus não existem poderosos!

A 2ª afirmação mostra que qualquer poderoso pode ser derrotado, vs. 9-10

3.9 Etiópia e Egito eram a sua força, e esta, sem limite; Pute e Líbia, o seu socorro. 10 Todavia, ela foi levada ao exílio, foi para o cativeiro; também os seus filhos foram despedaçados nas esquinas de todas as ruas; sobre os seus nobres lançaram sortes, e todos os seus grandes foram presos com grilhões.

Nesses versos, o profeta Naum continuou mencionando Tebas ou Nô-Amom como exemplo para Nínive. Mesmo mencionando as boas relações que Tebas tinham com as outras nações, com outros povos comerciantes, com as outras nações vizinhas, na hora do aperto, na hora mais difícil da sua existência como cidade influente, Tebas não teve nenhum apoio concreto para tentar escapar do confronto com o exército assírio. Tebas não era uma cidade conhecida como violenta, como cruel, como cidade sanguinária. Tebas era uma cidade pacífica e que mantinha boas relações com as outras, e, mesmo assim quando enfrentou os invasores assírios sua população sofreu muitíssimo, a cidade foi tomada e seus moradores foram levados para o exílio, para o cativeiro.

Portanto, a mensagem de Naum era muito clara: se Tebas, a amigável Tebas sofreu daquela maneira, certamente Nínive, a cruel Nínive sofreria sem apelação.

(8)

8

A 3ª afirmação revela que não há refugio para proteger-se do inimigo, v 11

3.11 Também tu, Nínive, serás embriagada e te esconderás; também procurarás refúgio contra o inimigo.

Assim como Tebas foi derrubada como alguém embriagado, assim também aconteceria com Nínive e com razão, pois eram dados à bebida, ao vinho, às orgias. Assim como um bêbado cambaleante, sem domínio de si, Nínive chegaria ao seu fim, ou talvez, seu fim chegaria de uma forma pior, pois a sua caracterização foi com uma prostituta (conf. vs. 4-7) que baseava seu poder na sedução e no engano ao oferecer aos seus parceiros prazeres passageiros. Conforme vimos no verso cinco Nínive seria desnudada diante dos povos, num espetáculo ridículo para todos os que observassem o seu fim.

Nesse espetáculo triste os povos, finalmente, descobririam como estavam sendo enganados por sua beleza, aparência e sedução. Por isso mesmo não seria ajudada, por isso mesmo não teria como se esconder do inimigo.

A 4ª afirmação mostra que toda fortaleza humana não resiste, v. 12

3.12 Todas as tuas fortalezas são como figueiras com figos temporãos; se os sacodem, caem na boca do que os há de comer.

Como vimos, Naum por toda sua profecia, destacou que a soberania de Deus não é arbitrária, nem é negociável. Diante dos impérios construídos por aqueles que se converteram em inimigos dos seus aliados a justiça de Deus, a retribuição divina não se faz por esperar por muito tempo. A ação soberana de Deus é direta e definitiva com respeito a Nínive.

(9)

9

Nínive tinha seduzido muitas nações para a morte e, assim viria sobre ela a própria morte. A figura de uma figueira com figos temporãos, prontos para serem comidos, era a figura que caracterizava a situação da cidade sanguinária. Nínive estava pronta para a destruição divina. A superioridade e a arrogância chegariam ao fim. Nínive só seria redescoberta em 1842 dC.

A 5ª afirmação revela que a força militar não pode deter o inimigo, v. 13

3.13 Eis que as tuas tropas, no meio de ti, são como mulheres; as portas do teu país estão abertas de par em par aos teus inimigos; o fogo consome os teus ferrolhos.

Diante da aproximação dos exércitos medos e babilônicos, todas as tropas assírias foram descritas como as mulheres, ou seja, não treinados para a guerra. Todas as barreiras para retardar o avanço do inimigo, como portões e grades, foram removidos não adiantariam. Tudo estava aberto, não haveria qualquer controle ou proteção.

Haveria incêndios, haveria pavor, muita fumaça, o caos estaria instalado. Até os ferrolhos dos grandes portais da cidade seriam queimados pela invasão medo-babilônica.

Naum não deixa dúvidas: o castigo de Deus estava dirigido especificamente contra os governantes e toda a classe de autoridades que deveriam ter liderado o povo para o bem e não para o mal. O próprio povo se comportaria como mulheres, no sentido de estar indefesos tanto diante dos reis, das autoridades, como também estariam indefesos dos inimigos conquistadores que os assediavam. Nem todo o povo ninivita tinha sido favorecido pelas conquistas dos seus exércitos.

(10)

10

Conclusão

Querido amigo, ao concluirmos nossa reflexão é necessário recordarmos que Naum, logo no começo da sua profecia a resumiu de modo geral no capítulo 1, nos versos 7 a 9. Naum foi o profeta que tinha uma só idéia - a destruição de Nínive. Convencido de que Yahweh, mesmo sendo tardio a irar-se, não deixaria de se vingar dos seus adversários, Naum projeta a luz do governo moral de Deus sobre Nínive, entoando o canto fúnebre do opressor maior do mundo. É o castigo do Senhor, por tanto tempo adiado, mas que aconteceria e seria completo e final. Naum se diferencia notavelmente dos seus predecessores, bem como dos seus contemporâneos - Jeremias e Sofonias - os quais visavam primeiramente a reforma de Israel. Em vez disso, o estribilho ou refrão de sua mensagem é uma certa forma de ardente indignação, expressando os sentimentos reprimidos dos seus compatriotas, os quais foram perseguidos durante gerações. A humanidade ultrajada que desperta e pede vingança, e ela viria: Eis que eu estou contra ti,

diz o SENHOR dos Exércitos, e queimarei na fumaça os teus carros, e a espada devorará os teus leõezinhos, e arrancarei da terra a tua presa, e não se ouvirá mais a voz dos teus mensageiros (Naum 2:13 e 3:5).

Querido amigo, minha oração é para que você, mesmo sofrendo as maiores dificuldades, se mantenha firme, sabendo que o Senhor não deixará a impunidade impune.