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Apostila de Didatica Musical

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Academic year: 2021

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Plano Estadual de Música

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Projeto Bandas

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FORTALEZA

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 – CEARÁ

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Setembro de 2.004

(2)
(3)

2 2

ÍNDICE

ÍNDICE

CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 1

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1.

1. O O SIGNIFICADO SIGNIFICADO DA DA ARTE ARTE NA NA EDUCAÇÃO. EDUCAÇÃO. 0303 2.

2. A A ARTE ARTE DEVE DEVE MOBILIZAR MOBILIZAR A A EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO ESCOLAR ESCOLAR EM EM ARTE. ARTE. 0505 SUGESTÔES

SUGESTÔES DE DE ATIVIDADES ATIVIDADES 0808

CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 2

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1.

1. A A CRIANÇA CRIANÇA NO NO AMBIENTE AMBIENTE NATURAL NATURAL E E CULTURAL CULTURAL 0909 2.

2. OS OS MEIOS MEIOS DE DE COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO NA NA AMBIÊNCIA AMBIÊNCIA INFANTIL INFANTIL 1010 “A

“A CRIANÇA CRIANÇA QUE QUE LÊ LÊ OS OS QUADRINHOS” QUADRINHOS” 1212 3.

3. O O PROFESSOR PROFESSOR E E AS AS CRIANÇAS CRIANÇAS NO NO ESPAÇO ESPAÇO DA DA ARTE. ARTE. 1414 SUGESTÕES

SUGESTÕES DE DE ATIVIDADES ATIVIDADES 1515

CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 3

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5(9,62','È7,&$

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1

1 A A DIDÁTICA DIDÁTICA COMO COMO ATIVIDADE ATIVIDADE PEDAGÓGICA PEDAGÓGICA ESCOLAR ESCOLAR 1919 2.

2. OBJETO OBJETO DE DE ESTUDO: ESTUDO: O O PROCESSO PROCESSO DE DE ENSINO ENSINO 2020 3.

3. OS OS COMPONENTES COMPONENTES DO DO PROCESSO PROCESSO DIDÁTICO DIDÁTICO 2121 4.

4. A A DIDÁTICA DIDÁTICA E E AS AS TAREFAS TAREFAS DO DO PROFESSOR PROFESSOR 2323 4.1.PARA

4.1.PARA O O PLANEJAMENTO, PLANEJAMENTO, REQUER-SE REQUER-SE DO DO PROFESSOR: PROFESSOR: 2323 4.2.PARA

4.2.PARA A A DIREÇÃO DIREÇÃO DO DO ENSINO ENSINO E E DA DA APRENDIZAGEM APRENDIZAGEM REQUER-SE: REQUER-SE: 2424 4.3.PARA

4.3.PARA A A AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO REQUER-SE: REQUER-SE: 2424 5. O

5. O COMPROMISSO COMPROMISSO DE DE SABER SABER ARTE ARTE E E SABER SABER E E SER SER PROFESSOR PROFESSOR DE DE ARTE ARTE 2525

CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 5

3/$1(-$0(172(6&2/$5

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1.

1.IMPORTÂNCIA IMPORTÂNCIA DO DO PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO ESCOLAR ESCOLAR 2727

2.

2. REQUISITOS REQUISITOS PARA PARA O O PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO 3030 3.

3. OBJETIVOS OBJETIVOS E E TAREFAS TAREFAS DA DA ESCOLA ESCOLA DEMOCRÁTICA DEMOCRÁTICA 3030 4.

4. EXIGÊNCIAS EXIGÊNCIAS DOS DOS PLANOS PLANOS E E PROGRAMAS PROGRAMAS OFICIAIS OFICIAIS 3131

CAPÍTULO 6 CAPÍTULO 6

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1. 1. OBJETIVO OBJETIVO 3232 2.

2. SELEÇÃO SELEÇÃO DE DE CONTEÚDOS CONTEÚDOS 3434 3.

3. ESTRATÉGIAS ESTRATÉGIAS PARA PARA APRENDIZAGEM APRENDIZAGEM 3636 2%-(7,926(5(63(&7,9$6(675$7e*,$60$,63529È9(,6 2%-(7,926(5(63(&7,9$6(675$7e*,$60$,63529È9(,64242 4.

4. RELACIONAMENTO RELACIONAMENTO COM COM O O PROCESSO PROCESSO DE DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO 4242

CAPÍTULO 7 CAPÍTULO 7

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INTRODUÇÃO 52 INTRODUÇÃO 52 1.

1. A A SELEÇÃO SELEÇÃO DE DE CONTEÚDOS CONTEÚDOS 5454 2.

2. A A ESTRUTURA ESTRUTURA DA DA DISCIPLINA DISCIPLINA 5555 3.

3. CRITÉRIOS CRITÉRIOS 5757

4.

4. ORGANIZAÇÃO ORGANIZAÇÃO SEQÜÊNCIAL SEQÜÊNCIAL DOS DOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS 5858 5.

5. CONSIDERAÇÕES CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES COMPLEMENTARES 6161

/(,785$668*(5,'$6

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6363

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6363

(4)
(5)

3 3 CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 1

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::

Nas escolas de educação infantil e de ensino fundamental

Nas escolas de educação infantil e de ensino fundamental11 a organização do ta organização do t rabalhorabalho de professores e d

de professores e de estudantes com a e estudantes com a arte implica narte implica necessariamente ecessariamente a explicação,a explicação, ainda que

ainda que breve, breve, do que se do que se entende por aentende por arte e por sua prte e por sua presença nas aulresença nas aulas ou cursosas ou cursos destinados especificamente ao estudo da mesma.

destinados especificamente ao estudo da mesma.

Quando praticamos o ensino e a aprendizagem da arte na escola surgem Quando praticamos o ensino e a aprendizagem da arte na escola surgem

também questões que se referem ao seu processo educacional. Uma delas diz

também questões que se referem ao seu processo educacional. Uma delas diz

respeito aos posicionamentos que assumimos sobre os modos de encaminhar

respeito aos posicionamentos que assumimos sobre os modos de encaminhar

esse trabalho em consciência com os objetivos de um processo educativo

esse trabalho em consciência com os objetivos de um processo educativo

escolarizado que atenda às necessidades de cultura artística no mundo

escolarizado que atenda às necessidades de cultura artística no mundo

contemporâneo. Assim, se pretendemos contribuir para a formação de

contemporâneo. Assim, se pretendemos contribuir para a formação de

cidadãos conhecedores da arte e para a melhoria da qualidade da educação

cidadãos conhecedores da arte e para a melhoria da qualidade da educação

escolar

escolar artística

artística e estética,

e estética, é prec

é preciso

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que organizemos

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nossas propostas

propostas de

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tal modo que a arte esteja presente nas aulas de Arte e se mostre significativa

tal modo que a arte esteja presente nas aulas de Arte e se mostre significativa

na vida das crianças e jovens. Estas são proposições que pretendemos

na vida das crianças e jovens. Estas são proposições que pretendemos

anunciar em linhas gerais neste capítulo, aprofundando-as um pouco mais nos

anunciar em linhas gerais neste capítulo, aprofundando-as um pouco mais nos

capítulos seguintes, com o objetivo de subsidiar as práticas e reflexões dos

capítulos seguintes, com o objetivo de subsidiar as práticas e reflexões dos

profissionais da área.

profissionais da área.

1. O SIGNIFICADO DA ARTE NA EDUCAÇÃO.

1. O SIGNIFICADO DA ARTE NA EDUCAÇÃO.

(...) antes

(...) antes de ser

de ser preparado

preparado para expli

para explicar a

car a importância

importância da arte

da arte na

na

educação. O professor deverá estar preparado para entender e explicar a

educação. O professor deverá estar preparado para entender e explicar a

função da arte para o indivíduo e a sociedade.

função da arte para o indivíduo e a sociedade.

O papel da arte na educação é grandemente afetado pelo modo como o

O papel da arte na educação é grandemente afetado pelo modo como o

professor e o aluno vêem o papel da arte fora da escola(...)

professor e o aluno vêem o papel da arte fora da escola(...)

A arte não tem importância para o homem somente como A arte não tem importância para o homem somente como instrumento para desenvolver sua criatividade, sua percepção instrumento para desenvolver sua criatividade, sua percepção etc., mas tem importância em si mesma, como assunto, como etc., mas tem importância em si mesma, como assunto, como objeto de estudos (Barbosa, 1975, pp.90 e 113).

objeto de estudos (Barbosa, 1975, pp.90 e 113).

Que importância é essa que se está dando à arte e faz com que ela tenha um espaço Que importância é essa que se está dando à arte e faz com que ela tenha um espaço também na educaç

também na educação em geral ão em geral e escolae escolar?r?

Primeiramente, é a importância devida à função indispensável que a arte ocupa na Primeiramente, é a importância devida à função indispensável que a arte ocupa na vida das

vida das pessoas e pessoas e na na sociedade sociedade desde os prdesde os primórdios da civimórdios da civilização, ilização, o que o que a tornaa torna um dos f

um dos fatores essenciais de humanizaatores essenciais de humanização. O fundamental, portanto, é entender que ação. O fundamental, portanto, é entender que a arte se constitui de m

arte se constitui de modos específicos com o mundo em odos específicos com o mundo em que vivem, ao se conheceremque vivem, ao se conhecerem e

e ao ao conhecê-loconhecê-lo22..

1

1 1. A Nova constituição da República Federativa do Brasil (de outubro de 1988). Art. 208. Alterou a1. A Nova constituição da República Federativa do Brasil (de outubro de 1988). Art. 208. Alterou a

denominação de Creches e Pré-escolas para Escolas de Educação Infantil, a de Escolas de 1º grau para denominação de Creches e Pré-escolas para Escolas de Educação Infantil, a de Escolas de 1º grau para Escolas de ensino fundamental, a de Escolas de 2º grau para Escolas de Ensino Médio e a de Escolas de Escolas de ensino fundamental, a de Escolas de 2º grau para Escolas de Ensino Médio e a de Escolas de 3º grau (ou faculdades) para Escolas de ensino superior. A Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação 3º grau (ou faculdades) para Escolas de ensino superior. A Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, já votada pela Câmara dos Deputados em 1993, incorpora a denominação da Nova Nacional, já votada pela Câmara dos Deputados em 1993, incorpora a denominação da Nova Constituição.

Constituição.

2

2 2. É importante relembrar que a atividade criativa é inerente ao ser humano por suas possibilidades de2. É importante relembrar que a atividade criativa é inerente ao ser humano por suas possibilidades de

múltiplas combinações de idéias, emoções e produções nas diversas áreas de conhecimento (ciência, múltiplas combinações de idéias, emoções e produções nas diversas áreas de conhecimento (ciência, técnica, tecnologia, arte). No caso, da arte, atividade criativa apresenta singulares no que diz respeito a técnica, tecnologia, arte). No caso, da arte, atividade criativa apresenta singulares no que diz respeito a

(6)
(7)

4 4

Os seres da natureza, bem como os objetos culturalmente produzidos, despertam em Os seres da natureza, bem como os objetos culturalmente produzidos, despertam em

todos nós diversas emoções e sentimentos agradáveis ou não aos nossos sentidos e

todos nós diversas emoções e sentimentos agradáveis ou não aos nossos sentidos e

ao nosso entendimento. Logo ao nascer, passamos a viver em um mundo que já tem

ao nosso entendimento. Logo ao nascer, passamos a viver em um mundo que já tem

uma história social de produção culturais que contribuem para a estruturação de nosso

uma história social de produção culturais que contribuem para a estruturação de nosso

senso

senso estético. Desde

estético. Desde a

a infância, tan

infância, tanto as

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crianças como nó

como nós,

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professores,

professores,

interagimos com as manifestações culturais de nossa ambiência e vamos aprendendo

interagimos com as manifestações culturais de nossa ambiência e vamos aprendendo

a demonstrar nosso prazer e gosto, por exemplo, por imagens, músicas, falas,

a demonstrar nosso prazer e gosto, por exemplo, por imagens, músicas, falas,

movimentos, histórias, jogos e informações com os quais nos comunicamos na vida

movimentos, histórias, jogos e informações com os quais nos comunicamos na vida

cotidiana (p

cotidiana (por meio de

or meio de conversas, livros

conversas, livros ilustrados,

ilustrados, feiras, rádio, tele

feiras, rádio, televisão, discos,

visão, discos,

vídeos, revistas, cartazes, vitrines, ruas, etc.). Gradativamente, vamos dando forma às

vídeos, revistas, cartazes, vitrines, ruas, etc.). Gradativamente, vamos dando forma às

nossas maneiras de admirar, de gostar, de julgar, de apreciar – e também de fazer –

nossas maneiras de admirar, de gostar, de julgar, de apreciar – e também de fazer –

as diferenças manifestações culturais de nosso grupo social e, dentre elas, as obras

as diferenças manifestações culturais de nosso grupo social e, dentre elas, as obras

de arte. É por isso que mesmo sem o saber vamos nos educando esteticamente, no

de arte. É por isso que mesmo sem o saber vamos nos educando esteticamente, no

convívio com as pessoas e as coisas.

convívio com as pessoas e as coisas.

Quanto às obras de arte, lembramos que elas participam das ambiências e

Quanto às obras de arte, lembramos que elas participam das ambiências e

manifestações estéticas de nossa vida tanto direta quanto indireta. Elas são

manifestações estéticas de nossa vida tanto direta quanto indireta. Elas são

concretizadas pelos artistas que as produziram mas só vão se completar com a

concretizadas pelos artistas que as produziram mas só vão se completar com a

participação das outras pessoas (o público) que com elas se relacionam. Os

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e expressões do mundo natural e cultural por

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eles conhecido. Fazem isto em diversas linguagens artísticas, técnicas, materiais e em

eles conhecido. Fazem isto em diversas linguagens artísticas, técnicas, materiais e em

diferentes níveis de saber manifestar criativamente seus pensamentos e emoções. E,

diferentes níveis de saber manifestar criativamente seus pensamentos e emoções. E,

quando estão se expressando ou representando com sensibilidade e imaginação o

quando estão se expressando ou representando com sensibilidade e imaginação o

mundo da natureza e da cultura, os autores de trabalhos artísticos também agem e

mundo da natureza e da cultura, os autores de trabalhos artísticos também agem e

reagem frente às pessoas e ao próprio mundo social. Esses autores podem ser os

reagem frente às pessoas e ao próprio mundo social. Esses autores podem ser os

próprios artistas que se dedicam profissionalmente a esse trabalho, ou então, outras

próprios artistas que se dedicam profissionalmente a esse trabalho, ou então, outras

pessoas (estudantes, por exemplo), que fazem trabalhos artísticos como atividade

pessoas (estudantes, por exemplo), que fazem trabalhos artísticos como atividade

cultural e educativa. Por sua vez, o público, ou seja, as pessoas espectadoras, as

cultural e educativa. Por sua vez, o público, ou seja, as pessoas espectadoras, as

ouvintes, as a

ouvintes, as apreciadoras co

preciadoras com as quais

m as quais essas obras são

essas obras são postas em comunicação,

postas em comunicação,

participam ativamente das mesmas por meio de seus diferentes modos e níveis de

participam ativamente das mesmas por meio de seus diferentes modos e níveis de

saber admirar, gostar, apreciar e

saber admirar, gostar, apreciar e julgar, culturalmente aprendidos.

julgar, culturalmente aprendidos.

É nessa abrangência que a arte deve compor os conteúdos de estudos nos cursos de

É nessa abrangência que a arte deve compor os conteúdos de estudos nos cursos de

Arte na escola e mobilizar as atividades que diversifiquem e ampliem a formação

Arte na escola e mobilizar as atividades que diversifiquem e ampliem a formação

artística e estética dos estudantes. As

artística e estética dos estudantes. As vivências emotivas e cognitivas tanto de fazeres

vivências emotivas e cognitivas tanto de fazeres

quanto de análises do processo artístico nas modalidades artes visuais, música,

quanto de análises do processo artístico nas modalidades artes visuais, música,

teatro, dança, artes audiovisuais devem abordar os componentes “

teatro, dança, artes audiovisuais devem abordar os componentes “

artistas-obras-público-modos de comunicação” e suas m

público-modos de comunicação” e suas m aneiras de interagir na sociedade.

aneiras de interagir na sociedade.

Para ajudar nosso entendimento sobre o fazer e o refletir em arte apresentamos, a

Para ajudar nosso entendimento sobre o fazer e o refletir em arte apresentamos, a

seguir, uma síntese dos componentes que se inter-relacionam no processo artístico e

seguir, uma síntese dos componentes que se inter-relacionam no processo artístico e

que não devem ser

que não devem ser esquecidos ao longo dos estudos escolares:

esquecidos ao longo dos estudos escolares:

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São

São pessoas situadas pessoas situadas em em um um contexto sociocultural; são contexto sociocultural; são criadores (profissionais ou criadores (profissionais ou não) não) dede produtos ou obras artísticas a partir da história de seus modos e patamares de sensibilidade e produtos ou obras artísticas a partir da história de seus modos e patamares de sensibilidade e entendimento da arte.

entendimento da arte.

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essas combinações, as quais ombinações, as quais precisam ser conhecidas quando precisam ser conhecidas quando a a estudamos ou estudamos ou a produzimos. a produzimos. AA atividade criativa deve estar presente em todos os cursos e estudos escolares, mas nos de Arte ela deve atividade criativa deve estar presente em todos os cursos e estudos escolares, mas nos de Arte ela deve ser vivenciada e estudada da maneira específica à arte.

ser vivenciada e estudada da maneira específica à arte.

OS AUTORES/ARTISTAS EM ARTE OS AUTORES/ARTISTAS EM ARTE

OS PRODUTOS ARTÍSTICOS/OBRAS DE ARTE OS PRODUTOS ARTÍSTICOS/OBRAS DE ARTE

(8)
(9)

5 5

São

São trabalhos resultantes de trabalhos resultantes de um fazer um fazer e e pensar “técnico-emotivo-pensar “técnico-emotivo-representaciorepresentacional do nal do mundomundo da natureza e da cultura” e que sintetizam modos e conhecimentos artísticos e estéticos de da natureza e da cultura” e que sintetizam modos e conhecimentos artísticos e estéticos de seus autores; têm uma história e situam-se em um contexto sociocultural.

seus autores; têm uma história e situam-se em um contexto sociocultural.

São diferentes práticas (profissionais ou não) de apresentar, de expor, de veicular e de São diferentes práticas (profissionais ou não) de apresentar, de expor, de veicular e de intermediar as obras artísticas, as concepções estéticas e a arte entre as pessoas na intermediar as obras artísticas, as concepções estéticas e a arte entre as pessoas na sociedade ao longo da história.

sociedade ao longo da história.

São pessoas também situadas em um tempo-espaço sociocultural no qual constróem história São pessoas também situadas em um tempo-espaço sociocultural no qual constróem história de suas relações com as produções artísticas e com seus autores (ou artistas) em diferentes de suas relações com as produções artísticas e com seus autores (ou artistas) em diferentes modos e patamares de sensibilidade e entendimento da arte.

modos e patamares de sensibilidade e entendimento da arte.

Para reconhecer e melhorar a compreensão que temos sobre a arte e sua

Para reconhecer e melhorar a compreensão que temos sobre a arte e sua

história, bem

história, bem como sobre

como sobre as influências culturais

as influências culturais aí presentes, é

aí presentes, é necessário

necessário

assumirmos

assumirmos uma

uma disposição

disposição atenta

atenta e

e um

um gradativo

gradativo aprofundamento

aprofundamento dos

dos

conhecimentos sobre as práticas artísticas. É preciso perceber e analisar de

conhecimentos sobre as práticas artísticas. É preciso perceber e analisar de

que maneira as inter-relações artísticas e estéticas vêm ocorrendo ao longo do

que maneira as inter-relações artísticas e estéticas vêm ocorrendo ao longo do

processo histórico-social da humanidade. Além disso, é preciso verificar como

processo histórico-social da humanidade. Além disso, é preciso verificar como

tais relações culturais mobilizam valores, concepções de mundo, de ser

tais relações culturais mobilizam valores, concepções de mundo, de ser

humano, de gosto e de grupos sociais.

humano, de gosto e de grupos sociais.

E é justamente por que a arte mobiliza continuadamente nossas práticas

E é justamente por que a arte mobiliza continuadamente nossas práticas

culturais, mostrando-nos esteticamente as múltiplas visualidades, sonoridade,

culturais, mostrando-nos esteticamente as múltiplas visualidades, sonoridade,

falas, movimentos,

falas, movimentos, cenas, desde

cenas, desde a

a nossa

nossa infância, que

infância, que procuramos tomar

procuramos tomar

consciência de que as produzimos e as interpretamos. Essa consciência pode

consciência de que as produzimos e as interpretamos. Essa consciência pode

nos ajudar a conhecer e reconhecer manifestações e interferências da arte em

nos ajudar a conhecer e reconhecer manifestações e interferências da arte em

nossas

nossas vidas.

vidas. Queremos

Queremos ter

ter oportunidades

oportunidades

para

para perceber,

perceber, analisar

analisar ee

conversar, por exemplo, sobre nossas escolhas de cores, nossa admiração por

conversar, por exemplo, sobre nossas escolhas de cores, nossa admiração por

certas músicas

certas músicas ou n

ou nosso gosto

osso gosto que

que os produzem.

os produzem. Quanto a

Quanto ao

o processo

processo

educacional em arte, além disso precisamos verificar quais das práticas

educacional em arte, além disso precisamos verificar quais das práticas

artísticas e estéticas existentes em nossa vida contemporânea, queremos

artísticas e estéticas existentes em nossa vida contemporânea, queremos

conversar ou mudar e porquê. Isso significa que necessitamos assumir práticas

conversar ou mudar e porquê. Isso significa que necessitamos assumir práticas

de uma continuada educação em arte.

de uma continuada educação em arte.

2.

2. A ARTE DEVE M

A ARTE DEVE MOBILIZAR A EDUCAÇÃO

OBILIZAR A EDUCAÇÃO ESCOLAR EM

ESCOLAR EM ARTE.

ARTE.

Ao assumirmos que a arte pode ser assinalada e aprendida também na escola,

Ao assumirmos que a arte pode ser assinalada e aprendida também na escola,

temos a necessidade de trabalhar a organização pedagógica das inter-relações

temos a necessidade de trabalhar a organização pedagógica das inter-relações

artísticas e estéticas junto aos estudantes.

artísticas e estéticas junto aos estudantes.

Evidentemente, os cursos escolares de Arte não são os únicos lugares nem os

Evidentemente, os cursos escolares de Arte não são os únicos lugares nem os

únicos tempos di

únicos tempos disponíveis

sponíveis para pessoas

para pessoas aprenderem saberes

aprenderem saberes em arte. Outras

em arte. Outras

instituições sociais e culturais (famílias, centros, culturais, museus, teatros,

instituições sociais e culturais (famílias, centros, culturais, museus, teatros,

igrejas, meios de comunicação, etc.) participam também das produções e

igrejas, meios de comunicação, etc.) participam também das produções e

apreciações artísticas que as pessoas conhecem e praticam. Mas é na escola

apreciações artísticas que as pessoas conhecem e praticam. Mas é na escola

A COMUNICAÇÃO/DIVULGAÇÃO A COMUNICAÇÃO/DIVULGAÇÃO

O PÚBLICO/AUDIÊNCIA/ESPECULADORES O PÚBLICO/AUDIÊNCIA/ESPECULADORES

(10)
(11)

6 6 que efetivamente

que efetivamente vivenciar e entendevivenciar e entender o processo r o processo artístico e sua artístico e sua história emhistória em cursos especialmente destinados para esses estudos.

cursos especialmente destinados para esses estudos.33 Na

Na escola, os cursos descola, os cursos de Arte constituem em um grupo e tempo e Arte constituem em um grupo e tempo curriculares emcurriculares em que professores e alunos se dedicam metodicamente à busca e aquisição de que professores e alunos se dedicam metodicamente à busca e aquisição de novos saberes especialmente artísticos e estéticos. Além disso, as vivências novos saberes especialmente artísticos e estéticos. Além disso, as vivências artísticas em música, dança, teatro, artes visuais ou autovisuais

artísticas em música, dança, teatro, artes visuais ou autovisuais44 , experiências, experiências fora da escola pelos estudantes, também devem ser consideradas pontos de fora da escola pelos estudantes, também devem ser consideradas pontos de referência para os novos estudos de arte nos cursos escolares. A formação referência para os novos estudos de arte nos cursos escolares. A formação escolar pode e deve contribuir para que os alunos, a partir dessas vivências, escolar pode e deve contribuir para que os alunos, a partir dessas vivências, aprendam, durante os cursos, novas habilidades e saberes básicos, aprendam, durante os cursos, novas habilidades e saberes básicos, significativos e ampliadores de suas sensibilidades e cognições a respeito significativos e ampliadores de suas sensibilidades e cognições a respeito dessas modalidades artísticas.

dessas modalidades artísticas. O trabalho

O trabalho com a com a arte na arte na escola escola tem uma tem uma amplitude limitada, amplitude limitada, mas mas ainda ainda háhá possibilidades dessa ação educativa ser quantitativa e qualitativamente possibilidades dessa ação educativa ser quantitativa e qualitativamente bem-feita. Para isso, seu p

feita. Para isso, seu professor precisa rofessor precisa encontrar coencontrar condições de aperndições de aperfeiçoar-sefeiçoar-se continuadamente, tanto em saberes artísticos e sua história, quanto em continuadamente, tanto em saberes artísticos e sua história, quanto em saberes sobre a organização e o desenvolvimento do trabalho de educação saberes sobre a organização e o desenvolvimento do trabalho de educação escolar em arte.

escolar em arte.

Para a realização de cursos de Arte com qualidade. Para a realização de cursos de Arte com qualidade.

Não é suficiente dizer que os alunos precisam dominar os Não é suficiente dizer que os alunos precisam dominar os conhecimentos, é necessário dizer como fazê-lo, isto é, conhecimentos, é necessário dizer como fazê-lo, isto é, investigar objetivos e métodos seguros e eficazes para a investigar objetivos e métodos seguros e eficazes para a assimilação dos conhecimentos. (...) O ensino somente é assimilação dos conhecimentos. (...) O ensino somente é bem-sucedido quando os objetivos do professor coincidem bem-sucedido quando os objetivos do professor coincidem com os objetivos de estudo do aluno e é praticado tendo em com os objetivos de estudo do aluno e é praticado tendo em vista o desenvolvimento das suas forças intelectuais. (...) vista o desenvolvimento das suas forças intelectuais. (...) Quando mencionamos que a finalidade do processo de Quando mencionamos que a finalidade do processo de ensino é proporcionar aos alunos os meios para que ensino é proporcionar aos alunos os meios para que assimilem ativamente os conhecimentos é porque a natureza assimilem ativamente os conhecimentos é porque a natureza do

do trabalho dotrabalho docente cente é mediação é mediação da relada relação coção cognostica gnostica entreentre o aluno e as m

o aluno e as matérias de ensino (Libâneo, 1991, pp. 54.5).atérias de ensino (Libâneo, 1991, pp. 54.5).

Na escola, os objetivos educacionais em arte a serem alcançados referem-se Na escola, os objetivos educacionais em arte a serem alcançados referem-se ao aperfeiçoamento de saberes, pelos alunos (com a ajuda dos professores), ao aperfeiçoamento de saberes, pelos alunos (com a ajuda dos professores), sobre o fazer e o pensar artístico e estético, bem como sobre a história dos sobre o fazer e o pensar artístico e estético, bem como sobre a história dos mesmos.

mesmos.

Os componentes do processo artístico (artistas, obras, público, comunicação) e Os componentes do processo artístico (artistas, obras, público, comunicação) e as histórias de suas relações tornar-se fontes instigantes para a organização e as histórias de suas relações tornar-se fontes instigantes para a organização e desdobramentos dos tópicos de conteúdos programáticos escolares, tanto no desdobramentos dos tópicos de conteúdos programáticos escolares, tanto no que se refere ao fazer como também ao pensar a arte pelos estudantes. Os que se refere ao fazer como também ao pensar a arte pelos estudantes. Os conteúdos programáticos em arte devem incluir, portanto: as noções a respeito conteúdos programáticos em arte devem incluir, portanto: as noções a respeito da arte produzida e em produção pela humanidade, inclusive nos dias de hoje da arte produzida e em produção pela humanidade, inclusive nos dias de hoje (incluindo artistas, obras, espectadores, comunicação dos mesmos) e a própria (incluindo artistas, obras, espectadores, comunicação dos mesmos) e a própria autoria

autoria artística artística e e estética estética de de cada cada aluno aluno ( ( em em formas formas visuais, visuais, sonoras,sonoras,

3

3 É necessário discutirmos com os diversos proÉ necessário discutirmos com os diversos professores e esclarecermos cada vez mais asfessores e esclarecermos cada vez mais as

especificações dos saberes em arte e as referent

especificações dos saberes em arte e as referent es as demais áreas de conhecimentoes as demais áreas de conhecimento trabalhadas na escola, bem como as

trabalhadas na escola, bem como as inter-relações significativas entre esses saberes.inter-relações significativas entre esses saberes.

4

4As Artes literárias são igualmente importantes nAs Artes literárias são igualmente importantes n a escola mas não são abordadaa escola mas não são abordadas neste livros neste livro

pelo fato de serem comumente estudad

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7 7

verbais, corporais, cênicas, audiovisuais), Isto significa trabalhar com os

verbais, corporais, cênicas, audiovisuais), Isto significa trabalhar com os

estudantes o fazer artístico ( em desenho, pintura, gravura, modelagem,

estudantes o fazer artístico ( em desenho, pintura, gravura, modelagem,

escultura, música, dança, teatro, vídeo, etc.) sempre articulado

escultura, música, dança, teatro, vídeo, etc.) sempre articulado

e complementado com as vivências e apreciações estéticas da ambiência

e complementado com as vivências e apreciações estéticas da ambiência

cultura.

cultura.

No caso

No caso de crianças e

de crianças e jovens, é muito

jovens, é muito importante que o

importante que o professor conheça e

professor conheça e

saiba organiza r as graduações dos assuntos nas duas vertentes do fazer e

saiba organiza r as graduações dos assuntos nas duas vertentes do fazer e

apreciar a arte. E saiba também propor atividades que propiciem vivências de

apreciar a arte. E saiba também propor atividades que propiciem vivências de

ensino

ensino e

e aprendizagem

aprendizagem dos

dos mesmos,

mesmos,

considerando

considerando tanto

tanto os

os mais

mais simples

simples

como os mais complexos. Para isso o professor deve estar atento às

como os mais complexos. Para isso o professor deve estar atento às

características da faixa etária, interesses e “direitos” culturais artísticos de seus

características da faixa etária, interesses e “direitos” culturais artísticos de seus

alunos, mundo contemporâneo. Deve atuar como mediador de conhecimentos

alunos, mundo contemporâneo. Deve atuar como mediador de conhecimentos

em arte durante

em arte durante os cursos, tomando as vivências do

os cursos, tomando as vivências dos estudos como

s estudos como pontos de

pontos de

partida para novos saberes a serem aprendidos.

partida para novos saberes a serem aprendidos.

Em suma, para desenvolver bem suas aulas, o professor que está trabalhando

Em suma, para desenvolver bem suas aulas, o professor que está trabalhando

com a arte precisa conhecer as noções e os fazeres artísticos e estéticos dos

com a arte precisa conhecer as noções e os fazeres artísticos e estéticos dos

estudantes e verificar em

estudantes e verificar em que

que medida pode

medida pode auxiliar na

auxiliar na diversificação sensível e

diversificação sensível e

cognitiva dos

cognitiva dos mesmos. Nessa

mesmos. Nessa concepção, seqüenciar

concepção, seqüenciar atividades

atividades pedagógicas

pedagógicas

que ajudem o aluno a aprender a ver, olhar, ouvir, pegar, sentir, comparar os

que ajudem o aluno a aprender a ver, olhar, ouvir, pegar, sentir, comparar os

elementos da natureza e as diferentes obras artísticas e estéticas do mundo

elementos da natureza e as diferentes obras artísticas e estéticas do mundo

cultural, deve contribuir para o aperfeiçoamento do aluno.

cultural, deve contribuir para o aperfeiçoamento do aluno.

Todas essas idéias aparecem claramente em muitas das propostas para uma

Todas essas idéias aparecem claramente em muitas das propostas para uma

educação escolar

educação escolar em arte mais

em arte mais moderna

moderna e atualizada.

e atualizada. Thomas Munro,

Thomas Munro, Sofia

Sofia

Morozava, Néstor Garcia Canclini, Herbert Read, Edmund Feldman, Vicent

Morozava, Néstor Garcia Canclini, Herbert Read, Edmund Feldman, Vicent

Lanier, Ana Mae Barbosa, entre outros, vêm demonstrando a importância da

Lanier, Ana Mae Barbosa, entre outros, vêm demonstrando a importância da

arte para o indivíduo e para a sociedade

arte para o indivíduo e para a sociedade

55

. Muitos deles chegaram a propor

. Muitos deles chegaram a propor

cursos de arte fundamentado em uma intermediação estética e artística. É o

cursos de arte fundamentado em uma intermediação estética e artística. É o

caso de Vincent Lanier (1984), ao enfatizar que o professor de Arte deve

caso de Vincent Lanier (1984), ao enfatizar que o professor de Arte deve

assumir, em suas salas, “um conceito central forte, vinculado a referenciais

assumir, em suas salas, “um conceito central forte, vinculado a referenciais

artísticos, e que a sua principal finalidade deve ser a evolução do domínio dos

artísticos, e que a sua principal finalidade deve ser a evolução do domínio dos

procedimentos estéticos”. Para repensarmos e realizarmos cursos de Arte na

procedimentos estéticos”. Para repensarmos e realizarmos cursos de Arte na

escola esse autor ainda nos lembra que:

escola esse autor ainda nos lembra que:

“Evidentemente, cada aluno em particular – criança ou adulto –  “Evidentemente, cada aluno em particular – criança ou adulto –  terá seus próprios interesses estéticos, ponto a partir do qual terá seus próprios interesses estéticos, ponto a partir do qual pode ser levado para um envolvimento mais amplo. Para um, pode ser levado para um envolvimento mais amplo. Para um, poderá ser a colcha da vovó, para outro, posters de artistas. poderá ser a colcha da vovó, para outro, posters de artistas. Devemos explorar esses interesses pessoais. Entretanto, os Devemos explorar esses interesses pessoais. Entretanto, os currículos são normalmente planejados para grupos e não para currículos são normalmente planejados para grupos e não para indivíduos e, po

indivíduos e, portanto, é importante identificar rtanto, é importante identificar ou prever ou prever aquelasaquelas artes populares que podem servir como o denominador comum artes populares que podem servir como o denominador comum mais abrangente do interesse da juventude. (...) Contudo, mais abrangente do interesse da juventude. (...) Contudo, mesmo o mais contemporâneo conteúdo de curso não irá mesmo o mais contemporâneo conteúdo de curso não irá garantir o tipo de crescimento que nossa idéia de “conceito garantir o tipo de crescimento que nossa idéia de “conceito central forte” sugere, se não estiver implementado por central forte” sugere, se não estiver implementado por procedimentos adequados em sala de aula.

procedimentos adequados em sala de aula.

Se reduzimos o currículo de Arte ao bordado, produção de filmes Se reduzimos o currículo de Arte ao bordado, produção de filmes ou videoteipes, desenho ou recriação de espaços urbanos, ou videoteipes, desenho ou recriação de espaços urbanos, produção de histórias em quadrinhos, em suma, produção de histórias em quadrinhos, em suma,

5 5

Nos últimos capítulos seguintes apresentaremos algumas das proposições desses autores. A Nos últimos capítulos seguintes apresentaremos algumas das proposições desses autores. A proposta de uma formação estética e artística de estudantes em escolas médias (de 2º grau) proposta de uma formação estética e artística de estudantes em escolas médias (de 2º grau) foi também assumida por nós no livro Art

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desenvolvimento todas essas atividades de ateliê, de que os desenvolvimento todas essas atividades de ateliê, de que os professores gostam muito, mesmo incluindo o folclore, a arte professores gostam muito, mesmo incluindo o folclore, a arte popular e a mídia, o mais provável é que nossos alunos estarão popular e a mídia, o mais provável é que nossos alunos estarão essencialmente limitados no crescimento que poderíamos essencialmente limitados no crescimento que poderíamos provocar neles (Lanier, 1984, pp. 6-7).

provocar neles (Lanier, 1984, pp. 6-7).

Esse autor, muito lucidamente, nos chama a atenção para a necessidade de

Esse autor, muito lucidamente, nos chama a atenção para a necessidade de

garantirmos sempre a

garantirmos sempre a presença da

presença da arte nos

arte nos cursos e a

cursos e aulas de

ulas de Arte que

Arte que

desenvolvemos com estudantes. Ele nos lembra que nessas aulas não

desenvolvemos com estudantes. Ele nos lembra que nessas aulas não

praticamos apenas exercícios soltos de fazer desenhos, pinturas, gravuras,

praticamos apenas exercícios soltos de fazer desenhos, pinturas, gravuras,

modelagens, histórias em quadrinhos, vídeos, músicas, teatro, dentre outros.

modelagens, histórias em quadrinhos, vídeos, músicas, teatro, dentre outros.

Essas atividades, nas várias modalidades artísticas, devem vincular-se a um

Essas atividades, nas várias modalidades artísticas, devem vincular-se a um

projeto educativo na área. Elas precisam mobilizar o estudo e desenvolvimento

projeto educativo na área. Elas precisam mobilizar o estudo e desenvolvimento

de vivências e conceituações mais definidas. Atividades educativas esparsas e

de vivências e conceituações mais definidas. Atividades educativas esparsas e

não originárias de conceitos, de idéias artísticas e estéticas, podem concorrer

não originárias de conceitos, de idéias artísticas e estéticas, podem concorrer

para o desaparecimento do estudo da arte propriamente dito.

para o desaparecimento do estudo da arte propriamente dito.

“Desenvolvamos a arte à educação em arte”, alerta-nos Lanier! Fazendo

“Desenvolvamos a arte à educação em arte”, alerta-nos Lanier! Fazendo

nossas palavras desse professor, é preciso que “avaliemos”, o mais

nossas palavras desse professor, é preciso que “avaliemos”, o mais

objetivamente possível, tudo aquilo que fazemos na sala de aula e que

objetivamente possível, tudo aquilo que fazemos na sala de aula e que

reordenemos nossa conduta numa direção que trate mais especificamente da

reordenemos nossa conduta numa direção que trate mais especificamente da

aprendizagem em arte do que do desenvolvimento pessoal de qualidades não

aprendizagem em arte do que do desenvolvimento pessoal de qualidades não

necessariamente relacionadas com a arte” (Lanier, 1984, p.7). É o

necessariamente relacionadas com a arte” (Lanier, 1984, p.7). É o

conhecimento em arte e sua elaboração que deverá mobilizar quotidianamente

conhecimento em arte e sua elaboração que deverá mobilizar quotidianamente

o nosso caminhar com a formação estética e artística junto a crianças e jovens

o nosso caminhar com a formação estética e artística junto a crianças e jovens

na escola.

na escola.

Nos próximos capítulos trataremos de outros indicadores e possibilidades para

Nos próximos capítulos trataremos de outros indicadores e possibilidades para

se trabalhar uma formação artística e estética mais especificamente com

se trabalhar uma formação artística e estética mais especificamente com

crianças. Exporemos, também, uma breve histórico sobre a educação escolar

crianças. Exporemos, também, uma breve histórico sobre a educação escolar

em arte, para colaborar nas reflexões sobre as práticas pedagógicas nessa

em arte, para colaborar nas reflexões sobre as práticas pedagógicas nessa

área educativa.

área educativa.

SUGESTÔES DE ATIVIDADES

SUGESTÔES DE ATIVIDADES

1. Ler o texto deste capítulo e discutir as idéias principais apresentando

1. Ler o texto deste capítulo e discutir as idéias principais apresentando

exemplos.

exemplos.

2.

2. Refleti

Refletir sobre as

r sobre as seguintes afirmações de Thomas Munro

seguintes afirmações de Thomas Munro (1956,pp.3 – 8)

(1956,pp.3 – 8) ee

apresentar da vida cotidiana e das aulas de Arte nas escolas:

apresentar da vida cotidiana e das aulas de Arte nas escolas:

“A experiência estética não é necessariamente derivada da arte, mas a arte é

“A experiência estética não é necessariamente derivada da arte, mas a arte é

uma das principais fontes da mesma”.

uma das principais fontes da mesma”.

“O desenvolvimento estético implica ampliação persistente continuada do poder

“O desenvolvimento estético implica ampliação persistente continuada do poder

de discriminação a respeito das qualidades perceptuais das imagens e dos

de discriminação a respeito das qualidades perceptuais das imagens e dos

sons, cenas, falas, movimentos corporais, e num crescimento de um

sons, cenas, falas, movimentos corporais, e num crescimento de um

complexos e organizado poder de percepção e composição”.

complexos e organizado poder de percepção e composição”.

3.

3. Fazer uma pesquisa na

Fazer uma pesquisa na sua escola ou

sua escola ou em outras (de educação

em outras (de educação infantil ou de

infantil ou de

ensino fundamental) anotando quais publicações e materiais (livros,

ensino fundamental) anotando quais publicações e materiais (livros,

revistas, textos, recortes, reproduções de obras de arte, partituras musicais,

revistas, textos, recortes, reproduções de obras de arte, partituras musicais,

discos, gravações, diapositivos, vídeos, etc.) na área artística se encontram

discos, gravações, diapositivos, vídeos, etc.) na área artística se encontram

disponíveis para os estudos nas aulas de Arte quando a :

disponíveis para os estudos nas aulas de Arte quando a :



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Artistas de diversas épocas (brasileiros e estrangeiros),

Artistas de diversas épocas (brasileiros e estrangeiros),

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9 9

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História da arte,

História da arte,

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Museus, centros de exposições e/ou audições de artistas, bibliotecas, ou

Museus, centros de exposições e/ou audições de artistas, bibliotecas, ou

midiatecas,

midiatecas,

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Técnicas e materiais de produção artística,

Técnicas e materiais de produção artística,

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Modos de

Modos de analisar

analisar e apreciar ob

e apreciar obras de arte.

ras de arte.

4. Apresentar, comparar e discutir as suas pesquisas com os colegas e o

4. Apresentar, comparar e discutir as suas pesquisas com os colegas e o

professor de Arte.

professor de Arte.

LEITURAS COMPLEMENTAR

LEITURAS COMPLEMENTARES E

ES E DE APROFUNDAMENTO

DE APROFUNDAMENTO

Canclini, Néstor Garcia, Objeto e método da estética. In: A Socialização da

Canclini, Néstor Garcia, Objeto e método da estética. In: A Socialização da

Arte: Teoria e Prática na América Latina. São Paulo, Cultrix, 1980, pp. 7-16.

Arte: Teoria e Prática na América Latina. São Paulo, Cultrix, 1980, pp. 7-16.

Coli, Jorge. O que é Arte. São Paulo, Brasiliense, 1982.

Coli, Jorge. O que é Arte. São Paulo, Brasiliense, 1982.

Fischer, Ernst. As origens da arte. In: fischer, E. A Necessidade da Arte. Rio

Fischer, Ernst. As origens da arte. In: fischer, E. A Necessidade da Arte. Rio

de Janeiro, Zahar, 1979, pp. 21-58.

de Janeiro, Zahar, 1979, pp. 21-58.

Rezende e Fusari, Maria F. de & Ferraz, Maria Heloísa C. de T. Noções de

Rezende e Fusari, Maria F. de & Ferraz, Maria Heloísa C. de T. Noções de

teoria da arte. In: Arte na Educação Escolar. São Paulo, Cortez, 1992, pp.

teoria da arte. In: Arte na Educação Escolar. São Paulo, Cortez, 1992, pp.

99-110.

99-110.

CAPÍTULO 2

CAPÍTULO 2

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(0$57(7(080$+,67Ï5,$

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1. A CRIANÇA NO

1. A CRIANÇA NO AMBIENTE NATURAL E CULTURAL

AMBIENTE NATURAL E CULTURAL

“Já se

“Já se tomou consciência da solidariedade existente entretomou consciência da solidariedade existente entre a ambiência e o indivíduo, este não podendo existir sem a ambiência e o indivíduo, este não podendo existir sem aquela, sendo entretanto o indivíduo capaz de também aquela, sendo entretanto o indivíduo capaz de também modificar o meio... O porvir da educação se encontra na modificar o meio... O porvir da educação se encontra na disposição desses meios. Nada mais eficaz que a ação disposição desses meios. Nada mais eficaz que a ação exercida sobre a criança e igualmente sobre o homem, exercida sobre a criança e igualmente sobre o homem, através do ambiente” (H. W

através do ambiente” (H. Wallon).allon).

Desde muito pequena

Desde muito pequena a criança

a criança participa das práticas

participa das práticas sociais

sociais e culturais de

e culturais de

sua família, de seu meio, enfim dos grupos com os quais convive.

sua família, de seu meio, enfim dos grupos com os quais convive.

Gradativamente, ela vai descobrindo o mundo físico, psicológico, social,

Gradativamente, ela vai descobrindo o mundo físico, psicológico, social,

estético e cultural que lhe é apresentado pelos adultos (e outras crianças) no

estético e cultural que lhe é apresentado pelos adultos (e outras crianças) no

dia-a-dia. A sua formação como sujeito em processo de humanização vai se

dia-a-dia. A sua formação como sujeito em processo de humanização vai se

estruturando a partir das experiências assimiladas em interação com as outras

estruturando a partir das experiências assimiladas em interação com as outras

pessoas. É pois inserida no ambiente afetivo e cultural que a criança vai

pessoas. É pois inserida no ambiente afetivo e cultural que a criança vai

desenvolver seu processo de socialização.

desenvolver seu processo de socialização.

Cada objeto, cada elemento de seu cotidiano é uma nova experiência que o

Cada objeto, cada elemento de seu cotidiano é uma nova experiência que o

mundo lhe oferece e frente ao qual ela atua. Desde bem cedo a criança

mundo lhe oferece e frente ao qual ela atua. Desde bem cedo a criança

percebe que os seres e as coisas com os quais convive se apresentam com

percebe que os seres e as coisas com os quais convive se apresentam com

semelhanças ou diferenciações, com afetividade ou não, acolhendo-a ou

semelhanças ou diferenciações, com afetividade ou não, acolhendo-a ou

rejeitando-a, dando-lhe prazer ou desprazer. Com relação ao mundo sensível

rejeitando-a, dando-lhe prazer ou desprazer. Com relação ao mundo sensível

ela poderá distinguir, dentre outras, as nuances de cores, de materiais, de

ela poderá distinguir, dentre outras, as nuances de cores, de materiais, de

sons, de melodias, de gestos, de tempos, de espaços. Ela também é habituada

sons, de melodias, de gestos, de tempos, de espaços. Ela também é habituada

aos modos de gostar dos adultos, que são demonstrados, por exemplo, pelas

aos modos de gostar dos adultos, que são demonstrados, por exemplo, pelas

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10 10 escolhas formais, táteis, visivas, sonoras, presentes nas roupas que usam, nos escolhas formais, táteis, visivas, sonoras, presentes nas roupas que usam, nos brinquedos, nos objetos caseiros, nos acalentos, nas

brinquedos, nos objetos caseiros, nos acalentos, nas canções de roda, etc.canções de roda, etc. A própria natureza lhe oferece uma infinidade de experiências visuais e A própria natureza lhe oferece uma infinidade de experiências visuais e sonoras. São tantas as organizações desta ordem que desde criança sonoras. São tantas as organizações desta ordem que desde criança aprendemos

aprendemos a contemplá-lasa contemplá-las. Quantas . Quantas vezes vezes repetimos nrepetimos nossos ossos gestos gestos ee olhares

olhares indicando a belezindicando a beleza de a de uma paisagem, duma paisagem, de uma peque uma pequenina flor enina flor queque desabrocha!

desabrocha!

Além das visualidades e sons naturais existem outras experiências que Além das visualidades e sons naturais existem outras experiências que também afetam as emoções e pensamentos infantis e são partilhados com também afetam as emoções e pensamentos infantis e são partilhados com outras pessoas no processo cultural, incluindo o campo estético e artístico. outras pessoas no processo cultural, incluindo o campo estético e artístico. De modo, similar, a criança vai convivendo com o mundo das máquinas, da De modo, similar, a criança vai convivendo com o mundo das máquinas, da industrialização, das tecnologias, do mundo eletrônico e das mídias que a industrialização, das tecnologias, do mundo eletrônico e das mídias que a aproximam de outras experiênc

aproximam de outras experiências, ias, muitas vezes com o simples apermuitas vezes com o simples apertar de umtar de um botão. E tudo isso dentro de as própria casa ou junto à cultura local, onde o botão. E tudo isso dentro de as própria casa ou junto à cultura local, onde o mundo exterior se faz presente dos mais variados modos:

mundo exterior se faz presente dos mais variados modos:

Toca o

Toca o telefone, ouve-se telefone, ouve-se a voz da voz do o papai, girapapai, gira--se o botão dose o botão do rádio e surgem sons, rumores, músicas; aperta-se um botão, rádio e surgem sons, rumores, músicas; aperta-se um botão, desgostar, de beleza, feiúra, etc. Essa elaboração se faz de desgostar, de beleza, feiúra, etc. Essa elaboração se faz de maneira ativa, a criança interagindo vivamente com as pessoas maneira ativa, a criança interagindo vivamente com as pessoas e sua ambiência, junto das que

e sua ambiência, junto das que já possui (Rodari, 1982, p. 89).já possui (Rodari, 1982, p. 89).

Logo, é na cotidianidade que os conceitos sociais e culturais são construídos

Logo, é na cotidianidade que os conceitos sociais e culturais são construídos

pela criança, por exemplo, os de gostar, desgostar, de beleza, feiúra, etc. Esta

pela criança, por exemplo, os de gostar, desgostar, de beleza, feiúra, etc. Esta

elaboração se

elaboração se faz de maneira

faz de maneira ativa, a criança

ativa, a criança interagindo vivamente com a

interagindo vivamente com ass

pessoas e sua ambiência.

pessoas e sua ambiência.

Em outras

Em outras palavras, a

palavras, a criança participa de

criança participa de diversas maneiras das

diversas maneiras das complexas

complexas

manifestações socioculturais, como sucede com as artísticas, estéticas e

manifestações socioculturais, como sucede com as artísticas, estéticas e

comunicacionais, e, participando, ela é capaz de reelaborá-las, de

comunicacionais, e, participando, ela é capaz de reelaborá-las, de

reconstruí-las em seu imaginário, formando idéias e sentimentos sobre as mesmas, e

las em seu imaginário, formando idéias e sentimentos sobre as mesmas, e

expressá-las em ações.

expressá-las em ações.

2. OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA

2. OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA AMBIÊNCIA INFANTIL

AMBIÊNCIA INFANTIL

O mundo dos sons, das cores e do movimento marca sua presença junto às

O mundo dos sons, das cores e do movimento marca sua presença junto às

crianças e

crianças e a n

a nós com

ós com encantos e

encantos e inquietações. Ora

inquietações. Ora nos

nos detemos para

detemos para

contemplá-los, ora noa atingem provocativamente. São imagens e sons que se

contemplá-los, ora noa atingem provocativamente. São imagens e sons que se

  justapõem ininterruptamente, constituindo a dimensão da nossa ambiência

  justapõem ininterruptamente, constituindo a dimensão da nossa ambiência

natural e cultural.

natural e cultural.

No âmbito artístico, um processo de comunicação cultural tem se encarregado

No âmbito artístico, um processo de comunicação cultural tem se encarregado

de efetivar essa difusão de imagens e sons por vários meios: rádios, discos,

de efetivar essa difusão de imagens e sons por vários meios: rádios, discos,

cartazes, revistas, exposições, concertos, cinema, vídeos, televisão, luminosos

cartazes, revistas, exposições, concertos, cinema, vídeos, televisão, luminosos

de rua, computadores. E o faz com uma velocidade tal que nos empurram – os

de rua, computadores. E o faz com uma velocidade tal que nos empurram – os

educadores de hoje – a encontrar maneiras contemporâneas de intermediar

educadores de hoje – a encontrar maneiras contemporâneas de intermediar

esses inúmeros conhecimentos ou representações de mundo, presentes em

esses inúmeros conhecimentos ou representações de mundo, presentes em

nossas práticas sociais cotidianas.

nossas práticas sociais cotidianas.

Mas, que imagens e sons tão estimulantes são esses, por meio dos quais as

Mas, que imagens e sons tão estimulantes são esses, por meio dos quais as

crianças vêem, ouvem e sentem o mundo? E que mundo é esse que os adultos

crianças vêem, ouvem e sentem o mundo? E que mundo é esse que os adultos

estão lhes mostrando através de suas produções artísticas e comunicacionais?

estão lhes mostrando através de suas produções artísticas e comunicacionais?

Como e com quais potenciais as crianças estão mediando a sua interação com

Como e com quais potenciais as crianças estão mediando a sua interação com

o mundo em que vivem? Na diversidade das culturas e classes sociais em que

o mundo em que vivem? Na diversidade das culturas e classes sociais em que

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vivem, quais são as várias relações dessas crianças com os objetos, as

vivem, quais são as várias relações dessas crianças com os objetos, as

pessoas, práticas sociais; e com as imagens e sons de um mundo que lhes é

pessoas, práticas sociais; e com as imagens e sons de um mundo que lhes é

mostrado pelos adultos nos veículos audiovisuais?

mostrado pelos adultos nos veículos audiovisuais?

Queiramos ou não, é evidente que a criança já vivência a arte produzida pelos

Queiramos ou não, é evidente que a criança já vivência a arte produzida pelos

adultos, presente em seu cotidiano. É óbvio que esse arte exerce vivas

adultos, presente em seu cotidiano. É óbvio que esse arte exerce vivas

influências estéticas e artísticas na criança. É óbvio, também, que a criança

influências estéticas e artísticas na criança. É óbvio, também, que a criança

com ela interage de diferentes maneiras.

com ela interage de diferentes maneiras.

Como pretendemos verificar as mediações culturais dos educadores na vida da

Como pretendemos verificar as mediações culturais dos educadores na vida da

criança e do jovem, é preciso considerar, então, essa amplitude do mundo

criança e do jovem, é preciso considerar, então, essa amplitude do mundo

cultural de nossos dias. É importante lembrar que este é o mundo das

cultural de nossos dias. É importante lembrar que este é o mundo das

aquisições, do trabalho, do sentimento, do simbólico, que reexplica o real e o

aquisições, do trabalho, do sentimento, do simbólico, que reexplica o real e o

torna mais experienciável.

torna mais experienciável.

Cabe destacar que, se recepções infantis às imagens, cenas e sons de seu

Cabe destacar que, se recepções infantis às imagens, cenas e sons de seu

cotidiano fossem tão passivas – como alguns educadores querem crer – não se

cotidiano fossem tão passivas – como alguns educadores querem crer – não se

constataria a presença marcante desses elementos culturais em suas

constataria a presença marcante desses elementos culturais em suas

conversas, brincadeiras, desenhos, músicas, faz-de-conta, nem em seus

conversas, brincadeiras, desenhos, músicas, faz-de-conta, nem em seus

modos de vestir, de usar objetos, de falar, enfim, de se relacionar com as

modos de vestir, de usar objetos, de falar, enfim, de se relacionar com as

pessoas. Nos momentos de brincadeiras ou durante os recreios escolares as

pessoas. Nos momentos de brincadeiras ou durante os recreios escolares as

crianças revivem seus personagens favoritos da televisão, cantam as músicas

crianças revivem seus personagens favoritos da televisão, cantam as músicas

ouvidas no rádio ou reproduzidas da tradição regional.

ouvidas no rádio ou reproduzidas da tradição regional.

A

A interação da

interação da criança com

criança com o mundo

o mundo amplia-se com

amplia-se com todos os

todos os novos e

novos e

novíssimo meios de comunicação como a televisão, o vídeo, o videogame, o

novíssimo meios de comunicação como a televisão, o vídeo, o videogame, o

vídeo interativo, o disco laser, etc. Os programas de televisão, por exemplo,

vídeo interativo, o disco laser, etc. Os programas de televisão, por exemplo,

são muito apreciados por meninos e meninas, em especial as propagandas,

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 MLQJOHV

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e desenhos animados. Não deverá surpreender, portanto, que

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apareçam nos desenhos e jogos infantis os super-heróis, ou mesmo elementos

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contidos em programações

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para crianças e até naq

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De um modo geral, as crianças apropriam-se das imagens, sons e gestos

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contidos nas mensagens veiculadas pelas mídias, reelaborando-os e

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reutilizando-os

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na maioria das vezes

das vezes de uma

de uma maneira pessoal. Por

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nosso trabalho de intermediação educativa em arte devemos focalizar também

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as mídias, o universo tecnológico, as mais recentes produções de

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GHVLJQ

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e de

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comunicação visual,

comunicação visual, musical ou o

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utras que componham nossa

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como o nosso objetivo é a ampliação dos saberes dos jovens em arte, pode-se

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procurar desvelar os componentes artísticos através de leitura, apreciação,

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interpretação e análise mais crítica dessas produções comunicativas.

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A validade de educar-se para a crítica, ou seja, para uma melhor consciência

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do relacionamento com os outros, com a produção cultural e com o mundo é

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confirmada por Wallon, Vygotsky, Munro, Cléro. Como educadores, a nossa

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competência é incluir e educar a capacidade de julgar, avaliar as atividades e

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as experiências em todas as linguagens consideradas como meios de

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comunicação e expressão. É muito importante, ainda, que o educador saiba

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analisar as imagens, cenas e sons que compõem o cotidiano das crianças de

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hoje. E que, em conjunto com outros educadores, saiba encontrar os jeitos de

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desenvolver, com qualidade, a parte que lhe compete na formação educativa,

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individual e coletiva da infância.

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Florence de Meredieu, docente na área de Artes Plásticas de Paris,

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desenvolveu um estudo sobre a criança e nas concepções que os adultos têm

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