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Análise da segurança do trabalho na construção civil

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Academic year: 2021

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Curso de Pós Graduação Latu Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho

EDUARDO LIMBERGER

ANÁLISE DA SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Ijuí 2016

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ANÁLISE DA SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Engenhariade Segurança do Trabalho.

Orientador(a): Lucas Fernando Krug

Ijuí 2016

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ANÁLISE DA SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora.

Prof Lucas Fernando Krug Mestre pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS – Orientador

Profa. Cristina Eliza Pozzobon Coordenadora do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho/UNIJUÍ

BANCA EXAMINADORA

Prof Fernando Wypyszynski Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho

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A Deus que nos criou e nos possibilita vivenciar e aprender sobre o mundo e suas possibilidades.

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Agradeço a Deus por mais esta conquista, sem ele nada seria possível!

A minha Namorada Lenise, pelo apoio, compenheirismo até a madrugada me acompanhando para a realização deste trabalho, pelo carinho, incentivo e compreensão em todos os momentos.

Agradeço também a meu pai Viro e minha mãe Vera e também meu irmão Felipe que estiveram sempre presentes me apoiando e me dando forças para continuar. Sempre me senti seguro para continuar.

Agradeço também aos amigos e colegas que sempre torceram por mim e me apoiaram no decorrer deste curso de pós-graduação.

Ao meu orientador Professor Lucas Fernando Krug, por gentilmente ter me orientado com sugestões e críticas, colaborando para que a realização deste trabalho fosse possível.

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Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar.

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LIMBERGER, E. Análise da Segurança do Trabalho na Construção Civil. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança no Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ,Ijuí, 2016.

Este trabalho trata da importância da prevenção de acidentes no trabalho, fazendo uma análise a partir dos riscos e características da empregabilidade da mão-de-obra na construção civil. A segurança deve ser uma preocupação constante para as organizações, por isso investir em prevenção de acidentes no trabalho é essencial para um melhor desempenho das atividades e para atender as normas regulamentadoras e as leis trabalhistas. O setor da Construção Civil no seu sub setor edificações, é caracterizado por seu potencial de empregabilidade e absorção de mão-de-obra não qualificada, porém trazem seu perfil o retrato de um setor desorganizado, com dificuldades em utilizar novas abordagens de gestão: construtivas, gerenciais e de segurança e saúde, impossibilitando a modernização e melhoria da produtividade, em detrimento ao crescimento profissional dos trabalhadores. Os canteiros de obras são considerados locais perigosos e com pouca qualidade de vida para os trabalhadores. Para garantir uma execução de obra sem a ocorrência de acidentes de trabalho, deve-se sempre aliar dois fatores: a conscientização dos funcionários nela envolvidos, e o cumprimento das leis de trabalho. A partir da análise de um canteiro de obras que não foi gerido em segurança do trabalho conforme estabelecem as normas de segurança, destaca-se os inúmeros transtornos que ocorrem bem como paralisações, custos e trabalhos que não estavam previstos anteriormente, devido a não implantação da segurança do trabalho no canteiro de obras.

Palavras-chave: Engenharia de Segurança do Trabalho. Construção Civil. Riscos Ambientais, Custos de Implantação.

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LIMBERGER, E. Análise da Segurança do Trabalho na Construção Civil. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança no Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ,Ijuí, 2016.

This paper deals with the importance of preventing accidents at work, doing an analysis from the risks and employability characteristics of hand labor in construction. Safety must be a constant concern for organizations, so investing in prevention of accidents at work is essential for better performance of the activities and to meet regulatory standards and labor laws. The industry of Construction in its sub sector buildings, is characterized by its employability potential and hand labor absorption unqualified, but bring your profile picture of a disorganized sector, with difficulty using new management approaches: Constructive , management and health and safety, making it impossible to modernize and improve productivity over the professional growth of employees. The construction sites are considered hazardous locations with little quality of life for workers. To ensure execution of work without the occurrence of accidents, one should always combine two factors: the awareness of employees involved in it, and compliance with labor laws. From the analysis of a construction site which was not managed in work safety as established safety standards, it highlights the many disorders that occur as well as downtime, costs, and jobs that were not previously expected, due to non-implementation of work safety at the construction site.

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Figura 1 - Hierarquia de uma Obra ... 19

Figura 2 - Poeira no Canteiro de Obras ... 22

Figura 3 – Ruído na construção ... 23

Figura 4 - Máquinas de Intensa Vibração ... 24

Figura 5 - Cobra comum em obras ... 27

Figura 6- Ergonomia levantamento de peso ... 28

Figura 7 - Refeitório da instiuição ... 46

Figura 8 - Placas de Sinalização ... 47

Figura 9 – Colocação correta de uma escada de mão ... 48

Figura 10 - Escada de uso coletivo ... 49

Figura 11 – Andaime para trabalhos em periferias da Obra ... 50

Figura 12–Proteção coletiva para escadas ... 51

Figura 13 - Cinto de Segurança para trabalho em altura ... 54

Figura 14 - Bandejas com tábuas ... 55

Figura 15 - Local para acesso ao guincho ... 56

Figura 16 - Obra com proteção guarda corpo ... 57

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Tabela1 - Natureza do acidente na construção civil ... 30 Tabela 2 – Custo de implantação da Segurança do Trabalho ... 37

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ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NR Norma Regulamentadora

SST Saúde e Segurança no Trabalho ST Segurança do Trabalho

EPI‟s Equipamentos de Proteção Individual EPC‟s Equipamentos de Proteção Coletiva INSS Instituto Nacional do Seguro Social MPT Ministério Público do Trabalho CUB Custo Unitário Básico

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1 INTRODUÇÃO ... 12 1.1 CONTEXTO ... 14 1.2 PROBLEMA ... 14 1.2.1 QUESTÕES DE PESQUISA ... 15 1.2.2 OBJETIVOS DE PESQUISA ... 15 1.2.3 DELIMITAÇÃO ... 15 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 16

2.1 ANÁLISE DA SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ...16

2.2 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DA MÃO-DE-OBRA DA CONSTRUÇÃO CIVIL ... 18

2.3 CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA ... 20

2.4 RISCOS AMBIENTAIS ... 21 2.4.1 Riscos Químicos ... 21 2.4.2 Riscos Físicos ... 22 2.4.2.1 Ruídos ... 23 2.4.2.2 Vibrações ... 24 2.4.2.3 Calor ... 24

2.4.2.4 Radiações não ionizantes ... 25

2.4.2.5 Radiações ionizantes ... 25

2.4.2.6 Umidade ... 26

2.4.3 Riscos Biológicos ... 26

2.4.4 Riscos Ergonômicos ... 27

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2.6 NORMAS REGULAMENTADORAS DA SEGURANÇA NA

CONSTRUÇÃO CIVIL ... 30

2.7 AÇÕES DE PROTEÇÃO ... 33

2.7.1 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC‟s ... 33

2.7.2 Equipamentos de Proteção Individual – EPI ... 34

2.8 CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO ... 35

2.8.1 Análise Custo/Benefício da Implantação da Segurança do Trabalho ... 38

2.8.2 Prejuízos sem Segurança do Trabalho ... 39

3 METODOLOGIA ... 42

3.1 DESCRIÇÃO DA OBRA ... 42

3.2 LISTA DE VERIFICAÇÕES DOS AUTOS DE INFRAÇÃO ... 43

3.3 OBTENÇÃO DOS RESULTADOS ... 43

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 45

4.1 APRESENTAÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES ... 45

5 CONCLUSÃO ... 62

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_____________________________________________________________________________________________

1 INTRODUÇÃO

A construção civil avançou muito na área tecnológica nos últimos anos, inovando na criação de equipamentos e materiais, insumos para construção, aperfeiçoou processos, mas esqueceu, muitas vezes por completo, de inserir a qualificação e a conscientização da mão-de-obra nos seus esforços de desenvolvimento. Diante disso, a maioria das construtoras em atividade hoje sofrem as consequências da falta de planejamento em segurança da mão-de-obra. Pela falta de mão-de-obra qualificada em todos os sentidos, as construtoras têm dificuldades em encontrar trabalhadores para preencher seus canteiros de obras.

Existe dentro de um contexto histórico, a falta de preocupação e o descaso em relação á Segurança e Higiene do Trabalho na construção civil. Há uma grande quantidade de empresas estabelecidas neste ramo, no entanto, alguns empresários consideram que investir em segurança do trabalho é um desperdício de dinheiro. As empresas preferem colocar a integridade física e até mesmo a vida do seu colaborador em jogo ao invés de investir em Segurança.

A conscientização de todos os envolvidos na construção civil é fundamental para que possam ser criadas medidas de proteção que levem a um trabalho seguro dentro do canteiro de obras. Dentro das medidas de proteção devem ser destacados, por exemplo, uso adequado de EPI‟s (Equipamentos de Proteção Individual), correto uso dos EPC‟s (Equipamentos de Proteção Coletiva), entre outros, que são de exigências da NR 12, que estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.

Diante destas considerações, pode-se perceber a fundamental importância da atuação necessária da Engenharia de Segurança dentro da Construção Civil. Sendo assim, a Engenharia de Segurança deve desenvolver seu trabalho de acordo com as normativas técnicas e as empresas e trabalhadores, podem obter benefícios com a adoção de sistemas preventivos propostos pela Engenharia de Segurança, reduzindo drasticamente e até mesmo extinguindo o número de acidentes de trabalho dentro do canteiro de obras.

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Com a implantação da segurança do trabalho no canteiro de obras um aspecto muitas vezes não observado pelos empresários é o conseqüente aumento da produção dos colaboradores, a diminuição do número de afastamento do trabalho por benefício do INSS, a diminuição das perdas de materiais e dos danos às máquinas e aos equipamentos. Este fator colabora para que haja maior rendimento do trabalhador diminuindo assim a probabilidade da acorrencia de custos relativos a acidentes de trabalho.

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_____________________________________________________________________________________________ 1.1 CONTEXTO

O contexto principal deste trabalho é informar e ilustrar a importância da segurança do trabalho na construção de edifícios, da prevenção de acidentes, e redução de doenças ocupacionais, apresentando através de uma análise dos agentes causadores de acidentes bem como dos riscos encontrados na construção civil mais precisamente no sub-setor edificações, a importância de se implantar a segurança do trabalho na construção de edificações.

O contexto deste trabalho partiu da execução da construção de uma edificação hospitalar na cidade de Santo Ângelo – RS. Durante a execução da referida obra, houve auditoria do Ministério Público do Trabalho (MPT), sendo que o órgão competente acima citado cobrou diversas melhorias na área da segurança, melhorias as quais foram feitas conforme normativas técnicas. As melhorias solicitadas pelo MPT foram atendidas, sendo esta a motivação de realização deste trabalho.

1.2 PROBLEMA

Nos dias atuais onde é fortemente discutida a desigualdade social, não se pode aceitar que o capital esteja acima do bem-estar do trabalhador, no que se refere à sua segurança pessoal. Segurança do trabalho deve ser discutida incansavelmente, pois assim sendo, têm-se condições de fazer com que todos criem uma cultura de segurança, garantindo assim um futuro ao trabalhador e sua família, sem riscos de danos físicos ou até mesmo a morte.

Segundo GROHMANN (2012), enquanto os empresários não se conscientizarem do grave problema de acidentes no trabalho, nenhum esforço obterá sucesso. Como muitos empresários “pensam” em termos de custos, deveriam saber que um Programa Integral de Segurança, com o objetivo de atuar preventivamente e, conseqüentemente, contribuir para evitar acidentes, acarretaria uma diminuição de custos pois, um acidente no trabalho causa custos diretos e indiretos.

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1.2.1 Questões de Pesquisa

 Qual a Importância do trabalho de conscientização nas empresas e para colaboradores sobre segurança no trabalho?

 Quais os Riscos ambientais na construção civil sub-setor edificações?

 Quais as normativas que regulam sobre a obrigatoriedade da utilização dos EPIs e EPCs?

1.2.2 Objetivos de Pesquisa

 Apresentar e discutir a importância do seguimento da normativa técnica bem como a importância da utilização e implantação de EPC‟s e EPI‟s para atenuar e sanar as ocorrências de acidentes de trabalho em obras de construção.

 Verificar as principais causas de acidentes do trabalho que ocorrem no sub-setor edificações.

 Relacionar as principais normas regulamentadoras que dizem respeito a segurança do trabalho

 Fazer com que o leitor compreenda a comparação entre o baixo custo de implantação da segurança do trabalho em relação aos transtornos futuros decorrentes da não implantação da segurança.

1.2.3 Delimitação

Sabe-se que a construção civil é muito ampla. Há obras de diversos tamanhos desde pequenas residências até grandes edifícios, pontes, viadutos entre outros. Entretanto, este trabalho abordará a construção de um prédio hospitalar, com 3 pavimentos e 1335,02 m² de área construída, no que tange os apectos de segurança do trabalho.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ANÁLISE DA SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O ramo da Construção civil é diferenciado dos demais ramos em muitos aspectos pois apresenta particularidade que refletem uma estrutura dinâmica e complexa. No entanto, este setor tem grande importância para a economia do país, pois tem grande capacidade de gerar empregos. (GOTO 2009)

Com a capacidade de gerar empregos, a construção civil absorve grande porcentagem de mão-de-obra geralmente com trabalhadores de baixa escolaridade. Este fator gera graves problemas no que e refere às condições de trabalho dos operários, pois há muita rotatividade desta mão-de-obra despreparada, elevando assim o índice de acidentes de trabalho.

Uma obra de construção civil geralmente esta organizada em níveis hierárquicos que são divididos basicamente em três formas sendo estes o nível estratégico, o nível intermediário e o nível operacional. O nível estratégico compreende basicamente por construtores que geralmente são os patrões. Também se encaixam neste nível por órgãos públicos que organizam e licitam as mais diversas obras. Outro nível da construção é o nível intermediário, que são caracterizados por engenheiros que cuidam da articulação interna, uma espécie de meio de campo entre o nível estratégico e o nível operacional. Os profissionais da engenharia, devem também fazer parte do nível estratégico, pois esses profissionais tem formação para planejar e definir questões que impactam diretamente na obra bem como na sua segurança. Ainda tem-se o nível operacional que são mestres de obra, técnicos de segurança, pedreiros serventes etc. Este nível representa o cotidiano da obra, sendo este o nível que representa a execução das tarefas. É neste nível também, que são registrados os maiores índices de rotatividade e acidentes dentro do canteiro de obras. (GOTO 2009)

O subsetor edificações merece destaque, pois, representa a maioria das obras de construção civil, empregando a maior parte dos trabalhadores do setor. Ele é responsável pelas atividade de construção de edifícios residências, comerciais e de serviços e construção de

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edificações modulares verticais e horizontais. As operações acontecem de modo com a evolução da obra e seu processo produtivo pode ser dividido em quatro fazes principais de acordo com (GOTO 2009):

- Instalação do canteiro: compreende a limpeza do terreno e a implantação das instalações físicas do canteiro de obras.

- Fundações: Compreendem escavações, locação da obra e a fundação ou infraestrutura. - Estrutura e Elevação: Compreende a superestrutura (pilares, vigas e lajes), a alvenaria e a coberta.

- Acabamento: engloba as instalações (elétrica, hidráulica, sanitária, incêndio e telefonia), recobrimento das paredes, revestimentos, pisos, esquadrias, louças sanitárias e ferragens e pintura. (GOTO 2009)

A elevada taxa de acidentes de trabalho e sua gravidade na construção civil é assustadora e representa perdas do ponto de vista econômico e social, tanto para a empresa como para os trabalhadores e o país. Vários fatores são responsáveis por esta ocorrência, dentre eles a baixa qualificação da mão-de-obra. Portanto, é urgente a formação de profissionais e o aprimoramento dos recursos humanos em todos os níveis dessa indústria. (GOTO 2009)

A Norma Regulamentador 18 (NR 18) trata de todos os itens que devem estar dispostos em obras de construção de edificações em relação ao número de trabalhadores que a obra possui. Pode-se notar que a norma fala sobre a qualidade de vida do operário obrigando assim as construtoras a aderirem a todos os quesitos para que não haja acidentes de trabalho que prejudicam o andamento dos trabalhos.

São necessários programas intensivos de treinamento/educação para com os trabalhadores quanto à questão da segurança. Percebe-se que há total falta de consciência dos trabalhadores no que se refere a segurança do trabalho, sendo este um problema crítico que empresários e engenheiros enfrentam para conseguir implementar a NR 18 que diz respeito a segurança do trabalho na construção civil dentro da obra.

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_____________________________________________________________________________________________ 2.2 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DA MÃO-DE-OBRA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Segundo FORTES (2013), mão de obra pode ser definida como um trabalho manual empregado na produção de indústrias, e também pode ser utilizado para se referir ao trabalhador de qualquer empresa.

Segundo CALDERELLI (2004), a mão de obra é classificada como direta quando incide diretamente sobre uma unidade de produção, ou seja, representa a remuneração para ao assalariado que tem influência direta na fabricação. Entende-se como mão de obra direta o tintureiro, na indústria de tintas, o padeiro ou confeiteiro, na indústria de massas alimentícias, o marceneiro ou carpinteiro, na indústria de móveis ou na construção civil.

Ainda segundo CALDARELI (2004), mão de obra indireta, é aquela paga indistintamente para que o colaborador preste seu trabalho em varias seções ou departamentos, sem contido intervir fisicamente sobre a unidade de produção, desta forma, a distribuição dos custos da mão de obra indireta dá-se com base em cálculos proporcionais, valendo dos critérios de rateio definidos pela empresa.

O perfil do trabalhador da Construção Civil pode ser analisado sob dois pontos de vista diferentes. Sob o ponto de vista social, aborda os aspectos referentes a sexo, faixa etária, vulnerabilidade social, grau de escolaridade. Sob o ponto de vista econômico, abrange os aspectos de renda, vulnerabilidade econômica, rotatividade, nível de emprego. (FORTES 2013)

As principais e predominantes características da mão-de-obra n aconstrução civil são:  Predominância do sexo masculino;

 Procedência da zona rural;  Baixaremuneração;

 Alta rotatividade;

Devido à construção civil existir muitos profissionais envolvidos, será dada ênfase aos colaboradores que estão diretamente ligados na obra propriamente dito, sendo estes profissionais

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o mestre-de-obras, encarregados, pedreiro, azulejista, servente, ajudante, pintor, carpinteiro, armador, canalizador, eletricista entre outros. Para tanto, é importante analisar a figura 1 para melhor compreensão da hierarquia de uma obra.

Figura 1 - Hierarquia de uma Obra

Fonte: Fortes 2013

Através da análise da figura 1 podemos concluir que todos os encarregados da obra estão sob supervisão e/ou coordenação do mestre de obras. Vale destacar ainda a gama de profissionais das mais diversas especialidades que atuam na construção civil. Geralmente os profissionais como encarregados, são profissionais com mais experiência que os demais, sendo que ajudantes são profissionais iniciantes na construção civil, e na maioria dos casos, com grau de escolaridade mais baixo.

Levando em consideração os diversos profissionais que atuam na construção civil, as empresas construtoras ou responsáveis técnicos pela segurança do trabalho na obra, devem buscar capacitar seus colaboradores para que todos os profissionais tenham consciência da importância da segurança para a empresa e principalmente para sua vida, sendo este o assunto do capítulo a seguir.

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_____________________________________________________________________________________________ 2.3 CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA

Segundo FORTES (2013), a capacitação profissional está intimamente associado ao de competência e, também se aproxima dos termos qualificação e formação profissional. Estes conceitos são entendidos como a preparação de trabalhadores para fazer frente a solicitações técnico-organizacionais do mercado de trabalho, de modo a desempenharem uma determinada função profissional.

Segundo FORTES (2013):

A capacitação da mão-de-obra é um fator muito importante e indispensável para o setor da construção civil devido ao crescimento e desenvolvimento que os países vêm sofrendo. A formação professional é prioritária para as obras poderem apresentar indices de qualidade cada vez mais elevados.

Em todo e qualquer espaço de trabalho a competência profissional é cada vez mais exigida. Entretanto, na construção civil quando se trata de trabalhares braçais, a mão-de-obra não tem evoluído em qualificação. É um exército de trabalhadores desqualificados e despreparados, de fazer e saber mecânico e aleatório, em um ambiente de alto risco do que depende de proteção, orientação e, principalmente, fiscalização. Evitar acidentes do trabalho neste caso exige que se articule de forma especial programas de conscientização, qualificação e orientação temporária do trabalhador.

Segundo ROSSO e OLIVEIRA (2005), o setor da construção civil está preparando-se dentro do novo cenário econômico, soluções que possam desempenhar bem suas atividades, uma delas é a capacitação de seus trabalhadores através de um treinamento realizado na maioria das vezes no próprio ambiente de trabalho, incentivando-os a aumentar a produtividade com segurança e o menor esforço.

Ainda segundo ROSSO e OLIVEIRA (2005), o treinamento possibilita o início de uma nova postura profissional, permitindo ao treinando construir uma maior autoconfiança, tornando-o mais crítictornando-o e participativtornando-o ntornando-o seu ambiente de trabalhtornando-o.Além disstornando-o, tornando-os trabalhadtornando-ores sentem-se valorizados com o treinamento, devido à preocupação da administração com a segurança.

Desta forma a preocupação com segurança visa a identificação e eliminação de riscos que possam vir a gerar acidente, tais riscos são vistos a seguir com a relação e descrição dos riscos ambientais existentes na construção civil.

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2.4 RISCOS AMBIENTAIS

Os riscos ambientais podem ser divididos em 5 principais grupos sendo eles: riscos químicos, riscos físicos, riscos biológicos, ergonômicos e risco de acidentes. Na construção civil todos estes riscos estão contemplados em uma obra. Abaixo serão descritos cada um deles conforme suas especificações.

2.4.1 Riscos Químicos

Segundo MONTEIRO (2006), agente ou contaminante químico é toda substância orgânica ou inorgânica, natural ou sintética, que durante a fabricação, manuseio, transporte, armazenamento ou uso, pode incorporar-se ao ar ambiente em forma de pó, fumo, gás ou vapor, com efeitos irritantes, corrosivos, asfixiantes ou tóxicos e em quantidades que tenham probabilidade de lesionar a saúde das pessoas que entram em contato com elas.

Pode-se dividir os riscos químicos em quatro principais categorias: poeiras incômodas, fumos metálicos, poeiras alcalinas e névoas, gases e vapores. Os riscos químicos se encontram por todo o canteiro de obra, e são resultado de agentes nocivos presenta na atmosfera da obra, principalmente em locais onde se manuseiam substâncias de pequena granulometria, como cimento, cal, areias, substâncias estas que podem ser inalados ou mesmo ser absorvidas por via cutânea. (STEFANO 2008)

A figura 02 abaixo apresenta um canteiro de obras em fase de marcação, sendo que a poeira pode ser encontrada em todas as fases da obra.

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_____________________________________________________________________________________________ Figura 2 - Poeira no Canteiro de Obras

Fonte: Costa 2007

Segundo Costa 2007:

Num canteiro de obras são muitas as atividades que geram poeira e, na maioria dessas atividades, os trabalhadores ficam expostos a estes agentes químicos sem os cuidados necesssários, podendo sofrer todo tipo de consequência maléfica decorrente dessa exposição.

2.4.2 Riscos Físicos

Segundo STEFANO (2008), pode-se dividir os riscos físicos na construção em sete principais categorias: ruídos, vibrações, calor, radiações não ionizantes, radiações ionizantes e umidade. São encontrados na maior parte do canteiro, sendo os ruídos e vibrações mais presentes nas proximidades de maquinário pesado, fundações cravadas, e locais de concretagem. As radiações estão presentes na armação, com uso de máquinas de solda e insolação por exposição excessiva ao sol. Calor pode tanto ter a ver com exposição excessiva ao sol, como presença em ambientes não ventilados, como é o caso de fundações estilo tubulões, onde existem também problema ligados à umidade. Esta última está relacionada a ambientes expostos constantemente à ação da água, como vestiários, e lavatórios e locais de contato direto com o solo.

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2.4.2.1 Ruídos

A exposição ao ruído podem ter graves consequências no organismo humano. Podem ser elencadas o cansaço, irritações nos ouvidos, dores de cabeça, diminuição da audição, aumento da pressão arterial, problemas do aparelho digestivo, taquicardia e perigo de infarto. (BERTOLI e MAIA 1998).

A Figura 03 mostra um exemplo de ruído na construção civil, sendo que o equipamento em questão é usado constantemente na construção civil.

Figura 3 – Ruído na construção

Fonte: MAIA 2001 Segundo Bertoli e Maia 1998:

Influenciam nas perdas auditivas fatores ligados ao indivíduo, ao meio ambiente e ao prórpio agente (ruído). Dentre as características do agente, destacam-se a intensidade, o tipo (contínuo, intermitente, ou de impacto,), a duração (tempo de exposição) e a qualidade (frequência dos sons que compoem o ruído em análise). Ligado ao indivíduo, destaca-se a suscetibilidade individual pela qual explica-se o fato de que algumas pessoas possuem maior facilidade em adquirir a surdez, quando expostas às mesmas condições ambientais.

Na construção civil, mesmo nos países em desenvolvimento, o uso de máquinas cada vez mais velozes, tem tornado as tarefas dos trabalhadores deste ramo industrial mais ruidosas, e em consequência, gerando perdas auditivas e outros efeitos em um número, cada vez maior de trabalhadores. Esses danos não são, atualmente, convenientemente avaliados pelas empresas havendo causas econômicas, sociais e técnicas que dificultam atingir este objetivo.

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2.4.2.2 Vibrações

As vibrações definem-se como o movimento oscilatório de um corpo em torno do seu ponto de equilíbrio. O número de vezes que este ciclo se repete, por segundo, designa-se por frequência e é medido em Hertz (Hz). No meio laboral, as vibrações constituem agentes físicos nocivos que afetam a saúde e segurança dos trabalhadores. Encontram-se presentes em quase todas as atividades, nomeadamente em construção civil e obras públicas, indústrias extrativas, exploração florestal, fundições e transportes. AFONSO [2016]

Exposições às vibrações podem trazer consequência como cansaço, irritações, dores nos membros, na coluna, doença do movimento, artrite, problemas no aparelho digestivo, lesões ósseas, circulatórias e dos tecidos moles. (STEFANO 2008)

A figura 04 mostra exemplos de equipamentos que são largamente utilizados em obras de construção civil e que merecem cuidados no que se refere a vibrações.

Figura 4 - Máquinas de Intensa Vibração

Fonte: BRAGA 2007

2.4.2.3 Calor

A autora LEITE (2002) define que os efeitos que o calor pode produzir sobre o corpo, podem ser classificados em doenças provenientes da sua exposição e queimaduras. Quanto às doenças, estas tem origem devido a excessiva exposição ao calor, da qual podem advir vários tipos de patologias, entre as quais: a desidratação, a hipertermia, inflamação das glândulas

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sudoríparas, modificação comportamental e outras tais como: insolação ou choque térmico, hiperpirexia, sincope, exaustão, câimbras, erupção, fadiga, tensão (Stress).

A exposição ao calor pode trazer consequências como aumento da pulsação, irritações, internação, prostração térmica, choque térmico, fadiga térmica, perturbações das funções digestivas, hipertensão. (STEFANO 2008)

2.4.2.4 Radiações não ionizantes

As radiações não ionizantes são de natureza eletromagnética. Seus efeitos dependem de fatores como duração, intensidade, comprimento de onda, região do aspectro que se situam, entre outros. (Marlise Sala 2015)

A radiação não ionizante traz como consequência queimaduras, lesões nos olhos e na pele, membros e ou em todas as partes do corpo que ficarem expostas ao agente. STEFANO (2008)

Esta radiação é encontrada por exemplo em operações de solda eletria, na fusão de matais e no controle de qualidade de peças com lâmpadas especiais. (Marlise Sala 2015)

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2.4.2.5 Radiações ionizantes

Este tipo de radiação oferece sério risco à saúde do trabalhador, se o mesmo ficar exposto. A radiação ionizante é proveniente de materiais radiativos como é o caso dos raios alfa, beta e gama. (STEFANO 2008)

As consequências das radiações ionizantes podem ser muito graves se o trabalhador ficar exposto a este agente. As consequências podem ser alterações celulares, câncer, fadiga, problema visuais e acidentes do trabalho. (STEFANO 2008)

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2.4.2.6 Umidade

Atividades ou operações executadas em locais alagados ou com umidade em excesso, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle. SOUZA [2016].

A umidade traz como consequências físicas, doenças no aparelho respiratório, queda, doenças de pele e doenças circulatórias.

Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc). SOUZA [2016].

2.4.3 Riscos Biológicos

A NR-9 (Brasil, 1994) considera agentes biológicos os microrganismos, tais como: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros, sendo que a caracterização de sua exposição é feita através de inspeção no local de trabalho, onde o Anexo 14 da NR-15 (Brasil, 1978) exemplifica algumas atividades em que a insalubridade pode ser caracterizada através da avaliação qualitativa.

Segundo STEFANO (2008), em obras é comum encontrar bacilos, bactérias, fungos, parasitas, vírus, protozoários, insetos, aranhas, escorpiões, ratos e cobras. Estes seres vivos podem trazer como consequências físicas ao trabalhador, doenças como tuberculose, brucelose, malária, febre amarela, entre outras. As ações dos agentes penetram nas vias cutâneas e respiratórias.

Abaixo apresenta-se a figura 05, que mostra um animal peçonhento que pode ser encontrado em obras de construção civil. Geralmente encontrados no início da obra e também sobre escombros que podem ser acumular durante a execução dos serviços.

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Figura 5 - Cobra comum em obras

Fonte: Cabral 2011

O reconhecimento antecipado e o controle dos agentes biológicos em um canteiro de obras se fazem necessário, em que uma simples poça d‟água pode proliferar o mosquito transmissor da Dengue e adoecer vários trabalhadores, com riscos que pode levá-los até à morte na fase hemorrágica da doença.

2.4.4 Riscos Ergonômicos

A NR-17 estabelece parâmetros para que se possa proporcionar o máximo conforto do trabalhador nos ambientes de trabalho.

A figura 06, mostra o agachamento de um funcionário durante o carregamento de blocos de concreto, trabalho bastante comum nas obras.

(30)

_____________________________________________________________________________________________ Figura 6- Ergonomia levantamento de peso

Fonte: Oliveira 2008

Os riscos ergonômicos podem ser divididos em trabalho com jornada extremamente prolongada e trabalho físico pesado, onde o trabalho exige muito esforço físico conforme descrito nos itens abaixo.

2.4.4.1 Trabalho Físico Pesado

Este fator representa bem ao dia a dia de uma obra de construção civil, onde muitas vezes é necessário esforço físico por várias horas. Este tipo de trabalho leva o trabalhador a ter dores musculares, fraqueza, hipertensão arterial, diabetes, úlcera, doenças nervosas, alterações no sono, problemas de coluna e acidentes. (STEFANO 2008)

2.4.4.2 Jornada Prolongada

A jornada de trabalho prolongada é causadora de stress físico e ou psíquico e tem como consequências o cansaço, dores musculares, hipertensão arterial, diabete, úlcera, doenças nervosas, alterações no sono, asma, tensão, ansiedade, medo, comportamento estereotipado. (STEFANO 2008)

(31)

2.5 CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Segundo PESSOA (2014), o crescimento acentuado da construção civil, verificado nos últimos anos em todo o país, tem sido acompanhado pelo aumento do número de acidentes de trabalho e de mortes de operários, principalmente por soterramento, queda ou choque elétrico. O setor é foco da preocupação de auditores do trabalho, gestores públicos e especialistas da Justiça do Trabalho e por profissionais da área da segurança.

Segundo PESSOA (2014), podem ser apontados diversas causas para o número acentuado de acidentes na construção civil sendo eles:

 Baixa qualificação profissional de boa parte dos trabalhadores;  Elevada rotatividade de pessoal;

 Maior contato individual dos trabalhadores com os itens da construção civil;  Realização de atividades sob condições de clima, como ventos ou chuvas fortes;  Falta de treinamento e procedimentos;

 Prensamento de membros, principalmente das mãos;  Presença de corpos estranhos nos olhos;

 Picada de animais peçonhentos;

 Projeção de materiais sobre partes do corpo;  Lesões pela utilização de ferramentas portáteis;  Quedas no mesmo nível ou de mais de um nível;  Pressão psicológica;

 Ritmo de trabalho cada vez mais denso, tenso e intenso.

COSTELLA, GUIMARÃES E CREMONINI (2000) publicaram em seu artigo a porcentagem de acidentes de trabalho na construção civil segundo a natureza do acidente. Estes dados estão visíveis na tabela 01 abaixo.

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_____________________________________________________________________________________________ Tabela1 - Natureza do acidente na construção civil

Fonte: Costella, Guimarães e Cremonini 2000

Analisando a tabela acima, nota-se que a maior quantidade de acidentes segundo o pesquisadores são por impacto sofrido, queda com diferença de nível, impacto contra e esforços excessivos ou inadequados.

2.6 NORMAS REGULAMENTADORAS DA SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A segurança e a saúde do trabalho na área da construção civil baseiam-se em normas regulamentadores descritas na portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Atualmente tem-se 36 Normas Regulamentadoras vigentes sendo elas:  NR 01 – Disposições Gerais;

 NR 02 – Inspeção Prévia;

 NR 03 – Embargo ou Interdição;

 NR 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança em medicina do Trabalho;

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 NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI);

 NR 07 – Programas de Controle Médico de Saúde ocupacional (PCMSO);  NR 08 – Edificações;

 NR 09 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais;  NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;

 NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;  NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;

 NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações;  NR 14 – Fornos;

 NR 15 – Atividades e Operações Insalubres;  NR 16 – Atividades e Operações Perigosas;  NR 17 – Ergonomia;

 NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;  NR 19 – Explosivos;

 NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis;  NR 21 – Trabalho a Céu Aberto;

 NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;  NR 23 – Proteção Contra Incêndios;

 NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;  NR 25 – Resíduos Industriais;

 NR 26 – Sinalização de Segurança;

 NR 27 – Revogada pela Portaria GM nº 262, 29/05/2008 Registro do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB;

 NR 28 – Fiscalização e Penalidades;

 NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário;  NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;

 NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura;

 NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde;  NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;

(34)

_____________________________________________________________________________________________  NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e

Reparação Naval;

 NR 35 – Trabalho em Altura;

 NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados.

Em junho de 1978 foram aprovadas normas de segurança e saúde do trabalho através da portaria 3214. Essa era composta inicialmente por vinte e oito normas. Quase que a totalidade das normas existentes estão relacionadas ao setor da construção, entretanto a norma que trata especificamente do setor de edificações é a NR-18. (ARAÙJO 2002).

A norma NR 18, estabelece diretrizes administrativas, de planejamento e de organização para implementar medidas de controle e sistemas preventivos de segurança no processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção, além de determinar a elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção (PCMAT).

ARAÚJO (2002), faz uma rápida análise da norma brasileira NR-18 em comparação a norma europeia 92/57/CEE e relata o seguinte:

 São bastante parecidas em termos de conteúdos;

 A implantação da diretiva na Europa encontra menos obstáculos devido a maior organização dos canteiros e processos construtivos mais avançados. No Brasil, as empresas que têm apresentado melhor desempenho quanto ao cumprimento da NR-18 são aquelas que já a algum tempo vêm investindo em organização do canteiro e inovações no processo produtivo, geralmente empresas certificadas em qualidade.

 Existe uma maior conscientização do empresário europeu quanto à implantação da legislação de segurança, sendo seus maiores problemas os custos e a forma de aplicação de tal legislação. O empresário brasileiro ainda não tem esse nível de conscientização. Ele inicia o processo de implantação da NR-18 por que é obrigado pela “lei” e não porque acredita na prevenção. Suas ações são reativas e não proativas. Deve-se salientar que existem as exceções.

(35)

As normas Regulamentadoras (NR), relativas à segurança e saúde do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). (ARAUJO 2002)

De acordo com ARAUJO (2002):

A NR-18,após a nova redação, passou a contar com 28 disposições e um glossário. Essas disposições abordam os seguintes itens: objetivo e campo de aplicação; comunicação prévia programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção – PCMAT; áreas de vivência; demolição; escavações, fundações e desmonte de rochas; carpintaria; armações de aço; estruturas de concreto; estruturas metálicas; operações de soldagem e corte a quente; escadas, rampas e passarelas; medidas de proteção contra quedas de altura; movimentação e transporte de materiais e pessoas; andaimes; cabos de aço; alvenaria, revestimento e acabamentos; serviços em telhados; serviços em flutuantes; locais confinados; instalações elétricas; máquinas. Equipamentos e ferramentas diversas; equipamentos de proteção individual; armazenamento e estocagem de materiais; transporte de trabalhadores em veículos automotores; proteção contra incêndio; sinalização de segurança; treinamento; ordem e limpeza; tapumes e galerias; acidente fatal; dados estatísticos; comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA nas empresas da indústria da construção; regulamentos técnicos de procedimentos – RTP; disposições gerais; disposições finais; disposições transitórias.

2.7 AÇÕES DE PROTEÇÃO

Ações de proteção podem ser definidas como ações, equipamentos ou elementos que servem de barreira entre o perigo e os operários. Em uma visão mais ampla, são todas as medidas de segurança tomadas numa obra para proteger uma ou mais pessoas. (SAMPAIO, 1998). Para isto são necessários alguns equipamentos denominados de proteção individual ou coletiva conforme visto a seguir.

2.7.1 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s

Os equipamentos de proteção coletiva (EPC‟s) tem como finalidade a proteção coletiva, com a finalidade de eliminar e/ou diminuir os riscos de acidentes ou doenças ocupacionais, como

(36)

_____________________________________________________________________________________________ por exemplo: guarda-corpos, proteções de aberturas no piso, escoramento de valas, plataformas de proteção, etc.

A NR-18 cita que o projeto de execução e implementação das proteções coletivas deve estar em conformidade com as etapas de execução da obra, o qual deve fazer parte dos documentos que integram o PCMAT, além dos mesmos terem que ser projetados e dimensionados por profissional legalmente habilitado.

A norma NR -18 estabelece ainda condições mínimas para o dimensionamento das proteções coletivas nos canteiros de obras, sendo que estas devem garantir com o máximo de eficiência o controle dos agentes de riscos para operações com máquinas e equipamentos e no desenvolvimento das atividades de produção.

A NR-09 fala que o estudo para implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer a seguinte hierarquia: a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho.

De acordo com ZARPELON, DANTAS e LEME (2008), referente as medidas de proteção coletiva:

Dentre as principais, citam-se: medidas de proteção contra quedas; medidas de proteção na movimentação de materiais e pessoas (elevadores, gruas, guinchos, PTA‟s); medidas de proteção na execução e nas operações de escavações, fundações e desmonte de rochas; medidas de proteção na confecção de escadas, rampas e passarelas; medidas de proteção na elaboração e manutenção das instalações elétricas temporárias; medidas de proteção na utilização de serras 45 circulares; medidas de proteção na operação com equipamentos elétricos, de fixação à pólvora e medidas de proteção nas atividades de armações de aço, concretagem, estruturas metálicas, etc.

2.7.2 Equipamentos de Proteção Individual – EPI

De acordo com a NR- 06, considera-se EPI todo o dispositivo ou produto de uso individual, que utilizado pelo trabalhador, destina-se à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar à sua segurança e saúde, e por equipamento conjugado de proteção individual, aquele composto por vários dispositivos, em que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que

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possam ocorrer. Conforme esta NR, a empresa é obrigada a fornecer gratuitamente a seus empregados os Equipamentos de Proteção Individual - EPI's adequados aos riscos existentes no local de trabalho, sempre que as medidas de controle coletivas ou administrativas forem inviáveis, insuficientes e/ou estiverem em fase de implantação.

Ao ser adquirido o EPI ou implementado, o EPI deve ter Certificado de Aprovação, sem o qual o equipamento não terá validade legal. É de responsabilidade da empresa, controlar e disciplinar o uso dos equipamentos fornecidos, cabendo-lhes as apliações das punições previstas em lei para o trabalhador que se recusa a usá-los. Recomenda-se manter um fichário para controlar o fornecimento dos já referidos equipamentos de proteção individual, de modo que cada equipamento receba a assinatura do usuário na data da entrega. As fichas devem ser individuais e devem ser guardadas por no mínimo 20 anos após o desligamento dos funcionários da empresa.

Conforme a NR-6, cabe ao empregador quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, a guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica e g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

A NR-6 (Brasil, 2001) estabelece que cabe ao empregado quanto ao uso do EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

2.8 CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO

Os custos de implantação da Segurança do Trabalho em obras da construção civil são relativamente baixos se comparados aos custos provenientes de acidentes de trabalho ou por multas e embargos gerados pela fiscalização de órgãos competentes a exemplo do ministério do

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_____________________________________________________________________________________________ trabalho. Para tanto, os custos de implantação referem-se aos seguintes itens: (FROTA e FEITOSA 2001)

 Elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT). Este Programa consiste de uma memorial que fala sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações. Abrange também as etapas da obra bem como especificações sobre o uso de proteções coletivas e individuais a serem utilizadas conforme o cronograma de andamento da obra;

 Elaboração do PSST – (Plano de Segurança e Saúde no Trabalho), que é exigido principalmente por empresas contratantes como condição para pleitear contratos de prestação de serviços

 Aquisição de EPI;

 Execução e instalações de EPCs;

 Aquisição e instalação de placas de sinalização;  Aquisição de medicamentos.

Antes de falar em custo para implantar um sistema de gestão, valem outros questionamentos para reflexão: os custos econômicos e financeiros decorrentes das ausências dos empregados afastados por acidentes do trabalho são contabilizados e conhecidos? A empresa tem custos jurídicos oriundos por ação trabalhista de ex-empregado que se acidentou? A empresa conhece a atual alíquota do FAP - Fator Acidentário de Prevenção e acompanha sua evolução? A empresa tem conhecimento de que o INSS pode requerer, através de ação de regresso, todos os benefícios que foram pagos ao empregado afastado por auxílio acidentário se a Previdência entender que houve negligência da empresa?. SANTOS [2016]

Os questionamentos para reflexão que mencionamos acima nos levam a pensar se realmente a implementação de um sistema de gestão, que concentraria todas as ações e programas para prevenção de doença ocupacional e integridade física do trabalhador, poderia ser considerado "custo" ou seria melhor interpretado como "investimento". Investimento? Mas qual seria o retorno desse capital investido? Redução do dispêndio financeiro com empregado afastado por acidente; não ser onerado com a alíquota do FAP, que pode até dobrar se houver muitos

(39)

acidentes; e, principalmente, não perder mercado, pois a tendência é que o seu produto ou serviço deixe de ser contratado se sua empresa não se preocupar com a saúde dos trabalhadores. Consideremos ainda as notificações da Superintendência Regional do Trabalho e ações do Ministério Público do Trabalho, que estão cada vez mais intensas. SANTOS [2016]

Pesquisas feitas por diversos autores mostram que o custo de implantação da Segurança do Trabalho em um canteiro de obras é relativamente baixo. A exemplo disso, a Tabela 2 abaixo mostra uma descrição dos custos de implantação.

Tabela 2 – Custo de implantação da Segurança do Trabalho

Fonte: FROTA e FEITOSA 2001

Os custos provenientes de instalações provisórias e também os custos dos EPC‟s, englobam custos de materiais e mão-de-obra para execução dos mesmos.

GONÇALVEZ et al (2012), em seu artigo intitulado Custos de Implantação e Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho em uma habitação de Interesse Social, constatou que os custos para implantação da Segurança do Trabalho na obra representam 3,5% do CUB calculado para o empreendimento.

Comparando-se então os custos apresentados através de seus percentuais, com os custos da execução de uma obra com material e mão-de-obra, por exemplo, pode-se destacar que os custos da Segurança do Trabalho são relativamente baixos, mas de fundamental importância.

(40)

_____________________________________________________________________________________________ 2.8.1 Análise Custo/Benefício da Implantação da Segurança do Trabalho

As empresas de construção civil são responsáveis pelo emprego de milhares de pessoas atualmente no Brasil e no Mundo. No entanto, os recursos que as empresas dispõem para investir em Segurança são limitados. Mesmo com recursos limitados, as empresas devem ter compreensão da importância de se investir e se planejar segurança do trabalho. Alguns estudos demostram que assim que as empresas compreendem a relação entre Segurança do Trabalho e produtividade, conseguem ver também a ligação entre Segurança do Trabalho e desempenho econômico.

De acordo com FROTA E FEITOSA (2001), os Custos de segurança e Higiene do Trabalho trazem benefícios a médio e longo prazo:

A influência da segurança e higiene do trabalho nos benefícios ou perdas pode ser altamente significativa, a médio e longo prazo. Por isso, é importante que a implantação de um sistema de segurança e higiene do trabalhos e já avaliada economicamente. O principal objetivo de um tópico de custos no sistema de segurança e higiene do trabalho é proporcionar um meio de avaliar sua eficiência e estabelecer as bases para programas internos de melhorias. Os custos referentes à segurança e higiene do trabalho podem ser divididos em custos para a obtenção da segurança e custos para garantia da segurança. Ainda conforme FROTA E FEITOSA (2001) O termo custo, tem sido conceituado de diversas formas, tanto pela literatura contábil (economistas, administradores, contadores) quanto pela da construção civil (engenheiros). A expressão apresenta basicamente dois tipos de divergências: as divergências conceituais, onde a palavra custo é usada para se referir, de forma alternativa, a diversos conceitos, tais como despesas, gasto, desembolso, etc; e as divergências semânticas, pelas quais diferentes palavras são utilizadas para se referirem ao mesmo conceito. Torna-se, portanto, necessário uniformizar a terminologia adotada neste trabalho, definindo-se de modo claro cada um desses conceitos:

a) Custo – É o valor dos bens e serviços consumidos na produção de outros bens e serviços. Exemplo: o valor da mão-de-obra utilizada na execução de uma edificação.

b) Desembolso- É o pagamento (saída de recursos), com a finalidade de saldar compromissos resultantes da aquisição de bens e serviços. Exemplo: o pagamento a um fornecedor de cimento.

(41)

c) Desperdício – Corresponde aos gastos incorridos, consumidos em atividades/funções que não possibilitam qualquer adição de valor ao produto e/ou ao resultado. Exemplo: pedras cerâmicas incompletas (trinchos) resultantes do assentamento em paredes ou pisos.

d) Despesas – É o valor dos bens e serviços, não relacionados diretamente com a produção de outros bens e serviços, consumidos num período determinado. Exemplo: despesas administrativas de uma empresa construtora.

e) Gasto – É todo o pagamento executado pela empresa, que compreende o valor dos bens e/ou serviços adquiridos pela empresa num determinado período. Exemplo: o valor dos materiais comprados pela empresa no último mês.

f) Perda – É o valor dos bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária. Exemplo: o valor dos danos provocados por uma queda de um elevador com materiais.

2.8.2 Prejuízos sem Segurança do Trabalho

Considerando a enorme margem de possibilidades de acidentes de trabalho, faz com que nenhum outro empreendimento seja tão fiscalizado quanto o da construção civil. As obras de uma maneira geral são fiscalizadas por entidades tanto públicas como privadas que usam do seu poder para melhor fiscalizar a segurança em obras de construção civil e também fiscalizar as empresas que operam neste tipo de obra. (SAKAMOTO 2014)

Os empreendimentos e empresas que não se adequarem as normas relativas a Segurança estão sujeitas e enfrentarem problemas como por exemplo embargos e paralisações, e ainda poderão receber multas e custos que não estavam previstos em contrato. Estes custos que não estavam previstos certamente serão maiores do que o valor gasto em regularização da obra e da empresa no que diz respeito a segurança.

Segundo SAKAMOTO (2014), as empresas tem a total obrigação de manter seus ambientes de trabalho dentro dos padrões estabelecidos nas normativas, pois a partir de denúncias de entidades sindicais, ocorrência de acidentes graves ou fatais, ou até mesmo denúncias dos próprios colaboradores, os Agentes de Inspeção do Trabalho podem visitar as instalações e/ou

(42)

_____________________________________________________________________________________________ canteiros de obra da empresa, visando fiscalizar o cumprimento das normas regulamentadoras, a fim de fiscalizar alguns itens como:

 Organização e segurança do ambiente de trabalho;  Layout de máquinas e equipamentos;

 Prevenção de quedas nos trabalhos realizados em altura;

 Existência de vãos desprotegidos, escadas sem corrimão e buracos no solo;  Trabalhos com produtos inflamáveis e/ou explosivos;

 Utilização de produtos químicos, contato com material biológico e riscos físicos;  Contato com energia elétrica;

 Existência de espaços confinados;  Placas com dizeres prevencionistas;  Utilização de cores de segurança;

 Sistema fixo e móvel para combate a princípios de incêndios;  Condições de higiene no local de trabalho;

 Oferta de água potável;

 Banheiros separados por sexo;  Número de Chuveiros;

 Número de lavatórios;

 Oferta de papel higiênico e papel toalha;  Local apropriado para refeições;

 Oferta de local para acondicionamento de marmitas e local para aquecimento das refeições;

 Condições da cozinha de acordo com os itens da NR 24;  Lixeiras em quantidade para recolhimento de lixo;  Documentação de segurança;

 Certificado de aprovação de instalações;  Documentos base de segurança;

 Documentos adicionais de segurança de acordo com a atividade da empresa;  Qualificação dos colaboradores;

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 Treinamento inicial em segurança do trabalho para as atividades;  Treinamentos periódicos para cursos com validade;

 Pessoal treinado para atendimento a emergências;  Proteção coletiva e individual dos trabalhadores;

 Oferta de equipamentos de proteção coletiva aos trabalhadores;  Oferta de equipamentosde proteção individual aos trabalhadores.

Ainda segundo SAKAMOTO (2014), vale ressaltar que as multas aplicadas pelos agentes de inspeção do trabalho têm o valor na maioria das vezes maior que o custo necessário para a resolução do não cumprimento da norma. A aplicação da multa não desobriga o empregador a se adequar a legislação de segurança e medicina do trabalho.

De acordo com SAKAMOTO (2014):

Caso o empregador permita que seu ambiente de trabalho possua risco grave e iminente a saúde e a integridade física dos colaboradores, o agente de inspeção do trabalho tomará atitudes mais sérias, como a paralização do setor / obra, da máquina ou do equipamento (até a completa resolução) mais a aplicação da multa, resultando em prejuízos maiores.

(44)

_____________________________________________________________________________________________

3 METODOLOGIA

Em primeiro lugar, levantou-se os autos de infração que foram expedidos pelo MPT durante a execução de uma obra hospitalar pela Empresa Construtora X, nas dependências do Hospital de Caridade de Santo Ângelo. Cada um dos autos de infração foi analisado para que fosse conhecido o ítem da Norma Regulamentadora que estava sendo descumprido, para assim fazer a descrição e análise do mesmo.

A partir da lista dos autos de infração, será descrito e apresentado através de imagens, as medidas corretivas que foram tomadas devido a fiscalização da obra em questão. Os autos de infração foram expedidos quando a obra estava em fase de execução da estrutura, sendo estes, pilares, vigas e lajes.

A obra em questão atualmente está parada devido a falta de recursos. A construção do prédio começou em dezembro de 2014, e a fiscalização se deu em julho de 2015, sendo que a mesma ficou embargada por aproximadamente 30 dias. Como foram tomadas todas as providências quanto a resolução dos itens apontados pelo ministério do trabalho a obra pode novamente ser retomada sendo paralisada novamente em agosto de 2015 até a presente data.

Constatou-se que os autos de infração que foram expedidos abrangem não só a NR 18 – Condições e Meio ambiente de Trabalho na Indústria da Construção também as normas NR 35 – Trabalho em Altura e NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual - EPI.

3.1 DESCRIÇÃO DA OBRA

A obra que esta sendo estudada é uma edificação de 3 pavimentos, com estrutura projetada e calculada para 4 pavimentos, do tipo Hospitalar, com finalidade específica para leitos do SUS, bem como toda estrutura e áreas de apoio para que seja possível se ter uma unidade com

(45)

leitos hospitalares. A obra está sendo executada por uma empreiteira de Novo Hamburgo, que foi vencedora de um processo de licitação que foi elaborado pelo Hospital.

O pavimento térreo da edificação consiste em uma área para estacionamento, escadas de acesso e elevadores. O segundo e terceiro pavimentos, possuem salas como postos de enfermagem, rouparias, banheiros para funcionários, copas, depósito de material de limpeza, quartos com banheiros para 2 e 3 leitos. A área da edificação que está sendo executada é 1335,02 m² e atualmente a estrutura do prédio encontra-se concluída.

No momento em que a obra foi paralisada estavam trabalhando 15 pessoas, com funções variadas como, carpinteiros, serventes, pedreiros, mestre de obras e engenheiro. Todos os funcionários que estavam na obra eram funcionários da empreiteira responsável pela obra.

3.2 LISTA DE VERIFICAÇÕES DOS AUTOS DE INFRAÇÃO

A verificação dos itens não conformes e consequentemente dos autos de infração foi realizado utilizando as notificações que foram cedidas pela empreiteira. Esta lista de verificações se encontra disponível neste trabalho no capítulo da discussão dos resultados.

3.3 OBTENÇÃO DOS RESULTADOS

Os dados completos obtidos na avaliação das notificações estão presentes em sua totalidade no capítulo da discussão dos resultados, e serão apresentados através de uma descrição de cada item e também a apresentação das imagens que foram feitas anterior a visita do ministério do Trabalho e posterior a mesma, para se avaliar as medidas corretivas que foram tomadas.

(46)

_____________________________________________________________________________________________ O valor das penalidades ou seja, o valor da multa, não será apresentado mas possivelmente foi consideravelmente maior do que o recurso que foi empregado para regularização da obra para que o embargo fosse retirado.

(47)

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 APRESENTAÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES

Foi realizado uma lista dos autos de infração que foram emitidos pelo Ministério do Trabalho referente a obra acima descrita. Os Autos de Infração são numerados de 1 a 21, sendo que cada um deles apresenta o ítem da Norma Regulamentadora que foi autuado, bem como a descrição de cada um dos itens e suas medidas corretivas. As Soluções serão apresentadas através de imagens da obra e/ou imagens de equipamentos similares que fora utilizados. Segue relação dos autos de infração:

 Auto de Infração 01

- Artigo 157, Inciso 1, da CLT, c/c item 18.4.2.11.3 da NR 18, com redação da portaria 04/95.

Este item da NR 18 descreve o seguinte: 18.4.2.11.3 Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento.

Como solução para a notificação que foi citada acima, a Instituição de Saúde ofereceu à Empreiteira, o refeitório que é de uso dos funcionários do Hospital para que os colaboradores da Empreiteira pudessem fazer suas refeições no local. Sendo assim, não foi mais necessário que os colaboradores trouxessem sua refeição de suas casas, podendo almoçar no refeitório da instituição.

A solução foi apresentada ao Ministério do Trabalho que aceitou a solução apresentada. Na Figura 7 abaixo pode-se verificar as instalações disponíveis no refeitório da Instituição.

(48)

_____________________________________________________________________________________________ Figura 7 - Refeitório da instiuição

Fonte: Acervo do Autor (2016)

 Auto de Infração 02

- Artigo 157, Inciso 1, da CLT, c/c item 18.27.1 da NR 18, com redação da portaria 04/95. Este item da NR 18 descreve o seguinte: 18.27.1 O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de:

a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras; b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;

c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;

d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas e equipamentos.

e) advertir quanto a risco de queda;

f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho;

g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;

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h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;

i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros);

j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas.

Através desta notificação pode-se perceber que não existiam placas ou cartazes de avisos dos mais diversos como “Uso Obrigatório de EPI”; “Saída de Emergência”; “Betoneira”, “Guincho”, entre outros. Como solução para este item da normativa técnica foram elaboradas placas e fixadas em determinados locais da obra que tem como objetivo alertar e avisar sobre os locais da obra e o uso de EPIs, identificação de máquinas e equipamentos. A Figura 8 mostra como foi feita a colocação dos avisos.

Figura 8 - Placas de Sinalização

Fonte: Acervo do Autor (2016)

 Auto de Infração 03

- Artigo 157, Inciso 1, da CLT, c/c item 18.12.5.6 „a‟ da NR 18, com redação da portaria 04/95.

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