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O fluxo de informações gerenciais e sua relevância na comercial de produtos agrícolas Forte Sul Ltda

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(1)

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

O FLUXO DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS E SUA RELEVÂNCIA NA

COMERCIAL DE PRODUTOS AGRICOLAS FORTE SUL LTDA.

(

Trabalho de Conclusão de Curso)

VITOR RICARDO GRAUNKE

Ijuí – RS 2012

(2)

VITOR RICARDO GRAUNKE

O FLUXO DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS E SUA RELEVÂNCIA NA

COMERCIAL DE PRODUTOS AGRICOLAS FORTE SUL LTDA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Professora Orientadora: Eusélia Paveglio Vieira

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: A Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial ... 26

Quadro 2: Contabilidade de custos como processador de informações ... 27

Quadro 3: Taxa anual e vida útil estimada para a depreciação ... 33

Quadro 4: Cálculo com pessoal ... 35

Quadro 5: Cálculo do Mark-up divisor ... 37

Quadro 6: Cálculo do Mark-up multiplicador ... 37

Quadro 7: Cálculo da margem de contribuição ... 39

Quadro 8: Cálculo do ponto de equilíbrio contábil ... 40

Quadro 9: Cálculo do ponto de equilíbrio econômico ... 41

Quadro 10: Ponto de equilíbrio financeiro ... 41

Quadro 11: Cálculo da margem de segurança em quantidade ... 42

Quadro 12: Cálculo da margem de segurança em unidades monetárias ... 42

Quadro 13: Cálculo da margem de segurança em percentual ... 42

Quadro 14: Fórmula para cálculo da Rotatividade de Estoque ... 45

Quadro 15: Custo de Aquisição dos Produtos ... 56

Quadro 16: Gastos com pessoal ... 58

Quadro 17: Despesas com pró-labores ... 59

Quadro 18: Cálculo das Despesas com Depreciações ... 60

Quadro 19: Levantamento Despesas Mensais ... 61

Quadro 20: Faturamento Médio dos Produtos em Estudo ... 65

Quadro 21: Sistema de Análise de Margens e Resultados com Mercadorias... 68

Quadro 22: Cálculo da Margem de Contribuição ... 69

Quadro 23: Cálculo do Ponto de Equilíbrio ... 73

Quadro 24: Margem de Segurança Operacional ... 76

(4)

Quadro 26: Balanço Patrimonial para Análise Vertical ... 80 Quadro 27: Balanço Patrimonial para Análise Horizontal ... 82 Quadro 28: Níveis e Periodicidade das Informações Gerenciais... 84

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Representatividade das Despesas Específicas ... 63

Gráfico 2: Representatividade das Despesas em Comum ... 64

Gráfico 3: Faturamento Médio Mensal Dos Produtos ... 66

Gráfico 4: Margem de Contribuição Unitária ... 71

Gráfico 5: Margem de Contribuição Total ... 72

Gráfico 6: Ponto de Equilíbrio ... 75

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fluxograma Estoques ... 51

Figura 2: Fluxograma de Compras ... 52

Figura 3: Fluxograma vendas ... 53

Figura 4: Fluxograma Contas a Pagar ... 54

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LISTA DE ANEXOS

Anexo 1: Artigo n 09 do Livro I, Inciso VIII do Decreto 37.699/97 do RICMS - RS ... 92 Anexo 2: Artigo 1 da Lei 10.925/2004 ... 97 Anexo 3: Balanço Patrimonial 2009 Original da Comercial de Produtos Agrícolas Forte Sul Ltda. ... 99 Anexo 4: Balanço Patrimonial 2010 Original da Comercial de Produtos Agrícolas Forte Sul Ltda. ... 101 Anexo 5: Balanço Patrimonial 2011 Original da Comercial de Produtos Agrícolas Forte Sul Ltda. ... 104

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SUMÁRIO LISTA DE QUADROS ... 3 LISTA DE GRÁFICOS ... 5 LISTA DE FIGURAS ... 6 LISTA DE ANEXOS ... 7 INTRODUÇÃO ... 11 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 13

1.1 Área de Conhecimento Contemplada ... 13

1.2 Caracterização da Organização... 13 1.3 Problematização do Tema... 14 1.4 Objetivos ... 15 1.4.1 Objetivo Geral ... 15 1.4.2 Objetivos Específicos ... 15 1.5 Justificativa ... 15 1.6 Metodologia ... 16 1.6.1 Classificação da Pesquisa ... 16

1.6.1.1 Do Ponto de Vista de sua Natureza ... 17

1.6.1.2 Do Ponto de Vista de seus Objetivos ... 17

1.6.1.3 Do Ponto de Vista da Forma de Abordagem do Problema ... 17

1.6.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos ... 17

1.6.2 Plano de Coleta de Dados ... 18

1.6.2.1 Instrumentos de Coleta de Dados ... 19

1.6.3 Plano de Análise e Interpretação de Dados ... 20

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ... 21

2.1 Contabilidade ... 21

2.1.1 Conceito ... 21

(9)

2.1.3 Campos de Atuação ... 22

2.2 Contabilidade Gerencial ... 23

2.2.1 Conceito e Finalidade ... 23

2.2.2 Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira ... 24

2.3 Contabilidade de Custos ... 26

2.3.1 Conceito e Finalidade ... 27

2.3.2 Custos na Atividade Comercial ... 29

2.3.2.1 Custos Relativos á Aquisição das Mercadorias (Produtos) ... 30

2.3.2.2 Despesas Relativas á venda de Mercadorias (Produtos)... 30

2.3.3 Os Componentes Fixos do Custo no Comércio ... 31

2.3.3.1 Despesas Operacionais ... 31

2.3.3.2 Despesas Administrativas ... 32

2.3.3.3 Depreciação ... 32

2.3.3.4 Custos com Pessoal... 34

2.3.3.5 O Sistema de Custeio Variável Aplicado no Comércio... 35

2.3.4 Formação do Preço de Venda ... 36

2.3.4.1 Analise Custo Volume Lucro ... 38

2.3.4.2 Margem de Contribuição ... 38 2.3.4.3 Ponto de Equilíbrio ... 39 2.3.4.4 Margem de Segurança ... 42 2.4 Análise de Balanços ... 43 2.4.1 Análise Horizontal ... 44 2.4.2 Análise Vertical ... 44

2.4.3 Indicadores Rotatividade de Estoques ... 45

2.5 Sistemas de Informações Gerenciais ... 46

2.5.1 Conceito ... 46

2.5.2 Sistema Operacional ... 47

2.5.3 Sistema Gestão... 47

2.5.4 Níveis do Sistema de Informações Gerenciais ... 48

2.5.5 Tecnologia da Informação ... 48

2.5.6 Qualidade da Informação ... 49

3. RELEVÂNCIA E APLICABILIDADE DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA COMERCIAL DE PRODUTOS AGRÍCOLAS FORTE SUL LTDA.: Estudo de Caso... 50

(10)

3.2 Custo de Aquisição dos Produtos ... 55

3.2.1 Cálculo do Custo de aquisição dos Produtos ... 56

3.3 Apuração das Despesas Mensais da Empresa ... 57

3.3.1 Gastos com Salários e Encargos Sociais ... 57

3.3.2 Despesa Mensal com Depreciações ... 60

3.3.3 Levantamento das Despesas Mensais ... 60

3.3.4 Faturamento Médio dos Produtos em Estudo ... 65

3.3.4.1 Despesas Mensais em Relação dos Produtos em Estudo ... 67

3.4 Apuração da Margem de Contribuição dos Produtos em Estudo ... 68

3.5 Cálculo do Ponto de Equilíbrio ... 73

3.6 Cálculo da Margem de Segurança Operacional... 76

3.7 Apuração do Resultado Dos Produtos em Estudo ... 76

3.8 Análise de Balanços ... 79

3.8.1 Análise Vertical ... 79

3.8.2 Análise Horizontal ... 81

3.8.3 Rotatividade dos Estoques ... 83

3.9 Sistema de Informações Gerenciais ... 84

3.9.1 Informações Gerenciais, Níveis e Periodicidade ... 84

CONCLUSÃO ... 86

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 88

(11)

INTRODUÇÃO

A contabilidade enquanto Ciência Social, demonstra sua importância e vastidão ao captar, analisar e interpretar todas as informações geradas e ligadas as entidades como um todo, disponibilizando desta forma a visualização sintetizada da composição econômica e social das entidades.

A contabilidade gerencial, área da contabilidade que mantém enfoque ligado aos aspectos gerenciais na operacionalidade das entidades, demonstra suma importância das informações por estas geradas, as quais são ferramentas indispensáveis no uso estratégico, afim de manter as mesmas competitivas e adaptáveis as constantes mudanças do mercado e estrategicamente atingir objetivos almejados através do planejamento, com plena ciência dos resultados gerados, mantendo o zelo pelo princípio da continuidade. Assume a contabilidade gerencial grande propósito e relevância, visto como fator de destaque nas entidades em que a planejam e executam, garantindo um conhecimento diferencial e específico das capacidades e resultados produzidos pela entidade.

Nesta linha, a pesquisa tem por objetivo a analise das informações gerenciais, e observância quanto a sua relevância para a Gestão Estratégica da Comercial de Produtos Agrícolas Forte Sul Ltda, inicialmente, apresenta a contextualização do estudo, onde foi definida a área de conhecimento contemplada, a caracterização da empresa estudada, a problematização do tema, objetivos e justificativa, a metodologia do trabalho, os quais nortearam o desenvolvimento do estudo.

Na seqüência, apresenta-se o capítulo dois, a revisão bibliográfica, contendo a teoria do trabalho e que fundamentou a área de conhecimento para solucionar o problema proposto, servindo como base para o desenvolvimento do estudo aplicado.

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O terceiro capítulo trata do estudo aplicado, onde foi caracterizado a empresa, levantado as informações para a estruturação do trabalho, apresentando os dados referentes a custos, preços, faturamento, indicadores, entre outras informações gerenciais.

Finalmente, o relatório apresenta a sua conclusão seguidos da bibliografia consultada durante sua realização.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este capítulo designa-se a apresentar á área de conhecimento estudada, seguido da caracterização da organização em estudo, a problematização do tema abordado, os objetivos da pesquisa, a justificativa do trabalho e a metodologia utilizada na sua realização.

1.1 Área de Conhecimento Contemplada

A Contabilidade enquanto uma Ciência Social abrange todos aspectos qualitativos e quantitativos da entidade, focando em seu geral a análise e estudo das variações ocorridas no patrimônio como um todo, serve de ferramenta para interpretação da vida das organizações.

Em sua abrangência, a contabilidade é formada por vários campos de atuação profissional, sendo um destes a Contabilidade Gerencial, a qual fornece informações específicas e analíticas para o processo de planejamento, acompanhamento e tomada de decisões por parte da gestão das empresas.

Desta forma, o estudo abrangeu a aplicação da Contabilidade Gerencial na Comercial de Produtos Agrícolas Forte Sul Ltda.

1.2 Caracterização da Organização

O presente trabalho foi desenvolvido na empresa Comercial de Produtos Agrícolas Forte Sul Ltda, localizada no município de Augusto Pestana, RS. A empresa teve abertura em 1998, contando com dois sócios, inicialmente não possuía colaboradores, com atividade específica de comercialização de produtos agrícolas, comercializando químicos, tais como herbicidas, fungicidas e fertilizantes, entre outros. Com o aproveitamento das oportunidades de mercado a empresa no ano de 2007 expandiu seus negócios, bem como seus investimentos em instalações, efetuou abertura de filial, a qual passou a contar com prédio e silos destinados a armazenagem de grãos, passando a atuar na venda da soja in natura e sementes fiscalizadas de trigo, aveia e azevém, investindo também em tecnologia e veículos para transporte visando a logística de sua nova atividade.

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A empresa conta hoje, com o mesmo quadro de sócios, com 18 colaboradores e escritório informatizado, seu enquadramento tributário Federal é Lucro Real Trimestral, e em nível estadual enquadra-se como Modalidade Geral, possui um faturamento médio anual de R$ 15.000.000,00. Os produtos mais comercializados pela matriz são os químicos em seu todo, herbicidas, fungicidas e fertilizantes, por conta da filial o produto mais comercializado é a soja in natura.

1.3 Problematização do Tema

A Contabilidade Gerencial é a área a qual objetiva por meio da interpretação de informações financeiras e de custos, fornecer indicadores, os quais sirvam a correta tomada de decisão do ponto de vista contábil por parte dos gestores .

Neste contexto, a Contabilidade Gerencial tem o propósito de analise das informações contábeis, afim de gerar informações sobre o custo dos produtos, volumes necessários de vendas, margens geradas, bem como resultados, específicos por produtos e de modo geral, os quais possibilitam com segurança a realização correta do processo de gestão das entidades, tornando mais segura, no que tange ao ponto de vista contábil, seu planejamento e tomada de decisões.

A Comercial de Produtos Agrícolas Forte Sul Ltda, apresenta conforme seu histórico estar em processo de crescimento dos negócios, já tendo atingido uma considerável expansão, em vista da preocupação dos gestores para um crescimento sólido da entidade, e o devido acompanhamento destes, atentando as necessidades de conhecer os resultados gerados, e os respectivos indicadores, para assim avaliar e instrumentalizar o processo de tomada de decisões, percebe esta entidade a presente necessidade.

Diante do exposto, questiona-se: De que forma a Contabilidade Gerencial pode apresentar informações que auxiliem na gestão e tomada de decisões da Comercial de Produtos Agrícolas Forte Sul Ltda?

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1.4 Objetivos

A seguir são apresentados os objetivos deste trabalho, baseado na problematização proposta foram definidos de modo geral e especifico, demonstrando o que pretendia alcançar com a realização do mesmo.

1.4.1 Objetivo Geral

Desenvolver elementos da Contabilidade Gerencial na Comercial de Produtos Agrícolas Forte Sul Ltda que proporcione informações e indicadores a serem considerados no processo de gestão e tomada de decisão.

1.4.2 Objetivos Específicos

• ••

• Revisar a bibliografia sobre contabilidade gerencial, contabilidade de custos e análise das demonstrações contábeis;

• ••

• Levantar os custos e despesas da empresa em estudo;

••

• Avaliar a relação custo, volume e resultado;

••

• Apurar os indicadores gerenciais de custos;

••

• Analisar os indicadores das demonstrações contábeis;

••

• Relatar as informações geradas e sua aplicação na gestão.

1.5 Justificativa

Diante das constantes mudanças do mercado, prevalece em destaque a necessidade do controle e aprimoramento da gestão por parte das entidades, evidenciando o papel fundamental da Contabilidade Gerencial, que viabiliza e orienta o planejamento das mesmas, fornecendo e munindo os gestores com informações de suma importância, prezando pela tomada de decisão correta e em tempo hábil, desta forma informando, mantendo o efetivo controle e garantindo que a organização mantenha a perspectiva da continuidade e projete seus objetivos.

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Para a empresa em estudo a realização deste trabalho tornou-se uma ferramenta gerencial no processo de tomada de decisões, visto que a mesma se encontra em processo de crescimento, assim pode fortalecer seus controles, adotando critérios, usando como auxilio na gestão, garantindo conhecimento de seus resultados, permitindo a construção de um planejamento baseado em dados concretos de suas capacidades e necessidades.

Para a Universidade, principalmente aos acadêmicos do Curso de Ciências Contábeis, o presente trabalho pode servir como estimulo aos que pretendem continuar a pesquisa nesta área, visando à ampliação de conceitos e estudos realizados no mesmo, bem como fonte de pesquisas no desenvolvimento de trabalhos sobre Contabilidade Gerencial.

O desenvolvimento deste trabalho proporcionou a oportunidade de aprofundar os conhecimentos na área Gerencial da Contabilidade, este estudo permitiu e forneceu embasamento para colocar em prática estes conhecimentos na entidade em que o estudo se realizou, de modo que venha a contribuir nos processos de controle e gestão da mesma, além do aspecto teórico, auxiliando profissionalmente a desenvolver e fortalecer habilidades que permitam ser atuante, participativo e decisivo no processo de gestão das entidades que vir a atuar. Inicialmente fica o desejo de contribuir para o crescimento da entidade em estudo, a qual atualmente faz-se parte do quadro de colaboradores, contribuindo para sua segura ascensão no mercado em que atua, propiciando experiência profissional.

1.6 Metodologia

Este capítulo do trabalho descreve como o estudo foi realizado, apresenta a metodologia do trabalho, quanto a sua classificação, bem como os instrumentos utilizados para coleta e análise dos dados da pesquisa.

1.6.1 Classificação da Pesquisa

Possui a finalidade de demonstrar a classificação da pesquisa quanto ao ponto de vista de sua natureza, de seus objetivos, da forma de abordagem do problema e de seus procedimentos técnicos.

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1.6.1.1 Do Ponto de Vista de sua Natureza

A pesquisa realizada na elaboração deste estudo é aplicada, pois segundo Vergara (1998, p. 45):

A pesquisa aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto, finalidade prática, ao contrário da pesquisa pura, motivada basicamente pela curiosidade intelectual do

pesquisador e situada sobre tudo no nível da especulação.

1.6.1.2 Do Ponto de Vista de seus Objetivos

Do ponto de vista dos objetivos, define-se, o estudo como pesquisa exploratória, pois segundo Gil (1999, p. 43), relata que: “as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.”

1.6.1.3 Do Ponto de Vista da Forma de Abordagem do Problema

Quanto à forma de abordagem do problema, a pesquisa foi classificada como qualitativa, pois segundo Marconi e Lakatos (1996, p. 18): “a metodologia deve ser indicada, assim como as referências bibliográficas, a terminologia cuidadosamente definida, os fatores limitativos apontados e todos os resultados registrados com a maior objetividade.”

1.6.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa foi classificada como bibliográfica, documental, levantamento, estudo de caso e pesquisa ação. Classifica-se este estudo como pesquisa bibliográfica, documental, levantamento e estudo de caso.

Segundo Vergara (1998, p. 46):

Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao publico em geral. Fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma. O material publicado pode ser fonte primária ou secundaria.

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Ainda, segundo Gil (1999, p. 65):

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Parte dos estudos exploratórios podem ser definidos como pesquisas bibliográficas, assim como certo número de pesquisas desenvolvidas a partir da técnica de análise de conteúdo.

Sobre a pesquisa documental, Gil (1999, p. 66), define que : “[...] a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.”

Quanto a pesquisa de levantamento Gil (1999, p. 70), conceitua da seguinte forma:

As pesquisas deste tipo se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se á solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes dos dados coletados.

Para Vergara (1998, p. 47):

Estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade ou mesmo um país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo.

A pesquisa de estudo de caso é definida segundo Gil (1999), como estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de modo a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível perante os outros tipos de delineamentos considerados.

1.6.2 Plano de Coleta de Dados

A coleta de dados descreve e apresenta como se pretende obter os dados para realização da pesquisa, sobre coleta de dados, Vergara (1998) define que, ao coletar dados, o leitor deve ser informado de como o autor pretende obter os dados necessários para responder o problema, jamais o autor deve esquecer-se de correlacionar os objetivos aos meios para alcançá-los, bem como de justificar a adequação de um a outro.

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Para Marconi e Lakatos (1996, p. 52):

São vários os procedimentos para a realização da coleta de dados, que variam de acordo com as circunstâncias ou com o tipo de investigação. Em linhas gerais, as técnicas de pesquisa são:

1. Coleta Documental.

2. Observação.

3. Entrevista.

4. Questionário.

5. Formulário.

6. Medidas de Opiniões e de Atitudes.

7. Técnicas Mercadológicas.

8. Testes.

9. Sociometria.

10. Análise de Conteúdo. 11. História de Vida.

Na seqüência são expostos e apresentados os instrumentos utilizados na coleta de dados do presente estudo.

1.6.2.1 Instrumentos de Coleta de Dados

Nesta pesquisa os instrumentos de coleta de dados utilizados foram, a observação, mais especificamente a observação não participante e a entrevista.

Segundo Vergara (1998, p. 52) conceitua a observação não participante como:

A observação pode ser simples, ou participante. Na observação simples, você mantém certo distanciamento do grupo ou da situação que tenciona estudar; é um espectador não interativo. Na observação participante, você já está engajado ou se engaja na vida do grupo ou na situação; é um ator ou um espectador interativo.

Conforme Marconi e Lakatos ( 1996, p. 79) definem que:

A observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar.

Na realização desta pesquisa foi utilizada a observação sistemática, pois não existem controles gerenciais efetivos, para serem consultados, segundo Rudio (apud MARCONI e LAKATOS, 1996), é o fato de o conhecimento ser obtido por meio de experiências casuais. Foi utilizada também a observação individual, conforme Marconi e Lakatos (1996), como o próprio nome indica, é a técnica de observação efetuada por um pesquisador, a observação na

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vida real também será utilizada, que foram registrados os dados e feitas as observações à medida que forem acontecendo.

Segundo Vergara (1998, p. 53): “A entrevista é um procedimento no qual você faz perguntas á alguém que, oralmente, lhe responde. A presença física de ambos é necessária no momento da entrevista, mas se você dispõe de mídia interativa, ela se torna dispensável.”

Foi utilizada a técnica de entrevista despadronizada ou não estruturada, devido a fato de que não foi seguido um roteiro especifico, Marconi e Lakatos ( 1996, p. 85) definem que: “O entrevistado tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão. Em geral, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal.”

1.6.3 Plano de Análise e Interpretação de Dados

Traz este item a metodologia que foi utilizada para análise e interpretação dos dados e ou resultados que foram obtidos com a pesquisa.

Conforme Gil (1999, p.168):

A analise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos.

- Consolidações teóricas;

- Levantamento dos dados necessários para o desenvolvimento do estudo; - Apuração dos indicadores gerenciais;

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo, apresenta-se a revisão bibliográfica, que foi baseada em pesquisas, com enfoque ao embasamento teórico, buscando desta forma o conhecimento necessário para formar base para resolução da problemática exposta neste estudo.

2.1 Contabilidade

A contabilidade surge no contexto primitivo, na busca do homem pelo controle de suas posses, a evolução torna-se dinâmica trazendo assim como a expansão dos negócios, organização e controle do patrimônio e das atividades ligadas ao mesmo. Mesmo com toda evolução a contabilidade carrega sua essência ao decorrer dos tempos, trazendo consigo o benefício do estudo e interpretação das novas operações, situações e abordagens do presente em que atua, projetando e dando ênfase ao futuro das organizações, com eficiência e zelo e grande efetividade.

2.1.1 Conceito

A contabilidade possui várias definições e conceitos, os quais diferem em pequenas linhas de raciocínio, porém nas diversas opiniões prevalecem a essência de caracterização da mesma.

Para Franco (1997, p. 19): “A contabilidade, desde seu aparecimento como conjunto ordenado de conhecimentos, com objeto e finalidades definidos, em sido considerada como arte, como técnica ou como ciência, de acordo com a orientação seguida pelos doutrinadores ao enquadrá-la no elenco das espécies do saber humano.”

A contabilidade segue vários conceitos e fundamentos, mas segundo Basso (2000, p. 19), a contabilidade pode ser definida como:

Contabilidade é o conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular,

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resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira.

Conforme Gouveia (apud BASSO, 2000), conceitua contabilidade como: “Contabilidade é a arte de registrar todas transações de uma companhia que possam ser expressas em termos monetários. É também a arte de informar os reflexos dessas transações na situação econômico-financeira dessa companhia.”

2.1.2 Finalidade

A contabilidade essencialmente descreve as finalidades de modo sintético, porém suas finalidades atualmente englobam a característica geral no que tange a gestão, controle e planejamento das organizações.

Quanto às finalidades da contabilidade, Basso (2000, p. 20), define que: “A finalidade fundamental da contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento.”

Para Franco (1997, p. 22):

A finalidade da contabilidade é, pois, controlar os fenômenos ocorridos no patrimônio de uma entidade, através do registro, da classificação, da demonstração expositiva, da análise e interpretação dos fatos nele ocorridos, objetivando fornecer informações e orientação – necessárias á tomada de decisões – sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.

Basso (2000, p. 20), ainda define que: “Como núcleo central do controle patrimonial, a contabilidade registra os fatos que nele acontecem, emitindo relatórios qualitativos e quantitativos, permitindo ao usuário da informação contábil, entre outras atividades, comparar previsões e orçamentos com a realidade da entidade.”

2.1.3 Campos de Atuação

Por ter um caráter ligado ao estudo do patrimônio e suas variações, pode-se dizer que a contabilidade está presente em todas as esferas e níveis organizacionais, o que evidencia seu amplo campo de atuação profissional.

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Para Franco (1997, p. 37): “Qualquer que seja o objetivo da entidade administrada, social ou econômica, ela possuirá sempre um patrimônio em movimentação, que requer o concurso da contabilidade para ser controlado.”

Em seu vasto conhecimento, a contabilidade torna-se uma Ciência Social aplicável e necessária em vários ramos e campos, os quais segundo Basso (2000, p. 22), define que:

Tendo como objeto o patrimônio, pode-se afirmar que o campo da Contabilidade é o mais amplo possível, pois onde existir um patrimônio definido e perfeitamente delimitado, pode também estar aí se definindo um campo de aplicação da Contabilidade: micros, pequenas, médias e grandes empresas públicas e privadas, entidades de fins ideais (sociais, culturais, recreativas, desportivas e outras), propriedades rurais e pessoa físicas em geral representam o amplo campo de aplicação da Contabilidade.

Segundo os principais campos de aplicação da Contabilidade, podemos classificá-la nos seguintes ramos:

- Contabilidade Comercial; - Contabilidade Industrial: - Contabilidade Pública; - Contabilidade Bancária;

- Contabilidade Rural (Agrícola ou Agropecuária); - Contabilidade de Cooperativas;

- Contabilidade de Seguradoras; - Contabilidade de Fundações; - Contabilidade de Construtoras; - Contabilidade Hospitalar e

- Contabilidade de Condomínios, entre outros.

2.2 Contabilidade Gerencial

A contabilidade gerencial possui grande importância para gestão das organizações, pois suas informações fornecem base para que o processo de tomada de decisões aconteça em tempo hábil e apresenta os aspectos a serem levados em consideração, visando à decisão mais assertiva a ser tomada.

2.2.1 Conceito e Finalidade

A contabilidade gerencial se define e caracteriza basicamente por agregar diversas informações que possibilitam a gestão das organizações, avaliar, controlar e decidir da melhor e mais benéfica forma possível.

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Para Iudícibus (1998, p. 21):

A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimento contábeis já conhecidos tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada,

de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em se processo decisório.

A contabilidade gerencial agrega um conjunto de informações muito relevantes a gerencia das entidades, com finalidade de uso interno, a qual Horngren (1985, p. 4), conceitua que:

A característica distintiva da contabilidade gerencial é sua ênfase nas finalidades de planejamento e controle A contabilidade gerencial se interessa pela acumulação, classificação e interpretação de informações que ajudem os executivos a atingir objetivos organizacionais tal como explícita ou implicitamente definidos pela direção.

Quanto à aplicação Warren, Reeve, Fess (2008, p. 2) definem que: “As informações da contabilidade gerencial incluem dados históricos e estimados, usados pela administração na condução de operações diárias, no planejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias integradas de negócios.”

2.2.2 Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira

Para Padoveze (2003, p. 05): “A contabilidade trata da coleta , apresentação e interpretação dos fatos econômicos. Usam-se os termos contabilidade gerencial para descrever essa atividade dentro da organização e contabilidade financeira quando a organização presta informações a terceiros.”

A contabilidade pode ser dividida em dois grandes grupos, contabilidade financeira e contabilidade gerencial, as quais diferem-se e se caracterizam conforme Warren, Reeve, Fess (2008, p. 2), no seguinte:

As informações da contabilidade financeira são relatadas em demonstrativos financeiros úteis para pessoas ou instituições “de fora” ou externas á empresa. Exemplos de tais usuários incluem acionistas, credores, instituições governamentais e público em geral. Na medida em que a administração usa esses demonstrativos financeiros para dirigir operações atuais e planejar operações futuras, as duas áreas contábeis se sobrepõem. Por exemplo, no planejamento de operações futuras, a

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administração freqüentemente começa por avaliar os resultados já contidos nas demonstrações financeiras. A demonstração financeira, objetiva e periodicamente, relata os resultados das operações e a condição financeira da empresa de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade.

As características da contabilidade gerencial são influenciadas pelas variadas necessidades da administração. Primeiramente, os relatórios de contabilidade gerencial fornecem medidas objetivas de operações passadas e estimativas subjetivas de futuras decisões. O uso de estimativas subjetivas nesses relatórios auxilia a administração a responder ás oportunidades de negócios. Segundo, os relatórios gerenciais não precisam ser preparados conforme os princípios fundamentais de contabilidade. Já que apenas a administração usa as informações da contabilidade gerencial, o contador pode fornecê-las de acordo com as necessidades da administração. Terceiro, os relatórios de contabilidade gerencial podem ser preparados periodicamente, junto com a contabilidade financeira, ou á medida que a administração precisar de informações. [...] Por último, os relatórios gerenciais podem conter informações para a empresa ou para um seu segmento, como divisão, produto, projeto ou território.

Ainda, segundo Warren, Reeve, Fess (2008, p. 3), as características da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial, se apresentam conforme o seguinte quadro:

(26)

Quadro 1: A Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial

Usuários externos Administração

E Administração

Fonte: Warren, Reeve & Fess (2008, p. 3)

Contabilidade financeira e contabilidade gerencial buscam e mantém em sua essência atender a demanda de informações, as quais diferem mais especificamente em suas ênfases, adotando a contabilidade financeira aspectos de informações externas, oposto da contabilidade gerencial, que mantém sua ênfase na informação interna, com aspectos de planejamento e controle.

2.3 Contabilidade de Custos

A contabilidade de custos área da contabilidade á qual desenvolveu-se a partir da Revolução Industrial, surgiu propriamente a auxiliar e implantar controles sobre as atividades das empresas, afim destas conhecerem os custos incorridos de suas atividades, através do

Demonstrações Financeiras Objetivos Preparadas conforme os principios fundamentais da contabilidade (PFCs) Preparadas periodicamente Entidade empresarial Relatórios Gerenciais Objetivo e Subjetivo Preparadas periodicamente ou quando necessário Entidade empresarial ou segmento

Preparadas de acordo com as necessidades gerenciais

Usuários externos

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controle de seus custos em todos os níveis organizacionais, parte componente da contabilidade gerencial.

2.3.1 Conceito e Finalidade

Segundo Crepaldi (2002, p. 13), define que: “Contabilidade de Custos é uma técnica utilizada para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos e/ou serviços. Ela tem a função de gerar informações precisas e rápidas para a administração, para a tomada de decisões.”

Para Leone (2000, p. 21), conceitua que: “A Contabilidade de Custos é uma atividade que se assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais.”

Ainda, segundo Leone (2000, p. 21), apresenta seu conceito, conforme a seguinte figura:

Quadro 2: Contabilidade de custos como processador de informações

Fonte: Leone (2000, p. 21)

Quanto à finalidade da contabilidade de custos Hansen e Mowen (2001, p. 57), definem que:

O sistema de informações de gestão de custos é um subsistema de informações contábeis que está preocupado primariamente com a produção de saídas para usuários internos, usando entradas e processos necessários para satisfazer os objetivos gerenciais, O sistema de informações de gestão de custos não está limitado por qualquer critério formal que define entradas e processamentos. Em vez disso, os critérios que governam as entradas e os processos são estabelecidos

Informação Dados Contabilidade De Custos Feedback

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internamente. O sistema de informações de gestão de custos tem três objetivos amplos:

1. Fornecer informações para computar o custo de serviços, produtos e outros objetos de interesse da gestão.

2. Fornecer informações para o planejamento e controle. 3. Fornecer informações para tomadas de decisão.

Sobre a finalidade, Crepaldi (2002, p. 14), especifica que:

A contabilidade de custos auxilia na determinação dos custos dos fatores, dos custos dos fatores de produção, dos custos de determinado setor da empresa; no controle e observação dos desperdícios, horas ociosas de trabalho, equipamentos mal utilizados; na quantificação exata da matéria-prima utilizada, entre outros.

Para Leone (2000, p. 48), as finalidades da Contabilidade de Custos podem ser divididas em três grande grupos, os quais ambos tem por objetivo final o auxilio os gestores quanto as suas atividades, as quais define:

a) Para o cálculo dos diferentes tipos de custos que servem para a determinação dos resultados e para a avaliação do patrimônio, a Contabilidade de Custos emprega os custos reais e históricos. Emprega-se esse tipo de custos porque a Contabilidade de Custos apóia seu trabalho, neste aspecto, no “preceito contábil geralmente aceito” do custo histórico. Os custos que se destinam a preencher as necessidades gerenciais de determinação dos resultados são calculados pela acumulação dos custos nas diversas fases de produção dos produtos ou dos serviços, pelo emprego de alguns critérios de rateio e de avaliação de estoques e pelo uso de uma fórmula muito simples. Para o levantamento do Patrimônio, a Contabilidade de Custos emprega alguns critérios de avaliação de estoques, porém todos baseados em custos reais.

b) Para controlar as operações e os próprios custos dos diversos segmentos ou objetos, a Contabilidade de Custos emprega alguns tipos diferentes de custos; entre eles os mais comuns são os custos-padrão e os custos estimados. Além disso, pode usar, se assim os administradores desejarem, uma identificação dos custos por Centros de Responsabilidades, aplicando corretamente os conceitos de custos diretos e indiretos. Mais adiante, quando apresentarmos os diversos tipos de custos, mostraremos os custos controláveis e os não controláveis, que são duas espécies de custos muito apropriadas para o exercício da função de controle.

c) O auxilio á administração nos processos de planejamento e de tomada de decisões é realizado com o uso dos custos fixos, variáveis e semivariáveis, entre tantos outros tipos de custos. Há uma infinidade de custos diferentes criados para o atendimento de uma série enorme de necessidades gerenciais diferentes, á medida que o administrador planeja ou toma decisão. Além dos custos já mencionados, que resultam da análise do seu comportamento diante do volume de atividade, existem os custos de oportunidade, incrementais, empatados, relevantes, evitáveis, marginais, médios, unitários e tantos outros que podem ser estabelecidos á medida que os diversos níveis gerenciais tenham necessidade. Por exemplo, quando precisam determinar o preço de venda de um produto ou de um serviço, quando elaboram propostas e orçamentos para disputar uma concorrência, quando estudam a eliminação, aumento ou redução da produção de determinados produtos ou serviços ou quando planejam a realização de alguma atividade, promoção ou programa.

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A contabilidade de custos apresenta-se como uma área da contabilidade de extrema importância ao gerenciamento das entidades, parte integrante da contabilidade gerencial, apresenta dados concretos e específicos que permitem avaliação do desempenho tanto das atividades como fatores e também setores, permitindo e fornecendo embasamento ao processo de tomada de decisões.

2.3.2 Custos na Atividade Comercial

A atividade comercial se caracteriza pela intermediação dos negócios, adquirindo um produto já acabado com destinação direta a venda, o qual em seu valor de aquisição já estão embutidos todos os custos da produção industrial deste.

Para Bomfim e Passareli (2008, p. 160): “Entende-se por custo comercial o total dos dispêndios monetários (imediatos ou futuros) nos quais a empresa incorre para obtenção de uma mercadoria ou serviço.”

Segundo Padoveze (2003, p. 6), define que:

A diferença entre o custo dos produtos das empresas comerciais e o custo dos produtos nas empresas industriais é que as empresas comerciais têm só um insumo para custo das mercadorias adquiridas para revenda, enquanto as empresas industriais têm de utilizar vários insumos para o processo de obtenção (produção) dos produtos.

Conforme Bomfim e Passareli (2008, p. 160), esclarecem que: “Assim, na atividade comercial o preço de aquisição do produto influi direta e poderosamente no preço de venda, constituindo o aspecto básico do custo total da mercadoria, apenas acrescido pelos valores provenientes das despesas diretamente relacionadas com a atividade comercial e pelo mark – up.”

Bomfim e Passareli (2008, p. 161), ainda esclarecem que:

Nas empresas comerciais, como em qualquer outro tipo de empresa, distinguem-se duas grandes categorias de custo: os custos diretos e os custos indiretos. São considerados custos diretos todos aqueles que podem ser atribuídos diretamente a uma determinada mercadoria específica, por serem comuns a todas as mercadorias que se encontram em estoque em um determinado momento.

(30)

Os custos na atividade comercial demonstram sua relevância de acompanhamento e análises, impactando em menos variáveis que os custos industriais, porém em mesma importância, podendo fornecer indicadores que permitam e fornecem base ao processo de tomada de decisões.

2.3.2.1 Custos Relativos a Aquisição das Mercadorias (Produtos)

Os componentes do custo de aquisição de mercadorias na atividade comercial forma-se basicamente pelo valor total do documento fiscal de compras deduzindo o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no resultado obtido adiciona-se os desembolsos referentes às despesas ocorridas até o momento da entrada no estoque da empresa.

Para Vieira, Kelm e Clebsch (2006, p. 17): “Nas empresas comerciais, ou seja, aquelas que se dedicam á compra e revenda de mercadorias, o custo da mercadoria é o valor de compra, menos o valor do ICMS e, eventualmente, mais o valor do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do frete e seguro, quando estes ocorrem por conta da empresa compradora.”

Segundo Bomfim e Passareli (2008, p. 161) afirmam que:

Nas empresas comerciais, o custo de compra de mercadorias é determinado pelo preço de fatura, deduzido dos descontos, abatimentos e bonificações obtidos na sua compra e acrescido de todas as despesas incorridas até a sua entrada no armazém ou depósito (seguros, transportes, comissões de compras e outras). Todos esses custos são considerados custos diretos. Os custos incluídos no custo contábil ficam incorporados ao valor pelo qual as mercadorias deverão constar no estoque do período.

2.3.2.2 Despesas Relativas á venda de Mercadorias (Produtos)

As despesas relativas á venda de mercadorias nas empresas do ramo comercial são aquelas que ocorrem cotidianamente e possuem relação direta com a realização das atividades de vendas.

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Para Bomfim e Passareli (2008, p. 162): “As despesas de vendas (custo da comercialização) são aquelas decorrentes das vendas de mercadorias, tais como comisões de vendas, descontos ou bonificações concedidas, manutenção de veículos de transporte, despachos etc.”

Vieira, Kelm e Clebsch (2006, p. 19), definem que:

Despesas operacionais variáveis – custos diretos com vendas: Representam despesas que estão em função das vendas. São gastos em que a empresa somente incorre quando vende (fatura), por isso freqüentemente citados como Custos Diretos de Vendas, pois variam diretamente com o valor das vendas. Abrangem comissão sobre vendas, fretes de entrega, despesas com cobrança.

2.3.3 Os Componentes Fixos do Custo no Comércio

Os componentes fixos do custo no comércio caracterizam-se principalmente por custos incorridos com o funcionamento da estrutura da organização, sendo estes de caráter fixo, independente do volume de operações realizadas.

Para Bruni e Fama (2004, p. 32): “Fixos, são custos que, em determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de atividades da empresa.”

Segundo Berti (2006, p. 65), define que:

Custo fixo é aquele custo que ocorre na empresa independente de essa estar ou não, em atividades, estar operando; o custo ocorre e a organização tem que se responsabilizar pelo mesmo. Os custos fixos mais comuns são: aluguel, salários fixos mensais, encargos sociais sobre salários, retirada de diretores (pró-labore) etc.

Classificam-se estes componentes em despesas operacionais, despesas administrativas, depreciação e custo com pessoal.

2.3.3.1 Despesas Operacionais

Despesas operacionais referem-se ás despesas realizadas nas atividades operacionais cotidianas da entidade.

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Para Basso (2000, p. 71): “O grupo despesas operacionais reúne as contas representativas de despesas ligadas ás operações normais da entidade.”

Franco (1991, p. 84 ), define sobre despesas operacionais que: “Além do custo das vendas, o custo comercial é também formado pelas despesas decorrentes da atividade operacional da empresa (despesas com vendas, administrativas, tributárias, com pessoal, financeiras e outras). Essas despesas geralmente ocorrem em todos os tipos de empresas.”

2.3.3.2 Despesas Administrativas

Basso (2000, p. 71), define que despesas administrativas decorrem de: “Operações efetuadas pela gerência da entidade.”

Segundo Bomfim e Passareli (2008, p. 135) afirmam que: “Despesas administrativas decorrem do esforço desenvolvido pela empresa no sentido de cumprir eficazmente as suas funções administrativas de planejamento, organização e controle.”

Bomfim e Passareli (2008, p. 162) ainda citam que: “As despesas administrativas são as decorrentes da administração da empresa, Taís como os impostos (não relacionados com a aquisição das mercadorias), os aluguéis, os honorários dos diretores, os salários do pessoal administrativo, o material de escritório etc.”

Estas despesas provém das funções administrativas da empresa, a qual trabalha em paralelo e oferece suporte ao setor de vendas das mercadorias da entidade.

2.3.3.3 Depreciação

A contabilidade contabiliza gradativamente como despesas valores pertinentes ao desgaste ou perda de valor de um bem, o qual possui vida útil e valores residuais estimados, referem-se estes a depreciação.

(33)

Para Franco (1997, p. 176): “A depreciação – perda de valor de um bem em virtude de seu uso ou da ação do tempo – é o fenômeno natural no patrimônio e deve ser contabilizada periodicamente.”

Basso (2000, p. 179), sobre depreciação, define que:

Os elementos que integram o ativo imobilizado, como visto, têm como característica comum a durabilidade, isto é, permanecem no patrimônio da entidade por período prolongado, geralmente acima de dois exercícios sociais. Esse fato faz com que a técnica contábil encontre formas plausíveis para ratear os custos do imobilizado ao longo dos períodos contábeis em que esses elementos estiverem em uso. Tal procedimento se constitui na adoção do artifício da depreciação.

Segundo Padoveze (2003, p. 138):

A depreciação representa a perda de valor dos bens – perda considerada como uma despesa ou um custo contábil. Em função disso, ela deve fazer parte dos conceitos de formação do custo dos produtos e serviços, para fins de formação de preço de venda, como instrumento de recuperação dos investimentos nos ativos imobilizados operacionais.

A depreciação é calculada pela taxa depreciável, geralmente anual, aplicada a cada bem, taxa obtida através da divisão de 100% pela vida útil estimada. Sendo as taxas mais utilizadas as taxas padrões definidas pela receita Federal do Brasil, demonstradas no quadro a seguir:

Quadro 3: Taxa anual e vida útil estimada para a depreciação

Espécie de bens Taxa Anual Vida útil estimada

1- Edifícios e construções 4% 25 anos

2- Equipamentos e ferramentas 10% 10 anos

3- Máquinas, móveis e utensílios, instalações. 10% 10 anos

4- Veículos 20% 05 anos

5- Semoventes (animais Tração) 20% 05 anos

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2.3.3.4 Custos com Pessoal

Os custos com pessoal, referem-se á valores despendidos ao pagamento dos salários, gratificações e demais verbas trabalhistas devidas aos colaboradores provenientes de seu vínculo empregatício, bem como os encargos sociais provenientes deste vínculo, custos estes do pessoal ligado diretamente ao setor produtivo da entidade.

Segundo Bruni (2008, p. 151): “A mão-de-obra direta, consiste no segundo grande componente de custos contábeis. Correspondente aos esforços produtivos das equipes relacionadas á produção dos bens comercializados ou dos serviços prestados.”

Para Padoveze (2003, p. 130):

Considera-se como custo da mão-de-obra, além do salário, todos os encargos ligados á manutenção dos recursos humanos na empresa, sejam esses encargos de caráter fiscal, previdenciário, legal, social ou espontâneo, desde que tenham um caráter de generalidade, isto é, sejam obrigatórios ou de acesso a todos os funcionários da empresa.

Conforme Vieira (2009, p. 18):

A mão-de-obra é o elemento humano utilizado para a transformação dos materiais diretos em um produto. As horas necessárias do pessoal ou da quantidade de funcionários diretos, utilizados no processo de fabricação é que determina o custo com mão-de-obra. Ë muito variável a participação da mão-de-obra no processo produtivo, pois depende do ambiente em que se utiliza. A mão de obra pode ser classificada em mão-de-obra direta e mão-de-obra indireta [...].

Ainda, conforme Vieira (2009, p. 19), ainda define que:

Para calcular o custo com mão-de-obra direta é preciso calcular qual o valor a ser atribuído por hora de trabalho, baseado na legislação e no contrato de trabalho. São direitos do trabalhador: repouso semanal remunerado, férias, 13 salário, contribuição para o INSS, remuneração dos feriados, faltas abonadas, FGTS, e outros garantidos por acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias profissionais.

Segundo estes, o quadro seguinte demonstra base para efetuação do cálculo de custo com pessoal:

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Quadro 4: Cálculo com pessoal DESCRIÇÃO VALORES Salário Base ( + ) Adicionais ( + ) Insalubridade ou periculosidade SUB TOTAL ( + ) Provisão 13° salário ( + ) Provisão de férias ( + ) Provisão 1/3 s/ Férias SUB TOTAL ( + ) FGTS ( + ) INSS ( + ) Outros ( + ) Previsões

TOTAL DE CUSTO C/ MOD

Fonte: Vieira ( 2009, p. 19)

2.3.3.5 O Sistema de Custeio Variável Aplicado no Comércio

O sistema de custeio variável caracteriza-se pela metodologia de empregar aos produtos somente os custos variáveis, ou seja, aqueles que variam diretamente em relação ao volume vendido, no caso comercial, metodologia que determina que os custos fixos sejam diretamente lançados no resultado, em vista de ser considerado uma despesa que ocorre independentemente da variação do volume de atividades ou produtos vendidos.

Para Crepaldi (2002, p. 222), o custeio variável: “Fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e gastos fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites.”

Wernke (2002, p. 89) define que:

Pela concepção do Custeio Direto ou Variável somente devem ser apropriados aos produtos ou serviços os gastos a eles associados (normalmente classificáveis como

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custos diretos ou custos variáveis e despesas variáveis). Assim, os demais gastos necessários para manter a estrutura produtiva (em geral considerados custos indiretos, custos fixos ou despesas fixas) não devem ser considerados quanto ao

custeamento dos produtos fabricados ou dos serviços prestados.

Wernke (2002, p. 90), ainda ressalta sobre o Custeio Variável que: “Não é aceito pela legislação tributária para fins de avaliação de estoque: somente é permitido pelo Fisco se forem adequados os valores aos que seriam obtidos se fosse adotado o Custeio por Absorção.”

Apresenta o custeio variável característica e definição de uso nas funções gerenciais na entidade, permitindo que a mesma possua conhecimento especifico de custos e resultados, analíticos de cada mercadoria, produto ou serviços que esta comercialize em suas atividades.

2.3.4 Formação do Preço de Venda

A formação do preço de venda exige analise e planejamento adequado da empresa, em vista de que o preço de venda além de ter que se manter competitivo no mercado, deve ter sua formação, a ponto que alcance o equilíbrio com os custos e despesas da entidade e ainda gere a margem de lucro desejada, ainda mantendo o padrão de mercado.

Segundo Bruni e Fama (2004, p. 322), definem que: “Três processos distintos podem ser empregados na definição de preços e costumam basear-se nos custos, no consumidor, ou na concorrência.”

Para Wernke (2005, p. 147):

A adequada determinação dos preços de venda cada vez mais é questão fundamental para sobrevivência e crescimento das empresas, independente do porte ou área de atuação. Contudo, na prática é comum observar companhias que não têm uma acurada noção da rentabilidade proporcionada por seus produtos e serviços bem como das necessidades quanto aos volumes de venda para atingir os respectivos equilíbrios operacionais.

Bomfim e Passareli (2008, p. 399) ressaltam que: “O preço de venda, portanto, será sempre maior do que o seu custo total, e qualquer outra relação entre preço de venda e custo, se perdurar, constituirá séria ameaça á sobrevivência da empresa e, por conseguinte, sério risco aos investimentos realizados.”

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A formação do preço de venda das mercadorias nas atividades comerciais, basicamente é calculada pela taxa de marcação ou Mark-up, o qual Wernke (2005, p. 152) define que:

A taxa de marcação, também conhecida como Mark-up, é um fator aplicado sobre o custo de compra de uma mercadoria (ou sobre o custo total unitário de um bem ou serviço) para a formação do preço de venda respectivo. No cálculo do Mark-up podem ser inseridos todos os fatores que se deseja cobrar no preço de venda, sob a forma de percentuais.

Existem duas terminologias de cálculo do Mark-up, o Mark-up divisor e o Mark-up Multiplicador, aplicando ambos os métodos serão obtidos os mesmos resultado finais.

O cálculo do Mark-up divisor apresenta-se na forma da seguinte equação:

Quadro 5: Cálculo do Mark-up divisor

Mark-up Divisor = 100 – Soma das taxas percentuais

100

Fonte: Vieira (2009, p. 36)

Vieira (2009, p. 36), explica que: “Onde: Soma das taxas percentuais igual soma dos valores expressos em percentuais que influenciam no processo de formação de preços, como percentual de lucro desejado, taxa percentual de despesas diversas, etc.”

Para encontrar o preço de venda neste método, deve-se dividir o custo unitário do produto pelo valor encontrado no Mark-up divisor.

O cálculo do Mark-up multiplicador apresenta-se na forma da seguinte equação:

Quadro 6: Cálculo do Mark-up multiplicador

Mark-up = 1________________________

1- Soma das taxas percentuais

Fonte: Vieira (2009, p. 36)

Para encontrar o preço de venda neste método, deve-se multiplicar o custo unitário do produto pelo valor encontrado no Mark-up multiplicador.

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2.3.4.1 Analise Custo Volume Lucro

A analise do custo, volume e lucro permite visualização da variação do lucro em relação aos fatores custos e volume de vendas, munindo o portador destas informações de bases para tomada de decisões.

Para Bruni e Fama (2004, p. 240): “A relação entre custos fixos e variáveis consiste em importante etapa na análise de formação de preços e projeção de lucros obtidos a diversos níveis possíveis de produção e vendas.”

Segundo Wernke (2005, p. 98):

A análise custo volume e lucro é um modelo que possibilita prever o impacto, no lucro do período ou no resultado projetado, de alterações ocorridas (ou previstas) no volume vendido (quanto ao número de unidades), nos preços de venda vigentes (como descontos ou majorações) e nos valores de custos e despesas (quer sejam

fixos, quer variáveis).

Ao tratar sobre a análise custo, volume e lucro Crepaldi (2002, p. 225) define que: “A relação custo/volume/lucro é a relação que o volume de vendas tem com os custos e lucros. O planejamento do lucro exige uma compreensão das características dos custos e de seu comportamento em diferentes níveis operacionais.”

2.3.4.2 Margem de Contribuição

A margem de contribuição é definida pela margem gerada por determinado produto sendo ela a diferença entre o preço de venda e os custos e despesas variáveis, e determina o quanto o produto contribui para cobertura dos custos fixos, como indica trata-se de uma importante ferramenta gerencial.

Sobre a margem de contribuição Padoveze (2003, p. 278), afirma que:

Representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto ou serviço e os custos e despesas variáveis por unidade de produto ou serviço. Significa que, em cada unidade vendida, a empresa lucrará determinado valor, Multiplicado pelo total vendido, teremos a margem de contribuição total do produto para a empresa.

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Para Wernke (2005, p. 99):

A expressão “Margem de Contribuição” designa o valor resultante da venda de uma unidade após serem deduzidos, do preço de venda respectivo, os custos e despesas variáveis (como matérias-primas, tributos incidentes sobre a venda e comissão dos vendedores) associados ao produto comercializado. A margem de contribuição pode ser conceituada como o valor (em$) que cada unidade comercializada contribui para, inicialmente, pagar os gastos fixos mensais da empresa e, posteriormente, gerar o lucro do período.

A margem de contribuição unitária e a margem de contribuição total podem ser calculadas através das seguintes equações:

Quadro 7: Cálculo da margem de contribuição

MCu = PVu – CVu – Dvu ou MC Total = MCu x Quantidade Vendida

Fonte:Vieira (2009, p. 39)

Onde:

MCu = Margem de Contribuição Unitária; PVu = Preço de Venda Unitário;

CVu = CustoVariável Unitário; DVu = Despesa Variável Unitária.

O cálculo da margem de contribuição unitária consiste da subtração entre o preço de venda unitário e os custos e despesas variáveis unitários. A margem de contribuição total consiste da multiplicação da margem de contribuição unitária pela quantidade vendida.

2.3.4.3 Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio representa o volume de vendas em que a entidade atinge a igualdade entre receitas e o custo total, representado pela soma dos custos fixos e variáveis, alcançando o equilíbrio entre ambas e conseqüentemente um resultado nulo, não ocorrendo lucro nem prejuízo.

Para Berti (2009, p. 147): “Ponto de equilíbrio é o momento em que o resultado das operações da empresa é nulo, ou seja, a receita total é igual á soma dos custos e despesas

(40)

totais. Se a empresa operar acima deste nível, passa a ter um resultado positivo (lucro), abaixo desse nível o resultado é negativo (prejuízo).”

Segundo Wernke (2005, p. 119):

O Ponto de Equilíbrio (PE) pode ser considerado como nível de vendas, em unidades físicas ou em valor ($), no qual a empresa opera sem lucro ou prejuízo. O número de unidades vendidas no Ponto de Equilíbrio é o suficiente para a empresa cobrir seus custos (e despesas) fixos e variáveis, sem gerar qualquer resultado positivo (lucro).

O ponto de equilíbrio pode ser calculado e analisado em três aspectos, contábil, econômico e financeiro, os quais geram relevantes informações para análise e contribuem para o processo de tomada de decisões.

Sobre o ponto de equilíbrio contábil, Crepaldi (2002, p. 229), define que: “O Ponto de equilíbrio contábil é obtido quando há volume (monetário ou físico) suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas, ou seja, o ponto em que não há lucro ou prejuízo contábil. É o ponto de igualdade entre a receita total e o custo total.”

O ponto de equilíbrio contábil pode ser calculado pela seguinte equação:

Quadro 8: Cálculo do ponto de equilíbrio contábil PEC = CDFT

MC

Fonte: Crepaldi (2002, p. 229)

Onde:

PEC = Ponto de equilíbrio contábil; CDFT = Custos e despesas fixas totais; MC = Margem de contribuição

Quanto ao ponto de equilíbrio econômico, Crepaldi (2002, p.229), conceitua que: “O ponto de equilíbrio econômico ocorre quando existe lucro na empresa e esta busca comparar e demonstrar o lucro da empresa em relação á taxa de atratividade que o mercado financeiro oferece ao capital investido.”

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Calcula-se o ponto de equilíbrio econômico pela equação:

Quadro 9: Cálculo do ponto de equilíbrio econômico

PEE = CDFT + Custo de Oportunidade MCu

Fonte: Crepaldi (2002, p. 230)

Onde:

PEE = Ponto de equilíbrio econômico; CDFT = Custos e despesas fixas totais MCu = Margem de contribuição unitária.

Ainda, para Crepaldi (2002, p. 230), quanto ao ponto de equilíbrio financeiro, contempla que: “O ponto de equilíbrio financeiro é representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa possa cumprir com seus compromissos financeiro. Nem todos os custos de produção representam desembolsos. Desta forma, os resultados contábeis e econômicos não são iguais aos financeiros.”

O ponto de equilíbrio financeiro pode ser obtido através da seguinte equação:

Quadro 10: Ponto de equilíbrio financeiro

PEF = CDFT – Despesas não Desembolsáveis MCu

Fonte: Crepaldi (2002, p. 230)

Onde:

PEF = Ponto de equilíbrio financeiro; CDFT = Custos e despesas fixas totais; MCu = Margem de contribuição unitária.

(42)

2.3.4.4 Margem de Segurança

Para Padoveze (2003, p. 290): “A margem de segurança pode ser definida como volume de vendas que excede ás vendas calculadas no ponto de equilíbrio. O volume de vendas excedente, para se analisar a margem de segurança, pode ser tanto o valor das vendas orçadas, como o valor real das vendas.”

Bruni e Famá (2004, p. 262), conceituam e definem que:

A margem de segurança consiste na quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa em quantidade, valor ou percentual. Pode ser calculada em quantidade, em unidades monetárias ou em percentual.

A margem de segurança em quantidade (MSQ), pode ser obtida através da seguinte equação:

Quadro 11: Cálculo da margem de segurança em quantidade

MSQ = Vendas Atuais – Ponto de Equilíbrio em Quantidade

Fonte: Bruni e Famá (2004, p. 263)

Calcula-se a margem de segurança em unidades monetárias (MS$), pela equação:

Quadro 12: Cálculo da margem de segurança em unidades monetárias MS$ = MSQ x Preço de Venda

Fonte: Bruni e Famá (2004, p. 263)

A margem de segurança em percentual é obtida através da equação:

Quadro 13: Cálculo da margem de segurança em percentual Margem de Segurança Percentual = MSQ/Vendas Atuais

(43)

2.4 Análise de Balanços

A análise de balanços permite a visualização da situação patrimonial, econômica e financeira da entidade em analise, gerando um conjunto de informações que servem tanto para usuários internos, no controle planejamento e gestão, quanto aos usuários externos, na avaliação para investimentos, liberação de créditos e conhecimento da situação atual da entidade.

Para Zdanowicz (1998, p.15), ao tratar sobre as demonstrações contábeis, define que: “As Demonstrações Contábeis segundo a dinâmica patrimonial informam a evolução dos fenômenos patrimoniais que, no fim do exercício social, evidenciam o resultado da atividade econômica exercida sobre o patrimônio no período.”

Segundo Matarazzo (2003, p.15): “As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir.”

Basso (2005, p.31), ao tratar da análise de balanços, conceitua como: “Extração de dados e informações para a interpretação, estudos e projeções da situação patrimonial, econômica e financeira da entidade.”

Matarazzo (2003, p. 18), ainda define que:

Em linhas gerais, podem-se listar as seguintes informações produzidas pela Análise de Balanços: • • • Situação financeira. • • • Situação econômica. • • • Desempenho. • • •

Eficiência na utilização dos recursos.

• • •

Pontos fortes e fracos.

• • • Tendências e perspectivas. • • • Quadro evolutivo. • • •

Adequação das fontes ás aplicações de recursos.

• • •

Causas das alterações na situação financeira.

• • •

Causas das alterações na rentabilidade.

• • •

Evidência de erros da administração.

• • •

Providências que deveriam ser tomadas e não foram.

• • •

Referências

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