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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA EM AUXILIAR DE INFORMÁTCA INTEGRADO AO ENSINO FUNDAMENTAL II

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE FORMAÇÃO INICIAL E

CONTINUADA EM AUXILIAR DE INFORMÁTCA INTEGRADO

AO ENSINO FUNDAMENTAL II

EIXO-TECNOLÓGICO INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Catanduva

Maio / 2016

Ministério da Educação

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

PREFEITURA DE CATANDUVA CÂMPUS CATANDUVA

Implantação do Curso de Formação Inicial e Continuada em Auxiliar de Informática integrado ao Ensino Fundamental II

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REITOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

Eduardo Antônio Modena

PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Whisner Fraga Mamede

PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO

Paulo Fernandes Júnior

PRÓ-REITOR DE ENSINO

Reginaldo Vitor Pereira

PRÓ-REITOR DE PESQUISA E INOVAÇÃO

Eduardo Alves da Costa

PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO

Wilson de Andrade Matos

DIRETOR GERAL DO CÂMPUS

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COMISSÃO DE ELABORAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

PRÓ - REITORIA DE ENSINO - DIRETORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DIRETORA DE EDUCAÇÃO BÁSICA–DEB

Karina Aparecida de Freitas Dias de Souza

PEDAGOGAS

Danielle de Sousa Santos Érika de Souza Barreto Michelle Chaves da Silva

TÉCNICA EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS

Marcela K. N dos Santos

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS - DPE

DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS

Adriana Paes de Jesus Correia

PEDAGOGOS

Clair Gonçalves Ramalho Fabiana Aparecida de Moraes Oswalter Garcia Filho

TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS

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ASSISTENTES SOCIAIS

Aline Paes de Araújo Michelli Aparecida Daros

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Alan Donizete Rastrero

PSICÓLOGA

Flávia Vieira de Souza Leite Assumpção

TRADUTORA E INTÉRPRETE DE LIBRAS

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COMISSÃO DE ELABORAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO LOCAL

GERÊNCIA DE ENSINO – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - CÂMPUS CATANDUVA

Marcos Rodrigues Costa

Gerente Educacional

Edivaldo Pastori Valentini

Coordenador de Área - Informática

Ivan José dos Reis Filho Lúcio Rodrigo de Carvalho Luis Fernando Castilho Maschi

Docentes da Área de Informática

Daniele Cristina Chiconato Murilo Secchieri de Carvalho

Docente de Formação Geral

Rita de Cássia Brum Della Líbera Murari

Pedagoga

Iara Suzana Tiggemann

Técnica em Assuntos Educacionais

Osvaldo Severino Junior

Coordenador de Extensão

Paulo Cesar Mioralli

Coordenador de Pesquisa e Inovação

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ... 9

DADOS INSTITUCIONAIS ... 10

INSTITUTOFEDERALDEEDUCAÇÃO,CIÊNCIAETECNOLOGIADESÃOPAULO ... 10

IFSP-CÂMPUSCATANDUVA ... 11

INSTITUIÇÃOPARCEIRA ... 12

IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ... 13

HISTÓRICO DO CÂMPUS E CARACTERIZAÇÃO ... 14

JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO ... 15

OBJETIVOS ... 21

OBJETIVOGERAL ... 21

OBJETIVOSESPECÍFICOS ... 22

PARCERIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA OFERTA ... 23

PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ... 26

REQUISITOS E FORMAS DE ACESSO ... 26

LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA ... 27

FUNDAMENTAÇÃOLEGALESPECÍFICAPARAOSCURSOSDEFORMAÇÃOINICIALECONTINUADAARTICULADOS AOENSINOFUNDAMENTAL ... 32

ORGANIZAÇAO CURRICULAR ... 33

ESTRUTURA CURRICULAR ... 39

PLANOS DE ENSINO BASE NACIONAL COMUM ... 40

PARTEDIVERSIFICADAOBRIGATÓRIA ... 70

PARTEDIVERSIFICADAOPTATIVA ... 78

PLANOS DE ENSINO QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ... 80

METODOLOGIA ... 91

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ... 92

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ... 94

ATIVIDADES DE PESQUISA ... 97

ATIVIDADES DE EXTENSÃO ... 99

CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ... 101

APOIO AO DISCENTE ... 102

EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA ... 103

EDUCAÇÃO AMBIENTAL ... 104

PROJETO INTEGRADOR ... 105

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OBJETIVOS ... 106

PLANEJAMENTO ... 107

CONTEÚDOS ... 108

CRONOGRAMA / DURAÇÃO ... 109

ARTICULAÇÃO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO ... 109

AVALIAÇÃO ... 110

AÇÕES INCLUSIVAS ... 110

AVALIAÇÃO E RECONHECIMENTO DE SABERES ... 111

EQUIPE DE TRABALHO ... 113

BIBLIOTECA: ACERVO DISPONÍVEL IFSP ... 119

BIBLIOTECA: ACERVO DISPONÍVEL INSTITUIÇÃO PARCEIRA ... 121

INFRAESTRUTURA ... 121

ACESSIBILIDADE ... 125

CERTIFICADOS ... 127

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APRESENTAÇÃO

O Câmpus Catanduva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do município de Catanduva, iniciou os estudos para implantação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) integrado à Formação Inicial e Continuada (FIC) a partir do ano de 2017, tendo em vista o Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006 e o Documento Base do Programa PROEJA FIC (2007).

Como parte integrante dos objetivos dos Institutos Federais (Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008) os cursos de Formação Inicial e Continuada devem promover a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação e tecnologia.

O PROEJA FIC tem como objetivos elevar a escolaridade, integrar a formação geral e profissional e estimular o acesso e a permanência do trabalhador, que não teve acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental na idade própria, na escola (Parecer CNE/CEB n° 11, de 10 de maio de 2000). Assim, prevê uma matrícula única, em que o curso deve possuir currículo único, no sentido de contemplar a formação geral e a formação profissional unificada.

O PROEJA FIC é uma política inédita no Brasil que traz diversas inovações nas reflexões e discussões até então realizadas acerca da Educação de Jovens e Adultos, além de estabelecer princípios e concepções particulares para esta modalidade de ensino, como o desafio de integrar a Educação Profissional e Básica.

Nesta perspectiva, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Câmpus Catanduva em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do município de Catanduva realizarão matrícula única e um currículo unificado contemplando a formação geral (oferecida pelo município) e profissional (oferecida pelo Instituto), almejam garantir ao jovem e ao adulto trabalhador o direito a uma formação completa que permita o desenvolvimento de um profissional cidadão, humanizado, integrado dignamente a sociedade e capaz de ler e interpretar as relações sociais, políticas e econômicas, numa perspectiva responsável, crítica e de permanente atualização e investigação.

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DADOS INSTITUCIONAIS

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

NOME: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo SIGLA: IFSP

CNPJ: 10.882.594/0001-65

NATUREZA JURÍDICA: Autarquia Federal

VINCULAÇÃO: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do

Ministério da Educação (SETEC)

ENDEREÇO: Rua Pedro Vicente, 625 – Canindé – São Paulo/Capital

CEP: 01109-010

TELEFONE: (11) 3775-4502 (Gabinete do Reitor) FACSÍMILE: (11) 3775-4501

PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://www.ifsp.edu.br

ENDEREÇO ELETRÔNICO: gab@ifsp.edu.br DADOS SIAFI: UG: 158154

GESTÃO: 26439

NORMA DE CRIAÇÃO: Lei nº 11.892 de 29/12/2008

NORMAS QUE ESTABELECERAM A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ADOTADA NO PERÍODO: Lei nº 11.892 de 29/12/2008

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IFSP- CÂMPUS CATANDUVA SIGLA: IFSP - CTD

CNPJ: 10.882.594/0013-07

ENDEREÇO: Av. Pastor José Dutra de Moraes, 239 – Distrito Industrial

Antônio Záccaro, Catanduva, SP

CEP: 15808-305

TELEFONES: (17) 3524-9710

FACSÍMILE: (11) 3775-4502/4503 (Reitoria)

PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://ctd.ifsp.edu.br/ ENDEREÇO ELETRÔNICO: adm.ctd@ifsp.edu.br

DADOS SIAFI: 158520 UG: 26439

GESTÃO: 26439

AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO: Portaria de criação do câmpus:

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INSTITUIÇÃO PARCEIRA

NOME: PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CATANDUVA SIGLA: PMC

CNPJ: 45.122.603/0001-02 NATUREZA JURÍDICA: Pública VINCULAÇÃO: Não existe

ENDEREÇO: Praça Conde Francisco Matarazzo, nº 01 - Centro TELEFONE: (17) 3531- 9500

FACSÍMILE: (17) 3531- 9100

PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: www.catanduva.sp.gov.br ENDEREÇO ELETRÔNICO: educacao@catanduva.sp.gov.br

GESTÃO: --

NORMA DE CRIAÇÃO: Alterado de Departamento de Educação para

Secretaria Municipal de Educação através da Lei Complementar nº 0030/1996

NORMAS QUE ESTABELECERAM A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ADOTADA NO PERÍODO: Autorizado pelo Parecer CEE nº 697/1991 e Lei

Municipal nº 2.922/1993

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IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Curso de Formação Inicial e Continuada em Auxiliar de Informática INTEGRADO ao Ensino Fundamental II

Câmpus Catanduva

Forma de oferta Presencial

Previsão de abertura do curso 1º Semestre de 2017

Período Noturno

Vagas 40

Entrada Anual

Vagas Anuais 40

Nº de semestres 4

Carga Horária Mínima

Obrigatória 1733,3

Carga Horária Máxima 1917,3 Duração da Hora-aula 50 minutos Duração do semestre letivo 20 semanas

O estudante do Curso de Formação Inicial e Continuada em Auxiliar de Informática Integrado ao Ensino Fundamental II que optar por realizar os componentes curriculares não obrigatórios do curso, tais como o estágio supervisionado e/ou os componentes curriculares optativos de Libras e Ensino Religioso apresentará, ao final do curso, a seguinte carga horária:

Cargas Horárias possíveis para o Curso de Formação Inicial e Continuada em Auxiliar de Informática Integrado ao Ensino

Fundamental

Total de Horas

Carga horária mínima - Componentes curriculares obrigatórios 1733,3

Componentes curriculares obrigatórios + Estágio Curricular Supervisionado 1883,3

Componentes curriculares obrigatórios + Componentes curriculares optativos 1767,3

Carga Horária Máxima: Componentes Curriculares obrigatórios + Estágio

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HISTÓRICO DO CÂMPUS E CARACTERIZAÇÃO

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Câmpus Catanduva, edificado em atendimento à Chamada Pública do MEC/SETEC nº 001/2007 - Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Tecnológica – FASE II, está localizado no município de Catanduva, na região noroeste do estado de São Paulo. Teve sua autorização de funcionamento através da Portaria nº 120, de 29 de janeiro de 2010 e iniciou suas atividades educacionais em 16 de agosto de 2010. Sua implantação resulta de esforços conjuntos de prefeituras da região de Catanduva, Associação Comercial e Industrial de Catanduva, do IFSP e do MEC.

O município de Catanduva faz parte da Região Administrativa de São José do Rio Preto, que compreende 05 (cinco) Regiões de Governo do Estado de São Paulo: Catanduva, Fernandópolis, Jales, São José do Rio Preto e Votuporanga. O município de Catanduva está localizado na região noroeste do Estado, distante 385 Km da capital. Sua área geográfica é de 291 km2, a uma altitude de 503 metros e

clima tropical seco. Fazem parte da microrregião de Catanduva os municípios: Ariranha, Itajobi, Catiguá, Elisário, Embaúba, Novais, Palmares Paulista, Paraíso, Pindorama, Santa Adélia, Severínia e Tabapuã. O município conta com os seguintes municípios limítrofes: Pindorama, Palmares Paulista, Ariranha, Novais, Itajobi, Elisiário e Catiguá.

O câmpus iniciou suas atividades no segundo semestre de 2010, com a conclusão da primeira fase de seu prédio. Foram abertos, na ocasião, os cursos técnicos de Manutenção e Suporte em Informática e Mecatrônica, com um total de 160 alunos. Em dezembro de 2011, foi realizada reunião entre o Diretor do IFSP, Prof. Dr. Márcio Andrey Teixeira, e o Prefeito da cidade de Catanduva, Afonso Macchione Neto, onde este último manifestou grande interesse na abertura do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial pelo IFSP, salientando a alta demanda por profissionais com esta formação na cidade e região.

Em 2011, foi aberto o curso Técnico em Fabricação Mecânica com oferta semestral de 40 vagas; no primeiro semestre de 2012, foram abertos os cursos Técnicos Integrado em Química e Técnico Integrado em Mecatrônica (ambos em parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo). Os cursos superiores de Licenciatura em Química, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) também começaram a ser ofertados no primeiro semestre de

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2012, e finalmente no primeiro semestre de 2013, iniciou-se a primeira turma de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, todos com oferta anual de 40 vagas. Ainda no início de 2013 foi também ofertado o curso técnico integrado em Redes de Computadores também em parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. No ano de 2016 foram iniciados os próprios cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio, sem a parceria da SEE, ofertando mais 120 vagas anuais.

Além dos cursos regulares de técnico, licenciatura e tecnólogo, o câmpus também oferece cursos de curta duração na forma de Formação Inicial e Continuada (FIC) e Pronatec em diferentes áreas.

Anualmente, são realizados atividades de extensão, com a participação da comunidade local: Encontro de Inovação e empreendedorismo, Casa Aberta, Semana do Meio Ambiente, IFShow, IFSport, Semana de Ciência e Tecnologia, Semana da Computação, Semana da Consciência Negra, além de viagens técnicas-científicas e culturais, atividades culturais e trotes solidários.

O quadro de servidores atualmente conta com 56 professores e 43 técnico-administrativos para um total de aproximadamente 683 alunos. O câmpus conta com 06 (seis) laboratórios de Informática, 1 (um) laboratório de redes de computadores, 10 (dez) laboratórios da área de Indústria, 2 (dois) laboratórios de química além de 9 (nove) salas de aulas e demais infraestruturas básicas. A segunda fase da expansão do câmpus, com aproximadamente 3000m2, foi concluída no primeiro semestre de

2012. Atualmente encontra-se em fase de construção o refeitório com capacidade para aproximadamente 200 pessoas.

JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO

O Curso de Auxiliar de Informática atende o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, na Formação Inicial e Continuada com Ensino Fundamental – PROEJA FIC Fundamental, do Câmpus Catanduva do Instituto Federal de São Paulo, em cumprimento ao Decreto 5.840 de 13 de julho de 2006. Trata-se de um Plano fundamentado nas bases legais e nos princípios norteadores da educação brasileira explicitados na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) Lei nº 9.394/96 e no conjunto de leis, decretos, pareceres e referenciais curriculares que normatizam a

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Educação Profissional e o Ensino Fundamental no sistema educacional brasileiro, bem como nos documentos que versam sobre a integralização destes dois níveis que tem como pressupostos a formação integral do profissional-cidadão.

Em atendimento a lei, decreto e resolução supracitados o Instituto Federal de São Paulo Câmpus Catanduva elaborou um Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Este documento apresenta a missão da Instituição e as estratégias para atingir as metas e objetivos, abrangendo um período de cinco anos. Faz parte do PDI a elaboração dos cursos que serão oferecidos, entre os cursos que estão previstos para abertura, encontra-se o Curso de Formação Inicial e Continuada em Auxiliar de Informática Integrado ao Ensino Fundamental II.

Tendo como marco orientador desta proposta as decisões institucionais traduzidas nos objetivos desta Instituição e na compreensão da educação como uma prática social, os quais se materializam na função social do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) de promover educação científica, tecnológica e humanística visando à formação integral do profissional-cidadão crítico e reflexivo, competente tecnicamente e eticamente e comprometido efetivamente com as transformações sociais, políticas e culturais e em condições de atuar no mundo do trabalho na perspectiva da edificação de uma sociedade mais justa e igualitária.

Este Projeto segue as orientações da Resolução nº 40 de julho de 2015 que dá as orientações para a implantação do programa PROEJA, estabelece como obrigatória a parceria da instituição federal com a rede pública de ensino, por meio de Acordo de Cooperação Técnica firmado com a Secretaria Municipal de Educação de Catanduva.

A definição pelo curso de Auxiliar de Informática na modalidade PROEJA FIC Fundamental II no Câmpus Catanduva foi tomada em reunião do corpo docente e discente, realizada em conjunto com representantes do comércio, indústria e das respectivas instituições de ensino e fundamentada principalmente nas características socioeconômicas da região, composta por uma grande quantidade de empresas de pequeno, médio e grande porte.

O mercado de informática é um dos que se mantém aquecidos devido à grande evolução tecnológica e a necessidade da utilização e operação dos sistemas computacionais e equipamentos tecnológicos, principalmente os sistemas de controle e gestão das organizações. O profissional de informática, hoje em dia, é requisitado para atender as demandas institucionais desde simples rotinas

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administrativas e, até mesmo, na manutenção e suporte dos equipamentos computacionais.

De acordo com a caracterização socioeconômica apresentada pela cidade de Catanduva, evidenciada pelos quadros abaixo, que demonstram os indicadores de emprego e renda e evolução do emprego nos diferentes setores da economia, destacam-se os setores comercial e de serviços, que tem respondido pelo maior número de empregados e respectivamente pela maior geração de emprego e renda. Sendo assim, o profissional auxiliar em informática, pode atuar em pequenas, médias e grandes empresas, desde um micro escritório administrativo, ramo comercial e até em grandes empresas, como indústrias e usinas.

Indicadores de emprego e renda (2014)

Empregados nos setores da economia no ano de 2014 Percentual de empregados Rendimento médio (R$) Agropecuária 1,21% 1.972,76 Indústria 32,24% 2.315,49 Construção civil 4,43% 1.876,03 Comércio 27,18% 1.707,33 Serviços 34,94% 2.063,56

(Fonte: Fundação SEADE)

O município de Catanduva faz parte da Região Administrativa de São José do Rio Preto, que compreende 05 (cinco) Regiões de Governo: Catanduva, Fernandópolis, Jales, São José do Rio Preto e Votuporanga.

Catanduva está localizada na região noroeste do Estado, distante 385 Km da capital do Estado. Sua área geográfica é de 292 km2, a uma altitude de 503 metros e clima tropical seco. Fazem parte da microrregião de Catanduva os municípios: Ariranha, Cajobi, Catanduva, Catiguá, Elisário, Embaúba, Novais, Palmares Paulista, Paraíso, Pindorama, Santa Adélia, Severínia e Tabapuã. O município conta com os seguintes municípios limítrofes: Pindorama, Palmares Paulista, Ariranha, Novais, Cajobi, Elisiário e Catiguá. A Figura 1 fornece uma melhor ideia da localização geográfica do município dentro do estado de São Paulo.

De acordo com o IPRS (Índice Paulista de Responsabilidade Social) nas edições de 2010 e 2012, Catanduva foi classificada no Grupo 3, que agrega os municípios com baixos níveis de riqueza e bons indicadores de longevidade e escolaridade.

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Figura 1: Mapa de localização do Câmpus Catanduva

Catanduva apresenta características de pólo micro regional, com comércio, setor de serviços e indústria. Mais de 550 indústrias estão instaladas na cidade. Os setores que se destacam são: manutenção e fabricação de ventiladores, suco de laranja, torrefação de café, laticínios, saúde médico hospitalares, metalurgia, usinas de açúcar e álcool.

Grande destaque da indústria catanduvense é a produção e o comércio de ventiladores, o que tornou Catanduva conhecida como a "capital nacional dos ventiladores". As fábricas da cidade são responsáveis por cerca 90% da produção nacional de ventiladores e empregam 60% da mão-de-obra ocupada na indústria no município.

Desse modo, o aluno egresso do curso de auxiliar em informática na modalidade PROEJA FIC Fundamental II do Câmpus Catanduva poderá encontrar oportunidades de trabalho tanto na região, como no Estado de São Paulo.

Segundo dados do IBGE de 2010, o município de Catanduva é composto por 112.820 habitantes, sendo 54.777 o número de homens e 58.066 de mulheres, com aproximadamente 99% desta população alocada na área urbana. A faixa etária de seus habitantes é composta por aproximadamente 23% de pessoas com menos de 15 anos, 10% com idade entre 15 e 19 anos, 55% com idade entre 20 e 59 anos e 12% com 60 anos ou mais. Catanduva possui um Índice de Desenvolvimento

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Humano Municipal de 0,805 (2010), contemplando um IDH de Longevidade de 0,853, IDH de Renda de 0,767 e IDH de Educação 0,740, segundo pesquisa elaborada a partir do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA e Fundação João Pinheiro - FJP, com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010.

De acordo com Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) no período de 2001 a 2014, Catanduva registrou, aproximadamente, a média de 14.000 matrículas no ensino fundamental, cuja taxa média de abandono do ensino fundamental nesse período foi de 0,45%, resultando em, aproximadamente, 900 alunos que abandonaram o estudo durante o ensino fundamental nesse período.

Ainda, no período de 2007 e 2014, a cidade de Catanduva/SP apresentou, aproximadamente, a média de 500 matrículas/ano na modalidade Educação de jovens e Adultos (EJA) no ensino fundamental e registrou a média aproximada de 5.500 trabalhadores/ano em empregos formais cujos trabalhadores não haviam concluídos o ensino fundamental.

Na tabela 01 observam-se os Indicadores do ensino fundamental do município de Catanduva/SP no período de 2001 a 2014.

Tabela 01 – Indicadores do ensino fundamental do município de Catanduva/SP no período de 2001 a 2014. Ano Número de Matrículas no Ensino Fundamental Taxa de Abandono do Ensino Fundamental [%] Número de Concluintes do Ensino Fundamental Número de Matrículas na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Ensino Fundamental Empregos Formais das Pessoas com Ensino Fundamental Incompleto 2001 15.249 - 1.775 - - 2002 14.989 1,2 1.845 - - 2003 14.756 1 1.683 - - 2004 14.579 0,6 1.655 - - 2005 14.372 0,8 1.657 - - 2006 15.388 - - - - 2007 15.065 - 1.515 744 5.885 2008 14.078 0,1 1.461 737 5.313 2009 13.735 0,2 1.595 559 5.623 2010 13.282 0,3 1.594 498 5.139 2011 13.124 0,3 1.576 428 5.955 2012 12.745 0,1 1.511 311 6.046 2013 12.570 0,2 1.370 356 4.949 2014 12.386 0,2 - 326 5.021 Média 14.023 0,45 1.603 495 5.491

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Segundo SEADE, no período de 2007 a 2014, a região de governo de Catanduva/SP apresentou, aproximadamente, a média de 1.400 matrículas/ano na modalidade Educação de jovens e Adultos (EJA) no ensino fundamental e registrou a média aproximada de 15.600 trabalhadores/ano em empregos formais cujos trabalhadores não haviam concluídos o ensino fundamental.

Na tabela 02 observam-se os Indicadores do ensino fundamental na região de governo de Catanduva/SP no período de 2001 a 2014.

Tabela 02 – Indicadores do ensino fundamental na região de governo de Catanduva/SP no período de 2001 a 2014. Ano Número de Matrículas no Ensino Fundamental Taxa de Abandono do Ensino Fundamental [%] Número de Concluintes do Ensino Fundamental Número de Matrículas na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Ensino Fundamental Empregos Formais das Pessoas com Ensino Fundamental Incompleto 2001 36.535 - 4.085 - - 2002 35.819 1,7 4.336 - - 2003 35.315 1,6 3.938 - - 2004 34.689 1,6 3.687 - - 2005 34.107 1,2 3.735 - - 2006 35.032 - - - 17.669 2007 35.045 1,5 3.538 1.885 16.230 2008 34.147 0,6 3.368 1.877 15.185 2009 34.559 0,4 3.715 1.584 16.947 2010 33.855 0,5 3.766 1.390 14.145 2011 33.001 0,5 3.752 1.379 15.729 2012 32.103 - 3.579 1.081 16.325 2013 31.751 - 3.512 1.036 14.662 2014 31.180 - - 1.036 13.630 Média 34.081 1,00 3.751 1.409 15.614

(Fonte: Fundação SEADE)

Nas tabelas 03 e 04 observam-se números de empregos formais e seus respectivos rendimentos médios (em reais correntes R$), na região de governo de Catanduva/SP fornecidos pela SEADE.

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Tabela 03 – Número de empregos formais na região de governo de Catanduva/SP. Ano Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura Indústria Construção Comércio Atacadista e Varejo e do Comércio Serviços Empregos Formais das Pessoas com Ensino Fundamental Incompleto 2010 9.064 19.928 1.543 15.435 21.818 14.145 2011 11.257 20.799 1.519 15.624 23.208 15.729 2012 11.699 21.690 1.537 17.555 25.044 16.325 2013 10.644 21.106 2.251 17.842 25.955 14.662 2014 9.149 22.321 2.314 17.876 25.369 13.630

(Fonte: Fundação SEADE)

Tabela 04 – Rendimento médio dos empregos formais na região de governo de Catanduva/SP (em reais correntes R$).

Ano Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura Indústria Construção Comércio Atacadista e Varejo e do Comércio Serviços 2010 R$ 1.193,18 R$ 1.549,25 R$ 1.233,43 R$ 1.209,73 R$ 1.413,20 2011 R$ 812,63 R$ 1.691,73 R$ 1.406,01 R$ 1.319,11 R$ 1.553,89 2012 R$ 1.194,31 R$ 1.795,29 R$ 1.483,54 R$ 1.465,76 R$ 1.641,35 2013 R$ 1.812,68 R$ 1.989,15 R$ 1.666,17 R$ 1.599,07 R$ 1.944,85 2014 R$ 1.972,76 R$ 2.315,49 R$ 1.876,03 R$ 1.707,33 R$ 2.063,56

(Fonte: Fundação SEADE)

OBJETIVOS OBJETIVO GERAL

O principal objetivo é formar Auxiliares de Informática de forma a atender à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em seus artigos 35 a 37 que estabelecem que os alunos egressos do ensino fundamental e médio têm o direito de acesso à Educação Profissional como forma de capacitação, propiciando a inserção ou a reinserção de profissionais técnicos qualificados no mercado de trabalho. Desenvolver o educando nas dimensões individual, social e profissional por meio de formação que integre conhecimentos da formação geral e conhecimentos específicos da área de informática, numa perspectiva responsável, crítica e de permanente atualização e investigação.

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O egresso após a conclusão do ensino fundamental II e obtendo, de forma integrada, uma nova qualificação profissional poderá optar pela continuidade dos estudos no Instituto Federal de São Paulo Câmpus Catanduva, podendo ingressar-se no ensino técnico integrado ao ensino médio. O Instituto Federal de São Paulo Câmpus Catanduva, como descrito anteriormente, oferece três opções de cursos técnicos integrados ao ensino médio nas seguintes áreas: Informática – Técnico em Redes de Computadores, Indústria – Técnico em Mecatrônica e Química – Técnico em Química. O egresso que desejar optar por uma das escolas estaduais oferecidas e localizadas no mesmo munícipio de Catanduva, após a conclusão do primeiro ano do ensino médio, poderá ingressar-se no curso Técnico de Fabricação Mecânica da área da Indústria, oferecido também pelo Instituto Federal de São Paulo Câmpus Catanduva, na modalidade de técnico concomitante subsequente e com duração de dois anos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Promover a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental I, possibilitando o prosseguimento dos estudos;

Propiciar a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

Favorecer o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

Garantir a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Desenvolver um conjunto de habilidades e conhecimentos em informática a fim de tornar o educando capaz de compreender, operar, executar e apoiar a rotina administrativa através de sistemas computacionais, ciente das questões éticas e ambientais, de sustentabilidade e viabilidade técnico-econômica envolvidas nos processos industriais e empresariais.

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PARCERIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA OFERTA

A parceria institucional será realizada entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – Câmpus Catanduva e a Secretaria Municipal de Educação de Catanduva. A parceria com a prefeitura municipal ocorre desde sua instalação no município, contando sempre com o apoio das diversas secretarias municipais.

Esta parceria pela vasta experiência de ensino que ambas possuem, do lado do município com mais de 20 anos ofertando o ensino na modalidade EJA e o Instituto Federal de São Paulo Câmpus Catanduva oferecendo toda a sua infraestrutura educacional, a oportunidade do aprendizado para uma qualificação técnica profissional de qualidade, ensinando ao educando tecnologias atuais e modernas para o mercado profissional.

Nesta parceria proposta com o IFSP Câmpus Catanduva, serão definidos alguns compromissos de ambas as partes, os quais são apresentados a seguir:

São obrigações do IFSP:

- Elaborar, prévia e coletivamente com a Instituição partícipe, o projeto pedagógico integrado único do curso no âmbito do PROEJA;

- Submeter o projeto pedagógico de curso para apreciação dos órgãos competentes do IFSP, com vistas à sua aprovação antes da realização do processo seletivo;

- Realizar, em colaboração com a Instituição partícipe, a seleção dos educandos para os cursos em questão;

-Realizar a matrícula dos estudantes provenientes do processo seletivo; -Elaborar, juntamente com a Instituição parceira, o Plano de Trabalho Anual; -Receber e gerir eventuais recursos que forem descentralizados para os projetos selecionados;

- Responsabilizar-se pela política de Assistência Estudantil ao aluno do PROEJA;

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- Responsabilizar-se pela oferta da qualificação profissional prevista em projeto pedagógico, em acordo com a carga horária prevista na legislação vigente, seja na forma da disponibilização de docentes pertencentes ao seu quadro de servidores ou por intermédio da oferta da formação de docentes vinculados ao quadro da Instituição parceira;

- Responsabilizar-se pelo quadro dos professores da qualificação profissional (quando disponível), gestores e técnicos-administrativos, bem como por seus salários, encargos e relações trabalhistas;

- Responsabilizar-se pela formação dos docentes, técnicos, profissionais da educação, da segurança pública e gestores do IFSP que atuarão na implantação e desenvolvimento do(s) curso(s) no âmbito do PROEJA;

- Responsabilizar-se pela organização e preparação do ambiente didático e educacional (ensino), onde serão realizadas e aplicadas as aulas direcionadas para o ensino Profissionalizante (qualificação profissional).

- Disponibilizar, quando necessário, seu espaço físico para o desenvolvimento das atividades previstas para o(s) curso(s), incluindo palestras;

- Certificar, juntamente à Instituição parceira, o(s) curso(s) ofertado(s);

- Disponibilizar, anualmente, dados estatísticos para a elaboração do Relatório de Gestão do IFSP;

- Manter toda documentação, dados e informações atualizadas para fins de monitoramento da SETEC/MEC e prestação de contas a este órgão após finalização do projeto;

- Manter os registros acadêmicos dos educandos do(s) curso(s) objeto desta seleção;

- Desenvolver atividades de pesquisa e extensão concernentes ao PROEJA;

São compromissos da Instituição parceira:

- Elaborar, prévia e coletivamente com o IFSP, projeto pedagógico integrado único do curso;

- Identificar e selecionar escolas da educação básica que ofertarão cursos no âmbito do PROEJA;

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- Autorizar a participação de seus docentes, técnicos-administrativos, profissionais da educação e gestores em todas as etapas e atividades do curso de formação continuada, bem como das atividades de estudo e pesquisa;

- Realizar, em colaboração com o IFSP, a seleção dos educandos para os cursos em questão;

- Elaborar, junto ao IFSP, o Plano de Trabalho Anual;

- Responsabilizar-se pela oferta da formação geral (base nacional comum) do ensino fundamental II na modalidade de educação de jovens e adultos, com carga horária mínima de 1.200 horas, disponibilizando os recursos humanos necessários;

- Responsabilizar-se pelo quadro dos professores do componente curricular da educação básica, gestores e técnicos-administrativos, bem como por seus salários, encargos e relações trabalhistas;

- Responsabilizar-se pela contratação de docentes da área de qualificação profissional, excepcionalmente quando o IFSP não dispuser de tal força de trabalho, por não contar com câmpus no município de oferta do curso;

- Responsabilizar-se pela formação dos docentes, técnicos, profissionais da educação e gestores que atuarão na implantação e desenvolvimento do(s) curso(s) no âmbito do PROEJA;

- Responsabilizar-se pela organização e preparação do ambiente didático e educacional (ensino), onde serão realizadas e aplicadas as aulas direcionadas para o ensino de Formação Geral (disciplinas da base nacional comum).

- Disponibilizar, quando necessário, seu espaço físico para o desenvolvimento das atividades previstas para o(s) curso(s);

- Certificar, juntamente com o IFSP, o(s) curso(s) ofertado(s);

- Manter os registros acadêmicos dos educandos do(s) curso(s) objeto desta seleção;

- Providenciar auxílio-transporte ou equivalente para o deslocamento dos estudantes matriculados no(s) curso(s);

- Manter atualizada e em conformidade legal toda a documentação como cadastros, prontuários e relatórios, bem como quaisquer outros registros da área educacional, referentes às ações do PROEJA;

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PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO

O auxiliar em Informática está habilitado para instalar sistemas operacionais, aplicativos e periféricos para computadores desktop, documentar e digitalizar documentações institucionais. Criar e editar documentos, planilhas eletrônicas e exibir apresentações gráficas. Reconhecer problemas de hardware e encaminhar para manutenção e suporte em desktop de uso geral. Instalar e configurar redes de computadores locais de pequeno porte. Utilizar a Internet em busca de novos conhecimentos através dos métodos de pesquisas, enviar e receber informações e comunicar-se de maneira global.

O egresso contribui diretamente para a melhoria da gestão e da qualidade das operações das empresas, oferece auxílio na operação de sistemas e equipamentos computacionais. O egresso é um profissional ciente das questões éticas e ambientais e da sua atuação profissional. É capaz também de ter uma atitude de permanente atualização, investigação tecnológica e acompanhando e avaliando a evolução dos conhecimentos oriundos da atividade exercida. Deve ser um agente impulsionador integrando a formação técnica à humana na perspectiva de uma formação continuada.

REQUISITOS E FORMAS DE ACESSO

O ingresso ao curso será por meio de processo seletivo simplificado, através do instrumento de ingresso do tipo declaração de interesse que serão de responsabilidades do Instituto Federal de São Paulo e da Instituição parceira a ser publicado pelo IFSP Câmpus Catanduva no endereço eletrônico http://ctd.ifsp.edu.br. A declaração de interesse será feita mediante o preenchimento de formulário específico na Coordenadoria de Registros Escolares do Câmpus Catanduva, pelo próprio candidato ou por seu representante legal, com procuração simples. Após efetivação da inscrição o candidato será convocado, por meio de divulgação através do edital, a participar da sessão, na qual ocorrerá sorteio público. O candidato sorteado e classificado dentro do número de vagas estabelecidas para o curso terá o direito de se matricular. As matrículas serão efetuadas obedecendo-se

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rigorosamente a ordem de classificação dos candidatos logo após a realização do sorteio.

Serão ofertadas 40 vagas no período noturno com duração de quatro semestres. Para matricular-se no Curso de Formação Inicial e Continuada em Auxiliar de Informática Integrado ao Ensino Fundamental II oferecido pelo IFSP - Câmpus Catanduva em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Catanduva o aluno deverá ter concluído o Ensino Fundamental I. A matrícula deverá ser efetuada na Coordenadoria de Registros Escolares do IFSP câmpus Catanduva.

O acesso ao curso poderá ocorrer também por: processo seletivo para vagas remanescentes, reopção de curso e transferências internas e externas conforme as normas acadêmicas e legislação vigente ou outras formas definidas pelo IFSP por meio de edital próprio.

De acordo com a Lei nº 12.711/2012, serão reservadas, no mínimo, 50% das vagas aos candidatos que cursaram integralmente o Ensino Fundamental I completo em escola pública. Dentre estas, 50% serão reservadas para candidatos que tenham renda per capita bruta igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo (um salário-mínimo e meio). Das vagas para estudantes egressos do ensino público, os autodeclarados pretos, pardos ou indígenas preencherão, por curso e turno, no mínimo, percentual igual ao dessa população, conforme último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Estado de São Paulo, de acordo com a Lei nº 12.711/2012, de 29/08/2012.

A matrícula do candidato aprovado no processo seletivo será efetivada por ele próprio ou por seu representante legal. Todas as orientações referentes ao processo de matrícula estarão discriminadas em edital devidamente aprovado e publicado pelo IFSP.

LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA Fundamentação legal obrigatória para todos os cursos

Legislação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.

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 Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências.  Resolução nº 871, de 04 de junho de 2013 – Regimento Geral;

 Resolução nº 872, de 04 de junho de 2013 – Estatuto do IFSP;

 Resolução nº 866, de 04 de junho de 2013 – Projeto Pedagógico Institucional;  Resolução nº 859, de 07 de maio de 2013 – Organização Didática;

 Resolução n° 40, de 02 de junho de 2015 que, “Aprova Diretrizes para os cursos do PROEJA”.

 Resolução nº 26, de 11 de março de 2014 – Delega competência ao Pró-Reitor de Ensino para autorizar a implementação de atualizações em Projetos Pedagógicos de Cursos pelo Conselho Superior;

 Nota Técnica nº 001/2014 – Recuperação contínua e Recuperação Paralela;  Instrução Normativa nº 03, de 04 de maio de 2015 “ Institui a Comissão para

Elaboração e Implementação de Projeto Pedagógico de Cursos de Educação Básica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo e dispõe sobre suas atividades.

 Balizadores para realização de Estágio Curricular Supervisionado, Projeto ntegrador e Trabalho de Conclusão de Curso na Educação Básica. Maio, 2015.

 Memorando circular nº 003/2015-DEB/DED/DGD/2015-PRE- Utilização da Nuvem IFSP para tramitação de Projetos Pedagógicos de Curso;

 Memorando circular nº 004/2015-DEB/DED/DGD/2015-PRE- Orientações relativas às Análises Técnico-Pedagógicas (ATPs) dos Projetos Pedagógicos de Curso (PPCs).

 Resolução/CD/FNDE nº 22¸de 7 de junho de 2013- Altera o § 3º do art. 6º da Resolução nº 42, de 28 de agosto de 2012, e o § 4º do art. 1º da Resolução nº 51, de 16 de setembro de 2009, que dispõem sobre o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para a educação básica e a educação de jovens e adultos.

Ações Inclusivas

 Decreto nº 5.296/2004, de 2 de dezembro de 2004 – Regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que

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estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

 Decreto nº 7.611/2011, de 17 de novembro de 2011, que dispõe sobre a educação especial e o atendimento educacional especializado e dá outras providências.

Pareceres

 Parecer CNE/CEB nº 11, de 09 de maio de 2012, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares para a Educação Técnica de Nível Médio.

Plano Nacional de Educação-PNE

 Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014 - Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

 Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Educação Profissional

 Decreto 5.154 de 23/07/2004, que regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências.

 Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro de 2012, que define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio.

Legislação Curricular: temas obrigatórios para a abordagem transversal ou interdisciplinar no currículo:

História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

 Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, altera a Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, que altera as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.

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 Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

Educação Ambiental

 Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências.

 Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental.

Educação em Direitos Humanos

 Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que institui o Programa Nacional de Direitos Humanos.

 Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, que estabelece Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação em Direitos Humanos.

Catálogo Nacional de Cursos Técnicos

 Resolução CNE/CEB nº 1, de 5 de dezembro de 2014, que “Atualiza e define novos critérios para a composição do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, disciplinando e orientando os sistemas de ensino e as instituições públicas e privadas de Educação Profissional e Tecnológica quanto à oferta de cursos técnicos de nível médio em caráter experimental, observando o disposto no art. 81 da Lei nº 9.394/96 (LDB) e nos termos do art. 19 da Resolução CNE/CEB”.

Classificação Brasileira de Ocupações

 Portaria nº 397, de 09 de outubro de 2002 – Aprova a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO/2002), para uso em todo território nacional e autoriza a sua publicação.

Estágio Curricular Supervisionado

 Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,

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e a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e nº 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6 da Medida Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001 e dá outras providências.  Portaria nº. 1204/IFSP, de 11 de maio de 2011, que aprova o

Regulamento de Estágio do IFSP.

 Resolução CNE/CEB nº 2, de 4 de abril de 2005 – Modifica a redação do § 3º do artigo 5º da Resolução CNE/CEB nº 1/2004 até nova manifestação sobre estágio supervisionado pelo Conselho Nacional de Educação.

 Resolução CNE/CEB nº 1, de 21 de janeiro de 2004, que estabelece Diretrizes Nacionais para a organização e a realização de Estágio de alunos da Educação Profissional e do Ensino Médio, inclusive nas modalidades de Educação Especial e de Educação de Jovens e Adultos. Inclui texto Resolução CNE/CEB nº 2/2005.

 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/ Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. –Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.542p.

Exibição de filmes na Educação Básica

 Lei nº 13.006, de 26 de junho de 2014-acrescenta § 8º ao art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para obrigar a exibição de filmes de produção nacional nas escolas de educação básica.

Língua Espanhola

 Lei nº 11.161, de 05 de agosto de 2005, que dispõe sobre o ensino da língua espanhola.

Ensino de Arte

 Lei nº 12.287/2010, que altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, no tocante ao ensino da arte.

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 Lei nº 10.793, de 1 de dezembro de 2003, que altera a redação do art. 26, que dispõe sobre a Educação Física no projeto pedagógico da escola e altera a redação do art. 26, § 3o, e do art. 92 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de

1996, que "estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”, e dá outras providências.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ESPECÍFICA PARA OS CURSOS DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA ARTICULADOS AO ENSINO FUNDAMENTAL

 Decreto nº 5.840/2006, que institui, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), e dá outras providências.

 Parecer CNE/CEB nº 11/2000, aprovado em 10 de maio de 2000, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.

 Resolução CNE/CEB nº 1, de 5 de julho de 2000, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.

 Parecer CNE/CEB nº 36/2004, aprovado em 07 de dezembro de 2004, aprecia a Indicação CNE/CEB 3/2004, que propõe a reformulação da Resolução CNE/CEB 1/2000, que define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.

 Parecer CNE/CEB nº 20/2005, aprovado em 15 de setembro de 2005, que trata da inclusão da Educação de Jovens e Adultos, prevista no Decreto nº 5.478/2005, como alternativa para a oferta da Educação Profissional Técnica de nível médio de forma integrada com o Ensino Médio.

 Parecer CNE/CEB nº 29/2006, aprovado em 5 de abril de 2006, que reexamina o Parecer CNE/CEB nº 36/2004, que aprecia a Indicação CNE/CEB nº 3/2004, propondo a reformulação da Resolução CNE/CEB nº 1/2000, que definiu Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. (Aguardando homologação)

 Resolução CNE/CEB nº 3, de 15 de junho de 2010, que institui Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e certificação nos exames de EJA e a Educação de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da Educação a Distância.

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 Decreto nº 8.268, de 18 de junho de 2014 – Altera o Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004, que regulamenta o §2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996.

 Documento BASE. MEC, SETEC: Brasília, 2006. Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) - Formação Inicial e Continuada/Ensino Fundamental.

ORGANIZAÇAO CURRICULAR

A organização curricular proposta para o curso de Formação Inicial e Continuada em Auxiliar de Informática Integrado ao Ensino Fundamental II está pautada no Plano Municipal de Educação de Catanduva, no que tange a Modalidade de Educação de Jovens e Adultos a qual considerará as situações, os perfis dos estudantes, as faixas etárias e se pautará pelos princípios de equidade, diferença e proporcionalidade.

- Equidade: igualdade de direitos e de oportunidades face ao direito à educação;

- Diferença: reconhecimento e valorização dos saberes e fazeres dos jovens e adultos;

- Proporcionalidade: os componentes curriculares devem respeitar as necessidades próprias da Educação de Jovens e Adultos com espaços e tempos nos quais as práticas pedagógicas assegurem aos seus estudantes identidade formativa comum aos demais participantes da escolarização básica.

Segundo Parecer N° 11 do Conselho Nacional da Educação sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais, a EJA deverá ter funções:

1 - Reparadora: o direito à uma escola de qualidade, mas também o reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano;

2 - Equalizadora: Dar cobertura a trabalhadores e a tantos outros segmentos sociais como donas de casa, migrantes, aposentados e encarcerados;

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3 - Permanente e Qualificadora: Educação ao longo da vida.

O curso foi organizado de modo a garantir o que determina a Resolução Nº06/2012 e o parecer nº 11/2012, assim como as competências profissionais que foram identificadas pelo IFSP – câmpus Catanduva com a participação da comunidade escolar.

A organização curricular do curso de Formação Inicial Continuada em Auxiliar de Informática oi constituída de acordo com o Eixo Tecnológico de Informação e Comunicação estruturada de acordo com a orientação da LDB para curso na modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

O currículo proposto para este curso é pensado na perspectiva da integração entre formação geral e profissional. Para que essa integração possa ser efetivada é necessário buscar um objeto comum ao qual estejam associados o conhecimento historicamente acumulado pela humanidade, o desenvolvimento científico mostrado aos alunos como construção humana e a contextualização do conhecimento, da ciência e da técnica no âmbito global e local.

Para isso buscou-se elaborar um currículo que se desenvolva em um espaço integrador que assegure, além de atividades de caráter cultural e desportivas, de suma importância no desenvolvimento humano e das diferentes faixas etárias, a interdisciplinaridade do currículo, rompendo assim com uma pedagogia e prática docente que enfatizam a formação conceitual do aluno, mas, por vezes descompromissada com outros aspectos formativos do cidadão contemporâneo.

Para que o espaço integrador se efetive e possa levar à alteração das práticas mais recorrentes na escola, que é a da valorização dos conteúdos tidos como fim e que são repassados por meio de disciplinas isoladas, propõe-se que o curso proposto no âmbito desse projeto seja organizado e desenvolvido com uma real dimensão integradora.

Um projeto desenvolvido no contexto da prática pedagógica do professor caracteriza-se por uma ação peculiar de pesquisadores na intencionalidade de produção de conhecimento científico (podendo haver cunho tecnológico). Esse será gerado a partir de uma realidade problematizada, cujas interpretações surgem a partir de métodos e procedimentos. Quando estes possuem cunho tecnológico, têm

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como característica essencial sanar problemas pontuais de um processo produtivo, envolvendo a aquisição ou mesmo a elaboração de conhecimentos na busca dessa solução.

No caso do projeto de natureza pedagógica, que ocorre no contexto didático do professor diante de situações-problema, objetiva-se potencializar o processo de ensino-aprendizagem. Este tem duplo valor pedagógico:

- Desenvolver as habilidades e competências cognitivas pertinentes à metodologia de resolução de problemas em si;

- Contextualizar os conteúdos apreendidos durante esse processo educativo. Naturalmente, essa distinção é mais didática que ontológica, visto que a pesquisa corresponde a um projeto acadêmico e um projeto pode requerer ser alimentado por uma pesquisa. No entanto, tal distinção sugere, o que é importante notar, que a iniciação a projetos de resolução de situação-problema não precisa desenvolver-se apenas em cursos de pós-graduação, mas, ao contrário, seria bastante enriquecedora na ação docente do professor na educação básica.

COMPONENTES CURRICULARES

Os conteúdos curriculares da formação geral serão tratados na sua especificidade e no contexto do trabalho, como meio de produção de bens, de serviços e de conhecimentos;

Os conteúdos curriculares de preparação básica para o trabalho serão parte integrante do currículo do Ensino de nível fundamental II de forma a permitir uma habilitação profissional;

O grande desafio da educação é preparar o aluno para a sociedade, torná-lo ser pensante e habilitá-lo na solução de problemas reais. A consequência desta formação é a boa aceitação no mundo do trabalho, uma vez que alguém com ampla visão de mundo e hábil na utilização de seus conhecimentos na solução de problemas é amplamente aceito neste ambiente.

Nesta formação ampla, encontra-se a técnica profissional e a base nacional comum, ambas sem prioridades rigorosamente definidas. Este reducionismo que

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divide o mundo real em disciplinas acontece por uma questão didática, não prática. A visão holística é mais adequada, pois apregoa que a soma das partes é mais importante do que o todo, e sendo parte do processo educacional o aluno.

Portanto, o curso oferecido nesse projeto deve preparar o aluno para o mundo moderno, um mundo globalizado onde as desigualdades estão acirradas, que vão desde problemas de renda, respeito étnico-racial, de energia, meio ambiente e tecnologia descartável e culmina com desastres ambientais e, por conseguinte da sociedade humana. O curso deve propor esta reflexão integrando conteúdo e, sobretudo pessoas, em processos profundos de reflexão.

Como forma de facilitar a compreensão dos conteúdos científicos e sócio históricos, os Componentes Curriculares estão agrupados conforme as três áreas de conhecimentos gerais Códigos e Linguagens e suas tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias.

A área de códigos e linguagens é fundamental para que o estudante possa “compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação”.

A área de ciências da natureza, matemática e suas tecnologias são fundamentais para que o aluno possa “compreender e utilizar as ciências como elemento de interpretação e intervenção, e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático”.

A área de ciências humanas e suas tecnologias são fundamentais para que o estudante possa “construir a reflexão sobre as relações entre a tecnologia e a totalidade cultural redimensionando tanto a produção quanto a vivência cotidiana dos homens”.

A área de formação profissional é fundamental para que o estudante possa se habilitar no exercício de uma profissão.

O projeto é fundamental para a integração baseada na relação entre conhecimentos gerais e específicos construídos continuamente ao longo da

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formação, fundamentado na pesquisa como princípio educativo sob os eixos trabalho, ciência e cultura.

É importante destacar que as pretensões dessa proposta devem estar explicitadas no plano do componente curricular, nos quais devem ser observados também os preceitos legais pertinentes a conteúdos e temas a serem tratados obrigatoriamente pelas escolas brasileiras que envolvem questões étnicas, raciais, culturais, etc.

Curso em Auxiliar de Informática será desenvolvido com a carga horária mínima de 1733,3 horas, distribuída em 4 semestres, sendo que cada ano é constituído de 200 dias letivos e cada aula com duração de 50 minutos. A carga horária, como descrita na próxima seção (estrutura curricular) deste projeto pedagógico de curso, é composta por 1466,7 horas da parte da Base Nacional Comum Curricular, 233,3 horas de disciplinas da parte Específica Profissionalizante e 33,3 horas do Projeto Integrador, totalizando 266,7 horas da parte Qualificação Profissional. O aluno poderá optar por realizar o estágio, que é estabelecido de caráter optativo, com carga horária mínima de 150 horas para seu desenvolvimento.

O Estágio Supervisionado é considerado o ato educativo envolvendo diferentes atividades desenvolvidas no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do educando, relacionado à atuação como Auxiliar em Informática. Assim, o estágio objetiva o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e a contextualização curricular com foco no desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. O regulamento do estágio, como descrito à seguir, segue a normatização aprovada pela Portaria n.º 1204, de 11 de maio de 2011.

A disciplina de Projeto Integrador – PRI é um componente curricular que integra e contextualiza o conhecimento adquirido nas disciplinas de formação básica e profissionalizante, articulando teoria e a prática, com a valorização entre ensino, pesquisa (individual e coletiva) e extensão. O aluno deverá ser incentivado e orientado para o desenvolvimento das competências objetivadas, de forma a proporcionar a reflexão sobre a tomada de decisões com base na integração dos conteúdos ministrados a cada período letivo. O Projeto Integrador é dirigido e

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moldado pela Resolução CNE/CEB n. 06 de 20 de setembro de 2012, destacando-se os Artigos 20 e 21.

As disciplinas de Língua Brasileira de Sinais – LIB para que os alunos criem a consciência, o respeito e adquiram o conhecimento para a comunicação com os portadores de necessidades especiais e a disciplina de Ensino Religioso – REL para que os alunos valorizem a convivência com diferentes pessoas, respeitando a diversidade cultural e religiosa, são descritas na parte diversificada optativa do curso e ofertadas, conforme demanda e interesse de cada aluno, em qualquer um dos semestres do curso, sendo ministradas pela Instituição parceira. Possuem uma carga horária de 17 horas.

Na estrutura curricular as disciplinas que estiverem divididas em teórica e prática terão aulas práticas com turmas de 20 alunos.

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ESTRUTURA CURRICULAR

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

sem sem sem sem sem sem sem sem ART T 1 2 2 2 2 33 33 33 33 160 133,3 LPO T 1 4 4 4 4 67 67 67 67 320 266,7 EDU T 1 2 2 2 2 33 33 33 33 160 133,3 MATEMÁTICA MAT T 1 4 4 4 4 67 67 67 67 320 266,7 CIÊNCIAS DA NATUREZA CIE T 1 3 2 3 2 50 33 50 33 200 166,7 HIS T 1 2 3 2 3 33 50 33 50 200 166,7 GEO T 1 2 2 2 2 33 33 33 33 160 133,3 ING T 1 2 2 2 2 33 33 33 33 160 133,3 INF T/P 1 1 1 1 1 17 17 17 17 80 66,7 22 22 22 22 367 367 367 367 1760 1466,7 HSI T/P 2 4 0 0 0 67 0 0 0 80 66,7

Princípios de Redes de Computadores PRC T/P 1 0 2 0 0 0 33 0 0 40 33,3

ICI T/P 1 0 2 0 0 0 33 0 0 40 33,3

DCW T/P 2 0 0 4 0 0 0 67 0 80 66,7

Práticas Administrativas Informatizadas PAI T/P 1 0 0 0 2 0 0 0 33 40 33,3

PRI T/P 1 0 0 0 2 0 0 0 33 40 33,3

4 4 4 4 67 67 67 67 320 266,7

26 26 26 26 433 433 433 433 2080 1733,3 Formação Geral (Base Nacional Comum + Parte Diversificada Obrigatória) 1466,7 266,7 1733,3

REL T 1 20 17,0

LIB T 1 20 17,0

ESTÁGIO

SUPERVISIONADOEstágio Curricular Supervisionado (optativo) 150,0

CARGA HORÁRIA

TOTAL MÁXIMA Carga Horária Total Máxima

Desenvolvimento Criativo na Web

CIÊNCIAS HUMANAS

Parte Divers.Obrigatória

Língua Estrangeira Moderna - Inglês Informática Q U A L IF IC A Ç Ã O P R O F IS S IO N A

L Hardware e Suporte em Informática

Projeto Integrador

LINGUAGENS

Informação e Comunicação na Internet

Base Legal: Lei nº 9.394/1996, Decreto nº5.840/2006, Resolução CNE/CEB nº1/2000, Parecer CNE/CEB nº11/2000 e Resolução nº 40/2015 20

Aulas Resolução de autorização do Curso no IFSP, nº xxx de xxxx

Cód. Trat. Met.

Componente Curricular Total

aulas Carga Horária Mínima Obrigatória Criado pela Lei nº 11.892 de 29/12/2008.

1733,3

Câmpus Catanduva

EMES-FM Prof. Claudiomar Couto Criado pela Portaria Ministerial nº 120, de 29/01/2010.

Total Semestral de semanas Estrutura Curricular do Curso de Formação Inicial e Continuada em Auxiliar de Informática integrado ao Ensino Fundamental II

LINGUAGENS

Educação Física

Carga horária

Qualificação Profissional: Auxiliar de Informática

B A S E N A C IO N A L C O M U M Língua Portuguesa semanais ÁREAS Núm. Prof. Trat. Met. Libras Total horas

FORMAÇÃO GERAL = Sub Total I Ciências

História Geografia Matemática

FORMAÇÃO PROFISSIONALIZANTE = Sub Total II Arte

CARGA HORÁRIA TOTAL MÍNIMA OBRIGATÓRIA

Total de Aulas Semanais (Aulas de 50 minutos)

Aulas semanais Cód. PARTE DIVERSIFICADA OPTATIVA

Formação Profissional (Projeto Integrador + Parte Específica)

Componente Curricular Optativo

1 Núm. Prof. Total aulas Total horas Carga Horária Total Mínima Obrigatória

1917,3 Carga horária Ensino Religioso 1 17 17 Inserir aqui logo da instituição parceira

Referências

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