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Prova Escrita de Português

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Academic year: 2021

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Exames da PROVA DE RESUMOS.TK Iniciativa de

Autor: Francisco Cubal – Representante de Resumos.tk

Resumos.tk

Prova Escrita de Português

10.º Ano de Escolaridade

Prova Port10

9 Páginas

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2009

Este Exame serve de preparação para o Exame Nacional

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Não é permitido o uso de corrector. Em caso de engano, deve riscar, de forma inequívoca, aquilo que pretende que não seja classificado.

Não é permitido o uso de dicionário.

Escreva de forma legível a numeração dos grupos e/ou dos itens, bem como as respectivas respostas.

Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

As cotações dos itens encontram-se na última página.

Nos itens de resposta fechada, as respostas ilegíveis, ou em que apresente mais do que uma alternativa (ainda que inclua a correcta), são classificadas com zero pontos.

Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas, • o número do item;

• a letra identificativa da alternativa correcta.

Para responder aos itens de associação, escreva, na folha de respostas, • o número do item;

• o número identificativo de cada elemento da coluna A e a letra identificativa do único elemento da coluna B que lhe corresponde.

(2)

GRUPO I

A

Leia, atentamente, o seguinte poema, da autoria de Luís Vaz de Camões.

Linha 1

Linha 9

A fermosura desta fresca serra e a sombra dos verdes castanheiros, o manso caminhar destes ribeiros, donde toda a tristeza se desterra;

o rouco som do mar, a estranha terra, o esconder do sol pelos outeiros,

o recolher dos gados derradeiros, das nuvens pelo ar a branda guerra; enfim, tudo o que a rara natureza com tanta variedade nos of’rece, me está (se não te vejo) magoando. Sem ti, tudo me enoja e me aborrece; sem ti, perpetuamente estou passando, nas mores alegrias, mor tristeza.

Luís Vaz de Camões, Rimas, Livraria Almedina

Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.

1. O sujeito lírico, nas duas primeiras quadras, descreve a natureza.

Refira a função da natureza descrita.

2. O poeta exterioriza o seu estado de espírito. Caracterize-o e justifique a sua causa.

3. “Nas mores alegrias, mor tristeza”.(Linha 14)

Identifique e saliente a expressividade do recurso estilístico presente na frase transcrita do texto.

4. Analise formalmente o poema.

(3)

B

Comente a opinião, a seguir transcrita, partindo do seu conhecimento acerca da poesia lírica de Luís Vaz de Camões, e, incluindo uma reflexão sobre os actuais temas e assuntos abordados na poesia de Luís Vaz de Camões.

Escreva um texto de oitenta a cento e vinte palavras.

“Na sua poesia, Camões fala de amor, mas também fala de experiência e de razão e de conhecimento. E, pela maneira como fala, todos esses temas nos dizem respeito também a nós.”

Hélder Macedo, in Camões, nº 2/3, Set. a Dez. de 1980, Ed. Caminho

Observações

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2008/).

2. Um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido.

(4)
(5)

GRUPO II

Leia atentamente o texto que se segue.

Já não se sentou o padre Bartolomeu Lourenço, devagar aproximou-se da beira do rio, com Baltasar atrás, e ali, estando a um lado uma barca a descarregar palha em grandes panais que os mariolas transportavam às costas correndo equilibrados sobre a prancha, e a outro lado chegando-se duas escravas pretas a despejar para a água os calhandros de seus amos, o mijo e a merda do dia ou da semana, entre o natural cheiro da palha e o cheiro natural do excremento, disse o padre, Tenho sido a risada da corte e dos poetas, um deles, Tomás Pinto Brandão, chamou ao meu invento coisa de vento que se há-de acabar cedo, se não fosse a protecção de el-rei não sei o que seria de mim, mas el-rei acreditou na minha máquina e tem consentido que, na quinta do duque de Aveiro, a S. Sebastião da Pedreira, eu faça os meus experimentos, enfim já me deixam respirar um pouco os maldizentes, que chegaram ao ponto de desejar que eu partisse as pernas quando me lançasse do castelo, sendo certo que eu nunca tal coisa prometera, e que a minha arte tinha mais que ver com a jurisdição do Santo Ofício que com a geometria, Padre Bartolomeu Lourenço, eu destas coisas não entendo, fui homem do campo, soldado deixei de ser, e não creio que alguém possa voar sem lhe terem nascido asas, quem o contrário disser, entende tanto disso como de lagares de azeite, Esse gancho que tens no braço não o inventaste tu, foi preciso que alguém tivesse a necessidade e a ideia, que sem aquela esta não ocorre, juntasse o couro e o ferro, e também estes navios que vês no rio, houve um tempo em que não tiveram velas, e outro tempo foi o da invenção dos remos, outro o do leme, e, assim como o homem, bicho da terra, se fez marinheiro por necessidade, por necessidade se fará voador, Quem põe velas num barco está na água e na água fica, voar é sair da terra para o ar, onde não há chão que nos ampare os pés, Faremos como as aves, que tanto estão no céu como pousam na terra, Então foi por querer voar que conheceu a mãe de Blimunda, por ser de artes subtis, Ouvi dizer que ela tinha visões de ver pessoas voando com asas de pano, é certo que visões não falta por aí quem diga tê-las, mas havia tal verosimilhança no que me contavam, que discretamente a fui visitar um dia, e depois ganhei-lhe amizade, E chegou a saber o que queria, Não não cheguei, compreendi que o saber dela, se realmente o tinha, era outro saber, e que eu deveria perseverar contra a minha própria ignorância, sem ajudas, prouvera não me engane, Parece-me que estão na verdade aqueles que disseram que essa arte de voar se entendia mais com o Santo Ofício que com a geometria, se eu estivesse no vosso caso dobraria de cautelas, olhai que cárcere, degredo e fogueira costumam ser a paga desses excessos, mas disto sabe um padre mais do que um soldado, Tenho cuidado e não me faltam protecções, Lá virá o dia.

Tornaram sobre os passos, voltaram aos Remolares. Sete-Sóis fez menção de falar, retraiu-se, o padre deu pela hesitação, Queres-me dizer alguma coisa, Queria saber, padre Bartolomeu Lourenço, porque é que Blimunda sempre come pão antes de abrir os olhos pela manhã, Tens dormido com ela, Vivo lá, Repara que estão em pecado de concubinato, melhor seria casarem-se, Ela não quer, eu não sei se quereria, se um dia destes volto para a minha terra e ela prefere ficar em Lisboa, para quê casar, mas o que eu tinha perguntado, Porque come Blimunda pão antes de abrir os olhos de manhã, Sim, Se o vieres a saber um dia, será por ela, por mim não, Mas sabe a razão, Sei, E não ma diz, Só te direi que se trata de um grande mistério, voar é uma simples coisa comparando com Blimunda.

Andando e conversando, chegaram à estrebaria de um alquilador, na porta do Corpo Santo. O padre alugou uma mula, subiu para o albardão, Vou a S. Sebastião da Pedreira ver a minha máquina, queres tu vir comigo, a mula pode com os dois, Irei, mas a pé, que é o caminho da infantaria, És um homem natural, nem cascos de mula nem asas de passarola, É assim que se chama a sua máquina, perguntou Baltasar, e o padre respondeu, Assim lhe têm chamado por desprezo.

José Saramago, Memorial do Convento Fonte: http://www.esa.esaportugues.com/

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Prova Port10• Página 5/ 9

Seleccione, em cada um dos itens, a única alternativa que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

Escreva, na sua folha de respostas, o número de cada item, seguido da letra que identifica a alternativa correcta.

1. Os inventos nascem

(A) da junção do couro e do ferro. (B) de experimentos.

(C) da geometria.

(D) da junção da necessidade e da ideia.

2. O invento do padre Bartolomeu Lourenço foi chamado «coisa de vento» uma vez que

(A) ninguém acredita na sua invenção, à excepção do rei. (B) se há-de acabar cedo.

(C) el-rei acreditou na sua máquina. (D) ele tem sido a risada da corte.

3. Baltasar é um homem natural pois

(A) tem cuidado e não lhe faltam protecções. (B) é um homem da infantaria.

(C) prefere caminhar a ir de mula.

(D) prefere andar a pé a sair da terra para o ar, onde não há chão que nos ampare os pés, como num barco,

ou montar na mula.

4. Em “lhe têm chamado por desprezo.” (última linha), o constituinte “lhe” desempenha a função de

(A) complemento indirecto. (B) sujeito.

(C) complemento directo. (D) vocativo .

5. Em “Andando e conversando” (último parágrafo), o constituinte “andando” encontra-se na conjugação

(A) perifrástica. (B) pronominal reflexa. (C) pronominal recíproca. (D) nenhuma das anteriores.

(7)

6. Em “É assim que se chama a sua máquina, perguntou Baltazar, e o padre respondeu” (penúltima linha), o constituinte “’e’”, é

(A) uma conjunção coordenativa adversativa.

(B) uma conjunção coordenativa copulativa.

(C) uma conjunção subordinativa concessiva.

(D) uma conjunção subordinativa conclusiva.

7. Em “’O padre alugou uma mula, subiu para o albardão’” (último parágrafo), o constituinte “’subiu’” está conjugado no

(A) pretérito perfeito do indicativo.

(B) pretérito imperfeito do indicativo.

(C) pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

(D) futuro simples do indicativo.

8. Em “’Já não se sentou o padre Bartolomeu Lourenço’”, o constituinte “’sentou’” é (A) uma forma verbal de um verbo.

(B) um nome concreto.

(C) um advérbio.

(D) um nome abstracto.

9. Em “’devagar aproximou-se da beira do rio, com Baltasar atrás, e ali, estando a um lado uma barca a descarregar palha’”, o constituinte “’ali’” é

(A) um advérbio.

(B) um verbo.

(C) um nome comum.

(D) um pronome .

10. O autor deste texto

(A) é um poeta.

(B) tem nacionalidade brasileira.

(C) escreveu a obra “Felizmente há Luar!” (D) é o autor dos “Lusíadas”

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GRUPO III

Elabore um texto sobre as diferentes formas de terrorismo actuais a nível global, partindo da perspectiva exposta no excerto a seguir transcrito.

Estabeleça o seu ponto de vista em relação às causas do terrorismo, recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

Escreva um texto, devidamente estruturado, de duzentas a trezentas palavras.

“Terrorismo é um método que consiste no uso de violência, física ou psicológica, por indivíduos, ou grupos políticos, contra a ordem estabelecida através de um ataque a um governo ou à população que o legitimou, de modo que os estragos psicológicos ultrapassem largamente o círculo das vítimas para incluir o resto do território.”

http://pt.wikipedia.org/wiki

Observações

3. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2008/).

4. Um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido.

(9)

COTAÇÕES DA PROVA

GRUPO I ...

100 pontos

A.

1. ...

15 pontos

Conteúdo (9 pontos)

Organização e correcção linguística (6 pontos)

2. ...

20 pontos

Conteúdo (12 pontos)

Organização e correcção linguística (8 pontos)

3. ...

10 pontos

Conteúdo (6 pontos)

Organização e correcção linguística (4 pontos)

4. ...

20 pontos

Conteúdo (12 pontos)

Organização e correcção linguística (8 pontos)

5. ...

15 pontos

Conteúdo (9 pontos)

Organização e correcção linguística (6 pontos)

B. ...

20 pontos

Conteúdo (12 pontos)

Organização e correcção linguística (8 pontos)

GRUPO II ...

50 pontos 1. ... 5 pontos 2. ... 5 pontos 3. ... 5 pontos 4. ... 5 pontos 5. ... 5 pontos 6. ... 5 pontos 7. ... 5 pontos 8. ... 5 pontos 9. ... 5 pontos 10. ... 5 pontos

GRUPO III ...

50 pontos

Estruturação temática e discursiva ...

30 pontos Correcção Linguística ...

20 pontos

...

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