2008
RELATÓRIO
Í
NDICENOTA DE APRESENTAÇÃO 5 1. INTRODUÇÃO 7 1.1. ANÁLISE CONJUNTURAL 7 1.2. ORIENTAÇÕES PROSSEGUIDAS 8 2. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS E RECURSOS UTILIZADOS 9
2.1. ACTIVIDADES PROGRAMADAS DESENVOLVIDAS 9
2.1.1. ESTRATÉGIA 9
2.1.2. ACÇÕES PREVISTAS 12
2.1.3. COLABORAÇÕES 14
2.2. ACTIVIDADES NÃO PROGRAMADAS 15
2.3. RECURSOS UTILIZADOS 16
2.3.1. RECURSOS HUMANOS 16
2.3.2. RECURSOS FINANCEIROS E MATERIAIS 16
2.3.3. FORMAÇÃO 18
3. AVALIAÇÃO FINAL 21
3.1. AUTO‐AVALIAÇÃO 21
3.2. ANÁLISE GLOBAL DE EXECUÇÃO 25
3.3. AUDITORIA E INSPECÇÃO 26 3.3.1. AUDITORIA 28 3.3.2. INSPECÇÃO 39 3.4. FISCALIZAÇÃO 58 3.4.1. ENQUADRAMENTO E MEIOS 58 3.4.2. ACÇÕES REALIZADAS 59
3.5. ACÇÃO E AUDITORIA DISCIPLINARES 75
3.5.1. PROCESSOS MOVIMENTADOS NA ÁREA DA ACÇÃO E AUDITORIA DISCIPLINARES 76
3.5.2. PENAS DISCIPLINARES APLICADAS 79
3.5.3. REVISÃO DO MANUAL DE AUDITORIA DISCIPLINAR 80
3.6. GABINETE DO CIDADÃO/LIVRO DE RECLAMAÇÕES 80
3.7. SERVIÇO INFORMATIVO 89
3.8. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E PLANEAMENTO 92
3.9. MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO E AUSCULTAÇÃO DOS CLIENTES EXTERNOS E INTERNOS 95
Í
NDICE DEG
RÁFICOS EM
APASGRÁFICO 1 ‐ DESPESAS GLOBAIS ‐ 2008 ________________________________________________________ 18
GRÁFICO 2 ‐ FORMAÇÃO POR DOMÍNIOS PRIORITÁRIOS DE FORMAÇÃO – 2008 _____________________________ 19
GRÁFICO 3 ‐ EXISTÊNCIA DE COMISSÃO DE SHST NOS CENTROS HOSPITALARES / HOSPITAIS (%) __________________ 42
GRÁFICO 4 ‐ EXISTÊNCIA DE COMISSÃO DE SHST NAS UNIDADES DE SAÚDE DE CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS (%) ____ 43
GRÁFICOS 5 E 6 ‐ ACIDENTES > E < 3 DIAS AUSÊNCIA SERV. (2007), NOS C. HOSPIT/HOSPITAIS E NAS UNID SAÚDE C.S.P. 44
GRÁFICOS 7 E 8 ‐ TOTAL DE EXAMES DE SAÚDE NOS C. HOSPIT/HOSPITAIS E NAS UNID SAÚDE C.S.P. ______________ 45
GRÁFICO 9 ‐ % DE ENTIDADES COM MACAS SEM GRADES – DADOS NACIONAIS _______________________________ 46 GRÁFICO 10 ‐ VARIAÇÃO N.º C. SAÚDE COM CONSULTAS DE CESSAÇÃO TABÁGICA ‐ 2007 E 1.º SEM. 2008 __________ 50
GRÁFICO 11 ‐ PARTOS, POR TIPO DE PARTO, NO TRIÉNIO 2005‐2007 ____________________________________ 66 GRÁFICO 12 ‐ % DE CESARIANAS NO TRIÉNIO 2005‐2007 ____________________________________________ 66
GRÁFICO 13 ‐ IVG EFECTUADAS, DE JUL. 2007 A AGOSTO DE 2008 _____________________________________ 71 GRÁFICO 14 ‐ TOTAL DE RECLAMAÇÕES NO SNS, NO ÚLTIMO TRIÉNIO ____________________________________ 82
GRÁFICO 15 ‐ TOTAL DE RECLAMAÇÕES POR REGIÃO DE SAÚDE (2006‐2008) ______________________________ 83 GRÁFICOS 16 E 17 ‐ ÁREAS FUNCIONAIS VISADAS NAS RECLAMAÇÕES – HOSPITAIS (TOTAL) – 2008 _______________ 85
GRÁFICOS 18 E 19 ‐ ÁREAS FUNCIONAIS VISADAS NAS RECLAMAÇÕES – ARS (TOTAL) – 2008 ___________________ 86
GRÁFICO 20 ‐ % RECLAMAÇÕES POR GRUPOS PROFISSIONAIS (HOSPITAIS ‐ 2008) ___________________________ 87
GRÁFICO 21 ‐ % RECLAMAÇÕES POR GRUPOS PROFISSIONAIS (CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS ARS – 2008) ________ 87
GRÁFICO 22 ‐ % RECLAMAÇÕES POR GRUPOS PROFISSIONAIS (TOTAL CONTINENTAL – 2008) ____________________ 88
GRÁFICO 23 ‐ % ELOGIOS POR GRUPOS PROFISSIONAIS (HOSPITAIS E EX‐SRS – 2008) ________________________ 88
GRÁFICO 24 ‐ ORIGEM DOS PEDIDOS (%) – 2008 __________________________________________________ 89 Gráfico 25 ‐ TIPO DE PEDIDOS (%) ‐ 2008 _____________________________________________________ 90
GRÁFICO 26 – ENCAMINHAMENTO DOS PEDIDOS (%) ‐ 2008 __________________________________________ 91 GRÁFICO 27 ‐ Nº DE ACESSOS AO SÍTIO DA IGAS ‐ 2008 _____________________________________________ 94
MAPA 1 ‐ DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA ACÇÃO NO ÂMBITO DO RIAP II _________________________________ 37
MAPA 2 ‐ TRANSPORTE DE DOENTES – INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS ______________________________________ 56
I
NDICE DEQ
UADROSQUADRO 1 ‐ RECURSOS HUMANOS ‐ 2008 ______________________________________________________ 16
QUADRO 2 – ACTIVIDADE OPERACIONAL ‐ 2008 __________________________________________________ 17
QUADRO 3 ‐ APOIO TÉCNICO E PROCESSUAL E SECRETARIADO ‐ 2008 ____________________________________ 17
QUADRO 4 – APOIO ADMINISTRATIVO – 2008 ___________________________________________________ 17
QUADRO 5 ‐ DIRECÇÃO E OUTRAS DESPESAS COMUNS – 2008 ________________________________________ 17 QUADRO 6 ‐ DESPESAS GLOBAIS – 2008 _______________________________________________________ 18 QUADRO 7 ‐ INDICADORES DE GESTÃO DA FORMAÇÃO – 2008 ________________________________________ 19 QUADRO 8 ‐ Actividade Global da IGAS ‐ 2008 _______________________________________________ 25 QUADRO 9 ‐ MOVIMENTO PROCESSUAL NAS ÁREAS DE AUDITORIA E DE INSPECÇÃO ‐ 2008 ____________________ 27 QUADRO 10 ‐ RECURSOS UTILIZADOS E RESULTADOS ALCANÇADOS ________________________________________ 28
QUADRO 11 ‐ DEFICIÊNCIAS DETECTADAS ________________________________________________________ 29
QUADRO 12 ‐ QUADRO RESUMO – DISTRIBUIÇÃO REGIONAL _________________________________________ 33
QUADRO 13 ‐ VALOR TOTAL PATRIMONIAL DOS PRÉDIOS PRÓPRIOS INSCRITOS DGCI (2007)/ __________________ 34
QUADRO 14 ‐ LISTAS DE ESPERA PARA PRIMEIRAS CONSULTAS ________________________________________ 39
Quadro 15 ‐ ARS – UTENTES EM LISTAS DE ESPERA A 31.12.07 ______________________________________ 40
QUADRO 16 ‐ ORGANIZAÇÃO, GESTÃO E ACOMPANHAMENTO DA ACTIVIDADE CIRÚRGICA _____________________ 41
QUADRO 17 ‐ EXISTÊNCIA DE COMISSÃO DE SHST NOS CENTROS HOSPITALARES / HOSPITAIS ___________________ 42
QUADRO 18 ‐ EXISTÊNCIA DE COMISSÃO DE SHST NAS UNIDADES DE SAÚDE DE CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS _____ 43
QUADRO 19 – VALORES COBRADOS POR TIPO DE TAXA ‐ 2006 ‐ 2008 __________________________________ 52
QUADRO 20 – TRANSPORTE DE DOENTES – INSTITUIÇÕES AUDITADAS ___________________________________ 56
QUADRO 21 ‐ INTERVENÇÃO DE MÉDICOS PERITOS EM ACÇÕES DE FISCALIZAÇÃO DA IGAS – 2008 _______________ 58 QUADRO 22 ‐ ACÇÕES DE FISCALIZAÇÃO REALIZADAS PELA IGAS – 2008 __________________________________ 59 QUADRO 23 – TITULAÇÃO PROFISSIONAL NOS OPERADORES DE RADIOLOGIA FISCALIZADOS _____________________ 67 QUADRO 24 – SITUAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS NOS OPERADORES DE RADIOLOGIA FISCALIZADOS _________________ 68 QUADRO 25 – TITULAÇÃO PROFISSIONAL NOS OPERADORES DE PATOLOGIA CLÍNICA FISCALIZADOS ________________ 68 QUADRO 26 – SITUAÇÃO DO LICENCIAMENTO DOS OPERADORES DE PATOLOGIA CLÍNICA FISCALIZADOS ____________ 69 QUADRO 27 – TITULAÇÃO PROFISSIONAL NOS OPERADORES DE MFR FISCALIZADOS __________________________ 69 QUADRO 28 – SITUAÇÃO DO LICENCIAMENTO DOS OPERADORES DE MFR FISCALIZADOS _______________________ 70
QUADRO 29 – PARTICIPAÇÕES, POR ASSUNTO, VISANDO UPS ‐ 2008 ___________________________________ 75
QUADRO 30 – MOVIMENTO PROCESSUAL NA ÁREA DISCIPLINAR ‐ 2008 _________________________________ 76
QUADRO 31 – PEÇAS PROCESSUAIS RELEVANTES ‐ 2008 ____________________________________________ 77
QUADRO 32 – MOVIMENTO DA ACTIVIDADE PERICIAL DA IGAS ‐ 2008 __________________________________ 77
QUADRO 33 – PERITAGENS MÉDICAS REALIZADAS POR PERITOS EXTERNOS (POR ESPECIALIDADE) ‐ 2008 ___________ 78
QUADRO 34 ‐ PENAS DISCIPLINARES APLICADAS PELA IGAS, POR TIPO DE ILÍCITO ‐ 2008 ______________________ 79
QUADRO 35 – PROVENIÊNCIA DAS RECLAMAÇÕES POR REGIÃO DE SAÚDE (2006‐2008) ______________________ 82
QUADRO 36 – ‰ ACTIVIDADE ASSISTENCIAL/RECLAMAÇÕES – ARS (CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS) – 2008 ______ 83
QUADRO 37 – ‰ ACTIVIDADE ASSISTENCIAL/RECLAMAÇÕES – HOSPITAIS – 2008 __________________________ 84
QUADRO 38 ‐ Nº DE PEDIDOS – RESUMO GLOBAL 2007/2008 _______________________________________ 89
QUADRO 39 ‐ ORIGEM DOS PEDIDOS (2008) E EVOLUÇÃO 2007/2008 __________________________________ 89 QUADRO 40 ‐ TIPO DE PEDIDOS (2008) E EVOLUÇÃO 2007/2008 _____________________________________ 90 QUADRO 41 ‐ ENCAMINHAMENTO DOS PEDIDOS (2008) E EVOLUÇÃO 2007/2008 __________________________ 90 QUADRO 42 ‐ CLASSIFICAÇÃO DE PASTAS (ARQUIVO TÉCNICO DOCUMENTAL) ‐ 2008 _________________________ 92 QUADRO 43 ‐ REQUISIÇÃO E CONSULTA DE FONTE DE INFORMAÇÃO EM 2008 COMPARATIVAMENTE COM 2007 ______ 92
N
OTA DEA
PRESENTAÇÃOara cumprimento da sua missão, a Inspecção‐Geral das Actividades em Saúde, contou em 2008, na sua actividade operacional com 40 inspectores.
Apesar dos escassos recursos humanos disponíveis, concomitantemente com o alar‐ gamento do seu âmbito de actuação, em virtude da nova Lei Orgânica, a Inspecção Geral das Actividades em Saúde, de acordo com as suas linhas de estratégia, desenvol‐ veu inúmeras intervenções, optando por uma perspectiva proactiva, com incremento do binómio utente/interesse público. Com as auditorias, realizadas ao abrigo do n.º 2 do art.º 62º da Lei de Enquadramento Orçamental (LEO), visando avaliar os sistemas e os procedimentos de controlo interno das operações de execu‐ ção do Orçamento do Estado, adveio um impacto financeiro que rondou os 65 Milhões de Euros. Melhorou‐se o conhecimento do património afecto às diferentes ARS, procedendo‐se, a par da avaliação do carácter fidedigno da generalidade das informações prestadas pelas SRS no âmbito do RIAP II, à verificação física de mais de 5% do total dos imóveis identificados com base nas fichas do RIAP, correspondendo a 125 verificações físicas de instalações. As 5 acções inspectivas concluídas espelham, no geral, o reconhecimento de que a inventariação completa dos bens imóveis do domínio privado dos Institutos Públicos constitui uma necessidade premente para a boa gestão do património imobiliário público.
O ano de 2008 foi decisivo e de verdadeiro arranque no sentido da concretização da missão e das atribuições conferidas pela nova Lei Orgânica, que estendeu às entidades privadas o seu âmbito de actuação, através da fiscalização aos operadores privados, de modo a assegurar em todos os sectores de actividade, o cumprimento da Lei e elevados níveis de actuação. Sem histó‐ rico na área, a carecer de desenvolvimento legislativo no tocante à vertente contra‐ordenacional e com reduzidos meios, a IGAS deu resposta às novas exigências, graças ao envolvimento e coo‐ peração de todos quantos nela participaram.
Nas vertentes disciplinar e pré‐disciplinar, a IGAS prosseguiu laboriosamente a tramitação de múltiplas acções, tendo em vista dar resposta às frequentes solicitações dos utentes, cidadãos em geral, instituições e entidades do SNS, Gabinete Ministerial e Tribunais. Em termos organizacionais, a par da implementação de quatro equipas multidisciplinares (audi‐ toria, inspecção, acção disciplinar e fiscalização), a criação da Divisão de Sistemas de Informação e Planeamento traduziu‐se num importante contributo para uma perspectiva de Modernização Administrativa e de Valor para a IGAS e para todos os stakeholders da Inspecção‐Geral.
Finalmente, foi criado o sítio da igas www.igas.min‐saude.pt, com um cariz institucional e uma
abordagem direccionada fundamentalmente para o utilizador. Os novos desafios colocados à IGAS no ano de 2008 foram superados, devido à atitude, ao pro‐ fissionalismo e a um enérgico envolvimento colectivo. Inspecção‐Geral das Actividades em Saúde, 30 de Março de 2009 O Inspector‐Geral
Fernando César Augusto
P
1. I
NTRODUÇÃO1.1. ANÁLISE CONJUNTURAL
Vários factores influenciaram conjunturalmente a actividade da IGAS durante o ano de 2008. Como mais relevantes, refere‐se a mediatização dos temas da saúde, a crescente "cultura de controlo" e as reformas em curso na Administração Pública em geral e no sector da saúde em particular.
A mediatização dos temas da saúde, vivida nos últimos anos e que se tem mantido, aliada a uma maior consciencialização, por parte dos utentes do sistema de saúde, dos seus direitos e dos mecanismos legais para a sua defesa e garantia, designadamente, o sistema de queixas e recla‐ mações, tem originado progressivos acréscimos no volume de pedidos de intervenção da IGAS. No que se refere à crescente "cultura de controlo" na Administração Pública, assume particular relevo a actuação inspectiva da IGAS orientada para o controlo da boa gestão financeira das entidades públicas do sistema de saúde. Esta actuação da IGAS, enquanto órgão de controlo sectorial, insere‐se no SCI ‐ Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Estado, criado pelo DL n.º 166/98, de 25/06, onde a IGAS tem uma responsabilidade acrescida em virtu‐ de do volume que a despesa da saúde assume no Orçamento do Estado.
Neste sentido, numa perspectiva do controlo financeiro e patrimonial, a IGAS levou a cabo acções relevantes, como as auditorias realizadas ao abrigo do n.º 2 do artigo 62.º da Lei do Enquadramento Orçamental a quatro entidades tuteladas pelo Ministério da Saúde (também incluídas no plano do SCI para 2008), as auditorias às informações prestadas ao Instituto Nacio‐ nal de Estatística pelas dezoito ex‐Sub‐Regiões de Saúde no âmbito do 2º Recenseamento dos Imóveis da Administração Pública e a conclusão da intervenção à facturação dos serviços presta‐ dos por “Transporte de doentes (2.ª fase) ”, realizada junto de vinte e duas instituições, abran‐ gendo treze estabelecimentos hospitalares e nove serviços regionais.
Em termos de reforma da Administração Pública, deve referir‐se o envolvimento da IGAS nos trabalhos desenvolvidos pela Secção Especializada de Avaliação de Serviços (SEAV), designada‐ mente na preparação do documento a apresentar ao Governo sobre a política de hetero‐ avaliação por parte do SCI. Em termos de reformas no sector da saúde, mais especificamente no SNS, com repercussão ao nível do enquadramento da actividade desenvolvida pela IGAS em 2008, refere‐se a reestrutura‐ ção em curso, ao nível dos cuidados primários, com o processo de extinção das Sub‐Regiões de Saúde e de criação dos Agrupamentos de Centros de Saúde, a continuação da reorganização, ao nível dos cuidados diferenciados, com a agregação de diversos hospitais em centros hospitala‐ res, a continuação da transformação de hospitais em entidades públicas empresariais ‐ Hospi‐
tais, E.P.E. – (financiados com base em contratos‐programa anuais), a criação de Unidades Locais
de Saúde integrando a prestação de cuidados primários e de cuidados hospitalares, a reorgani‐ zação dos serviços de urgência, com a criação de Serviços de Urgência Básica, bem como o desenvolvimento da rede nacional de cuidados continuados. Manteve‐se a colaboração da IGAS com diversas entidades, particularmente, com os Gabinetes Governamentais da Saúde, os Serviços Centrais do Ministério da Saúde, os estabelecimentos e serviços do SNS, o Ministério Público, os Tribunais, a Provedoria de Justiça, as ordens profissio‐ nais, os sindicatos, as Regiões Autónomas e outras entidades inspectivas, particularmente com a Inspecção‐Geral de Finanças e a IRAS ‐ Inspecção‐Regional dos Assuntos Sociais da RAM. Por outro lado, tendo em conta que a fraude e corrupção na saúde têm especificidades comuns nos países europeus, adquirindo até um carácter transnacional, é de referir também que a IGAS se tornou membro efectivo da European Healthcare Fraud and Corruption Network e, nessa qua‐
lidade, participou na 5rd European Healthcare Fraud and Corruption Network Conference and General Assembly, realizada em Malta, bem como em três outras acções de formação, coopera‐ ção e de partilha de informação, com os seus congéneres europeus, sobre diversos temas rele‐ vantes para a prevenção e a luta antifraude no sector da saúde. 1.2. ORIENTAÇÕES PROSSEGUIDAS
No ano de 2008, mantiveram‐se diversas orientações, já definidas em anos anteriores, como sejam, a realização de intervenções de natureza transversal abrangendo a totalidade dos estabe‐ lecimentos e serviços do SNS, o Serviço de Atendimento na IGAS, a triagem criteriosa de instau‐ ração de processos de natureza disciplinar, intervenções envolvendo organismos centrais e insti‐ tuições do Ministério da Saúde (Alto Comissariado da Saúde, Direcção‐Geral da Saúde, Unidade de Missão para a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, Unidade de Missão para os Cuida‐ dos de Saúde Continuados, Autoridade para os Serviços de Sangue e de Transplantação, INEM, INFARMED e IPS). A IGAS deu ainda especial atenção:
− ao incremento de auditorias técnicas, prosseguindo as já anteriormente iniciadas em
áreas como as da diálise, do controlo da infecção hospitalar e das auditorias clínicas, e avançando para novas áreas, como a dos serviços de sangue;
− à extensão da sua actuação junto das entidades privadas de saúde, através da fiscaliza‐
ção dos operadores privados;
− à celeridade na sua actuação, em termos de instrução dos processos;
− à formação dos seus recursos humanos, com incidência na actualização dos conheci‐
mentos e técnicas de trabalho dos inspectores e do pessoal de apoio (administrativo e de informática); − à operacionalização da estrutura prevista na actual Lei Orgânica, através da implemen‐ tação de quatro equipas multidisciplinares (auditoria, inspecção, fiscalização e acção dis‐ ciplinar) e da criação da Divisão de Sistemas de Informação e Planeamento de Apoio e da Divisão de Apoio Administrativo e Processual; − à padronização dos seus instrumentos de trabalho (manuais e guiões para a realização das suas intervenções, concretamente, auditorias, inspecções e acções de fiscalização); − à modernização do Apoio Técnico, relevando a criação do sítio na internet e a melhoria das aplicações informáticas para a gestão de processos, designadamente, para a recolha e tratamento de informação no âmbito de acções inspectivas.
2. A
CTIVIDADESD
ESENVOLVIDAS ER
ECURSOSU
TILIZADOS2.1. ACTIVIDADES PROGRAMADAS DESENVOLVIDAS
2.1.1. ESTRATÉGIA A IGAS tem como missão o exercício da função inspectiva em nome da tutela da área da saúde. As suas competências desdobram‐se em quatro vertentes fundamentais: − a de auditoria, com realização de auditorias financeiras, ao desempenho organizacional, de sistemas e técnicas, em relação às instituições, serviços e profissionais integrados no sistema de saúde; − a de inspecção, para verificação do cumprimento da lei ou de orientações aplicáveis, em relação às entidades do sector público ou privado, integradas ou não no sistema de saú‐ de; − a de fiscalização, para verificação da legalidade e regularidade das actividades e presta‐ ções de saúde desenvolvidas por entidades privadas;
− a da acção disciplinar, relativamente a funcionários ou agentes de estabelecimentos e
serviços do SNS ou do MS, mediante a instrução de processos de averiguações, inquéri‐ to, disciplinares e sindicância, instaurados ou autuados pelo Inspector‐Geral.
Na planificação da sua actividade para 2008, e no tocante às áreas de inspecção, auditoria e
fiscalização, a IGAS optou, em termos de estratégia, e numa linha de continuidade com a estra‐
tégia seguida em anos anteriores, baseada nas Grandes Opções do Plano, por acções especial‐ mente direccionadas em dois sentidos: o da acessibilidade, segurança e qualidade do atendi‐
mento e o da sustentabilidade da despesa para o SNS e o cidadão, através do controlo financei‐ ro e patrimonial nos estabelecimentos e serviços do Ministério da Saúde ou por este tutelados. No que respeita à acessibilidade, deu‐se prioridade à verificação do acesso aos cuidados de saú‐ de prestados pelos estabelecimentos do SNS e respectivos tempos de espera (alínea f) do artigo 4.º da Lei n.º 41/2007, de 24 de Agosto), concretamente, através de intervenções sobre: − listas de espera para primeiras consultas hospitalares (follow‐ up); − serviços de cirurgia plástica reconstrutiva e da cirurgia maxilo‐facial. Quanto à segurança e à efectiva gestão do risco no sistema de saúde bem como à qualidade e ganhos em saúde, as principais intervenções previstas incidiram nos seguintes domínios: − cumprimento das novas normas sobre o tabaco; − condições de segurança, higiene e saúde no trabalho existentes nos estabelecimentos e serviços do SNS; − funcionamento das comissões de controlo da infecção nos estabelecimentos hospitala‐ res públicos e privados; − monitorização do erro médico e acções judiciais com pedido de indemnização por defi‐ ciente assistência médica;
− condições de funcionamento de unidades privadas de saúde, em aspectos cujos requisi‐ tos específicos devam obedecer a licenciamento, seguindo o “rasto” das quei‐ xas/denúncias/reclamações;
− alargamento da acção de fiscalização em CNNP (centros de nascimento não públicos) a
outras unidades privadas não incluídas no estudo da ERS;
− intervenção, ao abrigo do artigo 23.º da Portaria n.º 741‐A/2007, de 21 de Junho, em
estabelecimentos oficialmente reconhecidos onde se realizem interrupções voluntárias da gravidez; − acções globais de fiscalização, junto de operadores privados da saúde. No tocante à sustentabilidade da despesa, através do controlo financeiro e patrimonial, as prin‐ cipais acções previstas incidiram sobre:
− o sistema de controlo interno de 4 instituições tuteladas pelo Ministério da Saúde e
efectuadas ao abrigo do n.º 2 do artigo 62.º da Lei de Enquadramento Orçamental;
− o património imobiliário do Estado no sector da saúde, através de auditorias às informa‐
ções prestadas pelos serviços regionais de saúde, no âmbito do RIAP II;
− a facturação dos serviços prestados pelo transporte de doentes, incluindo a verificação
da efectiva realização dos serviços prestados;
− a execução de acordos com entidades dos sectores privado e social para prestação de
cuidados de saúde continuados.
Na área de acção e auditoria disciplinares, previu:
a) A realização de auditorias disciplinares nos estabelecimentos do SNS, com o objectivo de sensibilizar os gestores e dirigentes para o exercício, por si próprios, das respectivas competências nesta matéria, bem como de contribuir para o aperfeiçoamento técnico da actividade instrutória; b) Recorrer com maior parcimónia à iniciativa de instauração de processos de natureza dis‐ ciplinar por parte da Inspecção‐Geral, por forma a libertar alguns recursos humanos para outras acções igualmente importantes em termos de vocação de um organismo inspec‐ tivo, salvaguardando sempre o acompanhamento da instrução processual a desenvolver pelos próprios estabelecimentos do SNS; c) Em termos de gestão da sua iniciativa na instauração de processos de natureza discipli‐ nar, privilegiar as seguintes situações:
− processos decorrentes de acções inspectivas ou de auditoria levadas a cabo pela
IGAS;
− processos em que fossem visados ou arguidos elementos do grupo de pessoal diri‐
gente;
− processos resultantes de participações que se prendessem com indiciadas infrac‐
ções graves de natureza económico‐financeira;
− processos relacionados com assistência médica e hospitalar em que tivesse ocorrido
morte ou lesões com sequelas graves;
d) Nos processos de natureza disciplinar a instaurar pela IGAS, e desde que tal se mostrasse viável, proceder à nomeação de instrutores exteriores à IGAS, de entre juristas de estabele‐ cimentos do SNS com experiência na matéria, e com acompanhamento da instrução por um inspector.
Em consonância com os seus objectivos estratégicos – melhorar a eficácia na sua actuação, incrementar eficiência nas acções desenvolvidas e contribuir com serviços de melhor qualidade, a IGAS definiu objectivos operacionais e metas concretas a atingir em 2008, tendentes a alargar o seu campo de actuação, concretamente:
‐ aumentar em 5% o volume de fluxos financeiros controlados com as auditorias previstas no artigo 62.º da LEO;
‐ auditar 5% das informações relativas ao imobilizado afecto ou privativo prestadas pelas ARS, no âmbito do RIAP II;
‐ efectuar 2 acções de fiscalização junto dos operadores privados de saúde, abrangendo, em simultâneo, 10 operadores em cada uma delas;
‐ efectuar 5 acções inspectivas de âmbito nacional, relacionadas com a garantia e a qualidade dos cuidados de saúde e com a obtenção de ganhos em saúde.
De modo a potenciar os resultados a alcançar com a sua actuação, a IGAS definiu igualmente objectivos operacionais e metas a atingir em 2008 conducentes à modernização dos meios de apoio técnico às suas actividades operacionais, através:
− da padronização dos procedimentos técnicos utilizados nas acções inspectivas, com ela‐
boração e revisão/actualização de guiões e manuais;
− da informatização da recolha e tratamento da informação das acções inspectivas de
âmbito nacional; − da melhoria do sistema de monitorização e de recolha de informação para apoio à ges‐ tão; − e da qualificação adequada dos seus recursos humanos. No âmbito de outras áreas de particular interesse:
− manteve‐se o Serviço Informativo implementado na Inspecção‐Geral, com o objectivo
de, uma forma convenientemente organizada, garantir aos utentes da IGAS um atendi‐ mento, esclarecimento e eventual encaminhamento pertinente, tendo em conta as questões colocadas;
− bem como os esforços no sentido da adequação/actualização dos meios logísticos da
IGAS em matéria de informática, com relevo para a criação de sítio na internet.
Em termos de colaboração interinstitucional, a IGAS previu manter a colaboração tradicional com os demais organismos do Ministério da Saúde (particularmente, a Secretaria‐Geral, o Alto Comissariado da Saúde, a DGS, a ACSS e as Unidades de Missão), as Regiões Autónomas (inclusi‐ ve ao abrigo de um protocolo específico com a Inspecção Regional dos Assuntos Sociais da RAM), o Ministério Público, os Tribunais, a Provedoria de Justiça, as ordens profissionais e os sindicatos, o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural e com as diversas ins‐ pecções‐gerais, particularmente com a IGF e as demais que, no âmbito do SCI, prosseguem o controlo das funções sociais do Estado.
2.1.2. ACÇÕES PREVISTAS ÁREAS PROJECTOS/ACÇÕES 1 AUDITORIAS Efectuar, ao abrigo do n.º 2 do artigo 62.º da Lei de Enquadramento Orçamental (Lei n.º 91/2001, de 20/8, republicada pela Lei n.º 48/2004, de 24/8), quatro auditorias financeiras (ao exercício de 2007), sendo três em estabelecimentos hospitalares e uma num serviço central do Ministério da Saúde, a seleccionar de acordo com uma pertinente análise de risco;
Efectuar, ao abrigo do n.º 1 do artigo 62.º da Lei de Enquadramento Orçamental, uma auditoria de desempenho num estabelecimento hospitalar, a seleccionar mediante análise de risco a definir pela IGAS;
Auditoria à execução de acordos com entidades dos sectores privado e social para prestação de cuida‐ dos de saúde continuados (DL n.º 101/2006, de 6/6) – articulação com a Unidade de Missão;
Auditoria a serviços de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva;
Auditoria à execução do estabelecido na Portaria n.º 155/2007, de 31/1 (Código Nacional Hospitalar do Medicamento), em termos de informação sobre o consumo de medicamentos – articulação com o INFARMED;
Auditoria à prestação de informações no âmbito do Recenseamento dos Imóveis da Administração Pública II; Auditoria a projectos de instalação de infra‐estruturas de redes, co‐financiados pelos Quadros Comuni‐ tários de Apoio, em serviços e estabelecimentos das Administrações Regionais de Saúde. 2 INSPECÇÕES Intervenção, ao abrigo da alínea f) do artigo 4.º da Lei n.º 41/2007 de 24 de Agosto, sobre o acesso aos cuidados de saúde prestados pelos estabelecimentos do SNS e do sector convencionado e respectivos tempos de espera; Inspecção Temática à actividade cirúrgica desenvolvida em serviços de urgência hospitalares; Inspecção à Organização e Funcionamento dos Centros de Saúde; Inspecção ao funcionamento das Comissões de Controlo da Infecção nos estabelecimentos hospitala‐ res públicos e privados (cumprimento da Circular Normativa nº 18/DSQC/DSC, de 15 de Outubro de 2007, da Direcção‐Geral da Saúde) – articulação com a DGS;
Inspecção junto dos prestadores de cuidados de saúde, públicos e privados, relativamente às medidas
adoptadas na sequência das novas normas sobre o tabaco – articulação com a DGS;
Inspecção, junto dos estabelecimentos do SNS, sobre higiene e segurança no trabalho ‐ Resolução do Conselho de Ministros 157/2005, de 12/10 (Linhas de acção prioritárias para os cuidados de saúde primários); Intervenção sobre a monitorização do erro médico e acções judiciais com pedido de indemnização por deficiente assistência médica; Acção junto dos serviços com competências no licenciamento das unidades privadas de saúde; Inspecção temática sobre o Transporte de Doentes (2ª Fase), incluindo a verificação da efectiva reali‐ zação dos serviços prestados – alargamento da amostra em instituições do Serviço Nacional de Saúde; Aquisição, gestão e aplicação de materiais em procedimentos cirúrgicos de ortopedia – próteses, orto‐ deses e material de osteosíntese.
ÁREAS PROJECTOS/ACÇÕES
3
FISCALIZAÇÃO
Intervir junto de entidades privadas, em função de eventuais queixas apresentadas, de que a IGAS tenha conhecimento, para verificação das condições de funcionamento em aspectos cujos requisitos específicos devam obedecer a licenciamento (v. g., titulação profissional dos TDT e dos odontologistas) – seguir o “rasto” das queixas/denúncias/reclamações; Alargamento da acção de fiscalização em CNNP (centros de nascimento não públicos) a outras unida‐ des privadas não incluídas no estudo da ERS; Efectuar, ao abrigo do artigo 23.º da Portaria n.º 741‐A/2007, de 21 de Junho, uma intervenção junto dos estabelecimentos oficialmente reconhecidos nos quais se realizem interrupções voluntárias da gravidez; Efectuar duas acções globais junto de operadores privados da saúde, abrangendo, na mesma data (e sem aviso prévio), 10 operadores em cada uma delas. 4 ACÇÃO E AUDITORIA DISC IPL INAR ES
A realização de quatro auditorias disciplinares, sendo três em estabelecimentos hospitalares e uma num serviço central do MS, de modo a contribuir para uma cada vez maior autonomia e auto‐ suficiência dos estabelecimentos e serviços neste âmbito; Um desenvolvimento da actividade investigatória, no qual se privilegie as situações de maior gravidade ou melindre, designadamente quando forem visados elementos do grupo de pessoal dirigente, quando houver indícios de fraude e corrupção ou de negligência grave na assistência prestada; A continuação da realização de acções de formação e de sensibilização junto dos estabelecimentos e serviços do SNS sobre o exercício da acção disciplinar. 5 REFOR Ç O E QU ALIFICAÇÃO DO S RECURSOS HUMANO S Promoção dos procedimentos concursais necessários para o preenchimento das chefias de duas uni‐ dades orgânicas flexíveis e para o recrutamento de inspectores, técnicos superiores e de informática, previstos no mapa de pessoal para 2008, a aprovar por despacho conjunto dos Ministros da Saúde e de Estado e das Finanças; Qualificação dos recursos humanos, visando a formação inicial dos novos funcionários e a requalifica‐ ção dos actuais, em particular, do seu corpo inspectivo (privilegiando‐se, nas acções a frequentar pelos inspectores, as áreas de formação alinhadas com a modernização da Administração Pública, dando‐se prioridade às competências necessárias para a realização de auditorias financeiras e do desempenho organizacional, às tecnologias de informação e ao direito contra‐ordenacional); Conferências sobre saúde – prosseguindo em 2008, na sequência do realizado em anos anteriores, as conferências sobre temas relevantes para a actividade inspectiva na área da saúde. 6 MELH ORIA DO S SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Aperfeiçoamento da aplicação informática para a gestão dos processos (SINGAP) ‐ disponibilização de informação pertinente para a gestão da IGAS, nomeadamente para o controlo da marcha dos proces‐ sos e a elaboração automática de estatísticas;
Criação de um site próprio na Internet, onde passará a disponibilizar um conjunto de informações, atinentes às suas atribuições e actividades desenvolvidas, passíveis de divulgação;
A optimização do funcionamento do sistema informático existente, com particular incidência na melhoria do funcionamento e da segurança da rede interna, bem como no reforço e actualização dos equipamentos, concretamente a aquisição de computadores portáteis para os novos inspectores e a substituição de equipamentos obsoletos.
ÁREAS PROJECTOS/ACÇÕES 7 SERVIÇO INFORMA ‐ TIVO Serviço informativo. 6 SISTEMA SIM ‐CIDAD Ã O
Acompanhamento do movimento de reclamações introduzidas no sistema SIM‐Cidadão, particular‐ mente, no tocante às que motivarem a instauração de procedimentos de natureza disciplinar ou a participação ao Ministério Público, bem como as que forem objecto de desistência por parte dos reclamantes.
2.1.3. COLABORAÇÕES
A IGAS, pela natureza das suas atribuições, colabora com diversas entidades e participa em vários projectos visando aspectos específicos ligados à área da saúde, com particular destaque, no que respeita ao ano 2008, para:
> a colaboração institucional com a tutela, respondendo a diversas solicitações, designa‐ damente de natureza preventiva e disciplinar, relevando‐se a colaboração prestada no âmbito do Roteiro para Carta dos Direitos de Acesso, bem como a participação no grupo de trabalho que preparou a publicação do despacho n.º 20730/2008 da Ministra da Saú‐ de, DR, II, de 7/8/2008, que definiu os procedimentos e meios a adoptar de forma inte‐ grada, em todos os estabelecimentos hospitalares do SNS, no âmbito do controlo e segurança dos utentes e visitantes, em geral, e das parturientes, recém‐nascidos e crian‐ ças, em particular;
> a integração no Conselho Coordenador do Sistema de Controlo Interno da Administra‐ ção Financeira do Estado, tendo passado a integrar a Secção Especializada de Qualifica‐ ção e Formação de Recursos Humanos e a Secção Especializada de Avaliação de Serviços;
> a colaboração com a Autoridade para os Serviços de Sangue e de Transplantação, ao nível da preparação de intervenções a realizar na área do sangue e na área dos tecidos e células (formação de pessoal e planeamento de acções); > a colaboração com o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, tendo em vista a realização de auditorias, inspecções e fiscalizações aos centros públicos e priva‐ dos que ministrem técnicas de procriação medicamente assistida; > a colaboração com a Secretaria‐Geral do Ministério da Saúde no processo conducente à aquisição de serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho para um agrupamento de organismos e serviços centrais do Ministério da Saúde;
> a colaboração com a Direcção‐Geral da Saúde, tanto na área da gestão integrada da doença, integrando o “Grupo de Peritos para a definição da Estratégia da Gestão Inte‐ grada da Doença”, como na área da segurança e qualidade do atendimento do utente, integrando o “Grupo de Peritos sobre Segurança do Doente e Gestão do Risco”, bem como o Grupo de Trabalho sobre Quedas de Doentes;
> a realização de uma auditoria conjunta com o Infarmed e a ACSS, com o objectivo de analisar as razões e factores do crescimento do mercado de medicamentos do SNS em 2008; > a colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, IP, concretamente, na área do controlo da assiduidade; > a colaboração com as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, através das respec‐
tivas Secretarias Regionais, em intervenções de natureza inspectiva e disciplinar, vigo‐ rando, inclusive, um protocolo de cooperação com a Inspecção Regional dos Assuntos Sociais da RAM (objecto de renovação em Maio de 2008);
> a colaboração com a Unidade de Missão para os Cuidados de Saúde Continuados e com
a Unidade de Missão para a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários;
> a colaboração/parceria entre a IGAS e a ACSS no Sistema de Gestão das Sugestões e das Reclamações ‐ SIM‐Cidadão, onde a Inspecção‐Geral monitorizou on‐line os dados das reclamações, queixas, sugestões e elogios;
> a colaboração com o Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural, I.P. (ACIDI);
> a integração, como membro efectivo, na Rede Europeia de Combate à Corrupção e à Fraude na Saúde;
> a disponibilidade e atenção às preocupações manifestadas pelas ordens e organizações profissionais, bem como pelos organismos sindicais, que, para tal, contactaram a IGAS;
> a colaboração, mediante protocolo, com a Entidade das Contas e Financiamentos Políti‐ cos, entidade que coadjuva o Tribunal Constitucional na apreciação e fiscalização das contas dos partidos políticos e das campanhas eleitorais;
> a articulação com o Ministério Público, Tribunal de Contas e Provedoria de Justiça.
2.2. ACTIVIDADES NÃO PROGRAMADAS
No que concerne à área de inspecção e auditoria, para além dos 17 projectos e 57 acções pro‐ gramadas, a IGAS realizou ainda 10 projectos não previstos, que abrangeram 13 acções, a seguir identificados.
No que concerne às inspecções, realizaram‐se 7 projectos que incidiram sobre a Saúde Pública na área de intervenção da ARS do Algarve, “Listas de espera para cirurgia programada ‐ Hospitais do SNS”, “Segurança dos doentes – acidentes com macas ou camas envolvendo a queda dos doentes”, “Planos de emergência em situações de catástrofe em instituições hospitalares (fol‐
low‐up)”, “Avaliação do controlo da circulação de utentes e visitantes nos hospitais que dispo‐
nham de serviços de obstetrícia e neonatologia (follow‐up)”, “Mecanismos de controlo da assi‐ duidade e do trabalho suplementar nos estabelecimentos e serviços do SNS (follow‐up)” e ”Mecanismos de controlo da assiduidade no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge”. No que respeita às auditorias não previstas no Plano realizaram‐se 3 projectos que incluíram 6 acções, a saber, “Auditoria às horas extraordinárias na Sub‐Região de Saúde de Beja”, “Auditoria à prestação de serviços de sub‐contratação de pessoal na área da saúde (follow‐up)” e a audito‐ ria conjunta com o INFARMED e a ACSS, iniciada no último trimestre do ano, na sequência do Despacho n.º 28685/2008, de 24/10, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde (publicado no D.R. n.º 217, II, de 7.11.2008) que teve por objectivo apurar os factores que justificam a altera‐
ção da tendência da evolução da despesa com medicamentos em ambulatório, com interven‐ ções junto dos Serviços de Controlo de Facturação de quatro ex‐Sub‐Regiões de Saúde.
E, relativamente à área da fiscalização, para além das duas acções globais previstas, junto de operadores privados da saúde (Radiologia e MFR), efectuou‐se uma terceira (Patologia clínica), dadas as solicitações chegadas à IGAS para uma intervenção urgente neste sector. 2.3. RECURSOS UTILIZADOS 2.3.1. RECURSOS HUMANOS
O QUADRO 1 ilustra a situação da IGAS, em termos de recursos humanos, por grupo profissional:
Grupo profissional
QUADRO 1-RECURSOS HUMANOS -2008
Grupo profissional N.º Dirigente Superior 3 Dirigente intermédio a) 6 Inspector e técnico superior b) 40 Médico 1 Técnico de informática 2 Administrativo 25 Auxiliar 7 Total 84 a) Inclui 4 chefes de equipa multidisciplinar.
b) Ainda no ano de 2008, foram seleccionados, após concurso, cinco inspectores estagiários, cuja entrada em 2008 não foi possível por motivo de recurso hierárquico interposto por um dos candidatos. 2.3.2. RECURSOS FINANCEIROS E MATERIAIS O orçamento da IGAS em 2008 foi de 3.480.000€. Após alterações orçamentais e cativações a Inspecção dispôs de 3.373.570€, afecto a quatro actividades: − actividade operacional; − apoio técnico e processual e secretariado; − apoio administrativo; − direcção e outras despesas comuns. As despesas globais foram de 2.964.057,19€, a que correspondeu um grau de execução de 87,86%. Os quadros seguintes apresentam a distribuição das despesas pelas quatro activida‐ des e correspondentes rubricas da Classificação Económica.
QUADRO 2–ACTIVIDADE OPERACIONAL -2008 Actividade 254 Despesa (€) Pessoal 1.613.133,35 Bens e Serviços 104.243,50 Outras despesas correntes 0,00 Bens de Capital 0,00 Total 1.717.376,85
QUADRO 3-APOIO TÉCNICO E PROCESSUAL E SECRETARIADO -2008
Actividade 258 Despesa (€) Pessoal 292.019,66 Bens e Serviços 16.830,90 Outras despesas correntes 0,00 Bens de Capital 0,00 Total 308.850,56
QUADRO 4–APOIO ADMINISTRATIVO –2008
Actividade 256 Despesa (€) Pessoal 247.945,10 Bens e Serviços 11.374,21 Outras despesas correntes 0,00 Bens de Capital 0,00 Total 259.319,31
QUADRO 5-DIRECÇÃO E OUTRAS DESPESAS COMUNS –2008
Actividade 253 Despesa (€) Pessoal 278.225,49 Bens e Serviços 130.687,50 Outras despesas correntes 17.000,00 Bens de Capital 252.597,48 Total 678.510,47
QUADRO 6-DESPESAS GLOBAIS –2008 Despesa (€) Pessoal 2.431.323,60 Bens e Serviços 263.136,11 Outras despesas correntes 17.000,00 Bens de Capital 252.597,48 Total – Geral 2.964.057,19
A análise do QUADRO 6e do GRÁFICO 1 (despesas globais) permite concluir que 82,03% da apli‐
cação destas despesas são despesas com pessoal, enquanto as despesas com bens e servi‐ ços, outras despesas correntes e com bens de capital representaram, respectivamente 8,88%, 0,57% e 8,52%.
GRÁFICO 1-DESPESAS GLOBAIS -2008
82% 9% 1% 8% Encargos com Pessoal Bens e Serviços Outras Despesas Correntes Bens de Capital 2.3.3. FORMAÇÃO Em 2008, a IGAS prosseguiu as acções tendentes à qualificação dos seus recursos humanos e, em particular, do seu corpo inspectivo, tendo recorrido preferentemente a acções de formação ministradas pelo INA e que tiveram particular enfoque nos seguintes domínios prioritários:
> saúde;
> direito, com particular incidência no direito das contra‐ordenações;
> informática, tendo em vista a continuação do esforço da implementação e aplicação das tecnologias de informação e comunicação;
> ciências empresariais, dando‐se prioridade às áreas de formação alinhadas com a modernização do desempenho da Administração Pública, tendo em vista dotar inspecto‐ res com as competências necessárias para a realização de auditorias financeiras e do desempenho organizacional;
> ciências sociais.
De salientar que, no âmbito destes cinco domínios prioritários de formação, enquadra‐se a for‐ mação a nível internacional da EHFCN (European Healthcare Fraud and Corruption Network), organização de que a IGAS é membro efectivo. Releva‐se ainda a formação a nível da União Europeia, na área da inspecção a estabelecimentos de tecidos e células, no âmbito do EUSTITE Project, o “Training course for tissue and cell inspec‐ tors”. A IGAS promoveu ainda a realização de três acções de formação nas suas instalações: a confe‐ rência sobre “Questões éticas associadas à actividade de Inspecção da Saúde”, o curso de “Direi‐ to das contra‐ordenações” e o curso “O novo contrato de aquisições públicas”.
GRÁFICO 2-FORMAÇÃO POR DOMÍNIOS PRIORITÁRIOS DE FORMAÇÃO –2008
Apresenta‐se, seguidamente, os indicadores de gestão da formação:
QUADRO 7 -INDICADORES DE GESTÃO DA FORMAÇÃO –2008
Nº de Acções Nº de Participantes
Previstas Realizadas (%) Previsto Realizado (%)
38 87 229 200 216 108 Ciências Empresariais 12% Ciências Sociais 4% Direito 20% Informática 14% Saúde 50%
Da análise do QUADRO 7 constata‐se que os indicadores de formação foram positivos, apresentan‐ do uma realização de 229%, em relação ao número de acções previsto. Quanto ao número de participantes verificou‐se uma taxa de realização de 108%. Os funcionários da IGAS frequentaram um total de 3.541 horas de formação, a que correspon‐ deu um valor de 57.512 €, dos quais 30.254 € corresponderam a custos directos.
3. A
VALIAÇÃOF
INAL3.1. AUTO‐AVALIAÇÃO
O presente Relatório de Actividades espelha a actividade da IGAS no decurso do ano de 2008, de acordo com a sua missão, as linhas orientadoras do Plano de Actividades e os objectivos estraté‐ gicos.
Conforme o disposto no artigo 15.º da Lei nº 66‐B/2007, de 28 de Dezembro (Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública), evidencia‐se seguidamente
os resultados alcançados pela IGAS de acordo com o respectivo QUAR de 2008.
a) A percentagem de 5% incidiu sobre o número total de fichas relativas a imóveis, preenchidas pelas entidades auditadas no âmbito do RIAP II (2.009 fichas). Este número não foi considerado, na íntegra, no apuramento efectuado pelo INE dado que nem todas as instituições procederam à entrega formal da informação referente ao respectivo património imobiliário. Todavia, a IGAS teve acesso à totalidade da informação introduzida na plataforma pelas ARS o que permitiu aumentar o conhecimento da realidade patrimonial do sector público administrativo da saúde. O desvio foi calculado, comparando o número de informações auditadas com o limiar máximo do intervalo enunciado na meta. b) ”Listas de Espera para Primeiras Consultas”, “Listas de Espera para Cirurgia Programada – Hospitais do SNS”, “Organização e Funcionamento dos Serviços de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Cirurgia Maxilo‐Facial”, “Acidentes com Macas ou Camas envolvendo a Queda dos Doentes”, “Monitorização do Erro Médico e acções Judiciais com Pedido de Indemnização por Deficiente Assistência Médica” ,“Funcionamento das Comissões de Controlo da Infecção nos Estabelecimentos Hospitalares Públicos e Privados”, “Avaliação das Medidas Adoptadas, na Sequência sobre as Novas Normas Sobre o Tabaco, por Prestadores de Cuidados de Saúde Públicos e Privados Em Articulação com a DGS”, ”Pla‐ nos de Emergência nos Estabelecimentos Hospitalares do SNS” e “Controlo da Assiduidade e do Trabalho Suplementar” c) A meta resulta da aplicação de 20% do número total de 11 acções inspectivas de âmbito nacional (considerando como tal as descritas na nota b) anterior e ainda as duas seguintes: ”Aquisição, gestão e aplicação de materiais em procedimentos cirúrgicos de ortopedia – próteses, ortodeses e material de osteosíntese “ e “Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho nos Estabelecimentos do SNS”). d) 4 Guiões de Procedimento preparados e utilizados nas acções de fiscalização direccionadas à IVG, Patologia Clínica, MFR e Radiologia; Manual de Auditoria Disciplinar (revi‐ são); Guião do Procedimento nas inspecções aos Centros de Saúde; Guião do Procedimento na inspecção aos Serviços/Unidades de Saúde Pública; Guião de Procedimento para utilização na auditoria às informações prestadas pelas ARS no âmbito do RIAP II; Guião de Procedimento para a inspecção sobre Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho nos Estabelecimentos e Serviços do SNS. e) Registou‐se um total de 2.255 horas de formação, frequentadas por 39 inspectores. Legenda: S – Superou os objectivos definidos no QUAR; A – Atingiu os objectivos definidos no QUAR; NA – Não Atingiu os objectivos definidos no QUAR Nº
Objectivo Descrição do Objectivo Classif.
(S/A/NA)
Meta Resultado Desvio
1 Aumentar em 5% o volume de fluxos financeiros controlados com as auditorias previstas no artigo 62º da LEOE. S 61737246 65009934 +5,3% 2 Auditar 5% das informações relativas ao imobili‐zado afecto ou privativo, prestadas pelas ARS no âmbito do RIAP II. S [95;105] a) 125 +19,04% 3 Efectuar 2 acções de fiscalização junto dos opera‐dores privados de saúde, abrangendo, em simul‐ tâneo, 10 operadores em cada uma delas. S 2 3 50% +61,25% S 20 39 95% 4 Efectuar 5 acções inspectivas de âmbito nacional, relacionadas com a garantia e a qualidade dos cuidados de saúde e com a obtenção de ganhos em saúde. S 5 9 b) +80% 5 Informatização de 20% dos processos de recolha e tratamento de informação das acções inspecti‐ vas de âmbito nacional. S 2 c) 4 +100% 6 Melhorar o sistema de monitorização e de reco‐ lha de informação para apoio à gestão. S 2 3 +50% 7 Padronizar procedimentos técnicos nas inspec‐ ções a unidades de saúde e nas acções de fiscali‐ zação, com revisão e elaboração, respectivamen‐ te, de guiões ou manuais. S 8 9 d) +12,5% 8 Promover a qualificação dos recursos humanos, proporcionando em média 30 horas de forma‐ ção/inspector. S 30 horas/ inspector 57,82 horas/ inspector e) +92,73%
Como se pode verificar, todos os objectivos que integraram o QUAR de 2008 foram superados, tendo‐se, com os resultados alcançados, para os quais contribuiu o forte empenho e envolvi‐ mento de toda a organização, criado mais valor para os serviços de saúde e seus utilizadores. Concretamente, quantos aos resultados alcançados em cada um dos objectivos, refere‐se o seguinte:
− No que respeita ao objectivo 1, os mesmos encontram‐se explicitados no ponto 3.3.1, a)
deste relatório;
− Quanto ao objectivo 2, no ponto 3.3.1, e), também deste relatório;
− Relativamente ao objectivo 3, no ponto 3.4.2, b), igualmente deste relatório;
− No que concerne ao objectivo 4, vide nota b) do quadro supra e desenvolvimento neste
relatório no ponto 3.3; − No que respeita ao objectivo 5, vide nota c) do quadro supra e também desenvolvimento no ponto 3.3 do relatório; − No que concerne ao objectivo 6, regista‐se duas aplicações informáticas (uma para a gestão da formação e outra para a gestão da produtividade) e o site da IGAS (com gestor de pro‐ cessos), conforme explicitado no ponto 3.8 do presente relatório; − Em relação ao objectivo 7, vide nota d) do quadro supra e desenvolvimento nos pontos 3.3, 3.4, e 3.5 do relatório; − Relativamente ao objectivo 8, vide nota e) do quadro supra. APRECIAÇÃO DOS UTILIZADORES DOS SERVIÇOS PRESTADOS O grau de satisfação dos stakeholders da IGAS tem‐se observado através do feedback recebido, em função dos trabalhos produzidos por esta Inspecção Geral, seja da Tutela, dos Gestores dos estabelecimentos de saúde e Dirigentes dos Serviços Centrais, seja de entidades exteriores à Saúde, bem como em função dos múltiplos pedidos de intervenção dirigidos à IGAS, tanto para acções das suas áreas de competência, como para acções de formação.
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO
Consciente da importância do sistema de controlo interno, a Inspecção‐Geral desenvolveu medidas nas áreas de ambiente e controlo, estrutura organizacional, actividades e procedimen‐ tos de controlo administrativo implementados ao serviço e fiabilidade dos sistemas de informa‐ ção (ver quadro seguinte).