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Aula 06 Realidade do Distrito Federal. Realidade do DF para PMDF. Prof. Danuzio Neto. 1 de 21 Prof. Danuzio Neto Aula 06

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Aula 06 – Realidade do Distrito Federal

Realidade do DF para PMDF

Prof. Danuzio Neto

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SUMÁRIO

SUMÁRIO 2

RESUMO HISTÓRICO E RESUMO DAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS 3

RESUMOHISTÓRICO... 3

RESUMOREGIÕESADMINISTRATIVAS ... 6

RA I – BRASÍLIA – Plano Piloto ... 6

RA II – GAMA ... 6

RA III – TAGUATINGA ... 7

RA IV – BRAZLÂNDIA ... 7

RA V – SOBRADINHO ... 8

RA VI – PLANALTINA ... 8

RA VII – PARANOÁ ... 9

RA VIII - NÚCLEO BANDEIRANTE ... 10

RA IX – CEILÂNDIA ... 10

RA X – GUARÁ ... 11

RA XI – CRUZEIRO ... 11

RA XII – SAMAMBAIA ... 12

RA XIII - SANTA MARIA... 12

RA XIV - SÃO SEBASTIÃO ... 12

RA XV - RECANTO DAS EMAS ... 12

RA XVI - LAGO SUL... 12

RA XVII - RIACHO FUNDO ... 13

RA XVIII - LAGO NORTE ... 13

RA XIX – CANDANGOLÂNDIA ... 13

RA XX - ÁGUAS CLARAS ... 13

RA XXI - RIACHO FUNDO II ... 14

RA XXII - SUDOESTE/OCTOGONAL ... 14

RA XXIII – VARJÃO... 14

RA XXIV - PARK WAY ... 15

RA XXV - SCIA (Setor Complementar de Indústria e Abastecimento ... 16

RA XXVI - SOBRADINHO II... 17

RA XXVII - JARDIM BOTÂNICO ... 17

RA XXVIII – ITAPOÃ ... 17

RA XXIX - SIA (Setor de Indústria e Abastecimento) ... 17

RA XXX - VICENTE PIRES ... 18

RA XXXI – FERCAL ... 18

RA XXX II – SOL NASCENTE/PÔR DO SOL ... 19

RA XXXIII – ARNIQUEIRA ... 19

RESUMO DIRECIONADO ...20

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RESUMO HISTÓRICO E RESUMO DAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS

Olá, prezado aluno!

Para facilitar nossos estudos, preparei dois resumos sobre o Distrito Federal: um trata sobre as Regiões Administrativas e outro diz respeito à cronologia histórica desta Unidade Federativa.

Bom proveito e ótimo estudo!

Professor Danuzio Neto

RESUMO HISTÓRICO

• 1750 – A partir deste ano as ideias mudancistas passam a ser mais consistentes.

• 1751 – O cartógrafo Francisco Tosi Colombina, apontado por alguns como pioneiro da ideia mudancista, esteve em terras goianas fazendo estudos cartográficos.

• 1761 – Por volta de 1761, o Marquês de Pombal "... pensa em erguer no sertão uma cidade, não apenas Capital da Colônia, mas do Reino, a meio caminho da África e das Índias, na rota das linhas vitais do seu comércio".

• 1763 – A capital é transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.

• 1789 – Os inconfidentes mineiros falam em mudar a capital do Rio de Janeiro para a cidade mineira de São João Del Rey.

• 1808 - O jornalista Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça funda, em Londres, o jornal Correio Braziliense, onde passa a defender, em sucessivos artigos, a ideia da construção de uma nova capital no interior do Brasil. Este jornal, que deu espaço inédito para a questão, chegava clandestinamente ao Brasil.

• 1822 - José Bonifácio foi um dos grandes defensores da ideia de interiorização da Capital do Brasil.

Por ter se apropriado do nome Brasília, que circulou numa publicação anônima no Rio de Janeiro no ano de 1822, Bonifácio levou o crédito por ter feito oficialmente a sugestão do nome.

• 1839 - Francisco Adolfo de Varnhagem, Visconde de Porto Seguro, que era engenheiro, historiador e diplomata, encaminha correspondência ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro onde, entre outros assuntos, demonstra a necessidade de se interiorizar a Capital do Brasil. Para o Visconde de Porto Seguro, a transferência da capital para uma região interiorana era uma das bandeiras mais importantes do país.

• 1852 - O senador pernambucano Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcante de Albuquerque,

"Visconde de Albuquerque", inspirado nos ideais de Varnhagem, apresenta no Parlamento do Império um projeto de mudança da capital para o interior do país.

• 1883 - O padre italiano D. Bosco teve o seu famoso sonho onde ele viu e apontou o surgimento de uma nova civilização entre os paralelos 15 e 20 – e que é apontada como Brasília.

• 1889 - Em 15 de novembro, com a proclamação da República, os novos governantes já afirmam, dentre os seus primeiros atos, que o Rio de Janeiro ficaria sendo "provisoriamente” sede do Poder Federal.

• 1891 - Em 24 de fevereiro, é promulgada a 1ª Constituição da República, que determina, em seu artigo terceiro: “Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a futura Capital federal”.

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• 1892 - O Marechal Floriano Vieira Peixoto, Presidente da República, constitui a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, sob a chefia do astrônomo Luiz Cruls, diretor do Observatório Astronômico do Rio de Janeiro, para estudar e demarcar a área do novo Distrito Federal. Em apenas sete meses, percorrendo mais de quatro mil quilômetros do Planalto Central Brasileiro, a Comissão elaborou um minucioso levantamento sobre a topografia, o clima, a hidrografia, a geologia, a flora, a fauna, recursos minerais e materiais de construção existentes na região.

• 1893 - A Missão Cruls entrega ao Ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas, um Relatório Parcial que possibilitou a edição do primeiro mapa do Brasil indicando a posição da zona demarcada para o futuro Distrito Federal, na região do Planalto Central do Estado de Goiás, denominada "Quadrilátero Cruls".

• 1894 - A Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil entregou o "Relatório Geral", também conhecido como "Relatório da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil" ou "Relatório Cruls".

• 1922 - Em 07 de setembro, como parte das comemorações do 1º Centenário de nossa Independência, é lançada a Pedra Fundamental da Nova Capital do Brasil no Morro Centenário, nos arredores de Planaltina.

• 1946 - O Brasil se redemocratiza após o período ditatorial de Getúlio Vargas. Com a nova Constituição, a mudança da Capital para o Planalto Central é incluída nas Disposições Transitórias. Neste mesmo ano, o presidente Eurico Gaspar Dutra nomeia a Comissão de Localização da Nova Capital, chefiada pelo General Djalma Polli Coelho. Esta comissão, após dois anos de trabalho, referenda o Quadrilátero Cruls como sendo o local ideal para se construir a nova Capital.

• 1953 - As circunstâncias políticas fazem com que o presidente Getúlio Vargas, que antes ignorava a transferência da capital federal, reveja suas posições e nomeie nova comissão, presidida pelo general Aguinaldo Caiado de Castro, que contrata a firma americana Donald J. Belcher & Associates Incorporated, para escolher o sítio ideal para se construir a nova Capital Federal. A firma indicou cinco sítios identificados em mapa por cores diferentes.

• 1954 - Após o suicídio de Vargas, seu vice-presidente, Café Filho, assume a presidência e escolhe o Sítio Castanho como a área que deve sediar o novo Distrito Federal.

• 1955 - Na cidade de Jataí, em Goiás, Juscelino Kubitschek, em seu primeiro comício como candidato à Presidência, informa que faria cumprir a Constituição construindo a nova Capital do Brasil.

• 1956 - Em 1º de fevereiro, já empossado como Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, reunido com toda a sua Assessoria, Secretariado e Ministros de Estado cria Comissões para cuidar de cada uma de suas Metas, inclusive a "Meta Síntese", que era a construção da nova Capital do Brasil. Em 18 de abril, JK envia ao Congresso Nacional a "Mensagem de Anápolis" acompanhada de um projeto de Lei referente à mudança da capital. Esta Mensagem iria se transformar na Lei nº.

2874, que além de delimitar oficialmente o território do novo Distrito Federal no "sítio castanho", organizou a Companhia Urbanizadora da Nova Capital – NOVACAP e definiu o nome de Brasília para a nova Capital Federal. A primeira diretoria da NOVACAP foi quem elaborou e organizou o Edital do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, publicado no Diário Oficial da União do dia 30 de setembro de 1956. Em 02 de outubro, Juscelino conheceu pela primeira vez o local onde seria construída a nova Capital. Em 17 de outubro, um grupo de amigos de JK, preocupados com a acomodação do presidente em suas viagens de inspeção das obras em Brasília, decidiu construir o Catetinho, que, provisoriamente, funcionaria como residência e sede do governo. O projeto do Catetinho foi assinado por Oscar Niemeyer.

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• 1957 – A Comissão Julgadora do Plano Piloto da Nova Capital apresenta o nome do autor do projeto vencedor, Lúcio Costa. Em 03 de maio, por conta do início das obras de construção da Nova Capital, o Presidente Juscelino manda celebrar uma missa de Ação de Graças, no ponto mais elevado do Plano Piloto, onde hoje está a Praça do Cruzeiro. Em 1º de outubro de 1957, em concorrida cerimônia no Palácio do Catete, o Presidente da República sanciona o projeto de Lei aprovado pelo Congresso Nacional, e que se tornou a Lei nº. 3273, que estabeleceu oficialmente a data de 21 de abril de 1960 como a mudança da capital da República para Brasília – o que de fato aconteceu.

• 1959 - Segundo o IBGE, cerca de 60 mil operários trabalhavam na construção da cidade neste ano. Na chamada Cidade Livre, o núcleo pioneiro, todas as atividades são isentas de impostos. Faltando pouco mais de um ano para a inauguração, contava-se em Brasília e arredores mais de 100 mil habitantes.

• 1960 - Após aproximadamente 41 meses de construção, em 21 de abril, Brasília é inaugurada. Durante a missa comemorativa é lida uma mensagem radiofônica do papa João XXIII. Neste mesmo dia há a instalação dos Três Poderes da República e também é inaugurado o Museu da Cidade. Ao término desta cerimônia, o Presidente Juscelino declara que a capital estava oficialmente transferida do Rio de Janeiro para Brasília.

• 1962 - É empossado o primeiro conselho da Universidade de Brasília, que teve seu campus batizado com o nome do seu 1º reitor, o antropólogo Darcy Ribeiro. Também neste ano é inaugurada a Catedral de Brasília e algumas embaixadas e o Ministério das Relações Exteriores são transferidos para Brasília.

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RESUMO REGIÕES ADMINISTRATIVAS

RA I – BRASÍLIA – Plano Piloto

A Região Administrativa de Brasília, a número I, é também chamada de PLANO PILOTO.

Brasília é a capital do Brasil e também onde está localizada a sede do Distrito Federal.

Oficializada como Região Administrativa em 10/12/64, Brasília é conhecida principalmente por ser a capital do Brasil e por conta do funcionalismo público. Brasília possui também o comércio como importante atividade econômica.

Como o Distrito Federal, segundo a Constituição Federal, não pode ser dividido em municípios, apenas para Brasília é aceitável utilizar a palavra cidade, no sentido de ser um território geograficamente organizado em que se vive em comunidade. Para todas as demais Regiões Administrativas não é aceitável utilizar a palavra cidade – e muito menos a terminologia município, por conta da proibição constitucional.

A RA também é caracterizada pela maneira peculiar como seus endereços foram elaborados, já que as localizações são feitas por números e letras; e os retornos em formato de trevo (também conhecidos como tesourinhas) eliminam a necessidade de semáforos.

A estrutura básica do Plano Piloto, que foi desenhada por Lúcio Costa a partir do traçado de dois eixos que se cruzam em ângulo reto, foi construída em três anos. Por conta do formato semelhante a de um avião, as áreas residenciais do Plano Piloto são chamadas de Asa Norte e Asa Sul (sendo que o corpo do avião é o Eixo Monumental, que apresenta 16 quilômetros de extensão). As Asas Norte e Sul juntas apresentam 14,3 quilômetros de extensão e têm como via principal o Eixo Rodoviário, que é formado por uma pista principal com seis faixas, chamada de eixão, e eixos auxiliares conhecidos como eixinhos. Segundo Lúcio Costa, porém, o desenho de Brasília não se inspira num avião, mas em asas de borboleta.

ATENÇÃO: Ao lado do Cruzeiro, Candangolândia e Sudoeste, o Plano Piloto está tombado tanto pelo Iphan quanto pela Unesco. Esta região costuma ser chamada de Poligonal Tombada.

RA II – GAMA

Oficializada como Região Administrativa em 10/12/64, está a 30,2 quilômetros do Plano Piloto de Brasília e surgiu para abrigar os operários que trabalhavam na construção da barragem do Lago Paranoá.

O nome desta RA é uma homenagem ao padre Luiz Gama Mendonça, que celebrou a primeira missa no local.

Por ser polo econômico e geográfico para cidades goianas vizinhas, como Novo Gama, Valparaíso e Luziânia, Gama é conhecida como a capital do Entorno.

A Região Administrativa do Gama é formada por área urbana e rural. A área urbana está dividida em 6 (seis) setores: Norte, Sul, Leste, Oeste, Central e de Indústria.

O projeto da cidade lembra o formato de uma colmeia.

As quadras possuem formato hexagonal e, internamente um, formato triangular, com uma média de 96 a 100 lotes. Em cada triângulo, há um setor comercial.

Por conta de sua dinamicidade, o Gama possui movimentos culturais próprios, como o Festival de Música Popular e as apresentações de filmes e peças teatrais no Cineclube Porta Aberta. Além disso, há também as belezas naturais da região, como o Parque Recreativo do Gama, onde uma cachoeira e piscinas naturais atraem milhares de visitantes.

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RA III – TAGUATINGA

Oficializada como Região Administrativa em 10/12/64, o nome desta RA surgiu do tupi-guarani tauá-tingá, que significa barro branco.

Considerada a capital econômica do Distrito Federal, Taguatinga abriga mais de 12 mil empresas e 100 mil trabalhadores. Por conta de sua indústria moderna e do seu comércio forte, a RA é uma das maiores arrecadadoras de ICMS dentre todos os municípios brasileiros.

Com seus arranha-céus e uma animada vida noturna, Taguatinga está bem diferente da cidade que nasceu como acampamento de operários da construção de Brasília – e que mais tarde iria abrigar as invasões formadas ao redor do Plano Piloto.

Taguatinga divide-se em três setores: Central, composto pela Avenida Central, praças, comércio, hotéis, bancos e escritórios; Norte e Sul, formados por quadras residenciais, comerciais e industriais.

Tombada pelo Patrimônio Histórico, a Praça do Relógio, no Setor Central, é um dos pontos mais movimentados da RA.

Praça do Relógio

Fonte: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2018/06/15/praca-do-relogio-em-taguatinga-e-revitalizada/

RA IV – BRAZLÂNDIA

Oficializada como Região Administrativa em 10/12/64, Brazlândia surgiu antes mesmo de Brasília, em 1852, com um pequeno povoado nas proximidades da fazenda da família Braz, de onde foi batizada.

Ponto importante que já foi cobrado em prova: apenas as Regiões Administrativas Planaltina e Brazlândia eram cidades goianas que já existiam antes mesmo da criação do atual Distrito Federal. Para sermos mais exatos, Brazlândia era um distrito goiano e Planaltina uma cidade.

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Maior produtora de morango da região Centro-Oeste, Brazlândia se destaca por sua forte vocação agrícola. A RA, inclusive, sedia anualmente a festa do morango.

As suas chácaras e fazendas formam um cinturão verde, o que torna a região a principal abastecedora dos hortigranjeiros do DF, produzindo goiaba, leite, dentre outros produtos do campo.

A RA tem ainda belezas naturais típicas do Planalto Central, como a cachoeira do Rio do Sal, a Chapada Imperial, o Paraíso na Terra e o Poço Azul.

RA V – SOBRADINHO

Oficializada como Região Administrativa em 10/12/64, Sobradinho é caracterizada por seus morros, cachoeiras, clima ameno e belezas que a tornam um lugar único para o ecoturismo no DF. Por causa dessas características, a RA também é conhecida como a Petrópolis do Planalto.

Sobradinho, diga-se de passagem, originou-se de uma fazenda do mesmo nome.

Seus primeiros moradores foram as famílias transferidas do Acampamento Bananal e da Vila Amauri, próxima à vila Planalto, cuja área foi inundada quando se formou o Lago Paranoá.

Em sua área industrial, a especialização local está na produção de minerais não-metálicos, principalmente o cimento. Além disso, a RA, que foi escolhida para abrigar as instalações do Polo de Cinema e Vídeo do Distrito Federal, tem uma grande quantidade de artesãos, na confecção de trabalhos em madeira, couro e pedra, que comercializam seus produtos em feiras livres.

RA VI – PLANALTINA

Oficializada como Região Administrativa em 10/12/64, é a cidade mais antiga do Distrito Federal (os primeiros registros datam do século XVIII). Não podemos esquecer que Planaltina e Brazlândia são as cidades goianas que já existiam antes mesmo da criação do atual Distrito Federal. Brazlândia era um distrito goiano e Planaltina uma cidade.

É conhecida por celebrações tradicionais como a Folia do Divino, a Via-Sacra do Morro da Capelinha e o Vale do Amanhecer, que alimentam o turismo religioso.

Até hoje as produções de feijão, milho, soja, trigo, café, hortaliças e frutíferas, além dos rebanhos bovino, suíno e aves movimentam a riqueza local.

A mais antiga das regiões administrativas do Distrito Federal ainda conserva ruas estreitas e casarões centenários.

Batizada de Planaltina em 1917, a cidade serviu, em 1922, para o lançamento da pedra fundamental da futura capital, que atualmente é um dos pontos turísticos da cidade.

Os principais pontos turísticos da RA são: a Lagoa Bonita, a Cachoeira do Pipiripau e o Vale do Amanhecer, uma das maiores comunidades místicas do país.

A mais importante reserva ambiental da América do Sul, a Estação Ecológica de Águas Emendadas, também se localiza próximo à RA.

O evento mais importante da RA é a Via-Sacra, encenada no Morro da Capelinha, durante as comemorações da Semana Santa.

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Pedra fundamental de Brasília

Via-Sacra, no Morro da Capelinha

Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/transito-no-morro-da-capelinha-sera-alterado-para-a-via-sacra?amp

RA VII – PARANOÁ

Inicialmente, chamava-se Vila Paranoá.

Oficializada como Região Administrativa em 10/12/64, o Paranoá surgiu, em 1957, com a chegada dos primeiros trabalhadores para as obras da barragem do lago que leva o mesmo nome.

Caracteriza-se também por uma Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Córrego Aurora, com uma área de três hectares de vegetação de mata e cerrados originais.

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RA VIII - NÚCLEO BANDEIRANTE

Oficializada como Região Administrativa em 25/10/89, o Núcleo Bandeirante foi a maior área de povoamento anterior à construção de Brasília.

Conhecida como "Cidade Livre" durante a construção de Brasília, onde o comércio era livre e não se cobrava impostos, funcionou como centro comercial e recreativo daqueles que estavam diretamente ligados à construção da nova capital.

Em 1956, a Cidade Livre foi fundada pela NOVACAP I com o principal objetivo de atender aos trabalhadores da construção civil. Era o ponto de chegadas dos migrantes que iam trabalhar na construção de Brasília.

Segundo Milton Santos:

Daí, ao lado das imponentes edificações do Plano Piloto, os casebres típicos de "bidonville" de aglomerações como o Núcleo Bandeirante, também chamado "Cidade Livre". Esta resultou da necessidade de alojar os construtores da Capital e os que, tendo ou não ocupação fixa, se sentiram atraídos pelos trabalhos da construção. Chamou-se "Cidade Livre" para evidenciar a oposição relativamente à outra, construída segundo normas rígidas.

Segundo João Almino:

A Cidade Livre atraía também gente de todo o Brasil, com um predomínio de mineiros e nordestinos. Quando os novos candangos não podiam morar com suas famílias nos acampamentos das obras, vinham para as áreas comerciais, dominadas por árabes e nordestinos, ou para as invasões que foram surgindo, Morros do Urubu e do Querosene, Vila Esperança, Vila Tenório, IAPI, Divinéia, Vicentina e Sarah Kubitschek. (...) os lotes eram distribuídos em regime de comodato e, como a escritura não era definitiva, deveriam ser devolvidas à Novacap no final de 1959; que não se davam alvarás para residências, que deveriam ser destruídas quando Brasília fosse inaugurada - primeira cidade destacável, a Cidade Livre era construída para ser destruída.

Nesta RA funcionava o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), tombado pelo Patrimônio Histórico do GDF, e onde hoje funciona o Museu Vivo da Memória Candanga.

Nesta RA ainda foram implantados o Setor Industrial Bernardo Sayão (gemologia, gráfica e informática) e a Placa da Mercedes (armazenamento, indústria e abastecimento).

RA IX – CEILÂNDIA

Oficializada como Região Administrativa em 25/10/89, Ceilândia, que oferece um terço dos postos de trabalho aos seus moradores, é a RA com a maior densidade urbana.

Surgida a partir da Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), realizada em 1971 pelo Governo do DF, de onde se originou o nome da Ceilândia, a RA é ainda o segundo maior colégio eleitoral do DF.

Com a maioria dos seus habitantes formada por migrantes que vieram de Goiás, Minas Gerais, da região Norte e, principalmente, do Nordeste, a RA é um ponto de convergência e de difusão da cultura nordestina. Um exemplo é Casa do Cantador, projetada por Oscar Niemeyer para sediar a Federação Nacional das Associações de Cantores, repentistas e Poetas Cordelistas, que promovem encontros e festivais.

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Fachada da Casa do Cantador, em Ceilândia, homenagem aos nordestinos

Fonte: http://brasilia.memoriaeinvencao.com/casa-do-cantador/

RA X – GUARÁ

Oficializada como Região Administrativa em 25/10/89, o Plano Diretor do Guará foi modificado a fim de permitir a construção de prédios mais altos e a fundação de novas quadras residenciais.

A sua feira livre, que acontece nos fins de semana, é uma das mais famosas do DF.

O Guará nasceu de mutirão de funcionários da Novacap, que em 1967 começaram a construir suas casas, sob orientação de arquitetos e engenheiros. Foi fundada com o objetivo de abrigar funcionários públicos do Governo do Distrito Federal. Com o passar dos anos e o crescimento populacional, o Guará alcançou grande desenvolvimento social e econômico, despontando como uma das regiões administrativas com a maior renda per capita do DF.

A RA foi assim batizada por conta do Córrego Guará, que corta sua área e que provavelmente foi batizado assim em homenagem ao lobo-guará, espécie comum no Planalto Central.

A ideia original do Guará é do urbanista Lucio Costa, que também desenhou o Plano Piloto.

A RA ainda dispõe de um moderno kartódromo, o principal do DF.

RA XI – CRUZEIRO

Oficializada como Região Administrativa em 25/10/89, o Cruzeiro, que abrigou desde a sua fundação brasileiros vindos do Rio Janeiro, nasceu antes da inauguração da capital federal.

A ocupação do Cruzeiro ocorreu em 1955 nas terras da Fazenda Bananal (área desapropriada para a construção da nova capital) para abrigar funcionários públicos do Rio de Janeiro transferidos para Brasília. Em 1958, começaram as primeiras construções de casas geminadas para receber esse pessoal.

Não podemos esquecer de antes da fundação de Brasília, a capital do país ficava justamente no Rio de Janeiro.

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Concebido como parte do Plano Piloto, o Cruzeiro foi fundado em novembro de 1959. A equipe de Lucio Costa foi responsável pelo projeto urbanístico do local e do nome inicial, Setor de Residências Econômicas Sul (SRES), atual Cruzeiro Velho. No final dos anos 1960, o setor vizinho, o Cruzeiro Novo, deu nova conformação ao desenho urbano, habitado por funcionários do GDF e da iniciativa privada. No decênio seguinte, com a implantação da Área Octogonal Sul; o setor ganha, então, uma nova configuração.

A sua principal atração cultural é a Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (Aruc), que é a maior campeã do Carnaval candango e foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial do DF pelo governo local.

Por conta dessa tradição, tornou-se ainda conhecida como um reduto do samba.

Está inserida na área tombada pelo Patrimônio Cultural da Humanidade.

RA XII – SAMAMBAIA

Oficializada como Região Administrativa em 25/10/89, a cidade, como tantas outras do Distrito Federal, nasceu a partir do grande fluxo de trabalhadores durante o processo de formação da capital do país.

Samambaia recebeu os primeiros moradores em 1985 e as casas foram construídas, em parte, com o apoio do Programa de Olarias Comunitárias, organizado pela artesã e ex-secretária do Desenvolvimento Social, Maria do Barro.

RA XIII - SANTA MARIA

Oficializada como Região Administrativa em 04/11/1992, Santa Maria surgiu como um núcleo rural da Região Administrativa do Gama e é fruto de um programa de distribuição de lotes realizado pelo governo do Distrito Federal.

RA XIV - SÃO SEBASTIÃO

Oficializada como Região Administrativa em 10/05/1994, São Sebastião pertencia às fazendas Taboquinha, Papuda e Cachoeirinha. Com o início das obras da construção de Brasília, no entanto, as fazendas foram desapropriadas e no local foram instaladas olarias para atender à construção civil. Estas olarias, porém, logo depois seriam desativadas.

RA XV - RECANTO DAS EMAS

Oficializada como Região Administrativa em 28/07/1993, a região antes era ocupada por pequenas chácaras, onde florescia uma planta chamada canela-de-ema, de onde vem o nome da RA. A sua economia hoje é sustentada, principalmente, pelo comércio de rua.

RA XVI - LAGO SUL

Oficializada como Região Administrativa em 10/01/1994, está próxima do Aeroporto Internacional de Brasília.

É a RA mais nobre da capital e ostenta índices de renda e de qualidade de vida semelhantes aos de alguns dos países europeus mais desenvolvidos.

Dentre seus principais atrativos estão: Ermida Dom Bosco, Jardim Botânico, Pontão do Lago Sul e Ponte JK.

É composta de casas individuais de alto padrão.

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RA XVII - RIACHO FUNDO

Oficializada como Região Administrativa em 15/12/1993, a região é responsável por boa parte do abastecimento agrícola do Distrito Federal.

Nela, localiza-se a Fundação Cidade da Paz, entidade não-governamental, que mantém e administra a Universidade Holística Internacional e ainda o Instituto de Saúde Mental.

O Riacho Fundo originou-se da Granja do mesmo nome, localizada às margens do ribeirão Riacho Fundo, criada logo após a inauguração de Brasília, onde havia uma vila residencial para os funcionários. Para acabar com as favelas na periferia das cidades e núcleos urbanos, o Governo criou o programa de assentamento e, como parte desse programa, loteou a Granja Riacho Fundo em 13 de março de 1990, transferindo para lá moradores da Invasão do Bairro Telebrasília e outras localidades do Distrito Federal. O assentamento transformou-se na RA XVII pela Lei nº 620/93 e o Decreto nº 15.514/94.

A Granja também sediou, por longa data, a Residência Oficial dos Governos Militares, criada logo após a inauguração de Brasília e, mais tarde, transformada em Instituto de Saúde Mental. Hoje o local é considerado uma área de preservação ambiental (APA) devido a sua grande contribuição ecológica, por nele situarem-se nascentes de diversos córregos – incluindo o próprio Córrego Riacho Fundo, que inspirou o nome da cidade – e, sobretudo, pela diversidade da fauna e da flora nativos da região, ainda preservados.

Em 1993, o local tornou-se a XVII Região Administrativa do Distrito Federal e, posteriormente, foi dividida em duas, tendo sido criado então o parcelamento do Riacho Fundo II, que em 2003 passou a ser uma nova Região Administrativa.

RA XVIII - LAGO NORTE

Oficializada como Região Administrativa em 10/01/1994, está localizado numa península.

Juntamente com o Lago Sul, possui o segundo maior número de piscinas por habitante do mundo.

A RA possui um Centro de Atividades, principal área de comércio, Shoppings Centers e o Clube do Congresso, situado no final da península.

RA XIX – CANDANGOLÂNDIA

Oficializada como Região Administrativa em 27/01/94, e conhecida como cidade-mãe, o nome da RA é uma homenagem aos pioneiros construtores de Brasília (conhecidos como candangos).

O primeiro acampamento foi construído em 1956 pela NOVACAP, criado pelo presidente Juscelino Kubitschek, abrigando a sede da empresa, um caixa forte para fazer o pagamento dos salários dos operários, um posto de saúde, um hospital, um posto policial, dois restaurantes – o da NOVACAP e o dos Serviços de Alimentação Popular, SAPs, uma escola para os filhos dos pioneiros, além das residências para as equipes técnicas e administrativas da empresa.

Está inserida na área tombada pelo Patrimônio Cultural da Humanidade.

RA XX - ÁGUAS CLARAS

Oficializada como Região Administrativa em 06/05/2003, é uma das mais recentes do Distrito Federal, mesmo assim foi subdividida em 2019, dando origem à RA Arniqueira.

Seu nome é uma referência ao córrego de Águas Claras que nasceu na região e abastece o Lago Paranoá.

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Com alta densidade populacional, seu perfil demográfico aponta para grandes contingentes de jovens famílias de classe média.

Fazendo jus ao projeto pioneiro do urbanista Paulo Zimbres, responsável pela urbanização da cidade em meados de 92. Todas as praças da cidade recebem nomes da fauna brasileira. Por sua vez, ruas e avenidas, recebem nomes de plantas da nossa flora.

A RA abriga o Parque Ecológico de Águas Claras, que foi criado em 15 de abril de 2000, pela Lei Complementar nº 287. Este Parque tem como objetivos proteger o acervo genético da flora e da fauna nativas da região, áreas de nascente e recargas de aquíferos, proporcionando a realização de atividades voltadas para a educação ambiental, cultural e de lazer, visando o desenvolvimento de pesquisas ecológicas.

RA XXI - RIACHO FUNDO II

Oficializada como Região Administrativa em 06/05/2003, teve início com a ocupação de pessoas que ficaram acampadas à beira da pista, próximo ao balão do Recanto das Emas, em busca do direito à moradia própria, em 1995.

RA XXII - SUDOESTE/OCTOGONAL

Oficializada como Região Administrativa em 06/05/2003, o Sudoeste/Octogonal é formado por áreas residenciais que seguem o padrão de seis andares sobre pilotis, setores comerciais, quadras mistas, o Hospital das Forças Armadas e o Instituto Nacional de Meteorologia – INEMET.

A RA XXII está inserida na área tombada pelo Patrimônio Cultural da Humanidade.

RA XXIII – VARJÃO

Oficializada como Região Administrativa em 06/05/2003, está localizada na borda da vertente escarpada da chapada da Contagem, tendo formato irregular condicionado pelos obstáculos naturais, escarpas e o ribeirão do Torto.

No final da década de 1950, as terras do Varjão pertenciam à Fazenda Brejo ou Torto e estavam localizadas no município de Planaltina.

Segundo informações do Governo do Distrito Federal, o início do povoamento da Vila Varjão ocorreu na década de 1960, com a chegada das primeiras famílias que vieram desenvolver atividades agrícolas. No começo do ano de 1970, as pessoas que tinham a posse da área dividiram os lotes entre os empregados, embora a terra fosse de propriedade do GDF e administrada pela Companhia Imobiliária de Brasília – TERRACAP. A partir de então, novas divisões foram feitas e os lotes redistribuídos entre parentes próximos e amigos de forma irregular e desordenada, principalmente entre 1977 e 1982.

Em 1991 o GDF assinou o Decreto nº 13.132, de 19 de abril de 1991, criando a Vila Varjão, estabelecendo a fixação da população no local e determinando a elaboração de um projeto urbanístico para sua implantação definitiva.

Em 1997, com o objetivo de regularizar a situação fundiária de toda a área da Vila Varjão e, em atendimento às exigências ambientais, o GDF encomendou um novo projeto urbanístico e um Relatório de Impacto de Vizinhança – RIVI.

Em 1998, por meio do Decreto 19.022, de 04 de fevereiro de 1998, foi criada a Comissão Urbanizadora e de Legalização da Vila do Varjão.

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E, finalmente, em maio de 2003 por meio da Lei Nº 3.153, de 6 de Maio de 2003 foi criada oficialmente a Região Administrativa do Varjão, RA XXIII.

Inserida até então no espaço geográfico da Região Administrativa do Lago Norte, por meio da Lei nº 3.153/2003, a Vila Varjão tornou-se a RA XXIII, Região Administrativa do Distrito Federal.

A população do Varjão, como todo DF, é constituída predominantemente por imigrantes nordestinos que mesclaram seus hábitos e costumes aos do Centro-Oeste. De qualquer forma, a predominância da influência cultural nordestina é evidente não só na alimentação e na linguagem, mas também nos hábitos e manifestações culturais e religiosas.

As casas feitas de madeira, que antes eram fruto de invasão atualmente são raras, pois o início do processo de regularização da região fez com que a cara da comunidade fosse mudando.

Merece destaque a Central de Reciclagem do Varjão, que coleta e recicla toneladas de lixo diariamente que são recolhidos da própria RA e do Lago Norte.

RA XXIV - PARK WAY

Oficializada como Região Administrativa em 29/12/2003, o Setor de Mansões Park Way foi criado para ser uma região exclusivamente residencial, sendo que a maioria da sua população vive em condomínios fechados horizontais e em grandes mansões, motivo pelo qual também é conhecida como Região de Mansões Park Way (RMPW).

Quem vive nesta área nobre do DF precisa percorrer, em média, 10 km para fazer compras. Não há padaria, mercado, banco, farmácia ou salão de beleza.

A RA é também referência pela preservação ambiental, pois abriga reservas ecológicas e importantes recursos hídricos.

O Núcleo Hortícola Suburbano de Vargem Bonita, área rural do Park Way, é responsável por boa parte da renda e sustento de 260 famílias que moram na Vargem Bonita. O local é um dos maiores produtores de hortaliça do DF, foi criado em 1959 para abastecer a população de Brasília. Os pioneiros, principalmente de origem japonesa, vieram do estado de São Paulo, incentivados pelo Governo Federal. Os produtos são comercializados no centro de abastecimento Ceasa, em feiras de produtores, verdurões e supermercados do DF. Além desse núcleo rural, existem outros, a Córrego da Onça e Ipê Coqueiros.

É importante destacarmos também que Vargem Bonita concentra um dos maiores redutos nipônicos do Distrito Federal. Além do hortifruti, oferece a legítima culinária japonesa e também atividades culturais do Japão como o grupo de dança e percussão Ryukyu Koku Matsuri Daiko. Duas atividades que já fazem parte do calendário da região é a festa japonina no mês de julho e o festival gastronômico em outubro.

Com relação ao meio ambiente, a região abriga inúmeras reservas naturais, com vegetação típica do cerrado, como a Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília, que junto com os córregos e nascentes transformou o bairro em sinônimo de calmaria e qualidade de vida aos moradores e aos seus visitantes.

Outra característica importante do local é ligada aos atrativos turísticos e culturais, baseado em monumentos e edificações tombadas enquadradas no patrimônio histórico, alguns deles são Catetinho e Casa Niemeyer. O Brasília Country Club ocupa uma área de 184 hectares de muito verde e água. Oferece aos seus associados opções de lazer, esporte e diversão. Além disso, foi um dos primeiros locais visitados por Juscelino Kubitschek.

A Quadra 28 é bastante visitada, já que o morador, Gil Marcelino, transcende sua arte às ruas do Park Way.

O artista decorou na beira do asfalto, animais da fauna brasileira todos feitos de concreto e fibra em tamanhos

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originais. A Quadra é conhecida como 28 a “Quadra da Arte”. Em 14 de fevereiro de 2012, a Quadra foi declarada como patrimônio cultural do Distrito Federal, lei Nº 4.759.

O artista Gil Marcelino, com algumas de suas obras

Fonte: https://www.metropoles.com/pelas-cidades/park-way/exposicao-a-ceu-aberto-na-quadra-28-do-park-way/amp

RA XXV - SCIA (Setor Complementar de Indústria e Abastecimento

Foi oficializada como Região Administrativa em 27/01/2004.

O Setor Complementar de Indústria e Abastecimento é a junção da Cidade Estrutural e da Cidade do Automóvel. A primeira foi criada por imigrantes que buscavam no lixo uma fonte de renda, os quais se estabeleceram no chamado “Lixão”, com moradias precárias.

A cidade do automóvel foi criada para retirar do Plano Piloto as agências de vendas de carros, principalmente da Avenida W3 – Asa Norte.

De acordo com a Codeplan, a formação da Estrutural tem sua origem em uma invasão de catadores de lixo próximo ao aterro sanitário do Distrito Federal existente há décadas naquela localidade. Pessoas eram atraídas para o lixão em busca de meios de sobrevivência e, nessa busca, foram fixando seus barracos para moradia.

Em 1989, foi criado o Setor Complementar de Indústria e Abastecimento – SCIA em frente à Estrutural, época em que se previa a remoção da invasão, para outro local. Tentativas foram realizadas neste sentido, mas sem sucesso. No início dos anos 90 aquele conjunto de barracos adjacentes ao lixão foi-se ampliando e transformando na “Invasão da Estrutural”. No início pouco menos de 100 domicílios encontravam-se fincados no local. A conhecida invasão ampliou-se e mais tarde foi transformada em Vila Estrutural pertencente então à Região Administrativa do Guará. Em janeiro de 2004 a Lei nº 3.315 cria o Setor Complementar de Indústria e Abastecimento – SCIA que foi transformado em Região Administrativa XXV e a Vila Estrutural como sua sede urbana.

A atividade remunerada da população urbana é mais voltada para as atividades de serviços gerais.

No geral, percebe-se que é uma Região com grande fragilidade social.

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RA XXVI - SOBRADINHO II

Oficializada como Região Administrativa em 27/01/2004, surgiu devido à sua proximidade com a cidade de Sobradinho, de onde a maioria dos seus moradores veio. Sobradinho II foi desmembrado de Sobradinho em 27 de janeiro de 2004.

Segundo o Governo do Distrito Federal, Sobradinho não possuía um projeto de expansão urbana, o que gerou um grande problema com o crescimento das famílias locais e com a chegada, constante, de novos moradores. Diversos lotes passaram a abrigar mais de uma família. Em 1990, para resolver o problema que afetava diversas regiões do Distrito Federal, foi criado o Programa de Assentamento de População de Baixa Renda. Foi quando a Região Administrativa experimentou um boom populacional.

Em agosto de 1991, com o objetivo de dar continuidade ao programa de assentamento da camada de baixa renda, o Governo desapropriou as glebas de terras situadas na fazenda Paranoazinho e na Fazenda Sobradinho, lugar denominado de Largo do Saco da Lagoa, ambas situadas na Região Administrativa de Sobradinho.

RA XXVII - JARDIM BOTÂNICO

Oficializada como Região Administrativa em 31/08/2004, possui extensa área verde, alto índice de qualidade de vida e é formada por condomínios horizontais.

As terras da Região Administrativa XXVII pertenciam às fazendas Taboquinha e Papuda.

O nome Jardim Botânico, é derivado do Jardim Botânico de Brasília, área de preservação ambiental que se localiza na região administrativa do Lago Sul, em área vizinha à região administrativa do Jardim Botânico.

RA XXVIII – ITAPOÃ

Oficializada como Região Administrativa em 03/01/2005, presenciou, na década de 90, um crescente número de imigrantes.

Segundo o GDF, a ocupação da área, anteriormente pertencente a Sobradinho, mas mais próxima da região administrativa do Paranoá, começou como uma invasão irregular. Sem medidas por parte do Governo do Distrito Federal, a invasão cresceu, trazendo migrantes de várias partes do Brasil. Para legalmente poder atender à população, em 3 de janeiro de 2005, o Governo criou a região administrativa de Itapoã, oferecendo assim melhores condições.

RA XXIX - SIA (Setor de Indústria e Abastecimento)

Oficializada como Região Administrativa em 14/07/2005, apesar de ter o SIA surgido antes mesmo da inauguração da Capital, o Setor de Indústria e Abastecimento é responsável por mais da metade da arrecadação de ICMS do DF. Nesse local, os construtores da cidade armazenavam material para as obras.

Conforme informações do GDF, o Setor de Indústria e Abastecimento – SIA nasceu com o projeto original de Brasília, para abrigar empresas que demandavam grandes áreas para suas instalações e desenvolvimento nas atividades de indústria e abastecimento do Distrito Federal.

Mais tarde, no ano de 1967, o governo resolveu construir, numa área de cerrado, adjacente ao SIA, um setor habitacional para abrigar justamente os trabalhadores da região, além de funcionários públicos e moradores de invasões e núcleos provisórios, criando assim o SRIA – Setor Residencial Indústria e Abastecimento, que se transformaria na Região Administrativa do Guará.

No dia 31 de agosto de 1973, foi criada pelo decreto n.º 2.356 a Administração Regional do Setor Residencial, Indústria e Abastecimento (SRIA), composta das áreas ocupadas pelo SIA, Guará I e Guará II.

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Somente em 25 de outubro de 1989, a partir do decreto n.º 11.921, a cidade perdeu a denominação SRIA para tornar-se oficialmente a RA Guará. Em 2005, a SIA seria oficializada também como Região Administrativa.

RA XXX - VICENTE PIRES

Oficializada como Região Administrativa em 26/05/2009, a história de Vicente Pires remonta ao período colonial, já que seu nome se origina de Vicente Pires da Mota, homem de confiança do Rei de Portugal.

Vicente Pires nos anos 60 foi habitada por índios, e nos anos 70 por fazendeiros.

A partir de 1989, a RA ganhou nova densidade, quando o então Governador José Aparecido resolveu centralizar para as Colônias Agrícolas Vicente Pires, Samambaia e São José, o processo de expansão da área de produção rural da Colônia Agrícola de Águas Claras. A partir de convênio intermediado pelo GDF e realizado por meio da Fundação Zoobotânica, foi feito um contrato de uso do solo para produção agrícola com cerca de 360 chacareiros, cujo prazo tinha um tempo de uso estipulado em 30 anos.

Essas famílias transferiram-se para essa região, quando passou a produzir hortifrutigranjeiro, hortaliças, leite de cabra e bovino, flores e vários de tipos de fruta, como a manga, banana, laranja, mexerica, limão e uva, além de milho e feijão.

Vicente Pires também se destacou pela grande produção de vinho e criação de pombos-correios, que são bastante conhecidos em vários países da Europa, África e América do Sul.

A riqueza da região também é creditada pela fertilidade do solo e pela abundância de água, escorridas pelos córregos Vicente Pires e Samambaia.

RA XXXI – FERCAL

Oficializada como Região Administrativa em 29/01/2012, de suas terras foram extraídos os recursos naturais para a construção da Capital.

Atualmente, é a maior região geradora de impostos de todo o Distrito Federal, por conta das grandes empresas produtoras de cimento, usinas de asfalto e derivados, que estão ali instaladas. A RA ainda possui cachoeiras, grutas, cavernas, riachos, trilhas e áreas de preservação ambiental.

A Fercal está situada às margens da APA Cafuringa, é muito rica em recursos minerais, a exemplo do calcário que contribui significativamente para o crescimento socioeconômico da região, complementado pela beleza geográfica e outras riquezas naturais e culturais que servem de atrações turísticas por meio das pequenas cachoeiras, grutas, cavernas, riachos, trilhas e áreas de preservação ambiental.

Constam no calendário de eventos da Cidade a Folia de Reis, Folia do Divino, os Arraiás, Grupos de Rezadeiras, Grupos de Catiras, Grupos de Cavalgadas, a tradicional Festa da Pamonha, a Feira de Empreendedores e de Produtores Rurais, aos domingos, a Feira Cultural (sexta feira – quinzenal), o Campeonato Anual de Futebol Amador e Mini copas e o já tradicional Aniversário da Fercal que se comemora no mês de setembro.

A Fercal, é a 1ª Cidade Operária do Distrito Federal, considerando a sua existência em função das grandes e pequenas empresas instaladas.

A Fercal contribui, ainda, para o abastecimento de produtos agrícolas nas feiras da própria Região, Sobradinho I, Sobradinho II, Grande Colorado e CEASA, que fica localizada na SIA.

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RA XXX II – SOL NASCENTE/PÔR DO SOL

Oficializada como Região Administrativa em 14/08/2019.

Segundo a Agência Brasília, o chefe do Executivo local, o governador Ibaneis Rocha, assinou o documento de criação desta região administrativa durante o programa Câmara Mais Perto de Você, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que realiza sessões legislativas itinerantes. A sessão foi realizada na nova RA.

Demanda antiga da população, a proposta foi aprovada por 21 deputados distritais em segundo turno. O objetivo principal do governo, ao criar a região, é melhorar a qualidade de vida dos habitantes.

Ibaneis Rocha destacou que a sanção da lei não soluciona os problemas locais, mas, sim, o primeiro passo para o desenvolvimento das ações que o governo pretende adotar. “Todos diziam que era a maior favela horizontal da América Latina. Estamos dando dignidade à população. Vamos dar saúde, educação, segurança e, principalmente, a regularização, para acabar com as invasões. Os moradores ganharam representatividade e voz”, declarou.

O governador assegurou que, com a criação da região administrativa, haverá economia para o Estado.

“Vamos racionalizar recursos e conseguir investir melhor e, se for para ter despesa para atender o povo carente, pode ter certeza que vou fazer. Quero dar, aqui, o desenvolvimento que todas as regiões do DF merecem”.

A lei de criação da nova RA prevê o remanejamento de servidores da Administração Regional de Ceilândia para o novo órgão. Segundo a norma, Ceilândia prestará o apoio necessário para a região. Ibaneis Rocha também pediu aos órgãos agilidade nas obras.

RA XXXIII – ARNIQUEIRA

Oficializada como Região Administrativa em 27/08/2019.

Arniqueira era uma área rural, ocupada desde o início do Distrito Federal. Paulatinamente, a área foi-se transformando em área urbana que atualmente se encontra em processo de regularização.

Segundo a Agência Brasília, a nova região administrativa abrange uma área de 1,3 mil hectares, que envolvem os bairros Areal, Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) e as QSs 6, 7, 8, 9 e 10. De acordo com a norma que criou Arniqueira, Águas Claras, cidade vizinha, prestará todo o apoio necessário, além do remanejamento de servidores para trabalharem na recém-criada sede administrativa.

Inicialmente um setor de chácaras, Arniqueiras, ao longo dos anos de 1990, foi crescendo desordenadamente, tendo sido reconhecida como setor habitacional apenas em 2002, por meio da Lei Complementar n° 785. Um dos grandes problemas na área é a regularização dos terrenos.

Segundo dados de 2018 da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), 83% das residências, a maioria localizada em condomínios, não se encontram em situação regular. “Toda essa região é irregular na questão documental; com a criação da RA e a regularização dos terrenos, as pessoas vão poder adquirir suas escrituras”, explica o administrador de Águas Claras, Ney Robsthon.

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RESUMO DIRECIONADO

Número Região administrativa Fundação

I Plano Piloto 21 de abril de 1960

II Gama 12 de outubro de 1960

III Taguatinga 5 de junho de 1958

IV Brazlândia 5 de junho de 1933

V Sobradinho 13 de maio de 1960

VI Planaltina 19 de agosto de 1859

VII Paranoá 25 de outubro de 1957

VIII Núcleo Bandeirante 19 de dezembro de 1956

IX Ceilândia 27 de março de 1971

X Guará 21 de abril de 1969

XI Cruzeiro 30 de novembro de 1959

XII Samambaia 25 de outubro de 1989

XIII Santa Maria 10 de fevereiro de 1990 XIV São Sebastião 25 de junho de 1993 XV Recanto das Emas 28 de julho de 1993

XVI Lago Sul 10 de janeiro de 1964

XVII Riacho Fundo 13 de março de 1990 XVIII Lago Norte 1 de janeiro de 1964

XIX Candangolândia 27 de janeiro de 1956 XX Águas Claras 16 de dezembro de 1992 XXI Riacho Fundo II 7 de fevereiro de 1994 XXII Sudoeste/Octogonal 6 de maio de 1989

XXIII Varjão 6 de maio de 1970

XXIV Park Way 13 de março de 1961

XXV SCIA 25 de outubro de 1989

XXVI Sobradinho II 11 de outubro de 1991 XXVII Jardim Botânico 31 de agosto de 2004

XXVIII Itapoã 3 de janeiro de 2005

XXIX SIA 21 de abril de 1969

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Número Região administrativa Fundação

XXX Vicente Pires 26 de maio de 1989

XXXI Fercal 11 de setembro de 1956

XXXII Sol Nascente/Pôr do Sol 14 de agosto de 2019 XXXIII Arniqueira 27 de agosto de 2019

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