A LITERATURA NA ESCOLA: PRAZER NA FORMAÇÃO DO GOSTO EXPERIÊNCIA EM LEITURA COM ALUNOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Marileide Alves Rocha Souza
1RESUMO: Esta pesquisa propõe um estudo do ensino da leitura da literatura na escola, tendo como sujeitos de investigação, um grupo de alunos do ensino fundamental de uma escola da rede pública na cidade de Senador Canedo, Goiás, uma região menos favorecida economicamente. Este trabalho justifica-se não só pela importância da literatura devido à potencialidade que ela tem de reforçar características humanas nas pessoas, mas também pelo aspecto relevante atribuído ao contexto histórico social em que os leitores da pesquisa estão inseridos. Acreditamos que ele pode influenciar na formação do gosto individual e coletivo dos leitores. O trabalho foi desenvolvido em quatro partes: na primeira consta um estudo sobre os horizontes da leitura e da literatura. Na segunda parte há uma reflexão sobre as teorias da leitura literária. Na terceira parte foi apresentado um panorama da metodologia utilizada na investigação, os sujeitos envolvidos na pesquisa e o contexto no qual foi realizado o trabalho e na quarta parte há uma exposição de uma aplicação prática da leitura da literatura em alunos de escolas públicas, utilizando a contação de histórias como uma opção para a formação do leitor.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino; Leitura; Literatura; Formação do leitor; Contação de histórias.
É comum perceber, na grande maioria dos estabelecimentos de ensino fundamental da região pesquisada, alunos reagirem com má vontade diante de um texto para ser lido. Eles não vêem a leitura como uma atividade da qual podem adquirir algum conhecimento e, muito menos, como fonte de prazer. Esse fato encontra ressonância no que diz Silva (1986) em seu artigo “ Leitura na escola e na biblioteca” quando ele diz que, no Brasil, em plena contemporaneidade, ainda não há condições para se consolidar o ensino da leitura através da literatura, pois quase não há escolas com bibliotecas e, quando as escolas as possuem, as crianças não podem usá-las, sob pretexto de que livros nas mãos dos alunos estragam ou desaparecem das prateleiras. Verifica-se também, que não há livros suficientes e de qualidade nas escolas, em casa dos alunos ou nas bibliotecas. Essa é a realidade da maioria das escolas públicas das populações menos favorecidas, não havendo importância no ensino da leitura como fator de reconstrução da cidadania.
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