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O que é uma TECNOLOGIA?

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Capítulo I Tecnologias e o Ensino

“Quando você está fazendo o que ama fazer. Ninguém precisa motivá-lo...”

Talvez a primeira pergunta deste capítulo seja o cerne da discussão de todo o livro, esse questionamento que conduzirá nossas discussões permitindo que possamos alcançar (ou não) os objetivos desta obra. Para iniciarmos nossas discussões, pergunto a você caro leitor,

O que é uma TECNOLOGIA?

Pode ser uma pergunta simples de ser respondida (ou não), mas o que realmente podemos considerar como uma tecnologia? Qual sua opinião? De antemão já posso afirmar que sua resposta (o que você pensou, imaginou) está CORRETA! E como posso afirmar que você está correto? Quais são os pressupostos? Sem alongar esta discussão, vou lhe apresentar razões de sua resposta está correta.

O termo tecnologias tem sido muito empregado em diversas áreas educacionais com os mais variados sentidos e significados. As tecnologias são tão antigas quanto a espécie humana, tecnologia é poder.

Existem outras tecnologias que não estão ligadas diretamente a equipamentos e que são muito utilizadas pela raça humana desde o início da civilização. A linguagem, por exemplo, é um tipo específico de tecnologia que não necessariamente se apresenta através de máquinas e equipamentos (KENSKI, 2007). A linguagem é uma construção criada pela inteligência humana para possibilitar a comunicação entre os membros de determinados grupos. Ainda sobre o termo, Kenski (2003) apresenta três conceitos de Tecnologia:

1. Conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade (KENSKI, 2003, p. 18).

2. Conjunto de ferramentas e as técnicas que correspondem aos usos que lhes destinamos em cada época (KENSKI, 2003, p. 19).

3. Estudo dos processos técnicos de um determinado ramo de produção industrial ou de mais ramos (KENSKI, 2003, p. 19).

O conceito de tecnologia também está relacionado com a produção de aparatos materiais ou intelectuais suscetíveis de oferecerem soluções a problemas práticos de nossa vida cotidiana.

Podemos, também, relacionar as tecnologias ao tempo em que elas surgem.

O fogo é uma tecnologia!

As tecnologias variam, mudam, se transformam, se ampliam, de acordo com o momento histórico em

que vivemos. As primeiras ferramentas que distinguem o homem dos outros animais são: o cérebro e

a mão criadora; As competências dos homens também modificam de acordo com as tecnologias que

existem, percebendo que a Evolução tecnológica também altera os comportamentos: individual e

coletivo. Essa alteração é percebida quando, por exemplo, recebemos uma ligação e podemos nos

alegrarmos ou ficarmos extremamente irritados, ou quando estamos realizando um trabalho no

computador e ele trava (quem nunca pensou em jogar o computador fora!!!????). Ao enviar

mensagens de um celular, no trânsito corremos o perigo de provocar acidentes ou enquanto

caminhamos, não dispomos da atenção necessária para evitar “esbarrões” nas pessoas. Inúmeras

situações podem ser descritas para confirmar que a evolução tecnológica altera nosso comportamento,

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15 basta olhar ao nosso redor. O impacto que estas mudanças de comportamento trazem para os usuários da Internet são inúmeras.

Neste contexto, observamos dois tipos de usuários das tecnologias: Tecnófobos e Tecnófilos (Figura 1. 1). A Tecnofobia é o medo da tecnologia moderna. Manifesta-se como o receio em utilizar um computador ou um celular, por exemplo. A maioria dos tecnófobos até gostariam de desfrutar dos benefícios gerados pela tecnologia, mas simplesmente tem medo de abraçar a novidade. Nesse processo, enquanto o resto das pessoas parece estar se movendo para a frente, os tecnófobos vivenciam uma constante sensação de estar rapidamente sendo deixado para trás. Já o Tecnófilo é um entusiasta da tecnologia emergente. Eles (os tecnófilos) têm a necessidade de em tudo envolver as tecnologias, gerando em alguns casos, uma interdependência da tecnologia, por exemplo esquecer o celular em casa e ficar ansioso, angustiado como se parte de si o faltasse. Olhar incessantemente para ver se recebeu mensagens ou vídeos.

Figura 1. 1. Tecnófobo versus Tecnófilo.

Fonte da imagem: Clipart Windows®

E a tecnófilia também está presente nas escolas, a Figura 1. 2. Estudante tecnófilo.

Fonte: http://goo.gl/AEB0Ie apresenta outro exemplo da importância exagerada dada as tecnologias.

Figura 1. 2. Estudante tecnófilo.

Fonte: http://goo.gl/AEB0Ie

Quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude (em alguns casos) é a de desconfiança e de

rejeição. Aos poucos, a tecnologia começa a fazer parte das atividades sociais da linguagem e as

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16 instituições de ensino acabam por incorporá-la em suas práticas pedagógicas. Devemos pautar pela intensificação das oportunidades de aprendizagem e autonomia dos alunos em relação à busca de conhecimentos, da definição de seus caminhos, da liberdade para que possam criar oportunidades e serem os sujeitos da própria existência.

Devemos entender que as tecnologias devem ser introduzidas a partir de três pilares, Adição, Estratégias e Realidade (LEÃO, 2011). No que refere-se a Adição, as tecnologias estão para serem incorporadas ao processo de ensino e aprendizagem e não como substitutos a outros recursos já existentes (quadro, livros, laboratórios, vídeos, etc.) e sim como um recurso que nos permita adicionar novos formatos a informação, a qual desejamos que seja convertida em conhecimento por parte do aluno. Outro aspecto importante é a utilização de estratégias, pois a utilização das TIC no ensino deve vir acompanhada de uma profunda discussão e análise das estratégias metodológicas, que possam ajudar na construção de uma aprendizagem significativa para o aluno. Um exemplo é descrito a seguir, de uma estratégia utilizando o computador. É recorrente ouvirmos os professores dizerem que não passam atividades com uso da internet, pois os alunos copiam e colam – o famoso “ctrl + c (copiar) e ctrl + v (colar)”; o que as vezes acontecem é que esses professores esquecem que quando os alunos pesquisam nos livros, por exemplo, eles copiam e colam da mesma maneira, o que diferencia é o tempo que eles realizam suas tarefas. O Exemplo abaixo, é uma simples estratégia para que o aluno não copie e cole apenas no seu trabalho. Observe:

Tarefa: realizar um trabalho sobre Modelos Atômicos.

Abre o editor de texto (Word) e o Internet Explorer;

Entra no sítio de busca;

Abre várias janelas (vários sítios);

Copia e cola textos, figuras, etc, no Word, informando a URL, dia e hora de acesso, autor, etc.;

Escreve abaixo de cada material colado, o que lhe parece o material (opinião do aluno);

Salva os diversos textos, figuras, etc, copiados em um diretório apropriado;

Relê os arquivos salvos e reescreve o trabalho, salvando durante o processo as diversas versões;

Avalia, juntamente com o professor e os colegas, seu trabalho;

Elabora uma versão final.

Em relação a realidade, é importante que o professor esteja preparado, pois a realidade da escola que estamos pode mudar e se essas mudanças ocorrem o professor deve estar preparado para esta nova realidade. Nosso papel de docente contemporâneo implica estarmos capacitados para ensinar em ambientes com os mais diversos recursos didáticos. Um exemplo simples no que diz respeito a esta realidade, podemos considerar que em uma escola existe um laboratório de informática (equipado), que é utilizado para os estudantes trabalharem conteúdos em diferentes disciplinas. Considerando que o professor deseja utilizar o laboratório para favorecer o processo ensino-aprendizagem, fazendo uso da abordagem da Pedagogia de Projetos, seu planejamento deve ter como eixo temático uma problemática significativa para os estudantes, considerando as possibilidades tecnológicas existentes no laboratório.

Desde a aparição do computador o ensino tem sido modificado, durante a década de 90 temos

presenciado, de maneira tímida, o uso dos computadores no ensino. Iniciamos com Word, Excel,

seguidos do Internet Explorer e Front Page. Todos esses programas e tantos outros contribuíram para

um início de uma nova era para o ensino, a era da Tecnologia da Informação e Comunicação, neste

capítulo trataremos um pouco sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação e sua utilização

no ensino.

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Tecnologias da Informação e Comunicação

O conceito de tecnologia da informação e da comunicação (TIC) é utilizado para expressar a convergência entre a informática e as telecomunicações. As TIC agrupam ferramentas informáticas e telecomunicativas como: televisão, vídeo, rádio, internet, etc, e todas estas tecnologias têm em comum a utilização de meios telecomunicativos que facilitam a difusão da informação. Segundo Paulo Freire (1996), não se deve ser um ingênuo apreciador da tecnologia.

Nos dias atuais vivenciamos a intrínseca necessidade do maior envolvimento quando nos referimos à comunicação entre as pessoas e suas atividades, representada através das tecnologias da informação e comunicação (TIC), sejam escolares, profissionais ou mesmo de lazer. Percebe-se que a cada dia mais as TIC são incorporadas como recursos didáticos ao processo pedagógico. Infelizmente esta utilização não está sendo acompanhada de um processo amplo de discussão dos aspectos teóricos e práticos envolvidos, a charge (Figura 1. 3. Uso incoerente das TIC em sala de aula) apresenta uma crítica a este uso descompromissado e como apenas uma forma de “entreter” os alunos. A fala da charge reflete a dificuldade na prática docente e como o professor passa a utilizar as TIC (de forma inadequada) para controlar sua turma. No texto é descrito que “e... É um pouco incomodo, mas é a única forma que as crianças prestem alguma atenção durante a aula” (tradução livre).

Figura 1. 3. Uso incoerente das TIC em sala de aula.

Além da necessária discussão teórica na utilização das TIC, pesquisas e processos cuidadosos de

elaboração de materiais educacionais que utilizem estas tecnologias ainda estão longe de ser

satisfatórios. Cabe ressaltar, que a utilização das TIC, dentre elas a Internet em especial, vêm se

apresentando como ferramenta bastante acionada na construção do conhecimento. Neste sentido, é

fundamental a adequação da escola, dos professores e dos alunos ao bom uso da internet. Hoje

dispomos de diversos recursos tecnológicos que proporcionam e aportam a era da informação. As

TIC evoluem com muita rapidez (KENSKI, 2007). A todo instante surgem novos processos e

produtos diferenciados e sofisticados: telefones celulares, softwares, vídeos, computador multimídia,

Internet, televisão interativa, videogames etc (KENSKI, 2007). Para que as TIC possam trazer

alterações no processo educativo, no entanto, elas precisam ser compreendidas e incorporadas

pedagogicamente.

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18 A Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da extensão das redes digitais. O problema da exclusão digital se apresenta como um dos maiores desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da sociedade contemporânea. Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e a competição global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a geração de riqueza. As TIC proveem uma fundação para a construção e aplicação do conhecimento nos setores públicos e privados. É nesse contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e aos benefícios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econômicos, políticos ou culturais. Nesse sentido, é importante um mapeamento da exclusão digital no Brasil de maneira que possa permitir aos gestores de políticas públicas escolherem o público-alvo de possíveis ações de inclusão digital, entendendo que o uso das TIC pode cumprir um papel social, ao prover informações àqueles que tiveram esse direito negado ou negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de mobilidade social e econômica.

As Tecnologias da Informação e Comunicação têm contribuído na utilização das tecnologias facilitando na troca de informações e conhecimentos, e na educação isso não deve ser diferente, pois devem ser utilizadas como recurso pedagógico e serem inseridas no cotidiano das escolas já que oferecem várias ferramentas que podem colaborar para o ensino. As TIC são tecnologias que processam, armazenam, sintetizam, recuperam e apresentam informações representadas das mais variadas formas. O fato é que a inserção do computador nas escolas vem estimulando uma reflexão em torno da noção de tempo e de espaço, e a importância dessas noções tem a tendência a aumentar em função das alterações condicionadas pelo uso generalizado da informática, especialmente da Internet (MELLO, 2009). A preocupação neste momento se deve ao fato de não apenas ensinar os alunos a operar computadores para fins educativos, mas prepará-los para o mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e ávido por profissionais competentes para as novas tecnologias (LEITE, 2011).

O uso das TIC facilita o interesse dos alunos pelos conteúdos, pois estamos falando de diferentes tecnologias digitais, portanto de novas linguagens, que fazem parte do cotidiano dos alunos e das escolas. Esses estudantes já chegam com o pensamento estruturado pela forma de representação propiciada pelas novas tecnologias. Portanto, utilizá-las é se aproximar das gerações que hoje estão nos bancos das escolas. Percebe-se que baseados nos três pilares (adição, realidade e estratégia) para uso das TIC no ensino, o professor deve entender que:

Nem tudo que é tecnologicamente viável e pertinente em termos educacionais é realizável em todos os contextos educacionais

Isto é, embora o professor disponha dos diversos recursos tecnológicos, aplica-los em todas as situações nem sempre será viável. Contudo, não é o fato de utilizar ferramentas TIC nos processos que permitem o aluno aprender melhor e sim como utilizamos estes meios e como promovemos a construção destes processos.

Formação inicial e continuada em Química

É necessária uma profunda revisão da formação – inicial e permanente – dos professores de forma a

incorporar, nessa formação, as aquisições da pesquisa sobre a aprendizagem das ciências. De fato,

existe um grave perigo de que as profundas transformações associadas às orientações construtivistas

hoje emergentes fiquem desvirtuadas em sua aplicação concreta. Não basta estruturar cuidadosa e

fundamentalmente um currículo se o professor não receber um preparo adequado apara aplicá-lo

(CARVALHO, GIL-PÉREZ, 2011). Contudo, o problema não se resolve apenas proporcionando aos

professores instruções mais detalhadas.

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19 Os professores de ciências, inclusive os de Química, carecem de uma formação adequada, mas não somos sequer conscientes das nossas insuficiências. Concebe-se a formação do professor como uma transmissão de conhecimento e destrezas que, contudo, têm demonstrado suas insuficiências na preparação dos alunos e dos professores (BRISCOE, 1991). É possível avançar na solução desta situação quando se têm em vista, na formação dos professores, as orientações construtivistas. Pode- se pensar em orientar o trabalho de formação dos professores como uma pesquisa dirigida, contribuindo assim de forma funcional e efetiva, para a transformação de suas concepções iniciais.

Carvalho (2011) acredita que uma orientação construtivista pode resultar efetivamente na formação dos professores. Nessa perspectiva Carvalho (2011) propõe que o professor deve, dentre outros:

1. Conhecer a matéria a ser ensinada 2. Saber avaliar e preparar atividades 3. Utilizar a pesquisa e a inovação.

A estas perspectivas, podemos inserir a capacitação e utilização das Tecnologias na prática docente, pois a formação dos professores deveria incluir experiências de tratamento de novos domínios, para os quais não se possui, é importante pensar num trabalho de mudança didática que conduza os professores (em formação ou em atividade), a partir de suas próprias concepções, a ampliarem seus recursos e modificarem suas perspectivas.

A proposta de uma formação docente como mudança didática exige não apenas mostrar as insuficiências da formação ambiental recebida, mas oferecer, ao mesmo tempo, alternativas viáveis.

É preciso que ao longo de sua formação os professores consigam detectar com precisão insuficiências.

A atividade de um professor vai muito além do ato de ministrar aulas, deve ocupar-se, entre outros, de facilitar uma comunicação adequada, saber valorizar as contribuições dos alunos (reformulando- as adequadamente) fazer com que o aluno compreenda a importância das tarefas e a interessar-se por ela, orientar, avaliar. Entende-se que há a necessidade de uma formação do professor voltada também à pesquisa. Dificilmente um professor poderá orientar a aprendizagem de seus alunos como uma construção de conhecimentos científicos, isto é, como uma pesquisa, se ele próprio não possui a vivência de uma tarefa investigativa. A implementação da pesquisa como prática de formação é difícil, mais pela concepção restrita dada à pesquisa pelas “comunidades científicas” do que pela possibilidade de produzir conhecimento novo e válido para as situações concretas a que ela devem se destinar (MALDANER, 2006 p. 91).

No que diz respeito à formação de professores, torna-se consensual a ideia de que ela deve ser contínua e permanente, muito além da graduação específica, mesmo em nível superior, em processos institucionalizados e de contínua avaliação, nas mais variadas formas de pesquisa e de investigação.

Quando são oferecidas possibilidades de cursos de formação continuada, os professores acabam entre duas situações: querem conhecer saídas para o imprevisível da sala de aula e, ao mesmo tempo, não se sentem familiarizados com o que lhes é apresentado. Geralmente os futuros professores não se sentem familiarizados com o uso das TIC no ensino, eles têm, em alguns casos, o domínio das ferramentas tecnológicas, porém o uso aplicado na formação construção do conhecimento de seus alunos é falível. Maldaner (2006, p. 110) afirma que “é necessário criar sempre oportunidades de aperfeiçoamento dos professores e que a formação continuada é uma necessidade intrínseca à prática pedagógica, sempre mais complexa e de nível crescente de exigência de conhecimentos da qual a formação inicial não pode dar conta”.

A formação atual dos professores de química resume-se como a soma de cursos sobre conteúdos

científicos, ministrados pelos departamentos correspondentes e de cursos sobre educação. No âmbito

dos conteúdos científicos a formação científica necessária a um futuro professor não difere, da de um

futuro químico industrial. Deve-se pensar nestes cursos em estruturar currículos especificamente

dirigidos à formação do professor, enfatizando os conteúdos que o professor teria que ensinar,

permitir conhecer as dificuldades previsíveis que os alunos encontrarão ao estudar tais matérias,

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20 ajudar os futuros professores a expressar seu pensamento com clareza, etc. É importante pensar na formação do professor não com a ingenuidade de assumir a tarefa docente como uma simples transmissão de informações químicas, e da antiga problemática que marca a nossa formação docente em química de que ensinar é fácil, basta saber o conteúdo e usar técnicas pedagógicas.

Entre os professores há sempre o desejo de práticas eficientes em sua atividade de ensino.

É importante perceber que existem casos no trabalho docente de pensar que seu papel de facilitador no processo de ensino/aprendizagem se resume em “explicar bem”, para que os alunos assimilem bem os conteúdos propostos. Defendo a formação continuada como inerente ao exercício profissional de professor, de complexidade crescente.

A ideia de professor/pesquisador que cria/recria a sua profissão no contexto da prática.

Observa-se que muitos professores continuam utilizando as mesmas estratégias ditas tradicionais e pouco motivadoras para os alunos quando a evolução das TIC já oferece recursos pedagógicos que podem contribuir para despertar o interesse e engajar os estudantes na aprendizagem de conceitos científicos. Os professores devem buscar possibilidades de interação com os alunos na aprendizagem de química. A falta de conhecimento dos professores para o melhor uso pedagógico da tecnologia, seja ela nova ou velha, é um dos problemas recorrentes do uso destas tecnologias. Na verdade, os professores não são formados para o uso pedagógico das tecnologias, sobretudo as TIC. A aprendizagem não se reduz à instrumentação técnica nem faz do aluno um simples receptor de conteúdos. Outro problema percebido é a adequação da tecnologia ao conteúdo que vai ser ensinado e aos propósitos do ensino. Os conhecimentos desenvolvidos durante a formação inicial são, inúmeras vezes, colocados em xeque quando o professor se vê atuando em uma sala de aula, frente a situações que ele não vivenciou. Ademais, os problemas existentes na relação entre educação e tecnologia vão muito além das especificidades das tecnologias e da vontade dos professores em utilizá-las adequadamente em situações de aprendizagem.

Percebe-se que mesmo quando são oferecidas capacitações aos professores, essas capacitações se apresentam distantes das práticas pedagógicas dos profissionais e de suas condições de trabalho. Ao se falar de tecnologia e de Recursos Didáticos Digitais, muitos professores alegam que não dispõem de tempo para inteirar-se de novas tecnologias e novas metodologias, visto que gastam tempo excessivo no preparo de suas aulas. É um desafio nos cursos de formação (inicial e continuada) o uso das TIC no Ensino. Infelizmente há professores que nem sabem manusear alguns recursos considerados obsoletos (retroprojetor, por exemplo). A pressão imposta ao professor também contribui para ausência de mudança em sua prática pedagógica, visto que ao não se considerarem suas limitações e dificuldades, isso propiciará o uso errôneo das ferramentas tecnológicas, transformando uma aula que tem se apresentado agradável sem a utilização das ferramentas tecnológicas, para uma aula desmotivadora, nada produtiva, em detrimento da falta de compreensão e adequação da tecnologia utilizada.

As tecnologias criam novas chances de reformular as relações entre alunos e professores e de rever a

relação da escola com o meio social, ao diversificar os espaços de construção do conhecimento, ao

revolucionar os processos e metodologias de aprendizagem, permitindo à escola um novo diálogo

com os indivíduos e com o mundo. A falta de conhecimento dos professores para o melhor uso

pedagógico da tecnologia, seja ela nova ou velha, é um dos problemas recorrentes do uso destas

tecnologias. Na verdade, os professores não são formados para o uso pedagógico das tecnologias,

sobretudo as TIC. A aprendizagem não se reduz à instrumentação técnica nem faz do aluno um

simples receptor de conteúdos. Outro problema percebido é a adequação da tecnologia ao conteúdo

que vai ser ensinado e aos propósitos do ensino. Ademais, os problemas existentes na relação entre

educação e tecnologia vão muito além das especificidades das tecnologias e da vontade dos

professores em utilizá-las adequadamente em situações de aprendizagem.

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21 As TIC, são mais que um recurso didático para o professor, são parte integrante da vida dos alunos.

Elas devem ser exploradas de diversas maneiras, gerando inúmeras possibilidades na prática educativa. Cabe ressaltar, que a informação sempre existiu, mas não de maneira tão volumosa e aproveitável. A tecnologia, como simples recurso, não tem sentido se não estiver contextualizada com algum objetivo ou conteúdo proposto. Consideramos que a evolução dos computadores e da Internet têm provocado mudanças significativas ao nível dos hábitos de estudo. Ela permite um maior acesso as informações.

A formação inicial pode ajudar o futuro professor a produzir e legitimar os saberes que irá utilizar na sua profissão, fato que certamente diminuiria o choque com a realidade, característico das primeiras experiências do professor no seu ambiente de trabalho. A formação de professores em um país onde a educação não é tratada como prioridade, onde a vontade política não se compromete seriamente com as questões básicas da educação/alfabetização, escolarização primária para todos e de qualidade, formação para a cidadania, entre outras, é tarefa por muitos considerada difícil. Formar professores para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação. A tecnologia é capaz de auxiliar o professor, mas não o substitui. Pode ajudá-lo a ensinar melhor e com melhor qualidade. Mas não reduzirá o esforço necessário na sala de aula. Pelo contrário, creio que devemos aumentar o número de professores. Deve estar claro para os professores que as habilidades requeridas para a entrada da sociedade na era da informação não estão sendo desenvolvidas na escola e que a capacidade das novas tecnologias de oportunizar a aquisição de conhecimento individual e independente está vinculada a flexibilização do currículo.

Acreditamos que a formação de professores para uso das TIC, é preciso que a inclusão de uma (ou mais) disciplina específica nos cursos de formação de professores parece ser o caminho para que todos os futuros professores cheguem às escolas dominando certas habilidades. Contudo, a simples inserção de uma disciplina ao currículo, para assim tentar introduzir as TIC no processo de formação do professor é uma ação bastante limitada, pois os professores teriam contato com estas tecnologias num momento estanque. Por fim, a formação inicial, apesar das limitações que lhe são inerentes, deve fornecer ao futuro professor, tanto as condições básicas para que este possa fazer uso dos recursos tecnológicos que lhe são disponibilizados, respeitando a realidade em que está inserido, quanto os subsídios necessários para que ele possa, ao longo de sua carreira, dar continuidade a sua formação que, em tempos de globalização, como já foi dito, deve ser permanente.

TIC e Educação

A mesma revolução tecnológica que foi responsável pela forte necessidade de aprender melhor oferece também os meios para adotar ações eficazes. As tecnologias de informação, desde a televisão até os ultrabooks e todas as suas combinações (Smartphone, Tablets, etc.), abrem oportunidades sem precedentes para a ação afim de melhorar a qualidade do ambiente de aprendizagem. Por meio da informática na educação, o computador pode auxiliar e fazer com que o aluno se envolva no processo de construção do conhecimento. Sua utilização deve ser adequada pelos professores como um valioso incentivador para a aprendizagem, estimulando as relações cognitivas como o desenvolvimento da inteligência, as relações afetivas, portanto, o uso das tecnologias em sala de aula pode auxiliar na aprendizagem. As TIC na educação não é uma questão de tecnologia sem atitude, de pontos de vista sobre a educação e a aprendizagem.

As Tecnologias da Informação e Comunicação na educação não são ferramentas neutras, são uma

questão de didática.

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22 O emprego das tecnologias interativas na educação, independentemente de sua modalidade, é hoje tão necessário quanto foram lousa e o giz em tempos passados, mas não é o fato de utilizar ferramentas das TIC nos processos de ensino e aprendizagem que permitem ao aluno aprender melhor e sim como utilizamos estes meios e como promovemos a construção destes processos. Um grande desafio para o uso intensivo de tecnologias de informação e comunicação em educação é o de implantação de uma infraestrutura adequada nas instituições de ensino.

Segundo Pennington (1996), a socialização dos computadores e seu uso na educação podem ser descritos em 7 fases.

1. Os computadores foram usados para cálculos matemáticos por um grupo de cientistas de elite.

2. O acesso foi dado a professores e alunos de instituições de prestígio.

3. Início ao acesso a toda a esfera educacional, incluindo as escolas públicas.

4. Transforma o computador em objeto de massa, atingindo a classe média e tornando o acesso aos computadores universal.

5. Os educadores se apoderam do computador e as máquinas se tornam cada vez mais parte das práticas pedagógicas.

6. As crianças se tornam digitalmente letradas (nativos digitais)

7. Acesso universal não apenas às informações, mas também às pessoas.

É preciso entender que a maioria das tecnologias é utilizada como auxiliar no processo educativo. A presença de uma determinada tecnologia pode induzir profundas mudanças na maneira de organizar o ensino e a escolha dos instrumentos tecnológicos pautam-se nas formas de interação, podendo configurar-se em atividades síncronas e/ou assíncronas. Uma atividade presencial síncrona é aquela em que a atividade de ensino ocorre ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Já a atividade não presencial síncrona dar-se quando a atividade de ensino ocorre ao mesmo tempo (horário determinado), mas em locais diferentes, ou seja: não há necessidade da presença física do professor e dos alunos. Uma atividade chamada de presencial assíncrona a atividade de ensino ocorre no mesmo local (escola, universidade etc.), mas em momentos diferentes e por fim uma atividade não presencial assíncrona temos que a atividade de ensino ocorre em tempos e locais diferentes.

Para finalizar esta seção, alguns questionamentos acredito ser relevante para um bom uso das Tecnologias no Ensino:

1) Como e por que dar os primeiros passos em tecnologia?

2) Quais são as novas habilidades exigidas de um professor do século 21?

3) Quais ferramentas são importantes no dia a dia de sala de aula e na preparação de materiais didáticos?

4) Como utilizar tecnologias que engajem seus alunos?

As respostas, pertencem a você!

Ensino e Internet

A Internet é o espaço possível de integração e articulação de todas as pessoas conectadas com tudo o

que existe no espaço digital. Na Internet, encontramos vários tipos de aplicações educacionais: de

divulgação, de pesquisa, de apoio ao ensino (como textos, imagens, sons do tema específico do

programa, utilizados como um elemento a mais, junto com livros, revistas e vídeos) e de

comunicação. Antes de continuarmos nossa discussão sobre a Internet, apresentamos uma charge

(Figura 1. 4) que atribui “funções” exageradas da Internet na sociedade.

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Figura 1. 4. Atribuição exagerada das funções da Internet.

A Internet se refere ao sistema de informação global, ligado por um endereço único global baseado no IP (internet protocol) ou suas subsequentes extensões. Uma frase do psicólogo, matemático e físico J. C. R. Licklider no livro Man-Computer Symbiosis, já discutia sobre os avanços da Internet:

“é razoável pensar, em 10 ou 15 anos, em um Centro de Pensamento que incorporará as funções das bibliotecas de hoje em dia aos avanços em armazenamento e obtenção de informação”. É a base tecnológica da Internet. A rede pioneira, Arpanet (Advanced Research Project Agency), foi desenvolvida em 1969 para conectar as universidades e os militares americanos. Começava a surgir um centro de conhecimento descentralizado, colaborativo e horizontal: todos os participantes tinham os mesmos recursos e responsabilidades. Como uma rede P2P. O compartilhamento de informação é o motivo pelo qual surgiu a internet. Os documentos RFC (Request for Comments), espécie de coletânea aberta de comentários ajudou a definir os parâmetros da rede. No RFC 1, por exemplo, foram definidos os acordos que deram origem à Arpanet. Foram nestes documentos em que a WWW (World Wide Web) criada em 1989 por Tim Berners-Lee foram discutidas e, de lá, ganharam o ambiente além dos muros das universidades. Berners-Lee tinha construído as ferramentas necessárias para o funcionamento da Web: o Protocolo de Transferência de Hipertexto (HTTP), a Linguagem de marcação de hypertextos (HTML), o primeiro navegador (browser), chamado WorldWideWeb, o primeiro servidor HTTP (conhecido depois como CERN httpd), o primeiro servidor web (WWW) o http://info.cern.ch e as primeiras páginas Web (Figura 1. 5) que descreviam o projeto todo.

Figura 1. 5. Primeiras páginas da Web.

Berners-Lee, destacava que o projeto WorldWideWeb (WWW) tinha por objetivo permitir que todas

as ligações fossem feitas com qualquer informação, não importa onde ela se encontre. O projeto

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24 WWW foi lançado para permitir que os físicos de altas energias possam trocar informações, notícias e documentos. A Internet é o espaço possível de integração e articulação de todas as pessoas conectadas com tudo o que existe no espaço digital, o ciberespaço.

A Internet é a rede de comunicação que mais cresce no mundo é a Mídia mais promissora.

Estima-se que a Internet esteja crescendo de modo exponencial, principalmente no que diz respeito ao aumento do número de computadores ligados a ela. A internet está explodindo como a mídia mais promissora desde a implantação da televisão. Percebe-se o aumento do número de pessoas ou grupos que criam, na internet, suas próprias revistas, emissoras de rádio ou televisão. É a mídia mais aberta e descentralizada. Aumenta o número de pessoas ou grupos que criam, na Internet, suas próprias revistas, emissoras de rádio ou televisão, com apenas alguns “clicks” já temos uma webpágina pessoal. Cada um pode dizer nela o que quer, conversar com quem desejar, oferecer os serviços que considerar convenientes. O seu acesso não tem a distância (geográfica) como empecilho, mas sim o econômico (algumas classes não têm acesso fácil a Internet, embora seja muito facilitado a aquisição de um computador). A barreira cultural e tecnológica (acesso e domínio, ou não, das tecnologias de comunicação) também causa uma lentidão ao acesso de todos a este meio de comunicação de grande importância. A Internet incorporou princípios do socialismo e os repassou como valores, princípios, ética e cultura a serem respeitados nos espaços colaborativos e na maioria das comunidades virtuais

Vários tipos de aplicações educacionais são possíveis com o uso da Internet, na seção da A Web no Ensino apresento algumas dessas possibilidades. A Internet é um meio privilegiado de comunicação de professores e alunos, já que permite juntar a escrita, a fala, a imagem com facilidade, flexibilidade e interação. A comunicação torna-se mais sensorial, mais multidimensional, não mais apenas linear.

Encontramos nas escolas um maior número de computadores conectados à Internet. Neste contexto cabe ressaltar à portaria nº 522/MEC, de 09 de abril de 1997, que proporcionou a criação do Programa Nacional de Informática na Educação – Proinfo (MEC, 1997) com o objetivo de introduzir novas tecnologias de comunicação e informação nas escolas públicas de Ensino Médio e Fundamental.

A introdução da Internet na escola deve ser feita cuidadosamente, de forma que docentes e discentes possam gerenciar, selecionar e organizar a informação e transformá-la em conhecimento e sabedoria, num rico contexto de comunicação.

Jeff Cobb (2008) delineia 5 competências chave hoje na Internet, estas que podem contribuir para o uso de TIC na educação:

1. A consciência (do sistema e o que pode ser representado para o crescimento de si mesmo);

2. O autoconhecimento (saber como aprendemos e quais são nossos limites e potencialidades);

3. A inspiração (como habilidade na resolução de problemas ao saber reconhecer e organizar a informação);

4. A conexão (efetiva e autentica com recursos e pessoas) e

5. A validação (que convida a uma autovalorização a partir da percepção das implicações da própria aprendizagem).

A Internet ajuda a desenvolver a intuição, a flexibilidade mental, a adaptação a ritmos diferentes

(permitindo a pesquisa individual, em que cada aluno vai no seu próprio ritmo, e a pesquisa em grupo,

em que se desenvolve a aprendizagem). A Internet é um lugar onde é possível procurar e acessar

diversas informações, entretanto, a Internet não é catalogada com qualquer consistência e nem sempre

se encontra a informação que se quer. Ela é um local que, parcialmente, podemos procurar

informações atuais e responder alguma questão ou pesquisar um problema. Devemos tomar o cuidado

em avaliar as fontes de informação na Internet, pois qualquer um pode colocar qualquer coisa na

Internet. Além do mais, a maior parte das informações encontradas na Internet está acessível em livros

didáticos, revistas e outros periódicos, etc. As possibilidades tecnológicas da Internet garantem a

comunicação imediata entre professores e alunos.

(12)

25 O fato é que a inserção do computador nas escolas vem estimulando uma reflexão em torno da noção de tempo e de espaço, e a importância dessas noções tem a tendência a aumentar em função das alterações condicionadas pelo uso generalizado da informática, especialmente da Internet.

Informações sobre a Internet

Na Internet estão inseridas várias tecnologias, dentre as quais podemos citar o world wide web (WWW), o protocolo FTP, o eletronic mail ou email, etc. A www é considerada a parte multimídia da Internet. Ela é a responsável pela visualização dos documentos que podem conter todo o tipo de informação: textos, fotos, animações, programas, trechos de vídeo e sons. Ela é constituída de várias páginas denominadas sites (sítios), que podem interligar-se construindo uma verdadeira “teia” de páginas ligadas entre si através de “hiperlinks”, sendo cada uma com seu endereço particular único.

A Internet se desenvolveu mais rapidamente como um meio para troca de documentos entre pessoas, em vez de um meio que fomentasse a troca de dados e informações que pudessem se processadas automaticamente. O endereço único de cada página na Web é denominado URL (sigla de Uniform/

Universal Resource Locator, que se traduzido ao pé da letra significa Localizador Uniforme/Universal de Recursos), e para acessar qualquer URL é necessário seguir uma estrutura fundamental: protocolo://máquina/caminho/recurso. O protocolo pode ser http, ftp, dentre outros. A Máquina se refere ao servidor no qual está hospedada a página na Web. O caminho está relacionado com as pastas onde estão guardados os recursos. O recurso é o arquivo que contém as informações visualizadas na tela do computador. Para efeitos práticos, examine o exemplo:

http://www.ufrpe.br/leutec/pesquisas.htm

• http – é o método (protocolo) utilizado para buscar páginas na Web;

• www.ufrpe.br – é a máquina, ou servidor que armazena o site;

• leutec – é a pasta que está dentro do servidor;

• pesquisas.htm – é o arquivo visualizado na tela.

FTP (File Transfer Protocol) é conhecido como a forma de envio e recebimento de arquivos da Internet de forma rápida, versátil e simples. É o protocolo para a transferência eficiente e confiável de arquivos entre servidores distintos, possibilitando o armazenamento remoto de arquivos. Os programas desenvolvidos para implementar este protocolo também são conhecidos como FTP e são desenvolvidos para aumentar a usabilidade e confiabilidade do envio dos arquivos e dados, como também para oferecer uma interface amigável para as transferências.

O correio eletrônico (eletronic mail) é um sistema de comunicação da internet que se baseia no envio e recebimento de mensagens eletrônicas de forma rápida e segura. O e-mail se apresenta como a primeira aplicação da Internet. Foi criado por Ray Tomlinson em 1971, sendo desenvolvido pelo mesmo grupo de trabalho da ARPANET. Quando se usa o e-mail, se está acessando uma caixa postal eletrônica acessada através de um endereço eletrônico, que apresenta a seguinte forma:

seunome@seuservidor.tipodedomínio.país

Num exemplo prático, examine:

bruno.leite@uast.ufrpe.br

bruno.leite – é o seu nome no servidor;

• ufrpe – é o nome do servidor utilizado;

• br – se refere ao país do servidor.

(13)

26 Existem outros domínios, como o educacional (.edu); o organizacional (.org); o artístico (.art), o comercial geral (.com); governamental (.gov); etc. A Internet consegue integrar vários tipos de mídias e linguagens, apresentando-os de forma simples e agradável aos usuários, e também permite que as informações circulem de maneira veloz e crescente, com um custo muito baixo.

REFERÊNCIAS

BRISCOE, C. The Dynamic Interactions Among Beliefs, Role Metaphors, and Teaching Practices: a Case Study of Teacher Change. Science Education. v. 75, n. 2, p. 185-199, 1991.

CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo:

Cortez, 2011.

COBB, J. Five themes for the Web 2.0 Learner. A Mission to Learn. 2008. Disponível em:

<http://www.missiontolearn.com/2008/05/five-themes-for-the-web-20-learner>.

KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas: Papirus, 2003.

KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007. 141 p.

LEÃO, M. B. C. Tecnologias na educação: uma abordagem crítica para uma atualização prática. Recife: UFRPE, 2011.

LEITE, B. S. Uso das Tecnologias no Ensino de Ciências: A web 2.0 como ferramenta de aprendizagem. 2011. 286 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2011.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química professores/pesquisadores. Ijuí:

Unijuí, 2006.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo, 1997. Disponível em:

<http://www.proinfo.mec.gov.br/>.

MELLO, I. C. O Ensino de Química em Ambientes Virtuais. Cuiabá: EdUFMT, 2009.

PENNINGTON, M. C. The power of the computer in language education. In: PENNINGTON, M. C. (Ed.). The power of CALL. Hong Kong: Athelstan, 1996. Disponível em: <http://www.teletandembrasil.org/home.asp>

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 35ª ed. São Paulo: paz e terra. 1996.

Para saber mais...

Psicologia da Educação Virtual: Aprender e Ensinar com as Tecnologias da Informação e da Comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010. Organizado por César Coll e Carles Monereo o livro trata sobre a educação e a aprendizagem em ambientes virtuais com o objetivo de contribuir com os processos educacionais que ocorrem em ambientes que se apoiam total ou parcialmente na utilização das TIC.

Tecnologias na Educação: uma abordagem crítica para uma atuação prática. Recife: UFRPE, 2011. Organizado por Marcelo B. C. Leão, reúne discussões sobre as Tecnologias no ensino e algumas aplicações, propiciando ao leitor algumas possibilidades de aplicação das tecnologias no contexto educacional.

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