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ARTIGO DE REVISÃO RESUMO ORIGEM LINFÓCITOS B

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Recebido em 27/08/2010. Aprovado, após revisão, em 23/09/2010. Declaramos a inexistência de conflitos de interesse.

Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.

1. Doutorando em Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 2. Mestre em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 3. Mestrando em Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

4. Médico Assistente da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

5. Doutorando em Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP e Professor-assistente de imunologia dos cursos de Medicina e Biomedicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC-Goiás

6. Professor Adjunto da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Endereço para correspondência: Neusa Pereira da Silva. Rua Botucatu, 740, 3º andar, CEP: 04023-900, São Paulo, Brasil.

Tel/fax: 55 (11) 5576-4239. Email: npsilva@unifesp.br.

Sistema Imunitário – Parte II

Fundamentos da resposta imunológica mediada por linfócitos T e B

Danilo Mesquita Júnior

1

, Júlio Antônio Pereira Araújo

2

, Tânia Tieko Takao Catelan

3

, Alexandre Wagner Silva de Souza

4

, Wilson de Melo Cruvinel

1

,

Luís Eduardo Coelho Andrade

6

, Neusa Pereira da Silva

6

RESUMO

O sistema imunológico é constituído por uma intrincada rede de órgãos, células e moléculas, e tem por finalidade manter a homeostase do organismo, combatendo as agressões em geral. A imunidade inata atua em conjunto com a imunidade adaptativa e caracteriza-se pela rápida resposta à agressão, independentemente de estímulo prévio, sendo a primeira linha de defesa do organismo. Seus mecanismos compreendem barreiras físicas, químicas e biológicas, componentes celulares e moléculas solúveis. A primeira defesa do organismo frente a um dano tecidual envolve diversas etapas intimamente integradas e constituídas pelos diferentes componentes desse sistema. A presente revisão tem como objetivo resgatar os fundamentos dessa resposta, que apresenta elevada complexidade e é constituída por diversos componentes articulados que convergem para a elaboração da resposta imune adaptativa. Destacamos algumas etapas: reconhecimento molecular dos agentes agressores; ativação de vias bioquímicas intracelulares que resultam em modificações vasculares e teciduais;

produção de uma miríade de mediadores com efeitos locais e sistêmicos no âmbito da ativação e proliferação celulares, síntese de novos produtos envolvidos na quimioatração e migração de células especializadas na destruição e remoção do agente agressor, e finalmente a recuperação tecidual com o restabelecimento funcional do tecido ou órgão.

Palavras-chave: imunidade inata, inflamação, autoimunidade, PAMPs, receptores toll-like.

ORIGEM

Células tronco pluripotentes da medula óssea dão origem às células progenitoras mieloides e linfoides. Os progenitores linfoides, por sua vez, dão origem aos linfócitos T, B e células NK. As células que vão se diferenciar em linfócitos T (LT) deixam a medula óssea e migram para o timo, onde ocorre todo o processo de seleção e maturação. Apenas os linfócitos T maduros deixam o timo e caem na circulação. As células, que vão se diferenciar em linfócitos B (LB), permanecem na

medula óssea e, ao final de sua maturação, deixam a medula e entram na circulação, migrando para os órgãos linfoides secundários (Figura 1).

LINFÓCITOS B

Os LB são inicialmente produzidos no saco vitelino, posterior-

mente, durante a vida fetal, no fígado e finalmente na medula

óssea. As células que vão se diferenciar em LB permanecem

na medula óssea durante sua maturação e os LB maduros

(2)

deixam a medula e entram na circulação, migrando para os órgãos linfoides secundários

1,2,3

(Figura 1).

As moléculas responsáveis pelo reconhecimento de antí- genos nos LB são as imunoglobulinas de membrana, IgM e IgD. Estas são a contrapartida dos receptores de linfócitos T (TCR) e por analogia são denominadas receptores de linfócitos B (BCR) em alguns contextos.

CARACTERÍSTICAS DAS IMUNOGLOBULINAS Cada molécula de imunoglobulina (Ig) é constituída por duas cadeias pesadas e duas cadeias leves ligadas por pontes Figura 1. Estágios de maturação da célula B na medula óssea a partir da célula tronco pluripotente. Inicialmente os linfócitos B passam por ciclos de proliferação com concomitante expressão das cadeias do receptor da célula B (BCR). Células que falham na expressão do BCR são eliminadas e células que reconhecem proteínas próprias com elevada afinidade são estimuladas a sofrer morte apoptótica (seleção negativa). Na parte inferior da figura estão esquematizados os estágios de desenvolvimento das células T a partir da migração de seus precursores da me- dula óssea para o timo. Na parte inferior direita temos a visão esquemática de uma molécula de IgG secretada.

dissulfeto. Existem cinco tipos de cadeias pesadas denominadas α, γ, δ, ε e μ, que definem as classes de imunoglobulina IgA, IgG, IgD, IgE e IgM. As cadeias leves são de dois tipos, κappa (κ) e lambda (λ). A especificidade de ligação ao antígeno é definida pela porção variável (Fab) da molécula, constituída pela união das regiões variáveis das cadeias leve e pesada da imunoglobulina. As propriedades características de cada classe de Ig podem ser vistas na Tabela 1.

1,3

Tabela 1 – Características básicas das classes de imunoglobulinas

Classe Estrutura Propriedades IgA Dimérica

Monomérica

Encontrada em mucosas do trato gastrointestinal, respiratório e urogenital.

Previne colonização por patógenos. Presente também na saliva, lágrimas e leite.

IgD Monomérica Imunoglobulina de membrana. Faz parte do receptor de membrana de linfócitos B virgens (BCR).

IgE Monomérica Envolvida em processos alérgicos e parasitários. Sua interação com basófilos e mastócitos causa liberação de histamina.

IgG Monomérica Principal imunoglobulina da imunidade adquirida. Tem capacidade de atravessar a barreira placentária.

IgM Monomérica Pentamérica

Faz parte do receptor de membrana de linfócitos B virgens (BCR).

Forma encontrada no soro, secretada precocemente na resposta imune adquirida.

ORGANIZAÇÃO DOS GENES DAS IMUNOGLOBULINAS

Cada cadeia de imunoglobulina é formada a partir de segmen- tos gênicos que se rearranjam em uma sequência específica para constituir a cadeia completa (Figura 1). A porção variável da cadeia pesada das imunoglobulinas é codificada pelos seg- mentos VH, DH e JH. Há mais de 50 genes VH, ~25 DH e 6 JH dispostos sequencialmente no cromossomo, seguidos das regiões constantes Cμ, Cδ, Cγ3, Cγ1, Cα1, Cγ4, Cγ2, Cε1 e Cα2. Nas cadeias leves os segmentos são: ~35 Vκ, 5 Jκ e um só segmento Cκ; ~30 Vλ e 4 conjuntos JλCλ.

2

MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS B

A maturação dos linfócitos B tem início a partir das células

pró-B que expressam três genes, TdT, RAG1 e RAG2, que

comandam a recombinação gênica necessária para a produção

de imunoglobulinas. A montagem da cadeia pesada se inicia

com a combinação aleatória de um segmento D e um J, que a

seguir se unem a um segmento V, definindo a especificidade de

(3)

reconhecimento do anticorpo que será formado, independente- mente da porção constante que fará parte da cadeia completa.

Essa cadeia pesada se associa a uma cadeia invariável e é expressa na superfície como um pré-BCR, juntamente com as moléculas assessórias Igα e Igβ. Em seguida ocorre o rear- ranjo da cadeia leve k e, na falha desta, da cadeia λ. Cada LB apresenta, portanto, um único tipo de cadeia leve associado à cadeia pesada. O sucesso na expressão de uma IgM completa na superfície do LB leva à progressão da maturação com sub- sequente produção de IgD de membrana.

3

É importante ressaltar que todo rearranjo gênico ocorre no início da maturação do LB, no estágio pré-B, ainda na medula óssea, e de modo totalmente independente de qualquer contato com antígeno.

2

O processo combinatório dos diferentes segmentos que compõem as porções variáveis das cadeias pesadas e leves e as diferentes possibilidades de associação entre elas resultam em cerca de 10

11

especificidades diferentes de reconhecimento pelas imunoglobulinas.

1

A fim de restringir esse repertório, mecanismos de seleção positiva e negativa atuam durante a maturação dos LB. Na

Figura 2. Estágios de maturação das células B com exemplos de marcadores imunofenotípicos expressos no desenvolvimento normal destas células.

CyIgµ - cadeia µ citoplasmática; SmIgM - IgM de superfície; CyIg - imunoglobulina citoplasmática.

seleção positiva, os LB imaturos expressando moléculas fun- cionais de Ig de membrana recebem sinais de sobrevivência para prosseguir a maturação. No processo de seleção negativa, os LB imaturos, ainda na medula óssea, que reconhecem antí- genos próprios com alta afinidade sofrem apoptose ou entram em um processo denominado edição de receptor, no qual os genes RAG são novamente ativados e outra combinação V-J de cadeia leve é gerada em substituição à anterior, auto-reativa.

1,2,3

Alguns detalhes da dinâmica de maturação das células B estão apresentados na Figura 1.

CARACTERIZAÇÃO IMUNOFENOTÍPICA

Os estágios de maturação dos LB são caracterizados por um

padrão específico de expressão de genes de imunoglobuli-

nas e de outras proteínas de membrana que servem como

marcadores fenotípicos desses estágios de desenvolvimento

(Figura 2). Essas moléculas de superfície cumprem funções

específicas importantes nas diferentes fases de maturação do

LB. A existência de anticorpos monoclonais específicos para

cada um desses marcadores permite que sejam feitos estudos

(4)

sobre a distribuição e a dinâmica da linhagem de LB. Ademais, monoclonais contra algumas dessas moléculas de superfície também podem ser utilizados com finalidade terapêutica, atin- gindo determinadas subpopulações de células da linhagem B.

ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS B

Os LB são responsáveis pela imunidade humoral que se ca- racteriza pela produção e liberação de anticorpos capazes de neutralizar, ou até mesmo destruir, os antígenos (Ag) contra os quais foram gerados. Para tal, os LB devem ser ativados, o que acarreta um processo de proliferação e diferenciação, que culmina na geração de plasmócitos com produção de imunoglobulinas com alta afinidade para o epítopo antigênico que originou a resposta. Para ativação, é preciso que o BCR ligue-se a um epítopo antigênico, o que desencadeia uma se- quência de eventos intracelulares. Além do reconhecimento do antígeno, a ativação dos LB depende também de um segundo sinal ativador.

1,2

O complexo do receptor de LB (BCR) inclui, além da imunoglobulina de membrana, duas cadeias peptídicas, Igα e Igβ, que têm função de dar início à sinalização intracelular após o encontro com o antígeno.

1,2

As moléculas Igα e Igβ contêm motivos de ativação (ITAMs) que são fosforilados após ligação do antígeno ao complexo BCR, e ativam fatores que promovem a transcrição de genes envolvidos na proliferação e diferenciação dos LB (Figura 3-A).

2,7

Os LB funcionam também como células apresentadoras de antígeno, após interiorizarem e processarem o Ag ligado ao receptor de superfície (BCR). Os peptídeos gerados pelo processamento são expressos na membrana dos LB ligados às moléculas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC) classe II, para apresentação aos LTCD4+ (auxiliares). A inte- ração do complexo peptídeo/MHC classe II com o receptor de LT (TCR) inicia uma cadeia de eventos que levam os LT auxiliares à expansão clonal e produção de citocinas que esti- mulam a proliferação e diferenciação dos LB (Figura 3-B).

1,2,7

Proteínas do complemento também fornecem sinais secun- dários para ativação por meio do receptor para o fragmento C3d, denominado CR2 ou CD21, expresso na superfície dos LB. O CD21 forma um complexo com outras duas proteínas de membrana, CD19 e CD81, permitindo o reconhecimento simultâneo do C3d e do antígeno pelo BCR. Esta ligação pro- move o início da cascata de sinalização de ambos os receptores, gerando uma resposta muito maior se comparada à resposta do antígeno não ligado à molécula C3d.

1,2

A possibilidade da ligação C3d/CR2 atuar como o segundo sinal para a ativa- ção dos LB garante o desencadeamento da resposta frente a

microorganismos e antígenos que ativam o complemento. Esse é também um mecanismo de amplificação da resposta imune humoral, uma vez que anticorpos capazes de ativar o comple- mento vão resultar em maior estímulo dos LB.

1,8

Recentemente tem sido destacado o potencial dos LB em

desempenhar suas funções após ativação de outros receptores

relacionados à resposta imune inata, tais como os Toll-Like

Receptors (TLRs). Foi demonstrado que os LB expressam a

maioria dos TLRs, tais como TLR-2, TLR-3, TLR-5 TLR-7

e TLR-9, respondendo a uma enorme variedade de ligantes

que podem ser proteicos, polissacarídicos, lipídicos e outros.

8

Figura 3. A. Complexo BCR e ativação da célula B. A partir

da ligação cruzada das imunoglobulinas na superfície do LB

são desencadeados eventos bioquímicos que iniciam com a

fosforilação dos ITAMS (Motivos de ativação de imunore-

ceptores baseado em tirosina) com consequente ativação de

enzimas e intermediários bioquímicos que culminarão na

ativação de fatores de transcrição que promovem a ativação

celular. B. Interação do linfócito B com linfócito T auxiliar

após processamento antigênico pelas células B. A produção

de citocinas pelos linfócitos T auxiliares resultará na ativação

da Resposta Imune Humoral. Destaque para as moléculas de

superfície envolvidas no processo de ativação.

(5)

A resposta dos LB a antígenos peptídicos requer a ajuda dos LT auxiliares e esses antígenos são, por isso, denominados “antígenos T dependentes”. Muitos antígenos não proteicos, com epítopos repetitivos, não necessitam da cooperação dos LT e são denominados “antígenos T independentes”.

1

CARACTERÍSTICAS DA RESPOSTA T DEPENDENTE A resposta humoral frente a Ag proteicos requer o reconheci- mento do antígeno pelos LT auxiliares e sua cooperação com os LB antígeno-específicos, estimulando a expansão clonal dos LB, a mudança de classe, a maturação de afinidade e a diferenciação em LB de memória.

1

Os LT expressam na sua superfície moléculas CD40L, que interagem com seu ligante, CD40, presente na superfície de LB, e expressam também CD28 que se liga às moléculas B7-1 (CD80) e B7-2 (CD86), cuja expressão na membrana dos LB ativados é significantemente aumentada. Esses dois pares de moléculas, CD40/CD40-L e CD28/B7, permitem a transmissão dos sinais de estímulo e induzem a produção de enorme variedade de citocinas (Figura 3-B).

1,2

MUDANÇA DE CLASSE DE IMUNOGLOBULINAS A etapa de diferenciação caracteriza-se por alterações signifi - cativas na morfologia dos LB e também pela troca da porção constante da cadeia pesada de IgM ou IgD para IgG, IgA ou IgE, processo conhecido como mudança de classe. Esta etapa envolve eventos moleculares complexos como rearranjo ao nível do DNA genômico e splicing alternativo ao nível do RNA mensageiro. Neste processo as porções variáveis das cadeias pesada e leve permanecem as mesmas e consequentemente a especificidade antigênica do anticorpo não é alterada, mas a resposta imune torna-se mais diversificada, uma vez que as diferentes classes de Ig apresentam diferentes características funcionais.

1,2

O sinal gerado pela interação CD40/CD40L parece atuar de forma global no início do processo de mudança de classe.

Pacientes com um tipo de deficiência de imunoglobulinas ligada ao X apresentam baixa expressão de CD40L em LT ativados, consequentemente os LB apresentam um defeito no processo de mudança de classe de imunoglobulinas com au- mento nos níveis séricos de IgM mas não de IgG, IgA ou IgE, tornando o paciente mais susceptível a infecções piogênicas e ao desenvolvimento de doenças autoimunes e linfoma.

1,2

MATURAÇÃO DA AFINIDADE

No início da resposta, há Ag suficiente para interagir com LB tanto de alta quanto de baixa afinidade e os anticorpos produzidos são heterogêneos. No decorrer da resposta, quantidades maiores de anticorpos se ligam ao Ag dimi- nuindo sua disponibilidade. Nessa fase, os LB com Ig de maior afinidade, que interagem melhor com o determinante antigênico, são preferencialmente estimulados. Esse pro- cesso é denominado maturação da afinidade. O aumento da afinidade de anticorpos para um dado Ag, durante a progressão da resposta humoral T dependente, é resultado de mutação somática nos genes de Ig durante a expansão clonal. Algumas destas mutações vão gerar células capazes de produzir anticorpos de alta afinidade, contudo, outras podem resultar na diminuição ou mesmo na perda da capa- cidade de ligação com o antígeno. A seleção positiva garante a sobrevivência seletiva de LB produtores de anticorpos de afinidade progressivamente maior. Nesse processo é fun - damental a interação CD40/CD40L bem como a presença de fatores solúveis derivados dos linfócitos T e por isso a maturação de afinidade ocorre somente na resposta aos antígenos T dependentes.

1,2,3

Pelo fato de que persistem LB de memória após uma ex- posição a antígenos T dependentes, os anticorpos produzidos numa resposta secundária apresentam afinidade média mais alta que os produzidos na primária. Esse processo é importante na eliminação de antígenos persistentes ou recorrentes.

1,2

CARACTERÍSTICAS DAS RESPOSTAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS DE ANTICORPOS

As respostas primárias e secundárias dos anticorpos para os antígenos proteicos diferem qualitativa e quantitativamente.

Resposta Primária

O primeiro contato com um antígeno, por exposição natural

ou vacinação, leva à ativação de LB virgens, que se diferen-

ciam em plasmócitos produtores de anticorpos e em células

de memória, resultando na produção de anticorpos específicos

contra o antígeno indutor. Após o início da resposta, observa-

se uma fase de aumento exponencial dos níveis de anticorpos,

seguida por uma fase denominada platô, na qual os níveis não

se alteram. Segue-se a última fase da resposta primária, a fase

de declínio, na qual ocorre uma diminuição progressiva dos

anticorpos específicos circulantes.

1,2

(6)

Resposta Secundária

Ao entrar em contato com o antígeno pela segunda vez, já existe uma população de LB capazes de reconhecer esse antí- geno devido à expansão clonal e células de memória geradas na resposta primária. A resposta secundária difere da primária nos seguintes aspectos: a dose de antígeno necessária para induzir a resposta é menor; a fase de latência é mais curta e a fase exponencial é mais acentuada; a produção de anticorpos é mais rápida e são atingidos níveis mais elevados; a fase de platô é alcançada mais rapidamente e é mais duradoura e a fase de declínio é mais lenta e persistente (Figura 4).

1,2,3

A magnitude da resposta secundária depende também do intervalo de tempo desde o contato inicial com o antígeno. A resposta será menor se o intervalo for muito curto ou muito longo. Se for muito curto, os anticorpos ainda presentes for- mam complexos Ag/Ac que são rapidamente eliminados; se for muito longo, é possível que as células de memória tenham diminuído gradualmente com o tempo, embora a capacidade para deflagrar uma resposta secundária possa persistir por meses ou anos. O período ótimo para a indução de resposta secundária é logo após a queda do nível de anticorpos da res- posta primária abaixo dos limites de detecção.

1,2

Nos dois tipos de resposta, primária e secundária, há a produção dos isótipos IgM e IgG, porém, na resposta primá- ria IgM é a principal Ig e a produção de IgG é menor e mais tardia. Na resposta secundária, a IgG é a imunoglobulina predominante. Nas duas respostas, a concentração de IgM sérica diminui rapidamente de maneira que, após uma ou duas semanas, observa-se queda acentuada enquanto a produção de IgG é persistente.

1,2

Vale a pena enfatizar que os testes imuno- enzimáticos muito sensíveis podem registrar níveis baixos ou residuais de IgM por meses em alguns casos.

CARACTERÍSTICAS DA RESPOSTA T INDEPENDENTE

Antígenos T independentes podem estimular a produção de anticorpos na ausência total ou relativa de LT. Esses antígenos são usualmente moléculas não proteicas, poliméricas, que es- timulam a produção de Ig de baixa afinidade pertencentes, na sua maioria, à classe IgM. Como, geralmente, não há ativação de LT, não serão geradas as citocinas necessárias para a mu- dança de classe, maturação de afinidade ou formação de LB de memória. Raramente na resposta a antígenos T independentes ocorre mudança para outros isótipos.

1,2,3

Figura 4. Visão esquemática

das fases primária e secundária

da resposta imune adaptativa

humoral. As células B virgens

nos tecidos linfoides periféricos

são ativadas a partir do contato

com o antígeno, proliferam e

diferenciam-se em células secre-

toras de anticorpos e células B de

memória. A resposta secundária

é mais rápida e ocorre a partir

da ativação das células B de

memória promovendo a produ-

ção de maiores quantidades de

anticorpos.

(7)

Um exemplo da importância da resposta a antígenos T independentes é a imunidade humoral frente a polissacarídeos bacterianos, um mecanismo decisivo na defesa do hospedeiro contra infecções por bactérias encapsuladas. Por essa razão, indivíduos com deficiências congênitas ou adquiridas que prejudiquem a resposta humoral são especialmente suscetíveis a infecções, muitas vezes fatais, por bactérias encapsuladas.

Outro exemplo de resposta aos antígenos T independentes são os anticorpos naturais, presentes na circulação de indivíduos normais e produzidos aparentemente sem exposição antigênica.

Muitos destes anticorpos naturais reconhecem carboidratos com baixa afinidade e acredita-se que sejam produzidos por LB peritoneais, isto é, células B1, estimuladas por bactérias que colonizam o trato gastrointestinal, e por LB da zona marginal dos órgãos linfoides. Anticorpos contra antígenos glicolipídicos A e B do grupo sanguíneo são outro exemplo de anticorpos naturais.

1,3

CÉLULAS B REGULADORAS (B

REGS

)

O conceito de LB reguladores (B

REGS

) foi introduzido por Bhan e Mizoguchi

11

a partir de estudo com camundongos LB deficientes (B

-

) cruzados com camundongos que não expressa- vam TCRα (TCRα

-/-

) e desenvolviam espontaneamente colite crônica. Os camundongos duplamente afetados (B

-

/TCRα

-/-

) apresentaram doença mais precocemente e inflamação mais exacerbada do que animais TCRα

-/-

, mas que tinham LB. De modo surpreendente foi comprovado que, naquele modelo ex- perimental, era possível minimizar o efeito da colite no grupo B

-

/TCRα

-/-

, pela administração de imunoglobulinas purificadas e de autoanticorpos anticélulas epiteliais colônicas. A melhora observada foi acompanhada de aumento no clearance de cé- lulas apoptóticas favorecido pelos autoanticorpos produzidos pelos LB

REGS

.

Outros estudos em modelos experimentais comprovaram a existência de células com capacidade imunomoduladora no pool de LB que, em um ambiente cronicamente inflamado, se diferenciam em um fenótipo com alta expressão de CD1d, capacidade de produção de IL-10 e habilidade para suprimir a resposta inflamatória. Os LB

REGS

dependem de interação antigênica e estimulação via molécula CD40L e B7, mas, uma vez ativadas, produzem IL-10 e TGF-β suprimindo a ativação e diferenciação de LTCD4

+

, LTCD8

+

e células NK/T, inibem a ativação de células dendríticas e estimulam a diferenciação de LT reguladores. Mediante contato dos LB

REGS

com LT virgens há inibição da ativação do LT e da diferenciação em TH1 (Figura 5).

12,13

Figura 5. Mecanismos de regulação da resposta imune indu-

zidos por células B reguladoras (BREGs). Os mecanismos de

supressão sobre diferentes alvos celulares são dependentes da

secreção de IL-10 e TGF-β.

(8)

O estudo dos LB

REGS

em modelos animais deixa claro o papel regulador dessas células nas diferentes enfermidades. A comprovação da existência dessas células no homem será de grande relevância para a compreensão das doenças autoimunes.

Mais do que entender a diversidade de efeitos das citocinas anti-inflamatórias que asseguram as funções dos LB

REGS

, o seu estudo reforça as evidências da produção de autoanticorpos de modo fisiológico com finalidade protetora.

11,12,13

SUBTIPOS ESPECIAIS DE LINFÓCITOS B EFETORES

Além do LB convencional (B2) existem outros subtipos de LB como os B1 e os LB da zona marginal (MZ-B) do baço, que atuam como verdadeiras sentinelas em sítios anatômicos específicos como: cavidade peritoneal, cavidade pleural e zona periférica do baço, respectivamente. Estes subtipos assemelham-se muito aos linfócitos Tγδ e aos linfócitos NK/T por sua localização em regiões específicas e função efetora com a utilização de receptores altamente conservados, mas capazes de reconhecer uma variedade limitada de patógenos. Ambos os subtipos exercem tanto as funções de células da imunidade inata como da resposta adaptativa. Por pertenceram aos dois tipos de resposta, provavelmente essas células representam uma forma primitiva e conservada de imunidade.

1,2,14

LINFÓCITOS B1

Os LB1 constituem uma subpopulação distinta dos LB con- vencionais (B2). Possuem forte capacidade autorrenovadora e são encontrados principalmente na cavidade pleural, peritoneal e em menor quantidade no baço. São responsáveis pela pro- dução da maior parte das IgM naturais e também da maioria dos anticorpos de classe IgM, incluindo anticorpos contra LT, dsDNA, eritrócitos e anticorpos que reconhecem constituintes bacterianos comuns. Tem sido sugerido que os LB1 represen- tam uma relíquia evolutiva originada de uma linhagem primi- tiva da imunidade inata que se tornou uma célula linfoide do sistema adaptativo, mas ainda mantém muitas características de uma célula do sistema inato. Os LB1 parecem representar a primeira linha de defesa contra infecções sistêmicas por vírus e bactérias e são de fundamental importância para o equilíbrio homeostático do organismo. Produzem anticorpos polirreativos e de baixa afinidade, importantes para remoção de células envelhecidas e/ou que sofreram estresse celular e proteção contra o desenvolvimento de doenças autoimunes e arterosclerose.

15,16

Os LB1 expressam baixos níveis dos marcadores B220/

CD45R, CD19, Mac-1 e IgD de superfície, altos níveis de IgM de superfície e são subdivididos em 2 grupos principais: B1a e B1b. Os LB1a expressam a molécula CD5 de superfície em níveis intermediários, enquanto os LB1b são CD5

-

e capazes de diferenciação em células com características mielomono- cíticas com função e morfologia semelhante ao macrófago.

Foi verificado que a secreção de IL-10 pelos LB1 modula a atividade fagocítica do macrófago in vitro, e a apresentação de antígenos na presença de IL-10 induz à tolerância ou diferen- ciação de LT em células supressoras, indicando um possível papel imunomodulador dessa população celular.

Linfócitos B da zona marginal

As principais populações de LB efetoras do baço são os LB da zona marginal (MZ-B) e os LB foliculares (FC-B). Os MZ-B são populações especializadas de LB localizadas na região periférica ou marginal do baço, região denominada sinusoide esplênico. Neste sítio estão localizados também os macrófa- gos da zona marginal que junto com os MZ-B representam a primeira linha de defesa rápida, contra antígenos particulados da corrente sanguínea. No entanto, fenotipicamente, estes linfócitos são muito semelhantes aos LB convencionais, sendo classificadas também no grupo LB2.

14

Os FC-B, localizados nos folículos linfoides, atuam em um estágio mais avançado da resposta adquirida, gerando LB de memória e plasmócitos por meio da resposta humoral T dependente comentada anteriormente nesta revisão.

14

Os MZ-B, assim como os LB1, possuem um repertório de reconhecimento antigênico limitado, normalmente autorrea- tivo. Mas, ainda que autorreativos, eles são também polirre- ativos, com especificidade importante tanto para remoção de restos celulares, como para o reconhecimento de antígenos bacterianos e virais. Outra característica importante destas células é a propriedade que elas têm de gerar as chamadas respostas humorais T independentes, ou seja, podem responder avidamente a estímulos antigênicos e se diferenciarem em células secretoras de anticorpos sem a necessidade de auxilio de LT. Juntos, MZ-B e LB1 fazem parte das chamadas repostas de memória natural, pois geram rapidamente células efetoras nos estágios iniciais da resposta imune.

14

LINFÓCITOS T

As células pré-T entram no córtex tímico pelas artérias e

durante o processo de seleção e maturação migram em di-

reção à medula, de onde saem para a circulação. O processo

(9)

de maturação dos LT envolve a expressão de um receptor de células T (TCR) funcional e dos co-receptores CD4 e/ou CD8.

1

Os LT só reconhecem antígenos processados, apresentados por moléculas de MHC na superfície de uma célula apresenta- dora de antígeno. O TCR é expresso na membrana dos LT em associação com um complexo denominado CD3, composto por cinco diferentes proteínas da família das imunoglobuli- nas. O TCR é responsável pelo reconhecimento do complexo peptídeo-molécula de MHC, e o CD3, pela sinalização celular subsequente.

1

RECEPTOR DE CÉLULAS T (TCR)

O TCR é formado por duas cadeias peptídicas da superfamília das imunoglobulinas, com uma região variável e uma região constante, formadas a partir de segmentos gênicos que durante a maturação dos LT sofrem recombinação de forma semelhan- te à do BCR. Em cerca de 95% dos LT circulantes o TCR é formado pelas cadeias α e β. Uma pequena porcentagem de LT apresenta TCR composto por cadeias γ e δ. As cadeias α e δ são formadas pela combinação de três tipos de segmentos (V, J e C) e as cadeias β e γ, quatro tipos (V, D, J e C). Há ~70 diferentes segmentos Vα, 60 Jα e 1 único Cα. Para a cadeia β, há ~50 Vβ seguidos de dois conjuntos compostos de 1 Dβ, 6-7 Jβ e 1 Cβ. Nas cadeias γ e δ a variabilidade é menor.

17

A grande diversidade de repertório dos LT maduros é gera- da pelo processo de recombinação somática na qual um dado gene V, entre os diversos possíveis, liga-se a um dado gene J ou combinação DJ. A diversidade de repertório potencial dos LT é algo em torno de 10

16

. A recombinação entre os diferentes segmentos é mediada por enzimas expressas apenas durante a fase de maturação dos linfócitos.

1,17

MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS T

O processo de maturação dos LT ocorre em etapas sequenciais que envolvem a recombinação somática e expressão do TCR, proliferação das células, expressão dos co-receptores CD4 e CD8 e seleção positiva e negativa induzida por apresentação de antígenos próprios por células do estroma tímico.

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Inicialmente ocorre o rearranjo dos genes da cadeia β do TCR e, em seguida, da cadeia α. Os timócitos, ou linfócitos imaturos, começam a expressar baixos níveis de CD4 e CD8 na superfí- cie, sendo, portanto, duplo-positivos. Nesta fase, os timócitos migram em direção à medula tímica e entram em contato com Ag próprios apresentados pelas células epiteliais do estroma tí- mico. Apenas aqueles que se ligam ao complexo MHC/Ag com

afinidade adequada recebem estímulo para sobreviver (seleção positiva). Os timócitos cujo TCR não apresenta afinidade pelo MHC próprio sofrem apoptose pela falta de estímulo (morte por negligência).

17

A i nteração com moléculas MHC de classe I ou II determina a diferenciação do timócito em LT CD8

+

ou CD4

+

, respectivamente. Continuando a maturação, os timócitos αβ que sobreviveram à seleção positiva e expressam apenas CD4 ou CD8 entram em contato na medula com células dendríticas e macrófa- gos, células apresentadoras de antígenos (APCs) extremamente eficientes, que apresentam Ag próprios associados ao MHC. Os timócitos imaturos que interagem com muita afinidade com esses complexos morrem por apoptose (seleção negativa). As células que sobrevivem tornam-se LT maduros, prontos para deixarem o timo e exercerem suas funções na periferia. Apenas cerca de 5%

das células que entram no timo tornam-se LT maduros

17

(Figura 1).

Este processo de educação tímica visa garantir que os LT circulantes sejam tolerantes aos Ag próprios, mas capazes de reconhecer Ag estranhos ao organismo quando apresentados pelo MHC próprio. Entretanto, os mecanismos centrais de tolerância não são absolutos uma vez que LT autorreativos podem ser encontrados na periferia. Entre outros mecanismos de regulação periférica, destacam-se diferentes populações de LT reguladores que atuam na periferia impedindo o desenvol- vimento de autoimunidade.

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LT EFETORES

Existem diversos subtipos de LT efetores. Classicamente os dois principais subtipos são os auxiliares (Th) e os citotóxicos, que apresentam um receptor TCR αβ e as moléculas correcep- toras, CD4 ou CD8, respectivamente. Os LT CD4 (Th) são responsáveis por orquestrar outras células da resposta imune na erradicação patógenos e são também muito importantes na ativação dos LB, macrófagos ou mesmo LT CD8. Os LT CD8 estão envolvidos principalmente nas respostas antivirais e possuem também atividade antitumoral. Ambos os subtipos apresentam papel muito importante no controle de patógenos intracelulares. Outros subtipos de LT efetores, encontrados especialmente nas barreiras de mucosa e na pele, são os LT γδ. Essas células são importantes nas respostas imunes contra antígenos comumente encontrados nesses sítios anatômicos e representam um elo entre a resposta imune inata e adaptativa (Figura 6).

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Linfócitos T CD4 Auxiliares (Th)

Os LTh são subdivididos funcionalmente pelo padrão de ci-

tocinas que produzem. Durante o estímulo fornecido por uma

(10)

APC, um linfócito precursor Th0 pode se tornar um linfócito Th1, Th2 ou Th17, na dependência do ambiente de citocinas presente. Embora morfologicamente indistinguíveis essas células apresentam distintos padrões de citocinas secretadas e, consequentemente, diferentes respostas efetoras

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(Figura 6).

Linfócitos Th1

Os LTh1 produzem grandes quantidades de IL-2, que induz proliferação de LT (incluindo os próprios LTCD4 de maneira autócrina) e também induz a proliferação e aumenta a capa- cidade citotóxica dos LT CD8. A outra citocina produzida em grandes quantidades pelos LTh1 é o INF-γ, uma citocina muito importante na ativação de macrófagos infectados com patógenos intracelulares como micobactérias, protozoários e fungos, que apresenta também um papel relevante na ativação de LT CD8.

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Os pacientes com síndrome de imunodeficiência em que o receptor de INF-γ está ausente sofrem de infecções graves por micobactérias.

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Existe um ciclo de retroalimentação positiva na ação do INF-γ sobre outros LTh0, induzindo sua polarização para a via de diferenciação Th1 e inibindo a via Th2.

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A resposta Th1 é essencial para o controle de patógenos intracelulares, sendo possível que contribua para a patogênese de doenças reumáticas autoimunes como artrite reumatoide (AR) e esclerose múltipla (EM). Entretanto, nos últimos anos, uma nova subpopulação de LT, os LTh17, tem sido responsa- bilizada pelo processo fisiopatológico dessas enfermidades.

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Linfócitos Th2

A segunda população Th muito importante nas respostas imu- nes humorais é o LTh2, que produz IL-4, IL-5, IL-6 e IL-10, favorecendo a produção de anticorpos.

18

As respostas Th2 estão associadas com as doenças alérgicas e infecções por helmintos, uma vez que a IL-4 induz a troca de classe de imunoglobulinas nos linfócitos B para IgE e a IL-5 induz a produção e ativação de eosinófilos. De forma análoga ao INF-γ, a IL-4 também promove retroalimentação positiva para a via Th2 e suprime a via Th1. Em situações de hipersensibilidade imediata, como nas doenças alérgicas, a terapia visa a dessensibilização imune Th2 e indução de respostas Th1 alérgeno-específicas.

18,19

Já em doenças sabidamente causadas por LTh1, as citocinas Th2 têm sido consideradas protetoras, portanto a busca pela alteração no padrão de resposta imune de Th1 para Th2 tem sido muito estudada, visando a melhora ou o restabelecimento da tole- rância imunológica. Entretanto, este paradigma bipolar tem sido reformulado recentemente em função do reconhecimento de novos subtipos de LT, principalmente as células Th17.

18,19

Figura 6. Características gerais das células T com des-

taque para os linfócitos T auxiliares (subtipos TH1 e

TH2), células TH17, linfócitos T citolíticos, linfócitos

Tγδ e células T reguladoras naturais (TREGs) e induzidas

(TR-1 e Th3).

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