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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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e r do n egr do e ed c n

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1 Marta Baldo Gomes | 2014319

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ...2

ATIVIDADES CURRICULARES DESENVOLVIDAS ...2

1. ESTÁGIO PARCELAR DE SAÚDE MENTAL ...2

2. ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR (MGF) ...3

3. ESTÁGIO PARCELAR DE PEDIATRIA ...4

4. ESTÁGIO PARCELAR DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA ...4

5. ESTÁGIO PARCELAR DE CIRURGIA GERAL ...5

6. ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA INTERNA ...6

ATIVIDADES VALORATIVAS ...6

REFLEXÃO CRÍTICA ...7

ANEXOS ... 10

1. TABELA RESUMO DOS ESTÁGIOS PARCELARES ... 10

2. ANO LETIVO 2019-2020... 11

2.1. IMEDCONFERENCE 11.0 ... 11

2.2. IJORNADAS DO ACESLEZÍRIA ... 12

2.3. WORKSHOP GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA ... 13

2.4. VICONGRESSO NACIONAL DE ESTUDANTES DE MEDICINA ... 14

2.5. VICONGRESSO NACIONAL DE ESTUDANTES DE MEDICINA SESSÃO PARALELA SAÚDE NAS PRISÕES ... 15

2.6. OBESIDADE,CEFALEIAS E ENURESE COMO ORIENTAR E QUANDO REFERENCIAR JORNADAS DE FORMAÇÃO DA UCF ... 16

2.7. 7ªS JORNADAS DO DEPARTAMENTO DE CIRURGIA ... 17

2.8. CURSO TEAM ... 18

2.9. SER MÉDICO NO HOSPITAL PRISIONAL ... 19

2.10.HOSPITAL DE CAMPANHA DO PORTO (2020) ... 20

3. ANOS LETIVOS ANTERIORES ... 21

3.1. GRÉMIO ACADÉMICO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS (2015-2019) ... 21

3.2. COMISSÃO ORGANIZADORA DO HOSPITAL DA BONECADA® EQUIPA DINAMIZAÇÃO (2017) ... 22

3.3. CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO RARISSÍMAS (2017) ... 23

3.4. VOLUNTARIADO INTERNACIONAL EM MOÇAMBIQUE (2018) ... 24

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2 Marta Baldo Gomes | 2014319

INTRODUÇÃO

A educação médica pré-graduada deve capacitar o estudante médico com um núcleo de conhecimentos e valores que lhes permita iniciar a sua prática clínica profissional dispondo das ferramentas necessárias à aprendizagem

autónoma ao longo da sua carreira médica.1 O facto de o 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina ser um ano

profissionalizante torna-se essencial ao desenvolvimento de senso clínico por parte do estudante, que tem então a oportunidade de consolidar e complementar conhecimentos adquiridos ao longo do curso nos estágios parcelares de Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Geral e Medicina Interna. Para este ano letivo estabeleci como objetivos transversais a todos os estágios parcelares o treino de competências clínicas como a colheita de anamnese, a estruturação de um raciocínio clínico, a discussão diagnóstica e terapêutica; o conhecimentos das patologias mais frequentes em cada especialidade; e ainda o aprimoramento de relações interpessoais, não só na relação médico doente, mas também com os seus familiares e com toda a equipa clínica, visando uma comunicação clara e sensível e o desenvolvimento de espírito crítico.

O presente relatório consiste num resumo das atividades desenvolvidas ao longo do 6º ano do MIM, ao longo do qual destaco a importância de cada estágio parcelar no cumprimento dos objetivos inicialmente propostos para este ano profissionalizante. Assim sendo, inicio a sua escrita pela presente introdução, à qual se seguirá a descrição sumária de cada estágio parcelar, de acordo com a ordem cronológica de realização dos mesmos. Seguidamente abordarei de uma forma sucinta as atividades extracurriculares que realizei ao longo deste ano letivo, bem como atividades que realizei ao longo de todo o meu percurso académico e que considero terem sido cruciais à minha formação médica. Finalmente, terminarei com uma reflexão crítica das atividades realizadas, integrando a aprendizagem delas obtida e o cumprimento ou não dos objetivos aos quais me propus. Em anexo, apresento uma tabela com o resumo dos estágios parcelares e os trabalhos realizados (Anexo 1.1.), e ainda os certificados das atividades extracurriculares e formativas que frequentei, mencionadas ao longo deste relatório.

ATIVIDADES CURRICULARES DESENVOLVIDAS

1. E

STÁGIO

P

ARCELAR DE

S

AÚDE

M

ENTAL

O estágio parcelar de Saúde Mental decorreu entre os dias 9 de setembro e 4 de outubro de 2019, no Hospital Júlio de Matos, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), sob a tutoria do Dr. Miguel Nascimento e regência do Dr. Miguel Talina. Quanto aos objetivos específicos que estabeleci para este estágio destaco a aquisição de competências comunicacionais; a compreensão do trabalho integrado em equipa e colaboração multidisciplinar como princípio basilar da recuperação do doente com doença psiquiátrica e finalmente o reconhecimento das principais patologias psiquiátricas, o diagnóstico e terapêutica das mesmas e a necessidade de referenciação à Psiquiatria. O estágio teve início com dois seminários teórico-práticos, sendo que o primeiro consistiu na discussão de casos clínicos que abordavam as patologias psiquiátricas mais comuns na prática clínica, e o segundo numa apresentação acerca do Estigma em Saúde Mental. Penso que estes seminários foram um elemento fundamental

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de preparação para o estágio que decorreu nas semanas seguintes, promovendo uma visão global e real da Psiquiatria, e alertando-me para a necessidade de não marginalização dos doentes psiquiátricos. O restante estágio decorreu na Unidade de Reabilitação do CHPL, nomeadamente numa Unidade de Treino de Autonomia. Esta consiste num Serviço porta aberta onde o principal objetivo é o treino de autonomia e reabilitação biopsicossocial dos doentes conforme as suas necessidades, que podem ir desde o desenvolvimento de boas práticas de higiene e organização pessoal à gestão de tempo e dinheiro. Para tal são desenvolvidos programas de Terapia Ocupacional e outras atividades terapêuticas como teatro ou dinamização de programa de Rádio. É também dado apoio a nível formativo e possibilidade de integração em Emprego Protegido. No decorrer destas quatro semanas tive oportunidade de contactar com doentes em enfermaria, assistir a consultas de triagem, participar em reuniões de serviço e comunitárias e acompanhar os pacientes em atividades de Terapia Ocupacional e do Teatro Terapêutico. Além destas pude ainda acompanhar o meu tutor no Serviço de Urgência (SU) do Hospital São José e sessões de Eletroconvulsivoterapia e a Dr.ª Filipa Freitas em Consulta Externa no Centro Comunitário CINTRA. Assim tive a oportunidade de contactar com diversas patologias do foro psiquiátrico em diferentes fases da sua história natural e respetivas medidas de atuação. Finalmente, realizei ainda uma história clínica acerca de um caso de Perturbação Instável da Personalidade associada a Depressão Aguda Severa.

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EDICINA

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ERAL E

F

AMILIAR

(MGF)

O estágio parcelar de MGF teve a duração de 4 semanas, tendo-se realizado entre os dias 7 de outubro e 1 de novembro de 2019, na Unidade de Saúde Familiar (USF) Vale do Sorraia, em Coruche, sob a tutela da Dr.ª Teresa Vale e regência da Prof.ª Doutora Isabel Santos. Para este estágio propus-me a adotar uma visão holística do doente, abordando todo o seu contexto biopsicossocial, considerando não só a sua patologia, mas também o ambiente em que este se insere, nomeadamente o contexto familiar, relações com pares ou estado profissional e o impacto que estes possam ter na sua saúde e bem-estar. Outros objetivos estabelecidos foram o conhecimento das patologias mais frequentes na comunidade e a importância da prevenção em saúde. Ao longo do estágio tive a oportunidade de assistir a consultas de Saúde de Adultos, de Saúde Materna, de Saúde Infantil e Juvenil, de Planeamento Familiar, de vigilância de Hipertensão e Diabetes e ainda a consultas de Doença Aguda. Além da observação de consultas foi-me também permitida a condução das mesmas, com posterior discussão da situação clínica dos pacientes com a minha tutora. Isto permitiu um confronto pessoal com os meus pontos fortes e fracos enquanto estudante de medicina e consequentemente a possibilidade de os trabalhar e aperfeiçoar a minha abordagem enquanto médica. Além disto tive ainda a oportunidade de desenvolver outras atividades, nomeadamente a realização de textos educativos para emissão na Rádio Local, a Rádio Voz do Sorraia; a participação na Campanha de Vacinação na Junta de Freguesia de Santana do Mato, em Coruche; e ainda a participação numa aula de preparação para o parto, integrada num projeto realizado por uma equipa de enfermeiros especialistas em Saúde Materna e Infantil, que se realizou na USF Vale do Sorraia. Finalmente, uma vez por semana pude ainda acompanhar a minha tutora no Serviço de Atendimento Permanente, ao qual recorriam pacientes com doença aguda e de carácter urgente. Importa referir a importância das Unidades de Saúde Primárias

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em regiões mais periféricas do nosso país como primeira linha de contacto e resposta de patologia urgente e o funcionamento da mesma como ponte para o encaminhamento do paciente aos cuidados diferenciados mais próximos se a necessidade de realização de exames complementares de diagnóstico ou terapêutica não for suficiente no local.

3. E

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P

EDIATRIA

O estágio parcelar de Pediatria decorreu entre os dias 4 e 29 de novembro de 2019, no Hospital Dona Estefânia, sob a tutoria da Dr.ª Marta Conde e regência do Prof. Dr. Luís Varandas. A Pediatria trata-se de uma especialidade abrangente e integral que aborda o paciente desde o seu nascimento até ao fim da adolescência, motivo pelo qual se torna crucial a abordagem de cada situação clínica de acordo com a faixa etária em que o doente se insere. Assim, para este estágio estabeleci como objetivo não só o conhecimento das principais patologias da criança e adolescente e respetiva atuação perante as mesmas, como também o reconhecimento de urgências ou emergências e sinais de gravidade de cada uma destas patologias. Além destes, outro objetivo consistiu no aperfeiçoamento de comunicação com a criança ou adolescente e os seus cuidadores, uma vez que uma relação empática com estes permite a sua tranquilização e a criação de um ambiente mais propício a uma correta avaliação dos doentes e à adesão à terapêutica. Ao longo do estágio tive oportunidade de observar diferentes vertentes e subespecialidades da Pediatria, tendo assistido a consultas de Reumatologia, Infeciologia e Hematologia Pediátricas, a consultas de Pediatria Geral e de Imunoalergologia. Tive ainda a oportunidade de estar em contexto de internamento na Unidade de Infeciologia do HDE e no serviço de Cardiologia Pediátrica do Hospital de Santa Marta. Finalmente, um dia por semana acompanhei a minha tutora durante o seu tempo de atividade no SU, onde contactei com um vasto leque de patologia aguda, realizei colheita de anamnese e exame objetivo dirigido às diferentes situações clínicas, avaliei a necessidade de exames complementares de diagnóstico, pratiquei a abordagem terapêutica mais comum e ainda informei os cuidadores dos sinais de alarme para voltar à urgência. Penso que esta foi uma mais valia no sentido de ganhar competências de raciocínio clínico e gestão de tempo, bem como de treino de prescrição de terapêutica na dosagem pediátrica para as patologias agudas mais comuns. Ao longo do estágio assisti ainda, todas as manhãs, às reuniões de serviço onde eram discutidos os doentes entrados em cada Serviço Pediátrico do HDE; a três sessões clínicas onde foram apresentados vários assuntos de interesse na pediatria; e finalmente à apresentação dos seminários preparados pelos meus colegas, tendo também apresentado m seminário com o tema Abordagem da Criança com Cefaleia Realizei ainda uma história clínica acerca de um caso de Bronquiolite Aguda.

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INECOLOGIA E

O

BSTETRÍCIA

O estágio parcelar de Ginecologia e Obstetrícia teve a duração de quatro semanas, tendo decorrido entre os dias 2 de dezembro de 2019 e 10 de janeiro de 2020, no Hospital CUF Descobertas, sob a tutoria da Dr.ª Sílvia Roque e regência da Prof.ª Dr.ª Teresinha Simões. Para este estágio estabeleci como objetivo a consolidação de conhecimentos previamente adquiridos, tais como as patologias ginecológicas e obstétricas mais frequentes, o

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seguimento da gravidez de baixo risco, o conhecimento de medidas de planeamento familiar e dos principais rastreios em ginecologia. A especialidade de GO é uma especialidade com a qual me identifico e tenho interesse, pelo que as expectativas depositadas neste estágio foram elevadas, tendo estabelecido como objetivos não só os de cariz teórico já referidos como também de cariz prático, no sentido de aperfeiçoamento de procedimentos ginecológicos e obstétricos e conhecimento da especialidade no seu todo, nomeadamente das valências integrantes da mesma. Este último ponto penso ter sido um dos pontos fortes do estágio no Hospital CUF Descobertas, onde pude assistir a consultas de Alto Risco Obstétrico, de Ginecologia, de Obstetrícia, de Senologia, consultas destinadas à realização de Métodos Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, tendo ainda assistido a 8 cirurgias eletivas e participado em 4. Além destas tive ainda a oportunidade de assistir à realização de 37 ecografias e uma amniocentese com apoio ecográfico. Finalmente, um dia por semana era passado no Serviço de Urgência e Bloco de Partos, onde pude contactar com urgências de foro obstétrico e ginecológico e assistir a 11 partos, tendo participado em 7 cesarianas. A nível de atividades formativas destaco a realização do W k h The

W a dirigido pela Prof.ª Dr.ª Teresinha Simões na Maternidade Alfredo da Costa, e participação em reuniões

hospitalares, nomeadamente na Reunião de Patologia Mamária, que aborda uma visão multidisciplinar desta; e em Reuniões de Serviço. Finalmente, numa Reunião de Serviço eu e as minhas colegas de sexto ano apresentamos os nossos trabalhos acerca de artigos científicos com interesse na prática clínica, tendo eu apresentado o artigo Effec

of Delayed vs Immediate Umbilical Cord Clamping on Maternal Blood Loss in Term Cesarean Delivery a Ra d i ed Cli ical T ial

5. E

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C

IRURGIA

G

ERAL

O estágio parcelar de Cirurgia Geral decorreu entre os dias 20 de janeiro e 13 de março de 2020, no Hospital da Luz, sob a tutela do Dr. Carlos Ferreira e regência do Prof. Dr. Rui Maio. A primeira semana de estágio decorreu no Hospital Beatriz Ângelo, tendo sido realizadas sessões teóricas e teórico-práticas que abordaram temas essenciais à prática cirúrgica e à vida hospitalar. Do mesmo modo, foram abordados casos clínicos e praticados alguns procedimentos, tais como suturas, colocação de vias e intubação endotraqueal. As seguintes cinco semanas destinaram-se ao estágio prático de Cirurgia Geral, ao longo do qual tive a oportunidade de observar um total de 57 doentes em consulta e 39 cirurgias, tendo participado como segunda ou terceira ajudante em 15 destas. Ao longo do estágio contactei sobretudo com patologia ano-rectal, hérnias abdominais e inguinais, doença diverticular, litíase vesical e lipomas. Em internamento observei maioritariamente a avaliação pós-cirúrgica de doentes operados. Em contrapartida, pelo facto de o Serviço de Urgência de CG no Hospital da L f ncionar por chamada acabei por ter pouco contacto com casos de patologia urgente ou emergente. Além das atividades supracitadas assisti ainda a sessões formativas e reuniões multidisciplinares que se realizavam todas as quartas-feiras, sendo que estas me permitiram contactar com um leque bastante maior de patologia e me sensibilizaram para a importância da discussão de casos clínicos como forma de otimizar e personalizar o tratamento de cada doente individualmente. Ao longo destas cinco semanas participei ainda em outras sessões formativas, tais como a realização do curso

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realizada pelo meu tutor acerca de cirurgia em contexto de guerra, durante a qual foram abordadas as suas missões na República do Congo, no Iraque e no Sudão. Posteriormente, as restantes duas semanas destinar-se-iam à realização de um estágio opcional em Anestesiologia, sob a tutela da Dr.ª Cristina Pestana, sendo que este foi um pouco mais curto pela necessidade de aplicar medidas de contingência face à Pandemia por COVID-19. No entanto, ainda assim foi-me permitido realizar vários procedimentos práticos, como intubação endotraqueal e colocação de máscaras laríngeas e de sonda nasogástrica, a par de terem sido transmitidos conhecimento teóricos relativos às principais técnicas anestésicas. Finalmente, ainda devido ao plano de contingência, o minicongresso de Cirurgia que habitualmente se realiza no último dia de estágio não foi realizado, tendo ainda assim sido elemento de avaliação m seminário final sendo o tema do seminário reali ado pelo me gr po Breast Metastasic Lesion a Lone Wolf? sobre a metastização do carcinoma da mama, remetendo a um caso de uma paciente com uma metástase hepática única e metácrona submetida a sectorectomia posterior direita alargada.

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EDICINA

I

NTERNA

O estágio parcelar de Medicina Interna decorreria no Hospital de São José, entre os dias 16 de março e 15 maio de 2020. No entanto, devido à situação de pandemia por COVID-19 em Portugal as medidas de contingência adotadas pela faculdade incluíram a suspensão dos estágios presenciais a partir do dia 10 de março. Por esse motivo, de forma a concluir o estágio parcelar de Medicina Interna foi-nos proposto a realização e apresentação de um trabalho teórico pelo Dr. Luís Dias, responsável do estágio de Medicina Interna do São José. O trabalho realizado por mim e o meu grupo foi sobre a Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono.

ATIVIDADES VALORATIVAS

Ao longo dos seis anos do Mestrado Integrado em Medicina procurei complementar a minha formação médica com atividades extracurriculares que me permitissem por um lado aprofundar conhecimentos em áreas de interesse médico e científico, por outro desenvolver competências de cooperação e organização em diferentes ambientes de trabalho, e finalmente desenvolver o espírito comunitário e de compromisso. Competências estas que considero serem fundamentais para a profissão Médica, onde a ciência, compromisso e humanidade devem andar de mãos dadas.

Assim, ao longo deste ano letivo, participei na iMed Conference® 11.0 (Anexo 2.1.), conferência organizada pela AEFCM, que nos proporciona diversos workshops e palestras com oradores nacionais e internacionais de referência para a comunidade médica. Assisti também às I Jornandas do ACES Lezíria (Anexo 2.2.) na qual foram abordados diferentes temas de interesse especialmente em Cuidados de Saúde Primários; a um Workshop de Ginecologia e Obstetrícia (Anexo 2.3.), organizado pela AEFCM e no qual foram discutidos casos clínicos da aérea da GO; ao VI Congresso Nacional de Estudantes de Medicina (Anexo 2.4.), um congresso generalista e adaptado às necessidades dos estudantes de medicina, durante o qual assisti à sessão paralela Sa de nas Prisões Ane o 2.5.); às jornadas de Formação da UCF “Obesidade, Cefaleias, e Enurese Como Orientar e Quando Referenciar” (Anexo 2.6.); às “ ªs Jornadas do Departamento de Cirurgia” (Anexo 2.7.), nas quais foram abordados diferentes temas

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relacionados com a especialidade de Cirurgia Geral, desde à apresentação de casos clínicos e técnicas cirúrgicas à discussão da formação em cirurgia com testemunhos de formação internacional; e ainda à palestra “Ser Médico no Hospital Prisional” (Anexo 2.9.), onde foi apresentada a abordagem da Psiquiatria neste contexto. Finalmente, face à necessidade de recursos humanos no combate à pandemia por COVID-19 no nosso país, integrei como voluntária a equipa médica do Hospital de Campanha do Porto (Anexo 2.10.)

No que diz respeito aos anos letivos anteriores destaco a minha participação, desde 2016 até 2019, como elemento efetivo do Grémio Académico da Faculdade de Ciências Médicas (Anexo 3.1.), responsável pelo acolhimento de novos alunos e organização de cerimónias tradicionais da fac ldade como por e emplo a Serenata a Santana Com esta experiência pude desenvolver competências de organização e trabalho em equipa. Além deste fiz parte também da Comissão Organizadora do Hospital da Bonecada (Anexo 3.2.), em 2017, integrada na equipa da Dinamização, sendo que o nosso trabalho insidia maioritariamente no estabelecimento de parcerias com empresas dedicadas a animação de espaços infantis. Neste mesmo ano integrei o projeto MarcaMundos, onde estive inserida durante dois anos letivos consecutivos. Este trata-se de um projeto sem fins lucrativos cujo objetivo é capacitar e implementar a promoção e educação da saúde a nível nacional e internacional. Para tal, durante o ano letivo os voluntários têm palestras e formações de preparação para o terreno e são responsáveis pela realização de atividades de angariação de fundos de forma a subsidiar as missões. Neste contexto, no primeiro ano do projeto realizei uma missão nacional, como voluntária de um campo de férias de meninos com doenças raras, na Casa dos Marcos Raríssimas (Anexo 3.3.). No ano seguinte realizei uma Missão Internacional em Moçambique, em parceria com a ONGD Helpo (anexo 3.4.). Durante 6 semanas integrei a atividade desta organização no seu trabalho de campo, com distribuição de bens essenciais à comunidade e formações de educação para a saúde, tendo abordado temas como a Anemia, Malária e Educação Sexual e Reprodutiva. Paralelamente tive ainda a oportunidade de realizar um estágio observacional do Hospital Central de Nampula, nomeadamente nos serviços de Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Medicina Interna e na Unidade de Trauma do Serviço de Urgência. Esta experiência permitiu-me contactar com uma realidade totalmente diferente daquela em que estou inserida, com uma escassez absurda de material, meios complementares de diagnóstico, medicação e recursos humanos. Se por um lado me consciencializou para diferenças culturais e me fez ter contacto com uma medicina mais primitiva, por outro lado demonstrou-me a capacidade de adaptação de um médico e a vontade incansável de fazer o melhor ainda que com muito pouco. Finalmente, no ano letivo de 2018-2019, integrei o Programa Erasmus+ (anexo 3.5.), tendo vivido em Bialystok, na Polónia, durante um semestre. Penso que esta foi uma excelente oportunidade que me permitiu ter contacto com um sistema de ensino diferente e ainda de conhecer novas culturas e línguas.

REFLEXÃO CRÍTICA

Terminado o último ano do curso do MIM resta-me fazer uma reflexão clara e objetiva acerca do mesmo e do seu contributo para o meu desenvolvimento enquanto médica e pessoa. De facto, o plano curricular da NOVA Medical School desde cedo nos coloca em contacto com a prática clínica, sendo o estágio profissionalizante (EP) o culminar

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dos ensinamentos que tivemos ao longos dos últimos 5 anos e a possibilidade de os colocar em prática de uma forma mais plena. Quanto aos objetivos aos quais me propus no início do ano letivo penso tê-los cumprido na sua generalidade, sentindo-me mais preparada para o exercício autónomo da Medicina que me será exigido a partir de agora. Para tal contribuiu o acréscimo de responsabilidade e confiança em mim depositadas, que me permitiram não só o desenvolvimento de raciocínio clínico e espírito crítico como também me permitiram confrontar-me com dificuldades e consequentemente encontrar estratégias para a sua resolução. De referir ainda que o excelente rácio tutor:aluno verificado em cada estágio possibilita maior espaço para a aprendizagem, com mais oportunidades para realização de procedimentos práticos e de momentos de discussão de casos clínicos.

Com o estágio parcelar de Psiquiatria aprendi a importância da aplicação do modelo biopsicossocial na avaliação do paciente, que ainda que muitas vezes abordado ao longo do curso nem sempre vemos ser posto em prática. Aprendi que estar atenta a pormenores do discurso do paciente que está diante de nós, mesmo que em contexto de outras especialidades, pode ser o passo necessário para uma abordagem da patologia psiquiátrica ainda muito marginalizada na sociedade e assim salvar uma vida. Não posso deixar ainda de salientar que a empatia, confiança e respeito são sempre os pilares fundamentais da relação médico-doente dos quais não se pode descurar, fundamentalmente em doentes cujo diagnóstico se baseia quase ou na totalidade numa boa colheita de anamnese. Quanto ao estágio de MGF, considero que este excedeu as minhas espectativas, permitindo-me a avaliação transversal do paciente com o acompanhamento de todas as fases da sua vida, com ou sem doença, e promoção de uma visão holística da sua saúde centrada em si próprio. Foi também o estágio onde me foi proporcionada a oportunidade de condução de consultas, com vários níveis de supervisão, e com o qual tive a noção da importância da escuta ativa e da sistematização das queixas e achados mais frequentes do paciente.

O estágio de Pediatria foi também um estágio muito completo. Com este estágio deparei-me com a necessidade de treinar a comunicação com os cuidadores e sobretudo com os pacientes em si. Ao passo que num adolescente uma relação empática e confiável é imprescindível para colheita da história clínica, numa criança mais nova pode ser o elemento chave para a realização de um exame objetivo cuidado. Assim, apesar de saber que tenho de trabalhar este aspeto, penso que o fundamental é não nos esquecermos que, independentemente da idade, temos diante de nós um Ser Humano que nos vê como a pessoa capaz de ajudar em momentos mais débeis da sua vida e por isso devemos sempre adotar uma postura de interesse, nunca descurando a relação com o paciente, tendo sido a minha tutora um excelente exemplo disso.

Quanto ao estágio de GO, apesar da constante preocupação por parte dos tutores em nos distribuírem pelas diferentes vertentes da especialidade acabei por assistir maioritariamente a intervenções do foro obstétrico. No entanto, este foi um ponto que acabou por ser positivo, uma vez que no meu estágio de GO do quarto ano observei maioritariamente patologia ginecológica, colmatando por isso esta lacuna no meu percurso académico. A nível de procedimentos práticos tive oportunidade de participar em inúmeras cesarianas e cirurgias. No entanto, em contexto de consulta, por estar num hospital privado, tive poucas oportunidades de treino de procedimentos como exame ginecológico e colheita de colpocitologias.

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O estágio de Cirurgia Geral foi um estágio que excedeu bastante as minhas expectativas, arriscando-me até a dizer que foi dos melhores estágios que tive ao longo do curso. Desde o primeiro dia que o meu tutor criou um ambiente seguro e propício à aprendizagem. Foi um estágio no qual tive uma evolução gradual da responsabilidade depositada em mim, partindo desde a observação até à ação propriamente dita, tendo participado como segunda ajudante em bastantes cirurgias. Deste estágio levo a consciência de que quando na aprendizagem se associa por um lado um período de autorreflexão e disposição para estudar e querer saber sempre mais e por outro a existência de um ambiente seguro para pôr esse conhecimento em prática há sem dúvida uma melhor maturação na aquisição dos conhecimentos. Este é um ponto que quero levar para a minha vida futura, não só como para sempre aprendiz, mas também como possível futura mentora.

Sendo Medicina Interna uma especialidade integradora que abrande patologias muito frequentes em Portugal, penso que este estágio teria sido uma mais valia para a minha preparação para o futuro, nomeadamente com o treino de competências de gestão do doente e terapêutica. No entanto, perante a impossibilidade da sua realização a nível presencial devo congratular a adaptação do seu formato para ensino à distância, permitindo que desta forma os alunos pudessem concluir o MIM e, ainda que muito menos do que presencialmente, pudessem ter contacto com esta especialidade. Paralelamente, foram também cancelados os estágios opcionais, o qual iria realizar no Serviço de GO do Centro Materno Infantil do Norte, no Departamento da Mulher e Saúde Reprodutiva. Nesta Unidade Curricular colocaram-nos como opção a substituição por aulas de preparação para a PNA que, na impossibilidade de realizar o estágio, penso ter sido uma mais valia para a preparação de uma prova que acaba por definir o nosso percurso profissional.

Quanto às atividades extracurriculares e projetos em que me inseri ao longo do curso, penso que estes foram um elemento essencial e modelador da minha personalidade, que me ajudaram a crescer enquanto pessoa, a encontrar os meus interesses, a desenvolver e partilhar ideias e principalmente saber ouvir as de terceiros, pelo que considero terem sido essenciais para me tornar uma pessoa e médica melhor.

Em jeito de conclusão gostaria de parafrasear Hipócrates, 400 a.C., quando este nos diz que Onde ho er amor pela arte da Medicina, haverá amor pela Humanidade . Esta é, sem dúvida, a conduta que quero que guie toda a minha vida, lembrando-me sempre do propósito que me fez apaixonar pela tão nobre arte da Medicina desde tenra idade e que me permitiu lutar para ingressar e completar este curso o de utilizar as ferramentas ao meu alcance para fazer o bem por uma causa maior, a Humanidade, e assim deixar o Mundo um pouco melhor do que o encontrei, como pede Baden-Powell, o fundador do escutismo.

Finalmente, não posso terminar sem deixar o meu profundo agradecimento a todos os meus colegas e amigos que me acompanharam neste percurso; à minha família que sempre acreditou em mim, mesmo quando eu parecia não acreditar e aos meus professores e todos os médicos que partilharam comigo os seus conhecimentos e experiências. Serei em breve Mestre em Medicina, e este foi um caminho que não percorri sozinha. Bem hajam!

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ANEXOS

1. T

ABELA

R

ESUMO DOS

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STÁGIOS

P

ARCELARES

ESTÁGIO

PARCELAR

DATA

LOCAL DE

ESTÁGIO

TUTOR

TRABALHO REALIZADO

OUTROS

S

AÚDE

M

ENTAL 09/09/2019 04/10/2019 Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa Dr. Miguel Nascimento -

História Clínica acerca de Personalidade Emocionalmente Instável tipo Borderline associada a episódio de Depressão Severa.

M

EDICINA

G

ERAL E

F

AMILIAR 07/10/2019 01/11/2019 USF Vale do Sorraia Dr.ª Teresa Vale - 10 Textos educativos acerca de temas relevantes para a saúde

comunitária, para emissão na Rádio Voz do

Sorraia

P

EDIATRIA 04/11/2019 29/11/2019 Hospital Dona Estefânia Dr.ª Marta Conde Seminário: Abordagem da Criança com Cefaleia

História Clínica acerca de Bronquiolite Aguda

G

INECOLOGIA E

O

BSTETRÍCIA 02/12/2019 10/01/2020 Hospital CUF Descobertas Dr.ª Sílvia Roque Apresentação do artigo: Effec f Dela ed Immediate Umbilical Cord Clamping on Maternal Blood

Loss in Term Cesarean Delivery a Randomized

Cli ical T ial

-

C

IRURGIA

G

ERAL 20/01/2020 13/03/2020 Hospital da Luz Dr. Carlos Ferreira

Seminário: Breast Metastasic

Lesion a Lone Wolf -

M

EDICINA

I

NTERNA Estado realizado à distância Dr. Luís Dias

Seminário: Síndrome da

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2. A

NO

L

ETIVO

2019-2020

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14 Marta Baldo Gomes | 2014319

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15 Marta Baldo Gomes | 2014319

2.5.

VI

C

ONGRESSO

N

ACIONAL DE

E

STUDANTES DE

M

EDICINA

S

ESSÃO

P

ARALELA

“S

AÚDE NAS

(17)

16 Marta Baldo Gomes | 2014319

2.6.

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BESIDADE

,

C

EFALEIAS E

E

NURESE

C

OMO

O

RIENTAR E

Q

UANDO

R

EFERENCIAR

J

ORNADAS

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Referências

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