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Tecnologias da Informação e Comunicação em Contextos de Educação Inclusiva

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Academic year: 2021

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Tecnologias da Informação e Comunicação em

Contextos de Educação Inclusiva

O presente Diário de Bordo serve como parte da avaliação para a disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação em Contextos de Educação Inclusiva. A disciplina é leccionada pelo docente Dr.ª Mário Cruz e encontra-se inserida no currículo da Pós-Graduação em Educação Especial do ano lectivo 2009/2010, da Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti.

1. Conceitos Apresentados/Blogue

Por não se conseguir construir uma casa começando pelo telhado é de realçar a apresentação sucinta de conceitos chaves para a informática.

Técnica; Tecnologia; Informação; Burótica; Robótica; Informática; Telemática; Biometria.

O Blogue, TIClusiva – TIC em Contextos de Educação Inclusiva, foi por mim considerado um factor de entusiasmo para a construção/gestão dos nossos próprios Blogues/Wikis.

“Um blog (contração do termo "Web log"), também chamado de blogue em Portugal, é um site cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos

Redes de Informação e Comunicação Conceitos Básicos

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dos chamados artigos, ou "posts". Estes são, em geral, organizados de forma cronológica inversa, tendo como foco a temática proposta do blog, podendo ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Blog)

2. Softwares Educativos

No decorrer das aulas e na elaboração do trabalho falamos, analisamos, experimentamos alguns Softwares educativos úteis no trabalho com crianças com Necessidades Educativas Especiais, dos quais saliento o Edilim, o Hotpatatoes, o Plaphoons, o InVento, o Imagina.

2.1 Edilim

Esta ferramenta permite criar livros interactivos com diversas actividades em folhas paginadas. Ao executar o programa e criar o livro poderá escolher diferentes tipos de páginas de exercícios – Relógio; Mover imagens; Identificar sons; Classificar textos; Completar; Ligações; Parelhas; Perguntas; Palavra secreta; Frases; Raio X; Sopa de letras; Puzzles; entre outras. Este programa permite a criação de uma biblioteca de recursos de sons, imagens, animações e textos que podem ser usadas nas diversas actividades criadas. Quando o livro estiver devidamente criado e as actividades prontas

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será gravado em formato HTML que permitirá ser posto na internet ou visto em qualquer computador.

Este programa é de fácil execução e permite a criação de um amplo número de actividades.

2.2 Hot Patatoes

O Hot Patatoes é um conjunto de seis programas de criação de páginas de Web. Com estes é possível criar diversos exercícios interactivos em qualquer língua ou até mesmo conjugar várias línguas. O Software é então composto por:

JQuiz – ferramenta que permite fazer exercícios de perguntas: questionários de escolha múltipla, resposta curta, resposta híbrida ou selecção múltipla.

JCloze – permite criar exercícios de textos com lacunas. Possibilita ao aluno verificar se as suas respostas estão correctas. Este tipo de exercícios pode incluir um botão de ajuda.

JCross – Permite criar palavras cruzadas, bastando dois passos para o fazer. Primeiro escrevem-se as palavras na grelha, depois adicionam-se as pistas.

JMix – Permite realizar exercícios de frases desordenadas/ordenação de frases ou exercícios de palavras desordenadas. Tem dois formatos de resposta: o arrastar-largar e as respostas pendentes.

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JMatch – permite efectuar exercícios de correspondência ou associação de palavras e/ou imagens.

The Masher – é diferente dos outros programas que constituem o Hot Patatoes. O seu papel é auxiliar a construção de unidades didácticas constituídas por um grande número de exercícios ligados entre si. Requer uma licença de utilização especial.

O programa em causa é versátil e de acesso simples.

2.3 Invento

O InVento é uma ferramenta de edição que permite construir e imprimir cartazes, folhetos, livros, materiais pedagógicos, quadros de comunicação de uma forma fácil e rápida. Este software inclui um sintetizador de voz – Madalena – em português que permite a leitura de tudo que está escrito. De edição flexível e suportada por símbolos é indicado para construir livros, fichas, entre outras coisas. A sua utilização destina-se a crianças, jovens e professores e na minha opinião a não a todos aqueles que o considerem interessante e útil.

As principais características do InVento são:

Ler tudo que está criado com o sintetizador de voz Madalena;

Permitir criar textos ilustrados por símbolos e com a possibilidade e incluir balões de fala;

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Permitir o acesso a uma galeria com mais de 1500 imagens para ilustrar os trabalhos realizados, usar 7500 símbolos coloridos e a preto e branco e utilizar qualquer imagem que esteja gravada no computador;

A Impressão dos trabalhos pode ser efectuada em qualquer formato – A5, A4, A3 ou como livro para dobrar.

Este programa foi experimentado em aula e o seu uso é simples e interessante.

2.4 Plaphoons

O Plaphoons é um programa de comunicação alternativa, que está pensado para pessoas com limitações motoras que não conseguem comunicar através da fala. Este tem como grande finalidade dar mais independência a estas pessoas, fazendo com que possam construir mensagens, podendo transmitir as suas necessidades, os seus desejos.

O software em questão pode ser utilizado:

Como editor de quadros de comunicação/pranchas com símbolos para posterior impressão em papel;

Como quadro de comunicação/prancha de comunicação através do computador, activando-o com o rato, com ecrã touchscreen, joystick, bigmack ou simplesmente clicando no botão esquerdo do rato é possível escolher a opção de varrer o texto automaticamente.

Este programa é semelhante ao InVento e permite igualmente de modo simples criar quadros de comunicação.

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2.5 Imagina

O Software Imagina permite integrar recursos multimédia em projectos que poderão ser publicados na Internet. Este possibilita que todos os alunos, independentemente da sua idade ou das suas capacidades, possam desenvolver o seu próprio potencial.

O programa tem diversas funcionalidades, tais como: Pintar e fazer animações;

Compor músicas;

Fazer apresentações multimédia integradas; Criar aplicações auto-executáveis;

Utilizar sínteses de voz;

Interface intuitivo e de manipulação directa; Publicar directamente na internet.

De todos os programas experimentados para a execução do trabalho final, este foi sem dúvida considerado o mais complicado e aquele em que o grupo obteve insucesso.

Não é necessário qualquer conhecimento de construção de páginas Web, pois estes programas encarregam-se eles mesmos de as criar. Deste modo podem ser disponibilizadas na internet e ser usadas em qualquer computador.

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3. Comunicação Aumentativa e Alternativa

A fala é a forma de expressão mais frequentemente usada pelas pessoas quando pretendem comunicar. No entanto, por vários motivos existem pessoas que não são capazes de o fazer, ou por serem totalmente incapazes de falar ou em alguns casos porque a fala não é suficiente para preencher todas as funções comunicativas. Estas podem ainda necessitar de um modo de comunicação não-oral para complementar ou substituir a fala. Entre os que têm essa capacidade encontram-se crianças, jovens e adultos com deficiência motora, deficiência mental, autismo, atraso no desenvolvimento da linguagem e outras perturbações de linguagem (adquiridas ou de desenvolvimento).

COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA é qualquer forma comunicação diferente

da fala e usada por uma pessoa em contextos de comunicação frente a frente. Os signos gestuais, os signos gráficos, o código Morse, a escrita, entre outros, são formas alternativas de comunicação para indivíduos que não são capazes de comunicar pela fala (Tetzchner e Martinsen, 2000).

COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA diz respeito à comunicação complementar ou de apoio. A palavra “aumentativa” salienta que o ensino das formas alternativas de comunicação tem um duplo objectivo: promover e apoiar a fala e garantir uma forma de comunicação alternativa se a pessoa não aprender a falar (Tetzchner e Martinsen, 2000).

Existem 3 tipos de elementos que fazem parte dos sistemas alternativos de comunicação, são eles:

Signos Gestuais: Signos realizados com as mãos, incluindo a língua gestual. Signos Gráficos: Todos os signos realizados graficamente, como por exemplo,

SPC e REBUS.

Signos Tangíveis: Podem ser feitos de plástico ou de madeira, são conhecidos como signos tácteis, normalmente têm texturas.

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Os programas mencionados no ponto anterior são bons exemplos de Comunicação Aumentativa e Alternativa.

4. Reflexão Final – As TIC e a EDUCAÇÃO

As Tecnologias de Informação e Comunicação estão presentes no dia-a-dia da nossa sociedade e a escola não pode evitar a sua presença. Neste sentido, têm existido preocupações educacionais ao incluir no currículo escolar competências a desenvolver para que o aluno utilize as novas tecnologias.

Uma alfabetização informática ainda deficitária por parte da comunidade docente e a fraca inclusão de conteúdos na formação de professores são factores que explicam o insucesso e a participação das escolas na sociedade de informação.

O mundo de hoje segue um rumo complexo pressupondo uma nova abordagem da educação, necessariamente com novas metodologias, novas relações entre toda a comunidade escolar, devendo esta assumir o papel de mediadora entre o acesso às tecnologias, o seu uso e as formas de interpretá-las, superando nos alunos o analfabetismo informático. Os quadros interactivos devem ser utilizados e os computadores devem deixar de servir apenas para entreter meninos durante os intervalos. Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos é fundamental para a construção de conhecimentos.

Assim, os professores não têm ser uns meros transmissores conhecimentos, têm de ser, também, orientadores e participantes na construção dos mesmos, valorizando as produções, saberes e valores dos alunos. O aluno deve tornar-se mais autónomo, crítico e construtor do seu próprio conhecimento, possuindo várias ferramentas para aceder ao saber.

A escola precisa de ser um espaço de constante renovação, de frequente investigação, de eterna mediação, atenta aos alunos e à sua integração na sala de aula e na escola. O aluno deve estar preparado para receber toda a carga informativa, emocional e muitas vezes apelativa, que é transmitida pelos meios de comunicação, e de ter condições para entender e criticar. Usar as novas tecnologias é cada vez mais uma necessidade constante, e a sua utilização por parte dos alunos, com acompanhamento

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cuidado por parte de professores, que explicam e encaminham no uso do computador e da internet pode fazer toda a diferença no bom uso das mesmas.

As Tecnologias da Informação e da Comunicação são um bom e forte instrumento de inclusão social para todos, podem e devem ser simultaneamente um factor de coesão social e de combate à exclusão. O seu uso no trabalho com alunos com NEE é fundamental. Programas como o Invento, o Imagina, o Leitor de Textos, o Falador, o Plaphoons entre muitos outros, podem ser úteis na medida em que ajudam os alunos nas suas aprendizagens e os entusiasmam.

Através de ajudas técnicas, e de novos produtos e serviços, que aparecem todos os dias no mercado, é possível ultrapassar barreiras e melhorar a qualidade de vida da população com necessidades especiais. Os materiais adaptados como, ratos adaptados, auxiliares de comunicação (bigmack), comutadores e manípulos, switch boxes facilitam o uso das novas tecnologias e a participação e interacção nas aulas e na sociedade.

As Tecnologias de Informação e Comunicação não podem ser consideradas isoladamente, devem ser implementadas com o sentido de servir também estas pessoas. De facto o objectivo final é contribuírem para o aumento da qualidade de vida dos utilizadores, ajudando a ultrapassar e a resolver os seus problemas funcionais de forma a reduzir a dependência e contribuir para a sua inclusão.

A melhoria da qualidade de vida de populações com necessidades especiais, em áreas como o acesso as tecnologias de informação e comunicação, educação, trabalho, saúde e melhoria das capacidades funcionais está directamente relacionada com a acessibilidade. Prover a acessibilidade para todos é ainda um grande desafio para a sociedade.

A acessibilidade é, simultaneamente, uma necessidade para todos e uma questão de justiça social para as pessoas com deficiências.

A disciplina Tecnologias da Informação e Comunicação em Contextos de Educação Inclusiva foi útil no sentido em que nos proporcionou um contacto com programas direccionados para alunos com NEE e nos deu a conhecer materiais específicos para esse trabalho.

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são constantes da natureza humana. Mestres e discípulos, ensino e aprendizagem, deverão continuar a existir enquanto existirem sociedades”. (George Steiner)

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Bibliografia

VON TETZCHNER, S.; MARTINSEN, H. – Introdução à Comunicação Aumentativa e Alternativa. 2ª edição. Trad. Por Ana André. Adapt. Por Elisabete Mendes e Jorge Rato. Porto: Porto Editora, 2000.

Internet:

Plaphoons – http://www.renapi.org/acessibilidade/manuais/tsa/plaphoons.pdf Invento – http://www.imagina.pt/index.php?page=shop.product_details&flypage=distico_f lypage.tpl&product_id=41&category_id=63&option=com_virtuemart&Itemid= 379 Imagina – http://www.imagina.pt/downloads/pdf/imagina.pdf Edilim – http://moodle.eb23-sacouto.edu.pt/mod/resource/view.php?id=144 Hot Patatoes – http://www.eb23jcpires.net/moodle/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=1 019 http://actividades.imagina.pt/uploads/Eliana/grelha_comunicacao.jpg http://www.acessibilidade.net/at/kit/kit_comunicacao_ficheiros/plaphonns_tela.J PG http://pt.wikipedia.org/wiki/Blog http://www.estsp.pt/~paa/infprev/Prev%205.2.htm

Referências

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