8º. FORUM INTERNACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Painel
As Mudanças no Licenciamento Ambiental em Nível
Estadual e Federal
As Mudanças no Licenciamento Ambiental em
Nível Estadual e Federal
Painelistas:
Paulo Celso dos Reis Gomes
Edilaine Vieira da Silva
Coordenação do Painel:
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Fundamentos legais
• É um dos instrumentos de gestão ambiental da PNMA • Lei Federal n.º 6938/81, art. 9º., inciso IV
Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras;
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
DEFINIÇÃO LEGAL
RESOLUÇÃO Conama nº 237/97
Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia
a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
REGÊNCIA
•
Lei 6.938/81
– PNMA , art. 9º., IV
•
Resoluções esparsas, principalmente do Conselho Nacional de Meio
Ambiente (CONAMA).
• Em especial as Resoluções 1/86
(EIA/RIMA) e237/97
( Empreendimentos Listados)
.
• Compreensão e aplicação confusas
•
Lei Complementar nº 140/2011
• Cooperação federativa na proteção do Meio Ambiente • Gestão descentralizada
LICENÇA AMBIENTAL
ESPÉCIES
•
LP / LI / LO
• períodos máximos de 5, 6 e 10 anos, respectivamente
•
Lic. Simplificada
• atividades e empreendimentos de pequeno porte potencial ou efetivamente poluidor
LICENÇA AMBIENTAL
Natureza Jurídica
Divergências entre os doutrinadores de direito ambiental.
• Legislação em geral faz confusão entre Autorização e Licença
•Importância da distinção :
• Sua classificação definirá
• Como esse ato administrativo poderá ser revisto • Discricionário ou vinculado?
LICENÇA AMBIENTAL
Natureza Jurídica
Três posicionamentos da doutrina
• Licença administrativa
• depende apenas do atendimento de determinadas restrições legais
•Autorização administrativa
• Em razão da discricionariedade e precariedade
•Nova espécie dos atos administrativos
LICENÇA AMBIENTAL
Natureza Jurídica
• Autorização Administrativa –
• Ato precário e discricionário concedido por conveniência ou liberalidade da Administração Pública.
• Não pressupõe um direito preexistente ao ato administrativo para ser exercido
•Licença
Administrativa-• Poder Público faculta o exercício de determinadas atividades , se preenchidos os requisitos legais (ex: licenças de edificação; instalação de comércio; de importação.)
• Direito subjetivo do particular, a Administração Pública não pode negar caso os requisitos legais tenham sido cumpridos.
LICENÇA AMBIENTAL
Natureza Jurídica
•
Licença Ambiental é ato administrativo próprio• Tem tanto características da autorização quanto da licença administrativa. Talden Farias
• Vinculado
• Conduta pré-definida
• Administração não possui qualquer margem de liberdade de decisão • lei estabelece os requisitos e condições de sua realização
ou
• Discricionário
• Administração tem liberdade de escolha quanto a • Conteúdo
• Destinatário • Conveniência
LICENÇA AMBIENTAL
Natureza Jurídica
• Possibilidade de modificação da licença ambiental não a transforma
em mera autorização ambiental
• Modificações não ocorrem pela vontade da Administração Pública
apenas por razões de conveniência ou juízo de oportunidade.
LEI GERAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Projeto de Lei 3.729/2004
Relatoria do deputado Mauro Pereira
Apensos:
• Projetos de Lei nº s 3.957/2004, 5.435/2005, 5.576/2005, 1.147/2007,
2.029/2007,
358/2011,
1.700/2011,
2.941/2011,
5.716/2013,
5.918/2013,
6.908/2013,
8.062/2014,
1.546/2015,
3.829/2015;
4.429/2016; 5.818/2016;
6.877/2017 e 7.143/2017
.
Impasse:
• Suspenso regime de urgência para votação.
LEI GERAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Posição do MPF
• PL apresenta prazos exíguos
• Prazos rígidos que não correspondem à realidade da execução dos atos administrativos • Caráter meramente consultivo das autoridades envolvidas
• Possibilita aprovação de licenciamentos sem a manifestação de outros órgãos, especialmente IPHAN, FUNAI e ICMBIO”, por exemplo.
LEI GERAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Agronegócio
A Frente Parlamentar da Agropecuária busca desburocratizar o processo
de licenciamento.
Entidades diversas
Em novembro/2016 , diversas entidades manifestaram aprovação ao PL
3.729/2004,
recusando o substitutivo enviado ao Congresso pelo
Ministério do Meio Ambiente.
LEI GERAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
(
In) Conveniências da Estadualização e Municipalização
•
Dispensa de licenciamento de atividades de maior impacto ambiental,
como as agrossilvipastoris adotadas pela Bahia e Tocantins, atualmente
questionadas pelo MP no Supremo Tribunal Federal.
São passíveis de regularização pelo Projeto de Lei de Mauro Pereira ?
•
Critérios
de
escolha
de
modalidade
de
licenciamento
ou
dispensa, sobretudo no âmbitos dos estados e Municípios .
LEI GERAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
PRINCIPAL CRÍTICA
FALTA DE SEGURANÇA JURÍDICA
INSTABILIDADE DAS RELAÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
Que faz essa crítica ?
TODAS AS CORRENTES ATRIBUEM-SE RECÍPROCAMENTE
AS MESMAS CRÍTICAS
LEI GERAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Algumas posições da sociedade
Para os ruralistas
Substitutivo do
governo abre brecha para insegurança jurídica, ao
contrário do apresentado pelo Mauro Pereira.
Para o MPF
LEI GERAL DO LICENCIAMENTO
Fundação SOS Mata Atlântica • Contra a flexibilização.
• Favorece setores pontuais com prejuízos à sociedade e ao ambiente no Brasil
Paulo Bessa Antunes
• (Novo Código Florestal), (....) tem uma abrangência menor do que a do Código revogado.
• Com todos os defeitos que possa ter – e certamente tem muitos – (...) é mera constatação e afirmação de situações de fato e consolidadas.
Maurício Fernandes – Secretário SMAM/Poa
• “Para tudo se exige licença ambiental. Desde sítio de lazer até restaurante. Creches e até
galinheiros também são atividades que o Conselho Estadual do Meio Ambiente define como licenciáveis pelos municípios. A licença ambiental transformou os órgãos ambientais em
cartórios ecológicos, onde se discute a árvore e não mais a floresta. Urge que Porto Alegre
esqueça os anos 1970 entre no século XXI.”
As Mudanças no Licenciamento Ambiental em
Nível Estadual e Federal
Painelistas:
Paulo Celso dos Reis Gomes
Edilaine Vieira da Silva
Coordenação do Painel:
Texto de marcação
para mensagem
que será inserida.
Fonte: Trebuchet
LEI GERAL DO LICENCIAMENTO
Porém, uma “proposta-bomba”, apresentada na última semana (QUANDO?) ao Ministério do Meio Ambiente por representantes do velho agronegócio e da velha
indústria – e que não condiz com os representantes mais modernos desses setores, que concordam com a versão até então negociada –, inviabilizou o acordo.
O texto unilateral apresentado dispensa diversas atividades do licenciamento ambiental, como mineração e grandes obras de duplicação de rodovias, energia, sistemas de
saneamento, transformando o projeto de lei em uma lei de liberação, à exemplo do que ocorreu com o novo Código Florestal que trata pouco das florestas e mais parece um código rural. Além disso, fere princípios Constitucionais e prerrogativas da União.
ORDENAR : PROJETO MAURO PEREIRA/ SIUBST DO MMA / SUBST DO AGRONEGÓCIO
LEI GERAL DO LICENCIAMENTO
Porém, uma “proposta-bomba”, apresentada na última semana (QUANDO?) ao Ministério do Meio Ambiente por representantes do velho agronegócio e da velha
indústria – e que não condiz com os representantes mais modernos desses setores, que concordam com a versão até então negociada –, inviabilizou o acordo.
O texto unilateral apresentado dispensa diversas atividades do licenciamento ambiental, como mineração e grandes obras de duplicação de rodovias, energia, sistemas de
saneamento, transformando o projeto de lei em uma lei de liberação, à exemplo do que ocorreu com o novo Código Florestal que trata pouco das florestas e mais parece um código rural. Além disso, fere princípios Constitucionais e prerrogativas da União.
ORDENAR : PROJETO MAURO PEREIRA/ SIUBST DO MMA / SUBST DO AGRONEGÓCIO
LEI GERAL DO LICENCIAMENTO
Substitutivo
A versão do dia 4 de abril da minuta elaborada pelo Ibama, com a contribuição de todos esses
setores, foi considerada um texto equilibrado e de consenso.
Essa versão define regras gerais sobre o rito e a forma dos processos de licenciamento, envolvendo, com base nas competências, os entes da Federação e o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA). T
ambém fixa prazos e inova ao incluir a Avaliação Ambiental Estratégica e mecanismos de transparência.
Embora contemple dispensa de licenciamento ambiental às atividades agrossilvopastoris, vincula a provável dispensa ao cumprimento de outras Leis e instrumentos vigentes, como a Lei da Mata Atlântica, o Código Florestal e o Cadastro Ambiental Rural (CAR).