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Rui Costa. Deputado Municipal Independente. Proposta n.º 002/DM IND Rui Costa/2021

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Rui Costa

Deputado Municipal Independente

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Proposta n.º 002/DM IND Rui Costa/2021

Altera o Anexo I da Proposta n.º 20/2021, alterando o seu artigo 4.º, com vista a consagrar a elegibilidade de agentes económicos que gerem mais de 80% do seu volume de negócios no Município de Lisboa, independentemente da sua sede ou domicílio fiscal e faz corresponder a terminologia inovadora do Regulamento às definições da legislação tributária, para efeitos do Programa Lisboa Protege

Exposição de Motivos

A Proposta n.º 20/2021 visa alterar o regime regulamentar de atribuição de apoios no âmbito do Programa de apoio à Economia e Cultura – Lisboa Protege (Ponto 1 da Proposta n.º 20/2021), aprovando um novo Regulamento (Anexo I).

Das condições de elegibilidade propostas para os apoios resulta a conjunção de, pelo menos, duas condições cumulativas que excluem agentes económicos que exerçam maciçamente a sua actividade em Lisboa, a saber:

i) A obrigatoriedade de possuir sede (no caso de pessoa colectiva) ou domicílio fiscal (no caso de pessoa singular) no Município de Lisboa, nos termos propostos no artigo 4.º, n.º 1, alínea d) do Regulamento contido no Anexo I à Proposta n.º 20/2021;

ii) A obrigatoriedade de possuir estabelecimento comercial em Lisboa ou aí desenvolver comprovadamente mais de 50% da sua actividade, nos termos propostos no artigo 4.º, n.º 1, alínea e) do Regulamento contido no Anexo I à Proposta n.º 20/2021.

Estas obrigações cumulativas excluem do acesso aos apoios de pessoas colectivas que não tenham sede em Lisboa e de pessoas singulares que sejam tributadas em sede de Categoria B de IRS e que não tenham domicílio fiscal em Lisboa, ainda que aqui exerçam parte considerável

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da sua actividade, o que poderá suscitar sérias dúvidas quanto à legalidade da medida proposta, seja à luz do Princípio da Igualdade, seja à luz dos Princípios do Direito da Concorrência.

Tal questão já havia sido inclusivamente analisada e votada em sede de Assembleia Municipal de Lisboa que, a 26 de Janeiro do corrente ano, discutiu a Recomendação 134/04 (PSD) - Pelos comerciantes de Lisboa, tendo a mesma sido, à data, rejeitada.

No entanto, e associado às reivindicações de um número significativo de atores económicos e culturais que intervêm no tecido empresarial de Lisboa e demonstraram ser inexequível alterara sede da empresa ou a sua própria residência enquanto cidadãos tributados com a categoria B para respeitar os termos dos apoios, associado ao prolongamento da situação pandémica e do confinamento sanitário que existe no momento, importa voltar a refletir e aproveitar a iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa vertida na sua Proposta n.º 20/2021 para melhorar a sua redação, sobretudo no que respeita ao Anexo I da mesma.

Entendeu-se assim, diferenciar os agentes económicos com sede ou domicílio fiscal em Lisboa, visto que sofrerão maior impacto independentemente de terem estabelecimentos e vendas o seu volume de negócios ser parcialmente gerado fora do Município de Lisboa (mas nunca com peso superior a 50% do volume de negócios), não descurando e não excluindo, por outra banda, os agentes económicos que não tendo sede ou domicílio fiscal em Lisboa, aqui possuam estabelecimento estável e no Município de Lisboa realizem o grosso do seu volume de negócios (pelo menos 80%).

Por outro lado, a escolha de expressões como “estabelecimento comercial” ou “atividade” ou as definições de “empresa” e “empresário em nome individual” podem apresentar dificuldades interpretativas graves, designadamente por não encontrarem a coerência sistemática que se impõe com a legislação tributária, que de resto paira sobre todo o Regulamento, designadamente no que respeita à exigência de apresentação de documentos.

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Nessa medida propõe-se o aditamento de um artigo 2.º-A, contendo um conjunto de definições com correspondência à legislação tributária e é alterada a definição vaga e imprecisa de empresa constante do artigo 3.º, alínea a), fazendo-a corresponder a uma definição precisa e correspondente à legislação tributária. Mais que criar, por via regulamentar designações que aparentemente simplificam a comunicação, devia antes optar-se por dar a segurança jurídica da opção por definições existentes na legislação tributária, evitando equívocos, para mais quando o suporte documental exigido passa, justamente, por documentos da Autoridade Tributária. Pese embora ter sido preferível uma revisão mais ampla do texto, opta-se por uma proposta mínima, qua assegura tal segurança jurídica por via da definição da terminologia inovadora às definições patentes na legislação tributária.

Assim, a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida por teleconferência em 23 de Fevereiro de 2021 delibera, ao abrigo do disposto no artigo 25º, n.º 3 a contrario sensu, do Anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro:

1 – É aditado um artigo 3.º-A, inserido na Secção I do Regulamento contido no Anexo I da Proposta n.º 20/2021, com a seguinte redacção:

“Artigo 2.º-A

(Definições)

Para efeitos do presente programa considera-se:

a) “Empresas”: os sujeitos passivos de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC);

b) “Empresários em Nome Individual com contabilidade organizada”: os sujeitos passivos de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), tributados por rendimentos da Categoria B e sujeitos ao regime de contabilidade organizada, nos termos do artigo 28.º, n.º 1, alínea b) do Código do IRS;

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c) “Empresário em Nome Individual em regime simplificado” - os sujeitos passivos de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), tributados por rendimentos da Categoria B e sujeitos ao regime de contabilidade simplificada, nos termos do artigo 28.º, n.º 1, alínea a) do Código do IRS;

d) “Estabelecimento estável”, corresponde à definição do artigo 5.º do Código do IRC; e) “Volume de negócios”:

i) Para “Empresas” e “Empresários em Nome Individual com contabilidade organizada”, corresponde à definição do artigo 143.º do Código do IRC;

ii) Para os sujeitos passivos de IRS em regime de contabilidade simplificada montante anual ilíquido de rendimentos da Categoria B, nos termos do artigo 28.º, n.º 2 do Código do IRS.”

2 – Os artigos 3.º e 4.º do Regulamento contido no Anexo I da Proposta n.º 20/2021, com a seguinte redacção passam a ter a seguinte redacção:

“Artigo 3.º

(…)

O programa tem como beneficiários:

a) Empresas; b) (…); c) (…). Artigo 4.º (…)´ 1 – (…): a) (…) b) (…)

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5 c) (…)

d) Tratando-se de empresas:

i) Ter sede e estabelecimento estável, no Município de Lisboa e ser gerado, comprovadamente, mais de 50% do seu volume de negócios no Município de Lisboa, ou;

ii) Ter estabelecimento estável no Município de Lisboa e ser gerado, comprovadamente, mais de 80% do seu volume de negócios no Município de Lisboa.

e) Tratando-se de ENI:

i) Ter domicílio fiscal e estabelecimento estável, no Município de Lisboa e ser gerado, comprovadamente, mais de 50% do seu volume de negócios no Município de Lisboa, ou;

ii) Ter estabelecimento estável no Município de Lisboa e ser gerado, comprovadamente, mais de 80% do seu volume de negócios no Município de Lisboa. f) (…); g) (…); h) (…); i) (…). 2 – (…) 3 – (…) 4 – (…)” Lisboa, 22 de Fevereiro de 2021

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Referências

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