PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
COMO ELABORAR O PARÁGRAFO
JURÍDICO DE INTRODUÇÃO
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Introdução do parágrafo jurídico
A introdução estabelece as diretrizes do assunto que será
tratado na peça processual, facilitando a leitura do texto,
porque o leitor já tem em mente o que será desenvolvido no
texto.
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1. Conceito de parágrafo
O
parágrafo
é
um
conjunto
de
enunciados
articulados entre si de forma harmoniosa no qual se
desenvolvem uma ideia central a que se agregam outros
pensamentos secundários logicamente relacionados com
a ideia principal.
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Exemplo da ideia principal
O direito processual, em sua história lógica já referida,
assenta-se
em
três
conceitos
fundamentais
que
se
relacionam e interagem: a ação, a jurisdição e o processo.
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O tópico frasal é o eixo que norteia o desenvolvimento
do parágrafo, permitindo ao enunciador agregar novas ideias
àquela escrita inicialmente.
Exemplo:
É patente a ilegalidade passiva ad causam da
requerida para figurar no polo passivo da demanda.
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Observemos como ocorre a formulação do tópico
frasal na peça processual:
Em ___/____/____, o autor conduzia seu veículo
pela Rua _________, na cidade de São Paulo, quando, por
volta das ________ horas, o réu, que dirigia em alta
velocidade o seu carro,
colidiu com a traseira do
automóvel do autor.
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Nos dois primeiros exemplos, o tópico frasal do
parágrafo introdutório indicou de maneira sucinta a ideia
principal. Depois da apresentação da ideia-núcleo,
passa-se ao depassa-senvolvimento, ou passa-seja, à explanação dessa
mesma ideia e à sua conclusão.
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Empregamos duas técnicas diferentes para a
elaboração
do
parágrafo
jurídico
introdutório
da
apresentação dos fatos jurídicos e do parágrafo jurídico.
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Exemplo de Exame de Ordem
Mario e Henrique celebraram contrato de compra e venda, tendo por objeto uma máquina de cortar grama, ficando ajustado o preço de R$ 1.000,00 e definido o foro da comarca da capital do Rio de Janeiro para dirimir quaisquer conflitos. Ficou acordado, ainda, que o cheque nº 007, da Agência nº 507, do Banco X, emitido por Mário para o pagamento da dívida, seria pós-datado para ser depositado em 30 dias. Ocorre, porém, que, nesse ínterim, Mário ficou desempregado. Decorrido o prazo convencionado, Henrique efetuou a apresentação do cheque, que foi devolvido por insuficiência de fundos. Mesmo após reapresentá-lo, o cheque não foi compensado pelo mesmo motivo, acarretando a inclusão do nome de Mário nos cadastros de inadimplentes.
Passados dez meses, Mário conseguiu um novo emprego e, diante da inércia de Henrique, que permanece de posse do cheque, em cobrar a dívida, procurou-o a fim de quitar o débito. Entretanto, Henrique havia se mudado e Mário não conseguiu informações sobre seu paradeiro, o que inviabilizou o contato pela via postal.
Mário, querendo saldar a dívida e restabelecer seu crédito perante as instituições financeiras procura um advogado para que sejam adotadas as providências cabíveis.
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Mario e Henrique celebraram contrato de compra e venda, tendo por objeto uma máquina de cortar grama, ficando ajustado o preço de R$ 1.000,00 e definido o foro da comarca da capital do Rio de Janeiro para dirimir quaisquer conflitos.
Ficou acordado, ainda, que o cheque nº 007, da Agência nº 507, do Banco X, emitido por Mário para o pagamento da dívida, seria pós-datado para ser depositado em 30 dias. Ocorre, porém, que, nesse ínterim, Mário ficou desempregado. Decorrido o prazo convencionado, Henrique efetuou a apresentação do cheque, que foi devolvido por insuficiência de fundos. Mesmo após reapresentá-lo, o cheque não foi compensado pelo mesmo motivo, acarretando a inclusão do nome de Mário nos cadastros de inadimplentes.
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O consignante celebrou contrato de compra e venda com o
consignado cujo objeto contratual incidiu sobre uma máquina de
cortar grama, ajustando-se o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Para
formalização do negócio, ficou ainda acordado entre os contraentes que
a forma de pagamento dar-se-ia por meio da emissão do cheque de n.
007, da Agência n. 507, do Banco X, emitido pelo consignante para
pagamento da dívida. Esse cheque era pós-datado para ser depositado
em 30 (trinta) dias.
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Por que a ação de consignação em pagamento é o meio idôneo
para quitar o débito do devedor?
A ação de consignação é meio idôneo para quitar o débito
do consignante, porque tem previsão legal quando o credor estiver
em lugar incerto, conforme dispõe o art. 335, inc. III, do CC. Além
disso, a doutrina também explicita que esse instituto jurídico é meio
hábil para permitir ao devedor desonerar-se da obrigação assumida,
desvencilhando-se do credor. Sabe-se por fim que a jurisprudência
também caminha no sentido de permitir ao devedor exonerar-se da
obrigação, consignando o valor devido em juízo.
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ATENÇÃO:
Se fixarmos a ideia-núcleo logo de saída, o tópico
frasal garante a objetividade, a coerência e a unidade do
parágrafo, definindo-lhe o propósito e evitando digressões
impertinentes.
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O parágrafo jurídico deve caminhar para frente. Veja
o exemplo de um parágrafo que não se pode copiar:
O direito de ação encontra-se protegido pela
Carta Maior. A Constituição Federal protege o direito de
ação dos brasileiros. Os brasileiros podem propor ações
judiciais, porque a Carta Magna autoriza o direito de ação.
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Como iniciar o tópico frasal
a) Explicação da ideia inicial
“Todo conhecimento jurídico necessita do conceito de direito. O
conceito é um esquema prévio, um ponto de vista anterior, munido do
qual o pensamento se dirige à realidade, desprezando seus vários
setores e somente fixando aquele que corresponde às linhas ideais
delineadas pelo conceito.”
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b) Definição
“Bem, em sentido filosófico, é tudo o que satisfaz uma
necessidade humana. Juridicamente falando, o conceito de coisas
corresponde ao de bens, mas nem sempre há perfeita sincronização
entre as duas expressões.”
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c) Definição
Sabe-se que o processo trabalhista divide-se em dois tipos
fundamentais não coincidentes em todos os seus aspectos e
diferentes nos seus fins, isto é, dissídios individuais e dissídios
coletivos.
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d) Citação histórica
Após algumas tentativas frustradas de promover a revisão do
Código Civil, o Governo nomeou, em 1967, nova comissão de
juristas, sob a supervisão de Miguel Reale, convidando para
integrá-la: José Carlos Moreira Alves (Parte Geral), Agostinho Alvim (Direito
das Obrigações), Sylvio Marcondes (Direito de Empresa), Ebert
Vianna Chamoun (Direito das Coisas), Clóvis do Couto e Silva
(Direito de Família) e Torquato Castro (Direito das Sucessões).
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DICAS PARA REDIGIR A IDEIA-NÚCLEO
1. Evite ambiguidade
A autoridade policial deu voz de prisão em flagrante
delito ao autuado em sua casa.
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2. A ideia-núcleo não pode apresentar redundância.
O de cujus faleceu pobre, porque não deixou
fortuna.
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3. A ideia-núcleo não pode apresentar contradição.
O apelante interpõe o recurso de apelação para
recorrer da brilhante sentença proferida por esse juízo.
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4. Evite o emprego de gírias
Os meganhas detiveram os caras que caminhavam
em atitude suspeita, e confirmou-se que os elementos
estavam armados, no entanto, não tinham porte de arma,
por isso o cano foi apreendido e os elementos levados à
Delegacia.
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5. Não inicie o tópico-frasal com dito popular
Ilustre magistrado, já dizia meu avó: dize-me com
quem andas, que eu te direi quem és.”
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Ocorre, porém, que, nesse ínterim, Mário ficou
desempregado.
Decorrido
o
prazo
convencionado,
Henrique efetuou a apresentação do cheque, que foi
devolvido por insuficiência de fundos. Mesmo após
reapresentá-lo, o cheque não foi compensado pelo mesmo
motivo, acarretando a inclusão do nome de Mário nos
cadastros de inadimplentes.
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No entanto, o consignante ficou desempregado e, decorrido o
prazo convencionado, o consignado efetuou a apresentação do cheque
o qual foi devolvido por insuficiências de fundo.
Mesmo após
reapresentá-lo, o cheque não foi compensado pelo mesmo motivo, ou
seja, insuficiência de fundo, acarretando o nome do consignante nos
cadastros de inadimplentes.
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O consignante celebrou contrato de compra e venda com o consignado cujo objeto contratual incidiu sobre uma máquina de cortar grama, ajustando-se o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Para formalização do negócio, ficou ainda acordado entre os contraentes que a forma de pagamento dar-se-ia por meio da emissão do cheque de n. 007, da Agência n. 507, do Banco X, emitido pelo consignante para pagamento da dívida. Esse cheque era pós-datado para ser depositado em 30 (trinta) dias.
No entanto, o consignante ficou desempregado e, decorrido o prazo convencionado, o consignado efetuou a apresentação do cheque o qual foi devolvido por insuficiências de fundo. Mesmo após reapresentá-lo, o cheque não foi compensado pelo mesmo motivo, ou seja, insuficiência de fundo. Além disso, o nome do consignante foi inscrito nos cadastros de inadimplentes.
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Passados dez meses, Mário conseguiu um novo emprego e, diante da inércia de Henrique, que permanece de posse do cheque, em cobrar a dívida, procurou-o a fim de quitar o débito. Entretanto, Henrique havia se mudado e Mário não conseguiu informações sobre seu paradeiro, o que inviabilizou o contato pela via postal.
Mário, querendo saldar a dívida e restabelecer seu crédito perante as instituições financeiras procura um advogado para que sejam adotadas as providências cabíveis.
Depois de dez meses, o consignante conseguiu um novo emprego e deseja quita o débito, mas o consignado permanece inerte e, mesmo com a posse do cheque, não demonstra interesse em cobrar a dívida. O consignante não logrou êxito em localizar o paradeiro do consignado, e esse fato inviabilizou não somente o contato pela via postal, mas também a quitação do débito. Mesmo diante desses obstáculos que impedem o consignante de quitar seu débito, ele quer cumprir com sua obrigação e, por isso, quer consignar a referida quantia, devidamente atualizada, em juízo.
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O consignante celebrou contrato de compra e venda com o consignado cujo objeto contratual incidiu sobre uma máquina de cortar grama, ajustando-se o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Para formalização do negócio, ficou ainda acordado entre os contraentes que a forma de pagamento dar-se-ia por meio da emissão do cheque de n. 007, da Agência n. 507, do Banco X, emitido pelo consignante para pagamento da dívida. Esse cheque era pós-datado para ser depositado em 30 (trinta) dias.
No entanto, o consignante ficou desempregado e, decorrido o prazo convencionado, o consignado efetuou a apresentação do cheque o qual foi devolvido por insuficiências de fundo. Mesmo após reapresentá-lo, o cheque não foi compensado pelo mesmo motivo, ou seja, insuficiência de fundo. Além disso, o nome do consignante foi inscrito nos cadastros de inadimplentes.
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Depois de dez meses, o consignante conseguiu um novo emprego e deseja quita o débito, mas o consignado permanece inerte e, mesmo com a posse do cheque, não demonstra interesse em cobrar a dívida. O consignante não logrou êxito em localizar o paradeiro do consignado, e esse fato inviabilizou não somente o contato pela via postal, mas também a quitação do débito. Mesmo diante desses obstáculos que impedem o consignante de quitar seu débito, ele quer cumprir com sua obrigação e, por isso, quer consignar a referida quantia, devidamente atualizada, em juízo.
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Com o resultado dessa colisão, o veículo do autor sofreu danos de grande monta na parte de trás. Embora o acidente tenha causado danos ao carro do autor, não houve vítimas, exigindo a preservação do local. Por isso, aguardaram a chegada da viatura da CET para formalizar a