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Legislação e Ética na Administração Pública p/ CRBM 4 Prof. Erick Alves. Prof. Sérgio Machado. 1 de 33

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(1)

Lei de Acesso à Informação

Legislação e Ética na Administração Pública p/

CRBM 4

(2)

Sumário

SUMÁRIO ... 2

APRESENTAÇÃO ... 3

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO – LEI 12.527/2011 ... 4

ABRANGÊNCIA ... 4

DIRETRIZES ... 5

ACESSO A INFORMAÇÕES E SUA DIVULGAÇÃO ... 6

RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO ... 11

RECURSOS ... 15

RESPONSABILIDADES ... 16

QUESTÕES DE CONCURSO COMENTADAS ... 19

LISTA DE QUESTÕES ... 28

GABARITO ... 31

RESUMO DIRECIONADO ... 32

(3)

Apresentação

Este livro digital em PDF está organizado da seguinte forma:

1) Teoria permeada com questões, para fixação do conteúdo– estudo OBRIGATÓRIO

2) Bateria de questões comentadas da banca organizadora do concurso, para conhecer a banca e o seu nível de cobrança – estudo OBRIGATÓRIO

3) Lista de questões da banca sem comentários seguida de gabarito, para quem quiser tentar resolver antes de ler os comentários estudo FACULTATIVO

4) Resumo Direcionado, para auxiliar na revisão – estudo FACULTATIVO

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ProfErickAlves (https://www.instagram.com/proferickalves) ProfErickAlves (https://www.facebook.com/proferickalves) ProfSergioMachado (https://www.instagram.com/profsergiomachado)

Professor Sergio Machado

(4)

Lei de Acesso à Informação – Lei 12.527/2011

A Lei 12.527/2011 foi editada com o fim de garantir o acesso a informações de interesse público e particular previsto no inciso XXXIII do art. 5º1, no inciso II do § 3º do art. 372 e no § 2º do art. 2163 da Constituição Federal. Por isso, é conhecida como a Lei de Acesso à Informação (LAI).

Trata-se de uma importante lei que busca aprimorar a transparência administrativa do país, estabelecendo o princípio de que a publicidade deve ser encarada como regra geral e o sigilo como exceção.

Nesse sentido, dispõe a lei que é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão (art. 5º).

Antes de adentrarmos no estudo da lei propriamente dita, cumpre registrar que a Lei do Processo Administrativo Federal (Lei 9.784/1999), vista anteriormente, aplica-se subsidiariamente aos procedimentos previstos na LAI, no que se refere à apresentação, instrução e decisão dos pedidos de acesso a informações e recursos respectivos.

Abrangência

A LAI é uma lei de normas gerais, de caráter nacional, vale dizer, possui incidência sobre a União, Estados, DF e Municípios.

Especificamente, subordinam-se ao regime da LAI (art. 1º e 2º):

§ Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;

§ As autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e

demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e

Municípios.

§ As entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

Registre-se que as entidades privadas sem fins lucrativos devem obedecer às regras de transparência previstas na LAI apenas em relação à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas (art. 2º, parágrafo único).

1 XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou

geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

2 § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando

especialmente:

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;

(5)

Questão para fixar

1)

Sendo pessoas jurídicas de direito privado, as empresas públicas não estão sujeitas às regras previstas na referida lei.

Comentário:

A LAI é normal geral e, por isso, aplicável à União, Estados, DF e Municípios, abrangendo suas administrações direta e indireta (autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas), bem como as entidades controladas direta ou indiretamente. Estende-se também aos Tribunais de Contas e ao Ministério Público, bem como às entidades privadas sem fins lucrativos que recebem repasse de recursos públicos.

Gabarito: Errado

Diretrizes

O art. 3º da LAI estabelece diretrizes a serem observadas no intuito de assegurar o direito fundamental de acesso à informação. São elas:

§ Observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;

§ Divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações;

§ Utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; § Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; § Desenvolvimento do controle social da administração pública.

Tais diretrizes devem ser observadas no dia-a-dia da Administração Pública, e também servem de base para as demais regras de transparência previstas na LAI, como veremos adiante.

Abrangência da LAI

Órgãos públicos da administração direta de todos os

Poderes, incluindo Tribunal de Contas e Ministério Público

Entidades da administração indireta, incluindo empresas

públicas e sociedades de economia mista

(6)

Acesso a informações e sua divulgação

O direito de acesso à informação é o mais amplo possível, abrangendo todos os registros ou documentos produzidos ou custodiados pelos órgãos ou entidades do Poder Público. Assim, é direito da sociedade ter acesso, por exemplo, a (art. 7º):

§ Informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços;

§ Informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;

§ Informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos.

§ Informação relativa ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores.

Detalhe é que, segundo a LAI, toda informação deverá ser disponibilizada de forma primária, íntegra, autêntica e atualizada.

No sistema estabelecido pela LAI, foram contempladas duas formas de garantir o acesso à informação:

Quanto à transparência ativa, o art. 8º da LAI dispõe que é dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas (como registros das competências e estrutura organizacional do órgão, informações sobre procedimentos licitatórios, dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras, respostas a perguntas mais frequentes da sociedade, etc.), sendo obrigatória a divulgação em sites oficiais da internet. De fato, depois da LAI, os órgãos públicos em geral criaram links em seus sites (com nomes do tipo “transparência institucional” ou “acesso à informação”), através dos quais se pode ter acesso aos dados da gestão do órgão.

É de se ressaltar que os Municípios com população de até 10 mil habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet (art. 8º, §4º).

• As informações são disponibilizadas pela

Administração,

independentemente

de

solicitação, inclusive pela referência nos

respectivos sites oficiais da internet.

Transparência ativa

• As informações são transmitidas em

resposta a requerimento de acesso à

informação formulado pelo interessado.

(7)

Ademais, ainda quanto à transparência ativa, os órgãos e entidades do poder público deverão assegurar o acesso a informações públicas mediante a criação de serviço de informações ao cidadão, assim como pela realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou outras formas de divulgação (art. 9º).

Fique atento

!!

Questão polêmica envolvendo a aplicação da LAI refere-se à divulgação nominal da remuneração de autoridades e servidores nas páginas da internet de órgãos públicos.

Essa questão foi levada ao STF e, embora houvesse desacordo nas instâncias inferiores, ficou decidido que a referida divulgação se coaduna com o princípio da publicidade e não afronta os princípios da intimidade e da vida privada, ressalvando-se, contudo, a necessidade de figurar exclusivamente o nome e a matrícula funcional do servidor, vedada a divulgação de outros dados pessoais, como CPF, RG e endereço residencial.

Ressalte-se que a LAI não prevê expressamente semelhante divulgação, mas, ao regulamentar a lei, no âmbito do Poder Executivo Federal, o Decreto 7.724/2012 impôs a necessidade de se dar publicidade à remuneração dos servidores e autoridades.

Ademais, o próprio STF, no âmbito administrativo, decidiu divulgar nominalmente salários e vantagens percebidos pelos seus Ministros e servidores. Outros órgãos fora do Executivo também já fizeram o mesmo, a exemplo do Tribunal de Contas da União.

No que tange à transparência passiva, reza o art. 10 da LAI que “qualquer interessado” poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades do Poder Público, por qualquer meio legítimo, vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público. Basta que o pedido contenha a identificação do requerente e a especificação da informação requerida.

Perceba que, embora a LAI empregue o termo “interessado”, a pessoa que formula o pedido de acesso a informação de interesse público não precisa apresentar justificativa alguma, nem demonstrar qualquer interesse específico que o leve a querer conhecer a informação. A ideia subjacente é que a informação de interesse público, por sua própria natureza, interessa a todos.

O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível, inclusive oferecendo meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que necessitar ou informando-lhe onde consultar a informação, caso ela já esteja disponível ao público em meio de acesso universal, como jornais ou internet (art. 11).

Os

Municípios

com

até 10 mil habitantes

ficam

dispensados

da divulgação na

internet

, mas ainda precisam disponibilizar

as informações de interesse coletivo ou geral

em

local de fácil acesso

.

É

vedado

exigir que o solicitante apresente

os motivos determinantes do pedido de

acesso a informação de interesse geral.

(8)

Destaque-se que o serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito. Contudo, nas hipóteses em que for necessária a reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados, exceto quando a situação econômica do interessado não lhe permita ressarcir esses custos sem prejuízo do sustento próprio ou da família, conforme declaração por ele próprio firmada (art. 12).

Não sendo possível conceder o acesso imediato, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 dias, prorrogável por mais 10 dias, mediante justificativa expressa:

§ Comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; § Indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou

§ Comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação.

Caso, na resposta ao pedido, seja informado que a informação solicitada extraviou-se, o interessado poderá requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva documentação. Nessa hipótese, o responsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação (art. 7º, §§5º e 6º).

O direito de acesso aos documentos utilizados como fundamento da tomada de decisão e da edição de ato administrativo, bem como às informações contidas nesses documentos, somente será assegurado a partir da edição do ato decisório respectivo (art. 7º, §3º). É o caso, por exemplo, de um parecer técnico emitido pelo setor de assessoramento jurídico para subsidiar a prática de determinado ato administrativo. Esse documento preparatório não será acessível antes da edição do ato principal, até porque ele tem, de regra, caráter meramente opinativo, ou seja, não representa necessariamente a decisão que o órgão irá tomar. O acesso ao parecer somente será possível após a edição do ato que ele subsidiou.

A negativa de acesso às informações deve ser devidamente fundamentada, com motivação específica, sob pena de sujeitar-se o responsável a medidas disciplinares, previstas na própria LAI (art. 7º, §4º). Ademais, é direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia (art. 14).

Registre-se que não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais, nem às informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas (art. 21).

(9)

Questões para fixar

2)

Considere que determinada entidade pública tenha recebido um pedido de acesso a informação contida em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental e esses documentos estejam disponibilizados em formato impresso ou eletrônico na Internet, a referida entidade ficará desonerada de fornecê-lo diretamente ao requerente, bastando que este seja informado, ainda que oralmente, do local e da forma de consulta.

Comentário: De fato, caso a informação solicitada já esteja disponível em meio de acesso universal, a Administração poderá simplesmente comunicar ao requerente o lugar e a forma pela qual ele poderá fazer a consulta. O erro é que essa comunicação deve ser feita por escrito, e não oralmente. É o que diz o art. 11, §6º da LAI:

§ 6o Caso a informação solicitada esteja disponível ao público em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso universal, serão informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a referida informação, procedimento esse que desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento direto, salvo se o requerente declarar não dispor de meios para realizar por si mesmo tais procedimentos.

Gabarito: Errado

3)

Independentemente de requerimentos, os órgãos e entidades do DF devem promover a divulgação de informações nas quais constem, entre outros aspectos, os resultados de inspeções e auditorias, prestações de contas e tomadas de contas especiais realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo as prestações de contas relativas a exercícios anteriores.

Comentário: As informações enumeradas no enunciado estão dentre aquelas previstas no art. 8º, §1º da LAI que devem ser obrigatoriamente divulgadas pela Administração na internet, independentemente de requerimento, na chamada transparência ativa. Vale conhecer esse rol, pois é muito cobrado em prova:

Art. 8o É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.

§ 1o Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, no mínimo:

I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas

unidades e horários de atendimento ao público;

II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; III - registros das despesas;

IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e

(10)

V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e

entidades; e

VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

Gabarito: Certo

4)

Considere que determinado cidadão tenha apresentado petição no Ministério da Justiça insurgindo-se contra o fato de não ter sido divulgado no sítio oficial do órgão na Internet programa elaborado com vistas ao combate às drogas. Nesse caso, tem razão o requerente, haja vista que a divulgação do programa no sítio é obrigatória.

Comentários: Segundo o art. 8º da LAI, é dever dos órgãos e entidades públicas divulgar em sites oficiais da internet informações de interesse coletivo ou geral, incluindo, entre outros aspectos, “dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades” (art. 8º, §1º V). Portanto, na situação do enunciado, o requerente tem razão, pois a divulgação do programa no site é obrigatória. A LAI dispensa da divulgação obrigatória na internet apenas os Municípios pequenos, com população de até 10 mil habitantes. Ressalte-se que esses Municípios permanecem obrigados a divulgar as informações de interesse coletivo e geral em local de fácil acesso; só não estão obrigados a utilizar a internet para tanto (podem usar se quiser).

Gabarito: Certo

5)

O órgão público pode condicionar o atendimento de solicitação de informações de interesse público à prestação, pelo solicitante, da motivação determinante para tal solicitação.

Comentário:

Conforme o art. 10, §3º da LAI, “são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público”. Assim, a pessoa que solicita informação de interesse público não precisa justificar seu pedido, nem demonstrar qualquer interesse específico para requerer a informação.

Gabarito: Errado

6)

Considere que tenha sido requerida ao CADE determinada informação que não seja da sua competência. Considere, ainda, que o conselho tenha conhecimento do órgão que a detém. Nessa situação, o CADE deverá remeter o requerimento ao órgão competente, bem como avisar o interessado sobre a remessa do seu pedido de informação.

Comentário:

Conforme o art. 11, §1º, III da LAI, se não for possível conceder o acesso imediato à informação solicitada, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação.

(11)

Restrições de acesso à informação

Embora a publicidade seja a regra, a LAI prevê hipóteses em que poderá haver restrição de acesso a determinadas informações consideradas sigilosas.

Nesse sentido, o art. 22 destaca que o disposto na LAI não exclui as demais hipóteses legais de sigilo (como o sigilo fiscal e bancário) e de segredo de justiça, nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado.

Nos termos da LAI, informação sigilosa é “aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado” (art. 4º, III).

O art. 23 da LAI enumera as situações consideradas “imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado” e, portanto, passíveis de sofrer restrição de acesso. Trata-se de informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:

§ Pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;

§ Prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;

§ Pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;

§ Oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; § Prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas;

§ Prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;

§ Pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou

§ Comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.

Ressalte-se que nenhuma informação que o Poder Público detenha pode ser mantida em segredo eterno. Com efeito, quando a divulgação for capaz de colocar em risco a segurança da sociedade e do Estado, a informação poderá ser classificada em três grupos: ultrassecreta, secreta ou reservada, vigorando a restrição, respectivamente, nos prazos de 25, 15 e 5 anos, a partir da produção do ato a ser informado.

No âmbito da Administração Pública Federal, a LAI define as autoridades competentes para classificar as informações nos diferentes graus de sigilo (art. 27).

(12)

Classificação da informação

Prazo máximo de

restrição de acesso Autoridade competente para classificar

Ultrassecreta Até 25 anos

§ Presidente e Vice-Presidente da República;

§ Ministros de Estado e equivalentes;

§ Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e

§ Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior.

Secreta Até 15 anos

§ Autoridades competentes para classificar no grau ultrasecreto;

§ Titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista.

Reservada Até 5 anos

§ Autoridades competentes para classificar nos graus secreto e ultrasecreto;

§ Autoridades que exerçam funções de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equivalente.

Na classificação da informação em determinado grau de sigilo deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos restritivo possível (art. 24, §5º).

A classificação das informações será reavaliada pela autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos previstos em regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo. Na hipótese de redução do prazo de sigilo, o novo prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua produção (art. 29).

Detalhe interessante é que, ao invés de fixar a restrição de acesso por um determinado prazo, poderá ser estabelecido que o acesso a determinada informação ficará restrito até que ocorra um certo evento, desde que este evento aconteça antes do transcurso do prazo máximo correspondente à classificação atribuída à informação. Assim, por exemplo, se o acesso a uma informação secreta ficar condicionado à ocorrência de certo evento e, depois de passados 15 anos, este evento ainda não tiver acontecido, o sigilo deixará automaticamente de existir, já que o evento escolhido não pode ter ocorrência ulterior ao prazo máximo previsto para a classificação daquela informação. Agora, se o evento ocorrer antes do transcurso dos 15 anos, o sigilo deixará de existir quando da ocorrência do evento.

Ressalte-se que, uma vez transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público, ou seja, não é necessária a edição de um ato específico para declarar a queda do sigilo.

Sendo a publicidade a regra e o sigilo a exceção, a informação não classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada será de livre acesso, salvo se estiver resguardada por alguma norma de sigilo estabelecida em legislação específica (ex: informações que impliquem violação de sigilo fiscal e bancário).

Conforme o art. 7º, §2º da LAI, “quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo”.

(13)

A LAI instituiu, no âmbito da Administração Pública Federal, a denominada Comissão Mista de Reavaliação de Informações4, a qual, entre outras atribuições, tem competência para prorrogar por uma única vez, e por período determinado não superior a 25 anos, o prazo de sigilo de informação classificada no grau ultrassecreto, enquanto seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às relações internacionais do País (art. 35, §1º). Em outras palavras, o limite teórico máximo de restrição de acesso a informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado é de 50 anos5.

A referida Comissão Mista também possui competência para rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada (art. 35, §1º, II).

A revisão de ofício por parte da Comissão Mista deverá ocorrer, no máximo, a cada 4 anos, após a reavaliação da classificação dos documentos ultrassecretos ou secretos a que os órgãos entidades públicas devem proceder a cada 2 anos (art. 35, §3º c/c art. 39).

A não realização da reavaliação pelos órgãos e entidades ou da revisão de ofício pela Comissão Mista nos prazos previstos implicará a desclassificação automática das informações, ou seja, tais informações serão consideradas, automaticamente, de acesso público (art. 35, §4º c/cc art. 39, §4º).

Bem, tratamos até aqui da restrição de acesso às informações imprescindíveis à segurança da sociedade e do Estado. Mas a LAI também admite que seja restrito o acesso a informações pessoais, definidas como

4 A composição da Comissão Mista de Reavaliação de Informações está prevista no Decreto 7.724/2012:

Art. 46. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações, instituída nos termos do § 1o do art. 35 da Lei no 12.527, de

2011, será integrada pelos titulares dos seguintes órgãos: I - Casa Civil da Presidência da República, que a presidirá; II - Ministério da Justiça;

III - Ministério das Relações Exteriores; IV - Ministério da Defesa;

V - Ministério da Fazenda;

VI - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

VII - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; VIII - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; IX - Advocacia-Geral da União; e

X - Controladoria Geral da União.

5 Veremos que, para informações pessoais, o limite máximo de restrição de acesso é de 100 anos.

Informações secretas e

ultrasecretas

Reavaliação pelos órgãos e

entidades

A cada 2 anos, no

máximo

Revisão de ofício pela

Comissão Mista Reavaliação

de Informações

A cada 4 anos, no

máximo

(14)

informações relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem de pessoa natural identificada ou identificável.

Com efeito, nos termos do art. 31, §1º, I, as informações pessoais terão seu acesso restrito a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem, podendo a restrição durar pelo prazo máximo de100 anos a contar da data de produção da informação. Ressalte-se que a restrição de acesso a informações pessoais independe de classificação de sigilo, ou seja, os dados dessa natureza não precisam ser classificados em ultrassecretos, secretos ou reservados para se tornarem sigilosos.

A divulgação de informações pessoais poderá, ainda, ser autorizada por lei ou mediante consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem. Esse consentimento não será exigido quando as informações pessoais forem necessárias (art. 31, §3º):

§ à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o tratamento médico;

§ à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações se referirem;

§ ao cumprimento de ordem judicial; § à defesa de direitos humanos; ou

§ à proteção do interesse público e geral preponderante.

A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o titular das informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância (art. 31, §4º).

Em qualquer caso, aquele que obtiver acesso às informações pessoais de outrem será responsabilizado por seu uso indevido (art. 31, §2º).

(15)

Questão para fixar

7)

Considere que, em 2014, um cidadão tenha solicitado acesso a documentação produzida e classificada como reservada pelo ICMBio em 2008. Nessa situação, o instituto poderá indeferir o pedido, a depender do conteúdo da documentação.

Comentário:

A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, a depender o seu conteúdo e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada, hipótese em que o acesso a essa informação ficará restrito, em regra, por 25, 15 ou 5 anos, respectivamente (LAI, art. 24). Contudo, a LAI também estabelece que “as informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição”. Sendo assim, a documentação classificada como reservada pelo ICMBio em 2008, cujo prazo de restrição de acesso, ordinariamente, terminaria em 2013 (cinco anos), poderia ficar restrita por mais tempo caso seu conteúdo pudesse colocar em risco a segurança do PR e Vice e respectivos cônjuges e filhos(as), ou seja, o instituto poderia indeferir o pedido de acesso efetuado em 2014, nessa situação. Portanto, o item está correto.

Gabarito: Certo

Recursos

A LAI prevê que, nos casos de negativa de acesso a informações ou de não fornecimento das razões da negativa do acesso, o interessado poderá interpor recurso contra a decisão.

Para assegurar o exercício do direito de recurso por parte do interessado, a Administração deverá informa-lo, sempre que indeferir pedido de acesso, sobre a possibilidade de interpor recurso, os prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda, indicar-lhe a autoridade competente para sua apreciação (art. 11, §4º).

O recurso deverá ser interposto pelo interessado no prazo de 10 dias a contar da ciência da decisão denegatória, e ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 dias (art. 15).

Em especial, se a negativa de acesso for oriunda de órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União (CGU), que deve decidir no prazo de 5 dias (art. 16). Esse recurso à CGU só é cabível depois de ter sido apreciado por pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada (art. 16, §1º). Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral da União, cabe ainda recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações.

Já no caso de indeferimento de pedido de desclassificação de informação (atenção, não é pedido de acesso) protocolado em órgão da Administração Pública Federal, poderá o requerente recorrer ao Ministro de Estado da área, depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior à autoridade que exarou a decisão impugnada, sem prejuízo das competências da Comissão Mista de Reavaliação de Informações (art. 17).

(16)

8)

Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.

No caso de indeferimento de acesso às informações, poderá o interessado recorrer a autoridade superior à entidade que negou o pedido. Se for mantida a decisão, o cidadão poderá recorrer à Controladoria Geral da União.

Comentário:

De fato, em caso de negativa de acesso, o interessado poderá recorrer à autoridade hierarquicamente superior à que negou o pedido. Porém, o recurso à CGU só é possível quando a negativa de acesso partir de órgão ou entidade do Poder Executivo Federal. Na questão, tratava-se de ente estadual, daí o erro.

Gabarito: Errado

Responsabilidades

A LAI estabelece uma série de infrações e sanções de natureza administrativa (não são crimes) pelo descumprimento das suas normas.

Nos termos do art. 32, constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou militar:

§ Recusar-se a fornecer informação requerida nos termos da LAI, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;

§ Utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;

§ Agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação;

§ Divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal;

§ Impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem;

§ Ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e

§ Destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado.

Para os militares, as condutas acima são consideradas transgressões militares médias ou graves, segundo os critérios estabelecidos nos regulamentos disciplinares das Forças Armadas. Para os servidores regidos pela Lei 8.112/1990, são equiparadas a infrações administrativas sujeitas a, no mínimo, a pena de suspensão (art. 32, §1º, I e II).

Pelas mesmas condutas, poderão os agentes públicos em geral e os militares responder, também, por improbidade administrativa (art. 32, §2º).

(17)

Já a pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o Poder Público e cometer algumas das infrações relacionadas acima, estará sujeita às seguintes sanções (art. 33):

§ Advertência;

§ Multa;

§ Rescisão do vínculo com o poder público;

§ Suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração pública por prazo não superior a 2 anos; e

§ Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.

A reabilitação da pessoa declarada inidônea será autorizada somente quando o interessado efetivar o ressarcimento dos prejuízos resultantes ao órgão ou entidade e após decorrido o prazo de 2 anos.

A LAI prevê que a multa poderá ser aplicada juntamente com a advertência, a rescisão do vínculo e a suspensão temporária para licitar e contratar (mas não com a declaração de inidoneidade).

Em qualquer caso, deverá ser sempre observado o direito ao contraditório e à ampla defesa na aplicação da sanção. No caso das pessoas físicas ou entidades com vínculo com o Poder Público, o prazo para defesa do interessado é de 10 dias.

Por fim, a LAI estabelece a responsabilidade civil objetiva do Estado ao definir que “os órgãos e entidades públicas respondem diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação não autorizada ou utilização indevida de informações sigilosas ou informações pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito de regresso”. Também incorre na mesma responsabilidade a pessoa física ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer natureza com órgãos ou entidades, tenha acesso a informação sigilosa ou pessoal e a submeta a tratamento indevido (art. 34).

Questão para fixar

Sanções da LAI

Agentes públicos

No mínimo, suspensão

Militares

Sanções previstas para transgressões

militares médias ou graves

Pessoa física ou entidade

privada com vínculo com o

Poder Público

Advertência, multa, rescisão

do vínculo, suspensão

temporária e inidoneidade

(18)

9)

Considere que um servidor público tenha, intencionalmente, fornecido informação incorreta a respeito do relatório de monitoramento de determinada unidade de conservação. Nessa situação, se for apurada infração administrativa na conduta do agente, a ele será aplicada a sanção de advertência.

Comentário:

Fornecer informação incorreta de forma intencional constitui infração administrativa prevista na LAI (art. 32, I). O erro é que, segundo o art. 32, §1º, II da Lei, o servidor público regido pela Lei 8.112/1990 que cometer alguma infração prevista na LAI deverá ser apenado, no mínimo, com suspensão.

Gabarito: Errado *****

Bem pessoal, essas foram as linhas gerais da Lei de Acesso à Informação, em que abordamos os seus principais pontos. Para aprofundar o assunto, recomendo a leitura completa da Lei 12.527/2011 e também do Decreto 7.724/2012, que regulamenta a LAI no âmbito do Executivo Federal.

Com isso terminamos a parte teórica da aula de hoje. Como já é de praxe, vamos resolver mais algumas questões de prova J

(19)

Questões de concurso comentadas

Lei de Acesso a Informação - LAI

1.

(Cespe – TCE/PB 2018)

No que se refere ao acesso a informações, assinale a opção correta conforme a Lei n.º 12.527/2011. a) É vedada a exigência ao cidadão de explicitação de motivos para solicitar acesso a dados públicos. b) O órgão deve conceder acesso à informação disponível em até quinze dias.

c) Caso o órgão se negue a conceder acesso a uma informação solicitada, o interessado estará impedido de interpor recurso.

d) Em caso de uma informação parcialmente sigilosa, será vedado ao interessado o acesso à parte não sigilosa da informação.

e) É facultado ao órgão fornecer ao requerente o inteiro teor de decisão negativa de acesso. Comentário:

a) CERTA. São vedadas exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informação de interesse público (art. 10, §3º, Lei 12.527/2011).

b) ERRADA. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível (art. 11, caput, Lei 12.257/2011).

c) ERRADA. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa de acesso, o interessado poderá interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias (art. 15, caput, Lei 12.257/2011).

d) ERRADA. Quando não for autorizado acesso integral à informação, por ser parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia, com ocultação da parte sob sigilo (art. 7º, §2º, Lei 12.257/2011).

e) ERRADA. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia, não se tratando de mera faculdade do órgão (art. 14, Lei 12.257/2011).

Gabarito: alternativa “a”

2.

(Cespe – CGM/JP 2018)

O acesso à informação compreende, entre outros, o direito à obtenção de informações relativas ao acompanhamento e aos resultados de programas executados por órgãos e entidades públicas.

Comentário:

O item está certo, nos termos do art. 7º, VII, a, da Lei 12.527/11:

Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter:

I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada;

(20)

II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;

III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;

IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;

V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços;

VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e

VII - informação relativa:

a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e

entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos;

b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores.

Gabarito: Certo

3.

(Cespe – CGM/JP 2018)

O acesso à informação compreenderá o direito à informação acerca do resultado de prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, salvo as prestações de contas relativas a exercícios anteriores.

Comentário:

Conforme visto na questão anterior, o acesso à informação abrange inclusive as prestações de contas relativas a exercícios anteriores (art. 7º, VII, b, Lei 12.527/11). Assim, está incorreto o item.

Gabarito: Errado

4.

(Cespe – TCU 2015)

Existem três níveis para a classificação da informação: ultrassecreto, secreto e reservado, com prazos de sigilo de vinte e cinco, quinze e cinco anos, respectivamente.

Comentário:

O item está em conformidade com o art. 24 da Lei de Acesso à Informação:

Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta,

(21)

§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes:

I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; II - secreta: 15 (quinze) anos; e

III - reservada: 5 (cinco) anos.

Gabarito: Certo

5.

(Cespe – TCU 2015)

O fornecimento de informações públicas está condicionado à solicitação da pessoa interessada.

Comentário: O fornecimento de informações públicas não está condicionado à solicitação da pessoa interessada. No sistema estabelecido pela LAI, foram contempladas duas formas de garantir o acesso à informação:

Transparência ativa: As informações são disponibilizadas pela Administração, independentemente de solicitação, inclusive pela referência nos respectivos sites oficiais da internet.

Transparência passiva: As informações são transmitidas em resposta a requerimento de acesso à informação formulado pelo interessado.

Gabarito: Errado

6.

(Cespe – TCU 2015)

Classificam-se como reservadas as informações que puderem colocar em risco a segurança do presidente, do vice-presidente da República e de respectivos cônjuges e filhos. Essas informações ficam sob sigilo pelo prazo de cinco anos, que é o prazo máximo de restrição de acesso à informação classificada como reservada.

Comentário:

Segundo o art. 24, §2º da LAI, “as informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição”.

Pela parte final do dispositivo, percebe-se que esse tipo de informação constitui uma exceção à regra pela qual as informações classificadas como reservadas permanecem com restrição de acesso por no máximo cinco anos (art. 24, §1º, III). Em caso de reeleição, por exemplo, a restrição poderá perdurar por oito anos, considerando o mandato de quatro anos.

Gabarito: Errado

7.

(Cespe – STJ 2015)

Os órgãos do Poder Judiciário não estão submetidos à lei mencionada [Lei de Acesso à Informação], pois seus documentos de arquivo possuem uma grande quantidade de informações pessoais.

(22)

A Lei de Acesso à Informação se aplica aos órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público.

Também abrange as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, assim como as entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

Gabarito: Errado

8.

(Cespe – STJ 2015)

Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei n.º 12.257/2011), julgue o item a seguir: Quando for extraviada uma informação solicitada, o solicitante poderá requerer a abertura de sindicância para apurar o seu desaparecimento. Comentário: O item está em conformidade com o seguinte dispositivo da Lei de Acesso à Informação:

Art. 7º (...)

§ 5o Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva documentação.

Gabarito: Certo

9.

(Cespe – STJ 2015)

Os documentos de arquivo que contenham informações pessoais relativas a intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito de acordo com a classificação de sigilo.

Comentário:

Vamos ver o que a LAI nos diz sobre o assunto:

Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à

intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.

§ 1o As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e

imagem:

I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100

(cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que

elas se referirem; e

II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

Logo, a restrição de acesso por 100 anos assegurada a informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem independe de classificação de sigilo, daí o erro.

(23)

Gabarito: Errado

10.

(Cespe – Ibama 2013)

Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.

No requerimento devem constar os motivos pelos quais o cidadão pretende obter as informações, para que seja feita a devida verificação de seus interesses.

Comentário:

Segundo o art. 10 da LAI, “qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida”. Perceba que a lei exige que o requerimento apresente, apenas, a identificação do requerente e a especificação da informação requerida, mas não os motivos pelos quais o cidadão pretende obter as informações.

Aliás, para não deixar dúvidas a respeito da desnecessidade de apresentação dos motivos da solicitação, o art. 10, §3º da LAI prescreve que “são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público”.

Gabarito: Errado

11.

(Cespe – Ibama 2013)

Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.

O acesso às informações poderá ser negado, caso exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados, ou ainda serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência da entidade.

Comentário:

A resposta está no Decreto 7.724/2012, que regulamenta a LAI no âmbito do Poder Executivo federal. Vejamos:

Art. 13. Não serão atendidos pedidos de acesso à informação: I - genéricos;

II - desproporcionais ou desarrazoados; ou

III - que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados e informações,

ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência do órgão ou entidade.

Parágrafo único. Na hipótese do inciso III do caput, o órgão ou entidade deverá, caso tenha conhecimento, indicar o local onde se encontram as informações a partir das quais o requerente poderá realizar a interpretação, consolidação ou tratamento de dados.

(24)

Gabarito: Certo

12.

(Cespe – Bacen 2013)

O órgão público não pode exigir do particular que ele apresente os motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público por ele realizada.

Comentário:

Segundo o art. 10, §3º da LAI, “são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público”. Em outras palavras, a Administração não pode exigir que o interessado apresente os motivos que o levaram a efetuar o pedido de acesso à informação.

Gabarito: Certo

13.

(Cespe – TCDF 2014)

Estão sujeitas às disposições da legislação federal e distrital que rege o tema entidades que, não tendo fins lucrativos, recebem, para a realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

Comentário:

O quesito está em plena consonância com o art. 2º da LAI:

Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

Gabarito: Certo

14.

(Cespe – ICMBio 2014)

Considere que o ICMBio tenha indeferido o pedido de acesso a informações de determinado projeto de pesquisa por ele coordenado, ao argumento de que as informações constantes desse projeto de pesquisa seriam sigilosas. Nessa situação, está correta a ação do instituto, pois a Lei de Acesso à informação veda o acesso a esses projetos, independentemente de seu conteúdo.

Comentário:

O art. 7º, §1º restringe o acesso a informações relativas a determinados projetos de pesquisa, quais sejam, àqueles “cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”. Veja:

§ 1o O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações referentes a projetos de

pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

(25)

A própria LAI define quais projetos de pesquisa são considerados imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de sofrerem restrição de acesso:

Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis

de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:

I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;

II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;

III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;

IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas;

VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;

VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou

VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.

Logo, a restrição de acesso a projetos de pesquisa não é “independentemente de seu conteúdo”, daí o erro.

Gabarito: Errado

15.

(Cespe – ICMBio 2014)

O cidadão tem direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse ou de interesse coletivo. Comentário:

A assertiva está de acordo com o previsto no art. 5º, XXXIII da Constituição Federal:

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de

interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas

aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

Ressalte-se que a Lei de Acesso à Informação foi editada justamente para regulamentar esse comando constitucional.

Gabarito: Certo

16.

(ESAF – AFRFB 2014)

(26)

a) cabe recurso a ser interposto no prazo de 05 (cinco) dias e dirigido diretamente à Controladoria-Geral da União do indeferimento a pedido de acesso a informações classificadas como sigilosas contidas em Ministérios integrantes do Poder Executivo Federal.

b) são classificadas como ultrassecretas, cujo prazo de restrição de acesso à informação é de 25 (vinte e cinco) anos, as informações que coloquem em risco a segurança do Presidente da República e respectivos cônjuge e filhos (as).

c) compete ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício, a cada 04 (quatro) anos, ou mediante provocação de pessoa interessada.

d) é assegurado, por lei, o sigilo da identificação do requerente que apresentar pedido de acesso a informações de interesse particular contidas nas Cortes de Contas.

e) mediante anuência do requerente é que a informação armazenada em formato digital será fornecida no referido formato.

Comentários:

Vamos analisar cada alternativa.

a) ERRADA. Antes de ser dirigido à CGU, o recurso deve ter sido submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada (LAI, art. 16, §1º). Portanto, o quesito erra ao afirmar que cabe recurso dirigido “diretamente” à CGU.

b) ERRADA. Segundo o art. 24, §2º da LAI, as informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas (e não como ultrassecretas) e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição.

c) ERRADA. A competência é da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, e não do GSI. O GSI é apenas um dos órgãos integrantes da Comissão Mista.

d) ERRADA. Nos termos do art. 10 da LAI, qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades sujeitos às normas da Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida.

e) CERTA, em conformidade com o art. 11, §5º da LAI:

Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível. (...)

§ 5o A informação armazenada em formato digital será fornecida nesse formato, caso haja anuência do

requerente.

Gabarito: alternativa “e”

(27)
(28)

Lista de questões

Lei de Acesso a Informação - LAI

1.

(Cespe – TCE/PB 2018)

No que se refere ao acesso a informações, assinale a opção correta conforme a Lei n.º 12.527/2011. a) É vedada a exigência ao cidadão de explicitação de motivos para solicitar acesso a dados públicos. b) O órgão deve conceder acesso à informação disponível em até quinze dias.

c) Caso o órgão se negue a conceder acesso a uma informação solicitada, o interessado estará impedido de interpor recurso.

d) Em caso de uma informação parcialmente sigilosa, será vedado ao interessado o acesso à parte não sigilosa da informação.

e) É facultado ao órgão fornecer ao requerente o inteiro teor de decisão negativa de acesso.

2.

(Cespe – CGM/JP 2018)

O acesso à informação compreende, entre outros, o direito à obtenção de informações relativas ao acompanhamento e aos resultados de programas executados por órgãos e entidades públicas.

3.

(Cespe – CGM/JP 2018)

O acesso à informação compreenderá o direito à informação acerca do resultado de prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, salvo as prestações de contas relativas a exercícios anteriores.

4.

(Cespe – TCU 2015)

Existem três níveis para a classificação da informação: ultrassecreto, secreto e reservado, com prazos de sigilo de vinte e cinco, quinze e cinco anos, respectivamente.

5.

(Cespe – TCU 2015)

O fornecimento de informações públicas está condicionado à solicitação da pessoa interessada.

6.

(Cespe – TCU 2015)

Classificam-se como reservadas as informações que puderem colocar em risco a segurança do presidente, do vice-presidente da República e de respectivos cônjuges e filhos. Essas informações ficam sob sigilo pelo prazo de cinco anos, que é o prazo máximo de restrição de acesso à informação classificada como reservada.

7.

(Cespe – STJ 2015)

Os órgãos do Poder Judiciário não estão submetidos à lei mencionada [Lei de Acesso à Informação], pois seus documentos de arquivo possuem uma grande quantidade de informações pessoais.

(29)

8.

(Cespe – STJ 2015)

Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei n.º 12.257/2011), julgue o item a seguir: Quando for extraviada uma informação solicitada, o solicitante poderá requerer a abertura de sindicância para apurar o seu desaparecimento.

9.

(Cespe – STJ 2015)

Os documentos de arquivo que contenham informações pessoais relativas a intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito de acordo com a classificação de sigilo.

10.

(Cespe – Ibama 2013)

Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.

No requerimento devem constar os motivos pelos quais o cidadão pretende obter as informações, para que seja feita a devida verificação de seus interesses.

11.

(Cespe – Ibama 2013)

Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.

O acesso às informações poderá ser negado, caso exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados, ou ainda serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência da entidade.

12.

(Cespe – Bacen 2013)

O órgão público não pode exigir do particular que ele apresente os motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público por ele realizada.

13.

(Cespe – TCDF 2014)

Estão sujeitas às disposições da legislação federal e distrital que rege o tema entidades que, não tendo fins lucrativos, recebem, para a realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

14.

(Cespe – ICMBio 2014)

Considere que o ICMBio tenha indeferido o pedido de acesso a informações de determinado projeto de pesquisa por ele coordenado, ao argumento de que as informações constantes desse projeto de pesquisa seriam sigilosas. Nessa situação, está correta a ação do instituto, pois a Lei de Acesso à informação veda o acesso a esses projetos, independentemente de seu conteúdo.

(30)

O cidadão tem direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse ou de interesse coletivo.

16.

(ESAF – AFRFB 2014)

Em se tratando do acesso à informação no âmbito federal, é correto afirmar:

a) cabe recurso a ser interposto no prazo de 05 (cinco) dias e dirigido diretamente à Controladoria-Geral da União do indeferimento a pedido de acesso a informações classificadas como sigilosas contidas em Ministérios integrantes do Poder Executivo Federal.

b) são classificadas como ultrassecretas, cujo prazo de restrição de acesso à informação é de 25 (vinte e cinco) anos, as informações que coloquem em risco a segurança do Presidente da República e respectivos cônjuge e filhos (as).

c) compete ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício, a cada 04 (quatro) anos, ou mediante provocação de pessoa interessada.

d) é assegurado, por lei, o sigilo da identificação do requerente que apresentar pedido de acesso a informações de interesse particular contidas nas Cortes de Contas.

e) mediante anuência do requerente é que a informação armazenada em formato digital será fornecida no referido formato.

(31)

Gabarito

1.

A

2.

C

3.

E

4.

C

5.

E

6.

E

7.

E

8.

C

9.

E

10.

E

11.

C

12.

C

13.

C

14.

E

15.

C

16.

e

Referências

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