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Arq Bras Endocrinol Metab vol.49 número2

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Academic year: 2018

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177 Arq Bras Endocrinol Metab vol 49 nº2 Abril 2005

A

EN D O CRIN O LO GIA FAZ PARTE D E MIN H A vida desde pequena - cresci ouvindo minha mãe falar que meu irmão tinha “um problema hor-monal” que atrapalhava seu crescimento, sem, entretanto, diagnosticar que problema era aquele.

O pan-hipopituitarismo foi descoberto quando eu começava meu curso de medicina. Naquela época, a terapêutica de reposição com hormônio de crescimento era inviável no Brasil e coube a mim acompanhar meu irmão aos Estados U nidos para o início do tratamento. Ali, então, declarei meu amor à endocrinologia, e no terceiro ano da U niversidade não tinha mais dúvidas sobre o ramo ao qual iria dedicar minha vida profissional.

A lembrança dos problemas de meu irmão nunca me abandonou. Até hoje me emociono quando me deparo com um caso de pan-hipopi-tuitarismo ou mesmo quando o discuto com colegas. Claro que as técnicas de recombinação genética hoje conhecidas tornaram o tratamento mais acessível a todos, o que me conforta mas não diminui minha emoção. Minha residência foi feita no IED E, o melhor curso de formação de endocrinologistas, no Rio de Janeiro, local onde firmei fortes laços pessoais e profissionais. Findos os estudos, voltei à minha terra natal, Florianópolis, onde iniciei um trabalho com a endocrinologia.

Meu envolvimento com a SBEM começou em 1984 quando par-ticipei do grupo que fundou a regional de Santa Catarina, até então sob a tutela do Paraná. Estiveram comigo na “empreitada” os colegas Paulo Cesar Alves da Silva, Mara Eda Kowalski, O svino Koch, João José Schcae-fer, Sergio de Carvalho, Luiz Alberto Susin, N ilton César da Silva e Luiz Carlos Espíndola.

Independentes, começamos então a colocar em prática nossos pro-jetos. O primeiro deles foi a organização do Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia, para o qual trabalhamos durante quatro anos, desde que conseguimos a aprovação do Conselho D eliberativo da SBEM N acional, em 2000.

Era o nosso primeiro e grande desafio - nada podia sair errado. A comissão científica local, formada pelos colegas Eliana Ternes Pereira, Lire-da Meneses Silva, Marcia Campos Lire-da Silva, Maria H eloisa Canalli e Paulo Cesar Alves da Silva, trabalhou duro, aparando arestas, administrando vai-dades, enfim, caprichando para que tudo saísse perfeito.

Mas a “maldição” de Florianópolis ser a ilha dos casos raros acabou caindo sobre nossas cabeças: o hotel escolhido para abrigar nossos convi-dados, novinho em folha, pago com antecedência, tudo dentro do figuri-no, foi um verdadeiro fracasso. Tudo deu errado - não tinha água nem toalhas nos quartos, as portas não fechavam e quando fechavam não abri-am, enfim, foram muitos atropelos. Bem, conseguimos sobreviver apesar do hotel, o Congresso foi um sucesso e hoje os problemas se trans-formaram em motivos de risadas em nossas conversas.

Assumir a coordenação nacional da SBEM é um motivo de grande orgulho para mim. Sei que vai me exigir muita dedicação e paixão, mas vou

editorial

Endocri nologi a: D esafi o e Pai xão

Mari sa H elena C. Coral

Professora A djunta do Departam ento de Clínica Médica,

U niversidade Federal de Santa Catarina (U FSC); Professora R esponsável pela Disciplina de Endocrinologia e Chefe do Serviço de Endocrinologia do H ospital U niversitário, U FSC,

Florianópolis, SC. Presidente da SBEM,

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Endocrinologia: Desafio e Paixão

Marisa Helena C. Coral

178 Arq Bras Endocrinol Metab vol 49 nº2 Abril 2005

me dedicar a esse novo desafio com todos esses senti-mentos, que aliás me têm sido familiares nesses anos todos de endocrinologia. Estou certa de que temos muitos desafios pela frente. Mas a divisão democrática do trabalho que temos pela frente, com os compa-nheiros da nossa diretoria, haveremos de corresponder aos anseios de nossa comunidade. Vamos unir esforços, acreditar em nossas convicções e trabalhar muito.

Sabemos que em nosso país existe um amplo espaço de oportunidades para todos que queiram tra-balhar pela ciência, pela educação e pela tecnologia. É preciso somar esforços, dinamizar o patrimônio hu-mano, racionalizar a utilização dos recursos disponí-veis, apoiar as universidades para que todos atinjam a plenitude de seus ideais.

Se cada um der um pouco de si, se cada um fizer a sua parte, vamos transformar nossas esperanças em programas de ação.

É para isso que nós lutaremos na SBEM.

Endereço para correspondência:

Marisa Helena César Coral SBEM - Nacional

Sede ACM – Associação Médica Catarinense Rodovia SC 401 Km 4, nº 3854

88032-005 Florianópolis, SC Tel: (48) 231-0336

E-mail: presidente@sbem.org.br / marisahcc@brturbo.com.br

Referências

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