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Educação Sexual. Guia de Orientação. Página1

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Educação Sexual

Guia de Orientação

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Oficinas Temáticas Educação Sexual

Elaborado por:

Ewerton Ricardo Viana de Medeiros Fernanda Marur Mazzé

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Apresentação Oficina I

Oficina II

Oficina III

Oficina IV

Oficina V

Referências Culminância

Questionários

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Apresentação

Este guia foi elaborado para apoiar os professores e professoras no trabalho, em sala de aula, com a temática educação sexual no Ensino Fundamental e Médio através do desenvolvimento de oficinas dinâmicas e de fácil aplicação.

O guia possui cinco oficinas temáticas organizadas conforme descrito a seguir:

Oficinas Público alvo Duração

Oficina I De onde vem os bebês? Alunos do 5º e 6º Ano do Ensino

Fundamental 03 aulas

Oficina II Diga não ao abuso sexual Alunos do 5º e 6º Ano do Ensino

Fundamental 03 aulas

Oficina III Meu projeto de vida

Alunos do 7º, 8º e 9º Ano do Ensino Fundamental e Todas as

turmas do Ensino Médio

05 aulas

Oficina IV É possível evitar uma gravidez indesejada

Alunos do 7º, 8º e 9º Ano do Ensino Fundamental e Todas as

turmas do Ensino Médio

05 aulas

Oficina V

Alunos do 7º, 8º e 9º Ano do Ensino Fundamental e Todas as

turmas do Ensino Médio

05 aulas

Nas oficinas serão utilizadas produção de desenhos e textual, construção de material de divulgação, exibição de vídeos, textos informativos, criação de vídeos, fanzines, além de exposição e rodas de conversas.

Ao final apresentamos uma sugestão para culminância das oficinas, para que toda a comunidade escolar possa conhecer o trabalho que vem sendo desenvolvido na escola com

O guia vem trazendo também questionários que poderão ser aplicados tanto com os alunos antes e depois da aplicação das oficinas para avaliar o impacto das mesmas na formação cidadã do indivíduo, como com os professores que desenvolveram as oficinas e a comunidade escolar que teve acesso ao material produzido durante as oficinas.

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Por se tratar de temáticas que ainda são consideradas tabus, sugere-se que antes da execução das oficinas seja realizada uma reunião com os pais e/ou responsáveis pelos alunos, afim de apresentar as oficinas e explicar como serão desenvolvidos os trabalhos na escola.

Este material foi elaborado durante o Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Natureza e Matemática e apresentado como Produto Educacional a Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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Oficina I

Tema: De onde vieram os bebês?

Público Alvo: Alunos do 5º e 6º Ano do Ensino Fundamental Tempo estimado: 03 (três) aulas

Objetivo: Fazer com que os alunos compreendam como os seres humanos nascem.

Antes da Oficina:

1. Elaborar um painel com a pergunta:

2. Confeccionar cartões em formato retangular para serem utilizadas pelos alunos durante uma das atividades propostas na oficina.

3. Providenciar canetas coloridas, cartolinas ou folhas de papel sulfite e fita adesiva.

4. Providenciar computador, projetor e caixa amplificada.

5. Imprimir o texto em anexo sobre a lenda da cegonha para os alunos da turma.

Desenvolvimento da Oficina

- Para iniciar a oficina, o professor apresenta o tema da oficina aos alunos. Em seguida, entrega um cartão, previamente preparado, a cada aluno, apresenta o painel contendo a m a pergunta no cartão que receberam. É estabelecido um tempo de 20 minutos para que eles possam responder, e logo após, o professor deverá solicitar que cada aluno leia a sua resposta e cole no painel (Caso haja necessidade, o professor pode utilizar um tempo maior para realização dessa atividade).

- Encerrado esse primeiro momento, o professor pergunta aos alunos se eles conhecem ou já ouviram falar sobre a relação existente entre as cegonhas e o nascimento dos bebês. O professor aguarda os alunos responderem e em seguida entrega o texto

(disponível ao final desta oficina) e solicita que os alunos façam a leitura individual e silenciosa do mesmo. Destina-se 10 minutos para a leitura do mesmo. Logo em seguida, o professor faz a leitura compartilhada do texto e inicia uma roda de conversa entre os alunos a respeito da história da cegonha e o nascimento dos bebês.

- Após a roda de conversa, propõe-se aos alunos que, em grupos de 04 (quatro) integrantes, elaborem um desenho baseado no texto lido anteriormente. O professor determina 30 minutos para realização dessa tarefa (Caso haja necessidade, esse tempo pode ser prolongado). Ao final cada grupo apresenta aos demais a sua criação e fixa na parede da sala de aula com fita adesiva.

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-

em: https://www.youtube.com/watch?v=axh8G6ptd04) e ao final do vídeo realizar uma roda de conversa enfatizando como os bebês nascem, do ponto de vista científico, enfatizando a necessidade de progenitores para que um novo ser possa nascer.

- Para encerrar a oficina, o professor abre um momento para que os alunos possam falar a respeito do que foi falado durante toda a oficina e expressar suas opiniões.

RESUMINDO...

AULA 01

sobre o texto.

AULA 02 Construção dos desenhos baseado no texto da aula anterior e apresentação para a turma.

AULA 03 Apresentação do vídeo

de uma roda de conversa sobre o assunto. Ao final, avaliação oral com os alunos sobre a oficina.

Os trabalhos elaborados poderão ser expostos no mural da escola ou apresentados na feira de ciências.

Dica para o professor:

Nessa oficina o professor de ciências poderá abordar conteúdos como:

Reprodução Humana e Desenvolvimento embrionário do ser humano. Também podem ser abordados conteúdos de história como a Grécia Antiga.

A

como as cegonhas entregavam os bebês aos humanos.

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A LENDA DA CEGONHA

Márcia Batista

Há muitos anos atrás, na Antiga Grécia, havia uma ninfa que gostava muito de bebês. Ela era amiga de uma deusa que casou-se com um mortal e foi expulsa por Zeus, do Olimpo, por causa disto. O problema é que por castigo de Zeus, esta mulher não poderia engravidar, embora este fosse seu maior sonho. A ninfa soube desta história e resolveu procurar na terra por um bebê abandonado. Esta criatura andou e caminhou bastante, mas não encontrou nada. Como estava cansada, ela decidiu nadar num rio da Grécia. Quando, de repente, ela viu uma cesta flutuando, onde se encontrava um neném. A ninfa não perdeu tempo e levou a criança até a deusa, que adotou o bebê. Zeus ao saber disto ficou furioso e como castigo transformou a ninfa em cegonha.

Diz o mito que a partir daquele dia, esta cegonha passou a encontrar bebês abandonados para as mulheres que não podiam ter filhos. O tempo se passou e esta lenda chegou até a antiga Escandinávia com algumas alterações. Lá, na época em que os bebês costumavam nascer em casa, às mães diziam aos filhos que as crianças foram trazidas pela cegonha, para justificarem o aparecimento repentino de um novo membro da família.

Para explicar o descanso da mãe depois do parto e o quarto sujo de sangue, as mulheres falavam aos filhos que a cegonha tinha bicado as suas pernas.

Reza a lenda que quando uma cegonha faz ninho na chaminé de uma casa é sinal de que uma das mulheres ficará grávida logo.

Disponível em: https://mega-contos.blogspot.com/2015/02/a-lenda-da-cegonha.html Acesso em: 20 de setembro de 2018.

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Oficina II

Tema: Diga não ao abuso sexual

Público Alvo: Alunos do 5º e 6º Ano do Ensino Fundamental Tempo estimado: 03 (três) aulas

Objetivo: Conhecer as diferentes formas de violência sexual e compreender que isso é um problema grave e que deve ser denunciado e combatido.

Antes da Oficina:

1. Providenciar projetor, computador e caixa amplificada;

2. Providenciar folhas de papel A4 (brancas ou coloridas), além de canetas coloridas para a produção dos fanzines.

Desenvolvimento da Oficina

- Para iniciar, o professor apresenta o tema da oficina aos alunos da turma e logo após, realiza uma pequena discussão sobre a temática, procurando identificar o que os alunos sabem a respeito da violência sexual contra crianças e adolescentes. Em seguida convida-os a assistirem o curta metragem

(Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PyPT6yF5llY).

Após o filme, o professor realiza uma roda de conversa incentivando os alunos a opinarem sobre o que assistiram e como eles se comportariam diante de tal situação que a jovem Lara passou.

- O professor fará uma pequena explanação abordando a temática da oficina (nas referências deste guia são sugeridas algumas sugestões de leitura que podem auxiliar o professor nessa atividade). A metodologia da explanação ficará a critério do professor, podendo ser uma apresentação em slides, uma roda de conversa, uma leitura compartilhada, entre outras. Pode-se destinar para essa atividade 20 minutos (caso haja necessidade, pode-se prolongar o tempo). Após a explanação, o professor encerra esse momento com o vídeo

(disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=Sc6yp863EE0).

- Fanzines

Após a conclusão cada aluno apresenta sua produção para os colegas de classe.

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- Para encerrar a oficina, o professor abre um momento para que os alunos possam falar a respeito do que foi falado durante toda a oficina e expressar suas opiniões.

RESUMINDO...

AULA 01 Discussão sobre o tema da oficina, apresentação do

alunos sobre o que assistiram.

AULA 02 Explanação sobre a temática da oficina com metodologia escolhida pelo professor e ha sobre abuso e

AULA 03 Construção de Fanzines

Para saber mais sobre Fanzines acessem:

https://www.youtube.com/watch?v=yIZJb0ATPR8 https://www.youtube.com/watch?v=iAd9xJwuDIU https://www.youtube.com/watch?v=uExXgZLOq6c

Os fanzines poderão ficar expostos na biblioteca, ao acesso da

comunidade escolar.

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Oficina III

Tema: Meu projeto de vida

Público Alvo: Alunos do 7º, 8º e 9º Ano do Ensino Fundamental e Todas as turmas do Ensino Médio

Tempo estimado: 05 (cinco) aulas

Objetivo: Despertar os alunos para os impactos de uma gravidez indesejável no seu projeto de vida.

Antes da Oficina:

1. Preparar um Painel com o título ao centro (sugestão em anexo Modelo 1);

2. Recortar pequenos quadros de papel ofício (aproximadamente o tamanho da metade uma folha A4);

3. Providenciar canetas coloridas e cola ou fita adesiva;

4. Providenciar balões de festa de acordo com a quantidade de alunos da turma (é necessário que cada aluno tenha um balão) e organizá-los em um local da sala. Dentro de cada balão será um bilhete contendendo uma das seguintes frases:

- Parabéns! Você acaba de descobrir que terá um filho!

- Seu teste deu negativo! Você não terá um filho agora!

Sugestão: Seria interessante que a quantidade de bilhetes contendo as frases acima fossem iguais ou em quantidades bem próximas.

5. Preparar cartões em formato retangular e um painel com o título

Modelo 2). Cada grupo deverá receber pelo menos 10 cartões;

6. Providenciar cartolinas, folhas de papel sulfite e papel ofício A4 colorido ou branco.

7. Providenciar projetor, computador e caixa amplificada.

8. Caso opte por usar o texto proposto em anexo com os alunos, providenciar as cópias impressas.

Desenvolvimento da Oficina

- Ao iniciar a oficina o professor irá entregar a cada aluno um quadro de papel ofício A4 e solicitará que ele escreva ou desenhe o seu projeto de vida, o que

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ele pretende ser/fazer no futuro (Os alunos podem ficar livres para escrever ou desenhar os seus planos para o futuro). É interessante deixar os alunos a vontade para planejarem seu projeto de vida.

Observação: O professor deverá orientar os alunos que no seu projeto devem contemplar os aspectos sociais, econômicos e culturais e não apenas se limitar aos aspectos profissionais.

- Como conclusão dessa primeira etapa cada aluno apresenta seu projeto de vida à tu

- Após concluída a primeira etapa, o professor convida os alunos a escolherem uma bexiga e ficarem segurando com cuidado para não estourar. Quando todos os alunos estiverem com suas respectivas bexigas, o professor avisa que dentro de cada balão há uma mensagem que pode mudar a vida de cada um deles e em seguida solicita que os mesmos estourem os balões. Cada aluno pega o bilhete contido dentro do balão e faz a sua leitura.

- O professor solicita que os alunos, voluntariamente, comentem como se sentiram quando leram a mensagem do bilhete.

- Concluída a primeira parte da oficina, o professor solicita que a turma se organize em grupos de 4 a 5 alunos e iniciem uma roda de conversa procurando identificar os impactos que uma gravidez não desejada pode ocasionar no projeto de vida e na rotina diária de cada um, considerando os seguintes pontos:

educação, carreira profissional, finanças da família, vida social e rotina diária.

Cada grupo receberá dez cartões onde deverão escrever suas respostas. O professor deverá orientar que para cada ponto considerado, o aluno deverá escolher dois impactos causados pela gravidez. Ao final da discussão, cada grupo apresentará suas respostas, fixando-as no painel.

- Após essa discussão, o

(disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=55yJIUZLzXg) e em seguida fazer uma breve explanação sobre a temática da oficina (a metodologia da explanação ficará a critério do professor. Como sugestão pode-se fazer uma leitura compartilhada e comentada do texto em anexo ao final da oficina, uma apresentação em slides, entre outras);

- Após a discussão, o professor retomará os grupos da atividade anterior e solicitará que cada grupo elabore um material de divulgação para uma campanha de sensibilização contra gravidez na adolescência. Pode-se sugerir como

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opções de material um folder, um panfleto, um vídeo, um cartaz, uma reportagem ou artigo de opinião, entre outros. Ao final, cada grupo apresenta o material produzido para a turma.

- Para encerrar a oficina, o professor abre um momento para que os alunos possam falar a respeito do que foi falado durante toda a oficina e expressar suas opiniões.

RESUMINDO...

AULA 01

painel e Dinâmica das bexigas.

AULA 02

AULA 03

breve explanação sobre a temática.

AULA 04 Atividade de preparação de material de divulgação para campanha de combate a gravidez na adolescência.

AULA 05 Apresentação dos materiais para a turma e roda de conversa sobre a opinião dos alunos sobre a oficina.

O professor poderá trabalhar com seus alunos o documentário

para mostrar a realidade de adolescentes que engravidam

muito cedo. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v

=f9X8WSWiI2I.

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ANEXOS

Educação Carreira

Profissional Finanças da

família Vida Social Rotina diária

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CONHEÇA OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Ana Paula Cardoso Caso ainda de grande incidência no Brasil, a gravidez na adolescência é

uma das principais causas de evasão escolar, além de não ser ideal do ponto de vista clínico

A gravidez na adolescência tem no Brasil uma das mais altas incidências do mundo. De acordo com o último levantamento da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015, o número de mulheres com 19 anos ou menos representa 17,4% do total das gestantes no país.

Os números relacionados à gravidez na adolescência são apenas dados frios de uma realidade ainda mais dura: a maior parte das gestações nesta faixa etária não foi planejada ou é indesejada.

De acordo com um relatório divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), inúmeros casos de gravidez na adolescência decorrem ainda de abusos na infância e violência

sexual, ou são resultados de uniões conjugais precoces, geralmente com homens mais velhos.

Gravidez na adolescência e o abandono escolar

Ao engravidarem, voluntaria ou involuntariamente, essas adolescentes veem seus projetos de vida naufragarem.

"É de se destacar a relação existente entre gravidez e abandono escolar, pois se estima que cerca de 58% dessas meninas brasileiras com filhos não trabalhem ou estudem", ressalta o Dr. Paulo Nassar, coordenador do centro de diagnóstico da maternidade Perinatal Barra.

Os estudos do UNFPA mostram ainda a relação entre a gravidez na adolescência e o ciclo de perpetuação da pobreza, desigualdade e exclusão

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social. Afinal, ainda é maior a incidência de mães adolescentes nas camadas menos favorecidas economicamente do país.

"Uma menina que vê seus projetos de vida comuns à idade como brincar, namorar, estudar ou pensar no futuro abruptamente interrompidos pela maternidade, já entra em desvantagem no ciclo de desenvolvimento pessoal", completa a psicóloga terapeuta de família Helena Monteiro.

Comportamento de risco e a gravidez prematura

Mesmo em camadas mais pobres da população, o acesso a meios de informação está presente. O que aumentaria a probabilidade a gestação prematura destas meninas é o comportamento de risco, inerente à fase da adolescência. Sem contar que, como reforça o médico da Perinatal Barra, é impossível dissociar a gravidez na adolescência da descoberta da sexualidade.

Para a psicóloga especializada em atendimento a crianças e adolescentes, não há uma única causa principal para a gravidez na adolescência, mas uma somatória de fatores. A capacidade do adolescente de se considerar sábio de todos os assuntos

e achar que as informações vindas de adultos e de instituições são irrelevantes é um destes fatores.

"Eles (os adolescentes) são imediatistas, usufruindo de prazeres sem pensar nas consequências e de, ainda nos dias de hoje, considerarem-se blindados, como se a gravidez só ocorresse em populações diferentes da sua", reforça a psicóloga Viviane Rossi.

O médico da Perinatal Barra reforça a tese da psicóloga. "A gestação não planejada é muitas vezes apenas a causa de se assumir comportamentos de risco", alerta o especialista.

Ainda segundo o Dr. Paulo Nassar, a presença de um filho obriga essa adolescente a pular etapas do processo de amadurecimento emocional e social, o que de forma alguma é visto como desejável.

Educação sexual contra gravidez na adolescência

De acordo com a terapeuta de família Helena Monteiro, os programas de educação sexual voltado a crianças e adolescentes podem reduzir cada vez mais o índice de gravidez na adolescência. Mas não somente aulas tradicionais.

Programas em escolas, igrejas ou postos de saúde que reúnam os

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adolescentes e os faça discutir e trocar experiências entre eles, no melhor estilo 'grupo de apoio', pode ser o caminho.

"Sem contar na distribuição de livros sobre educação sexual para crianças e adolescentes. Trata-se de uma fase na qual as informações vindas exclusivamente de adultos não são tão validadas pelos jovens quanto as que buscam sozinhos ou trocam entre eles", reforça Helena Monteiro.

Os problemas clínicos da gravidez na adolescência

Não somente problemas de ordem emocional ou social podem ser gerados pela gestação precoce. Do ponto de vista clínico-patológico, há mais riscos para a gestante ou feto na gravidez entre adolescentes do que entre adultas.

Segundo o Dr. Paulo Nassar, existem trabalhos associando a gravidez na adolescência a várias situações clínicas de risco na gestação. Entre os problemas clínicos-patológicos da gravidez em mulheres antes dos 20 anos destacam-se:

Doenças hipertensivas na gestação (como pré-eclâmpsia);

Aumento do risco de parto prematuro;

Anemia gestacional;

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs);

Baixo peso do feto ao nascer.

O médico também chama a atenção para o risco de óbito materno em adolescentes de 10 a 19 anos, que em alguns lugares do mundo chegam ao dobro da incidência quando a gravidez é em mulher adulta.

"No Brasil, uma parte dessa mortalidade se justifica pelas tentativas de interrupção da gestação em um ambiente inseguro, uma vez que o abortamento não é garantido por lei no Brasil", declara o Dr. Nassar.

Disponível em:

http://arevistadamulher.com.br/gravidez/c ontent/2380827-conheca-os-principais- problemas-da-gravidez-na-adolescencia.

Acesso em: 25 de setembro de 2018.

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Oficina IV

Tema: É possível evitar uma gravidez indesejada

Público Alvo: Alunos do 7º, 8º e 9º Ano do Ensino Fundamental e Todas as turmas do Ensino Médio

Tempo estimado: 05 (cinco) aulas

Objetivo: Conhecer os principais métodos contraceptivos disponíveis, procurando identificar suas vantagens e desvantagens, além de sua eficácia e segurança.

Antes da Oficina:

1. Preparar um painel apresentando os principais métodos contraceptivos.

2. Organizar os cartões azuis, vermelhos, verdes, e laranjas em quantidade suficiente para os alunos da turma, de forma que cada aluno fique com dois cartões de cada cor 08 para cada aluno (as cores são sugestivas, ficando a critério do professor utilizar outras cores). Como sugestão, o professor pode escrever no cartão colorido o termo utilizado para classificação: Confiável, não confiável, acessível, não acessível (Modelos em anexo ao final da oficina);

3. Providenciar projetor, computador e caixa amplificada;

4. Imprimir os questionamentos para a atividade que será proposta;

5. Caso opte por utilizar o texto sobre métodos contraceptivos com os alunos, realizar a impressão em quantidade suficiente para todos.

Desenvolvimento da Oficina

- O professor inicia a oficina apresentando o tema, e em seguida exibe o vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=C_O24tCAZJY).

- Após assistirem o vídeo, os alunos deverão se agrupar em quartetos e discutir os seguintes questionamentos que deverão ser entregues aos alunos impressos em uma folha de papel A4 (modelo em anexo ao final da oficina):

1. Na sua opinião o que leva uma adolescente engravidar tão cedo?

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2. Você conhece algum método que possa prevenir gravidez? Quais?

3. Qual o papel dos pais na prevenção contra a gravidez precoce? E a escola pode ajudar? Como?

- Os alunos terão 20 (vinte) minutos para realizarem a discussão em pequenos grupos (Caso haja necessidade, o professor poderá utilizar um tempo maior).

Após esse tempo o professor irá mediar uma roda de conversa onde haverá a socialização das respostas de cada grupo.

- O professor apresentará um painel com os seguintes métodos contraceptivos:

1. Camisinha masculina e feminina;

2. Diafragma;

3. Anticoncepcional oral e injetável;

4. Pílula do dia seguinte;

5. Implante;

6. Adesivo;

7. Anel vaginal;

8. Dispositivo Intrauterino (DIU);

9. Coito interrompido;

10. Tabelinha;

11. Laqueadura;

12. Vasectomia.

- A princípio o professor apenas cita os métodos contraceptivos sem falar nada sobre eles.

- O professor inicia a dinâmica entregando a cada aluno oito cartões coloridos, dois de cada cor. Cada cor apresentará um significado que servirá para que os alunos possam classificar os métodos contraceptivos considerando a confiabilidade e acessibilidade aos mesmos. Confira o esquema abaixo.

- Orientados pelo professor, cada aluno deverá observar atentamente no painel os métodos contraceptivos expostos, e, baseado nos seus conhecimentos prévios, realizar a seguinte tarefa:

Cartão Azul será utilizado para classificar um método

como confiável.

Cartão Vermelho será utilizado para classificar um método

como não confiável.

Cartão Verde será utilizado para classificar um método

como acessível.

Cartão Laranja será utilizado para classificar um método

como não acessível.

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- Escolher dois métodos que ele considera confiável e colar abaixo de cada um deles um cartão azul;

- Escolher dois métodos que ele considera não confiável e colar abaixo de cada um deles um cartão vermelho;

- Escolher dois métodos que ele considera acessível a população e colar abaixo de cada um deles um cartão verde;

- Escolher dois métodos que ele considera não acessível à população e colar abaixo de cada um deles um cartão laranja;

- Após todos os alunos realizarem a atividade, o professor solicita que os alunos, aleatoriamente e voluntariamente, justifiquem suas escolhas.

- Após essa dinâmica, o professor irá expor os principais métodos contraceptivos disponíveis, apontado as vantagens e desvantagens de cada um deles. Ao final da oficina, nos anexos, há um texto que pode ser reproduzido para os alunos. A metodologia adotada para a exposição do conteúdo fica a critério do professor.

Como sugestão pode ser feito uma apresentação em slides ou uma leitura compartilhada e comentada.

- Ao término da exposição, o professor pergunta aos alunos se eles desejam trocar alguma das escolhas que ele realizou na dinâmica, após conhecer cada um dos métodos. Em caso afirmativo, solicitar ao aluno que faça a troca do cartão e justifique a sua troca para a turma.

- Concluída a d

mediação da conversa, procurando fazer com que todos os alunos, ou pelo menos a maior parte deles opinem sobre a questão proposta.

-

https://www.youtube.com/watch?v=vT4WshU-6VM) e, ao final, solicitam que os alunos façam comentários sobre o mesmo.

- Concluída a tarefa, o professor irá propor a construção de um vídeo sensibilizando as pessoas acerca do uso do preservativo, método anticoncepcional mais disseminado pela população, além de ser o único capaz

orientar e acompanhar a construção dos vídeos.

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21

- Para encerrar a oficina, o professor abre um momento para que os alunos possam falar a respeito do que foi falado durante toda a oficina e expressar suas opiniões.

RESUMINDO...

AULA 01

e atividade em grupo.

AULA 02 Dinâmica sobre classificação dos métodos contraceptivos.

AULA 03 Exposição sobre os principais métodos contraceptivos e discussão sobre a responsabilidade da concepção para o homem e para a mulher.

AULA 04 Orientação e construção dos vídeos

AULA 05 Apresentação dos vídeos para a turma e roda de conversa sobre a opinião dos alunos acerca da oficina.

Os vídeos podem ser divulgados nas redes sociais da escola ou no

blog da cidade.

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22

ANEXOS

Camisinha Masculina e

Feminina

Diafragma Anticoncepcional oral/injetável

Pílula do dia seguinte

Implante Adesivo Anel vaginal DIU

Coito

interrompido Tabelinha Laqueadura Vasectomia

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23

CARTÕES PARA A DINÂMICA

CONFIÁVEL NÃO

CONFIÁVEL

ACESSÍVEL NÃO

ACESSÍVEL

CONFIÁVEL NÃO

CONFIÁVEL

ACESSÍVEL NÃO

ACESSÍVEL

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QUESTIONAMENTOS PARA A ATIVIDADE PROPOSTA

1. Na sua opinião o que leva uma adolescente engravidar tão cedo?

2. Você conhece algum método que possa prevenir gravidez? Quais?

3. Qual o papel dos pais na prevenção contra a gravidez precoce? E a escola pode ajudar? Como?

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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: CONHECENDO UM POUCO MAIS A orientação em planejamento familiar é uma prática de essencial importância para qualquer pessoa, proporcionando informações corretas que levem em conta o seu papel sexual, sua história de vida, crenças e valores. A tomada de consciência da responsabilidade da procriação é fundamental para que o indivíduo, independente do fato de apresentar ou não alguma deficiência, venha a ter uma vida sexual saudável.

A prevenção da gravidez indesejada realiza-se pela aplicação dos métodos de controle de natalidade, reversíveis ou irreversíveis, denominados métodos contraceptivos. Os principais métodos contraceptivos estão dispostos no esquema a seguir:

O desconhecimento dos métodos contraceptivos pode conduzir a uma gravidez não-planejada, muitas vezes resolvida com a solução não-desejada do aborto ou levando a problemas na aceitação da criança nascida nestas circunstâncias.

Métodos Comportamentais Tabelinha

Métodos contraceptivos

Comportamentais

Tabelinha Coito Interrompido

De Barreira

Camisinha feminina e masculina Dispositivo Intrauterino (DIU)

Diafragma Anel vaginal

Hormonais

Anticoncepcionais orais/injetáveis Pílula do dia Seguinte

Adesivo Implante

Cirúrgicos

Laqueadura Vasectomia

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Página

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Método natural que consiste em evitar relações sexuais durante o período fértil, isto é, o período do mês em que ocorre a ovulação. Para evitar gravidez, o período pode ser calculado com o uso da tabelinha, considerando que o ciclo menstrual começa no primeiro dia da menstruação e termina no último dia antes da próxima menstruação.

No caso de ciclo de 28 dias, contando-se 10 dias a partir do início da menstruação (por exemplo, dia 2), e 10 dias para trás do dia da próxima menstruação (dia 29), é delimitado o período fértil

Para fazer uso desse método o casal não deve ter relações sexuais com penetração vaginal no período fértil. A mulher deve determinar a duração do seu ciclo menstrual, marcando os dias do início da menstruação por cerca de 12 meses. O método apresenta menos erros em mulheres com ciclos regulares. Para quem não deseja engravidar, os dia mais seguros são:

- Os dias da menstruação.

- 3 dias depois da menstruação.

- 7 dias antes da próxima menstruação.

Coito interrompido

Praticado quando o homem retira o pênis da vagina antes da ejaculação.

É método pouco seguro, que depende do controle masculino. Alguns espermatozoides podem escapar antes da

ejaculação, diminuindo assim a eficiência do método.

Métodos de Barreira

Camisinha Masculina e Feminina ou preservativo

A camisinha masculina é uma capa de borracha fina que impede o sêmen de entrar no útero feminino.

Deve ser colocada antes da penetração, com o pênis em ereção, deixando uma folga na ponta e apertando-a para tirar o ar. Logo depois é só desenrolar a camisinha até a base do pênis. Depois da ejaculação, retirar o pênis ainda ereto, segurando o preservativo pela borda, para evitar vazamento do sêmen. Após este procedimento, descartar a camisinha, que é utilizada apenas uma vez.

Além de método anticoncepcional bastante seguro (se utilizado corretamente), apresenta barreira contra doenças sexualmente transmissíveis.

Já a camisinha feminina consiste de uma bolsa, com forma de tubo, fina e resistente, que é colocada dentro da vagina, com finalidade contraceptiva.

É menos popular que o preservativo masculino convencional, mas fornece proteção adicional contra a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) e o herpes, ao recobrir a região dos lábios vaginais.

Dispositivo Intrauterino (DIU)

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Aparelho que, colocado dentro do útero, impede a ocorrência da gravidez. É um pequeno objeto de plástico sobre o qual, muitas vezes, é enrolado um fio de cobre muito fino, e que se apresenta em diversos formatos a colocação, que é simples e rápida, deve ser feita apenas pelo médico.

O DIU é colocado no útero, geralmente durante o período menstrual, a fim de eliminar qualquer risco de gravidez. A sua ação consiste em provocar uma reação a nível da mucosa uterina, o endométrio, impedindo a implantação do óvulo fecundado É um método reversível bastante eficaz, entretanto, algumas mulheres não se adaptam ao DIU. Os efeitos colaterais mais frequentes são cólicas e menstruações muito abundantes e prolongadas.

Diafragma

É um pequeno disco de borracha que se coloca dentro da vagina, e funciona como barreira, impedindo a entrada dos espermatozoides.

O diafragma deve ser colocado com o dedo. Para retirar, deve-se esperar 8 horas, que é o tempo que os espermatozoides podem sobreviver dentro da vagina.

O método exige consulta médica para orientação quanto ao uso e conservação e também cuidados na sua utilização. Sendo lavado e conservado seco, podendo durar até 2 anos.

Anel Vaginal

Trata-se de um anel colocado no fundo da vagina que lidera hormônios para impedir a gravidez. A cada mês, o anel é removido por uma semana, permitindo a menstruação normal.

É um método de alta eficiência. Os efeitos colaterais e a ocorrência de sangramentos irregulares são pequenos.

Ele não protege contra DSTs.

Algumas mulheres podem apresentar irritação na vagina, com aumento de secreção.

Métodos Hormonais Anticoncepcionais orais/injetáveis

Os Anticoncepcionais orais são comprimidos compostos de hormônios em várias misturas de estrógenos e progesterona, que impossibilita a liberação do óvulo pelo ovário, e assim, impede a fecundação. A minipílula apresenta só um tipo de hormônio progesterona, em doses baixas.

O tipo mais comum é o da cartela com 21 comprimidos, que se começa a ingerir 5 dias depois do início da menstruação.

É o método anticoncepcional mais seguro.

Apresenta contraindicações para mulheres que:

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- Estão grávidas ou amamentando, apresentam perdas sanguíneas vaginais fora do período menstrual e apresenta enxaquecas, têm resultado anormal no exame preventivo de câncer (Teste de Papanicolau).

- Têm ou tiveram estas doenças como: hepatite, mononucleose, tumor do fígado ou cirrose, câncer no seio, ovário ou útero, trombose, flebite, derrame, embolia, enfarto, angina no peito, diabetes

O Anticoncepcional injetável consiste numa solução de uso mensal ou trimestral de hormônio em forma de injeção.

Os progestógenos (análogos sintéticos da progesterona) injetáveis, além de anovulatórios, aumentam a viscosidade do muco cervical, tornam o endométrio menos propício à implantação do ovo e alteram a motilidade tubária.

O anticoncepcional injetável mensal é aplicado via intramuscular profunda, uma vez ao mês, entre o 7º e o 10º dia do ciclo menstrual.

O método requer supervisão mínima e tem efeito prolongado, sendo recomendável para pessoas com deficiência mental. Entretanto, para a sua escolha, deve ser avaliada a ausência de contraindicações, como câncer, cardiopatias, doenças do fígado. Devem ser também levadas em conta as desvantagens do método, principalmente a irregularidade menstrual, aumento de peso e certa demora para retornar a fertilidade.

Pílula do dia seguinte

É um método anticoncepcional de emergência e deve ser usado em uma situação inesperada. É indicado para a mulher que manteve uma relação sexual não planejada, sem uso de anticoncepcional e em casos de estupro. É também indicado em situações de rompimento de camisinha ou quando o diafragma é removido antes de seis horas após uma relação sexual, ou após esquecimento de uma ou mais pílulas anticoncepcionais no início ou no fim da cartela.

Consiste no uso de altas doses de pílulas anticoncepcionais orais (contendo estrogênio + progestogênio) que interrompem o ciclo reprodutivo da mulher, evitando assim uma gravidez indesejada.

Dependendo da etapa do ciclo na qual as pílulas foram tomadas, elas podem impedir ou retardar a liberação do óvulo pelo ovário. Algumas usuárias têm efeitos colaterais, tais como náuseas e vômitos ou distúrbios do ciclo menstrual. Efeitos colaterais sérios são muito raros. Pode ser usada por mulheres de qualquer idade, com ou sem filhos.

A pílula deve ser usada em até 72 horas após a relação sexual.

Adesivo

O Adesivo anticoncepcional mede cerca de 20 cm e libera hormônios para

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evitar a ovulação. É trocada a cada sete dias por três semanas. Na quarta semana, não se usa o adesivo.

Dentre as principais vantagens está o fato de ter uma colocação simples e ser outra opção contra os efeitos colaterais da pílula. Porém esse método não protege contra DST s e não pode ser retirada em momento algum antes da quarta semana.

Implante

Implantes subcutâneos de tubinhos ou cápsulas de plástico especial (silástico), contendo hormônio anticoncepcional. O implante, feito na parte interna do braço ou antebraço, vai liberando o hormônio lentamente.

A colocação é feita durante a menstruação, com agulha especial e anestesia local. É um método de larga duração e de alta eficácia.

Entre os efeitos colaterais, pode ocorrer irregularidade menstrual.

Métodos cirúrgicos Laqueadura

É um método cirúrgico em que as tubas uterinas são amarradas e seccionadas, impedindo que os óvulos alcancem o útero e sejam fecundados pelos espermatozoides. Outra técnica em desenvolvimento consiste na oclusão tubária pela colocação do agrafo ou anel (técnica do

ring) em cada trompa, oferecendo a chance de reversibilidade em 30% dos casos.

É um método que exige cirurgia e impróprio para mulheres que podem querer ter filhos no futuro. Hoje em dia já existem casos de reversão da laqueadura.

Vasectomia

É um método contraceptivo masculino que consiste em uma operação que secciona o canal deferente (tubo que conduz o esperma para a uretra).

O homem submetido a esta operação tem prazer sexual normal e orgasmo, mas seu sêmen não contém espermatozoides, e assim não pode fecundar o óvulo.

A vasectomia é um processo simples, que pode ser realizado com anestesia local, no consultório médico. A operação é considerada irreversível e, portanto, não é indicado para homens que desejam ter filhos posteriormente.

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Oficina V

Público Alvo: Alunos do 7º, 8º e 9º Ano do Ensino Fundamental e Todas as turmas do Ensino Médio

Tempo estimado: 05 (cinco) aulas Objetivo:

métodos de prevenção.

Antes da Oficina:

1. Preparar, previamente, as fichas com as carinhas conforme modelo em anexo. Como sugestão, o professor deverá preparar pelo menos 06 (seis)

(trinta) alunos e os outros dois modelos de ficha serem preparadas em quantidades iguais ou bem próximas, dependendo da quantidade de alunos da turma.

2. Organizar som e música para a dinâmica inicial;

3. Providenciar projetor e computador;

4. Organizar cartolina ou papel sulfite branco e canetas coloridas para elaboração do cartaz ao final da oficina.

Desenvolvimento da Oficina

- Cada aluno deverá retirar de dentro de uma sacola um cartão e observar a figura que está estampada no cartão (Os modelos de cartão estão em anexo nessa oficina). O professor soltará uma música e todos os alunos deveram andar e dançar aleatoriamente pela sala. Quando a música parar, o aluno deverá formar dupla com a pessoa mais próxima e desenhará no seu cartão, a imagem observada no cartão do seu parceiro. O professor deverá repetir esse procedimento pelo menos 5 (cinco) vezes, ou quantas vezes achar necessário.

- Após essa etapa, o professor solicita que cada aluno olhe o seu cartão e observe as carinhas que eles desenharam no seu cartão, questionando-lhes se eles sabem o que elas significam. Depois disso o professor deverá explicar para os alunos o significado de cada uma das imagens e explicar que cada parada e conversa representou uma relação sexual com um/uma parceiro/parceira diferente.

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- Após revelado o significado de cada símbolo, o professor deverá iniciar uma roda de conversa e analisar junto com os alunos os seguintes questionamentos:

* Quantos alunos começaram a dinâmica infectados? Ao final, quantos alunos estavam infectados?

* Quantas relações você manteve com proteção? E sem proteção? Você se infectou alguma vez?

* Qual foi o motivo pelo qual houve um aumento/manutenção do número de infectados na turma?

* É possível identificar um portador de DST apenas pela aparência física ou condição social?

- Nessa discussão o professor deve estimular o aluno a pensar sobre o que torna o adolescente mais vulnerável a esse tipo de doença, enfatizar que o aumento dos casos não está relacionado apenas com a relações com múltiplos parceiros, que as várias formas de contato íntimo, incluindo sexo anal e oral também são vias de transmissão. Também vale ressaltar o papel da família e da escola no -se proporcionar uma reflexão sobre a possibilidade de efetuarem mudanças nos seus hábitos sexuais visando diminuir a vulnerabilidade. Também é importante ressaltar a existência ou não de fatores sociais presentes na localidade que possam aumentar a probabilidade de contaminação.

- Logo após essa etapa, o professor propõe uma atividade com os alunos sobre o uso de preservativos e entrega a cada aluno uma fichinha contendo as seguintes afirmações:

Infectado com alguma DST

Manteve relação sexual

sem proteção

Manteve relação sexual

com proteção

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* Eu não gosto de camisinha, perco a sensibilidade e o tesão.

* Usar camisinha para quê? Você não confia em mim?

* Vamos continuar sem camisinha mesmo, se eu parar agora perco a vontade.

* Prove que me ama, vamos transar sem camisinha. Você precisa confiar em mim.

(A ficha está em anexo, ao final desta oficina)

- O professor solicitará que cada aluno proponha respostas para cada uma das situações apresentadas. É preciso deixar os alunos livres para escreverem o que eles responderiam em cada caso, considerando que as colocações estavam sendo feitas pelo namorado/namorada. As fichas não devem ser identificadas e após preenchidas, deverão ser depositadas em uma caixinha previamente preparada pelo professor.

- Após terminada essa atividade, o professor, aleatoriamente, retira algumas fichas de dentro da caixinha e faz a leitura em voz alta das respostas dadas a cada caso (a quantidade de fichas a serem lidas fica a critério do professor, o ideal é que pelo menos 10 respostas sejam socializadas). Concluída essa etapa, o professor inicia uma roda de conversa com os alunos abordando assuntos como maturidade sexual, deixando claro para o aluno que cada um tem o poder de decidir sobre o que quer fazer e não deve-se influenciar pela opinião dos outros. É importante destacar também que relacionamento abusivo não pode ser permitido e que é preciso denunciar esse tipo de atitude. Também é necessário enfatizar que existem profissionais qualificados que podem ajudar as pessoas que passam por essas situações.

- Ao finalizar essa discussão o professor começa a falar sobre o uso de

http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340374380Portuguese- Chapter13.pdf).

-

eu devo saber sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis

(disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BgD97Ycak1E). O vídeo

- De forma dinâmica o professor apresentará a turma as principais Doenças Sexualmente Transmissíveis presentes no cotidiano das pessoas. A metodologia da abordagem do tema fica a critério do professor, podendo ser uma aula

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expositiva através de slides ou uma leitura compartilhada. Como sugestão para material de apoio, pode-se utilizar uma cartilha da Secretaria de Estado da

Saúde de Santa Catarina (disponível em:

http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/publicacoes/manuais_cartilhas/Cartilha_de _DST.pdf) ou alguma outra referência que trate do assunto.

- Ao final, o professor propõe a turma, em grupos de 04 (quatro) integrantes, elaborem um cartaz de divulgação que incentive a relação sexual no momento certo e com proteção, como forma de combater não só a gravidez, mas, - Ao final, cada grupo apresenta o cartaz de divulgação.

- Para encerrar a oficina, o professor abre um momento para que os alunos possam falar a respeito do que foi falado durante toda a oficina e expressar suas opiniões.

RESUMINDO...

AULA 01 Dinâmica sobre relações sexuais e roda de conversa sobre a dinâmica.

AULA 02 Atividade e discussão sobre o uso de preservativos

AULA 03

Sexualmente Transmissíveis exposição do professor.

AULA 04 Elaboração do cartaz para a campanha de

AULA 05 Apresentação dos cartazes para a turma e roda de conversa acerca da opinião dos alunos sobre a oficina.

.

Pode-se fazer parcerias com blogs ou sites da cidade para divulgar a

campanha de prevenção criada pelos alunos da escola.

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Anexos Questionário

Responda como você reagiria em cada caso:

1. Eu não gosto de camisinha, perco a sensibilidade e o tesão.

2. Usar camisinha para quê? Você não confia em mim?

3. Vamos continuar sem camisinha mesmo, se eu parar agora perco a vontade.

4. Prove que me ama, vamos transar sem camisinha. Você precisa confiar em mim.

Sua resposta:

Sua resposta:

Sua resposta:

Sua resposta:

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Fichas para Dinâmica

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Culminância das Oficinas

trabalhos desenvolvidos sobre a temática Educação Sexual durante as oficinas.

A exposição será aberta a toda a comunidade.

No dia também serão realizadas palestras com profissionais da área da saúde tratando da temática, para esclarecer dúvidas das pessoas que estão visitando a exposição.

Neste momento, será realizada uma pesquisa com os visitantes para saber a opinião deles sobre a temática trabalhada pela escola e a importância da mesma para a formação cidadã dos alunos. Também serão entrevistados alunos e professores participantes das oficinas para avaliar os impactos das mesmas no processo de ensino e aprendizagem.

Ao final serão apresentadas sugestões de questionários para essa pesquisa. O professor pode adaptar os questionários de acordo com a necessidade da escola.

A escola pode realizar a divulgação do evento nas redes sociais e nos meios de comunicações locais para

que a comunidade tome conhecimento e possa visitar a

escola.

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QUESTIONÁRIO I

Este questionário será aplicado antes do desenvolvimento das oficinas com os alunos da escola que irão participar.

7. Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino ( ) Outro 8. Idade:

9. Você sabe o que é educação sexual? Alguma disciplina já trabalhou esse tema durante as aulas? Se sim, qual foi a disciplina e como foi abordado?

10. Você acha que é importante trabalhar a temática educação sexual durante as aulas? Por quê?

11. Com quem você fala sobre educação sexual?

( ) Familiares (pai, mãe, irmãos) ( ) Amigos

( ) Professores ( ) Ninguém

( ) Outros _____________________________

12. Você se sentiria constrangido ao discutir o tema educação sexual em sala de aula? Por quê?

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QUESTIONÁRIO II

Este questionário será aplicado antes do desenvolvimento das oficinas com os professores da escola que irão participar.

8. Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino ( ) Outro 9. Idade:

10. Disciplina que leciona:

11. Nas suas aulas, você já trabalhou o tema educação sexual? Se sim, como foi abordada a temática?

12. Você acha que é importante trabalhar a temática educação sexual durante as aulas?

13. Qual a sua maior dificuldade em trabalhar a temática educação sexual nas suas aulas?

14. Você trataria com naturalidade sobre o tema com seus alunos? Por que?

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QUESTIONÁRIO III

Este questionário será aplicado após o desenvolvimento das oficinas com os alunos da escola que participaram.

7. Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino ( ) Outro 8. Idade:

9. O que você achou das oficinas realizadas na sua turma? O que você gostou e o que você não gostou?

10. Você achou que as oficinas contribuíram na sua compreensão de assuntos relacionados com a temática educação sexual?

11. Você gostaria de ter mais oficinas como estas?

( ) Sim ( ) Não

12. Que outros temas você teria com sugestão para serem trabalhados na escola?

( ) Bullying

( ) Ideologia de gênero ( ) Depressão/Ansiedade ( ) Intolerância religiosa

( ) Outros: __________________________

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QUESTIONÁRIO IV

Este questionário será aplicado após o desenvolvimento das oficinas com os professores da escola que participaram.

7. Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino ( ) Outro 8. Idade:

9. Qual a sua opinião sobre as oficinas realizadas sobre a temática educação sexual? Quais os pontos positivos e os pontos negativos?

10. O que você achou da metodologia adotada nas oficinas? Teria alguma sugestão de prática metodológica para implementar as oficinas?

11. As oficinas tiveram algum impacto na sua prática pedagógica?

12. As oficinas tiveram algum impacto na aprendizagem dos alunos?

Descreva.

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REFERÊNCIAS

Vídeos

A formação de um bebê. 2014 (12m25s). Disponível em

<https://www.youtube.com/watch?v=axh8G6ptd04> Acesso em: 20 de setembro de 2018.

O Silêncio de Lara. 2015. (26m27s). Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=PyPT6yF5llY Acesso em: 30 de outubro de 2018

Campanha contra o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. 2014 (5m04s). Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=Sc6yp863EE0 Acesso em 03 de novembro de 2018

Gravidez na Adolescência. 2017. (11m26s). Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=55yJIUZLzXg Acesso em: 03 de novembro de 2018

TV Especial Gravidez da Adolescência. 2018 (5m51s). Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=C_O24tCAZJY Acesso em 03 de novembro de 2018

Drauzio Varella A responsabilidade da contracepção não é só da mulher. 2018 (2m48s). Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=vT4WshU-6VM. Acesso em: 25 de setembro de 2018.

O que eu devo saber sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis - . 2014. (6m16s) Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=vT4WshU-6VM Acesso em 25 de setembro de 2018.

Textos de Apoio

Batista. M. A lenda da Cegonha. Disponível em: https://mega-

contos.blogspot.com/2015/02/a-lenda-da-cegonha.html Acesso em: 20 de setembro de 2018.

Cardoso. A. P. Conheça os principais problemas da gravidez na adolescência. Disponível em:

http://arevistadamulher.com.br/gravidez/content/2380827-conheca-os-

principais-problemas-da-gravidez-na-adolescencia. Acesso em: 25 de setembro de 2018

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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais Brasília: Ministério da Saúde, 2009

Tipos de métodos contraceptivos. Disponível em:

https://www.todamateria.com.br/metodos-contraceptivos/ Acesso em 26 de setembro 2018

Preservativos masculinos. Disponível em:

http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340374380Portuguese- Chapter13.pdf. Acesso em 26 de setembro de 2018

Cartilha Doenças Sexualmente Transmissíveis. Disponível em:

http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/publicacoes/manuais_cartilhas/Cartilha_de _DST.pdf. Acesso em 30 de setembro de 2018

Quais são os métodos contraceptivos mais seguros? Disponível em:

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-sao-os-metodos- anticoncepcionais-mais-seguros/ Acesso em: 28 de setembro de 2018.

MARTINS. Lucas. Métodos contraceptivos. Disponível em:

https://www.infoescola.com/sexualidade/metodos-anticoncepcionais/. Acesso em 28 de setembro de 2018

Referências

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