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TRIBUNAL SUPERIOR J E JUSTIÇA ELEITORAL

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ESTADOS UNIDOS DO BRASIL

• '(Decreto n. 21.076, dé 24. cie fevereiro de 1932)' ~ "

A N N O IV RIO D E J A N E I R O , 12 D E J U N H O D E 1935 N. 66

. Julgamentos designados para o dia 14 de junho de 1935, ás 9 horas

Recurso eleitoral n, 94 — Classe 3" do art. 30° do Reg. Int.

E S T A D O D E ' S A N T A C A T H A R I N A ' R E C O R R E N T E S — D r s . Thiago de Castro e outros,

HECORRIDA — A s s e m b l é a Constituinte, E s t a d u a l . R E L A T O U — E x m o . S r . D r . M i r a n d a Valverde...

Recurso eleitoral n. 103 — Classe 3a do art. 30" do Reg. Int.

E S T A D O DO RIO G R A N D E DO S U L

V..

R E C O R R E N T E — D r . Oswaldo V e r g a r a .

RECORRIDO — T r i b u n a l Regional do E s t . do R i o Grande do S u l ,

R E L A T O R E x m o . S r . Desembargador J o s é L i n h a r e s .

Recurso eleitoral n. 92 — Classe 3" do art. 30" do Reg. Int.

E S T A D O DO P A R A ' .

R E C O R R E N T E S .— D r . Samuel da Gama Mac Dowell e E m e s -

!. tino de O l i v e i r a .

' R E C O R R I D O •— Interventor E c d o r a l no Estado do • P a r á . R E L A T O R — E x m o . Sr.^ Desembargador Collares M o r e i r a .

TRIBUNAL SUPERIOR J E JUSTIÇA ELEITORAL

A C T A S

* ' A C T A D A 5 2a SESSÃO ORDINÁRIA R E A L I Z A D A E M

' - ' 31 D E M A I O D E 1935 j

\ . P R E S I D Ê N C I A DO SR. M I N I S T R O H E R M E N E G I L D O » K BAÍtUOS Aos t r i n t a e u m de maio de m i l novecentos e / t r i n t a e 'cinco, ás nove horas, na sala das sessões do T r i b u n a l S u - í p e r i o r de J u s t i ç a Eleitoral,- presentes os juizes, ministros ÇEduarcio E s p i n o l a e P l í n i o Casado, desembargadores Collares M o r e i r a e J o s é L i n h a r e s , D r s . M i r a n d a V a i verde e J o ã o jpabral, presentes t a m b é m o. procurador geral D r . A r m a n d o Í P r a d o , pelo presidente do T r i b u n a l alludido, m i n i s t r o H e r -

Bíienegildo de Barro.?, foi declarada aberta a s e s s ã o . E ' l i d a

*íé, approvada a acta da sessão a n t e r i o r . Q T r i b u n a l , tratando do recurso n . 17, do Estado do Rio Grande do Norte, refe- r e n t e á secção ú n i c a de T a i p ú , da .4* zona, cujo julgamento t i n h a sido adiado, sendo relator o S r . Desembargador C o l - 8ares M o r e i r a , negou provimento' ao alludido recurso paia,

« o n f i r m a r a decisão do T r i b u n a l Regional-que j u l g o u v a l i d a a. .eleição, n ã o .havendo r a z ã o para se alterar a decisão j á '{proferida pefo T r i b u n a l Superior nesse sentido, u n a n i m e - mente tratando das conclusões cio parecer do relator refe-

rente ás eleições verificadas no alludido Estado, resolveu adiar o julgamento para a sessão de segunda-feira p r ó x i m a . Tratando do julgamento do pleito do Estado de Alagoas, c o m a v o t a ç ã o encaminhada pelo relator, S r . Desembargador Collares Moreira, resolveu o T r i b u n a l o seguinte: Io) r e - áação a 1 1a soeção de Maceió, .da Ia. zona e l e i t o r a l , ' j u l g o u 'valida a eleição e sem effeito a r e n o v a ç ã o , unanimemente;

â°) em r e l a ç ã o a 12* secção ,tambem de Maceió,, Ia zona, y u l g a r n u l l a a p r i m e i r a eleição e v a l i d a a r e n o v a ç ã o , que iira s u b s t i t u í d a unanimemente, dando-se, assim, provimento ao recurso; 3o) em r e l a ç ã o á segunda secção de Capella da [13a zona, negar provimento ao recurso e. confirmar a de- c i s ã o que j u l g o u valida a eleiçãp e sem effeito a r e n o v a ç ã o , • unanimemente; em r e l a ç ã o & "primeira secção de A g u a Branca, da 2° zona,- deram provimento ao recurso para j u l - gar n u l l a a eleição, por íncoincidencia, tmanimemonle, e quanto á r e n o v a ç ã o adiar o julgamento. Nos debates ora es

•em r e l a ç ã o aos recursos do Estado de Alagoas, usaram da p a l a v r a pelo Partido Nacional, o S r . J o s é O i t i c i c a F i l h o , p e l a L i g a E l e i t o r a l Catholica o S r . E m i l i o de M a y a e como procurador do candidato Isidoro' T e i x e i r a de Vasconeellos, o S r . Francisco P e r e i r a da S i l v a . A ' s 11 horas foram en- cerrados os trabalhos. E do que para constar lavro essa.

E u , A g r i p i n o Gomos Veado, secretario do T r i b u n a l , a es- c r e v i . — llermenegildo de fíarros. presidente.

A C T A D A 5 3a SESSÃO ORDINÁRIA, R E A L I Z A D A E M 3 D E M A I O D E 1935

P R E S I D Ê N C I A DO SR, M I N I S T R O H E R M E N E G I L D O D E BAItltOS

Aos tres de- j u n h o de m i l novecentos e t r i n t a e cinco, á s nove horas, na sala das sessões, do T r i b u n a l Superior de J u s t i ç a E l e i t o r a l , presentes qs juizes, m i n i s t r o s E d u a r d o E s p i n o l a e P l í n i o Casado, desembargadores Collares M o r e i r a . e J o s é L i n h a r e s , e os doutores M i r a n d a Valverde e J o ã o Cabral, presentes, t a m b é m , o procurador geral, D r . A r m a n - do Prado, pelo presidente do alludido T r i b u n a l , m i n i s t r o Hermenegildo de B a r r o s foi declarada aberta a s e s s ã o . C o n -

firmando o j u l g a m e n t o do pleito do Estado de Alagoas, c o m a votação encaminhada pelo relator, S r . Desembargador

Collares Moreira, resolveu o T r i b u n a l o' seguinte: Io) em r e l a ç ã o á p r i m e i r a secção' de A g u a Branca, da 2a zona, dar p r o v i m e n t o , ao recurso p a r a j u l g a r n u l l a , por ihcoinciden-- cia, a eleição unanimemente, e j u l g a r valida a eleição r e - novada., t a m b é m unanimemente; 2°) em r e l a ç ã o á segunda' . secção de A g u a Branca dar provimento ao recurso para a n -

n u l l a r a e l e i ç ã o e j u l g a r valida a r e n o v a ç ã o , tudo u n a n i - memente; 3") em r e l a ç ã o a segunda secção .de SI J o s é da Lage^ da .14a zona, j u l g a r v a l i d a a . e l e i ç ã o e sèm effeito a r e n o v a ç ã o , - u n a n i m e m e n t e ; 4°) em r e l a ç ã o á terceira secção de S. J o s é da Lage, da 14* zona', j u l g a r , n u l l a a e l e i ç ã o e .valida sua r e n o v a ç ã o , unanimemente;". 5o) em r e l a ç ã o a s e c ç ã o ú n i c a de Igreja Nova, da 7a zona, j u l g a r valida a 'prirheira eleição e sem effeito a r e n o v a ç ã o unanimemente;

.6°) -em r e l a ç ã o á 3a secção de Penedo, da 7" zona, j u l g a r

•valida a eleição, unanimemente; 7o) em relação, ao r e - Ii'"«urso do candidato L u i z Oiticica sobre outras secções, adiar

\ o julgamento. Tratando do julgamento do pleito d0 Estado S 'do Ceara, de que é relator a S r . m i n i s t r o P l í n i o Casado, r e -

% solveu o T r i b u n a l approvar unanimemente o parecer r e s - x p e c t i v o . Tratando-se . da. communicAC-ão -do 1° secretario

C o n f e r e com o O r i g i n a l

(2)

1444 Quarta:Teira 12 B O L E T I M E L E I T O R A L ' Junlío de 1035

da C â m a r a dos Deputados, processo n . 1 . 0 7 7 , da 6A classe, r e l a t i v a a n ã o e x i s t ê n c i a de supplentes, que substituam os S r s . Á l v a r o Maia, Alfredo da M a t l a e Cunha e Mello, depus- t a d o s p e l o Estado de (A m a z o n a s e Augusto Leito, deputado pelo Estado de Sergipe, os tres p r i m e i r o s eleitos r e s p e c t i - vamente, governador do Amazonas e senadores pelo mesmo Estado, tendo o u l t i m o renunciado o seu mandato, resolveu o T r i b u n a l que fossem convocados os eleitorados de S e r - gipe e ..Amazonas, para nos dias 7 de agosto e 7 de setem- bro, respectivamente, p a r a preencherem as vagas alludidas, ficando approvadas as í n s t r u c ç õ e s respectivs, tudo u n a n i - memente. A ' s 1 1 " horas foram encerrados os trabalhos. E do que para, constar l a v r o essa. E u A g r i p í n o Gomes Veado, secretario do. T r i b u n a l , a e s c r e v i » — Hermenegildo de Bar-, ros, presidente.

P R O F E S S O R JOÃO C A B R A L r e l a t o u a consulta n . 1 . 0 7 2 , do pre-<

sidente da A s s e m b l é a Constituinte do Amazonas, sobre Í n s - t r u c ç õ e s para eleições de r e p r e s e n t a ç ã o classist?,, d e l i b e - rando o T r i b u n a l unanimemente que se pedisse c ó p i a

do a c c o r d ã o , unanimemente c o m m u n i c a r a todos os T r i - bunaes Regionaes que o T r i b u n a l e s t á elaborando aquellas

í n s t r u c ç õ e s . P o r f i m o S R . M I N I S T R O E D U A R D O E S P I N O L A r e -

k.tou a consulta n . 1 . 0 8 6 ( g r a t i f i c a ç ã o aos juizes e l e i t o - raes) resolvendo o T r i b u n a l unanimemente que a Secreta- r i a organizasse a r e l a ç ã o completa das novas zonas e l e i t o - raes creadas em todo o paiz a f i m de s e r , r e m e t t i d a ao M i - n i s t é r i o da J u s t i ç a . A ' s 1 1 horas foram encerrados os t r a - balhos. E do que para constar f o i lavrada a presente. E u , A g r i p h i o Gomes Veado, secretario do T r i b u n a l a subscrevo.

i — Hermenegildo de - Burros, presidente.

A C T A D A 5 4A SESSÃO ORDINÁRIA, R E A L I Z A D A E M

/ 5 D E J U N H O D E 1 9 3 5 f"

P R E S I D Ê N C I A DO S R . M I N I S T R O H E R M E N E G I L D O D E B A R R 0 S

Aos cinco d e ' j u n h o de m i l novecentos e t r i n t a e cinco, ás nove. h o r a s , . n a sala das s e s s õ e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , presentes os juizes, m i n i s t r o E d u a r d o . E s -

p i n o l a , desembargadores Collares M o r e i r a e L i n h a r e s , e doutores M i r a n d a V a l v e r d e e J o ã o Cabral, presente, t a m b é m , o procurador geral, D r . A r m a n d o Prado, pelo presidente do

a l l u d i d o T r i b u n a l , m i n i s t r o Hermenegildo de B a r r o s , f o i declarada aberta, a- s e s s ã o . Confirmou-se o julgamento do pleito de Alagoas, com a v o t a ç ã o encaminhada pelo relator S r . desembargador Collares M o r e i r a . E n t ã o , f o i resolvido, pelo T r i b u n a l , unanimemente, n ã o tomar conhecimento do recurso do candidato' L u i z O i t i c i c a sobre v a r i a s secções e l e i - toraes. T a m b é m unanimemente, o T r i b u n a l approvou as c o n c l u s õ e s referentes ao alludido p l e i t o . O S R . M I N I S T R O E D U A R D O E S P I N O L A relator das eleições do Estado da B a h i a , leu u m a consulta telegraphica do presidente do T r i b u n a l Regional d a B a h i a sobro se deve ser feita nova c o n v o c a ç ã o dos eleitores do m u n i c í p i o de Cipó para a eleição que a l i d e v i a ser renovada, de vez que, por motivo de força maior, a eleição n ã o se v e r i f i c a r a no d i a designado-. O T r i b u n a l unanimemente, d e c i d i u que n ã o deve ser designado novo dia p a r a a referida eleição, dando-se logo. p o r telegramma conhecimento d a d e c i s ã o ao consulente. O S R . ' D E S E M B A R - GADOR L I N H A R E S a seguir relata a-consulta n . 1 . 0 8 8 refe-*

rente ao pedido de e x o n e r a ç ã o do cargo de membro subs- tituto do T r i b u n a l Regional do P a r a n á , feito pelo D r . J o a - q u i m M i r o , resolvendo o T r i b u n a l , unanimemente eonce- d e l - a . CK T r i b u n a l ainda unanimemente j u l g o u p r e j u d i c a - dos os recursos de kabeas-corpus n s . 5 1 , 5 7 e 9 2 em que f o r a m impetrantes os D r s . Alberto Roselli, M a r i o F r e i t a s e Samuel Mac D o w e l l F i l h o , respectivamente, sendo relator em~taes recursos, o" S r . desembargador Collares Moreira.;- t a m b é m j u l g o u prejudicados os recursos' de kabeas-corpus 3 7 e 5 4 , dos quaes f o i relator o S r . m i n i s t r o E d u a r d o E s - pinola, sendo impetrante, respectivamente, o S r . Samuel Mac D o w e l l F i l h o , bem como o do n . 5 3 , de que foi relator o D r . . M i r a n d a V a l v e r d e , tudo unanimemente. O P R O F E S S O R D R . JOÃO C A B R A L r e l a t o u a consulta n . 1 . 0 9 0 do presidente do T r i b u n a l Regional E l e i t o r a l do Estado do Rio de J a n e i r o relativamente a c o n v o c a ç ã o dos juizes substitutos para o julgamento dos recursos de a p u r a ç ã o decorrente de urnas abertas e urnas renovadas, resolvendo o T r i b u n a l , contra os votos dos desembargadores e do m i n i s t r o E s p i n o l a n ã o ser caso daquella convocação, ficando . indeferida u m a represen- t a ç ã o do j u i z Oldemar Pacheco, annexa á r e f e r i d a consulta do que f o i dado conhecimento- telegraphico ao consulente.»

F o r a m consideradas prejudicadas, unanimemente, as c o n - sultas n s . 1 3 4 ( J ú l i o do V a l l e P e r e i r a ) , 6 5 8 (Secretaria do T r i b u n a l ) e 9 4 7 ( D r . Osmar C u n h a ) , d i s t r i b u í d a s ao Sr. m i n i s t r o E d u a r d o E s p i n o l a . Quanto á consulta numero, 1 . 0 7 0 (Pedido de f é r i a s do j u i z p r e p a r a d o r . d e R e d e m p ç â o , C e a r á ) , - f o i resolvido, de accordo com o voto do relator Sr. desembargador L i n h a r e s , unanimemente, q u e - o consu- lente se d i r i g i s s e ã o T r i b u n a l R e g i o n a l . O D R . M I R A N D A V A L V E R D E r e l a t o u a consulta n . 1 . 0 7 3 do Conselho S u p e r i o r das Caixas E c o n ô m i c a s e o T r i b u n a l delia tomou conhe- cimento unanimemente; tratando-se da q u e s t ã o de merilis,' o desembargador L i n h a r e s p e d i u v i s t a dos autos, ficando

adiado o j u l g a m e n t o . O D E S E M B A R G A D O R C O L L A R E S M O R E I R A

ainda relatou a consulta n . 1 . 0 5 9 (Amazonas), deliberando o T r i b u n a l unanimemente, que os trabalhadores aos quaes a mesma faz referencias, n ã o exercem fimeções p u b l i c a s . O,

Recurso contra a expedição de diplomas ou reconhe- cimento de poderes

E S T A D O D O MARANHÃO

R E C U R S O E L E I T O R A L N , 3 9

• " lieuüor Exmo. Sr. Professor João Cabral Voto sobre o parecer indicativo, no caso das eleições do M a r a n h ã o .

A espécie em julgamento deve ser apreciada, p r i m e i r a - mente, tendo-se em v i s t a os dispositivos geraes reguladores dos recursos contra a p r o c l a m a ç ã o dos eleitos, ou contra a e x - p e d i ç ã o dos diplomas; cumpre examinal-a, a seguir, em face da d i s p o s i ç ã o singular do a r t . 9 5 § 3O do antigo Código , E l e i t o r a l . .

A q u e s t ã o se agita a p r o p ó s i t o dos effeitos resultantes do julgamento de. u m recurso contra o. reconhecimento do candidatos, ou contra a e x p e d i ç ã o de diplomas, em sua p r i - m e i r a phase.

Convém recordar os factos como so passam, nessa m a t é r i a de reconhecimento.

Compete ao Presidente do T r i b u n a l Regional, u m a vez.

terminada a a p u r a ç ã o , proclamar os candidatos eleitos o os supplentes. R e c e b e r ã o todos elles os respectivos diplomas, ainda .quando o p r ó p r i o T r i b u n a l Regional determine nova eleição em uma ou mais s e c ç õ e s .

' A -situação dos assim diplomados pode ser modificada .pelo mesmo T r i b u n a l Regional, ao apurar as eleições r e n o v a -

das, se n ã o houver recurso, cxpcdindo*-se novos diplomas, que.

i n v a l i d a r ã o os anteriores ( a r t . 5 8 das í n s t r u c ç õ e s ) .

A l é m - d i s s o , cabendo recurso do reconhecimento de c a n - didatos eleitos, ou de e x p e d i ç ã o dos diplomas, para o T r i b u - nal Superior, fica a s i t u a ç ã o dos candidatos diplomados, s e m - pre que seja esse recurso interposto, sujeito ás a l t e r a ç õ e s que decorram do julgamento de superior i n s t â n c i a .

Os effeitos desse julgamento e s t ã o indicados com c l a - reza e p r e c i s ã o no Regimento Interno deste T r i b u n a l :

"Se do julgamento resultarem a l t e r a ç õ e s n a a p u r a ç ã o offectuada, ou no modo por que f o i feita no T r i b u n a l Regio- nal, ou se no mesmo julgamento se concluir pela i n e l c g i b i - lidade de candidatos considerados elegiveis pelo Tribunal- : Regional, ou- vice-versa, o relator d e t e r m i n a r á afinal, no a c - : c o r d ã o que, dentro em 5 dias da p u b l i c a ç ã o deste, a S e c r e -

t a r i a levante as folhas de a p u r a ç ã o p a r c i a l das secções cujos resultados ficarem alterados, bem como u m mappa do r e s u l - tado geral da ' a p u r a ç ã o da r e g i ã o em causa, de accordo com as m o d i f i c a ç õ e s decorrentes do j u l g a d o " . E ' o que- t e x t u a l - mente dispõe o a r t . 7 5 § 9O do Regimento Interno.

Se houver novas, eleições parciaes em secções eleitoraes annulladas, " a g u a r d a r - s e - á a c o m n i u n i c a ç ã o . d o resultado das .novas eleições, afim de ser incorporado nas folhas de a p u r a -

ção e no mappa que a Secretaria t e r á de organizar" ( a r t . e §

; citados, letra a) . j . Prescreve o a r t . 7 6 :

' _ ''Nos casos previstos no § 9O do artigo antecedente, orga-' . ni-zados que sejam, as folhas de a p u r a ç ã o e o mappa, do que

ahi se trata,, s e r ã o os autos conclusos ao relator que, dentro

• em 3 dias, ou d e t e r m i n a r á , as c o r r e c ç õ e s que deverem ser feitas no dito mappa,' ou nas folhas de a p u r a ç ã o , ou, caso lhe pa-reçam exactas, a p r e s e n t a r á u m novo parecer, indicativo

(3)

Quarta-feira 12

WUL ••• — — — M — B O L E T I M E L E I T O R A L ' 'JLÜIIIO de 1935 1445 dos effeitos do julgado sobre o resultado geral da e l e i ç ã o ,

a o q u a l s e r ã o mencionados os deputados é supplentes que, em c o n s e q ü ê n c i a - d a d e c i s c ã o p r e j u d i c i a l , de que trata o § 7o do -artigo antecedente, devam ser reconhecidos eleitos,

§ 1." Sempre que o parecer eoncluir pela a n n u l l a ç ã o ou n ã o c o n f i r m a ç ã o de diplomas j á expedidos pelo T r i b u n a l ftegional (art, 95 § 3" do Código E l e i t o r a l ) , o relator desdo- b r a l - o - á cie modo a d e t e r m i n a r ;

a), os candidatos, cujos diplomas f i c a r a m c o n f i r - mados; "

: b) -os candidatos, cujos diplomas ficaram" sem ef- feito; £

e) os diplomados, que d e v e r ã o ser r e c o n h e c i d o s « Goiielue o a r t . 7 7 :

" A p u r a d a a v o t a ç ã o (dos j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r ) s ò - . bre os effeitos da d e c i s ã o p r e j u d i c i a l de que trata o a r t . 75

[{julgamento de e x t e n s ã o , r e g u l a d o - n o artigo antecedente), o Presidente p r o c l a m a r á os nomes dos candidatos reconhecidos eleitos e daquelles cujos diplomas f i c a r a m sem effeito".

Como se v ê , n ã o h a diplomas definitivamente c o n f e r i - dos a candidatos eleitos e a supplentes, antes do j u l g a m e n - t o final da a p u r a ç ã o e dos recursos interpostos p a r a o T r i - b u n a l S u p e r i o r .

O u o caso seja de a l t e r a ç ã o n a a p u r a ç ã o effeetuada pelo T r i b u n a l Regional, ou de" inellegibilidade, o relator do feito, tio T r i b u n a l S u p e r i o r determina sempre que se levante o m a p - p a geral da a p u r a ç ã o , , de accordo com as m o d i f i c a ç õ e s decor- rentes do julgado (art. 75 § 9o) .

Se u m candidato diplomado pelo T r i b u n a l Regional p e r - der soa p o s i ç ã o e seu diploma, e m . v i r t u d e das a n n u l l a ç õ e s parcià-es, d e i x a r á de f i g u r a r no quadro, passando o seu logar a ser oecupado p e í o q u e lhe ficar superior em votos, de accor- do com os disposivos referentes ao- quociente p a r t i d á r i o e ao -reconhecimento por 2° t u r n o . Não abre vaga, n ã o tem logar' a ' c o n v o c a ç ã o - d e supplente. Se esse candidato estiver i n c l u í d o mo quociente p a r t i d á r i o , o d i p l o m a que perder p a s s a r á para o candidato do mesmo p a r t i d o que lhe ficar superior em votos, n ã o por ser seu supplente, ou por s u h s t i t u i l - o , mas por d i - r e i t o p r ó p r i o de candidato mais votado. „

Das mesma forma, quando, por ser ínellcgivel, se i n v a - lide, no julgamento do recurso, o d i p l o m a de u m candidato, nada ha que autorize a c o n c l u s ã o cie haver vaga a ser p r e -

enchida, por supplente.

Vaga, porque"? Seu d i p l o m a era t ã o p r o v i s ó r i o como o do candidato que o perdeu por effeito da r e d u c ç ã o de votos.

E m qualquer caso o d i p l o m a expedido pelo T r i b u n a l R e - g i o n a l o é sob a c o n d i ç ã o r e s o l u t o r i a d e , f i c a r sem effeito se n ã o f ô r c o n f i r m a d o »

P o d e r - s e - i a a d m i t ü r que a inellegibilidade, ao i n v é s de d e t e r m i n a r a s u p p r e s s ã o , o desapparecimento do candidato p o r eíla a t t i n g i d ò , tivesse o m i r a c u l o s o effeito de converter e m ' d e f i n i t i v o o seu d i p l o m a p r o v i s ó r i o , abrindo vaga e dando logar á c o n v o c a ç ã o de u m supplente que, alás, só p o - d e r á ser • conhecido quando julgado definitivamente o r e - c u r s o ? -

Nada t ê m a v ê r com o caso o conceito de vaga e a i n s t i - t u i ç ã o da s u p p l e n c i a ,

I I

A q u e s t ã o apresenta-se, entretanto, c o m u m aspecto p a r -

• t i c u i a r , quanto ao candidato que deve ser diplomado, em logar do que, por m e l l e g i v e l , teve o seu d i p l o m a invalidado, attetndendo-se ao dispositivo especial do a r t . 95 § 3o do Condigo E l e i t o r a l , que d e c l a r a : " A n u l l i d a d e de votos só i m - p o r t a nultidade do d i p l o m a , quando, deduzidos os votos n u l l o s í í i c a r o seu t i t u l a r em i n f e r i o r i d a d e . cie v o t a ç ã o , ern segundo

•:turno, a outro da mesma c h a p a ' d e p a r t i d o , ou quando, s e n - do candidato n ã o registrado, f i c a r sua v o t a ç ã o i n f e r i o r ao quociente e l e i t o r a l " .

, Creio bem que esse paragrapho estabelece u m a e x c e p ç ã o ao c r i t é r i o geral de collo.cação cie candidatos por s u p e r i o r i - d a d e de v o t o s . - ' • •

P o r elle, parece que .se q u i z favorecer o partido, cujo candidato, diplomado pelo T r i b u n a l Regional, v i u reduzida s u a v o t a ç ã o , por effeito de n u l l i d a d e de votos que l h e h a v i a m sido. computados. A i n t e r p r e t a ç ã o do artigo leva a c o n c l u i r

"que seu d i p l o m a só s e r á n u l l o se o que. passar a ter v o t a ç ã o s u p e r i o ' á .sua pertencer á mesma chapa de p a r t i d o .

Q u a l q u e r que tenha s i d a a c a n s i d e r a ç ã o ' a que. obedeceu o . C ó d i g o , é de notar*que a nova l e i eleitoral no acolheu -se-

m e l h a n t e r e s t r i c ç ã o ^ ' . '

E ' , todavia, fora de d u v i d a que a e s p é c i e h a . d e ser j u l - gada de accordo com a l e i antiga, d i z o a r t . - 2o das D i s p o s i - ç õ e s T r a n s i t ó r i a s - d o Código que acaba d é entrar em v i g o r :

"Este Código n ã o se appliea ao processo e aos actos e l e i t o - raes'decorrentes do pleito de 14 de, outubro u l t i m o " .

O art'. 95 § 3o do Cociigo E l e i t o r a l em exame c o n t é m u m a r e g r a especial u m a n o r m a que abre e x c e p ç ã o a regras geraes e.que, portanto, só abrange os casos que especifica" (Código C i v i l , a r t . 6O da I n t r a d . ) .

D o i s casos s ã o especificados nesse artigo í

1." O de candidato de legenda votado em segundo turno, cuja v o t a ç ã o se reduza, em c o n s e q ü ê n c i a da d e d u c ç ã o de votos n u í t o s . - , - " " •

2" O de candidato n ã o registrado que, i a m b e m por n u l - lidade de votos, fique com a v o t a ç ã o i n f e r i o r ao* quociente • e l e i t o r a l .

E s t a r á comprehendida no - p r i m e i r o easo, e x p l i c i t a o u implicitamente, a nullidade de todos os votos conferidos a ' u m candidato i n e l e g í v e l ?

Antes de encarar directamente a q u e s t ã o , f a r e i l i g e i r a s c o n s i d e r a ç õ e s , destinadas a.-precisar o v e r d a d e i r o coneeito j u r i d i c o - p o l i t i c o de incapacidade^ geraes, inelegibilidade e incompatibilidade, em r e l a ç ã o á i n f l u e n c i a que exercem so- bre o d i r e i t o eleitoral passivo do c i d a d ã o .

' P a r a maior simplicidade, i i m i t o m e ao cargo de d e p u -

tado. , V A s incapacidacles gèYaes resultam do p r i n c i p i o estabe-

lecido .no a r t . 24 da C o n s t i t u i ç ã o : " S ã o á r i e l e g i v e i s para a C â m a r a dos Deputados os b r a s i l e i r o s natos, alistados eleitores e maiores de 25 annos".

S ã o incapazes, de modo geral, todos os i n d i v í d u o s q ú o n ã o sejam brasileiros natos, eleitores.e maiores de 25 annos.

Pode, p o r é m , o c i d a d ã o ter a capacidade g e r a l para ser eleito,, faltando-lhe, entretanto,, o que. E s m e i n denomina — í e s incapacites p a r t i c u l i e r e s on i n é l é g i b i l i t e s .

Dessas incapacidacles particulares, ou inelegibilidades, t r a t a a C o n s t i t u i ç ã o , no a r t . 112, onde são enumerados os i n e l e g í v e i s . As incapaeidades geraes n ã o se confundem cora as -particulares ou i n e l e g i b i l i d a d e . Estas, podem ser r e m o - vidas; aquellas dependem sempre da v e r i f i c a ç ã o dos r e q u i s i - tos exigidos. A C o n s t i t u i ç ã o a d m i t t i u que n ã o prevaleces- sem as inelegibilidades p a r a as p r i m e i r a s e l e i ç õ e s ; n ã o d i s - pensou os requisitos de capacidade g e r a l .

O dec. n . 22.364, de 17 dc janeiro de 1933 determinou os casos de inelegibilidade para a A s s e m b l é a Nacional C o n s t i - tuinte, sem se oecupar cias incapaeidades geraes.

Além das incapacidacles e das inelegibilidades, existem as incompatibilidades, que podem ser de interesses, ou de cargos e f u n e ç õ e s . Das incompatibilidades se o c c ú p a a C o n s - t i t u i ç ã o no art. 3 3 .

Õs effeitos n ã o são os mesmos quanto ás e l e i ç õ e s . ' Nos casos de incapacidade e de inelegibilidade, a e l e i ç ã o é absolutamente n u l l a , como faz v ê r ainda E s m e i n . No de incompatibilidade, a eleição é valida, e a p o s i ç ã o do eleito se resolve ordinariamente por meio do o p ç ã o .

Voltemos ao a r t . 95 •§ 3*. • Afastado o que diz respeito á incompatibilidade, que n ã o

v e m ao caso, cumpre examinar se esse d i s p o s i t i v o c o m p r e h e n - de, de qualquer, maneira,* as hypotheses de incapacidade* - e i n e l e g i b i l i d a d e .

Como disse, o caso especificado é o de candidato que c o n t i n u a a e x i s t i r contemplado no mappa, com sua v o t a ç ã o reduzida, por effeito dos votos annullados.

Se o eandidato é incapaz, ou i n e l e g í v e l , os seus - votos se annuflam integralmente, desapparecendo elíe do m a p p a de- monstrativo dets effeitos do j u l g a d o . E ' como se n ã o existisse, como se n ã o tivesse figurado na legenda r e g i s t r a d a . N ã o se trata mais dè- eandidato- de legenda com v o t a ç ã o reduzida, es s i m de v o t a ç ã o totalmente n u l l a ; n e m os votos cie legenda lhe a p r o v e i t a m .

. Que os casos são diversos e n ã o t ê m sequer analogia, r e - conhece o p r ó p r i o parecer indicativo, quando, pela c i r c u m s - tancia de se e l i m i n a r o- inelegível, entende que. h a vaga, que ' s e r á preenchida pelo supplente. Ora, no caso de r e d u c ç ã o de

* ' v o t a ç ã o , que é o "figurado no paragrapho em q u e s t ã o fora e x - travagante falar em vaga de candidato que perdeu o d i p l o m a por se tornar menos votado.

O que se n ã o pode recusar é que os termos" do d i s p o s i t i - v o especificam o candidato que fique com' v o t a ç ã o i n f e r i o r , n ã o alluclem á inelegibilidade, que s u p p r í m e toda a v o t a ç ã o -t do candidato. ". '

0: mesmo paragrapho especifica t a m b é m ; o caso do c a n - didato n ã o registrado., • ' ' ' • ' .

(4)

J44S Quarfa-feíra 12

< l m i i i

B O L E T I M E L E I T O R A L ' ' 'Junho de 1935

Mas, perante o antigo Código E l e i t o r a l , ' o candidato n ã o registrado n ã o era i n e l e g í v e l , tanto assim que o d i s p o s i t i v o • em exame reconhece a possibilidade.de ter elle u m a v o t a ç ã o v a l i d a : — só p e r d e r á o d i p l o m a se "ficar sua v o t a ç ã o i n f e r i o r ao quociente eleitoral", Se fosse inelegível-, n ã o poderia a p r o - v e i t a r - l h e u m voto sequer. '

A l i á s , o a r t . 101 § 1° cio Código E l e i t o r a l adimitte que o' candidato avulso n ã o registrado nomeie fiscaes junto á s - mesas receptoras ou aos tribunaes.

F o i o dec. n . ' 2 2 . 3 6 4 , de 17 de janeiro dc 1933 que de- clarou i n e l e g í v e i s os candidatos n ã o registrados. Este decreto é que definiu os casos dé inelegibilidade, e n ã o adotou, em r e l a ç ã o aos inelegíveis, qualquer d i s p o s i ç ã o i d ê n t i c a á do a r -

tigo 95 § 3o do Código, que trata dos elegiveis eme ficam - c o m a v o t a ç ã o r e d u z i d a . N ã o ha, na l e i de inelegibilidade, que é posterior ao Código, qualquer dispositivo determinando que a nullidade dos votos do candidato de partido, diplomado e posteriormente dcelarado inelegível, só i m p o r t a r á a perda do seu d i p l o m a em favor de outro candidato da mesma chapa de p a r t i d o . ' _

Se o caso de inelegibilidade e c o n s e q ü e n t e a n n u l l a ç ã o total da v o t a ç ã o n ã o e s t á especificada no paragrapho citado, n ã0 ha como i n c l u i l - o nese dispositivo de e x c e p ç ã o — jus singulare — , p r i n c i p a l m e n t e quando se v ê que a l e i r e g u l a - dora das inelegibildades n ã o a t t r i b u i u semelhante effeito á n u l l i d a d e dos votos do i n e l e g í v e l ,

Quando analogia houvesse, e n ã o ha, seria i n a p p l i c a v e l ao

•caso análogo a regra que abre e x c e p ç ã o aos p r i n c í p i o s geraes.

Accresce que poderia conduzir-nos ao absurdo a s o l u ç ã o c o n t r a r i a .

Supponhamos que u m partido lenha registrado 25 c a n - didatos, sendo 30 os logares; 24 foram diplomados pelo q u o - ciente p a r t i d á r i o , o 25° pelo segundo turno, declarada a i n e - legibilidade deste u l t i m o , seus votos foram annullados; como, p o r é m , n ã o ha mais candidatos da mesma chapa, n ã o t e r á elle perdido o d i p l o m a , apesar de n ã o ter u m só voto, porque, nos termos do a r t . 95 §3°, a nullidade do voto só i m p o r t a a n u l l i - dade do d i p l o m a , em favor do candidato da mesma chapa cie p a r t i d o .

Taes s ã o os fundamentos do meu voto, que lamento d i - v e r g i r do.voto do eminente S r . relator-.

A L L E G A Ç Õ E S D O P R O F . JOÃO C A B R A L S O B R E O CASO - - D O MARANHÃO

C O N F L I T O D E J U R I S D I C C Ã O N . 1, ( S U S P E I Ç Ã O )

E n s i n a m os proecessualistas que a causa da s u s p e i ç ã o n ã o é m e r a c r e a ç ã o da vontade ou capricho das partes; por outra, n ã o basta parecer-lhes que o J u i z n ã o offerece suf- ficiente garantia de imparcialidade, para que o possam a v e r - bar do suspeito. E menos, a s u p p o s i ç ã o maliciosa de que

•o seu o p i n a r seria este ou aquellc, sobre as q u e s t õ e s de d i - r e i t o em debate. Nem t ã o pouco depende da susceptibilidacle do j u i z o declarar-se ello suspeito. A l e i e a d o u t r i n a f i r - m a r a m em quatro as causas geraes de s u s p e i ç ã o , as quaes, como disse Ramalho ( P r a t . Ci.v. e C o m . P e . Ia T . 9o) , s ã o fontes donde emanam todas as e s p é c i e s a saber: odic, amor, temos e cobiça. ( J o ã o Monteiro, Teor do Proc. Civil

e Com. § 1 1 2 ) .

Isso, que j á v i n h a dos mais velhos praxistas ( G u e r r e i r o , de Recusationibus L 4o, c a p . 2o, n . 1; Quator modis per- vertitur humanun judie iutii,) inspirado tem os legisladores .antigos e modernos, e. i l l u m i n a os textos vigentes, como do a r t . 102, n . ' 2 ° , do Regimento da Suprema Corte, regulador

d a e s p é c i e • sUbjudice. • Mas, como se lè em Morais Carvalho citado pelo e g r é g i o

commeritador do Código do Processo: do Estado da B a h i a (nota 157), n ã o é p o s s í v e l f i x a r - s e o grau de amizade, que deva considerar intima: A familianidade (o e i t . G u e r r e i r o disse — da r e c u s a ç ã o ex capite amicitiae seu familiar ilalis);

r e c í p r o c o s e .assíduos commensais (assim especificado o C o d . do P r o c . C i v . , francez, a r t . 378 n s . 8o e 9o, sem l i - gar-se á vaga e x p r e s s ã o — amizade i n t i m a ) ; presentes r e - cebidos ( i d . e mais C o r r ê a Telles, c i t a n d o ' G u e r r e i r o . —>.

" A m i g o da outra parte, e delia t i v e r recebido d á d i v a " ) : s ã o taes os i n d í c i o s , que devem ser provadosos provados pelo recusante ei incurabit probatio, qui dicit non qui nerjat, P a u l o , 1, 2, d . P r o b a t . 23, 3 ) , para que se considere haver

"Amizade intima ou, como d i z i a a O r d . do 1. 1. t. 86, p r i n c . quando as t e s t e m u n h a s " : . . . " s i tem t ã o estreita amizade, ou odio t ã o grande a alguma dellas (partes), por que deixe de' dizer a verdade.

P o r h o n r a - d o T r i b u n a l Superior, de que sou m í n i m a parte; pela-integridade da J u s t i ç a E l e i t o r a l , a que estamos sacrificando, meditei profundamente sobre o incidente destai r e c u s a ç ã o , , e assim respondo, com alicerce no direito acima exposto e na realidade dos factos.

E m sã consciência, n ã o me julgo suspeito.

, Conheço o S r . Desembargador Henrique J o s é Couto o o creio digno da m i n h a estima, assim como tantissimos outros candidatos, que se, apresentam ao T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l pleiteando o seu direito p o l í t i c o . Deste D i s - tricto, onde felizmente sou honrado com a estima de nobres caracteres envolvidos nas luetas p o l í t i c a s . D o . P i a u h y , onde- tive o b e r ç o . D e Pernambuco e do Amazonas, onde v i v i m u i - tos annos sendo, felizmente,- hemquisto dos collegas advoga- dos ou magistrados. D c todos,'ou quasi todos os Estados b r a - sileiros, onde v i v e m e fazem p o l í t i c a ' velhos collegas, óu j o - vens d i s c í p u l o s , que me galardoam com a ' s u a camaradagem' ou bondosa c o n s i d e r a ç ã o . E assim deve acontecer, com a m a i o r i a de r a z ã o , pelas suas superiores qualidades p o s i ç á q social e atractivos pessoaes, aos senhores Juizes dos Tri-*

bunaes E l e i t ó r a e s , sem que entretanto, salvo os eásos c x - ç e p c i o n a e s de " A m i z a d e i n t i m a " , se suspeitem p a r a o j u l - gamento dos recursos, em que sejam aquellas partes l i t i g a n - tes, i n d i r e c t a ou indirectamente interessadas.

A circunstancia de ter sido, em m e u nome, levada á p i a baptismal, no anno de 1908, na cidade do B r e j o , Estado do M a r a n h ã o , a onde nunca f u i , u m a f i l h a do mesmo S r . D e - sembargador C o u t o , - e n t ã o j o v e n J u i z , ou promotor ó q u a l me quiz d i s t i n g u i r com o convilo p a r a s e r v i r de p a d r i n h o , n ã o constitue motivo legal de suspeitar-me hoje como j u i z do T r i b u n a l S u p e r i o r no relatar e j u l g a r o pleito do M a - r a n h ã o , ' e m que é elle u m dos candidatos. E nem existe alemi disso, entre n ó s , "amizade i n t i m a " , que a isso me c o n d u z a . E i s os factos, que declaro, em c o n s c i ê n c i a e sob penhor, da m i n h a honra de j u i z , desafiando c o n t e s t a ç ã o : Depois da Recife onde cursou elle a Faculdade dc D i r e i t o , n ã o m a i s encontrei o D r . H e n r i q u e Couto, se n ã o em raras e r á p i d a * passagens (creio que dous ou tres) pelo M a r a n h ã o , a oucle foi elle v i v e r e prosperou pelos seus m é r i t o s . N u n c a lhe f i z , nem delle recebi dons, ou hospedagem, ou qualquer b e n e f i - c i o . Egualmente, por oceasião das poucas visitas que e)le>

tem feito ao Rio, (nem sei se duas ou tres) sem ao menos nos v i s i t a r m o s . Sequer u m pequeno presente de doces (tenliíj

•acanhamento de o dizer, mas é a verdade) j a m a i s fiz a m i n h a afilhada, a q u a l . c r e s c e u e casou e v i v e u sempre longe, s e m que eu e a m i n h a f a m í l i a com ella e a sua d i g n í s s i m a p r o - genitora t i v é s s e m o s r e l a ç õ e s pessoaes. Onde, pois, a c a - r a c t e r i z a ç ã o da amizade " i n t i m a " , capaz de gerar s u s p e i ç ã o ?

D i g a - o a J u s t i ç a do T r i b u n a l S u p e r i o r , ao qual só mel preocupa o penhor de honrar e obedecer.

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 1935. — João C. da Ro-.

cha Cabral.

RIO G R A N D E D O N O R T E (*);'

, C O N C L U S Õ E S

Resolveu J) T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l ; . Quanto ás eleições, realizadas no mesmo Estado, emi

outubro de 1934: . .

1. ° J u l g a r improcedente as seguintes p r e l i m i n a r e s a p r e - sentadas pelo candidato C i n c i n a t o ' G a l v ã o F e r r e i r a Chaves:]

a) de n ã o ter o recorrente candidato Ângelo Roselli q u a l i - dade-para interpor o recurso; 6) de ser este n u l l o por p r e - t e r i ç ã o da formalidade essencial.

2.-° J u l g a r improcedente os recursos geraes interpostos pelos candidatos A l b e r t o Roselli e K e r g i n a l d o Cavalcaiite,- p r o c u r a d ó r do candidato. Paes. B a r r e t o ; . . ' . .

3. ° Negar provimento aos recurso parciaes, como ainda confirmar as decisões proferidas quer pelas turmas a p u r a - doras, quer pelo T r i b u n a l Regional com as friodifícações se- guintes':

4. ° D a r provimento para mandar a p u r a r as seguintes s e c ç õ e s : Segunda, Quarta e S é t i m a de Caicó; T e r c e i r a de Assú, com i n c l u s ã o das c é d u l a s com o nome do candidato graphado em mais de u m a l i n h a P r i m e i r a de F l o r e s ; Pri~*

m e i r a de J a r d i m do S e r i d ó , esta, caso as sobrecartas modelo!

n . 18 n ã o contenham as do m o d e l o . l i . 17; p r i m e i r a de A c a r y ^ Segunda de J a r d i m do S e r i d ó ; Segunda de P o r t o Alegre, s e n -

(*)' Reproduz-se por ter sido publicado com ineor->

reçõe.s.ji "' "' . '

(5)

Quarta-Teíra 12 B O L E T I M E L E I T O R A L : do nesta, t a m b é m apuradas as quatro, sobreeartas appensadas

ao recurso e sem effeito a r e n o v a ç ã o ; P r i m e i r a de L u i z . G o - mes,' devendo ser apuradas as cinco c é d u l a s com u m a das r u b r i c a s e sem effeito a r e n o v a ç ã o ; Segunda de Augusto S e v e r o ; .Quarta de M a r t i n s . ,

5,° D a r provimento para a n n n l l a i v sem r e n o v a ç ã o , as seguintes s e e ç õ e s : Primeira - de 'Arêz, 'devendo a M i n i s t é r i o p u b l i c o p r o v i d e n c i a r no sentido de apurar a r e s p o n s a b i l i -

dade dos que concorreram para a p e r t u r b a ç ã o do p l e i t o ; P r i m e i r a de P a ü i ; Segunda de M a r t i n s .

-5.° D a r provimento {jara' Julgar validas as seguintes e l e i - ções e sem effeito as respectivas r e n o v a ç õ e s ; Segunda de Deará-Mirim; Segunda de Lages: Sexta e S é t i m a 'de Mos- soró, sendo aesta apuradas as oito sobreeartas rubricadas apenas .pelo secretario da M . . a . ; Oitava d e - M o s s o r ó ; T e r - ceira" de Caicó,' apurando-se nesta as dez""sobreeartas. r u b r i - cadas pelo presidente da mesa M . B; Qtúnta de Caicó; P r i - m e i r a de Curaes Novas; T e r c e i r a de F l o r e s ; Segunda a T e r - ceira de Gurraes Novos; Segunda e Terceira.de -Aoary; T e r - ceira de J a r d i m do S e r i d ó ;

7.° Deu-se provimento p a r a a n n u l l a r as seguintes sec- ç õ e s : Segunda de P a t ú e P r i m e i r a d e - T o u r o s e sem effeito as respectivas r e n o v a ç õ e s .

S.°. Dar'provimento para annullar, com r e n o v a ç ã o á se- gunda' de G a r a ú b a s . -

9 ° D a r provimento para annullar a P r i m e i r a secção de :Martins ficando sem effeito a r e n o v a ç ã o .

10. Não tomar conhecimento do recurso -sobre a eleição em Santa C r u z , . . . .. ' . . E quanto ás eleições renovadas

11. Negar provimento para c o n f i r m a r a ...decisão que j u l - gou valida a T e r c e i r a secção de A p o d y .

. 12. D a r provimento para a n n u l l a r a r e a l i z a ç ã o em r e - n o v a ç ã o ; P r i m e i r a e Segunda, Quarta e Sexta de Assa;' P r i ~ . m e i r a . Segunda e T e r c e i r a de S . M i g u e l de P a u dos F e r r o s ;

1 3 . Negar provimento ao recurso sobre d e c i s ã o c o n t r a - rias á a p u r a ç ã o - d a Quinta secção de Mossovd.

14. Negar provimento ao recurso da decisão que j u l g o u v a l i d a a Segunda secção de F l o r e s e P r i m e i r a de S ã o G o n - sa!o..

15. D a r p r o v i m e n t o - p a r a validar a Segunda dc G a - r a ú b a s .

1 G . Negar provimento para confirmar a decisão que m a n d o u a p u r a r a Segunda de L u i z G o m e s .

1 7 . D a r provimento para mandar apurar a P r i m e i r a s e c ç ã o de P a u dos F e r r o s , com excepção das spbrecart-as sem r u b r i c a s do presidente ou do secretario da M . R .

18. D a r provimento para mandar apura a Segunda sec- ção«de B a i x a V e r d e ;

.19. J u l g a r prejudicadas por v a l i d a ç ã o das p r i m e i r a s e l e i ç õ e s , renovadas nas seguintes s e c ç õ e s : P r i m e i r a e S e - g u n d a .de Gurraes Novos; T e r c e i r a de F l o r e s ; Segunda dc

:;Porto A l e g r e ; Segunda de Lages; P r i m e i r a tíe J a r d i m do Se- r i d ó ; P r i m e i r a - de L u i z Gomes; P r i m e i r a de M a r t i n s ; O i - t a v a de -Mossoró; P r i m e i r a de ' T o r r e s e Segunda de P a t ú , p o r terem sido as p r i m e i r a s annulladas ser r e n o v a ç ã o .

; . Quanto aos recursos geraes contra a e x p e d i ç ã o de d i - p l o m a resolveu o T r i b u n a l S u p e r i o r :

a) Negar provimento ao recurso A do candidato Pedro A i i h u r da S i l v a ;

i 0} j u l g a r em parte prejudicado, o recurso B e em parte uegar-lhe provimento, por estarem j á resolvidos os r e c u s o ? pa.rciaes;

et j u l g a r prejudicado o recurse C ; -

<l) approvàr todas as demais eleições que n ã o estejam' i n c l u í d a s em decisões contrarias quer da p r i m e i r a , quer desta s u p e r i o r i n s t â n c i a .

T r i b u n a l '.Superior -de J u s t i ç a E l e i t o r a l , 31 dc Maio de

^1935.. — Collares Moreira, relator.;

J U R I S P R U D Ê N C I A

íE S T A D O D E A L A G O A S r CONCLUSÕES

u i u c l u s S e s decorrentes do julgamento, das eleições p r o -

"cedidas em Alagoas as a u a e s o T r i b u n a l Superior mandou apurar- ou ç e n o v a r .

; 1 — Negar provimento, aos, recursos para c o n f i r - m a r as decisões d T r i b u n a Regional que, em v i r t u d e das deste T r i b u n a l Superior, a p u r o u e j u l g o u validas - "-as -eleições'.que, em 14 de outubro de 1934, t i v e r a m ,

logar nas seguintes, - s e c ç õ e s : 1 1a de Maceió, da Ia Zooa; 2a cie Capei]a, da 1 3a zona; 2a de S . J o s é da Lo.gc. ria 1 4a zona e Ú n i c a dc Igreja Nova cia 7a zona e, consequentemente, sem effeito as-respectivas r e n o - v a ç õ e s ;

II — Negar provimento para confirmar a d e c i s ã o do T r i b u n a l Regional que j u l g o u . valida a eleição cia 3a èecçã'0-de Penedo, da 7a zona;

TI I — Dar provimento para annullar a s . e l e i ç õ e s que t i v e r a m logar, em 14 de outubro, nas seguintes secções; 12» de Maceió da Ia zona; P r i m e i r a e Segunda de Agua Branca da 2a zona; 3a de S . J o s é da Lago da 1 4a zona e j u l g a r validas as respectivas r e n o v a ç õ e s ;

I V — J u l g a r improcedente uma e n ã o - t o m a r co- nhecimento da. outra parte do ijecnrso geral do c a n d i - dato D r . O i t i c i c a por se r e f e r i r e m ; aquella, a eleiçõt-s j á julgadas pelos recursos parciaes, neste é anteriores julgamentos e esta p o r - n ã o , mais caber recurso da de- cisão anterior que annullou a 2a secção de Santa L u z i a do N o r t e . •

, T r i b u n a l S u p e r i o r do J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 5 ds Junho de 1935. —. Hermenegildo de Barras, p r e s i d e n - ; - Collares Moreira, r e l a t o r , . . . y

E S T A D O D E M A T T O GROSSO

' C O N S U L T A l i . 990. CLASSE, 6* DO ' A R T . 30 DO SiEÒ. . U<f.

Concede-se prorogação cio prasó para a, apuração das eleições realizadas em 14 dc outubro, na Região ãè Mallo

Grosso'. ' — Accordão -

Vistos, relatados e discutidos estes autos.'

Considerando que. o T r i b u n a l Regional de Matòo Grosso, verificando n ã o ser p o s s í v e l concluir a a p u r a - ção das eleições, dentro do prazo previsto na lc-i, pede a este T r i b u n a l p r o r o g a ç ã o do dito p r a z o .

Accordam os Juizes do T r i b u n a l Superior de J u - t i ç a E l e i t o r a l , por unanimidade de votos em declarar, que fica prorogado por 20 dias -o prazo p a r a se con- c l u i r a a p u r a ç ã o das .eleições de 14 de outubro na re- g i ã o dc Mallo". Grosso.

T r i b u n a l Superior de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 20 de de novembro de 1934. — Hermenegildo de' Burros, presidente. — Eduardo Espinola, relator. ,

E S T A D O D O P I A U I - f í

C O N S U L T A N . 992 C L A S S E — 0a DO AtlT. 30 0 0 R E 3 . " Í T . Accordã»

' Vistos, etc. -

Consulta o T r i b u n a l Regional E l e i t o r a l do P i a u h y , pelo seu presidente, o s e g á i n t e : — "Surgindo d u v i d a sobre a possivel duvida que se torne difficil esclarecer -de prompto aqui; consulta se o T r i b u n a l Regional pode

deliberar com a p r e s e n ç a "mínima de 4 membros, em v i s t a de a l t e r a ç õ e s do a r t . 20 do Código . E l e i t o r a l . Motiva esta"consulta n ã o poder r e u n i r totalidade da juizes do T . i b u n a ! para julgar a a p u r a ç ã o das eleições realizadas". . , .

Aceorda o T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l responder que o T r i b u n a l Regional E l e i t o r a l .pode se r e u n i r e deliberar coro a p r e s e n ç a de .quatro juizes, a l é m do presidente,, visto constituir maioria- dc juizes

dc? mesmo t r i b u n a l . '

" R i o de Janeiro, 23 de outubro de 1934; — Her~

mcnetjüdo di Burros, presidente. José Linhares, r e - l a t o r .

E S T A D O . D O P A R A ' . . [(SüBriE.A CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉA CONSTITUINTE)'

/— A Constituição não- deixa aâ

•' arbítrio do Presidente da AssemMca

(6)

1448 Quarta-feira 12 B O L E T I M E L E I T O R A L Junho rle 1935

Constituinte do 'Estado a eonvocmão dos deputados constituintes pura as

eleições do Governador e dos Sena- dores Federaes.

II — Nos termos do avt 3'J tias .D-i-sposiçõcs Transitórias da C'o»-v.íi- twção de 1 6 cie julho cie iOãí, unia vez inauguradas, as Assembiéas Cons- tituintes passarão a- eleger .o Cio-*

vemador e os Senadores.

xi. — .Ante a recusa db Presi- dente «o-- As'sembléa, o Qual 'procura obstav que 16 deputados, formando a

•maioria da Assembléa, se r-eunaru e elejáni Governador e Senadores ad- versários do mesmo Presidente, cabe

a essa maioria fazer. publicação no órgão official do dia em que com- parecerá ao edifício da Assembléa para as ditas eleições, convocan- do os demais constüuinies para tal fim.

Accordão

"Visto?, relatados e discutidos estes autos.

Considerando .que o Presidente ' da A s s e m b l é a Constituinte do P a r á entende que lhe é facultado r e - tardar a c o n v o c a ç ã o dos deputados constituintes para as eleições dc Governador e Scuadores.

Considerando que, ao em vez, o que a C o n s t i t u i - ' c ã o determina é que, tanto quo sejam i n a u g u a i d t s ,

as A s s e m b l é a s Constituintes p a s s a r ã o a eleger o Go- y e r n a d o r e os Senadores.

Considerando que o Presidente da A s - e m b l é a , dilatando a c o n v o c a ç ã o , p r o c u r a c r i a r o b s t á c u l o s a que seus a d v e r s á r i o s p o l í t i c o s , que s ã o 16 deputados, constituindo a m a i o r i a da A s s e m b l é a clojam o G o - vernador e os Senadores, contra os interesses 'do seu.

p a r t i d o ;

Considerando que, nos termos . das í n s t r u c ç õ e s expedidas por este T r i b u n a l p a r a a e l e i ç ã o cio G o v e r - . nador, a A s s e m b l é a Constituinte cléve funecionar 'com

a m a i o r i a dos seus membros, por a p p l i c a ç á o do art.;

52 § 3o da Constituinte F e d e r a l . "

A C G O R D A M os juizes do T r i b u n a l S u p e r i o r em d e - c i d i r que, no caso em a p r e ç o , ante a recusa de i m - mediata c o n v o c a ç ã o da* A s s e m b l é a pelo Presidente, / cabe aos 16 deputados, que f o r m a m a m a i o r i a , pu-

• blicar,' no ó r g ã o official, que se i r ã o r e u n i r em dú>

e. n o r a determinados, no edifício da A s s e m b l é a (Jons-- t i t ü i n t e , para as eleições do Governador e dos Sena- dores, convocando p a r a o mesmo f i m os demais depu- tados c u m p r i n d o fazer c o m m u n i c a ç ã o pessoal, ao Presidente da A s s e m b l é a e ao. Interventor, da d e l i - b e r a ç ã o tomada.

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , c m ?<i rle a b r i l de 1935. — Hermeriegildo de Burros, p r e s i d e n - • te. — Eduardo Espinola, r e l a t o r .

E S T A D O D O MARANHÃO

C O N P U C T O D B - JtmtSDicoÃo n 1 C L A S S E 2a DO A R T . 3 0 ° DOf REG. ttíT.'— PR. D E SUSPEIÇÃO — M A R A N H Ã O . CONFT,. .Tljlt. N l i

/ —. O processo de suspeição cio juiz do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral regula-se pelo Regimento ln- .temo da Corte Suprema [art. 10.2 •? ?c-

guintes.)

ií — Nos termos do art. 105 do Re- gimento citado, "a suspeição òppostá, por. alguma das parles a qualquer dos ministros será deduzida no prazo de.

cinco dias, a contar da distribuição, por

•meio de requerimento,'articulando fspe-*

cificadamente os. factos que forem mo- ' tivo da supeição e ajuntaruio logo o rol

das testemunhas, os documentos çyue, tiver.

III — Não basta o parentheses espi- ritual, desacompanhado de qualgtwr

outra prova para que se yiugue proçe-*

dente a suspeição.

Accordão

V i s t o s r e l a t a d o s e d i s c u t i d o s e s t e s nut-os. de s u s - peiçllo o p p o s t a oo j u i z p r o f e s s o r J o ã o C a b r a l , p o r . í a u d i d a t o s a d e p u t a d o s f e d e r a e s pelo E s t a d o do M a -

Considerando que o processo de s u s p e i ç ã o aos juizes do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a Eleitor-it obe- dece ao disposto no Regimento Interno da C-òrte S u p r e - ma a r t s . 102 e seguintes:

Coonsiderando que, nos termos do art. 105 do R e - gimento citado •— "a s u s p e i ç ã o opposta por al?uina3~

das partes», a qualquer dos ministros s e r á deduzida no prazo de cinco dias, a contar da d i s t r i b u i ç ã o , por meio de r e q í i e m e n t o s , articulando especificadamente os f e i - tos que forem m o t i v o de s u s p e i ç ã o , e ajuntando logo o r o l das testemunhas os documentos que t i v e r . . . ' " '

Considerando que a requerimento v c i u i n s t r u í d o com u m dos documentos em que se prova quo o J u i z recusado f o i padrinho n õ baptismo de u m a f i l h a d u m candidato do partido p o l í t i c o a d v e r s á r i o do em quo m i l i l a m os requerentes. • ,

Considerando que se n ã o j u n t o u logo o r o l de testemunhas, ou algum outro documento.

Considerando que o j u i z recusado respondeu no prazo dá l e i , declarando que n ã o tem fundamento legal a s u s p e i ç ã o que lhe foi opposta.

Considerando que o parentesco e s p i r i t u a l n ã o é, cm si é por si, desacompanhado d a , p r o v a de amizade i n t i m a , motivo ou fundamento legal de s u s p e i ç ã o do j u i z .

A C C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l • S u p e r i o r do

•Itistiça E l e i t o r a l , p o r unanimidade de votos, em jul—.

gar improcedente a s u s p e i ç ã o .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 25 de fevereiro de 1935. — Hermenegildo de Barros, p i e s i - si.lente — Eduardo Espinola, r e l a t o r .

AViScO

A c tos do S r . m i n i s t r o presidente:"

F o r a m nomeados: chefe da 2a secção, o bacharelando J á y m e dc A s s i s - A l m e i d a ; o í ü e i a e s da Secretaria o s - S r s . R e - nato de P a u l a & J ú l i o B i c c a de F r e i t a s (Portarias de 29 de maio de 1935) .

TRIBUNAL REGIONAL DE JUSTIÇA ELEI- TORAL DO DISTRIGTO FEDERAL -

E D I T A E S E A V I S O S

QUALIFICAÇÃO "EX-OFFICIO"

Primeira Circumscripção

PRIMEIRA ZONA ELEITORAL (Dístrieto municipal de Candelária)

Juiz — Dr. Decio Cesario Alvim

Escrivão — Dr. Carlos Waldemar de Figueiredo Ministério da "Marinha — Departamento do Pessoal O U ALJFIÇADOS P O R D E S P A C H O D E 8 D E J U N H O

D E 1935 1, D a r c y Alves T e i x e i r a . , 2. J o ã o Machado Coelho.

3 . Ivo M o l i n a r i . .

Referências

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