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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL 4ª COMISSÃO DISCIPLINAR

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Academic year: 2021

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL – 4ª COMISSÃO DISCIPLINAR

Processo nº 566/2021

Competição: Campeonato Brasileiro Série A - 2021

Partida: SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA (SP) X SPORT CLUB DO RECIFE (PE).

Denunciados:

1º Denunciado- SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA (SP), INCURSO NO Art.191.I ao III do CBJD –

Motivo: Troca de Camisas ao final da Partida

2º Denunciado – SPORT CLUB DO RECIFE (PE). Incurso no Art.191. I ao III do CBJD -

Motivo : Trocas de Camisas ao Final da Partida / Realizar Atividades no Gramado Durante o Intervalo / Ausência de utilização de proteção Facial e Desrespeito ao distanciamento Social.

Advogados: Dr. João Zanforlin -Corinthians (SP) e Dra. Bárbara Petrucci – Sport Recife (PE)

Relator: Felipe Rêgo Barros

RELATÓRIO

Trata-se de denúncia ofertada pela Procuradoria de Justiça Desportiva deste Superior Tribunal, acerca de fatos narrados na Notícia de Infração disciplinar, emitida pelo Diretor de Competições da CBF SR.Manoel Flores, e encampadas pela Procuradoria , face a partida entre as Equipes do SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA (SP) X SPORT

CLUB DO RECIFE (PE), no dia 24/06/21, válida pelo Campeonato

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A Procuradoria denunciou as entidades, SPORT CLUB

CORINTHIANS PAULISTA (SP) e o SPORT CLUB DO RECIFE (PE), em razão destes clubes, terem cometido infrações previstas no

ART.191 e incisos do CBJD, tendo sido anotado que alguns dos atletas destas equipes, realizaram trocas de camisas ao final da partida, o que motivou ambos serem denunciados. Pesa ainda quanto ao 2º Denunciado

(Sport Recife) outras infrações, além da infração das trocas de camisas no

final da partida, o Sport ainda foi denunciado, por ter Realizado Atividades no Gramado Durante o Intervalo; pela Ausência de utilização de proteção Facial e pelo Desrespeito ao distanciamento Social. Descumprindo assim ao estabelecido no ofício DCO. 1754/2020 em seus diversos dispositivos, bem ilustrados nos autos do Processo.

Analisada a ficha de antecedentes dos denunciados, verifica-se que os Clubes são reincidentes neste STJD.

Regularmente citados, os Denunciados foram representados pelo Dr.João Zanforlim (Corinthians) e Dra.Bárbara Petrucci (Sport), que entre outras alegações, ressaltaram que o fato da troca de camisas se deu de forma natural, algo comum no futebol, sem o dolo de descumprir qualquer regulamento, pois é uma tradição entre os atletas, ressaltando o fato de os atletas serem todos submetidos a recorrentes testagens, estando todos examinados, e portanto, sem oferecer risco a saúde de nenhum dos participantes. Pedindo a absolvição de ambos e não sendo o entendimento da turma, que fosse aplicada a pena mínima.

Com relação as outras condutas imputadas ao 2º Denunciado, a Defensora fez suas alegações, no sentido de que a utilização do gramado foi feita de uma forma rápida, ocupando apenas um espaço muito pequeno do campo, sem maiores danos ao evento; e com relação a ausência da proteção facial e falta de distanciamento, afirmou que o Clube cumpre todas as regras sanitárias, que os atletas são constantemente testados, que é algo natural que ocorra em algum momento, o atleta precisar baixar a proteção para falar alguma coisa, e que não ocorreu dolo dos atletas, requerendo a absolvição , ou a aplicação da pena mínima.

Ressalte-se que não houve a produção de provas de vídeos, nem apresentadas provas testemunhais, nem ainda depoimentos dos dirigentes dos denunciados.

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A Procuradoria realizou manifestação oral, reiterando os termos da Denúncia, no sentido da condenação dos imputados.

É o relatório.

ACORDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos do processo em epígrafe, ACORDAM os integrantes desta Quarta Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, em julgar procedente a denúncia em desfavor dos filiados SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA (SP) e SPORT CLUB DO RECIFE (PE) condenando o Sport Club Corinthians

Paulista, Pela apuração de voto médio, em multa de R$2.000,00, por

infração ao Art. ART. 191 do CBDJ c/c Diretriz técnica Operacional, e também julgar procedente a denúncia para condenar por maioria dos votos

o 2º denunciado , Sport Club do Recife: na pena de multa de R$19.000,00, por quatro condutas infracionais do art. 191.I ao III CBDJ c/c

Diretriz técnica Operacional. Em prevalência do voto médio, face a disposição de votos divergentes da turma, onde quanto a infração da troca

de camisas, o Relator Dr. Felipe Rêgo Barros aplicou o valor de multa de

R$1.000,00, Dr. Rodrigo Salomão R$2.000,00; a Dra Adriene Hassen R$10.000,00 ; e o Presidente Dr. Jorge Galvão 7.000,00 = VOTO

MÉDIO- 2.000,00; - Quanto a infração de atividade no gramado, o

Relator aplicou multa de R$1.000,00, o Dr. Rodrigo Salomão em R$2.000,00; a Dra Adriene Hassen em R$7.000,00 ; e o Presidente Dr. Jorge Galvão em 7.000,00 = Voto Médio 7.000,00 ; Quanto a infração da não

utilização da Proteção facial, Relator multa de R$5.000,00 ; Dr. Rodrigo

Salomão R$2.500,00 ; Dra Adriene Hassen R$10.000,00 ; Presidente Dr. Jorge Galvão 5.000,00 = Voto Médio R$5.000,00; Quanto a infração de

não respeitar o distanciamento social, Relator Dr. Felipe R$5.000,00 ; Dr. Rodrigo R$2.500,00 ; Dra Adriene R$10.000,00 ; Presidente Dr. Jorge 5.000,00 = MAIORIA 5.000,00, perfazendo um total de R$19.000,00 (Dezenove Mil Reais), de multa pelas infrações cometidas.

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VOTO do RELATOR

No Processo em Tela, as ocorrências foram trazidas a baile, pela Notícia de Infração disciplinar, emitida pelo Diretor de Competições da CBF, SR.Manoel Flores, e encampadas pela Procuradoria de justiça Desportiva, que resolveu denunciar, os Clubes Corinthians (SP) e Sport Recife(PE) , por ambos terem descumpridos diversos artigos e itens da DCO 1754/2020, relacionados as Trocas de Camisas no Final da Partida (realizada por Ambos os denunciados); e ainda , Realizar Atividades no Gramado Durante o Intervalo ; Ausência de utilização de proteção Facial e Desrespeito ao distanciamento Social, estas três última infrações apenas por parte do Sport Recife.

Ressalte-se que diferentemente do que foi apontado pela Procuradoria, que classificou no item “C” nas imputações da sua denúncia, a Ausência de utilização de proteção Facial e o Desrespeito ao distanciamento Social , como sendo apenas uma única tipificação infracional, a Turma por unanimidade, entendeu por destacar como sendo duas infrações, e ambas merecedoras de reprimenda legal.

Com relação a conduta infracional das Trocas de Camisas, foi entendimento deste relator, que de fato ocorreu a lesão ao DCO 1754/20 no seu Art.9.D, conduta esta tipificada pelo Art.191 e incisos do CBJD, todavia considerando a menor potencialidade deste ato, votei no sentido de condenar ambos os denunciados na pena de R$1.000,00 de multa. Em Igual sentido tratei a segunda infração cometida pelo Sport Recife (Realizar Atividades no Gramado Durante o Intervalo), condenando na mesma dosimetria da primeira conduta em multa de R$1.000,00

Quanto a questão da ausência do uso de proteção facial e da falta de distanciamento social, compreendo que também houve lesão regulamentar nestas duas condutas, e que pela gravidade da situação pandêmica que assola todo o país, pela demonstração inequívoca de falta de responsabilidade que os atletas apresentaram, sinalizando um descompromisso total, nos efetivos cuidados que deveriam ter com a disseminação do contágio, num flagrante desrespeito aos protocolos sanitários firmados, e ao esforço que todos os segmentos ligados a prática do Futebol vem mantendo, para o retorno seguro às competições, e

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especialmente deste Campeonato Brasileiro, ressaltando ainda , que esta partida é transmitida em rede nacional e assistida por milhões de pessoas, e que tal conduta estimula o relaxamento das prescrições básicas de combate ao COVID 19, julgo grave a conduta dos atletas do Sport Recife, e por esta razão aplico a penalidade de Multa de R$5.000,00 pela ausência de proteção facial, e ainda R$5.000,00, pela falta de distanciamento social entre os atletas, pelo que comanda o Art.191 I ao III do CBJD.

Com relação a Dosimetria da pena, foi observado os artigos 178 a 181 e 182-A do CBJD, que determina que a pena deve ser aplicada entre os limites mínimos e máximos, levando em conta a gravidade da infração, a sua maior ou menor extensão, os meios empregados, os motivos determinantes, os antecedentes desportivos e as circunstâncias agravantes e atenuantes, bem como, por se tratar de pena pecuniária, a capacidade econômica e financeira do infrator

Sendo assim, considerando os requisitos atenuantes e agravantes de ambos os denunciados, e suas capacidades econômicas e financeiras, e pela preponderância do voto médio estabelecido pela 4ª CD do STJD , resta decidido , quanto ao 1º Denunciado , SPORT CLUB

CORINTHIANS PAULISTA (SP), a condenação de multa de R$2.000,00 (Dois Mil Reais) , por infração ao Art. ART. 191 do CBDJ c/c Diretriz técnica Operacional, e quanto ao 2º Denunciado – SPORT CLUB DO RECIFE (PE), condenar por maioria dos votos na pena de multa de R$19.000,00 (Dezenove mil Reais), por quatro condutas infracionais do Art. 191.I ao III CBDJ c/c Diretriz técnica Operacional

Voto da relatoria

Recife, 20 de Setembro de 2021

Felipe Rêgo Barros

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL – QUARTA COMISSÃO DISCIPLINAR

Processo nº 566/2021

Denunciados: Sport Club Corinthians Paulista e Sport Club do Recife Competição: Campeonato Brasileiro Série A de 2021.

Relator: Felipe Tadeu Moreira Lima do Rego Barros

Declaração de voto

Acolho o relatório do Relator.

Concernente à denúncia ofertada pela Procuradoria em face do Sport Club do Recife nas iras dos artigos 191, II em virtude de seus atletas se utilizarem do gramado para se aquecerem no intervalo da partida, descumprindo, assim, o Ofício DCO 1754/2020, acompanhei à integra a fundamentação do Relator à medida em que referido ofício de 28/08/2020 trata das obrigações e cuidados com o gramado e traz:

Dia da partida (MD)

Pré-jogo – Durante o aquecimento deverão ser evitadas atividades que envolvam tração e arranque no mesmo local ou em pequenos espaços que possam danificar o campo de jogo.

Aos goleiros, naqueles estádios com traves móveis disponíveis, as atividades de aquecimento deverão ser realizadas nestas traves, fora da pequena e grande área. Contudo, as atividades de saída de gol e tiro de meta serão realizadas na trave fixa.

Os estádios que tiverem áreas desgastadas deverão sinalizá-las antes do início do aquecimento para que estas não sejam utilizadas pelas equipes antes do jogo.

Jogo – Para o aquecimento de suplentes utilizar as áreas atrás dos gols (sempre atrás das placas de publicidade) ou espaços

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próximos aos bancos de reservas, conforme determinado pela equipe de arbitragem.

Fica vedado o uso da área interna do campo para atividades de aquecimentos de suplentes durante o intervalo de jogo, salvo o goleiro em caso de substituição por qualquer uma das equipes. Pós-jogo – As atividades com atletas suplentes no pós-jogo deverão ocorrer mediante orientação da administração do estádio não utilizando em hipótese alguma a área interna de campo. Para execução de tais atividades serão priorizadas áreas atrás dos gols e laterais de campo fora das quarto linhas.

Incontroversa a realização do tipo pela agremiação Sport, restou acolhida a denúncia da Procuradoria.

Quando da dosimetria da pena, prevaleceu a pena aplicada por esta redatora nos termos que passará a expor.

Passando à dosimetria da pena, observo o artigo 178 do CBJD que determina que a penalidade deve ser aplicada entre os limites mínimos e máximos, levando em conta a gravidade da infração, a sua maior ou menor extensão, os meios empregados, os motivos determinantes, os antecedentes desportivos e as circunstâncias agravantes e atenuantes.

Verificando a circunstancias de agravamento da pena, invoco a norma contida no inciso VI do artigo 179 do CBJD, por se tratar de agremiação infratora reincidente.

Por todo o exposto, condeno a equipe, nas iras do artigo 191, II do CBJD, ao pagamento de multa no importe do R$ 7.000,00 (sete mil reais), considerando, ainda, o precedente consistente do processo nº. 133/2021, julgado em maio de 2021 em que o Grêmio, clube também reincidente, disputando, de mesma forma, a Série A do Campeonato Brasileiro 2020, fora multado na mesma quantia de R$ 7.000,00 (sete mil reais) em virtude do descumprimento do mesmo ofício da DCO.

De Brasília para o Rio de Janeiro, 22 setembro de 2021

Adriene Hassen Auditora Relatora

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL – QUARTA COMISSÃO DISCIPLINAR

Processo nº 566/2021 Classe: Denúncia

Denunciante: Procuradoria de Justiça Desportiva do STJD do Futebol Denunciados: Sport Club Corinthians Paulista e Sport Clube do Recife Relator: Felipe Rego Barros

DECLARAÇÃO DE VOTO

Trata-se de Denúncia ofertada pela d. PGJD em face de Sport Club Corinthians Paulista e Sport Clube do Recife por alegada infração ao art. 191, do CBJD, notadamente em razão do descumprimento das determinações contidas na Diretriz Técnica Operacional da CBF.

A 4ª Comissão Disciplinar, por unanimidade, entendeu configurada a violação ao art. 191, do CBJD, pelo Sport Clube do Recife, havendo divergência apenas quanto à dosimetria das penalidades.

Nesse sentido, considerando os parâmetros estabelecidos no art. 178, do CBJD, principalmente a natureza e grau de gravidade das infrações,

bem como a jurisprudência1 deste c. Superior Tribunal de Justiça Desportiva,

inclusive nos casos de homologação de transações envolvendo o mesmo tema debatido nestes autos, entendo por bem aplicar as seguintes sanções ao Sport

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Clube do Recife – todas por violação ao art. 191, do CBJD e descumprimento da Diretriz Técnica Operacional da CBF:

i) multa de R$ 2.000,00 pela infração relacionada à realizada

de troca de camisas ao final do jogo;

ii) multa de R$ 2.500,00 pela não utilização de máscaras no

banco de reservas;

iii) multa de R$ 2.500,00 pela infração relacionada ao

desrespeito do distanciamento social no banco de reservas. Com todas as vênias a entendimento diverso e sem desconsiderar o caráter punitivo-pedagógico, entendo que o valor das multas deve considerar o atual cenário de crise vivenciado também pelas entidades desportivas. Isto é, a penalidade não pode ser aplicada de forma desproporcional, devendo-se levar em conta, ainda, o montante total da multa por todas as infrações analisadas.

Importante ressaltar também os valores médios envolvidos nas transações já realizadas no âmbito da Justiça Desportiva e nos casos já julgados por esta Corte, de modo a manter sua jurisprudência íntegra, estável e coerente, na forma do art. 927, do CPC.

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