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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

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1 MANUAL DE OPERAÇÃO DAS PARCERIAS ENTRE O FUNDO NACIONAL DE

DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR, NO ÂMBITO DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

BRASÍLIA-DF 2013 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

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2 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 4

2 JUSTIFICATIVA ... 6

3 DO OBJETIVO DAS PARCERIAS ... 8

4 DAS DEFINIÇÕES ... 8

5 DA COMPOSIÇÃO DAS PARCERIAS ... 9

6 DAS COMPETÊNCIAS DOS MEMBROS DAS PARCERIAS ... 10

6.1 COMPETE AO FNDE ... 10

6.2 COMPETE À CGPAE ... 10

6.3 COMPETE ÀS IFES ... 11

7 DO PROCEDIMENTO DE HABILITAÇÃO ... 12

7.1 DA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS ... 12

7.2 DA HABILITAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES ... 12

7.3 DO TERMO DE HABILITAÇÃO E ACORDO DE COLABORAÇÃO ... 13

8 DO CENTRO COLABORADOR EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR ... 13

8.1 DOS DEVERES DO CECANE ... 14

8.2 DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ... 14

8.2.1 Coordenador de Gestão... 15

8.2.2 Subcoordenador ... 15

8.2.3 Assessoria Técnico-Administrativa ... 16

8.2.4 Agentes do CECANE ... 16

9 DA UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA ... 17

9.1 DEVERES DA UAE ... 17

9.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ... 17

10 DA SELEÇÃO DA INSTITUIÇÃO PARCEIRA ... 18

11 DAS LINHAS DE COLABORAÇÃO ... 18

12 DAS ÁREAS DE INTERESSE PRIORITÁRIO DO FNDE... 18

13 DAS FORMAS DE ATUAÇÃO ... 18

14 DO PLANO DE TRABALHO ... 19

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3

16 DO TERMO DE COOPERAÇÃO ... 19

17 DO ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DO PLANO DE TRABALHO ... 19

18 DA ALTERAÇÃO DE PRODUTOS E PRORROGAÇÃO DE PRAZO ... 20

19 DO NÃO CUMPRIMENTO DO PROJETO ... 20

20 DAS PUBLICAÇÕES ... 21

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4 1 INTRODUÇÃO

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é o mais antigo programa do governo brasileiro na área de alimentação escolar e o maior e mais abrangente do mundo no que se refere ao atendimento universal e de direito humano à alimentação adequada e saudável para os estudantes.

Este Programa, gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação (FNDE/MEC), atende, de forma gratuita, a todos os alunos matriculados na educação básica das escolas públicas, escolas filantrópicas, comunitárias e confessionais do país, segundo os princípios do direito humano à alimentação adequada e saudável e da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN).

As primeiras ações governamentais direcionadas à alimentação e nutrição no Brasil datam da década de 1930. Foi apenas nessa época que a subnutrição foi reconhecida como um grave problema de saúde pública no país.

O Programa, de um ponto de vista embrionário, teve sua origem no início da década de 1940, quando o então Instituto de Nutrição defendia a proposta de o Governo Federal oferecer alimentação ao escolar. Entretanto, a proposta não se concretizou por indisponibilidade de recursos financeiros.

Na década de 1950, surgiu o abrangente Plano Nacional de Alimentação e Nutrição, denominado Conjuntura Alimentar e o Problema da Nutrição no Brasil. Foi no interior desse Plano Nacional que, pela primeira vez, estruturou-se um Programa de Merenda Escolar, em âmbito nacional, sob a responsabilidade pública.

Desde sua criação até 1993, a execução do Programa deu-se de forma centralizada: o órgão gerenciador planejava os cardápios, adquiria os gêneros por processo licitatório, contratava laboratórios especializados para efetuar o controle de qualidade e, ainda, responsabilizava-se pela distribuição dos alimentos em todo o território nacional.

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5 regionalização do cardápio e, ainda, o fortalecimento de Estados, Municípios e do Distrito Federal gerado pelo desenvolvimento das economias locais, foram alguns dos avanços verificados, especialmente na última década.

Em 2009, a edição da Medida Provisória nº 455/2009, convertida na Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, promoveu avanços em vários aspectos, estabelecendo a Política de Alimentação Escolar e consolidando o Programa, que atualmente é considerado referência internacional. Para regulamentar sua aplicação, o FNDE editou, no mesmo ano, a Resolução CD/FNDE nº 38, de 16 de julho de 2009, a qual dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do PNAE. Com isso, ampliou-se o atendimento para o ensino médio, a Educação de Jovens e Adultos e para as escolas comunitárias.

Com o advento da Resolução FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013, fortaleceu-se a importância da educação alimentar e nutricional e ampliou-se o atendimento para escolas de regime integral e de Educação de Jovens e Adultos semipresencial.

O Programa é de responsabilidade constitucional compartilhada de todos os entes federados e envolve um grande número de atores sociais como gestores públicos, professores, pais de alunos, sociedade civil, técnicos em alimentação e nutrição e, em especial, os manipuladores de alimentos.

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6 controle da execução, por meio de ações voltadas ao fortalecimento e à instrumentalização dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), instituídos pela Medida Provisória nº 1.979-19, de 2 de junho de 2000.

2 JUSTIFICATIVA

Nos últimos dez anos, a abrangência do atendimento do PNAE aumentou substancialmente, de pouco mais de 36 milhões em 2003 para próximo de 46 milhões de escolares em 2012. Além disso, foi incluído o atendimento aos alunos do ensino médio, da Educação de Jovens e Adultos, do Programa Mais Educação, do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e das escolas filantrópicas, comunitárias e confessionais. Vale ressaltar ainda que, a partir de 2013, o Programa passará a atender também os alunos matriculados em escolas de tempo integral e da Educação de Jovens e Adultos semipresencial.

A importância dessa ampliação do atendimento do PNAE deve ser analisada não somente em termos da quantidade de recursos ou do número de alunos atendidos, mas, sobretudo, pelo potencial do Programa em integrar diversos saberes expressos nas atividades educativas que contribuem para a formação de hábitos alimentares saudáveis fomentados pela escola.

Nesse sentido, para garantir a eficácia e a efetividade do Programa, o FNDE tem ampliado paulatinamente as ações de controle, tanto no que tange ao acompanhamento e fiscalização da aplicação dos recursos, quanto à capacitação dos agentes do controle social – membros dos Conselhos de Alimentação Escolar – e outros agentes envolvidos na execução do PNAE.

O FNDE busca, desta forma, desempenhar o seu papel atendendo aos interesses da sociedade, consoante às recomendações do Tribunal de Contas da União, observando o contido no item 6.23 do Acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) nº 158/2003, que define “a necessidade de reforçar as orientações aos conselheiros, para ampliar e aprofundar o acompanhamento dos diferentes aspectos da execução do PNAE e garantir melhor embasamento para o parecer conclusivo encaminhado ao FNDE”.

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7 de conselheiros, da rotatividade e do mandato quadrianual, é necessário que as atividades de formação sejam continuadas.

O FNDE não tem poupado esforços no sentido de promover visitas técnicas às Entidades Executoras do Programa com a finalidade de orientá-las quanto à forma correta e eficiente de execução do PNAE e de realizar atividades formativas buscando o aprimoramento da atuação do CAE.

Evidencia-se a necessidade de estabelecer parceria efetiva com instituições que tenham experiência reconhecida em pesquisa e atividades de apoio à gestão para que o trabalho de formação, controle e avaliação do PNAE possa alcançar a abrangência necessária e a efetividade e eficiência que se espera de um programa desse porte. Desta forma, a parceria com Instituições Federais de Ensino Superior é de fundamental importância para a consecução conjunta de todas as atividades que envolvem a operacionalização do PNAE.

Além disso, para garantir que sejam atingidas as Metas do Milênio para a Educação e a Saúde e atender às diretrizes da Estratégia Fome Zero, o Governo Federal, por meio da Portaria Interministerial Ministério da Saúde eMEC nº 1.010, de 8 de maio de 2006, instituiu as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação básica, das redes pública e privada, em âmbito nacional, favorecendo o desenvolvimento de ações que promovam a adoção de práticas alimentares mais saudáveis no ambiente escolar.

A Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) nº 465, de 23 de agosto de2010, estabeleceu parâmetros numéricos mínimos de referência de nutricionistas por aluno no âmbito do Programa de Alimentação Escolar, definiu conceitualmente os termos utilizados na área da alimentação escolar, bem como as atribuições do nutricionista responsável técnico.

Em 2010, a Emenda Constitucional nº 64, 4 de fevereiro de 2010, alterou a redação do art. 6º da Constituição Federal, para introduzir a alimentação como direito social.

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

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8 Nesse sentido, o FNDE propõe a promoção de parcerias com Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), para que sejam constituídos Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE) e Unidades Acadêmicas Especializadas (UAE).

Esses centros e unidades formam uma rede interinstitucional que deverão contribuir para a efetivação e consolidação da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) no ambiente escolar, haja vista que podem prestar apoio técnico e operacional aos Estados e Municípios na implementação da alimentação saudável nas escolas; capacitar profissionais de saúde e de educação, merendeiras, conselheiros de alimentação escolar e outros profissionais interessados; e realizar estudos e pesquisas que contribuam para atingir as Metas do Milênio para Educação e a Saúde e o atendimento das diretrizes da Estratégia Fome Zero.

3 DO OBJETIVO DAS PARCERIAS

Prestar apoio técnico, acadêmico e operacional na implementação da alimentação saudável nas escolas, bem como desenvolver outras ações pertinentes à boa execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar, de modo a contribuir para a efetivação e consolidação da Política de Segurança Alimentar e Nutricional no ambiente escolar.

4 DAS DEFINIÇÕES

Para os efeitos deste Manual, aplicam-se as seguintes definições:

Acordo de Colaboração: documento que tem por objeto estabelecer o resultado da parceria firmada entre o FNDE e as IFES após a emissão do termo de habilitação e determinar as responsabilidades na execução dos projetos que poderão vir a ser implementados mediante celebração de Termo de Cooperação.

Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE): unidade de referência e apoio constituída para desenvolver ações e projetos no âmbito do PNAE, com estrutura e equipe para execução das atividades nas áreas de interesse prioritário e nas formas de atuação previstas.

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9 Plano de Trabalho: é o documento de planejamento da execução das ações a ser apresentado pelas IFES no momento oportuno, devendo conter: justificativa para a celebração do instrumento, a descrição completa do projeto a ser executado, a descrição das metas a serem atingidas, a definição das etapas ou fases da execução, o cronograma de execução e o plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pela Unidade Gestora (UG) Concedente e a indicação do responsável técnico

Produto: atividade ou conjunto de atividades demandadas pelo FNDE, que integram o plano de trabalho.

Termo de Cooperação: instrumento por meio do qual é ajustada a transferência de crédito de órgão da administração pública federal direta, autarquia, fundação pública, ou empresa estatal dependente, para outro órgão ou entidade federal da mesma natureza.

Termo de Habilitação: documento expedido pela Comissão Especial de Habilitação, como condição prévia à firmação de acordo de colaboração.

UG Concedente: FNDE – órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, responsável pela transferência dos recursos financeiros e pela descentralização dos créditos orçamentários.

UG Proponente: IFES – órgão ou entidade da Administração Pública Federal, direta ou indireta, que manifesta interesse em firmar termo de cooperação mediante transferência de créditos orçamentários e liberação de recursos financeiros.

Unidade Acadêmica Especializada (UAE): estrutura específica das IFES voltada para um projeto nas áreas de interesse prioritário e nas formas de atuação previstas.

5 DA COMPOSIÇÃO DAS PARCERIAS

As parcerias serão instituídas entre o FNDE e as IFES, a fim de desenvolver ações de ensino e/ou pesquisa e/ou extensão para atuar nas cinco regiões do país, mediante celebração de termos de cooperação.

Compõem as parcerias:

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10 II. As IFES – entidades da Administração Pública Federal que manifestarem interesse em firmar termo de cooperação mediante transferência de créditos orçamentários e transferência de recursos financeiros, denominadas, neste caso, de UG Proponentes.

6 DAS COMPETÊNCIAS DOS MEMBROS DAS PARCERIAS 6.1 COMPETE AO FNDE

I. disponibilizar acesso dos gestores dos projetos aos sistemas corporativos pertinentes;

II. receber a documentação e abrir processo das propostas por meio de sistema informatizado disponibilizado;

III. informar aos gestores dos projetos acerca do surgimento de algum impedimento para a formalização da descentralização orçamentária;

IV. orientar e cooperar com a implantação das ações objeto do termo de cooperação a ser celebrado;

V. efetuar a descentralização de crédito orçamentário e a transferência dos recursos financeiros aprovados para execução do termo de cooperação, na forma estabelecida no cronograma de desembolso nele constante;

VI. celebrar e publicar o termo de cooperação;

VII. dar publicidade ao termo de cooperação no portal do FNDE.

6.2 COMPETE À CGPAE

I. fornecer login e senha de acesso ao Sistema de Assistência a Programas e Projetos Educacionais (SAPEnet) ou outro sistema informatizado destinado às descentralizações às UG Proponentes;

II. orientar as UG Proponentes quanto ao correto preenchimento da proposta de termo de cooperação no sistema SAPENET ou outro sistema informatizado específico;

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11 V. emitir parecer, de forma clara e objetiva, quanto à proposta apresentada no

SAPENET ou outro sistema informatizado disponibilizado;

VI. emitir parecer, em caso de solicitação, de prorrogação de vigência da execução técnica do projeto.

VII. acompanhar e monitorar o projeto, efetuando a avaliação técnica quanto ao cumprimento do objeto proposto;

VIII. pronunciar-se sobre o relatório de cumprimento do objeto, parcial e/ou final, enviado pela UG Proponente, e emitir parecer quanto ao cumprimento da execução do objeto da descentralização de crédito orçamentário.

6.3 COMPETE ÀS IFES

I. desenvolver ações de pesquisa e/ou ensino, e/ou extensão no âmbito do PNAE, mediante a celebração de termo de cooperação conforme plano de trabalho aprovado pelo FNDE, com a elaboração de relatórios parciais e finais das atividades desenvolvidas;

II. solicitar ao gestor do projeto senha e login do SAPENET ou outro sistema informatizado disponibilizado;

III. promover a execução do objeto do termo de cooperação na forma e prazos nele estabelecidos;

IV. aplicar os recursos exclusivamente na consecução do objeto do termo;

V. permitir e facilitar ao FNDE o acesso a toda documentação, dependências e locais atinentes à execução do termo;

VI. cumprir as normas específicas que regem o Programa e a forma de execução da ação a que os créditos estiverem vinculados;

VII. manter o gestor do projeto informado sobre quaisquer eventos que dificultem ou interrompam o curso normal da execução do termo;

VIII. devolver os saldos dos créditos orçamentários descentralizados e não empenhados, bem como os recursos financeiros não utilizados conforme norma de encerramento do correspondente exercício financeiro;

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12 X. assumir todas as obrigações legais decorrentes de contratações necessárias à

execução do objeto do termo;

XI. solicitar ao gestor do projeto – CGPAE –, quando for o caso, a prorrogação do prazo para cumprimento do objeto em até 15 (quinze) dias antes do término previsto no termo de cooperação, ficando tal prorrogação condicionada à aprovação por aquele;

XII. comprovar o bom e regular emprego dos recursos recebidos, bem como dos resultados alcançados;

XIII. prestar contas dos créditos descentralizados aos órgãos de controle interno e externo, os quais passam a integrar as contas anuais da UG Proponente a serem apresentadas conforme normas vigentes;

XIV. apresentar relatório de cumprimento do objeto pactuado até 60 (sessenta) dias após o término do prazo estabelecido no termo para execução das ações.

7 DO PROCEDIMENTO DE HABILITAÇÃO 7.1 DA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS

I. As instituições interessadas em participar do processo de habilitação deverão enviar, em um dos períodos especificados em edital, o termo de apresentação para a CGPAE.

II. O termo de apresentação deverá ser assinado pelo representante legal da IFES. III. O termo de apresentação deverá ser acompanhado de proposta técnica que

deverá conter os seguintes itens: a) histórico das atividades (pesquisa, ensino e extensão) relacionadas às áreas de interesse prioritário e afinidades potenciais com o PNAE; b) formas de atuação a serem desenvolvidas; e c) descrição e qualificação da equipe.

7.2 DA HABILITAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES

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13 As propostas apresentadas pelas instituições interessadas serão analisadas por uma Comissão Especial de Habilitação, constituída para essa finalidade, integrada por servidores do FNDE.

Para o detalhamento das propostas apresentadas, a CGPAE poderá agendar reuniões com representantes das instituições interessadas e também realizar visitas às unidades a fim de verificar as condições para o desenvolvimento do projeto.

A análise das propostas apresentadas dar-se-á por meio de análise documental para verificar se a documentação entregue pela IFES foi preenchida integral e corretamente com todos os dados solicitados.

Serão consideradas habilitadas as instituições que atenderem às condições especificadas no Edital nº 01 – CGPAE.

7.3 DO TERMO DE HABILITAÇÃO E ACORDO DE COLABORAÇÃO

O termo de habilitação será expedido pela Comissão Especial de Habilitação como condição prévia indispensável para firmação de acordo de colaboração e não envolverá descentralização de recursos.

O acordo de colaboração será a homologação de parceria firmada entre o FNDE e as IFES após a emissão do termo de habilitação.

O acordo de colaboração não envolve recursos e terá validade de até 3 anos.

Cada acordo de colaboração será implementado a partir de termos de cooperação vinculados a planos de trabalho descrevendo os produtos especificados para as parcerias com o FNDE.

A habilitação da instituição e o acordo de colaboração não implicam obrigatoriedade de firmar termo de cooperação, cuja celebração dependerá da necessidade e da conveniência da CGPAE/FNDE.

8 DO CENTRO COLABORADOR EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR

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14 8.1 DOS DEVERES DO CECANE

O CECANE deverá:

I. encaminhar ao FNDE, para aprovação, o plano de trabalho, conforme modelo estabelecido por este;

II. manter as metodologias definidas pelo FNDE e cumprir os objetivos e as metas definidos no plano de trabalho;

III. enviar relatório parcial ao FNDE, a cada seis meses a contar do recebimento do crédito orçamentário, e o relatório final, até 60 (sessenta) dias após o término do prazo estabelecido no termo para execução das ações.

IV. encaminhar informações adicionais, durante a execução das atividades ou após o seu término, quando solicitado pelo FNDE, com vistas ao acompanhamento das parcerias desenvolvidas e das ações implementadas;

V. garantir a segurança e a guarda de toda a documentação pertinente ao CECANE; e

VI. garantir a qualidade dos dados coletados/produzidos pelo CECANE.

8.2 DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O CECANE contará com a seguinte estrutura:

I. Equipe de Gestão: composta pelo Coordenador de Gestão; e, caso necessário, pelo subcoordenador de pesquisa; subcoordenador de extensão e subcoordenador de ensino, definidos no plano de trabalho.

II. Equipe técnica: composta por assistente técnico-administrativo e agentes do PNAE. O CECANE poderá contratar estagiários para o apoio das atividades e para o auxílio técnico-administrativo.

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15 8.2.1 Coordenador de Gestão

O Coordenador de Gestão será professor pertencente ao quadro da instituição de ensino e terá como competência coordenar, acompanhar e supervisionar todas as atividades do CECANE e terá as seguintes atribuições:

I. planejar, coordenar, controlar e prestar contas ao FNDE das atividades referentes aos produtos constantes do plano de trabalho;

II. constituir a equipe do CECANE com base no plano de trabalho a ser executado; III. coordenar os projetos aprovados pelo FNDE;

IV. promover a interlocução com o FNDE e demais parceiros;

V. participar, representar ou delegar a participação em reuniões quando solicitado pela CGPAE/FNDE;

VI. acompanhar a execução dos produtos acordados em termos de cooperação com as instâncias responsáveis;

VII. responsabilizar-se pelo envio dos produtos ao FNDE;

VIII. definir um subcoordenador ou representante para substituí-lo em sua ausência; e

IX. participar da divulgação do PNAE nacional e/ou internacionalmente e apoiar a execução do programa em outros países, desde que designado pela CGPAE/FNDE.

8.2.2 Subcoordenador

O Subcoordenador, quando houver, será substituto do Coordenador de Gestão e professor pertencente ao quadro da instituição de ensino e terá como competência coordenar, acompanhar e supervisionar o desenvolvimento de todos os projetos sob sua coordenação, com as seguintes atribuições:

I. apoiar técnica e administrativamente a coordenação de gestão no desenvolvimento do plano de trabalho;

II. apresentar projetos sob sua responsabilidade para apreciação da equipe do Centro Colaborador;

III. gerenciar planos de trabalho e ações no âmbito de sua subcoordenação; IV. apoiar o coordenador no planejamento dos produtos;

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16 VI. responsabilizar-se pela execução dos produtos e prestar contas, por meio de

relatórios, ao Coordenador-Geral; e

VII. responsabilizar-se pela equipe sob sua coordenação.

8.2.3 Assessoria Técnico-Administrativa

A Assessoria Técnico-Administrativa será designada pela Coordenação de Gestão do CECANE e terá as seguintes atribuições:

I. assessorar técnica e administrativamente a equipe do CECANE e a coordenação de gestão no desenvolvimento do plano de trabalho;

II. administrar a operacionalização e a execução do plano de trabalho e projetos deliberados e definidos pela equipe do CECANE;

III. apoiar o planejamento, o desenvolvimento e todo o trâmite administrativo dos produtos junto à equipe do CECANE;

IV. participar das atividades de formação propostas pelas Instituições Parceiras; V. responsabilizar-se, junto ao Coordenador de Gestão, pela prestação de contas; VI. articular e administrar a relação com a coexecutora(s), quando houver;

VII. promover a interlocução entre o Coordenador de Gestão e os Agentes do CECANE; e

VIII. planejar, organizar e executar os serviços administrativos, bem como responsabilizar-se pela documentação.

8.2.4 Agentes do CECANE

Os Agentes do CECANE deverão participar das atividades de ensino, pesquisa e extensão, podendo ter, dentre outras, as seguintes atribuições:

I. planejar, organizar e executar os projetos de capacitação dos diversos atores envolvidos com o PNAE, sob a coordenação do coordenador de gestão/subcoordenador;

II. elaborar os materiais didático-pedagógicos para o desenvolvimento dos projetos;

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17 V. apoiar e acompanhar a organização de eventos que envolvam as áreas de

interesse prioritário do PNAE nas formas de atuação previstas;

VI. acompanhar e/ou desenvolver metodologias nas linhas de colaboração previstas no item 11 deste Manual; e

VII. supervisionar, orientar e avaliar as atividades de estagiários.

9 DA UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA

A Unidade Acadêmica Especializada (UAE) consiste em uma estrutura específica das IFES voltada para um projeto nas áreas de interesse prioritário do PNAE nas formas de atuação previstas.

9.1 DEVERES DA UAE A UAE deverá:

I. encaminhar ao FNDE, para aprovação, o plano de trabalho, conforme modelo estabelecido por este;

II. manter as metodologias definidas pelo FNDE e cumprir os objetivos e as metas definidos no plano de trabalho;

III. enviar relatório parcial ao FNDE, a cada seis meses a contar do recebimento do crédito orçamentário, e o relatório final, até 60 (sessenta) dias após o término do prazo estabelecido no termo para execução das ações;

IV. encaminhar informações adicionais, durante a execução das atividades ou após o seu término, quando solicitado pelo FNDE, com vistas ao acompanhamento das parcerias desenvolvidas e das ações implementadas;

V. garantir a segurança e a guarda de toda a documentação pertinente à UAE; e VI. garantir a qualidade dos dados coletados/produzidos pela UAE.

9.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

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18 10 DA SELEÇÃO DA INSTITUIÇÃO PARCEIRA

O FNDE selecionará as IFES habilitadas de acordo com a sua necessidade e com as demandas das suas áreas internas, não estando obrigado, portanto, a firmar termo de cooperação com todas as IFES habilitadas.

Demais critérios de seleção serão descritos em Notas Técnicas, quando necessário.

11 DAS LINHAS DE COLABORAÇÃO

As instituições deverão apresentar manifestação de interesse em pelo menos uma das seguintes linhas de colaboração: pesquisa, ensino e extensão.

12 DAS ÁREAS DE INTERESSE PRIORITÁRIO DO FNDE

As áreas de interesse prioritário do FNDE para as parcerias, sem prejuízo de outras que venham a ser incluídas, são as seguintes:

a) segurança alimentar e nutricional; b) educação alimentar e nutricional;

c) agricultura familiar, agroecologia e desenvolvimento rural sustentável;

d) integração de políticas públicas de saúde, alimentação e nutrição, agricultura, educação e segurança alimentar e nutricional;

e) gestão da política pública de alimentação do escolar; f) monitoramento e avaliação da alimentação escolar; g) controle social da política pública de alimentação escolar;

h) alimentação escolar para povos indígenas e comunidades quilombolas; i) direito humano à alimentação adequada.

13 DAS FORMAS DE ATUAÇÃO

As formas de atuação consideradas prioritárias para a colaboração, sem prejuízo das demais áreas relacionadas ao PNAE, são as seguintes:

I. formação de gestores, conselheiros, nutricionistas, coordenadores pedagógicos, professores, agricultores familiares e outros agentes;

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19 IV. apoio técnico ao FNDE;

V. cooperação internacional.

14 DO PLANO DE TRABALHO

Os planos de trabalho serão submetidos à aprovação da CGPAE e deverão estar em conformidade com o acordo de colaboração.

Cada produto especificado no plano de trabalho deverá apresentar descrição e justificativa, objetivos geral e específicos, metas, metodologia, cronograma, plano de aplicação de recursos financeiros e indicar o responsável técnico da instituição parceira.

Os planos de trabalho devem informar o coordenador de gestão e especificar as despesas administrativas e os demais custos para o desenvolvimento das atividades.

Os recursos serão oriundos do FNDE, sujeitos à disponibilidade orçamentária e financeira do órgão.

15 DA AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS DE PLANOS DE TRABALHO

As propostas de planos de trabalho serão avaliadas pelas áreas demandantes da CGPAE, que poderão solicitar auxilio de um Comitê ad hoc, constituído por professores com atuação em ensino, extensão e pesquisa.

16 DO TERMO DE COOPERAÇÃO

Após a seleção dos planos de trabalho das IFES, o FNDE publicará quais Instituições poderão firmar a parceria, por meio da assinatura do termo de cooperação, cuja formalização estará condicionada à conveniência e necessidade do FNDE.

17 DO ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

Os produtos desenvolvidos no âmbito das parcerias serão acompanhados pela CGPAE à distância e por visitas.

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20 No caso de execução inferior a um ano, o relatório parcial deverá ser encaminhado na metade da execução do projeto.

As Instituições deverão apresentar relatório final de cumprimento do projeto, até sessenta dias após o término de prazo estabelecido no termo para a execução das ações.

18 DA ALTERAÇÃO DE PRODUTOS E PRORROGAÇÃO DE PRAZO

A solicitação de prorrogação de prazo deverá ser encaminhada à CGPAE, em até quinze dias antes do término previsto no termo de cooperação, e, caso seja aprovada, será emitido parecer de prorrogação.

Considera-se alteração dos produtos aquela que possa descaracterizar e comprometer o alcance dos objetivos inicialmente planejados.

É vedada a alteração dos produtos pactuados em plano de trabalho, bem como os métodos de sua execução, salvo situações extremas que inviabilizem a execução do projeto. Nesse caso, o CECANE deverá encaminhar à CGPAE uma solicitação de alteração com a justificativa da inviabilidade do projeto original e a nova proposta que deverá observar o planejamento orçamentário.

O FNDE poderá solicitar ao CECANE, de comum acordo entre as partes e respeitando a forma de execução adotada, que elabore pareceres técnicos, execute serviços e/ou elabore produtos não previstos no plano de trabalho.

19 DO NÃO CUMPRIMENTO DO PROJETO

O projeto proposto deverá ser cumprido de acordo com o objeto, o objetivo, a meta e a metodologia, período e abrangência definidos no termo de cooperação e no plano de trabalho.

Nos casos de cumprimento parcial ou descumprimento do objeto, caberá à CGPAE: I. notificar a IFES solicitando justificativa quanto ao cumprimento parcial ou

descumprimento;

II. solicitar devolução de recursos caso a justificativa não seja aceita; e

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21 20 DAS PUBLICAÇÕES

Toda e qualquer divulgação e publicação de produtos ou parte deles deverá ser submetida à apreciação da CGPAE, que analisará os resumos, artigos, cartilhas e outros produtos desenvolvidos pelas Instituições Parceiras e emitirá a autorização para a publicação.

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22 BASE LEGAL

BRASIL. Emenda Constitucional nº 64, de 4 de fevereiro de 2010. BRASIL. Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009.

BRASIL. Medida Provisória nº 1.979-19, de 2 de junho de 2000. BRASIL. Medida Provisória nº 2.178-36, de 24 de agosto de 2001. BRASIL. Medida Provisória nº 455, de 28 de janeiro de 2009.

CONSELHO FEDERAL DE NUTRICÃO. Resolução CFN nº 465, de 23 de agosto de 2010.

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Resolução CD/FNDE nº 38, de 16 de julho de 2009.

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Resolução CD/FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013.

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Resolução CD/FNDE nº 28, 27 de junho de 2013.

MINISTÉRIO DA SAÚDE; MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Portaria Interministerial MS/MEC nº 1.010, de 8 de maio de 2006.

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