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andrezarairisrodrigues

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Academic year: 2021

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(1)Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF ˆncias Exatas – ICE Instituto de Cie Departamento de F´ısica – DF. Disserta¸ca˜o de Mestrado. Renormaliza¸c˜ ao em Modelos de Yukawa sem e com Campo Escalar Axial. Andreza Rairis Rodrigues. Juiz de Fora–MG, Brasil 2019.

(2) Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF ˆncias Exatas – ICE Instituto de Cie Departamento de F´ısica – DF. Disserta¸ca˜o de Mestrado. Renormaliza¸c˜ ao em Modelos de Yukawa sem e com Campo Escalar Axial. Autora: Andreza Rairis Rodrigues. Orientador: Ilya Lvovich Shapiro. Disserta¸c˜ao de mestrado submetida ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em F´ısica da Universidade Federal de Juiz de Fora–UFJF como parte dos requisitos necess´arios para a obten¸c˜ao do grau de Mestre em F´ısica.. Juiz de Fora–MG, Brasil 2019.

(3) i. Dedico este trabalho ` a minha fam´ ılia que sempre me apoiou..

(4) ii. Agradecimentos Meus sinceros agradecimentos, • a Deus e toda minha fam´ılia, principalmente aos meus pais, por estarem sempre ao meu lado e me apoiarem durante meu percurso; • ao meu orientador Prof. Dr. Ilya L. Shapiro pela sugest˜ao do tema deste trabalho e por todo conhecimento transmitido; • ao Prof. Iosef L. Buchbinder pelos ensinamentos; • aos colaboradores Vitor F. Barra e Jarme G. Joaquim por contribuirem para realiza¸ca˜o deste trabalho; • a todos os meus amigos que me acompanharam durante o mestrado; • a` CAPES pelo apoio ao meu projeto de mestrado..

(5) iii. Resumo N´os exploramos as propriedades cl´assicas e quˆanticas de um campo escalar est´eril acoplado a N c´opias de f´ermions de Dirac submetido a um campo gravitacional externo em dois modelos diferentes. Descobrimos que o potencial escalar de auto-intera¸ca˜o de um modelo que ´e consistente no n´ıvel quˆantico, inclui potˆencias ´ımpares (primeira e terceira) de um escalar. Em particular, ´e preciso considerar, al´em do acoplamento n˜ao-m´ınimo padr˜ao ξϕ2 R, um novo tipo de acoplamento da forma f ϕR com o novo parˆametro n˜ao-m´ınimo f . Estudamos a renormaliza¸ca˜o a um loop de tal teoria incluindo o novo acoplamento n˜ao-m´ınimo. Al´em disso, calculamos o potencial efetivo a um loop para o modelo com escalar est´eril usando o m´etodo do grupo de renormaliza¸ca˜o e mostramos como a an´alise do grupo de renormaliza¸ca˜o deve ser estendida em compara¸c˜ao com a express˜ao padr˜ao que foi derivada na d´ecada de 1980. Esta conclus˜ao ´e apoiada pelo c´alculo direto do potencial efetivo usando coordenadas normais de Riemann e regulariza¸ca˜o cut-off covariante. As caracter´ısticas importantes da teoria cl´assica com um escalar est´eril est˜ao relacionadas a` presen¸ca de termos qualitativamente novos na a¸ca˜o induzida da gravidade, provenientes dos termos ´ımpares. Palavras chaves : Renormaliza¸ca˜o; modelo de Yukawa; espa¸co curvo. ´ Areas do conhecimento : Teoria Quˆantica de Campos em espa¸co-tempo curvo; Gravita¸c˜ao..

(6) iv. Abstract We explore the classical and quantum properties of a sterile scalar field coupled to N copies of Dirac fermions in an external gravitational field in two different models. We find that the self-interaction scalar potential of a model that is consistent at the quantum level, includes odd (first and third) powers of a scalar. In particular, one has to consider, besides the standard non-minimal coupling of the form ξϕ2 R, the new type of non-minimal coupling of the form f ϕR with new non-minimal parameter f . We study the one-loop renormalization of such a theory including renormalization of the new non-minimal coupling. Also, we calculate the one-loop effective potential for the sterile scalar model using the renormalization group method and show how the renormalization group analysis should be extended, compared to the standard expression which was derived in 1980-ies. This conclusion is supported by the direct calculation of effective potential using normal coordinates and covariant cut-off regularization. The important features of the classical theory with a sterile scalar are related to the presence of the qualitatively new terms in the induced action of gravity, coming from the odd terms. Keywords : Renormalization; Yukawa model; curved space..

(7) Conte´ udo Resumo. iii. Abstract. iv. Conte´ udo. v. Nota¸c˜ ao e conven¸c˜ oes. vii. Introdu¸c˜ ao. 1. 1 O papel da a¸c˜ ao efetiva em Teoria Quˆ antica de Campos. 4. 1.1. Funcional gerador das Fun¸c˜oes de Green . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4. 1.2. Expans˜ao em loops da a¸ca˜o efetiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 6. 1.3. M´etodo de Schwinger-DeWitt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 8. 1.4. Equa¸co˜es do Grupo de Renormaliza¸ca˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 11. 2 Renormaliza¸c˜ ao do Modelo de Yukawa com um u ´ nico escalar est´ eril. 3. 2.1. Modelo de Yukawa com escalar est´eril e divergˆencias a um loop. 2.2. Renormaliza¸c˜ao no espa¸co-tempo curvo. 2.3. C´alculo do Potencial Efetivo. 14. . . . . . . .. 14. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 18. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 19. 2.3.1. C´alculo via Grupo de Renormaliza¸ca˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 19. 2.3.2. C´alculo via Coordenadas Normais de Riemann . . . . . . . . . . . . .. 24. Renormaliza¸c˜ ao para o caso com dois campos escalares sendo um deles axial. 32. 3.1. Modelo com dois escalares e divergˆencias a 1-loop . . . . . . . . . . . . . . .. 32. 3.2. Parˆametros de Renormaliza¸c˜ao. 37. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v.

(8) vi 3.3. C´alculo das Fun¸co˜es Beta e Gama. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 38. Conclus˜ ao. 40. Bibliografia. 41.

(9) vii. Nota¸ c˜ ao e conven¸ c˜ oes. Vamos definir algumas nota¸c˜oes e conven¸co˜es que utilizaremos neste trabalho. O objetivo aqui, n˜ao ´e fazer demonstra¸co˜es e sim apresentar as grandezas b´asicas da teoria. Partimos da defini¸ca˜o de intervalo entre dois eventos no espa¸co-tempo, ds2 = dxµ dxµ = ηµν dxµ dxν = c2 dt2 − dx2 − dy 2 − dz 2 ,. (1). onde xµ = (x0 , x1 , x2 , x3 ) = (ct, x, y, z), ηµν = diag(1, −1, −1, −1) ´e a m´etrica de Minkowski e c ´e a velocidade da luz no v´acuo. Esse intervalo deve ser invariante perante transforma¸co˜es de Lorentz. Para os operadores diferenciais, temos a seguinte nota¸ca˜o condensada 1 ∂ ∂ ∂ ∂  1 ∂  ∂ ∂µ = = (∂0 , ∂1 , ∂2 , ∂3 ) = , , , = ,∇ , ∂xµ c ∂t ∂x ∂y ∂z c ∂t e, por consequˆencia, o operador D’Alembertiano pode ser escrito como 2 ≡ ∂ µ ∂µ =. 1 ∂2 − ∆. c2 ∂t2. (2). Outra nota¸ca˜o condensada utilizada no texto deste trabalho se refere a` integral no espa¸co quadridimensional, escrita como Z Z Z 4 dx ≡ d x = dx0 dx1 dx2 dx3 .. (3). Tamb´em utilizamos o sistema natural de unidades, onde c = ~ = 1, a n˜ao ser onde ´e dito o contr´ario, como na se¸ca˜o 1.2 onde recuperamos a dependˆencia de ~ do funcional gerador das fun¸co˜es de Green para realizarmos a expans˜ao em loops da a¸c˜ao efetiva. No espa¸co-tempo curvo, a m´etrica plana de Minkoski ´e substituida por uma m´etrica abitr´aria gµν e para que a covariˆancia se mantenha, a derivada parcial ´e substituida pela derivada covariante ∂µ → ∇µ e um fator de. √. −g ´e acrescido ao integrando, onde g ´e o determinante da m´etrica gµν ..

(10) 1. Introdu¸ c˜ ao. O campo escalar u ´nico do Modelo Padr˜ao M´ınimo (MPM) da f´ısica de part´ıculas ´e o b´oson de Higgs, que ´e complexo e pertence a` representa¸ca˜o fundamental do grupo SU (2). As extens˜oes n˜ao-m´ınimas do MP, como a vers˜ao supersim´etrica, das Teorias da Grande Unifica¸ca˜o, normalmente tˆem um setor escalar maior, mas os novos escalares s˜ao sempre representa¸c˜oes do grupo de simetria do modelo de f´ısica de part´ıculas correspondente. A consistˆencia de tais modelos com rela¸ca˜o a`s exigˆencias da teoria quˆantica de campos ´e a principal ferramenta para restringir as extens˜oes do MPM e, em particular, o setor escalar. Ao mesmo tempo, existem outros tipos de campos escalares que s˜ao intensivamente usados na cosmologia. Tanto o inflaton quanto a quintessˆencia s˜ao escalares reais que n˜ao est˜ao relacionados as representa¸c˜oes do grupo de simetria da f´ısica de part´ıculas e podem ser chamados de escalares est´ereis. O termo est´eril ´e usado para o quarto neutrino que n˜ao pertence a representa¸c˜ao do grupo SU (2) e esta ´e a primeira vez que utilizou-se esse termo para se referir a campos escalares. Uma quest˜ao interessante diz respeito a`s restri¸co˜es que podem ser impostas na teoria quˆantica sobre o potencial de auto-intera¸c˜ao de tal campo escalar. Uma realiza¸c˜ao pr´atica deste procedimento requer assumir a forma da intera¸ca˜o entre as part´ıculas elementares e escalares est´ereis. No presente trabalho consideramos a vers˜ao mais simples poss´ıvel de tal intera¸c˜ao, ou seja, utilizamos um escalar est´eril acoplado a N c´opias do f´ermion massivo de Dirac atrav´es da intera¸c˜ao de Yukawa. Consideramos tamb´em um segundo modelo com termos extras onde a intera¸c˜ao acontece entre um campo escalar axial e os campos fermiˆonicos de Dirac. ´ bem conhecido que a renormaliza¸c˜ao multiplicativa de um campo escalar no espa¸coE tempo curvo requer a introdu¸ca˜o do acoplamento n˜ao-m´ınimo entre o campo escalar e a gravidade na forma ξϕ2 R. No entanto, se o potencial cl´assico do campo escalar incluir o termo ϕ3 , pode-se esperar que a teoria renormalizada deva incluir o novo tipo de acoplamento n˜ao-m´ınimo proporcional a ϕR, com o novo parˆametro n˜ao-m´ınimo. Assim, chegamos ao problema de descrever a estrutura quˆantica da teoria com um escalar est´eril. O objetivo deste trabalho ´e considerar os principais aspectos desse problema, como o grupo de renormaliza¸c˜ao..

(11) 2 At´e onde sabemos, esses assuntos ainda n˜ao foram estudados na literatura. Para estudar os novos aspectos mencionados acima, come¸camos usando a abordagem do heat kernel padr˜ao para derivar as divergˆencias a um loop no modelo para o espa¸cotempo curvo. Como resultado desse c´alculo, chegamos a` forma m´ınima de um potencial de auto-intera¸c˜ao consistente que fornece a renormaliza¸ca˜o multiplicativa do modelo. A nova caracter´ıstica deste potencial em compara¸ca˜o com um escalar usual (por exemplo, Higgs) ´e a presen¸ca da primeira e terceira potˆencia do campo escalar no potencial cl´assico. Notamos que nos c´alculos anteriores para divergˆencias semelhantes realizados nas Refs. [1, 2, 3, 4] a presen¸ca desses termos foi reconhecida, mas as consequˆencias desse aspecto da teoria n˜ao foram suficientemente exploradas. Outro aspecto interessante do escalar est´eril acoplado a f´ermions atrav´es da intera¸ca˜o de Yukawa ´e o poss´ıvel papel dos termos ´ımpares na infla¸ca˜o. Do lado formal da Teoria Quˆantica de Campos (TQC), o problema desafiador ´e como levar em conta o grupo de renormaliza¸c˜ao para os termos ´ımpares, especialmente quando se trata da deriva¸ca˜o baseada no grupo de renormaliza¸ca˜o do potencial efetivo. A express˜ao padr˜ao para o potencial efetivo advinda da equa¸ca˜o do grupo de renormaliza¸c˜ao para a¸c˜ao efetiva no espa¸co curvo [6] (ver tamb´em desenvolvimento adicional do m´etodo do grupo de renormaliza¸ca˜o, aplicado para outros setores da a¸c˜ao efetiva em [7]) ´e v´alida apenas para a teoria onde as divergˆencias tˆem a segunda e quarta potˆencia do campo escalar. O potencial efetivo no modelo com intera¸ca˜o de Yukawa foi calculado recentemente em [3, 4] para o caso especial de f´ermions sem massa, quando os termos ´ımpares no potencial escalar n˜ao s˜ao necess´arios e as contribui¸co˜es em loop para o potencial podem ser derivadas com base nas express˜oes gerais padr˜ao no espa¸co-tempo plano [8] e curvo [6, 2]. Se os f´ermions s˜ao massivos e existem termos ´ımpares, estes resultados padr˜oes s˜ao incompletos e a deriva¸c˜ao do grupo de renormaliza¸ca˜o do potencial efetivo deve ser modificada de alguma forma. Como de costume (veja a discuss˜ao em [10]), a deriva¸ca˜o do grupo de renormaliza¸ca˜o ´e baseada na identifica¸c˜ao do parˆametro de renormaliza¸ca˜o µ, que permite facilmente ir al´em da aproxima¸ca˜o do potencial local [7, 2]. Por outro lado, tal identifica¸c˜ao representa um pressuposto, que ´e sempre bom verificar, pelo menos no caso mais simples de potencial efetivo. Assim, a fim de obter uma verifica¸c˜ao adicional do resultado completo, realizamos a deriva¸c˜ao do potencial efetivo para um escalar est´eril diretamente, usando o m´etodo que foi desenvolvido recentemente em [10] com base nas coordenadas normais de Riemann e na.

(12) 3 representa¸c˜ao do momento local [11, 14]. A disserta¸c˜ao est´a organizado da seguinte forma. No primeiro cap´ıtulo descrevemos resumidamente alguns m´etodos que foram utilizados no desenvolvimente deste trabalho, como a expans˜ao em loops e o m´etodo de Schwinger-DeWitt. No segundo cap´ıtulo, retratamos a deriva¸c˜ao das divergˆencias a um loop no modelo com um escalar est´eril acoplado a N c´opias de f´ermion. Calculamos as fun¸c˜oes beta e gama, e o potencial efetivo a um loop restaurado do grupo de renormaliza¸ca˜o. No terceiro cap´ıtulo apresentamos as divergˆencias a um loop para o modelo com um campo escalar axial e um escalar est´eril, ambos acoplados a N f´ermions. Determinamos as fun¸co˜es beta e gama e calculamos os parˆametros renormalizados. E por u ´ltimo, tiramos nossas conclus˜oes e discutimos as perspectivas de trabalhos futuros..

(13) Cap´ıtulo 1 O papel da a¸ c˜ ao efetiva em Teoria Quˆ antica de Campos Neste cap´ıtulo faremos uma breve revis˜ao sobre o papel da a¸c˜ao efetiva na Teoria Quˆantica de Campos. Devemos lembrar que a a¸ca˜o efetiva ´e um objeto fundamental na constru¸c˜ao da TQC [2, 24, 25], pois ela representa a generaliza¸c˜ao da a¸ca˜o cl´assica para o espa¸co-tempo curvo e ´e um funcional gerador das fun¸c˜oes de correla¸ca˜o conectadas, como ser´a mostrado mais adiante. Atrav´es das fun¸co˜es de correla¸c˜ao conectadas podemos determinar qualquer outra fun¸c˜ao de correla¸ca˜o. Al´em disso, podemos descrever fenˆomenos f´ısicos de uma determinada teoria quˆantica. Na se¸ca˜o 1.1 vamos reproduzir o funcional gerador das fun¸co˜es de Green e encontrar a rela¸ca˜o para a¸ca˜o efetiva. Em 1.2 faremos a expans˜ao da a¸ca˜o efetiva em termos dos loops. Nas se¸c˜oes 1.3 e 1.4 mostraremos resumidamente o m´etodo de Schwinger-DeWitt e as equa¸co˜es do grupo de renormaliza¸c˜ao para derivar o potencial efetivo, respectivamente.. 1.1. Funcional gerador das Fun¸ c˜ oes de Green. Considere uma a¸c˜ao inicial S(ϕ), para o campo escalar ϕ(x) tal que Z n1h i o µν 2 2 S(ϕ) = dx η ∂µ ϕ∂ν ϕ + m ϕ + V (ϕ) , 2. 4. (1.1).

(14) 5 onde V (ϕ) ´e um potencial arbitr´ario. Podemos escrever o funcional gerador das fun¸co˜es de Green como Z Z[J] =. Dϕ exp{i(S[ϕ] + ϕJ)},. (1.2). onde Z ϕJ =. dx ϕ(x)J(x). (1.3). ´e a nota¸ca˜o condensada de DeWitt para o produto de dois campos [24] e J(x) ´e a fonte externa do campo escalar ϕ(x). Podemos expressar a fun¸ca˜o de Green de n pontos como uma integral funcional [12]. ϕ(x1 )ϕ(x2 ) · · · ϕ(xn ) R Dϕ ϕ(x1 )ϕ(x2 ) · · · ϕ(xn )eiS[ϕ] R = , Dϕ eiS[ϕ]. Gn (x1 , x2 , · · · , xn ) =. (1.4). de modo que as fun¸co˜es de Green possam ser obtidas atrav´es da n-´esima varia¸ca˜o funcional de Z[J] em rela¸c˜ao a J(x),

(15) 1 δ n Z[J]

(16) Gn (x1 , x2 , · · · , xn ) = n

(17) . i Z[J] δJ(x1 )δJ(x2 ) · · · δJ(xn ) J=0. (1.5). Podemos ent˜ao, definir o funcional gerador das fun¸co˜es de Green conectadas W [J], como eiW [J] = Z[J].. (1.6). Desta forma, as fun¸co˜es de Green conectas, Gc (x1 , x2 , ..., xn ), podem ser descritas como derivadas variacionais Gc (x1 , x2 , · · · , xn ) =. δ n W [J] . δiJ(x1 )δiJ(x2 ) · · · δiJ(xn ). Introduzindo a defini¸c˜ao de campo m´edio atrav´es da rela¸ca˜o R. Dϕ ϕ(x)ei(S[ϕ]+ϕJ). δW [J] 1 δZ[J] = = R ≡ ϕ(x|J) , δJ(x) Z[J] δiJ(x) Dϕ ei(S[ϕ]+ϕJ). onde faremos ϕ(x|J) = φ(x|J). Ou seja, φ(x|J) =. δW [J] . δJ(x). (1.7). (1.8). (1.9). Sendo que esta equa¸c˜ao deve ser resolvida de tal forma que o campo m´edio seja um funcional da fonte externa J(x)..

(18) 6 Finalmente, atrav´es da transforma¸c˜ao de Legendre podemos definir um funcional que depende do campo de fundo chamado de a¸ca˜o efetiva [2] 

(19) Γ[φ] = W [J] − φJ

(20) J=J(x|φ) .. (1.10). Para a a¸c˜ao cl´assica que cont´em um termo de intera¸ca˜o entre o campo ϕ e a fonte externa, a equa¸ca˜o de movimento ´e δS[ϕ] = −J(x). δϕ(x). (1.11). Da mesma forma podemos derivar a equa¸ca˜o de movimento para a a¸c˜ao efetiva, basta variar Γ[φ] com respeito ao campo de fundo em ambos os lados de (1.10). Logo, δW [J] δJ δJ δΓ[φ] = −J −φ . δφ δJ δφ δφ. (1.12). Substituindo a equa¸c˜ao (1.9) em (1.12), temos δΓ[φ] = −J(x). δφ(x). (1.13). Assim, vemos que Γ[φ] na teoria quˆantica equivale a S[ϕ] na teoria cl´assica. Aqui apresentamos apenas uma discuss˜ao breve, para mais detalhes ver a referˆencia [2].. 1.2. Expans˜ ao em loops da a¸ c˜ ao efetiva. Tendo em vista as equa¸c˜oes (1.2) e (1.6), vamos considerar o funcional gerador das fun¸c˜oes de Green da seguinte forma Z[J] = exp. ni. o. W [J] =. ~. Z Dϕ exp. ni. o (S[ϕ] + ϕJ) .. (1.14). ~. A quantidade ~, que antes consideramos como unidade, foi recuperada para ser usada como um parˆametro de expans˜ao em loops. Vamos incluir a a¸c˜ao efetiva atrav´es da equa¸c˜ao (1.10) ni o Z ni o exp (Γ[φ] + φJ) = Dϕ exp (S[ϕ] + ϕJ) . ~ ~. (1.15). Fazendo a seguinte mudan¸ca de vari´avel ϕ → ϕ + φ, onde φ ´e o campo de fundo e usando a equa¸ca˜o de movimento (1.13), temos ni o Z ni o exp Γ[φ] + φJ = Dϕ exp S[ϕ + φ] + (ϕ + φ)J . ~ ~. (1.16).

(21) 7 Ou seja, exp. ni. o. Γ[φ] =. Z Dϕ exp. ~. ni δΓ[φ] o S[ϕ + φ] − ϕ . ~ δφ. (1.17). Agora, expandindo a a¸c˜ao cl´assica escrita em termos do campo de fundo, S[ϕ + φ], em uma s´erie de Taylor funcional no campo φ(x), Z ∞ X 1 S[ϕ + φ] = S[φ] + dx1 · · · dxn Sn (x1 , · · · , xn |φ)ϕ(x1 ) · · · ϕ(xn ), n! n=1. (1.18). onde Sn (x1 , · · · , xn |φ) =. δ n S[φ] δφ(x1 ) · · · δφ(xn ). (1.19). s˜ao as fun¸co˜es cl´assicas do v´ertice que dependem do campo de fundo. Para simplificar, consideramos a nota¸c˜ao condensada de DeWitt, onde Z dx1 · · · dxn S(x1 , · · · , xn |φ)ϕ(x1 ) · · · ϕ(xn ) ≡ Sn [φ]ϕn. (1.20). e δΓ[φ] ≡ Γ1 [φ]. δφ(x). (1.21). Logo, podemos reescrever a equa¸ca˜o (1.18) da seguinte forma ∞ X 1 S[ϕ + φ] = S[φ] + Sn [φ]ϕn . n! n=1. (1.22). Introduzindo a equa¸c˜ao (1.22) em (1.17) obtemos ∞ o Z nih ni X io 1 1 2 n Γ[φ] = Dϕ exp S[φ] + S2 [φ]ϕ + Sn [φ]ϕ − ϕ Γ1 [φ] − S1 [φ] . exp ~ ~ 2 n! n=3 (1.23) Fazendo agora a seguinte mudan¸ca ϕ → ~1/2 ϕ na integral funcional, temos Z n ∞ ni o nih X ~ ~2 2 exp Γ[φ] = Dϕ exp S[φ] + S2 [φ]ϕ + Sn [φ]ϕn ~ ~ 2 n! n=3 io 1 δ − ~2 ϕ Γ[φ] − S[φ] . δφ. (1.24). ´ de se esperar que a a¸ca˜o efetiva seja composta por um termo cl´assico S[φ] e uma E ¯ ¯ contribui¸c˜ao quˆantica Γ[φ]. Sendo assim, o funcional Γ[φ] deve conter todas as corre¸co˜es quˆanticas para a a¸ca˜o cl´assica e podemos expandi-lo em uma s´erie de potˆencias em ~ ¯ = Γ[φ]. ∞ X n=1. ¯ (n) [φ]. ~n Γ. (1.25).

(22) 8 Esta expans˜ao ´e conhecida como expans˜ao em loops, onde o parˆametro n representa o n´ umero de loops. Levando em conta (1.25) podemos reescrever a f´ormula (1.24) da seguinte maneira Z n ∞ ∞ n X o n h1 X ~ 2 −1 n−1 ¯ (n) 2 exp i ~ Γ [φ] = Dϕ exp i S2 [φ]ϕ + Sn [φ]ϕn 2 n! n=1 n=3 ∞ io X 1 ¯ (n) − ~− 2 +n ϕ Γ [φ] . (1.26) 1 n=1. O funcional presente na exponencial do lado direito da equa¸c˜ao (1.26) representa a a¸ca˜o de alguma teoria na qual o propagador ´e definido pelo termo quadr´atico 12 S2 [φ]ϕ2 e os termos de ordem superior retratam as intera¸c˜oes entre os campos. Al´em disso, a rela¸c˜ao (1.26) pode ser resolvida para primeira ordem em ~, onde obtemos   Z    1 (1) ¯ [φ] = Dϕ exp i S2 [φ]ϕ2 = Det S2 [φ] − 2 . exp iΓ (1.27) 2 Escrevendo a forma bilinear da a¸ca˜o ˆ H(x, y) = S2 [φ] =. δ 2 S[φ] , δφ(x)φ(y). (1.28). temos i ¯ (1) [φ] = i ln Det H[φ] ˆ ˆ Γ = sTr ln H[φ], 2 2. (1.29). onde sTr ´e o super tra¸co dado por sTr Aˆ =. Z dx str A(x, x),. (1.30). sendo A(x, x) = A(x, y)|y=x e A(x, y) ´e o n´ ucleo do operador Aˆ = A(x, y)δ(x − y) [2]. Usamos o super tra¸co, pois al´em dos campos escalares integramos campos fermiˆonicos. Desta forma, ˆ o c´alculo da a¸ca˜o efetiva se reduz a calcular os super tra¸cos do operador H. Todo o conte´ udo desta disserta¸c˜ao e do artigo [5], fruto deste trabalho, est´a baseado nos c´alculos da a¸ca˜o efetiva a 1-loop e portanto, usamos a equa¸ca˜o (1.29) para deriv´a-los.. 1.3. M´ etodo de Schwinger-DeWitt. Dentro da abordagem funcional da teoria quˆantica de campos temos a expans˜ao de heat kernel (n´ ucleo de calor) e o formalismo de campo de fundo, que s˜ao funcionais de fontes externas arbitr´arias ou o campo m´edio de uma configura¸c˜ao gen´erica (o campo de fundo)..

(23) 9 No entanto, ´e imposs´ıvel realizar o c´alculo exato dos efeitos quˆanticos em um campo de fundo gen´erico. Em 1937, Fock demonstrou ser poss´ıvel escrever as fun¸c˜oes de Green como integrais sobre uma vari´avel auxiliar, chamada tempo pr´oprio de um n´ ucleo, que satisfaz uma equa¸ca˜o de calor [27]. Assim, permitindo construir aproxima¸c˜oes que s˜ao v´alidas em campos de fundo gen´ericos. Schwinger ent˜ao constatou que a abordagem usada por Fock se aplicava no contexto da renormaliza¸ca˜o e da invariˆancia de calibre na teoria quˆantica de campos [23] e DeWitt estendeu o m´etodo para o espa¸co-tempo curvo [24]. Sendo assim, o m´etodo de Schwinger-DeWitt permite calcular a a¸ca˜o efetiva e sua parte divergente de forma covariante. Come¸caremos pela equa¸ca˜o que est´a correlacionada com as corre¸co˜es a 1-loop para a a¸ca˜o cl´assica ¯ (1) = i ln Det H ˆ = i Tr ln H, ˆ Γ 2 2. (1.31). ˆ normalmente depende da m´etrica e de outros campos de fundo. A onde o operador H integra¸c˜ao funcional ´e executada sobre o campo quˆantico, enquanto o campo de fundo desempenha o papel de parˆametro externo na integra¸ca˜o (campo cl´assico). Considerando a varia¸c˜ao da a¸ca˜o efetiva a 1-loop em rela¸ca˜o aos parˆametros externos como ¯ (1) = i δ Tr ln H ˆ = i Tr H ˆ −1 δ H. ˆ δΓ 2 2 ˆ −1 admite a representa¸ca˜o de integral sobre o tempo pr´oprio (s) O operador H Z ∞ ˆ −1 ˆ ds e−isH . H =i. (1.32). (1.33). 0. Logo, 1 ˆ − Tr δ H 2. Z. ∞. ˆ −isH. ds e 0. i = − Tr δ 2. Z 0. ∞. ds −isHˆ e . s. (1.34). ¯ (1) ´e dado por Assim, o funcional Γ ¯ (1) = cte − i Tr Γ 2. Z 0. ∞. ds ˆ U (x, x0 ; s), s. (1.35). onde a constante n˜ao ´e relevante e Uˆ (x, x0 ; s) ´e chamada de heat kernel e pode ser escrita como ˆ Uˆ (x, x0 ; s) = e−isH .. (1.36).

(24) 10 Esse operador deve satisfazer a equa¸c˜ao de Schr¨odinger, i. ∂ Uˆ (x, x0 ; s) ˆ Uˆ (x, x0 ; s) = −H ∂s. (1.37). com a condi¸ca˜o inicial Uˆ (x, x0 ; 0) = δ(x, x0 ). Restringimos ent˜ao, o c´alculo da a¸ca˜o efetiva a ˆ como resolu¸ca˜o da equa¸c˜ao diferencial (1.37). Uma vez que podemos escrever o operador H ˆ = ˆ12 + Π, ˆ H. (1.38). ˆ podemos considerar a quantidade onde incluimos o parˆametro de massa no operador Π, Uˆ (x, x0 ; s) como um operador evolu¸ca˜o, sendo conveniente escrevˆe-lo na forma da seguinte ansatz ˆ x0 ), Uˆ (x, x0 ; s) = Uˆ0 (x, x0 ; s)Ω(x,. (1.39). onde Uˆ0 (x, x0 ; s) = −.  iσ(x,x0 ) i  0 1/2 −im2 s 2s D(x, x ) e ω (4πs). (1.40). e ˆ x0 ) = Ω(x,. ∞ X. (is)k a ˆk (x, x0 ).. (1.41). k=0. [D(x, x0 )] ´e o determinante de Van Vleck-Morett [29], σ(x, x0 ) ´e uma fun¸ca˜o geral e a ˆk (x, x0 ) s˜ao os coeficientes de Schwinger-DeWitt. Observando a equa¸c˜ao (1.41) ´e poss´ıvel identificar que os coefientes a ˆk (x, x0 ) tˆem dimens˜ao de massa que cresce linearmente com o n´ umero k. Para os limites de coincidˆencia, temos Aˆk = lim a ˆk (x, x0 ) = a ˆk |. 0. (1.42). x →x. A determina¸c˜ao desses coeficientes n˜ao ´e simples e pode ser vista no trabalho de Barvinsky e Vilovisky [19]. No entanto, podemos substiruir a equa¸ca˜o (1.39) em (1.37), de modo que encontramos a seguinte rela¸ca˜o de recorrˆencia para a ˆk (x, x0 ) ˆa (k + 1)ˆ ak+1 + σ µ ∇µ a ˆk+1 ∆−1 2(∆1/2 a ˆk ) + Π ˆk ,. k = 1, 2, 3, · · · .. (1.43). Considerando o operador mais geral como [34] ˆ µ ∇µ + Π, ˆ = ˆ12 + 2h ˆ S2 = H. (1.44).

(25) 11 onde 2 = g µν ∇µ ∇ν , ˆ ˆµ + h ˆ µh ˆ µ. ˆ = Pˆ − 1 R + ∇µ h Π 6. (1.45). Podemos mostrar atrav´es das rela¸co˜es acima que ˆ ˆµ − h ˆ µh ˆ µ, ˆ + 1 R − ∇µ h Pˆ = Π 6 ˆ µ − ∇µ h ˆν + h ˆν h ˆµ − h ˆ µh ˆν . ˆ ˆ Sµν = 1[∇ν , ∇µ ] + ∇ν h. (1.46). Assim, para o limite de coincidˆencia, limx0 →x a ˆk (x, x0 ), temos os primeiros coeficientes obtidos a partir da f´ormula (1.43) a ˆ0 (x, x) = ˆ1,. (1.47). a ˆ1 (x, x) = Pˆ , ˆ1 1 1 2 1 2 2 (Rµναβ a ˆ2 (x, x) = − Rαβ . + 2R) + Pˆ 2 + (2Pˆ ) + Sˆµν 180 2 6 12. (1.48) (1.49). Finalmente, podemos encontrar a rela¸ca˜o final para a a¸c˜ao efetiva a 1-loop mediante a equa¸ca˜o (1.35) ¯ (1) = − i Tr Γ 2. Z 0. ∞. 1 ∞ ds D 2 (x, x0 ) iσ(x,x0 ) −im2 s X 2s (is)k a ˆk (x, x0 ). n e s (4πis) 2 k=0. (1.50). Um resultado relevante (para mais detalhes ver [19]) ´e que em n = 4 apenas os trˆes primeiros termos de (1.41) equivalem a parte divergente da a¸ca˜o efetiva. Al´em disso, a rela¸ca˜o para a parte divergente da a¸c˜ao efetiva, na regulariza¸c˜ao dimensional, deriva das divergˆencias logar´ıtmicas dadas por k = 2, tal que n−4 Z √ µ (1) ¯ =− Γ d4 x −g tr a ˆ2 (x, x), div . (1.51). onde  = (4π)2 (n − 4).. 1.4. Equa¸co ˜es do Grupo de Renormaliza¸ c˜ ao. Para mostrar como obter as Equa¸co˜es do Grupo de Renormaliza¸c˜ao no espa¸co-tempo curvo seguiremos as referˆencias [2, 12, 22, 26]. Come¸caremos relembrando os conceitos de renormaliza¸ca˜o e regulariza¸c˜ao [2]..

(26) 12 As fun¸c˜oes de correla¸c˜ao s˜ao normalmente determinadas por integrais divergentes no limite de momentos grandes. Por esse motivo, n˜ao ´e poss´ıvel obter informa¸c˜oes f´ısicas do sistema a partir delas. Por´em, podemos utilizar o processo de renormaliza¸c˜ao para cancelar as divergˆencias. Mas, devido a essas divergˆencias ´e necess´ario utilizar a regulariza¸c˜ao para que as integrais de trajet´oria divergentes passem a ter sentido f´ısico. A regulariza¸ca˜o se baseia em mudar a integral divergente para uma integral finita que depende de um parˆametro de regulariza¸ca˜o. Quando esse parˆametro tende a um determinado valor recuperamos a integral original. Um exemplo desse processo ´e a regulariza¸c˜ao dimensional que define toda a teoria em uma dimens˜ao n do espa¸co-tempo, sendo n o pr´oprio parˆametro de regulariza¸c˜ao. Considerando S0 [φ0 , p0 ] a a¸ca˜o da teoria fundamental (bare theory) e S[φ, p] a a¸ca˜o renormalizada podemos escrever os funcionais geradores das fun¸c˜oes de correla¸c˜ao para a teoria fundamental e renormalizada, Z exp{iW0 [J0 ]} =. Dφ0 exp{i(S0 [φ0 , p0 ] + φ0 J0 )},. (1.52). Z exp{iW [J]} =. Dφ exp{i(S[φ, p] + φJ)},. (1.53). onde φ0 e p0 s˜ao campos e parˆametros fundamentais, enquanto φ e p s˜ao renormalizados. Temos que φ0 e p0 est˜ao conectados com φ e p atrav´es das transforma¸c˜oes de renormaliza¸ca˜o e S0 [φ0 , p0 ] = S[φ, p] devido a renormaliza¸c˜ao multiplicativa. Fazendo a mudan¸ca de vari´avel 1. φ0 → Z12 φ em (1.52) obtemos que W0 [J0 ] = W [J]. Logo, 1. J = µ(n−4)/2 Z12 J0 .. (1.54). Agora, podemos encontrar a a¸c˜ao efetiva renormalizada atrav´es da transforma¸ca˜o de Legendre. Sendo o campo m´edio dado por φ0 =. 1 δW0 δW 12 (n−4)/2 = Z1 µ = µ(n−4)/2 Z12 φ, δJ0 δJ. (1.55). obtemos a a¸c˜ao efetiva 1. −1. Γ0 [φ0 ] = W0 [J0 ] − φ0 J0 = W [J] − φµ(n−4)/2 Z12 µ−(n−4)/2 Z1 2 J = Γ[φ],. (1.56). Γ0 [gαβ , φ0 , p0 , n] = Γ[gαβ , φ, p, µ, n],. (1.57). ou seja,.

(27) 13 onde escrevemos explicitamente os argumentos da a¸ca˜o efetiva fundamental e renormalizada. Deste modo, vemos que a a¸c˜ao renormalizada Γ possui um parˆametro µ que n˜ao aparece na a¸ca˜o fundamental Γ0 . Assim, podemos escrever µ. d Γ[gαβ , φ, p, µ, n] = 0. dµ. (1.58). Logo, Z h ∂ √ dφ(x) δ i dp ∂ n µ +µ + µ d x −g Γ[gαβ , φ, p, µ, n] = 0. ∂µ dµ ∂p dµ δφ(x). (1.59). dφ dp e µ dµ s˜ao calculados nos valores fixos p0 e φ0 e podem ser Lembrando que os termos µ dµ. escritos da seguinte forma, dp = βp (n), dµ. (1.60). dφ(x) = γ(n)φ(x), dµ. (1.61). µ. µ. onde a quantidade βp (n) ´e chamada de fun¸c˜ao beta e γ(n) de fun¸ca˜o gama. Usando essas nota¸co˜es podemos reescrever a equa¸c˜ao (1.59), Z h ∂ √ ∂ δ i n µ + βp (n) + γ(n) d x −g φ(x) Γ[gαβ , φ, p, µ, n] = 0. ∂µ ∂p δφ(x). (1.62). A rela¸ca˜o (1.62) ´e denotada como equa¸ca˜o do grupo de renormaliza¸ca˜o e pode ser usada para calcular o potencial efetivo, como ser´a feito no pr´oximo cap´ıtulo. Al´em de remover as divergˆencias, os processos de regulariza¸c˜ao e renormaliza¸ca˜o fazem com que as constantes de acoplamento e as massas dos campos evoluam dinamicamente e passem a depender do parˆametro de renormaliza¸c˜ao µ. Como uma consequˆencia, a constante gravitacional em Teoria Quˆantica de Campos no espa¸co-tempo curvo n˜ao ser´a sempre a mesma, assim sendo, os fenˆomenos dessa teoria depender˜ao do parˆametro µ..

(28) Cap´ıtulo 2 Renormaliza¸ c˜ ao do Modelo de Yukawa com um u ´ nico escalar est´ eril Vimos que a a¸c˜ao efetiva ´e um instrumento important´ıssimo na teoria quˆantica de campos e pode ser calculada atrav´es da expans˜ao em loops. Contudo, nesta expans˜ao s˜ao encontradas fun¸co˜es de v´ertices que dependem de integrais de Feynman que divergem para valores elevados de momentos. O que quer dizer que a teoria cont´em divergˆencias na regi˜ao do ultravioleta. Por este motivo precisamos utilizar um procedimento para reconstruir a teoria em que estamos trabalhando de modo que as divergˆencias n˜ao estejam mais presentes na a¸ca˜o efetiva e as fun¸co˜es de v´ertice sejam finitas. Este procedimento ´e chamado de renormaliza¸c˜ao e pode ser visto com mais detalhes em [2, 9, 13, 15].. 2.1. Modelo de Yukawa com escalar est´ eril e divergˆ encias a um loop. Vamos considerar o modelo de Yukawa com um u ´nico escalar est´eril real ϕ acoplado a N c´opias de f´ermions Ψ. A a¸ca˜o cl´assica que iremos trabalhar ´e dada por Z  √ n ¯ 1 µν µ ij S = d4 x −g iΨ g ∂µ ϕ∂ν ϕ − m2 ϕ2 + ξRϕ2 i (γ ∇µ + iM + ihϕ) δ Ψj + 2 o λ 4 g 3 − ϕ − ϕ − τ ϕ − f Rϕ , (2.1) 4! 3! onde i, j = 1, · · · , N , γ µ s˜ao as matrizes de Dirac, m ´e a massa do campo escalar, M ´e a massa do campo espinorial, h ´e a constante de acoplamento de Yukawa, λ, g e τ s˜ao as 14.

(29) 15 constantes de acoplamento no setor escalar que sobrevivem no limite plano, enquanto ξ e f s˜ao os parˆametros n˜ao-m´ınimos do campo escalar acoplados `a gravidade. Na u ´ltima linha da a¸ca˜o (2.1) existem termos que s˜ao ´ımpares no campo ϕ, como veremos a seguir esses termos s˜ao elementos necess´arios para que a teoria se torne consistente. Os termos com potˆencias ´ımpares e seus parˆametros correspondentes g, τ e f n˜ao foram analisados de forma precisa nas considera¸c˜oes anteriores do modelo apresentados em [1, 2, 3, 4], independentemente dos termos ´ımpares terem sido identificados nas divergˆencias a 1-loop. Para a teoria quˆantica de campo formal, a teoria consistente de um escalar est´eril acoplado a f´ermions deve incluir esses termos desde o princ´ıpio e essa ´e a abordagem que seguiremos. Come¸caremos com a a¸c˜ao efetiva a 1-loop dada pela equa¸c˜ao (1.29), ¯ (1) = i Tr ln H. ˆ Γ 2. (2.2). ˆ podemos decompor os campos de mat´eria em campos de fundo Para encontrar o operador H, ¯ Ψ e parte quˆantica σ, η¯, η, ϕ, Ψ, ϕ → ϕ + σ,. ¯i → Ψ ¯ i + η¯i , Ψ. Ψj → Ψj + ηj .. (2.3). As divergˆencias a 1-loop s˜ao definidas pela parte bilinear da a¸ca˜o, que envolve o operador ˆ H, S (2) = =. 1 2. Z. 1 2. Z. √ d4 x −g σ .  . ˆ  η¯i H. σ.  . ηj n o √ d4 x −g σH11 σ + η¯i H21 σ + σH12 ηj + η¯i H22 ηj ,. (2.4). ou na forma expl´ıcita S. (2). √ n / + iM )ηj δ ij − σ2σ − m2 σ 2 + ξRσ 2 d4 x −g 2i¯ ηi (∇ o ¯ i ηj + σ η¯i Ψj )δ ij − λ σ 2 ϕ2 − gϕσ 2 . − 2h(ϕ¯ ηi ηj + σ Ψ 2 1 = 2. Z. (2.5). Aqui o quadr´atico na a¸ca˜o dos campos quˆanticos S (2) depende do campo gravitacional e ¯ Ψ, ϕ. Conseguimos ent˜ao, escrever o operador H ˆ como dos campos de fundo Ψ,   λ 2 2 ¯ ξR − 2 − m − gϕ − 2 ϕ −2hΨj ˆ =  . H / + iM + ihϕ)δ ij −2hΨi 2i(∇ (2.6).

(30) 16 ˆ para a forma padr˜ao, introduzimos o A fim de reduzir o problema de derivar ln Det H ˆ ∗, operador de matriz conjugada H  ˆ∗ =  H. . −1. 0. 0. / + M) − 12 (i∇. .. (2.7). ˆ Para calcular Como vimos anteriormente a a¸c˜ao efetiva a 1-loop tem a forma ∼ Tr ln (H). as divergˆencias da a¸ca˜o efetiva, vamos escrevˆe-lo como ˆ = Tr ln (H ˆH ˆ ∗ ) − Tr ln (H ˆ ∗ ). Tr ln (H). (2.8). ˆ ∗ contribui apenas para as divergˆencias de v´acuo, que j´a s˜ao conhecidas Note que Tr ln H por um modelo arbitr´ario [2, 18]. Portanto, ´e suficiente calcular as divergˆencias do produto ˆH ˆ ∗ , que tem a forma padr˜ao H ˆ µ ∇µ + Π, ˆ≡H ˆH ˆ ∗ = ˆ12 + 2h ˆ H. (2.9). onde podemos identificar os seguintes operadores   ¯ j (i∇ / − M) 2 − ξR + m2 + gϕ + λ2 ϕ2 −hΨ ˆ= h i , H / − M) −2hΨi δ ij 2 − 14 R + M 2 − hϕ(i∇  ˆµ =  h. 0. i ¯ hΨj γ µ 2. 0. i hϕγ µ δ ij 2. (2.10).  (2.11). . e  ˆ = Π. 2. m +. λ 2 ϕ 2. − ξR + gϕ. 2hΨi. ¯j hM Ψ. . h i . 1 2 δ M − 4 R + hM ϕ ij. (2.12) As divergˆencias a 1-loop podem ser derivadas por meio da t´ecnica de Schwinger–DeWitt e s˜ao dadas pela express˜ao geral (1.51). Para obtermos os operados Pˆ e Sˆµν precisamos dos seguintes termos que derivam da equa¸ca˜o (2.11),     i µ 2¯ ¯ 0 −h Ψk ϕ 0 2 h∇µ Ψj γ ˆ µh ˆµ =  ˆµ =  , h  ∇µ h 0 −h2 ϕ2 δ ik 0 2i h∇µ ϕγ µ δ ij   1 2¯ 0 − 4 h Ψk ϕγµ γν ˆ µh ˆν =  . e h 0 − 14 h2 ϕ2 γµ γν δ ik. (2.13).

(31) 17 A substitui¸ca˜o de (2.13) em (1.46) nos leva a  2   λϕ 1 2 ¯ k − i h(∇µ Ψ ¯ k )γ µ + h2 Ψ ¯ kϕ + gϕ + m − ξ − R hM Ψ 2 6 2  h i Pˆ =  1 i 2 µ 2 2 ik 2hΨi M − 12 R + hM ϕ − 2 h(∇µ ϕ)γ + h ϕ δ e  Sˆµν = . 0. .  ¯ k )γν − (∇ν Ψ ¯ k )γµ + 1 h2 Ψ ¯ k ϕ [γµ , γν ] − 2i h (∇µ Ψ 4. 0 h. 1 R γ αγ β 4 µναβ. −. i h ((∇µ ϕ)γν 2. − (∇ν ϕ)γµ ) +. 1 2 2 hϕ 4. i. [γµ , γν ] δ. ik. .. (2.14). Assim, o resultado final para a divergˆencia a 1-loop ´e  4 Z hN  √ µD−4 m 1 i (1) D Γdiv = − − 2N M 4 + M 2 − m2 ξ − R + 2N h2 (∂µ ϕ)2 d x −g ε 2 3 6 h 5N + 1 1  h i X 8N − 1 2 1 i ¯ k 1∇ / − iM − ihϕ Ψk + Rµν + − ξ− 2R + 3ih2 Ψ 180 45 6 6 2 k h1   1 2 N i 2 1  1 − ξ− + R + gϕ − 8N hM 2ϕ + g 2 + λm2 − 24N h2 M 2 ϕ2 2 6 18 6 2  h  i N 1 1 2 1 2 1  λ − 16N h2 2ϕ2 − ξ− λ − N h2 Rϕ2 + + R + 12 2 6 3 24 45 µναβ   1 1  λ2 − 2N h4 ϕ4 − 8N M h3 − gλ ϕ3 + (m2 g − 8N hM 3 )ϕ + 8  2 h   i 1 2 − g ξ− − N hM Rϕ , (2.15) 6 3 onde as divergˆencias de v´acuo tamb´em foram inclu´ıdas para completude. O resultado (2.15) confirma nossas expectativas, ou seja, todos os termos ´ımpares que foram acrescidos na a¸ca˜o cl´assica (2.1) realmente surgem nas divergˆencias a 1-loop. A raz˜ao ´e que, na teoria com escalar est´eril, esses termos n˜ao s˜ao protegidos por nenhum tipo de simetria e, portanto, era esperado que eles aparecessem. Na medida em que temos as divergˆencias de potˆencia ´ımpar, devemos esperar as contribui¸co˜es logar´ıtmicas na parte finita correspondente da a¸ca˜o efetiva, em particular no potencial efetivo de um escalar est´eril. Nas pr´oximas se¸co˜es, veremos que essa expectativa ser´a confirmada. E vale a pena ressaltar que os termos ´ımpares podem afetar o aspecto dos fatores de forma n˜ao locais, semelhante ao que t´ınhamos no modelo Yukawa para os termos pares [20] e anteriormente para um escalar auto-interagente [21]. A discuss˜ao desta quest˜ao vai al´em da estrutura do presente trabalho e ser´a deixada para o futuro..

(32) 18. 2.2. Renormaliza¸c˜ ao no espa¸ co-tempo curvo. A fim de renormalizar a teoria, aplicamos o esquema de Subtra¸c˜ao M´ınima (SM) no espa¸cotempo curvo [2], que consiste em absorver a parte divergente das corre¸c˜oes radiativas nos contratermos. Os contratermos podem ser escritos como ∆S = −Γdiv . Assim, a a¸c˜ao cl´assica renormalizada, SR = S + ∆S, deve ser igual `a a¸ca˜o fundamental S0 . Desta forma, podemos escrever as rela¸c˜oes de renormaliza¸ca˜o para os campos como   D−4 2N h2 ϕ0 = µ 2 1+ ϕ,    D−4 3 2 1 + h Ψk , Ψk0 = µ 2 4   D−4 3 2 ¯ k0 = µ 2 ¯ k. Ψ 1+ h Ψ 4 Para as massas as rela¸co˜es de renormaliza¸ca˜o s˜ao   9 2 M0 = 1 − h M, 2 g 2 + 4N h2 m2 + λm2 − 24N h2 M 2 . m20 = m2 − . (2.16). (2.17). Para os acoplamentos pares usuais e parˆametros n˜ao-m´ınimos, temos 1 λ + 4N h2  ξ− ,  6   4−D 4N h2 + 9h2 2 = µ h 1− , 2   48N h4 − 8N λh2 − 3λ2 4−D = µ λ+ . . ξ0 = ξ − h0 λ0. E, finalmente, para os acoplamentos ´ımpares e parˆametros n˜ao-m´ınimos,   4−D 48N M h3 − 3gλ − 6N h2 g 2 , g0 = µ g+    D−4 8N hM 3 − 2N τ h2 − m2 g τ0 = µ 2 τ+ ,    D−4 g 1  2N hM + 6N f h2 f0 = µ 2 f + ξ− − .  6 3. (2.18). (2.19). Essas express˜oes demonstram a renormaliza¸c˜ao n˜ao trivial dos parˆametros de acoplamento ´ımpares, incluindo o novo parˆametro n˜ao-m´ınimo f ..

(33) 19. 2.3. C´ alculo do Potencial Efetivo. Na primeira parte desta se¸ca˜o, consideramos a equa¸ca˜o do grupo de renormaliza¸c˜ao para o potencial efetivo e discutimos sua solu¸ca˜o para o modelo sob considera¸c˜ao at´e a primeira ordem na curvatura escalar. Na segunda parte calculamos o potencial efetivo de forma direta atrav´es das coordenadas normais de Riemann.. 2.3.1. C´ alculo via Grupo de Renormaliza¸c˜ ao. A forma da equa¸ca˜o do grupo de renormaliza¸ca˜o ´e definida pelas correspondentes fun¸c˜oes beta e gama que s˜ao calculadas com base nas rela¸co˜es de renormaliza¸ca˜o para os parˆametros e campos. Partindo da equa¸ca˜o (1.60) podemos escrever as fun¸co˜es beta da seguinte forma βP = lim µ D→4. dP , dµ. (2.20). onde P = {m, M, h, λ, ξ, g, τ, f } s˜ao os parˆametros renormalizados. O esquema de deriva¸ca˜o ´e descrito em [2] e n˜ao vamos repetir aqui, mas apenas apresentar os resultados. Como µ dP = 0, para o c´alculo baseado nas rela¸co˜es (2.17), (2.18) e (2.19) obtemos as seguintes dµ fun¸co˜es beta βh = βM = βλ = βξ = βg = βm2 = βτ = βf =. (4N + 9)h3 , (4π)2 9h2 M , 2(4π)2  1  2 2 4 8N λh + 3λ − 48N h , (4π)2  1 1  2 4N h + λ ξ − , (4π)2 6  1  2 3 3gλ + 6N gh − 48N M h , (4π)2   i 1 h 2 2 2 2 2 m λ + g + 4m − 24M N h , (4π)2  1  2 2 3 2N τ h + gm − 8N hM , (4π)2  i 1 h 1 2 2 2N f h − g ξ − + N M h . (4π)2 6 3. (2.21). As fun¸c˜oes gama s˜ao definidas por (1.61) da seguinte forma γΦ Φ = lim µ D→4. dΦ , dµ. (2.22).

(34) 20 onde Φ s˜ao os campos renormalizados, Φ = {ϕ, Ψk }. As rela¸c˜oes (2.16) nos leva a 2N h2 , (4π)2 3h2 . = − 4(4π)2. γϕ = − γΨk. (2.23) (2.24). No caso da teoria invariante conforme, devemos fazer todas as constantes dimensionais m2 , M , g, τ e f desaparecer e definir ξ = 61 . Al´em disso, as fun¸c˜oes beta tˆem o ponto fixo conforme correspondente, como tem que ser da perspectiva geral [22, 2]. Agora, discutiremos brevemente como encontrar o potencial efetivo da equa¸ca˜o do grupo de renormaliza¸c˜ao do SM no espa¸co-tempo curvo. O ponto de partida ´e a equa¸ca˜o (1.62), que escreveremos com os seguintes parˆametros Z n ∂ ∂ δ o µ + βP + dD x γ Φ Φ × Γ[gαβ , Φ, P, D, µ] = 0, ∂µ ∂P δΦ(x). (2.25). onde assumimos a soma sobre todos os parˆametros P e os campos Φ. De agora em diante vamos definir D = 4. O potencial efetivo ´e definido como aproxima¸ca˜o de ordem zero na expans˜ao derivativa para o setor escalar de Γ,   Z  µν  1 √ 4 Γ[gαβ , ϕ, P, µ] = d x −g − Vef f ϕ, gαβ + Z ϕ, gαβ g ∂µ ϕ∂ν ϕ + . . . . (2.26) 2 Como (2.25) ´e uma equa¸c˜ao homogˆenea linear, obtemos n. µ. ∂ ∂ o ∂ + βP + γϕ ϕ Vef f (gαβ , ϕ, P, µ) = 0. ∂µ ∂P ∂ϕ. (2.27). A equa¸c˜ao (2.27) significa que a dependˆencia funcional expl´ıcita de µ no potencial efetivo ´e exatamente compensada pela dependˆencia µ do campo escalar ϕ e parˆametros P . No n´ıvel a 1-loop, a u ´ltima dependˆencia pode ser escrita na forma simples, envolvendo a dependˆencia logar´ıtmica de primeira ordem, como podemos ver das express˜oes acima para as fun¸c˜oes beta e gama. Vamos procurar o potencial efetivo at´e os termos lineares em curvatura escalar, Vef f = V0 +RV1 , onde V0 ´e o potencial efetivo do espa¸co plano e RV1 ´e a primeira corre¸ca˜o dependente da curvatura para V0 . Ambas fun¸co˜es V0 e V1 satisfazem a equa¸c˜ao (2.27). Antes de resolver as equa¸co˜es para V0 e V1 , levaremos em conta que, na aproxima¸c˜ao a 1-loop, cada spin d´a (0). uma contribui¸ca˜o aditiva `a a¸ca˜o efetiva. Portanto, podemos escrever V0 = V0. (1). + V0 2 e.

(35) 21 (0). V1 = V1. (1). + V1 2 , onde os ´ındices (0) e ( 12 ) s˜ao a contribui¸ca˜o m´edia de campos quˆanticos (0). escalares e espinoriais, respectivamente. As quantidades V0. (1). e V0 2 correspondem a` teoria em. considera¸ca˜o no espa¸co plano. Nesta se¸c˜ao, demonstramos como eles podem ser encontrados a partir da equa¸ca˜o do grupo de renormaliza¸ca˜o. (0). Vamos come¸car por encontrar V0 . A equa¸c˜ao para esta quantidade tem a forma   ∂ ∂ ∂ (0) µ + βP + γϕ ϕ V0 (ϕ, P, µ) = 0. (2.28) ∂µ ∂P ∂ϕ A equa¸ca˜o (2.28) ´e uma equa¸ca˜o diferencial parcial complicada com coeficientes n˜ao constantes. Antes de resolver essa equa¸c˜ao, ´e u ´til trazer considera¸co˜es qualitativas que simplifiquem a (0). solu¸ca˜o. O parˆametro µ pode entrar na solu¸ca˜o para V0. somente logaritmicamente. Como. o argumento do logaritmo deve ser adimensional, a dependˆencia de µ deve ser atrav´es do parˆametro t = 21 ln µX2 , em que a quantidade X tem a dimens˜ao de massa ao quadrado. Esta quantidade pode ser constru´ıda apenas a partir dos parˆametros dimensionais da a¸c˜ao cl´assica, isto ´e, a partir de m, M, ϕ, g, τ com coeficientes adimensionais arbitr´arios. Em princ´ıpio, esses coeficientes devem ser fixados com a ajuda de condi¸c˜oes apropriadas de renormaliza¸c˜ao para o potencial efetivo. No entanto, ´e comum supor que a forma do potencial efetivo deve ˆ (2.9) no setor escalar. Isso significa que a escolha ser consistente com a forma do operador H mais natural para X ´e X (0) = m2 + gϕ + 21 λϕ2 . Assim, identificamos (0). t. 1 m2 + gϕ + 12 λϕ2 = ln 2 µ2. (2.29). para a contribui¸ca˜o do campo escalar para o potencial efetivo. Os parˆametros M e h n˜ao (0). contribuem no setor escalar. Assim sendo V0. (0). = V0 (t, m2 , g, τ, ϕ) e a equa¸ca˜o (2.28) torna-. se n. µ. ∂ o (0) ∂ (0) ∂ (0) ∂ (0) ∂ (0) ∂ (0) + βm2 + β + β + β + γ ϕ V0 = 0. g τ ϕ λ ∂µ ∂m2 ∂λ ∂g ∂τ ∂ϕ (0). (0). (0). (0). (2.30). (0). Aqui as fun¸c˜oes βλ , βg , βm2 , γϕ e βτ s˜ao tomadas em M = 0 e h = 0. Para a contribui¸c˜ao (0). do campo escalar γϕ = 0. O pr´oximo passo ´e expressar a derivada em rela¸ca˜o a µ atrav´es da derivada em rela¸ca˜o ao parˆametro t(0) definido em (2.29). Como resultado, a equa¸ca˜o (2.30) parece n ∂ o ¯(0)2 ∂ − β¯(0) ∂ − β¯(0) ∂ − β¯(0) ∂ − γ¯ (0) ϕ ∂ V (0) = 0, − β 0 g τ ϕ λ m ∂t(0) ∂m2 ∂λ ∂g ∂τ ∂ϕ. (2.31).

(36) 22 onde  (0) (0) β¯m2 , β¯λ , β¯g(0) , β¯τ(0) , γ¯ϕ(0) =.  1 (0) (0) (0) (0) (0) β 2 , βλ , βg , βτ , γϕ m 1 − Q(0). (2.32). e Q(0) = 1 −. ∂t(0) ∂t(0) ∂t(0) ∂t(0) − − . − ∂m2 ∂λ ∂ϕ ∂g. (2.33). A solu¸c˜ao para a equa¸c˜ao (2.31) pode ser escrita da seguinte forma (0). V0 (t(0) , m2 , λ, g, τ, ϕ) = V0 cl (m2 (t(0) ), λ(t(0) ), g(t(0) ), τ (t(0) ), ϕ(t(0) )),. (2.34). onde λ g 1 V0 cl = m2 ϕ2 + ϕ4 + ϕ3 + τ ϕ 2 4! 3!. (2.35). ´e o potencial cl´assico e m2 (t(0) ), λ(t(0) ), g(t(0) ), τ (t(0) ) e ϕ(t(0) ) s˜ao os parˆametros de execu¸ca˜o P (t(0) ) e o campo escalar, que satisfazem as equa¸c˜oes dP (t(0) ) (0) = β¯P (t(0) ), dt(0) dϕ(t(0) ) = γ¯ϕ (t(0) ) (0) dt. (2.36). com a condi¸c˜ao inicial P (t)|t=0 = P.. (2.37). Da mesma forma que antes, aqui P = {m2 , λ, g, τ }. Como trabalhamos na aproxima¸c˜ao a 1-loop, todas as corre¸c˜oes quˆanticas s˜ao lineares em ~, portanto podemos definir a quantidade Q (2.33) igual a zero nas express˜oes para fun¸c˜oes beta e gama. Ent˜ao as solu¸co˜es das equa¸co˜es (2.36) podem ser facilmente encontradas (0). P (t(0) ) = P + βP t(0) , ϕ(t(0) ) = ϕ + γϕ(0) t(0) = ϕ,. (2.38). (0). onde levamos em conta que γϕ = 0. As rela¸co˜es (2.38) juntamente com as formas expl´ıcitas (0). (0). para as fun¸c˜oes βP representam a solu¸ca˜o para o potencial efetivo V0 . (0). A an´alise do V1. pode ser feita de maneira similar, ent˜ao pulamos os detalhes. O resultado. tem a seguinte forma (0). V1. = V1 cl (P1 (t(0) ), ϕ(t(0) )). (2.39).

(37) 23 (0). (0). (0). (0). com V1 cl R = − 12 ξRϕ2 + f Rϕ, P1 (t(0) ) = P1 + βP1 t(0) e βP1 = (βξ , βf ). Estas rela¸co˜es em conjunto com (2.39) s˜ao solu¸c˜oes finais para contribui¸c˜ao dependente da curvatura para o potencial efetivo do campo escalar quˆantico. 1. 1. ( ) ( ) Agora, vamos encontrar a contribui¸c˜ao quˆantica V¯0 2 + RV¯1 2 para o potencial efetivo (1). (1). do campo espinorial. Neste caso, come¸camos com a equa¸c˜ao (2.27) para V0 2 e V1 2 sepaˆ no radamente, levando-se em considera¸ca˜o que a consistˆencia com a forma do operador H setor fermiˆonico (3.4) motiva uma escolha natural para parˆametro sem dimens˜ao contendo o logaritmo de µ na forma 1. t( 2 ) =. 1 (M + hϕ)2 ln . 2 µ2. (2.40) (0). Todas as outras considera¸c˜oes s˜ao an´alogas as encontradas para V0. (0). e V1 . E portanto,. apresentaremos apenas os resultados finais para as corre¸co˜es quˆanticas, 1. 1 1 1 ( ) V¯1 2 = V0 cl (P ( 2 ) (t( 2 ) ), ϕ(t( 2 ) )),. (2.41). e (1). (1). 1. 1. RV¯1 2 = RV1 cl (P1 2 (t( 2 ) ), ϕ(t( 2 ) )),. (2.42). onde os parˆametros e campos em execu¸ca˜o tˆem a forma 1. 1. (1). 1. 1. (1). 1. P ( 2 ) (t( 2 ) ) = βP2 t( 2 ) , ϕ(t( 2 ) ) = γϕ2 t( 2 ) .. (2.43). Aqui n´os resolvemos as equa¸c˜oes para os parˆametros e campos de execu¸ca˜o com condi¸co˜es iniciais zero, j´a que a contribui¸c˜ao cl´assica para o potencial efetivo foi encontrada quando (0). calculamos V0. (0). (1). (1). e V1 . As fun¸c˜oes βP2 e γϕ2 nas rela¸c˜oes (2.43) apresentam os parˆametros. M e h, sendo os outros parˆametros m2 , λ, g, τ, ξ iguais a zero. As rela¸co˜es (2.41) e (2.42) definem a contribui¸ca˜o final para o potencial efetivo do campo espinorial quˆantico. Assim, estamos em posi¸ca˜o de apresentar uma express˜ao expl´ıcita para o potencial efetivo.

(38) 24 baseado no esquema de Subtra¸ca˜o M´ınima, 1 2 2 1 λ g m ϕ − ξRϕ2 + ϕ4 + ϕ3 + τ ϕ + f Rϕ 2 2 4! 3! nh i 2 2 1 λm + g (0) 2 2 ( 21 ) t − 12N M h t + C1 ϕ2 2 (4π) 2 i h N h2 1  2 (0)  1 1  (0) λ gm t − 8N hM 3 t( 2 ) + C5 ϕ + t( 2 ) − ξ− t + C2 Rϕ2 3 2 6 i h 2N M h 1   1 1  2 (0) 1  (0) 3λ t − 48N h4 t( 2 ) + C4 ϕ4 + t( 2 ) − g ξ − t + C6 Rϕ 4! 3 6 i o 1 1 h 3λg t(0) − 48N M h3 t( 2 ) + C3 ϕ3 , (2.44) 3!. Vef f = + + + +. 1. onde t(0) e t( 2 ) foram identificados em (2.29) e (2.40). As constantes C1 ... 6 podem ser encontradas nas condi¸co˜es iniciais de renormaliza¸ca˜o. Por exemplo, os dois valores bem conhecidos que correspondem `as escolhas padr˜ao no caso escalar sem massa s˜ao C4 = − 25 6 obtidos em [8] e C2 = −3 obtidos em [6] (veja [2] para uma deriva¸ca˜o mais pedag´ogica). Como esse c´alculo dos valores de C1 ... 6 para a teoria massiva ´e bastante complicado e n˜ao h´a aplica¸c˜oes imediatas, n´os o ignoramos. Vamos enfatizar que as corre¸co˜es quˆanticas na Eq. (2.44) possuem termos qualitativamente novos com potˆencias ´ımpares de um campo escalar est´eril, multiplicados pelos dois tipos de logs. A defini¸ca˜o final das constantes de renormaliza¸ca˜o correspondentes C3,5,6 requer medi¸co˜es independentes e pode ser alcan¸cada somente dentro de uma estrutura experimental ou observacional apropriada.. 2.3.2. C´ alculo via Coordenadas Normais de Riemann. Os resultados das se¸c˜oes anteriores mostraram a importˆancia dos termos ´ımpares no campo escalar. Isso ´e algo que aprendemos com as divergˆencias derivadas da estrutura do m´etodo de Schwinger-DeWitt. Devido a` importˆancia desse c´alculo quˆantico, parece razo´avel controlar seu resultado por um m´etodo qualitativamente diferente. Isto ´e feito na presente subse¸ca˜o derivando o potencial efetivo na aproxima¸ca˜o O(R) - usando as coordenadas normais e a representa¸c˜ao do momento local, de maneira similar ao que foi feito recentemente em [10], onde ´e poss´ıvel encontrar muitos detalhes t´ecnicos relevantes e outras referˆencias. Contribui¸c˜ ao escalar Estas coordenadas est˜ao relacionadas com as linhas geod´esicas que ligam um ponto de re0. 0. ferˆencia P 0 (xµ ) em outro ponto com as coordenadas xµ = xµ +y µ . Para usar a representa¸ca˜o.

(39) 25 do momento local, assumimos que gµν (P 0 ) = ηµν . Nas proximidades deste ponto, na aproxima¸ca˜o de curvatura linear, temos 1 gαβ (x) = ηαβ (x0 ) − Rαµβν (x0 )y µ y ν + · · · . 3. (2.45). Ent˜ao, o operador bilinear no setor escalar pode ser escrito como δ 2 Sscalar ˆ = − √1 −H = 2 + m2 − ξR + V 00 , −g δϕ(x)δϕ(x0 ). (2.46). onde V 00 ´e a segunda derivada do potencial cl´assico V (ϕ) =. λ 4 g 3 ϕ + ϕ + τ ϕ + f R. 4! 3!. (2.47). O c´alculo adicional nesta subse¸ca˜o essencialmente repetir´a o de [10], mas com outro potencial (2.47). Inclu´ımos esta pequena parte de revis˜ao para tornar toda a apresenta¸ca˜o mais consistente. Podemos expandir o operador D’Alembertiano na equa¸ca˜o (2.46) em coordenadas normais de Riemann ˆ = η µν ∂µ ∂ν + 1 Rµ α ν β y α y β ∂µ ∂ν − 2 Rα β y β ∂α + m2 − ξR + V 00 + · · · . −H 3 3. (2.48). onde · · · indica termos de ordem superior na curvatura. A principal vantagem da representa¸c˜ao do momento local ´e que o c´alculo pode ser realizado em espa¸co-tempo plano e o resultado pode ser sempre apresentado de forma covariante. Por exemplo, a equa¸c˜ao para o propagador de um campo escalar real tem a forma ˆ HG(x, x0 ) = −δ c (x, x0 ), 1. (2.49). 1. onde δ c (x, x0 ) = g − 4 (x0 )δ(x, x0 )g − 4 (x) ´e uma fun¸c˜ao delta de Dirac covariante. Como vamos fazer c´alculos em torno da m´etrica simples, ´e mais u ´til trabalhar com o ¯ x0 ) onde propagador modificado G(x, ˆ G(x, ¯ x0 ) = −δ(x, x0 ) H ¯ x0 ) ´e conhecida [11, 14] para o caso livre quando V 00 = 0 e para A forma expl´ıcita de G(x, o potencial ´ımpar com ϕ constante [10]. Na medida em que seja suficiente considerar V 00 = const para a deriva¸c˜ao do potencial efetivo, podemos substituir m2 por m ˜ 2 = m2 + V 00 e obter, em primeira ordem da expans˜ao de curvatura, a seguinte express˜ao: Z  i d4 k ikx h 1 1 R ¯ G(y) = e − ξ − + ··· . (2π)4 k2 + m ˜2 6 (k 2 + m ˜ 2 )2. (2.50).

(40) 26 ˆ e G(x, ¯ x0 ) at´e a primeira potˆencia de curvatura escalar como Podemos expandir H ˆ = H ˆ0 + H ˆ 1 R + O(R2 ) , H ... 2 ¯ = G ¯0 + G ¯ 1 R + O(R... G ). 2 ) n˜ao ser˜ao mencionados. A partir deste ponto, os termos O(R.... ˆ = − Tr ln G(x, x0 ), n´os temos Como Tr ln H 1 ¯ x0 ) = 1 Tr ln (H ˆ0 + H ˆ 1 R) = 1 Tr ln H ˆ 0 + 1 Tr (G ¯ 0H ˆ 1 R). − Tr ln G(x, 2 2 2 2. (2.51). Considere primeiro o potencial efetivo no espa¸co plano. O primeiro termo no lado direito de (2.51) inclui a contribui¸ca˜o de espa¸co plano V¯0 (ϕ), que pode ser definido como 1 1 V¯0 (ϕ) = Tr ln S2 (ϕ) − Tr ln S2 (ϕ = 0). 2 2 Aqui S2 ´e a forma bilinear da a¸ca˜o do campo escalar cl´assico, Z n o 1 d4 x ϕη µν ∂µ ∂ν ϕ + V 00 + m2 . S2 (ϕ) = 2. (2.52). (2.53). Como resultado, temos n 2 + V 00 + m2 o 1 V¯0 (ϕ) = Tr ln . 2 2 + m2. (2.54). Ao contr´ario das se¸c˜oes anteriores, todos os c´alculos subsequentes ser˜ao realizados na regulariza¸ca˜o cut-off, o que ajuda a simplificar as contas e torn´a-las mais expl´ıcitas. A equa¸ca˜o (2.54) pode ser escrita no espa¸co de momentos. Depois de integrar nas coordenadas angulares e introduzir um cut-off, temos Z Ω  k 2 + V 00 + m2  1 2 2 . V¯0 (ϕ) = k dk ln 2(4π)2 0 k 2 + m2. (2.55). Tomando a u ´ltima integral, depois de alguma a´lgebra obtemos V¯0 (ϕ, ηµν ) = V¯0div + V¯0f in , 1 n 2 00 1 00 Ω2 o div 2 2 V0 = Ω V − (V + m ) ln 2 , 2(4π)2 2 m n  o 00  1 1 00 V 1 00 f in 2 2 2 2 ¯ V0 = (V + m ) ln 1 + 2 − (V + m ) . 2(4π)2 2 m 4. (2.56). Para cancelar as divergˆencias, seguimos o esquema de subtra¸c˜ao m´ınima e introduzimos um contra-termo apropriado na forma o 1 n 1 00 Ω2 1 00 2 00 2 2 2 2 ∆V0 = − Ω V + (V + m ) ln + (V + m ) , 2(4π)2 2 µ2 4. (2.57).

(41) 27 onde µ ´e o parˆametro de renormaliza¸ca˜o dimensional. Desta forma, as divergˆencias quadr´aticas e logar´ıtmicas s˜ao eliminadas e o potencial efetivo renormalizado pode ser escrito como 1 2 2 1 2 2 (V 00 + m2 )2  V 00 + m2  ¯ Vefren (η , ϕ) = m ϕ + V + V + ∆V = m ϕ + V + . (2.58) ln µν 0 0 f 2 2 64π 2 µ2 Vamos considerar as corre¸co˜es lineares na curvatura. A contribui¸c˜ao de primeira ordem ´e devida ao segundo termo no lado direito da Eq. (2.52). Este termo pode ser facilmente apresentado na forma Z Z 1 1 4 ¯ ˆ ¯ −1 (x, x0 )G ¯ 1 (x0 , x)]R Tr (G0 H1 R) = d x d 4 x0 [ G 0 2 2 Z Z Z Z d4 k ik(x−x0 ) d4 p ip(x0 −x) ¯ −1 1 4 4 0 ¯ 1 (p) = d x d xR e × e G0 (k)G 2 (2π)4 (2π)4 Z Z d4 k ¯ −1 1 4 ¯ 1 (k) G (k)G (2.59) d xR = 2 (2π)4 0 e, portanto Z Ω 2 2  Z 1 1 k dk 1 4 ¯ 0H ˆ 1 R) = − Tr (G ξ − d x R . 2 2 2(4π)2 6 ˜2 0 k +m. (2.60). Depois de tirar a u ´ltima integral, o resultado final ´e lido V¯ (ϕ, gµν ) = V¯0 + V¯1 R, onde V¯0 ´e dado pela Eq. (2.58) e V¯1 = V¯1f in + V¯1div , onde 1 h Ω2 i 1  2 00 2 div ¯ ξ− − Ω + (V + m ) ln 2 , V1 = 2(4π)2 6 m  h  00 1 1 V + m2 i f in 00 2 ¯ V1 ξ− (V + m ) ln . = 2(4π)2 6 m2. (2.61). (2.62). Semelhante ao caso de espa¸co plano, o potencial deve ser modificado pela adi¸ca˜o de um contra-termo, ∆V¯1 =. 1  1 h 2 Ω2 i 00 2 ξ − Ω − (V + m ) ln . 2(4π)2 6 µ2. (2.63). Assim, a express˜ao renormalizada ´e  V 00 + m2  1 1  1  00 2 2 Vefren (g , ϕ) = − ξRϕ − ξ − (V + m ) ln . f,1 µν 2 2(4π)2 6 µ2. (2.64). O potencial efetivo renormalizado completo para o setor escalar de (3.1) ´e a soma das express˜oes (2.58) e (2.64),  i 1 2 ~ h 1 00 1 2 2 2 00 2 Vefren (g , ϕ) = ρ + R(V + m ) (m − ξR)ϕ + V + (V + m ) − ξ − µν Λ f 2 2(4π)2 2 6  V 00 + m2  · ln , (2.65) µ2.

(42) 28 onde restauramos a primeira potˆencia do parˆametro de loop ~ e adicionamos o termo constante cosmol´ogico, ρΛ . Contribui¸c˜ ao fermiˆ onica Vamos considerar agora a contribui¸ca˜o fermiˆonica para o potencial efetivo do escalar est´eril. No caso do potencial, o campo de fundo ϕ pode ser tratado como uma constante, portanto, ˜ = M + hϕ. Tomando em considera¸c˜ao a paridade de Grassmann do campo denotamos M quˆantico, nas nota¸c˜oes euclidianas (1). ˆf , Γf [ϕ, gµν ] = − Tr ln H. (2.66). ˆ f = i(γ µ ∇µ + iM ˜ )δ ij . Como de costume, n´os consideramos [31] onde H ˆ f = 1 Tr ln (H ˆf H ˆ ∗ ), Tr ln H f 2. (2.67). ˆ ∗ = i(γ µ ∇µ − iM ˜ )δjk . Depois de alguma ´algebra, temos com H f   ˆ f = 1 Tr ln − 2 + 1 R − M ˜ 2 δi . Tr ln H k 2 4. (2.68). O propagador fermiˆonico ´e definido a partir da rela¸ca˜o ˆf H ˆ f∗ )G(x, x0 ) = −δ c (x, x0 ). (H. (2.69). Seguindo o mesmo esquema que foi usado no caso escalar, pode-se definir o propagador modificado ¯ x0 )g − 41 (x), G(x, x0 ) = G(x,. (2.70). ˆf H ˆ f∗ )G(x, ¯ x0 ) = −δ(x, x0 ). (H. (2.71). que satisfaz a equa¸ca˜o. ¯ x0 ) = G(y) ¯ A partir do artigo de Bunch e Parker [11], aprendemos que G(x, ´e definido como Z d4 k iky h 1 ∂ i 2 ¯ ˜ 2 )−1 ˆ1 G(y) = e 1 − R (k + M (2.72) 4 2 ˜ (2π) 12 ∂ M na primeira ordem em curvatura. Portanto, 1 1 ˆ f = 1 Tr ln (H ˆf H ˆ ∗ ). − Tr ln G(x, x0 ) = Tr ln H f 2 2 4. (2.73).

(43) 29 Usando as mesmas considera¸co˜es que utilizamos para o campo escalar, descobrimos que 1 1 ˆf H ˆ f∗ )0 + 1 Tr G¯0 (H ˆf H ˆ f∗ )1 R. − Tr ln G(x, x0 ) = Tr ln (H 2 4 4. (2.74). O primeiro termo do lado direito corresponde ao caso para o espa¸co plano e o segundo ´e a primeira ordem para contribui¸ca˜o da curvatura. Vamos primeiro realizar o c´alculo no espa¸co plano, quando 1 ˆf H ˆ ∗ )0 = 1 sTr ln (−η µν ∂µ ∂ν − M ˜ 2) δi . Tr ln (H f k 4 4 Na representa¸ca˜o de momento isso d´a 1 ˆf H ˆ f∗ )0 = (−2N ) Tr ln (H 4. Z 0. Ω.  dk 2 2  1 , k ln ˜2 (4π)2 k2 + M. que fornece a parte do espa¸co plano do potencial efetivo a 1-loop, V0div (f er) = −. 2N n 1  Ω2  ˜ 4 1 2 o ln M + Ω . ˜2 (4π)2 2 4 M. (2.75). Para renormalizar este resultado, introduzimos um contra-termo da forma ∆V0 =. 2N n 1  Ω2  ˜ 4 1 2 o ln M + Ω . (4π)2 2 µ2 4. (2.76). Ent˜ao, V0ren (f er) =. M ˜ 2 N ln M˜ 4 . (4π)2 µ2. A contribui¸ca˜o na primeira ordem de curvatura ´e Z Z 1 d4 k ¯−1 ∗ 4 ¯ ˆ ˆ Tr G0 (Hf Hf )1 R = (−2N ) d xR × G (k)G¯1 (k), 4 (2π)4 0. (2.77). (2.78). que pode ser escrito no espa¸co de momento como 1 ˆf H ˆ ∗ )1 R = − N R Tr G¯0 (H f 4 6(4π)2. Z 0. Ω. dk 2. k2 . ˜2 k2 + M. Assim sendo, V1div (f er)R =. n o 2 N ˜ 2 ln Ω + Ω2 , M R ˜2 6(4π)2 M. (2.79). enquanto n˜ao h´a parte finita remanescente neste caso. As divergˆencias podem ser eliminadas pela adi¸c˜ao de um contra-termo ∆V1 = −. o N n ˜ 2 Ω2 2 M ln + Ω . 6(4π)2 µ2. (2.80).

(44) 30 Finalmente, a express˜ao para a contribui¸ca˜o fermiˆonica tem a forma ˜ 2 N n ˜ 4 1 ˜ 2o  M Vren (f er) = − ln R M . M − (4π)2 6 µ2. (2.81). Resumindo as contribui¸co˜es escalares (2.65) e fermiˆonicas (2.81), chegamos `a express˜ao geral para o potencial efetivo do nosso modelo, que inclui um u ´nico escalar real est´eril e N c´opias de campos fermiˆonicos massivos, Vefren f (gµν , ϕ). = + + = + + − +. h (M + hϕ)2 i 1 2 ~ n 2 4 ρΛ + (m − ξR)ϕ + V + − 2N (M + hϕ) ln 2 2(4π)2 µ2  i  V 00 + m2  h1 1 (V 00 + m2 )2 − ξ − R(V 00 + m2 ) ln 2 6 µ2 h (M + hϕ)2 io N R(M + hϕ)2 ln 3 µ2 1 2 2 1 λ 4 g 3 ~ n 2 ρΛ + m ϕ − ξRϕ + ϕ + ϕ + τ ϕ + f Rϕ + − 2N M 4 2 2 2 4! 3! 2(4π) h (M + hϕ)2 i  8N M 3 hϕ + 12N M 2 h2 ϕ2 + 8N M 3 ϕ3 + 2N h4 ϕ4 ln µ2 h1 λ2 ϕ4 (m4 + m2 λϕ2 + 2m2 gϕ + + λgϕ3 + g 2 ϕ2 ) 2 4 i  m2 + gϕ + 1 λϕ2   1   2 λϕ2 2 R m + + gϕ ln ξ− 2 6 2 µ h 2 io N (M + hϕ) R(M 2 + 2M hϕ + h2 ϕ2 ) ln , (2.82) 3 µ2. ´ onde os termos interativos e ´ımpares do potencial cl´assico V s˜ao definidos na Eq. (2.47). E f´acil verificar a correspondˆencia com a express˜ao (2.44) derivada do grupo de renormaliza¸ca˜o baseada em subtra¸c˜ao m´ınima com as identifica¸co˜es de escala (2.29) e (2.40), 1 2 2 1 λ g 1 nh λm2 + g 2 (0) Vef f = m ϕ − ξRϕ2 + ϕ4 + ϕ3 + τ ϕ + f Rϕ + t 2 2 4! 3! (4π)2 2 i h λg i 1 1 − 12N M 2 h2 t( 2 ) + C1 ϕ2 + t(0) − 8N M h3 t( 2 ) + C3 ϕ3 2 h N h2 1 i   2 (0) 1 λ 1  (0) + gm t − 8N hM 3 t( 2 ) + C5 ϕ + t( 2 ) − ξ− t + C2 Rϕ2 3 2 6 h λ2 h 2N M h 1   i o  1 1 + t(0) − 2N h4 t( 2 ) + C4 ϕ4 + t( 2 ) − g ξ − t(0) + C6 Rϕ . (2.83) 8 3 6 Os termos ´ımpares que aparecem no potencial s˜ao necess´arios para fornecer a consistˆencia quˆantica da teoria de um escalar est´eril acoplado a f´ermions. Isso implica que a a¸ca˜o gravitacional induzida possui termos n˜ao polinomiais que geram consequˆencias relevantes. A discuss˜ao sobre os aspectos quˆanticos relacionados a a¸ca˜o induzida pode ser visto no artigo que publicamos referente a este modelo [5]..

(45) 31 O potencial efetivo (2.82) depende de um parˆametro arbitr´ario µ. Para fixar o valor deste parˆametro, devemos impor as condi¸c˜oes de renormaliza¸ca˜o de uma maneira usual..

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