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Análise de desempenho econômico e financeiro na produção do gado de corte e na produção de grãos

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CARINE BRUINSMA ROCHA

ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO NA

PRODUÇÃO DO GADO DE CORTE E NA PRODUÇÃO DE GRÃOS

(Trabalho de conclusão do curso)

IJUÍ (RS)

2016

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CARINE BRUINSMA ROCHA

ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO NA

PRODUÇÃO DO GADO DE CORTE E NA PRODUÇÃO DE GRÃOS

Trabalho de conclusão do curso apresentado no DACEC - Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Profª Orientadora: MARIA MARGARETE B. BRIZOLLA

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, por ter me iluminado para sempre seguir em frente e me fazer chegar até aqui. Por me proteger e me abençoar todos os dias dessa caminhada.

Aos meus pais Nestor e Rosane, por me ajudar nos custos obtidos durante o curso e por proporcionar sempre carinho, dedicação, atenção e compreensão.

Ao meu marido Jean e ao meu filho Bruno, que obteve sua compreensão e paciência nos momentos que precisa me dedicar à realização do trabalho.

Aos mestres, que se dedicarão em passar o seus conhecimentos, incentivos e compreensão na hora das dúvidas.

Aos amigos e colegas, que passam mensagens incentivadoras e de tranquilidade na hora que precisamos.

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“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado”.

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RESUMO

A partir da análise de desempenho econômico e financeiro é possível fornecer a uma organização, informações seguras, considerando os riscos e a rentabilidade desejada para o investimento, indicando a possibilidade de aumentar os valores investidos para melhorar a produtividade, demostrando a real situação da organização, auxiliando assim na tomada de decisões. O objetivo do presente estudo é verificar como a análise de desempenho econômico e financeiro da produção do gado de corte e da produção grãos pode auxiliar na maximização dos resultados dos negócios. Os principais tópicos teóricos pesquisados foram à contabilidade geral, contabilidade gerencial, contabilidade rural, análise de desempenho econômico e financeiro, indicadores de viabilidade e de resultado. O estudo utilizou o método da pesquisa aplicada, descritiva e qualitativa, os procedimentos técnicos foram à pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso, a coleta de dados ocorre por meio de análises de documentos, por observação e de uma entrevista semiestruturada. Os resultados demonstraram por meio dos indicadores econômicos e financeiros que as duas atividades possuem um bom desempenho, sendo que a produção de grãos foi mais atrativa que a produção do gado de corte, considerando os indicadores de lucratividade, rentabilidade, tempo de retorno, na TIR e VPL. Conclui-se por meio dessa análise sobre as condições apresentadas no estudo que o investimento utilizado para as atividades é satisfatório podendo servir para demais propriedades rurais com incentivo e exemplo.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Modelo da estrutura da demonstração de fluxo de caixa ... 32

Quadro 2 – Modelo da estrutura da demonstração do resultado ... 36

Quadro 3 – Investimentos da produção de grãos ... 46

Quadro 4 – Investimentos para a atividade de gado de corte ... 46

Quadro 5 – Custos da produção de grãos do soja ... 47

Quadro 6 – Custos da produção grão do trigo ... 48

Quadro 7 – Custo da produção do gado de corte ... 49

Quadro 8 – Depreciação para a atividade de produção de grãos ... 50

Quadro 9 – Depreciação para a atividade da gado de corte ... 50

Quadro 10 – Custos e despesas fixas do período ... 50

Quadro 11 – Produtividade e receita por hectare da produção de grão ... 52

Quadro 12 – Total das receitas da produção de grãos... 52

Quadro 13 – Total das receitas da produção de gado de corte ... 52

Quadro 14 – Total das receitas da produção do gado de corte ... 53

Quadro 15 – Margem de contribuição por hectare das culturas ... 53

Quadro 16 – Margem de contribuição total... 54

Quadro 17 – Margem de contribuição por animal ... 54

Quadro 18 – Margem de contribuição total... 54

Quadro 19 – Ingressos e desembolsos dos recursos financeiros ao período – Soja e Trigo .... 55

Quadro 20 – Fluxo de caixa anual ... 56

Quadro 21 – Indicadores financeiros ... 57

Quadro 22 – Ingressos e desembolsos dos recursos financeiros ao período – Gado de corte . 58 Quadro 23 – Fluxo de caixa anual ... 59

Quadro 24 – Indicadores financeiros ... 59

Quadro 25 – Demonstração do resultado do exercício da produção de soja e trigo ... 60

Quadro 26 – Demonstração do resultado do exercício da produção de soja e trigo ... 61

Quadro 27 – Indicadores financeiros ... 62

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LISTA DE SIGLAS E ABREVEATURAS

CMV Custo da Mercadoria Vendida

DRE Demonstração do Resultado do Exercício;

FC Fluxo de Caixa;

IR Índices de Rentabilidade

IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte;

LAJIR Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda

MB Margem Bruta

ML Margem Líquida

PBD Payback Descontado

PBS Payback Simples

ROI Retorno Operacional de Investimento

ROL Receita Operacional Líquida

TBF Taxa Básica Financeira

TCC Trabalho de Conclusão de Curso;

TIR Taxa Interna de Retorno

TMA Taxa Média de Atratividade

TR Taxa de Rentabilidade

VAUE Valor Atual Uniforme Equivalente

VFL Valor Futuro Líquido

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 12

1.2 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO ... 12

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 13 1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 14 1.5 OBJETIVOS ... 15 1.5.1 Objetivo geral ... 15 1.5.2 Objetivos específicos ... 15 1.6 JUSTIFICATIVA ... 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 17 2.1 ATIVIDADE AGRÍCOLA ... 17 2.2 CONTABILIDADE ... 18 2.2.1 Contabilidade rural ... 19 2.2.2 Contabilidade gerencial ... 20 2.3 CONTABILIDADE DE CUSTOS ... 21

2.3.1 Custos na atividade rural ... 23

2.3.2 Custeio Variável ... 24

2.3.3 Desempenho econômico e financeiro ... 26

2.4 ORÇAMENTO DE RECEITAS E DESPESAS ... 27

2.5 ANÁLISE DE VIABILIDADE ... 29 2.6 FLUXO DE CAIXA ... 30 2.6.1 Indicadores de viabilidade ... 33 2.7 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS... 35 2.7.1 Indicadores de resultado ... 37 3 METODOLOGIA DO ESTUDO ... 40 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 40

3.1.1 Quanto a sua natureza ... 40

3.1.2 Quanto a forma de abordagem do problema ... 40

3.1.3 Quanto aos objetivos ... 41

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ... 41

3.2 COLETA DE DADOS ... 42

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3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 43

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 45

4.1 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ... 45

4.2.1 Investimentos ... 45

4.2.2 Custo e despesas das atividades ... 47

4.2.3 Receitas das atividades ... 51

4.2.4 Margem de contribuição das produções ... 53

4.3 FLUXO DE CAIXA ... 55

4.3.1 Produção de soja e trigo ... 55

4.3.2 Produção de gado de corte ... 57

4.4 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ... 60

4.4.1 Produção de soja e trigo ... 60

4.4.2 Atividade de gado de corte ... 61

4.5 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS ... 62

CONCLUSÃO ... 65

REFERÊNCIAS ... 67

ANEXOS ... 72

(10)

1 INTRODUÇÃO

A contabilidade está entrando cada vez mais na vida das pessoas, uma ferramenta importante que auxilia os gestores na organização nos negócios das entidades, para assim obter sempre bons resultados. Outra área que ajuda nas organizações é a contabilidade gerencial que mostra caminhos para tomada de decisões, segundo Coronado (2006, p. 25) “a contabilidade gerencial trabalha com o planejamento de operações futuras utilizando-se números reais e estimados na busca da otimização dos resultados”.

As atividades rurais proporcionam bons resultados ao agricultor e aos fornecedores que precisam de sua matéria-prima, ambos querem lucros, pois procuram estabilidade financeira, conforto e novos investimentos. Diante disso busca-se investigar uma propriedade já existente, buscando identificar se as atividades produtivas desenvolvidas na organização apresentam resultados positivos, a partir da identificação do desempenho econômico e financeiro.

No capítulo um é apresentada a contextualização do estudo, definição do tema, caracterização da organização, onde é abordada em detalhes a área de conhecimento do estudo. Ele trata ainda da problematização do tema, objetivo geral e específico e justificativa que relata a questão problema, como foi resolvido o estudo.

No capítulo dois consta a revisão bibliográfica do trabalho, onde é feita uma pesquisa a diversos autores buscando conceitos, definições, objetivo, características relacionadas com os vários temas em estudo. Dentre os assuntos abordados pode-se citar a contabilidade geral, contabilidade gerencial, contabilidade rural, análise de desempenho econômico- financeiro, indicadores de viabilidade e de resultado, etc.

No terceiro capítulo foi apresentada a metodologia, classificação da pesquisa essa dividida quanto à natureza, objetivos, abordagem do problema e procedimentos técnicos, continuando tem-se o plano da coleta dados, dentro desse tem os instrumentos para a coleta de dados e seguindo a análise e interpretação de dados.

No quarto capítulo, o estudo aplicado apresenta a análise dos resultados apresentando a produção do gado de corte e a produção de grãos no período de dezoito meses, considerando duas safras de soja e uma de trigo e vinte animais analisados até o abate. Primeiramente consta a classificação dos investimentos, custos e despesas para as duas atividades em seguida foram realizado o cálculo das receitas e margem de contribuição. Após é a apresentação da demonstração do fluxo de caixa e seus indicadores financeiros e também a demonstração do

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resultado do exercício com os indicadores econômicos, onde foi calculado, organizado e analisado cada dado fornecido pela organização para a obtenção de bons resultados. Finalizado a organização dos dados, foi feito uma análise comparativa entre as duas atividades analisado os indicadores econômicos e financeiros de cada uma, verificando o desempenho, qual a mais atrativa, se os resultados apresentados demostraram satisfação ao proprietário e se o investimento investido terá um bom retorno. Por fim, apresenta-se a conclusão do estudo e as referências consultadas para o desenvolvimento deste trabalho.

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1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo é abordado a definição do tema que trata-se da análise de desempenho econômico e financeiro, de um negócio que já existe, pelas projeções e indicadores, se a propriedade em estudo auxilia na maximização dos resultados. Para Warren; Reeve; Fess (2001, p.227) “O desempenho é frequentemente medido como a diferença entre os resultados obtidos e os resultados planejados”.

O estudo tem a finalidade de analisar o desempenho econômico e financeiro na produção de grãos e na produção de gado de corte. Iniciando primeiramente, pela definição do tema, seguida da caracterização da organização que foi estudada, problematização do tema, dos objetivos gerais e específicos e por último a justificativa do tema.

1.2 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO

A contabilidade aborda diferentes áreas de atuação, segundo Basso (2011, p.26) trata-se de:

Um conjunto ordenado de conhecimentos próprios, leis cientificas e métodos de evidenciação própria, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico), e que, como conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômica e financeira e, complementarmente, controla, registra e informa situações impactantes de ordem socioambiental decorrentes de ações praticadas pela entidade no ambiente em que se está inserida.

Este estudo é inerente á gestão das organizações e subsidia a tomada de decisões a partir de uma análise desempenho. Este estudo é parte da contabilidade gerencial, que como aborda Crepaldi (1998, p.18) “é o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que auxiliem em suas funções gerenciais”.

O estudo proposto busca subsidiar com informações seguras os gestores no processo decisório em avaliar o desempenho econômico e financeiro na produção de grãos e ou de investir na produção de gado de corte, optando entre as possibilidades disponíveis. Kuhn; Lampert, (2012, p.11) destacam que “a avaliação econômica e financeira de uma empresa tem por finalidade detectar os pontos fortes e fracos do processo operacional e financeiro da companhia, objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores”.

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Estudos realizados por Prado (2001) destaca que o desempenho ou performance de um estudo é a comparação entre o planejado e o realizado, considerando se as metas planejadas, o custo e o prazo para desenvolver o projeto foram alcançadas a medida que o mesmo foi colocado em prática.

Nessa linha o estudo aborda a análise de desempenho econômico e financeiro das atividades rurais, verificar o mesmo num período de um semestre ou mais, se o esforço realizado pelo proprietário em suas produções lhe trouxe resultados satisfatórios. Por isso é fundamental a análise econômica- financeira, ela auxilia nas evidências como, por exemplo, o que acontece no mercado e no mundo mexe com os resultados, as comparações através dos indicadores, como rentabilidade (mexe receita). “Análise financeira avalia os resultados e possibilita a correção da rota da empresa, caso necessário. O lucro gerado pela empresa depende de vários fatores, como a capacidade de oferecer produtos com qualidade e preço competitivo” (SILVA, 2008, p. 6).

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

O estudo apresenta é uma propriedade agrícola localizada no município de Augusto Pestana, no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, com foco na produção de grãos e na produção de gado de corte.

A proposta da organização é mostrar à análise de desempenho de um casal de agricultores, cuja produção de grãos estudada duas safras de soja, onde é plantado 47 hectares sendo 37 própria e 11 arrendada e no trigo 24 própria e 11 arrendadas, possuem acompanhamento do plantio até a colheita, desde os tratamentos com venenos, ureia que são necessários para a produção. O proprietário espera uma estimativa de 65 sacas por hectare, totalizando 1800 sacas ao preço de R$ 70,00, chegando a uma media/ ano de R$ 126.000,00.

Para a produção do gado de corte, a propriedade possui uma estrutura para a armazenagem do gado, desde recém-nascido (os terneiros são pegos de vizinho) até a fase adulta, cuidados como alimentação, sendo leite em pó nos dois primeiros meses, as primeiras rações de acordo com o crescimento e demais alimentos fornecidos (sal, silagem e pastagem) até estar pronto para venda, também possui duas estruturas de galpões para cada fase de crescimento do gado. O proprietário espera uma estimativa de 40 animais, possuindo 20 animais para o abate num período de 18 meses, onde totalizam 10.000 kg ao preço de R$ 5,00 o kg, chegando a uma média no período de R$ 50.000,00.

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A organização não possui nenhuma forma de tributação, mas tem o acompanhamento dos seus gastos e lucros anotados. A propriedade não possui empregados, é o casal que trabalha na propriedade, sendo os lucros obtidos a remuneração. O produtor fica na expectativa de boas safras e também no aguardo de que o gado esteja pronto para venda, com expectativa de bons preços para ambos os produtos.

Neste estudo foi realizada uma análise de desempenho numa propriedade, onde foi estudada a produção de grãos (do plantio à safra) e a produção de gado de corte (fase de crescimento até adulto) onde por meio desse desempenho mostrar economicamente e financeiramente se esse auxilia nos resultados ou se estão trazendo despesa.

1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

O estudo proposto aborda uma disciplina fundamental que foi estudada durante o curso, a contabilidade gerencial que proporciona como é importante ter decisão nas atuais empresas ou propriedades, como é apresentada nesse estudo.

Nos dias atuais as propriedades precisam buscar informações que lhe tragam resultados positivos, por meio da mesma tomar decisões adequadas, isso pode melhorar a produtividade da lavoura ou a melhorar no crescimento do seu gado. “As informações da contabilidade gerencial incluem dados históricos e estimados usados pela administração na condução de operações diárias, no planejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégicas de negócios integradas” (WARREN; REEVE; FESS, 2001, p. 3).

Na percepção de Iudícibus (1998, p. 21), “A contabilidade gerencial, num sentido mais profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que se encaixem de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador”.

A contabilidade financeira e outra disciplina que se encaixa nesse estudo, ela traz outra visão de se ver os resultados. “As informações da contabilidade financeira são relatadas em demonstrativos financeiros úteis para pessoas ou instituições de fora ou externas à empresa” (WARREN; REEVE; FESS, 2001, p. 3).

Estudos realizados por Marion (2002, apud, CAMARGO; BARBOSA, 2005, p.5) destaca que “O conhecimento da situação econômico-financeira de uma empresa só é possível por meio da análise de três pontos fundamentais: liquidez e endividamento (situação financeira) e rentabilidade (situação econômica)”.

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Sendo assim: Como a análise de desempenho econômico e financeiro na produção de grãos e de gado de corte pode auxiliar na maximização dos resultados dos negócios?

1.5 OBJETIVOS

Tendo em vista o tema proposto neste estudo e no intuito de responder a questão de pesquisa deste estudo, apresenta-se a seguir o objetivo geral e os específicos.

1.5.1 Objetivo geral

Verificar como a análise de desempenho econômico e financeiro na produção de grãos e de gado de corte pode auxiliar na maximização dos resultados dos negócios.

1.5.2 Objetivos específicos

 Efetuar a revisão bibliográfica, que dá sustentação teórica ao tema proposto;

 Identificar os custos, despesas e receitas, separando os custos fixos e variáveis para as atividades estudadas;

 Estruturar a Demonstração de Resultado do Exercício e o Fluxo de Caixa;  Identificar o desempenho econômico e financeiro para cada atividade. 1.6 JUSTIFICATIVA

Durante a realização do Curso de Ciências Contábeis, dentre várias áreas abordadas, existe a que mais desperta atenção. Nesse caso foi à contabilidade gerencial, por meio da análise de investimento, juntamente com a análise de desempenho, tema que aguça a curiosidade para buscar informações que possibilite analisar o desempenho econômico e financeiro na hora de produzir grãos e gado de corte em uma organização, a partir dos gastos, desembolsos, projeções da receita e despesa, identificar se a propriedade apresenta retorno aos investidores e se mantem bons resultados nas duas atividades (produção de grãos e de gado).

Para a organização é fundamental analisar a obtenção de lucro em ambas as atividades. A investigação apresenta estudos, que identificam o desempenho, fornecendo ao proprietário

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informações sobre seu negócio de uma forma mais simplificada, onde realmente aparecem seus resultados.

Enquanto concluinte do Curso de Ciências Contábeis, a realização deste trabalho contribui para identificar o quanto se agregou na formação durante a graduação, tanto para o conhecimento profissional, como para o pessoal, pois o que se aprende é único para o futuro, permitindo assim, a construção de novos conhecimentos.

Para o Curso de Ciências Contábeis da Unijuí e sociedade, esse pode ser uma fonte de pesquisa para outros alunos que desejam estudar o mesmo assunto. A importância dos trabalhos realizados, quanto à qualidade dos mesmos e o conhecimento que o acadêmico adquire durante o curso para poder transmitir enquanto profissional.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesse capítulo foi realizada uma revisão teórica dos assuntos a serem abordados em estudo, com a finalidade de revisar literatura diversos autores, possibilitando a compreender os conceitos, finalidades e objetivos, para assim verificar a solução da problematização do projeto proposto.

2.1 ATIVIDADE AGRÍCOLA

O presente estudo busca analisar uma propriedade rural, que tem como atividades econômicas a produção de grãos e gado de corte. Entende-se que esse tipo de atividade é importante no contexto econômico, tanto a nível local como no mercado nacional, visto que além das pessoas consumirem os produtos que vem do campo, os mesmos tem relevância na sobrevivência, crescimento e desenvolvimento do país, se a produtividade da agricultura obtiver bons resultados, gera movimento no comércio e na indústria consequentemente. Segundo Marion (2002, p.24), “empresas rurais são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo por meio do cultivo da terra, da criação de animais e da transformação de determinados produtos agrícolas”.

Na atividade agrícola, no caso a produção de grão, a receita desse encontra-se durante ou após a colheita, temos o período em que se planta, colhe e comercializam, algumas atividades agrícolas armazenam os grãos até obter um bom preço. Se a comercialização é feita logo após a colheita, está contribui de forma mais adequada na avaliação do desempenho da safra, pois pra a tomada de decisões é importante ver o resultado antes (MARION, 2002). No caso a produção de gado de corte é bem mais demorada, pode levar mais de um ano, depende de como o animal se adapta com a alimentação e lugar, o proprietário acompanha ate chegar ao peso adequado para o abate.

O agricultor deve estar preparado para as diversas situações do campo, buscando treinamento e aperfeiçoamento acerca das atividades que desenvolve, o que implica em mais informação e consequentemente maior qualificação para desempenhar o seu papel no contexto econômico em que esta inserido, como isso tende-se a obter maior resultado, visto que esta atento ao mercado, produtos, condições do estabelecimento e sobre qual cultura a ser desenvolvida e seus devidos tratamentos, para assim desenvolver sua atividade corretamente e com bons resultados (CREPALDI, 2005)

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2.2 CONTABILIDADE

A contabilidade está presente no dia-a-dia das organizações físicas e jurídicas, sendo relevante para controlar o patrimônio das pessoas e das empresas. Trata-se de uma das ciências mais antigas, o que é constatado a partir de diversos registros de que antigamente já se usavam técnicas contábeis, os quais foram úteis à sociedade para o seu desenvolvimento, implicando também em avanços importantes até os dias de hoje (CREPALDI, 1998).

Refere-se a uma ferramenta fundamental para visar lucro nas atividades realizadas, como Crepaldi (2012, p.6) afirma “A contabilidade é uma atividade fundamental na vida econômica. Mesmo nas economias mais simples, é necessário manter a documentação dos ativos, das dividas e das negociações de terceiros”, já para Sá (2002, p.46) “contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com a realidade, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia das células sociais”.

Basso (2011, p.28) ressalta que “a finalidade básica da contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento – processo decisório”. No patrimônio encontra-se os aspectos qualitativos, onde os bens, direitos e obrigações são do ponto de vista da sua natureza e quantitativos do ponto de vista monetário, onde expressa valor (BASSO, 2011).

No que tange aos da contabilidade são apontados o controle dos elementos patrimoniais, apurar os resultados, evidenciar a situação patrimonial, fornecer informações. Para que esses objetivos possam ser realizados são atribuídas algumas funções como: coletar documentos, classifica-los, registrar os fatos contábeis, acumular informações quantitativas e qualitativas, resumir informações do patrimônio e revelar a situação (patrimonial econômica e financeira da entidade) (BASSO, 2011).

Sob a perspectiva de que a contabilidade é um sistema de informações dinâmico que possibilita a tomada de decisões a partir das informações por ela gerada e evidenciada, destaca-se o interesse dos usuários, considerando a forma organizada e eficaz de controlar e inferir no desenvolvimento de um empreendimento, apontando soluções para a melhoria e permanência no mercado (KASSAI, 2000).

São vários os interessados na situação patrimonial da entidade, podem-se citar os acionistas ou sócios preocupados com o lucro, rentabilidade, segurança no que foi investido; os administradores consistem na informação para o processo decisório; banco, financiadores e fornecedores visam avaliar as reais garantias e capacitar de liquidação das dividas; o governo

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federal, estadual e municipal sobre o controle das receitas tributáveis e quanto ao planejamento (BASSO, 2011).

2.2.1 Contabilidade rural

A contabilidade rural controla o patrimônio das organizações rurais, nesse sentido, trata- se de uma função gerencial, a qual objetiva produzir informações úteis ao processo de tomada de decisão acerca da manutenção e crescimento dessas entidades. Como mencionado à finalidade da contabilidade rural é controlar o patrimônio das entidades rurais, assim como apurar o resultado das entidades rurais e prestar informações sobre o patrimônio e sobre o resultado das entidades rurais aos diversos usuários das informações contábeis (CREPALDI, 2005)

A contabilidade rural traz mais algumas importantes finalidades, segundo Crepaldi (2005, p.84):

-orientar as operações agrícolas e pecuárias;

- medir o desempenho econômico-financeiro da empresa e de cada atividades produtiva individualmente;

-controlar as transações financeiras;

-apoiar as tomadas de decisões no planejamento da produção, das vendas e dos investimentos;

-auxiliar as projeções de fluxos de caixa e necessidades de crédito;

- permitir a comparação da performance da empresa no tempo e desta com outras empresas;

-conduzir as despesas pessoais do proprietário e de sua família;

-justificar a liquidez e a capacidade de pagamento da empresa junto aos agentes financeiros e outros credores;

-servir de base para seguros, arrendamentos e outros contratos; -gerar informações para a declaração do imposto de renda.

Para tanto na organização rural é necessário um gestor, podendo ser o próprio dono ou outra pessoa de confiança, que entenda do assunto. O administrador rural tem função numa entidade rural, como planejar, controlar, decidir e avaliar os resultados e maximizar os lucros, satisfazendo o proprietário e gerando boas impressões para a sociedade e demais clientes. Ele precisa conhecer os fatores externos da entidade (preços, clima, existência do mercado, disponibilidade de mão-de-obra...) e os fatores internos (tamanho da organização, rendimentos dos cultivos e criações, eficiência da mão-de obra e dos equipamentos...) (SANTOS, MARION, SEGATTI, 2002).

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Sendo assim, entende-se que a gestão das atividades rurais pode ajudar as organizações melhorando seu desempenho, identificando as atividades mais rentáveis e com maior produtividade, com o intuito de maximizar os retornos, buscando o crescimento ou a manutenção dessa atividade que refere-se a uma atividade econômica, que pode melhorar a renda das família que dependem do campo para seu sustento e qualidade de vida (CREPALDI, 2005).

Para esse tipo de atividade é necessário paciência, atenção com a produção escolhida, pois o clima e os cuidados facilitaram para no fim para se obtiver bons resultados, esses podem demorar, pois são culturas de períodos longos, então se precisa um planejamento anual para o proprietário se manter durante esse período. Nas atividades agrícolas (produção de grãos, máximo uma vez ao ano) o agricultor se dedica do inicio ao fim, como: preparo de solo, plantio, adubação, tratamentos (solo, semente, água...), irrigação (se o clima de chuvas não colaborar), cultivo manual e mecânico (se necessário), cultivo químico (várias etapas se precisar) e colheita. Já na atividade pecuária criar e tratar o gado para no fim adquirir peso e ir para o abate, e necessários cuidados com a alimentação desses animais, por meio de pastagens, silagens, ração (esse processo funciona que nem na produção de grãos) e atenção no caso de surgir doenças, que podem ocasionar em perda de peso e crescimento (SANTOS, MARION, SEGATTI, 2002).

2.2.2 Contabilidade gerencial

A contabilidade está ligada as decisões, implicando na geração de informações eficientes, confiáveis e oportunas, as quais são de suma importância na vida das organizações. “A contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de informações para os administradores, isto é, aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações” (PADOVEZE, 2010, p. 38).

A contabilidade gerencial consiste no seguinte objetivo, segundo Crepaldi (2012, p.6):

É o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que auxiliem em suas funções gerenciais. E voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação gerencial.

Para Padoveze (2010, p. 41), “O objetivo da contabilidade gerencial é enfocar todos os temas escolhidos dessas disciplinas no processo da administração no processo integrado de tomada de decisões”. Para Crepaldi (2012, p. 3) “[...] o grande objetivo da contabilidade

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gerencial é planejar e colocar em pratica um sistema de informações para uma organização, com ou sem fins lucrativos”.

O profissional da contabilidade tem papel fundamental, deve agir também de forma gerencial nas organizações para as decisões que segue, Crepaldi (2012, p.7) explica:

O contador gerencial deve esforçar-se para assegurar que a administração tome as melhores decisões estratégicas para o longo prazo. O desafio e propiciar informações úteis e relevantes que facilitarão encontrar as respostas certas para questões fundamentais, em toda a empresa, com enfoque constante sobre o que deve ser feito de imediato e mais tarde.

A contabilidade gerencial é um instrumento relevante para a sociedade, sendo assim, além dos proprietários outros usuários passaram a ter interesse nas decisões das informações contábeis, como os sindicatos, credores, fornecedores, investidores, fisco, entre outros. As organizações buscam sistemas de controle operacional que demostre a melhoria nos custos e qualidade na redução nas atividades desenvolvidas por funcionários, necessitam de informações onde se evidenciam a lucratividade e os custos, informações que poderão facilitar na hora que os usuários precisarem (CREPALDI, 2012).

Percebe-se constantes mudanças na gestão de negócios tem se destacado, como a concorrência do mercado e inferioridade dos recursos, com isso administradores necessitam de informações úteis para a tomada de decisões, estas precisam ser claras, objetivas com as demais áreas do negócio desejado. As organizações que utilizarem um sistema integrado podem possuir um importantíssimo processo de controle, esse facilita na análise e no planejamento do presente e futuro, podendo até antecipar problemas indesejáveis (CREPALDI, 2012).

Os relatórios são encaminhados aos gestores de acordo com sua necessidade, isso pode ser periodicamente ou na medida em que ele precisar de informações, o mesmo tende a ser desenvolvido de modo a auxilia-lo na decisão (WARREN, REEVE, FESS, 2001). A partir dessas informações a decisão correta é executada, sendo importante que “o processo tenha origem a partir de informações existentes, admitindo certas hipóteses e, através de algum método de previsão, chegue-se à informação sobre o futuro” (KASSAI, 2000, p.98).

2.3 CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de custos auxilia na gestão das organizações, visto que evidencia os gastos resultantes durante a produção, consiste na formação de preço de venda. A informação

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gerada a partir dos custos ajuda no controle e tomada de decisões. Crepaldi (2012) aponta que os custos estabelecem o consumo de bens e serviços necessários na produção de um produto, um grupo de produtos, uma atividade especifica ou um conjunto de atividades da empresa. Uma definição bem ampla de contabilidade de custos na visão de Leone (2008, 47) é a de que:

[...] a contabilidade de custo é o ramo da função financeira que coleta, acumula, organiza, interpreta e informa os custos dos produtos, dos serviços. Dos estoques, dos componentes operacionais e administradores, dos planos operacionais, dos programas, das atividades especiais e dos segmentos de distribuição para determinar a rentabilidade e avaliar o patrimônio da empresa, para controlar os próprios custos e as operações se para auxiliar o administrador no processo de planejamento e tomada de decisões.

Uma organização precisa de instrumentos que auxilie seus gestores no processo de geração de informações gerenciais necessárias a tomada de decisão. Leone (2008, p.21) argumenta que “a contabilidade de custos se assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou obtém) dado, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais”. Segundo Warren; Reeve; Fess (2001, p.8) o objetivo de um sistema de contabilidade de custos é:

...acumular os custos de produtos. As informações sobre os custos do produto são usadas pelos gerentes para estabelecer os preços dos produtos, controlar as operações e preparar as demonstrações financeiras. Além disso, o sistema de contabilidade de custos melhora o controle ao fornecer dados sobre os custos incorridos em cada departamento ou processo de produção.

Assim como a contabilidade geral a contabilidade de custos está sempre sofrendo mudanças, visto que ela aparece pela primeira vez nos Estados Unidos, na época período industrial, auxiliando nos problemas da produção indústria. O campo de aplicação alargou-se, as finalidades cresceram os instrumentos não são apenas monetários, mas quantitativos (LEONE, 2008).

Martins (2001) menciona que a contabilidade de custos segue três passos básicos, que auxilia na organização e implementação de um sistema organizado de custos: o primeiro seria a separação entre custos e despesas (dos gastos selecionados a separação em custo e despesa primeiramente); segundo passo é a apropriação dos custos diretos (apropria-los diretamente aos produtos) e o terceiro passo apropriação dos custos indiretos (realização dos devidos rateios, procurando dentre as diferentes alternativas a que traz menor grau de arbitrariedade).

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Por meio de um sistema de apuração de custo o gestor ou contador pode identificar e organizar os dados que precisa e organizar dados reais (históricos, desembolsos, registros contabilmente), produzindo assim informações gerenciais aos administradores. Um sistema de apoio também é necessário para que uma organização tenha atingimento por completo de seus objetivos, como exemplos pode-se citar um subsistema de mão-de-obra (horas de produção, classificação dos operários), contabilidade geral (quanto as despesa, os valores e destinação) (LEONE, 2008).

Os contadores buscam estruturar uma contabilidade de custos que solucione os problemas de mensuração dos estoques e do resultado, podendo assim auxiliar os gestores na missão e gerenciamento das empresas. A competividade e a concorrência são fatores que podem influenciar na organização, então se busca a necessidade de ter uma contabilidade de custo que indique que preço realmente colocar no mercado e assim efetuar rentabilidade (MARTINS, 2001).

2.3.1 Custos na atividade rural

Custos na atividade rural é um ramo que está auxiliando o agricultor nas tomadas de decisão, através dele consegue-se verificar quanto se gasta em cada atividade de produção desde gastos até os resultados.

Custo é uma despesa que faz a fim de obter um rendimento. Ao estabelecer um preço, para seu produto ou serviço, deve-se saber qual é seu custo total e o custo por unidade. É preciso também estar familiarizado com os vários conceitos de custo, que são uteis na determinação da receita, na tomada de decisão a curto e a longos prazos, no planejamento, nas avaliações e nos controles. Diferentes tipos de custos são usados para diferentes propósitos, e a escolha correta assegura o uso apropriado dos recursos do departamento (CREPALDI, 1998, p.53).

Um sistema pode ajudar o administrador na eficiência e a existência dos gastos não necessários, Santos, Marion, Segatti (2002, p. 34) definem que “um sistema de custos é um conjunto de procedimentos administrativos que registra, de forma sistemática e contínua, a efetiva remuneração dos fatores de produção empregados nos serviços rurais”.

As terminologias de custos evidenciam o entendimento de determinados termos como: gastos, investimento, custo, despesa, desembolso e perda. Os gastos seria o sacrifício que a entidade arca para a obtenção de um bem ou serviço, entrega de normalmente dinheiro aos ativos; desembolso é o pagamento da aquisição de um bem ou serviço, seja ele à vista ou a prazo; investimento é o gasto com o bem ou serviço em função da vida útil ou de benefícios

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futuros; custo seriam os gastos de um bem ou serviço resultando na produção de outros bens; a perda é o gasto consumido de forma anormal e involuntária e as despesas são os bens ou serviços consumidos para a obtenção das receitas (MARTINS 2001).

A classificação dos custos depende de fatores tais como identificação com a produção ou relação com o volume dessa produção e classificam-se em: diretos e indiretos e esses podem ser fixos e variáveis. Os custos diretos são aqueles que não sofrem rateio, são identificados aos produtos agrícolas e variam conforme a quantidade produzida. Podem-se citar exemplos desses custos os insumos, mão-de-obra direta, material de embalagem, depreciação do equipamento agrícola e energia das maquinas agrícolas (CREPALDI, 2005).

Os custos indiretos para esses serem incorporados aos produtos agrícolas necessitam de rateios, cálculos ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos agrícolas. Exemplos seria aluguel, iluminação, depreciação, salários dos administradores etc. (CREPALDI, 2005). O rateio é utilizado nos custos indiretos, segundo critérios racionais. Ele modifica o custo de produção e o resultado da organização. Exemplos seria depreciação das máquinas segundo o tempo; energia elétrica segundo os quilowatts gastados ou outros graus de arbitrariedade que podem ocorrer (CREPALDI, 1998).

Após a separação em custo direto e indireto, esses são separados em fixos e variáveis. Os custos indiretos podem ser fixos e variáveis e os custos diretos apenas variáveis. Os fixos são aqueles em que o volume de produção não se altera, onde os valores permanecem iguais. Exemplos seria um seguro, IPTU, impostos, etc. Já as variáveis alteram os valores conforme o volume produzido, na medida em que aumenta a quantidade os custos vão aumentando também. Exemplos seria a mão-de-obra direta, horas extra e matéria-prima (DUBOIS; KULPA; SOUZA, 2009).

2.3.2 Custeio Variável

O método custeio variável é aquele que varia proporcionalmente de acordo com o volume produzido. As quantidades aumentam os custos variáveis também aumenta, caso contrário pode diminuir ou até nem existir, ser nulo. Alguns exemplos são a matéria – prima, mão-de-obra e embalagem (CREPALDI, 1998).

Contabilização dos custos “os custos de mão de obra direta são lançados as ordens de apontamentos das horas (esforços) trabalhados em cada ordem. Os materiais e serviços específicos dos produtos de cada ordem de fabricação são acumulados as ordens através das requisições de materiais e serviços exclusivos da ordem” (PADOVEZE 2010, p. 327).

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Outra denominação conhecida do custeio variável e também por custeio direto. Podendo-se constatar alguns pontos positivos e algumas críticas no método variável, dentre os positivos pode-se citar que facilita a elaboração e o controle; melhor controle dos custos fixos; facilita o tempo, o trabalho quanto à apuração e apresentação das informações; suporte para as decisões. Os pontos negativos e que pode prejudicar a análise dos credores, na parte da liquidez e do capital líquido; não é aceito pelo fisco; fere com o principio contábil, o da competência (CREPALDI, 1998).

O sistema de custeio variável é voltado para a decisão, um fator que auxilia nesse gerenciamento é à margem de contribuição. Os custos e as despesas variáveis e o preço de venda são elementos essenciais para se encontrar a margem de contribuição, que proporciona uma visão dos produtos produzidos, servindo como decisão e esse cobrir os custos fixos. Pode ocorrer margem de contribuição maior de que outro em alguns produtos, o gerente pode optar em alterações, cancelamento do produto que pode estar causado prejuízo e até mesmo na forma de participação do mercado (DUBOIS; KULPA; SOUZA, 2009).

Pode-se encontrar a margem de contribuição de três maneiras: unitária (subtração entre o preço de venda, os custos e despesas variáveis); percentual (precisa-se das vendas do período menos os custos variáveis, dividido pelas vendas novamente) e total (quantidade de unidades vezes margem de contribuição unitária) (WARREN, REEVE, FESS, 2001).

A empresa precisa saber a quantidade a ser vendida para obter lucro, uma ferramenta que pode solucionar isso é o ponto de equilíbrio. “O ponto de equilíbrio é o nível de operações no qual as receitas e os custos de uma empresa são exatamente iguais. [...] o ponto de equilíbrio é útil no planejamento empresarial, especialmente quando as operações se expandem ou encolhem” (WARREN, REEVE, FESS, 2001, p.98).

Há três tipos de calcular ponto de equilíbrio: ponto de equilíbrio contábil, que são os custos fixos, dividido pelo preço de venda menos custos e despesas variáveis (MC – margem de contribuição); o ponto de equilíbrio financeiro, que refere-se aos custos fixos menos a depreciação, dividido pelo preço de venda menos custos e despesas variáveis; e o ponto de equilíbrio econômico, que é encontrado da divisão dos custos fixos mais a rentabilidade, pelo preço de venda menos custos e despesas variáveis). Para encontrar o ponto de equilíbrio em moeda, multiplica-se a quantidade encontrada no ponto de equilíbrio pelo o preço de venda por unidade (MARTINS, 2001).

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2.3.3 Desempenho econômico e financeiro

Numa organização se buscar a obtenção de resultados (gerando lucro) e as despesas e os custos precisam ser pagos em primeiro lugar, então surge a importante de avaliar o desempenho da entidade, onde proprietário juntamente com um profissional ou não buscam maneiras de medir as consequências financeiras e econômicas das decisões de gestão, proporcionando alcançar investimentos, operações e financiamentos a longo tempo (HELFERT, 2000).

No primeiro período executado pode ocorrer um lucro ou rendimento a baixo do esperado, mas para o proprietário deve pensar positivo que nos próximos terá retorno satisfatório, pois com isso obtém experiência para os próximos. Galesne; Fensterseifer; Lamb (1999) argumenta esse fato dizendo como é importante monitorar o desempenho de seus investimentos de capital, o quanto se aprende para os próximos projetos futuros.

Percebe-se então que a análise de desempenho pode-se ser avaliado duas situações: o econômico (visa mais no patrimônio, quanto se recebe e quanto se gasta) e o financeiro (visa saber as disponibilidades para poder investir e quanto à em caixa mesmo).

A gestão tem interesse duplo na análise de desempenho financeiro: avaliar a eficiência e rentabilidade das operações e julgar o uso eficiente dos recursos nas empresas. O julgamento das operações é baseada na análise do demonstrativo de resultado (lucro), enquanto a eficácia dos recursos e normalmente mensurada pela revisão do balaço patrimonial e do demonstrativo de resultado. Para realizar julgamentos econômicos, porem, é necessário ajustar os dados financeiros disponíveis para refletir os valores e condições econômicas atuais.

(HELFERT, 2000, p.79).

A palavra desempenho pode ser compreendida como a realização de uma atividade ou de um conjunto de atividades, por meio da avaliação de desempenho podem-se tomar decisões corretas. Esse processo incorpora, além das características informativas necessárias para julgar adequadamente um bom desempenho, requisito essencial para se integrar ao processo de gestão, em suas fases de planejamento, execução e controle, portanto uma avaliação de desempenho inclui a avaliação e o controle dos resultados das atividades (PADOVEZE, 2010).

A avaliação de desempenho tem como objetivo a segmentação da empresa em unidades administrativas e organizadas dentro do subsistema formal: os setores, departamentos e divisões, que se expressam dentro da contabilidade gerencial ou de custos sob conceitos de centros de custos, de resultados ou de investimentos. (PADOVEZE, 2010, p.269)

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Para compreensão dessas situações, a econômica e financeira foi abordado algumas definições ou informações sobre as mesmas. Na percepção de Crepaldi (2012, p.6) “A contabilidade financeira é o processo de elaboração de demonstrativos financeiros para propósitos externos: pessoal externo à organização, como acionistas, credores, e autoridades governamentais”. Kuhn; Lampert (2012, p.14) argumentam da seguinte maneira, “a área financeira tem como atribuição fornecer informações corretas, precisas e atualizadas às demais áreas, para que estas possam tomar decisões financeiramente corretas e adequadas”.

A análise financeira constitui-se num processo de meditação sobre as demonstrações contábeis, objetivando uma avaliação da situação da empresa em que seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros. Ela serve para avaliar decisões que foram tomadas pela empresa em épocas passadas, bem como fornece subsídios para o planejamento financeiro, visando ao futuro (KUHN; LAMPERT, 2012, p.11).

Na análise financeira os principais usuários são: as instituições financeiras ou não, onde tanto o analista de investimento quanto o analista de crédito desempenham funções externas, no caso, seria os bancos e outras instituições e os internos seriam os que cuidam da análise própria da empresa; a alta direção é um usuário que possibilita resumidamente informações para as tomadas de decisões mais rápidas e eficazes; há outros usuários externos como os acionistas, os administradores; governo faz parte por causa da arrecadação dos tributos; fornecedores; clientes, necessário verificação de entradas e saídas através desses (KUHN; LAMPERT, 2012).

A economia para Vasconcelos, (2001, p.21) “Pode ser definida como uma ciência social que estuda como o individuo e a sociedade decide utilizar recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribui-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas”.

Para Helfert (2000) a atividade econômica é um termo resumido para indicar os vários tipos de análise que definem e estabelecem dados economicamente pertinentes para descrever e julgar a atratividade relativa de qualquer aspecto operacional de uma empresa e de suas subdivisões.

2.4 ORÇAMENTO DE RECEITAS E DESPESAS

A história do orçamento é antiga, os homens das cavernas precisavam prever quantos dias ou meses durariam seus alimentos durante o inverno, pois a dificuldade depois de

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encontra-lo era maior nessa época, então práticas de orçamento comeram a surgir, tendo origem primeiramente pelos romanos (LUNKES, 2010).

Dentre diversas definições, Lunkes (2010, p.28) afirma “O orçamento pode ser definido como um plano dos processos operacionais para um determinado período. Ele é uma forma representativa dos objetivos econômico-financeira a serem atingidos pela organização.” Para Frezatti (2009) orçamento é um plano financeiro para programar a estratégica da empresa para um exercício, uma estimativa baseada num compromisso para os gestores alcançar metas e proporcionar condições de avaliação do desempenho para a empresa e gestores.

Ainda pode-se destacar segundo, Warren; Reeve; Fess (2001, p.179) que “o orçamento envolve o estabelecimento de metas especificas, execução de planos para suas metas e a comparação periódica dos resultados efetivos com as metas”. Santos; Marion; Segatti (2002, p.143) destaca que o “orçamento é o levantamento prévio de receitas, custos, despesas e investimentos, cuja finalidade é dar consistência ao planejamento estratégico da empresa rural e consequentemente ao planejamento operacional”.

Dos principais objetivos e funções do orçamento destacam-se segundo Zdanowick (2001) é o planejamento (fixar os objetivos e programar as atividades para se alcançar as metas) e o controle (avaliar os resultados e confrontar com as estimativas, verificando seus desvios e as ações corretas). Já as funções vitais para uma boa administração seria a elaboração do plano geral de operações ou ações para o futuro; comparação dos resultados com o plano proposto; dar visão em longo prazo e novamente o planejamento e o controle se encaixam também.

O orçamento das receitas compreende a previsão de quantidades e preços unitários das mercadorias, produtos e serviços, sendo um dos principais orçamentos da entidade, esse está na demonstração do resultado, então é importante a identificação e classificação das mercadorias, produtos e serviços e do preço sugerido para a construção da estrutura do mesmo (PADOVEZE, 2010).

O orçamento de despesas operacionais compreende de todos os gastos que irão impactar no período desejado, ou seja, ou gastos que foi preciso para administrar e vender os produtos ou serviços aos clientes, exceto os custos de produção. Essas despesas então seriam administrativas (os custos fixos, as que incorporam durante o período), vendas (podem ocorrer antes, durante ou depois de uma venda), tributária (o recolhimento dos impostos, taxas e contribuição), financeiras, as quais incorrem por meio da tomada de decisão realizada por

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empréstimos e financiamentos captados pela entidade, dos descontos, juros entre outros (ZDANOSWISK, 2001).

Além do orçamento de receita e despesas, podem-se evidenciar ainda outros tipos de orçamento como: orçamento de vendas (determinação das quantidades a serem vendidas, dos preços para os produtos e mercados, dos impostos sobre as mesmas, orçamento em moeda corrente do país), orçamento de produção (decorre do orçamento de vendas, é quantitativo, a quantidade de produto a ser fabricada é importante para a ordem, capacidade de materiais e mão-de-obra nos setores da produção, o, impacto que pode ocorrer e depois a entrega das mercadorias, seus transportes, comercialização, se está em ordem) (PADOVEZE, 2010).

Para Zdanowisk (2001) tem o orçamento de caixa ainda onde se pode ser evidenciado um equilíbrio financeiro entre receita e os custos ao longo do período, para a administração uma visão dos ingressos e desembolsos do caixa para projetar o futuro e ainda para sua elaboração será preciso a utilização dos demais orçamentos citados acima.

2.5 ANÁLISE DE VIABILIDADE

Dentro de uma organização é importante saber o que se quer investir, que investimento pode ser adequado e que resultado pode trazer no presente e futuro. “Um investimento é um desembolso feito visando gerar um fluxo de benefícios futuros, usualmente superior a um” (FREZATTI, 2008, p.66). A análise de viabilidade aborda a questão das informações que ela pode transmitir ao investidor, com os indicadores de viabilidade fica evidente esse proposito.

Avaliar a viabilidade econômico-financeira de um investimento é reunir argumentos e informações para construir os fluxos de caixa esperados em cada um dos períodos da vida desse investimento e aplicar técnicas que permitam evidenciar se as futuras entradas de caixa compensam a realização do investimento (SOUSA, 2007, p.53).

No estudo da viabilidade é fundamental avaliar um negócio já existente, requer cuidados na hora de identificar custos, despesas, investimentos, os empréstimos e dívidas realizadas no período quando necessário e também as melhorias que o mesmo teve ou vai ter (MOTTA; CALOBA, 2002).

A análise de viabilidade serve como suporte para às decisões de investimentos devem ser elaboradas por meios métodos e critérios que demonstrem com bastante clareza os retornos dos investimentos, desde os níveis de risco assumidos. A finalidade da avaliação econômica- financeira de investimentos consiste em avaliar o fluxo de caixa futuro gerado pelo investimento realizado, esse fluxo é uma projeção líquida de caixa, que gera lucro (HOJI,

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2010). As técnicas de análise de viabilidade indicam a possibilidade de viabilidade econômica de um investimento, antes de sua implementação. Os modelos de decisão de mensuração do valor da empresa estão focados em apontar o valor de uma empresa em andamento, a qual é fruto de um conjunto de investimentos em operação, já decididos no passado e referem-se a investimentos em operação (PADOVEZE; BENEDICTO, 2010).

Na linha de Santos (2001, p.144) “o objetivo básico da análise de investimentos é avaliar alternativas de ações ou escolher a mais atrativa entre várias, usando métodos quantitativos”. Helfert (2000, p.179) afirma que “são os bons investimentos que implementam estratégicas essenciais na geração de valor para o acionista, o que deve ser analisado em um contexto adequado e com métodos analíticos pertinentes”.

Continuado a abordando desse assunto Souza; Clemente (2009) complementa que: a decisão de investir é de natureza complexa, seria necessário desenvolver um modelo teórico para explicar essas decisões.

O projeto de investimento, em sentido mais amplo, pode ser interpretado como um esforço para elevar o nível de informação (conhecimento) a respeito de todas as implicações, tanto desejáveis, para diminuir o nível de risco. Em outras palavras, o projeto de investimento é uma simulação da decisão de investir (SOUZA; CLEMENTE, 2009, p.9).

Os resultados de desempenho são muito significativos, além de ser um exercício avaliação ele desenha as expectativas futuras. Deve-se ter cuidado na avaliação de tendências passadas contra as condições futuras que se podem tanto externa quanto interna, pois aborda condições competitivas e econômicas. O desempenho econômico-financeiro requer aperfeiçoamento dos resultados com o passar do tempo para que as expectativas projetadas tenham um equilíbrio, uma estratégica para reforçar as futuras (HELFERT, 2000).

2.6 FLUXO DE CAIXA

Para alguns analistas é considerado um instrumento que permite identificar a circulação de dinheiro de uma organização. No fluxo de caixa se examina as origens e as aplicações do dinheiro quando envolve pagamentos e recebimento, uma maneira que pode auxiliar no manuseio do dinheiro, facilitando o gerenciamento dos administradores nos negócios da organização (SILVA, 2008).

A demonstração em estudo, na linha de Matarazzo (2003) explica que essa auxilia na análise do desempenho financeiro das entidades e que a palavra fluxo significa movimento,

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esse movimento do caixa gera resultados mostra o desempenho da mesma. Já Braga (2003) aborda que a função principal, seria propiciar informações sobre a movimentação de entradas e saídas de caixa num determinado período.

Matarazzo (2003, p.364) elenca os principais objetivos:

•Avaliar alternativas de investimentos.

•Avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa, com reflexos monetários.

•Avaliar as situações presentes e futuras do caixa na empresa, posicionando-a para que não chegue a situação de liquidez.

•Certificar que os excessos momentâneos de caixa estão sendo devidamente aplicados.

Em alguns modelos de fluxo de caixa, existem três áreas pertencentes na sua estrutura: as de atividades operacionais (são transações que envolvem a aquisição do objeto social, como os recebimentos e pagamentos); as atividades de investimentos (são transações com ativos financeiros, as aquisições de participações de outras entidades, ativos da produção ou prestações de serviços, etc.); as atividades de financiamentos (são as que incluem captação de recursos dos acionistas e de empréstimos retorno dos lucros e dividendos, etc.). (BRAGA, 2003)

Nessa demonstração, segundo Braga (2003) pode ser utilizado dois, o direto e indireto: o direto apresenta os componentes do fluxo pelo valor bruto, os recebimento e pagamento; o indireto apresentam fluxos de caixa originais, como a movimentação líquida que influencia as atividades operacionais, de investimentos e financiamentos (depreciação, amortizações, baixas, estoques, contas a pagar e a receber).

Na visão de Padoveze (2010, p.83) “pode ser elaborado por consulta e reacumulação de dados das contas representativas das disponibilidades, bancos e aplicações financeiras”. Não se pode só se basear no lucro do exercício como uma situação favorável para a organização, pois se na mesma deu lucro, pode acontecer que o fluxo de caixa tenha diminuído, dentre os fatores que geram isso são o princípio da competência (receita incorridas e não recebidas ou despesas incorridas e não pagas), itens considerados apuração de resultado e por isso não afetam o caixa ou quando usar recursos financeiros para pagar alguma aquisição de um bem (SILVA, 2008).

Na sequência, no quadro um apresenta-se uma estrutura simplificada da demonstração do fluxo de caixa, sugerida por Zdanoswisk (1998, p.145) e é usada pelas organizações.

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Quadro 1- Modelo da estrutura da demonstração de fluxo de caixa

PERÍODOS JAN FEV MAR ... TOTAL

ITENS P/R/D P/R/D P/R/D P/R/D P/R/D 1. INGRESSOS Vendas à vista Cobranças em carteira Cobranças bancárias Descontos de duplicatas

Vendas de itens do ativo permanente Aluguéis recebidos

Aumentos do capital social Receitas financeiras Outros SOMA 2. DESEMBOLSOS Compra à vista Fornecedores Salários

Compras de itens do ativo permanente Energia elétrica

Telefone

Manutenção de máquinas Despesas administrativas Despesas com vendas Despesas tributárias Despesas financeiras Outros

SOMA

3. DIFERENÇA DO PERÍODO (1-2) 4. SALDO INICIAL CAIXA

5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (+/-3+4) 6. NÍVEL DESEJADO DE CAIXA

7. EMPRÉSTIMOS A CAPTAR

8. APLICAÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO 9. AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉTIMOS

10. RESGATES DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS 11. SALDO FINAL DE CAIXA

P= projetado; R= realizado; D= defasagem Fonte: Zdanoswisk (1998, p.145)

No modelo de fluxo de caixa apresentado Zdanoswisk (1998), pode-se encontrar a seguinte estrutura dessa demonstração: os ingressos onde são evidenciadas as entradas de caixa e bancos dos períodos desejáveis (vendas a vista diretamente ligadas no fluxo e a prazo as que necessitam de um mapeamento de recebimento, desde esses em atraso ou transportados para o caixa; os descontos de duplicatas, aluguéis recebidos e receitas financeiras...); os desembolsos constituem em todas as operações de pagamentos decorrentes das atividades das empresas.

O Fluxo de caixa pode ser separado em atividades operacionais, financeira e de investimentos e para cada um desses subgrupos deve ser apurado o saldo a partir dos ingressos deduzidos dos desembolsos, para posterior apuração do sado final do caixa,

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lembrando que o sado final do caixa de um período é o saldo inicial do período seguinte (ZDANOSWISK, 1998).

2.6.1 Indicadores de viabilidade

Os indicadores de viabilidade para um empreendimento indica a projeção do desempenho econômico e financeiro de um negócio que existe e pretende-se amplia-lo, ou que a partir de uma estrutura existente pretende-se identificar as perspectivas de desempenho futuro (GOMES, 2013). Nesse sentido o estudo propõe utilizar alguns indicadores, os quais estão apresentados e definidos nesta seção, com o intuito de auxiliaram na tomada de decisão, como TMA, TIR, VPL, VFL, VUL, Payback simples e descontado. Abaixo conta descrição de cada um.

Nos estudos de investimento é usado o desconto da taxa mínima de atratividade (TMA), considerada uma boa taxa e com baixo grau de risco. Para estabelecer esta taxa, não é nada fácil, é feito uma análise no mercado, e essa voltada na questão de sobrevivência, dê manter um teto e piso nos projetos verificando que taxa pode impactar nela, como a Taxa Básica Financeira (TBF) e Taxa Referencial (TR) e outras.

A taxa TMA é taxa a partir as qual o investidor considera que está obtendo ganhos financeiros. É uma taxa associada a um baixo risco e alta liquidez, ou seja, qualquer sobra de caixa pode ser aplicada, na pior das hipóteses, na TMA. Uma das formas de se analisar um investimento é confrontar a TIR a TMA do investidor (CASSAROTO; KOPITTKE, 2010, p. 42).

O valor presente líquido (VPL) é um indicador utilizado para avaliar proposta de investimentos de capital, através desse se evidencia a riqueza em valores monetários, medido pela diferença entre o valor presente das entradas e valor das saídas, com uma taxa de desconto. É significativo o investimento que apresentar VPL maior ou igual à zero (KASSAI, 2000). O indicador acima é importante para as organizações, Kassai (2000, p.65) explica dizendo que:

O VPL é um dos melhores métodos e o principal indicado como ferramenta para analisar projetos de investimentos, não apenas porque trabalha com fluxo de caixa descontado e pela sua consistência matemática, mas também porque o seu resultado é em espécie ($) revelando a riqueza absoluta do investimento.

Na linha de Souza; Clemente (2009) é uma técnica bem conhecida e utilizada pelas organizações, ele indica os valores encontrados num fluxo de caixa na fase inicial, as entradas e as saídas. No cálculo do Valor Presente Líquido (VPL) usa-se o desconto da Taxa Mínima

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de Atratividade (TMA), usam-se os valores considerados para o valor presente das entradas menos o valor presente das saídas. Frezatti (2008) argumenta ainda que se o estudo tiver uma TIR maior que a TMA, o VPL será positivo.

Assim como o VPL, a taxa interna de retorno (TIR) também é um indicador favorável para avaliar os investimentos, representa um taxa de desconto que iguala num único momento aos fluxos de entradas e saídas. Se a TIR for maior ou igual à TMA é atrativo o investimento, mas se for calculada a partir de um fluxo de caixa descontado ela é atraente se for maior ou igual à zero (KASSAI, 2000).

Nas alternativas de investimentos essa técnica é usada para avaliar a dimensão de um retorno (limite superior para a rentabilidade, se ocorre um ganho ao investir na TIR do que na TMA) e uma dimensão de risco (limite superior para a variabilidade da TMA, quando as duas taxas estirem próximas o risco aumenta) (SOUZA; CLEMENTE, 2009).

Se o proprietário precisar verificar o prazo de retorno do que foi investido, foi analisado pelo payback simples e descontado, “o payback é o período de recuperação do prazo de um investimento e consiste na identificação do prazo em que o montante do dispêndio de capital efetuado seja recuperado por meio dos fluxos líquidos de caixa gerados pelo investimento” (KASSAI, 2000, p.84). No método payback simples segundo Frezatti (2008, p.74), “Corresponde ao período de tempo necessário para a empresa recupere, por meio de entradas de caixa, o investimento inicial do projeto. A empresa aceitará o projeto sempre que este período for inferior ao período máximo aceitável, [...]”. O payback simples é uma técnica de fácil uso, ele considera o valor de dinheiro no tempo. No momento em que o saldo de caixa inicial for zerado, significa quantos anos foi necessário para recuperar o investimento (SOUSA, 2007).

A entidade precisa ter um padrão de aceitação e ter definições do que seria adequado no uso do payback simples, como verificar a vida útil dos ativos (vida útil três e período cinco anos); grau de intensidade da demanda de caixa (quando houver muitas entradas, diminuir os prazos de aceitação); tipos distintos de estudos (se os gestores discriminarem prazos por motivo de vários tipos de projetos) (FREZATTI, 2008).

Já no payback descontado Sousa (2007, p. 60) comenta, “[...] as futuras entradas de caixa são apresentadas sob valores presentes para fins de amortização do investimento inicial”. Frezatti (2008) argumenta o payback descontado como um aperfeiçoamento do payback simples, onde se apura as contas do fluxo de caixa e se aplica uma taxa chamada de Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ou taxa de custo de oportunidade, se essa taxa reduzir ou aumentar o estudo reduz também. Esse método indica o tempo para a recuperação dos

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