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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

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Academic year: 2021

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Banco BPI 2003

“A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 250 do Código dos Valores Mobiliários, dispensou

a publicação das contas individuais.

Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-se disponíveis para consulta, juntamente com os restantes,

na sede desta Sociedade, de acordo com o estabelecido pelo Código das Sociedades Comerciais.”

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Índice

RELATÓRIO Principais indicadores 4 Apresentação do relatório 6 Órgãos sociais 13 Marcos históricos 14 A identidade do BPI 16 Estrutura financeira e negócio 17 A Marca BPI 18 Canais de distribuição 20 Governo do Grupo BPI 22 Responsabilidade pública 24 Principais acontecimentos em 2003 26 Enquadramento 28 Recursos humanos 36 Tecnologia 40 Operações 43 Banca Comercial 44 Seguros 69 Gestão de Activos 70 Banca de Investimento 76 Private Equity 81 Análise financeira 84 Gestão de riscos 127 Rating 144 Acções BPI 146 Accionistas 149 Criação de valor para o Accionista 150 Referências finais 151 Proposta de aplicação de resultados 152

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS Demonstrações financeiras consolidadas 153 Notas às demonstrações financeiras consolidadas 160 Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria 224 Relatório dos Auditores 226 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 227

RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DO GRUPO BPI Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 229 Apêndice do Relatório sobre o Governo da Sociedade 285

ANEXOS Informação sobre participações no capital 291

Apêndices Conceitos, siglas, abreviaturas e expressões estrangeiras 294

Glossário 296 Formulário 299 Notas metodológicas 300 Índice geral 301 Índice temático 304 Índice de figuras, quadros, gráficos e caixas 305

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Principais indicadores

(Montantes consolidados em milhões de euros, excepto quando indicado de outra forma)

1) Custos de funcionamento (custos com pessoal e fornecimentos e serviços de terceiros) em % do produto bancário.

2) Custos de estrutura (custos com pessoal, fornecimentos e serviços de terceiros e amortizações) em % do produto bancário, excluindo lucros em operações financeiras. 3) Calculado de acordo com as regras do Banco de Portugal sobre requisitos mínimos de fundos próprios (Aviso n.° 7 / 96).

4) Responsabilidades com pensões reconhecidas no balanço.

5) Ajustados por aumentos de capital, redenominação e renominalização do capital.

6) Inclui balcões tradicionais (483 em 2002 e 2003), lojas habitação, balcões in-store, centros de investimento e lojas automáticas.

7) Rede vocacionada para servir empresas de média dimensão (38 Centros de Empresas), de grande dimensão (6 Centros de Empresas), 4 Centros de Wholesale, 1 Centro de Project Finance e Institucionais (5 Centros).

8) Colaboradores do Grupo na actividade doméstica e internacional. Inclui trabalho a termo e temporário.

F – conceitos definidos no Formulário (pág. 299).

2003 2002 ∆% 02 / 03 2001 2000 1999 Activo total 16 550.5 21 907.4 24 792.9 25 669.1 26 195.3 2.0% Activo total mais desintermediação F 20 753.3 26 331.3 29 098.3 29 576.9 30 533.1 3.2%

Situação líquida 650.7 930.0 908.7 1 168.9 1 227.3 5.0% Crédito sobre Clientes (bruto) e garantias 12 023.4 16 542.8 18 768.9 19 738.0 20 690.1 4.8% Depósitos de Clientes 9 458.5 10 463.7 11 494.3 12 224.6 12 181.4 (0.4%) Recursos totais de Clientes F 14 801.2 16 507.8 17 392.9 17 690.3 18 213.9 3.0%

Activos financeiros de terceiros sob gestão 7 248.5 7 638.4 7 544.4 7 512.6 8 575.5 14.1%

Cash flow correnteF 207.2 278.6 327.0 310.4 329.1 6.0%

Resultado corrente 139.6 152.5 190.6 192.1 200.8 4.5%

Lucro líquido F 124.8 152.4 133.3 140.1 163.8 17.0%

Cash flow após impostos 192.3 278.5 269.6 258.4 292.2 13.1% Rendibilidade do activo total médio (ROA) F 0.8% 0.8% 0.6% 0.6% 0.6%

Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) F 22.4% 21.8% 14.8% 13.5% 13.9%

Cost-to-income1 F 65.0% 60.7% 58.1% 58.7% 57.5%

Rácio de eficiência2 F 79.6% 71.9% 68.3% 67.1% 66.7%

Rácio de requisitos de fundos próprios3

11.6% 9.8% 9.2% 10.2% 9.9% Tier I3

6.8% 6.7% 5.9% 7.3% 6.7%

Crédito vencido há mais de 90 dias em % do crédito a Clientes F 1.4% 1.0% 0.9% 1.3% 1.2%

Cobertura do crédito vencido por provisões F 157.3% 194.2% 210.0% 153.0% 148.4%

Financiamento das responsabilidades com pensões4 F 102.4% 101.6% 100.0% 100.1% 101.4%

Valores por acção ajustados (euros)5 F

Cash flow após impostos 0.32 0.44 0.40 0.35 0.38 8.4%

Lucro líquido 0.21 0.24 0.20 0.19 0.22 12.1%

Dividendo 0.09 0.09 0.09 0.08 0.09 7.8%

Valor contabilístico 1.05 1.37 1.34 1.54 1.61 5.0%

N.º médio ponderado de acções (em milhões)5 F 603.8 626.3 679.0 728.3 760.0 4.4%

Cotação de fecho ajustada5

(euros) 3.86 3.18 2.15 2.18 2.92 33.9%

Rendibilidade total do Accionista F 2.5% (16.0%) (30.4%) 3.0% 38.5%

Capitalização bolsista em final do ano 2 390.0 2 156.4 1 459.1 1 656.8 2 219.2 33.9%

Dividend yield F 2.4% 2.4% 2.7% 3.9% 4.1%

Balcões de retalho6

(número) 592 592 584 564 573 1.6%

Centros de Empresas e Institucionais7

(número) 54 63 63 61 54 (11.5%)

Colaboradores do Grupo BPI8

(número) 8 239 8 359 8 106 7 576 7 025 (7.3%) Quadro 1

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Activo total1 Desintermediação2

Activo total líquido e desintermediação

1) Corrigido de duplicações de registo. 2) Recursos de Clientes, com registo fora do balanço.

35 28 21 14 7 0 02 00 Bi.€ 99 01 03 Crédito e recursos 02 00 Bi.€ 99 01 03

Recursos totais de Clientes1 Crédito a Clientes 20 15 10 5 0

Lucro líquido por acção

€ 0.28 0.21 0.14 0.07 0.00 Lucro líquido M.€ 180 135 90 45 0 6 4 2 0 -2 Qualidade do crédito %

Ratio de crédito vencido1 Crédito vencido1 líq. de provisões em % do crédito a Clientes

1) Crédito vencido há mais de 90 dias. 2.0 1.5 1.0 0.5 0

Fundos próprios e requisitos de fundos próprios

Bi.€

Ratings do BPI

Emitente

Capitalização bolsista Bi.€ 2.8 2.1 1.4 0.7 0 Fitch Ratings 23 Out. 03* Moody’s 21 Nov. 03*

Standard & Poor’s 10 Fev. 04* A+ Estável A2 Positivo

A-Estável Notações de longo prazo

* último relatório 1) Corrigidos de duplicações de registo. 02 00 99 01 03 99 00 01 02 03 02 00 99 01 03 99 00 01 02 03 02 00 99 01 03 Fundos próprios

Requisitos de fundos próprios CRESCIMENTO, RENDIBILIDADE, SOLIDEZ E VALORIZAÇÃO

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Apresentação do relatório

Solidez e consistência

O exercício de 2003 confirmou a adequada adaptação da estratégia do BPI à difícil conjuntura dos últimos três anos, marcados por uma importante desaceleração da procura interna e pelo claro agravamento do padrão de risco na economia portuguesa. No ano que passou, o lucro líquido do Banco subiu 17% e foi acompanhado por um inequívoco reforço da sua solidez económica e financeira: o crédito vencido desceu para 1.2%, as mais valias potenciais da carteira de participações superaram as menos-valias potenciais líquidas de provisões, – que caíram para menos de metade do valor registado em 2002 – a cobertura de responsabilidades por pensões ultrapassou os 100% e os rácios de capital mantêm-se confortáveis. Adicionando ao lucro líquido do exercício a recuperação das menos-valias potenciais líquidas em participações financeiras e a evolução favorável dos desvios actuariais relacionados com pensões, podemos constatar que a situação patrimonial do Banco beneficiou de um reforço de 400 milhões de euros no decurso do último ano. Melhorou, também, a rentabilidade, reflectida na subida do return on equity para 14% e no crescimento de 12% do lucro líquido por acção. E prosseguiu, em paralelo, a evolução favorável dos indicadores de eficiência, determinada pela contenção dos custos de estrutura e pela capacidade competitiva que o Banco tem afirmado nos principais segmentos da banca de retalho.

A solidez do BPI e a consistência da sua estratégia foram de novo reconhecidas pelas principais agências de rating internacionais (Standard & Poor's, Fitch e Moody’s), que confirmaram as notações anteriores (A-, A+ e A2, respectivamente). No que respeita às perspectivas futuras (outlook), as duas primeiras mantêm a classificação de estável e a Moody’s sobe a sua para positivo, o que representa, neste domínio, o melhor conjunto de resultados entre as instituições financeiras portuguesas. A credibilidade do percurso do Banco foi ainda confirmada pelo mercado, através do comportamento das suas acções que, considerando o dividendo recebido, proporcionaram ao Accionista um rendimento de cerca de 40% em 2003, muito acima do índice PSI, que cresceu 17.4% no mesmo período.

Eficiência

O crescimento do resultado líquido do BPI em 2003 é explicado pela convergência de três efeitos positivos essenciais:

a simplificação orgânica completada em 2002, que permitiu a eliminação de ineficiências fiscais e operativas, com reflexos importantes na redução de custos;

o bom desempenho comercial, que permitiu um crescimento do produto bancário de 3.2%, reflectindo uma evolução muito favorável das comissões (+6.3% em termos consolidados);

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a continuidade da contenção dos custos de estrutura, que subiram apenas 0.4% em termos consolidados, com uma redução de 0.2% na actividade doméstica.

Estes efeitos sobre-compensaram o impacto de três factores negativos: o recuo de 2.7% na margem financeira consolidada, sobretudo em

consequência de uma redução de 17.6% na margem financeira estrita da actividade internacional, uma vez que a quebra, ao nível doméstico, atinge apenas 0.7%; a contribuição negativa da actividade internacional é explicada pela valorização do euro em relação ao dólar, que conduziu a uma queda de 15% na margem financeira do Banco de Fomento Angola, contabilizada em euros. Apesar deste factor de natureza conjuntural, a análise trimestral da margem financeira estrita evidencia uma evolução favorável ao longo de 2003, nos planos doméstico e internacional;

o aumento de 19.4% nas dotações líquidas para provisões, explicado, principalmente, pela constituição de 17.5 milhões de euros de provisões não obrigatórias para outros riscos e encargos, uma vez que as provisões totais para crédito a Clientes caiem cerca de 5%;

os resultados extraordinários negativos, que sobem de 5.3 para 18.9 milhões de euros, sobretudo em consequência do crescimento dos custos com pensões determinado pelo programa de reformas antecipadas em aplicação nos últimos anos, através do qual o número total de Colaboradores do Grupo foi reduzido em cerca de 20% entre o final de 2000 e o final de 2003.

O exame do desempenho económico do BPI em 2003 permite confirmar a credibilidade do programa de redução de custos iniciado no exercício de 2001. O ligeiro crescimento dos custos de estrutura consolidados verificado no último exercício (+0.4%) é determinado pela actividade internacional, onde este indicador cresceu 17.4%, em consequência de um forte reforço da presença do Banco em Angola, através do BFA, que abriu 10 balcões (+60%), inaugurou uma nova sede e aumentou o quadro em 155 Colaboradores (+55%). Se considerarmos somente a actividade doméstica, a evolução dos custos de estrutura supera o objectivo inicial de crescimento zero, registando uma quebra de 0.2%, que reflecte a descida

Presidente do Conselho de Administração Artur Santos Silva

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de 0.7% nos custos com pessoal, o recuo de 8.5% nas amortizações e a subida de 3.4% nos fornecimentos e serviços de terceiros; e se fosse excluído o impacto da consolidação por integração global da BPI Rent, que passou a fazer-se a partir do exercício de 2003, os custos de estrutura teriam descido 1.3%.

A evolução positiva dos custos permitiu uma nova redução do indicador de eficiência (cost-to-income), que passou de 58.7 para 57.5%, numa contínua linha descendente iniciada em 1999, a partir de um rácio de 65%. Torna-se claro, porém, que a evolução dos proveitos, determinada pela conjuntura económica negativa, mais profunda e prolongada do que a previsão inicial, não permitirá atingir no prazo previsto o objectivo de 53% estabelecido para este indicador no final de 2004.

Competitividade

O desempenho comercial do BPI confirmou a sua competitividade, expressa na capacidade de defender e aumentar quotas de mercado acima da sua quota natural na maioria dos segmentos mais relevantes da banca de retalho. Os recursos totais de Clientes cresceram 3%, com um aumento de 1.2 % nos recursos de balanço e de 18% nos recursos fora de balanço. Para este resultado contribuiu muito significativamente a carteira de fundos de investimento, que aumentou aproximadamente 15%, com uma captação líquida de 360 milhões de euros. Considerando apenas os fundos domiciliados em Portugal, a BPI Fundos ocupava, no final de 2003, o quarto lugar no ordenamento das sociedades gestoras, com uma quota de mercado de 17.5% e um excelente desempenho relativo em relação às rentabilidades obtidas. Muito positiva foi igualmente a evolução da BPI Vida, que conquistou a 2.ª posição na

comercialização de seguros de vida de capitalização, objecto exclusivo da sua actividade, com uma quota de 18%, passando do 11.º para o 4.º lugar absoluto no ordenamento da produção de todo o mercado segurador.

Estes números ilustram o excelente desempenho da área de Gestão de Activos do BPI, que aumentou em 14% o volume total sob gestão, com resultados igualmente muito relevantes no âmbito dos Fundos de Pensões. Segundo estudos publicados por analistas especializados independentes, a BPI Pensões obteve em 2003 o primeiro lugar entre as sociedades gestoras de fundos de pensões nacionais, no que respeita à rentabilidade mediana anual. Destes resultados beneficiou o próprio Fundo de Pensões do Banco, com uma rentabilidade anual de 15%, que permitiu atingir uma cobertura de 101% nas responsabilidades com pensões e disponibilizar uma margem não utilizada de 130 milhões de euros no “corredor” de 10% definido pelo Banco de Portugal para acomodar desvios actuariais e de rendimento sem provocar impacto imediato nos resultados.

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A carteira de crédito do Banco cresceu, por sua vez, um pouco acima dos 7%, ritmo semelhante ao do ano anterior e acima da média do mercado. Manteve-se a política selectiva seguida nos últimos exercícios, determinada por critérios de rentabilidade do capital alocado e, em consequência, voltou a registar-se um comportamento muito diferenciado entre os grandes segmentos de Clientes e produtos, com uma nova quebra acentuada da banca grossista (-30%) e crescimentos na banca institucional e project finance (+51%), grandes e médias empresas (+1.6%), pequenos negócios (+5.7%) e crédito hipotecário (16.5%). Neste último domínio, o Banco voltou a ganhar quota de mercado, passando de 9.2 para 9.8%, de acordo com as estimativas disponíveis, o que significa mais de 150% do índice registado em 2000.

O crescimento da carteira de crédito foi acompanhado por um rigoroso controlo dos riscos, que permitiu, apesar da conjuntura adversa, baixar ligeiramente, para 1.2%, o rácio de crédito vencido com mais de 90 dias, com uma cobertura de provisões de 148%, o que reflecte uma situação tranquila e em claro progresso relativamente ao ano anterior. Para os bons resultados alcançados pelo Banco no controlo dos riscos de crédito, numa situação de recessão

económica generalizada, contribuiu a reestruturação operada em 2002 na área de Banca de Empresas, estabelecendo a separação funcional da actividade comercial e da análise de risco, que passou a depender de uma Direcção Central própria, especializada e autónoma. Este processo correspondeu a uma mudança cultural profunda, acompanhada por uma extensa revisão do normativo interno e por um intenso programa de formação, com impactos muito positivos que começaram a concretizar-se plenamente em 2003, ao nível da análise de risco, do acompanhamento da carteira e da recuperação de crédito, mas também nos resultados da actividade comercial.

Justifica-se mencionar especialmente a evolução do Banco de Fomento Angola (BFA), que completou em 2003 o primeiro ano como entidade autónoma de direito angolano, na sequência da transformação da sucursal do Banco BPI, resultante, por sua vez, da aquisição do Banco de Fomento e Exterior em 1996. O BFA representa 4.6% dos capitais próprios e 2.5% dos activos do Grupo. É o segundo banco local em depósitos e o terceiro em crédito, com quotas de mercado de 26.7% e de 21.2%, respectivamente. No momento da aquisição do Banco de Fomento, dispunha de três agências; hoje, é a segunda rede do País, com 27 balcões em todo o território nacional. Em 2003, os recursos e o crédito cresceram respectivamente 34 e 90%, em dólares, enquanto o número de Clientes aumentava 50%, para um total de 133 mil.

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Qualidade

O BPI tem dedicado crescentes recursos e competências aos principais aspectos qualitativos do seu desenvolvimento, como a gestão da Marca, a formação dos recursos humanos, o nível de serviço, a tecnologia e os produtos. Em 2003, foi dado um novo passo neste domínio, através da criação, entre os instrumentos de gestão da rede comercial de Particulares, de um Índice de Qualidade de Serviço (IQS), baseado em inquéritos regulares a Clientes, que permitem estabelecer uma classificação trimestral dos balcões, divulgada internamente. O IQS transformou-se rapidamente num poderoso e credível instrumento de avaliação de desempenho, com um importante efeito de emulação, que favorece a focagem na qualidade de serviço e nas necessidades do Cliente. No quarto trimestre de 2003, o índice registou já um crescimento de 2.5% em relação ao período homólogo do ano anterior, suportado por melhorias ao nível do atendimento pessoal e do tempo de espera.

A criação do IQS acompanha a modernização das rede de agências do Banco, através do desenvolvimento de um novo modelo de lay-out, já aplicado em 100 balcões, que favorece o atendimento personalizado, a especialização do serviço prestado e a completa automatização das principais transacções bancárias, incluindo depósitos de cheques e notas, disponíveis 24 horas por dia. Prosseguiu, em paralelo, o alargamento da rede de Centros de Investimento, com a abertura de oito novas unidades, destinadas a oferecer um serviço de assessoria financeira personalizada a Clientes particulares de elevado património. No final do ano, estavam em pleno funcionamento, nas principais cidades do País, 11 dos 15 Centros previstos nesta fase do projecto. Concluiu-se, por outro lado, a reorganização e segmentação da rede de apoio à Banca de Empresas, que passa a dispor de quatro centros de wholesale, seis centros de grandes empresas, 38 centros de médias empresas, um centro de project finance e cinco centros de banca institucional.

A modernização da rede física desenvolve-se em articulação com uma forte expansão dos canais remotos, cada vez mais integrados na actividade corrente do Banco. Em 2003, a principal inovação nesta área correspondeu ao lançamento do BPI Net Empresas, um serviço de homebanking especializado que, no final do ano, dispunha já de 16 500 Clientes, com 6.6 milhões de páginas visualizadas. Os serviços BPI Directo / BPI Net registavam no final de 2003 um número próximo de 400 mil Clientes activos, correspondentes a um crescimento de 30%; e os acessos mensais ao BPI Net, através do qual são realizadas cerca de 60% das transacções de Bolsa, aumentaram 83%. O BPI Online, banco virtual do Grupo, cresceu 65%, o dobro do crescimento do mercado e conquistou, em 2003, dois lugares do seu ranking próprio, atingindo uma quota de mercado de 7%.

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O aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, das instalações e da tecnologia tem sido completado por uma actividade intensa de formação profissional, combinando cada vez mais a qualificação técnica e os aspectos de natureza comportamental, essenciais para sustentar os objectivos de melhoria da qualidade percebida pelo Cliente. As 814 acções de formação realizadas em 2003, num total de 60 mil horas, envolveram cerca de 40% dos Colaboradores do BPI.

O investimento na dimensão qualitativa do serviço tem-se reflectido no aprofundamento dos atributos da Marca BPI, que mantém a terceira posição em termos de notoriedade no sector bancário, de acordo com as conclusões do Basef 2003, estudo especializado da Marktest, realizado continuamente há mais de uma década. No último ano o BPI sobe e classifica-se em segundo ou terceiro lugar em todos os atributos qualitativos relevantes: melhor banco, qualidade de atendimento, inovação, clareza da informação, solidez, confiança e eficiência.

Comissão Executiva do Conselho de Administração

Maria Celeste Hagatong

(Vice-Presidente)Fernando Ulrich

(Presidente)Artur Santos Silva António Domingues

António Farinha Morais Manuel Ferreira da Silva José Pena do Amaral

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Renovação

Por disposição estatutária (art.º 26, n.º 3), proposta pelo Presidente e aprovada pelo Conselho de Administração em 1998, cessa aos 62 anos o exercício de funções executivas no BPI. Nestes termos, o Presidente do Conselho de Administração do BPI prossegue o mandato para o qual foi eleito pelos Accionistas, mas deixará de desempenhar as funções de Presidente da Comissão Executiva a partir da realização da Assembleia Geral em que apresentará as Contas relativas ao exercício de 2003. Em 3 de Dezembro de 2003, por proposta do Presidente, o Conselho de Administração, no uso das suas atribuições estatutárias, escolheu o Vice--Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva. Inicia-se assim uma fase nova na vida da Instituição, em que os cargos de Presidente do Conselho de Administração e de Presidente da Comissão Executiva não coincidem na mesma pessoa. É uma renovação planeada e executada como previsto, da qual deve esperar-se a continuidade estratégica assegurada por uma história consistente, partilhada através de um percurso vencedor, ao longo de mais de vinte anos. O BPI terá agora à sua frente o mesmo Presidente do Conselho de Administração e um novo Presidente da Comissão Executiva de grande estatura profissional e humana, com sólidas provas dadas. A sua eleição não foi apenas a escolha certa. Foi também a escolha merecida.

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Órgãos sociais

Mesa da Assembleia Geral

Presidente Rui Manuel Chancerelle de Machete

Vice-Presidente Vasco Manuel Airão Marques

Secretários Galucho – Indústrias Metalomecânicas, S.A. Vitalina Justino Antunes Produtos Sarcol, Lda. Estela M. Barbot

Secretário da Sociedade Manuel Correia de Pinho

Conselho de Administração

Presidente Artur Santos Silva

Vice-Presidentes Carlos da Câmara Pestana Fernando Ulrich

Ruy Octávio Matos de Carvalho

Vogais Alfredo Costa Rezende de Almeida António Domingues

António Farinha Morais Armando Leite de Pinho

Caixa Holding, S.A., Sociedad Unipersonal Fernando Ramirez Isidro Fainé Casas

João Sanguinetti Talone José Pena do Amaral Klaus Dührkop

Manuel Soares de Oliveira Violas Manuel Ferreira da Silva Maria Celeste Hagatong

Riunione Adriática di Sicurtá Diethart Breipohl Roberto Egydio Setúbal

Tomaz Jervell

Comissão Executiva do Conselho de Administração

Presidente Artur Santos Silva

Vice-Presidente Fernando Ulrich

Vogais António Domingues José Pena do Amaral Maria Celeste Hagatong Manuel Ferreira da Silva António Farinha Morais

Comité de Auditoria e de Controlo Interno

Presidente Ruy Octávio Matos de Carvalho

Vogais Carlos da Câmara Pestana Alfredo Rezende de Almeida

Caixa Holding, S.A., Sociedad Unipersonal Fernando Ramirez

Conselho Fiscal

Presidente Jorge de Figueiredo Dias

Vogais José Ferreira Amorim

Magalhães, Neves e Associados, SROC, S.A. Augusta Francisco António Dias & Associados, SROC, S.A. (suplente) António Dias

Comissão de Remunerações

Presidente Itaúsa Portugal – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Vogais Cotesi – Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A.

Arsopi – Indústrias Metalúrgicas Arlindo Soares de Pinho, S.A.

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Marcos históricos

LIDERANÇA, INOVAÇÃO E CRESCIMENTO

1981

A Sociedade Portuguesa de Investimentos nasceu em 1981 com um projecto claro para a década que então começava: financiar projectos de investimento do sector privado, contribuir para o relançamento do mercado de capitais e para a modernização das estruturas empresariais portuguesas. Contava com uma estrutura accionista diversificada, que incluía uma forte componente nacional – constituída por 100 das mais dinâmicas empresas portuguesas – e um conjunto de cinco das mais importantes instituições financeiras internacionais.

1985

Em 1985, a SPI transformava-se em Banco de Investimento e adquiria a possibilidade de captar depósitos à ordem e a prazo, conceder crédito a curto prazo, intervir nos mercados

interbancários e praticar operações cambiais. Um ano depois, em 1986, a trajectória do Banco foi marcada pela abertura do capital e pela admissão das acções à cotação nas Bolsas de Valores de Lisboa e do Porto.

1991

Em 1991, uma década depois da sua criação, o BPI conquistara já uma clara liderança nas principais áreas da Banca de Investimento, desempenhava um papel preponderante, que viria a reforçar ao longo da década de 90, no programa de privatizações em Portugal, e assumia a vontade de consolidar a sua posição como um dos principais grupos financeiros portugueses. Foi neste sentido que

empreendeu a aquisição do Banco Fonsecas & Burnay (BFB), a qual lhe assegurou a entrada na Banca Comercial e lhe

proporcionou um ganho de dimensão, preparando-o para o processo de concentração no sistema financeiro Português. O Grupo pretendia, assim, ser capaz de assegurar a oferta do espectro completo de serviços financeiros a empresas e particulares. Foi então estabelecida uma parceria com o Grupo Itaú, que foi iniciada com a participação no BFB e que, em 1994, foi convertida numa participação no próprio BPI, do qual passou a ser um dos Accionistas de referência.

1995

Em 1995, a Instituição viu a respectiva composição reorganizada: o BPI foi transformado numa holding bancária sob a forma de SGPS, que passou a ser a única sociedade do Grupo cotada na Bolsa de Valores, controlando o Banco Fonsecas & Burnay e o Banco Português de Investimento, criado por trespasse dos activos e passivos afectos à actividade característica deste tipo de instituição e, até então, detidos pelo BPI.

Esta reorganização conduziu à especialização das unidades do Grupo e foi acompanhada de um importante reforço da sua estrutura accionista, com a entrada de dois novos parceiros estratégicos de grande dimensão, que vieram juntar-se ao Grupo Itaú: La Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona (La Caixa), e o grupo segurador alemão Allianz.

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5 M.

5 Bi.

66 M.

Activo total líquido e desintermediação

Criação da SPI, Sociedade Portuguesa de Investimentos Transformação da SPI em Banco Português de Investimento Aquisição do Banco Fonsecas & Burnay

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1996 / 1998

Um ano depois, em 1996, dava-se início, com a aquisição do

Banco de Fomento e do Banco Borges, ao processo de integração

dos três bancos do Grupo BPI, que culminaria, dois anos depois, na criação do Banco BPI. Este passaria a deter a maior rede de balcões de marca única em Portugal. Com efeito, em 1998, a

fusão do Banco Fonsecas & Burnay, do Banco de Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão deu origem ao Banco BPI,

tendo também sido absorvido, no final desse ano, o Banco Universo, um banco in-store. Depois da fusão, a estrutura simplificou-se significativamente, pois o BPI SGPS passou a integrar apenas duas instituições bancárias: o Banco Português de Investimento, designado por BPI – Investimentos, e um novo Banco Comercial, o Banco BPI.

1999-2001

No triénio 1999-2001, o BPI confirmou o potencial de

crescimento, modernização e reforço estrutural que fundamentou

a operação de fusão executada em 1998: conquistou quota de mercado em todas as áreas relevantes da Banca Comercial, alargou e actualizou a estrutura de distribuição, transformando-se rapidamente num banco multicanal, renovou profundamente a sua base tecnológica e construiu uma das marcas com maior vitalidade do sistema financeiro.

2002

Em 2002, o BPI concluiu um importante programa de

reorganização interna que alterou de forma substancial a estrutura

societária e o modo como é governado. O programa envolveu, no essencial, a centralização no Banco BPI do negócio de Banca Comercial e a concentração no Banco de Investimento do respectivo negócio natural. O BPI SGPS incorporou o Banco BPI e, simultaneamente, o seu objecto social passou a ser a Banca Comercial, adoptando a designação Banco BPI e assumindo o papel de entidade de topo do Grupo. Estas alterações dotaram o BPI de uma configuração jurídica simplificada, mais conforme com o seu modelo de negócios actual, que permitirá alcançar, no decorrer dos próximos anos, economias de custos e ganhos de eficiência no funcionamento do Grupo. É criado o Banco de Fomento, em Angola, por transformação da sucursal de Luanda do Banco BPI em banco de direito angolano.

O BPI intensificou, em simultâneo, o programa de racionalização,

rejuvenescimento e qualificação dos seus recursos humanos, de

aperfeiçoamento da sua tecnologia, aprofundamento dos canais de distribuição e desenvolvimento da Marca, que se encontra permanentemente em vigor, e que se destina a reforçar decisivamente as competências essenciais à afirmação dos objectivos que constituem o projecto do Banco para o futuro: eficiência, qualidade e serviço.

8.2 Bi.

01

2

93

94

95

96

97

98

99

00

02

03

17 Bi.

20 Bi.

31 Bi.

Criação da holding BPI SGPS Aquisição do Banco Fomento e Exterior e do

Banco Borges & Irmão Programa de reorganização interna, racionalização, rejuvenescimento e qualificação Criação do Banco BPI

(fusão dos bancos comerciais BFB, BFE e BBI)

(18)

Uma Empresa é como um indivíduo: tem identidade e personalidade, distingue-se pelo seu carácter, pelos seus princípios, pela sua forma de agir, pelos seus objectivos.

A identidade do Banco BPI é marcada pela cultura financeira e empresarial do Banco Português de

Investimento. Os traços essenciais dessa cultura são a independência da gestão, a flexibilidade organizativa, o trabalho de equipa, a distinção do mérito, a capacidade de antecipação, a rigorosa administração de riscos e a segura criação de valor.

A adequada rendibilidade do Banco, através das melhores práticas de gestão e de serviço, constituem um objectivo essencial da nossa actividade. A protecção dos interesses dos Clientes, com dedicação, lealdade e sigilo, é um dos primeiros princípios da ética empresarial e das normas de conduta dos Colaboradores do Banco.

A Personalidade de uma Instituiçãoafirma-se através de atributos próprios, que ganham consistência e credibilidade na relação que todos os dias se estabelece com os Clientes e com a Comunidade. O BPI valoriza especialmente dois desses atributos: a Experiência e a Harmonia.

A Experiência é o reflexo da formação das nossas equipas e do importante património profissional acumulado ao longo da história de cada uma das Instituições que deram origem ao Banco. Traduz-se na dimensão da sua presença comercial, na solidez dos seus indicadores financeiros, na segurança do seu crescimento e numa comprovada capacidade de realização e liderança.

À Experiência queremos associar a Harmonia,que exprime a permanente ambição de servir os Clientes e a Comunidade com os mais elevados padrões de ética e qualidade. É um propósito projectado para o futuro, sempre em aberto, determinado pela constante vontade de aperfeiçoamento que nos permitirá fazer melhor. É o nosso objectivo mais exigente e, em última análise, o que justifica todos os outros.

(19)

Estrutura financeira e negócio

O Grupo BPI – liderado pelo Banco BPI – é um grupo financeiro universal, multiespecializado, predominantemente focalizado no negócio de Banca Comercial e na actividade doméstica, à qual estão alocados 95% do capital.

O Banco BPI serve mais de 1.3 milhões de Clientes – Particulares, Empresas e Institucionais –, através de uma rede de distribuição multicanal composta por

aproximadamente 500 balcões de retalho, 11 centros de investimento, serviço de homebanking (BPI Net), banca telefónica (BPI Directo), balcões especializados, rede de promotores externos e estruturas dedicadas aos segmentos das Empresas e dos Clientes Institucionais.

O Banco Português de Investimento, matriz original do Grupo BPI, desenvolve a actividade de Banca de Investimento – Acções, Corporate Finance e Private Banking. A actividade de Private Equity é conduzida por uma sociedade detida em 84%.

O BPI detém, na Gestão de Activos, posições muito relevantes na gestão de fundos de investimento, fundos de pensões e seguros de vida-capitalização.

No exterior, o negócio de Banca Comercial do BPI, ao qual estão afectos 5% do capital do Grupo, é desenvolvido, essencialmente, em Angola, pelo Banco de Fomento, detido a 100% e, em Moçambique, pelo BCI Fomento detido a 30%, em parceria com a Caixa Geral de Depósitos.

No que diz respeito aos seguros, o BPI tem uma parceria com a Allianz para os seguros não vida e vida risco, consubstanciada numa participação de 35% na Allianz Portugal e num acordo de distribuição de seguros através da rede comercial do Banco. O BPI detém ainda 50% de uma companhia de seguros de crédito, a Cosec.

Banca Comercial no estrangeiro Banco de Fomento Angola 100% BCI Fomento Moçambique 30% Banco BPI Cayman 100% Gestão de Activos BPI Fundos 100% BPI Pensões 100% BPI Vida 100% Inter-risco 84% Private Equity

Banca de Investimento Seguros

Banco Português de Investimento 100% Allianz Portugal 35% Cosec 50% Banco BPI Participações financeiras Banca Comercial doméstica

Principais entidades do Grupo BPI1

(20)

A Marca BPI consolidou em 2003 a sua posição como terceira marca do sistema bancário português, quer no plano da notoriedade espontânea, quer ao nível dos principais atributos qualitativos, de acordo com os resultados do Estudo Base sobre o Sistema Financeiro (Basef), publicado regularmente pela Marktest há mais de uma década, a partir de uma amostra aleatória de 15 mil entrevistas anuais, organizadas em três vagas

quadrimestrais.

Notoriedade e Atributos

O indicador de notoriedade espontânea (primeira referência) regista um crescimento superior a 10% em relação a 2001 e evidencia uma melhoria em relação ao segundo e ao quarto classificados, a exemplo do que se tinha já verificado no exercício do ano passado. Mais impressivo é porém o progresso registado na percepção dos principais atributos qualitativos da Marca: o BPI sobe de terceiro para segundo lugar como “melhor banco”, de quarto para segundo no que respeita ao “atendimento”, de quarto para terceiro na classificação de “banco mais inovador” na “clareza de informação” e na “eficiência”,

mantendo a terceira posição, com um reforço de 15%, no indicador de “confiança”.

Num ano marcado por uma forte recuperação do

investimento publicitário no sector financeiro, o BPI voltou a ocupar os primeiros lugares, entre os principais Grupos, no que respeita aos indicadores de eficiência. O Banco foi o quarto investidor do sector, mas obteve a segunda posição nos indicadores de recordação espontânea e de recordação comprovada em Televisão, no conjunto do ano, o que lhe permite apresentar o melhor indicador de eficiência, medida através da relação entre o investimento realizado e o nível de recordação obtido.

Qualidade e Satisfação

O progresso consistente dos atributos qualitativos associados à Marca BPI reflecte, a montante da política de comunicação, uma preocupação sistemática com a melhoria da qualidade do serviço prestado aos Clientes, que constitui o objectivo final de um programa de investimentos concentrado em três eixos principais: a formação comportamental dos Colaboradores, o

A Marca BPI

(21)

aperfeiçoamento tecnológico da plataforma multicanal que serve o conjunto do Banco e a modernização das redes, através de novos modelos de segmentação e de organização dos espaços físicos. A valorização da

qualidade de serviço como objectivo central da Instituição conheceu mais um impulso importante em 2003, com a criação de um novo instrumento de gestão da Banca de Particulares, o Índice de Qualidade de Serviço (IQS), que permite estabelecer uma classificação trimestral dos balcões, com base em inquéritos regulares a Clientes. Neste plano, merece relevo o facto de o BPI ter

conquistado de novo, em 2003, o primeiro lugar entre os cinco maiores bancos portugueses na classificação do Índice Europeu de Satisfação de Clientes relativa a Portugal. Este índice, apresentado regularmente desde 1999, é elaborado através de uma parceria entre o Instituto Português da Qualidade, a Associação Portuguesa para a Qualidade e o Instituto Superior de Estatística da Universidade Nova de Lisboa, com base num modelo de âmbito europeu, supervisionado por duas entidades internacionais – a Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade e a Organização Europeia da Qualidade.

(22)

Canais de distribuição

1) Participação de 30%. A 31 de Dezembro de 2003 detinha 31 balcões.

2) Acordos de distribuição com bancos ou correios (assinalados com *) e redes de Agentes. 3) Sucursal Financeira Exterior.

4) Autarquias, regiões autónomas, sistema de segurança social, universidades, associações de utilidade pública e outras entidades com fins não lucrativos. Bancos Sucursais Escritórios de representação Acordos de distribuição2 Banca de Investimento Banca Comercial Sucursais BCI Fomento1 (Moçambique – 31 balcões) Banco BPI (Cayman)

Banco de Fomento (Angola – 27 balcões) S.ta Maria – Açores (SFE)3

Funchal – Madeira (SFE)3

Joanesburgo Caracas Newark Brasil Canadá Paris (9 balcões) Madrid Genebra BPI Suisse Hamburgo Madrid Reino Unido Suécia Bélgica Luxemburgo Santiago de Compostela

(23)

Clientes

Banca de Particulares e Pequenos Negócios

Wholesale

70 maiores grupos empresariais Grandes empresas Turnover acima de 25 M. euros Médias empresas

Turnover entre 1.25 M. euros e 25 M. euros Project finance

Institucional4 Particulares

Pequenos negócios Turnover até 2.5 M. euros

Centros de wholesale 4

Centros de grandes empresas 6

Centros de médias empresas 38

Centros de project finance 1

Centros institucionais 5

Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance

Banco Electrónico BPI BPI Net empresas www.bpinetempresas.pt Canais de acesso remoto

BPI Directo (banca telefónica) 808 200 500

464 mil aderentes BPI Net (homebanking) www.bpinet.pt

464 mil aderentes BPI Imobiliário www.bpiimobiliario.pt

281 mil imóveis anunciados BPI Online (corretagem) www.bpionline.pt

14 maiores mercados mundiais

Redes físicas Austrália Balcões tradicionais 483 In-store 13 Espaços habitação 64 Espaços internet 310 Centros de investimento 11 Lojas habitação 19 Lojas automáticas 47

Banco automático (ATM) 1 118

PORTUGAL

Porto Braga Viana

Vila Real Bragança

Viseu Guarda Aveiro Castelo Branco Portalegre Évora Beja Faro Setúbal Lisboa Santarém Leiria Coimbra 12 31 8 7 9 89 34 18 13 8 19 17 4 6 7 41 18 143 Madeira 7 Açores 5 Balcões tradicionais e balcões in-store

Centros de Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Centros de investimento

(24)

Governo do Grupo BPI

Relatório anual de governo

Os princípios, as políticas e a prática do BPI, relativamente a um conjunto de temas associados ao modo como é gerido e fiscalizado, encontram-se descritos no relatório sobre o Governo do Grupo BPI, apresentado em anexo1ao Relatório

do Conselho de Administração.

O Conselho de Administração do BPI tem procurado apresentar um relatório cada vez mais completo com a preocupação de responder positivamente às iniciativas da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre o “Governo das Sociedades Cotadas” e de aperfeiçoar o modelo de governo do BPI e a respectiva política de reporte de acordo com as reflexões publicadas por diversos

organismos europeus, nomeadamente a Comissão Europeia.

De entre os aspectos analisados no Relatório sobre o Governo do Grupo BPI, importa destacar os seguintes:

a descrição pormenorizada da composição, competências e actividade desenvolvida pelos órgãos de gestão e controlo do Grupo BPI;

a existência, desde 1999, de um Comité de Controlo Interno (e que em 2003 passou a denominar-se Comité de Auditoria e de Controlo Interno) que, sendo constituído por membros sem funções executivas, reforça a respectiva independência e o cumprimento efectivo dos objectivos a que se propõe;

as medidas levadas a cabo pelo BPI tendentes a estimular a participação dos Accionistas na vida societária,

designadamente nas Assembleias Gerais. Exemplo de tal é a ampla divulgação, para além do exigível por lei, das matérias a serem deliberadas e dos procedimentos necessários para o exercício de voto, a possibilidade

de votar por correspondência (postal e electrónica), a existência de boletins de voto, a criação de uma página na Internet para apoio ao evento, etc;

a caracterização da política de remuneração do BPI e seus componentes e a informação sobre os montantes auferidos pelos membros do Conselho de Administração, incluindo uma descrição exaustiva do programa de atribuição de acções e de opções de compra sobre acções (RVA);

a divulgação dos montantes pagos pelo Grupo BPI aos seus auditores (e à sua rede) e dos mecanismos de salvaguarda da independência existentes (tanto de parte do BPI como dos auditores), que asseguram a objectividade e a confiança no trabalho de revisão.

a vinculação dos membros dos órgãos de gestão e dos Colaboradores a um conjunto de regras internas, expressas em códigos de conduta, que suplantam, em certos casos, o exigido por lei e pelas associações profissionais;

as políticas e práticas adoptadas pelo BPI com o objectivo de salvaguardar a ocorrência de situações de conflito de interesses ou violação do sigilo profissional, assegurar a diligência e lealdade na actividade de intermediação de valores mobiliários, promover o combate ao terrorismo e ao branqueamento de capitais e prevenir a ocorrência de situações de inside trading E;

a existência desde 1993 de uma estrutura exclusivamente dedicada às relações com os investidores, que para além de estar disponível pelos meios de comunicação tradicionais, dispõe de um web site (www.ir.bpi.pt) onde é possível encontrar toda a informação de natureza institucional, em português e em inglês, divulgada ao mercado.

(25)

Melhor

Relatório de

Corporate Governance

2002

Melhor

Relatório e Contas

do sector financeiro

2002

a análise da evolução da acção Banco BPI em bolsa,

incluindo a identificação de todas as comunicações de factos relevantes ao mercado, indicadores de mercado nos últimos 5 anos, bem como a informação sobre transacção de acções próprias, a política de dividendos do BPI e a estrutura accionista do Grupo.

Reconhecimento pelo mercado

No âmbito da XVI edição dos prémios para os melhores relatórios e contas de sociedades cotadas na Bolsa portuguesa, o BPI foi distinguido, em 2003, pelo terceiro ano consecutivo, e pela oitava vez em dezasseis edições, com o prémio de “Melhor Relatório e Contas do sector financeiro” e, com o prémio – em segunda edição, e ganho pela segunda vez – de “Melhor Relatório de Corporate Governance” de entre todas as sociedades cotadas na Euronext Lisboa. Na edição de 2003 dos “Investor Relations Awards”, o BPI foi igualmente, distinguido com nomeações nas categorias de melhor programa global de relações com investidores, melhor investor relations officer e melhor utilização da tecnologia em relações com investidores.

As nomeações e os prémios obtidos pelo BPI, constituem a reafirmação do reconhecimento público do modo completo, rigoroso e transparente, como o Banco comunica ao mercado a sua actividade e a forma como é governado e controlado.

(26)

Responsabilidade pública

CULTURA, INVESTIGAÇÃO, ENSINO E SOLIDARIEDADE SOCIAL

No exercício de 2003, o Grupo BPI, apesar das dificuldades conjunturais, continuou a apoiar, nas áreas da cultura, educação, investigação e solidariedade social, os projectos e iniciativas de inquestionável mérito, cumprindo, assim, os compromissos anteriormente assumidos. Patrocinou também outras iniciativas que se apresentaram devidamente justificadas e preparadas.

Na área da cultura, o Grupo BPI seguiu a mesma linha de continuidade, adoptando sempre uma política activa e de apoio à criação com sentido de diversidade e à inovação como compromisso durável.

A convite do Senhor Presidente da República, o Grupo BPI comprometeu-se a ser mecenas do Museu da Presidência, cuja inauguração já está prevista para Maio de 2004.

Em 2003, foi renovado, por mais dois anos, o protocolo assinado com a Fundação de Serralves, e continuado o apoio às Fundações Aquilino Ribeiro, Casa de Mateus, Eça de Queiroz, Eugénio de Andrade, Júlio Resende, Luís Miguel Nava, Rei Afonso Henriques. Também a Fundación Justicia en el Mundo mereceu o apoio do Banco BPI.

Com a Fundação Calouste Gulbenkian continuou em vigor o protocolo para o patrocínio do ciclo Grandes Orquestras Mundiais. De novo, foram também considerados merecedores de patrocínio o Círculo de Cultura Musical do Porto, o Concurso Internacional de Música do Porto, a Orquestra Nacional do

Porto, os Encontros de Música da Casa de Mateus, os II Encontros com a Música – Quinta da Aveleda, o Festival de Música Lírica, promovido pela Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Associação Cultural do Monte de Fralães.

Foi dado apoio a novas edições de livros de arte sobre artistas portugueses, que vieram engrossar o número já vasto das publicações de referência de anos anteriores. Refira-se o livro sobre a obra de desenho do Arquitecto Alvaro Siza “O que a luz ao cair deixa nas coisas”, com texto de Bernardo Pinto de Almeida; uma edição retrospectiva de Justino Alves, um livro sobre pinturas de Jaime Izidoro, “Transições” (exposição retrospectiva de alunos da Faculdade de Belas Artes do Porto). Na área da fotografia deve salientar-se “Porta do Paraíso” de Júlio de Matos; “Vento como se não houvesse”, de João Paulo SottoMayor e “O Convento dos Cardaes – Veios da Memória”. Mereceu também o apoio do Banco o filme “Vanitas” de Paulo Rocha.

O BPI colaborou ainda nos livros de homenagem a Francisco Salgado Zenha e Helena Vaz da Silva.

Foi também dada continuidade aos apoios concedidos ao Palácio Nacional da Ajuda; à Árvore – Cooperativa de Actividades Artísticas, CRL; à Associação Comercial do Porto, para publicação de O Tripeiro; à Associação Casa Museu Abel Salazar; ao Ateneu Comercial do Porto; à Associação Museu da Imprensa; à Bienal Internacional de Vila Nova de Cerveira; à Associação Cultural – Casa de Animação; ao Centro Português

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DO BPI

Sendo as empresas parte da sociedade e das comunidades que servem, têm por isso de estar atentas aos seus problemas e projectos, e têm de compreender as suas dificuldades e ambições.

Na perspectiva do BPI, esta relação entre as empresas e as comunidades regionais ou nacionais exprime a sua

permanentes do Banco, desde a sua fundação.

A política de responsabilidade social definida pelo BPI envolve sobretudo acções de mecenato, mas não se reduz a esta dimensão. Admite parcerias com outras instituições públicas e privadas e dá prioridade a acções com resultados imediatamente identificáveis e

(27)

de Fotografia; ao Festival Internacional de Curtas Metragens de Vila do Conde; ao Fórum Portugal Global; ao Lawn Tennis Clube da Foz; à Marânus – Associação Divulgadora da Vida e Obra de Teixeira de Pascoaes; à APOR – Agência Portuguesa para a Modernização do Porto – Projecto Porto com Pinta; à APCNP – Associação para a Promoção Cultural do Norte de Portugal.

Na área do ensino e investigação, como em anos anteriores, foram significativos os apoios concedidos às Universidades do Porto e de Coimbra, à Universidade Católica Portuguesa, à Universidade Técnica de Lisboa e ao BBS – Instituto Bancário da Bolsa e dos Seguros. Deu-se continuidade a iniciativas relativamente às quais havia já compromissos anteriormente assumidos, mas também se apoiaram novos projectos como o da Escola das Artes do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, ou a exposição comemorativa dos 50 Anos da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Destaca-se, também, o apoio à Cátedra Portuguesa – António Borges, no INSEAD.

O AR.CO. Centro de Arte & Comunicação Visual, o Colégio Universitário de Montes Claros e a Associação Portuguesa – Parlamento Europeu dos Jovens mereceram, mais uma vez, o apoio do BPI. Também em 2003 se continuou a assumir o compromisso relativo ao projecto do ensino de Português, em Timor, na Diocese de Baucau.

Foi concedido um subsídio ao Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais para o Fórum Euro-Latino Americano e à Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial – APGEI, para a realização da conferência anual sobre inovação. Cumpre acrescentar que o Banco BPI, por convite do Ministério da Economia, foi também um dos patrocinadores do importante estudo “Portugal 2010: Accelerating Productivity Growth”.

Particular significado deve ser atribuído à criação da COTEC – Associação Empresarial para a Inovação, na sequência de

uma iniciativa do Senhor Presidente da República, relevante projecto de que o BPI foi promotor e deu estreita

colaboração aos estudos preparatórios. Espera-se que a COTEC venha a dar um importante impulso à aceleração do processo de inovação em Portugal.

Através do Banco de Fomento Angola, foram dados apoios significativos à Universidade Católica Portuguesa de Angola, destinados à concessão de bolsas de estudo aos alunos, bem como, através da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, a mestrados na Faculdade de Direito da

Universidade Agostinho Neto. Outros apoios destinaram-se à Casa do Noviciado da Província Portuguesa da Ordem Beneditina, à União dos Escritores Angolanos e à Universidade de Benguela.

Na área da solidariedade social, o BPI apoiou, de imediato e de forma expressiva, as vítimas dos incêndios dos meses de Julho e Agosto, tendo proporcionado apoio financeiro que permitirá financiar a reconstrução de cerca de 20% das casas destruídas.

Uma vez mais foi aceite o convite de contribuição para o Bazar do Corpo Diplomático, com o alto patrocínio da Presidência da República. O Banco BPI patrocinou também a Conferência Internacional Televisão Violência e Sociedade, promovida pela Universidade Católica Portuguesa, que contou com a presença de Sua Majestade a Rainha de Espanha.

Igualmente se concederam apoios à Abraço; à Liga dos Amigos das Crianças do Hospital Maria Pia; à Liga Portuguesa Contra o Cancro; à Fundação Pro Dignitate; à Fundação Infantil Ronald MacDonald; à Elo – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento e Cooperação; à Leigos para o Desenvolvimento e à OIKOS – Cooperação e Desenvolvimento. Também em 2003 o Grupo BPI se comprometeu a apoiar de forma significativa o recém-criado CADIN – Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil.

(28)

Principais acontecimentos em 2003

Fevereiro, 3 BPI divulga os resultados consolidados do exercício de 2002. O lucro líquido ascende a 140.1 milhões de euros e o ROE a 13.5%.

Março, 18 A Comissão Executiva do Banco BPI realiza, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a III Conferência Anual para Analistas e Investidores, durante a qual apresenta a actividade, as perspectivas e a estratégia do Grupo BPI.

Abril, 3 A Assembleia Geral Anual, em que estiveram presentes ou representados accionistas detentores de 59.3% dos direitos de voto, aprova, com mais de 99.9% de votos a favor, o relatório e contas e o dividendo.

Abril, 24 O BPI apresenta os resultados do primeiro trimestre. O lucro líquido atinge os 38.9 milhões de euros e o ROE é de 13.1%.

Abril, 29 O BPI paga dividendo de oito cêntimos por acção, a que corresponde um payout de 43.4% e um dividend yield de 3.9%.

Junho, 6 O BPI emite 500 milhões de euros em obrigações com prazo de dois anos, destinadas a investidores institucionais no mercado internacional.

Julho, 14 Inauguração oficial do edifício-sede, em Luanda, do Banco de Fomento Angola.

Julho, 30 O BPI apresenta os resultados do primeiro semestre. O lucro líquido atinge os 80.5 milhões de euros e o ROE, os 13.7%.

Agosto, 5 O BPI, através da participada BPI Capital Finance, emite 250 milhões de euros em acções preferenciais, no

Agosto, 18 mercado internacional. Em 18 de Agosto exerce a opção de reembolso antecipado da série B das acções

Dezembro, 19 preferenciais que emitira em 1996, no valor de 100 milhões de dólares e, em 19 de Dezembro, exerce a call da série A, no valor de 150 milhões de dólares.

Setembro, 9 O Banco de Fomento Moçambique recebe, pelo segundo ano consecutivo, o prémio Bank of the year in

Mozambique, atribuído pela revista The Banker.

Setembro, 30 Ao Banco de Fomento Moçambique é atribuída, pela Foundation for Excellence in Business Practice (FEBP), com sede em Genebra, a medalha de ouro por excelência na prática de negócios.

Outubro, 13 A Assembleia Geral do Banco de Fomento Moçambique aprova, em Outubro, o projecto de fusão entre

Dezembro, 4 o Banco de Fomento e o Banco Comercial e de Investimentos. A assinatura da escritura de fusão é concretizada em Dezembro. O Banco BPI passa a deter uma participação de 30% na entidade resultante, que adopta a marca BCI Fomento.

Outubro, 15 O BPI emite, no mercado internacional, 250 milhões de euros em obrigações subordinadas com uma maturidade

Dezembro, 18 de dez anos, mas com possibilidade de reembolso antecipado ao fim de cinco anos; a 18 de Dezembro, exerce a opção de reembolso antecipado sobre uma emissão anterior, no valor de cerca de 74.8 milhões de euros.

(29)

Outubro, 23 O BPI apresenta os resultados do terceiro trimestre. O lucro líquido ascende, em 30 de Setembro, a 113.8 milhões de euros e o ROE, a 12.9%.

Outubro, 27 O Banco de Fomento Angola patrocina, por ocasião da visita do Primeiro Ministro de Portugal a Angola, o seminário

Angola / Portugal – Oportunidades e Desafios.

Outubro, 30 O BPI é distinguido com os prémios de melhor Relatório e Contas no sector financeiro pela oitava vez, terceira consecutiva, e com o prémio – em segunda edição e ganho pela segunda vez – de melhor Relatório de Corporate

Governance, entre todas as sociedades cotadas na Euronext Lisboa.

Novembro A Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch Ratings confirmam as notações de rating E“A” do BPI. A Moody's altera o

outlook de “estável” para “positivo”, nos ratings “A2” de longo prazo e “C+” de solidez financeira, do Banco BPI,

sublinhando a capacidade demonstrada pelo Banco de apresentar rácios de rendibilidade sólidos, bons indicadores da qualidade dos activos, e o facto de ter vindo a ter sucesso na manutenção da posição ocupada no mercado, apesar do crescente aumento da concorrência e não obstante as dificuldades enfrentadas pela economia portuguesa.

Novembro, 14 Concretização da venda da participação de 17% no Banc Post ao Eurobank Ergasias, S.A., após aprovação pelas autoridades romenas.

Dezembro, 2 O BPI abre oito centros de investimento – conceito de serviço especializado e personalizado, dirigido a Clientes de elevado património ou com forte potencial de acumulação financeira – elevando para onze o total em pleno funcionamento.

Dezembro, 3 O Conselho de Administração do Banco BPI aprova, por unanimidade, a designação do Vice-Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva, com efeitos a partir da Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2004. A designação de Fernando Ulrich foi proposta pelo Presidente do Conselho de

Administração Artur Santos Silva, que cessa funções executivas em virtude de completar 62 anos, limite de idade para o exercício de funções executivas no Banco, imposto pelos estatutos.

Fevereiro Prémio de melhor equipa de research em Portugal, em 2003 (Outubro), número oito no ranking Pan European

Junho, 12 Stock Picking in 2002 (equipa de small caps E, Junho), número dois no ranking All – Europe Research Team

Outubro, 30 (número um para gestores de fundos ingleses e americanos, Fevereiro).

Dezembro, 31 O Grupo BPI regista um lucro líquido consolidado do exercício de 163.8 milhões de euros, a que corresponde uma rendibilidade dos capitais próprios de 13.9%.

(30)

Enquadramento

Enquadramento macroeconómico

Depois de dois anos de expectativas de retoma frustradas, a economia internacional deu, na segunda metade de 2003, sinais de recuperação, a começar pela dos Estados Unidos. Verificou-se a recuperação da actividade económica nas maiores economias mundiais, e os indicadores avançados, em especial os inquéritos de opinião, apontam para que esta tendência se mantenha em 2004. Ao mesmo tempo, porém, constata-se ser a viragem menos pronunciada do que é habitual e manter-se condicionada por desequilíbrios de variáveis fundamentais: desde o défice externo americano às finanças públicas das maiores economias mundiais. 

Em 2003, depois de, no primeiro semestre, a actividade económica da zona do Euro ter estagnado, no segundo semestre, aumentou cerca de meio ponto percentual, graças à expansão das exportações. Importa, contudo, sublinhar que o crescimento foi bastante heterogéneo dentro da União Europeia, uma vez que alguns países, pertencentes à zona do Euro (Espanha e Grécia) ou não (Reino Unido), apresentaram ritmos de expansão apreciáveis, ao passo que outros (como a França ou a Alemanha) se mantiveram próximos da estagnação.

Portugal reproduziu o padrão de evolução europeu, mas apresentou uma das maiores quebras do Produto Interno Bruto (PIB), que atingiu cerca de 1.1%. Este desempenho contrasta com o da Espanha, cujo crescimento se cifrou em 2.4%. A disparidade resultou de uma diferente evolução da procura interna, em especial, do consumo e do investimento privados. O primeiro sofreu, em Portugal, uma quebra da ordem dos três quartos do ponto percentual, enquanto em Espanha, cresceu 3%. A formação bruta de capital fixo diminuiu 10% em Portugal, ao passo que, em Espanha, aumentou cerca de 3%, o que se prendeu sobretudo com a construção privada,

residencial e não residencial. Esta evolução, a par da crescente integração das duas economias, acentua a importância cada vez maior que o mercado ibérico tem para as empresas portuguesas.

Em Portugal, a construção e o comércio foram, no sector privado, as actividades mais afectadas pelas flutuações provocadas pela correcção dos desequilíbrios

macroeconómicos, que tinham levado à deterioração da Crescimento real do PIB

Taxas de variação homóloga

Gráfico 1 EUA Portugal Zona Euro % 7.5 5.0 2.5 0.0 -2.5 2000 2001 2002 2003 1999

Fontes: Eurostat (zona do Euro e Portugal) e Bureau of Economic Analysis (Estados Unidos).

Consumo e investimento

Taxas de variação homóloga

Gráfico 2 Consumo privado em Espanha

FBCF em Espanha

Consumo privado em Portugal FBCF em Portugal % 15 5 0 -5 -15 2000 2001 2002 2003 1999

Fontes: Instituto Nacional de Estatística de Portugal e Instituto Nacional de Estatística de Espanha.

(31)

posição externa e das contas públicas. Dado que os referidos sectores estão também entre os sectores que mais

contribuem para a criação de postos de trabalho, não pode estranhar-se o aumento, ao longo de 2003, do desemprego, cuja taxa atingiu os 6.4%. No ano anterior, a mesma taxa ficou pelos 5.1%.

A evolução da economia portuguesa nos últimos dois anos assumiu uma certa complexidade. Por um lado, exigiu-se a correcção rápida dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados. Por outro lado, procurou-se responder à necessidade de fazer os ajustamentos estruturais capazes de repor a competitividade da economia, tendo em vista tanto o alargamento da União Europeia, como a crescente deslocação das actividades trabalho-intensivas para fora do País, em especial para a China e para o sul da Ásia. Estes condicionalismos obrigam a atrair investimento para

actividades de maior valor acrescentado, o que supõe reformas de fundo em matéria de leis e práticas laborais, empresariais, fiscais e da concorrência. Supõe também uma mudança de regime da política orçamental capaz de pôr termo aos ciclos de arranques e travagens que acentuam, em vez de atenuar, as flutuações económicas com origem no exterior.

Uma parte deste caminho foi percorrida em 2003, embora o contexto internacional adverso e o dramatismo imposto pelo ajustamento orçamental numa conjuntura desfavorável não tenham facilitado a tarefa. É, portanto, indispensável que as melhores expectativas para 2004 sejam aproveitadas de modo a gerar o clima positivo de partilha de custos, mas também de benefícios, capaz de suscitar o apoio social necessário ao aprofundamento das reformas já iniciadas ou apenas enunciadas. Deve também actuar no mesmo sentido algum alívio orçamental resultante de uma interpretação do Pacto de Estabilidade e Crescimento mais consentânea com a situação da economia. Na verdade, esta encontra-se agora

num momento posterior à fase aguda do ajustamento que conduziu à redução do défice orçamental para menos de 3%.

Em 2003, assistiu-se também ao início do ajustamento da situação financeira das famílias. O crescimento do crédito para habitação diminuiu (de 15.4%, em Dezembro de 2002, para 12.2%, no final de 2003, ajustado do efeito das operações de titularização levadas a cabo pelos bancos) e o crédito para consumo e outros fins aumentou apenas ligeiramente (2% em Dezembro de 2003). O rácio de endividamento das famílias deve, pois, ter-se aproximado dos 110% do rendimento disponível, o que está de acordo com a situação das principais economias da OCDE. O baixo nível das taxas de juro e, em especial, a redução das taxas do crédito à habitação permitiram que o peso dos juros pagos pelas famílias se reduzisse nos últimos dois anos, situando-se, em 2003, pouco acima dos 5% do rendimento

disponível, segundo estimativas do Banco de Portugal e do Ministério das Finanças. As expectativas pouco optimistas relativamente a emprego e a crescimento salarial deverão, contudo, continuar a provocar a desaceleração do rácio de endividamento das famílias, nos próximos anos.

O crédito a empresas, cujo ritmo de crescimento baixara já significativamente em 2002, desacelerou ainda mais em 2003 (2.7%, em Dezembro, ao passo que, no fim do ano anterior, tinha sido de 7.5%, segundo os dados do Banco de Portugal corrigidos de operações de titularização,

reclassificações e abatimentos ao activo). Os sectores da construção e das actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas foram os que mais

contribuíram para o aumento dos empréstimos bancários ao sector empresarial. Seguiram-se-lhes os sectores ligados aos transportes, comércio e turismo.

(32)

No final do ano, o rácio dos créditos em incumprimento atingia os 2.1% do total de empréstimos, no caso das empresas, e os 2.3%, no caso dos particulares. Houve, portanto, uma inversão das posições registadas em Dezembro de 2002, altura em que os rácios se situavam,

respectivamente, em 2.4% e 2.1%.

Os depósitos totais de residentes mantiveram a tendência de estagnação, reflectindo a evolução desfavorável do

rendimento disponível e os encargos com o endividamento das famílias. Em Dezembro, os depósitos de particulares apresentavam um acréscimo de apenas 0.8%, ao passo que, em 2002, se registara um aumento de 1.2%.

Previsões pormenorizadas para Portugal e para a zona do euro Taxas de crescimento em %

1) Banco de Portugal, Boletim Económico, Dezembro 2003. 2) Comissão Europeia, Previsões do Outono, Outubro 2003. 3) Índice Harmonizado de Preços no Consumidor.

4) Em percentagem do PIB. As previsões do Banco de Portugal incluem também a balança de capital, cuja componente mais significativa são as transferências comunitárias, antes integradas na balança de transacções correntes.

2004

BdP CE2

CE2

Portugal Zona do euro 2003

BdP1

CE2

CE2

Portugal Zona do euro

Consumo privado -1 1/

4:-1/4 -0.9 1.3 0 : 1 1/2 0.8 1.6

Consumo público 0 -0.9 1.7 -0.8 -0.2 1.3

Investimento fixo -11 : -9 -9.2 -1.0 -4 3/

4: -3/4 1.0 2.4

Exportações de bens e serviços 2 1/

2: 3 1/2 3.1 -0.1 4 3/4: 6 3/4 5.1 5.1

Importações de bens e serviços -2 3/

4: -1 3/4 -2.9 1.6 1 : 3 3.9 5.2 PIB -1 1/ 2: -3/4 -0.8 0.4 0 : 1 1/2 1.0 1.8 Inflação3 3.3 3.4 2.0 2 : 3 2.6 2.0 Balança corrente4 -3 1/ 4: -2 1/4 -4.5 1.0 -2 1/2:-1/2 -4.2 1.2 Quadro 2 Crédito e depósitos bancários

Taxas de variação homóloga

Gráfico 3 Crédito a sociedades não financeiras

Crédito a particulares Depósitos totais de particulares

% 45 35 25 15 5 0 -5 2000 2001 2002 2003 1999

(33)

Mercado cambial

À semelhança do que se verificou no ano transacto, a evolução do mercado cambial, em 2003, foi dominada pela depreciação do Dólar, sobretudo, em comparação com o Euro. A moeda europeia apreciou-se cerca de 21% entre Janeiro e Dezembro, embora a tendência não tenha sido sempre clara. No início do ano, quando as entradas de capitais nos EUA diminuíram, o Dólar foi penalizado pelo potencial impacto negativo da aceleração da actividade no défice externo, mas o sentimento relativamente ao Dólar melhorou entre Março e Setembro. O fim formal da guerra no Iraque, a escalada das bolsas e a pujança dos indicadores económicos norte-americanos, em contraponto com os sinais de recessão na Europa, eclipsaram temporariamente as preocupações com a deterioração dos desequilíbrios das contas públicas e externas. No final de Setembro, o comunicado da reunião semestral do G7, em que se apelava a uma maior flexibilidade cambial em todas as zonas do globo, foi entendido como uma declaração formal de abandono da política de “Dólar forte” pelas autoridades norte-americanas. Consolidou-se, então, a tendência de apreciação da moeda europeia: a cotação EUR / USD passou de 1.15, em final de Setembro, para 1.26, nos últimos dias de Dezembro. Assim se ultrapassava definitivamente a fasquia inaugural de 1.18.

Recentemente, o Banco Central Europeu (BCE) tem alertado para o facto de a veloz apreciação do Euro comportar riscos para a consolidação da retoma económica europeia. Não obstante o desejo que as autoridades europeias têm de conter o movimento ascendente da moeda local, esta tendência deverá manter-se. Na verdade, trata-se de uma resposta à necessidade de corrigir o desequilíbrio externo americano, numa altura em que a maioria dos restantes parceiros comerciais dos EUA evita a apreciação das respectivas moedas. Cotações do euro em 2003 1.32 1.24 1.16 1.08 1.00 Gráfico 4 144 138 132 126 120

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Fonte: BCE, Reuters.

1) 1.057: mínimo observado no rescaldo da Guerra do Iraque. 2) 1.263: máximo de sempre da cotação EUR/USD.

USD JPY EUR / USD EUR / JPY 1 2

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