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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO FISIOTERAPIA ANA LAURA BUGOV CARVALHO

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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO

FISIOTERAPIA

ANA LAURA BUGOV CARVALHO

EXERCÍCIO FÍSICO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO DIABETE MELLITUS GESTACIONAL

ITAPETININGA - SP 2018

(2)

ANA LAURA BUGOV CARVALHO

EXERCÍCIO FÍSICO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO DIABETE MELLITUS GESTACIONAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade Sudoeste Paulista de Itapetininga - FSP - ao curso de graduação em Fisioterapia como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em fisioterapia.

Orientadora: Profa. Dra. Aline de Oliveira Netto.

ITAPETININGA - SP 2018

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BUGOV, Ana Laura Carvalho

Exercício físico na prevenção e tratamento do diabete mellitus gestacional

– uma revisão de literatura / Ana Laura Bugov Carvalho – Itapetininga, 2018, 27 p.

Trabalho de curso – FSP – Faculdade Sudoeste Paulista – Fisioterapia Orientador: Prof. Dr. Aline Netto

1. (Gravidez) 2. (Diabetes Mellitus Gestacional) 3. (Exercício Físico)

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, por ter me ajudado nesses cinco anos de faculdade, me dando forças para continuar e ser o melhor que eu pude

para as pessoas que cruzaram meu caminho.

Aos meu pais, Marcelo e Solange, que me incentivaram, apoiaram e sempre acreditaram em meu potencial para concluir mais esta etapa na minha vida, sem eles nada seria possível, meu eterno agradecimento aos maiores amores

da minha vida.

A minha irmã Ândrella que me escutou nos momentos mais difíceis e sempre me deu as mãos, meu eterno agradecimento para o meu grande porto seguro,

sem você não sei se conseguiria chegar até aqui.

A minha avó Marcia, que me apoiou no momento mais difícil da faculdade, com toda paciência, amor e carinho.

Ao meu namorado Guilherme, que sempre me enxergou além de mim mesma, acreditando que eu sempre posso mais, me deu todo o apoio necessário, teve

muita paciência nos momentos mais difíceis e hoje posso dizer que conquistamos isso juntos, agradeço muito ao amor da minha vida.

Aos meus amigos, Camila, Jessica, José Guilherme, Juliane e Lucimara, que fizeram parte da minha formação, sempre me trazendo alegrias e mostrando

que juntos a gente chega em qualquer lugar.

A minha professora e orientadora Aline, que sempre me passou todo o seu conhecimento, com muita paciência e dedicação, seu amor pelo que faz me inspira a ser sempre melhor na profissão que escolhi, sem você a conclusão

desse trabalho não seria possível, minha total gratidão e agradecimento.

Aos meus professores que fizeram parte da minha formação acadêmica, acrescentando muito na minha vida profissional e pessoal.

As professoras Eliege e Marina, que se dispuseram a fazer parte da minha banca e partilhar do seu conhecimento comigo.

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RESUMO

Introdução: O DMG está presente em 1 a 14% das gestações, sendo caracterizado por altas taxas glicêmicas que surgem pela primeira vez durante a gravidez, além disso, a tendência dessa mulher apresentar DM2 após o parto está entre 20 a 50% dos casos. Objetivo: O objetivo do trabalho foi verificar a importância da realização de exercícios físicos como forma de prevenção e tratamento das mulheres com Diabete mellitus gestacional (DMG), incentivando a sua prática para benefícios maternos e perinatais a longo prazo.

Metodologia: As bases de dados Lilacs, Pubmed, Pedro, Scielo e Google Acadêmico foram consultadas. Os artigos considerados adequados foram selecionados e abordavam sobre o tema proposto, fisioterapia e exercícios físicos no Diabete mellitus gestacional (DMG) como prevenção e tratamento para a melhora dos níveis glicêmicos maternos. Resultados: Foram selecionados para leitura dos títulos e resumos 263 artigos, sendo filtrados 24 para leitura do artigo inteiro. Dentre eles, cinco foram utilizados para a elaboração do presente estudo. Conclusão: Foi possível concluir que o exercício físico é benéfico para a prevenção e tratamento do Diabete mellitus gestacional (DMG) e que tanto o exercício resistido quanto o aeróbio podem ser realizados. O fisioterapeuta atua no processo de melhorar a qualidade de vida dessas gestantes com a aplicação dos exercícios físicos orientados e supervisionados.

Palavras chaves: exercício, Diabete mellitus Gestacional (DMG), fisioterapia, gestação.

(6)

ABSTRACT

Introduction: DMG is present in 1 to 14% of pregnancies, being characterized by high glycemic rates appear for the first time during pregnancy. The tendency of this woman to present DM2 after childbirth is between 20 and 50% of the cases. Objective: To verify the importance of exercise as a method of prevention and treatment of women with gestational diabetes mellitus (GDM), encouraging its practice with maternal and perinatal benefits in the long term.

Methodology: Lilacs, Pubmed, Pedro, Scielo and Google Scholar databases were consulted, analyzed and approached on the subject of physiotherapy and physical exercise for the treatment of gestational diabetes mellitus (GDM). of maternal glycemic levels. Results: 263 articles were selected for reading titles and abstracts, being filtered in 24 to read the entire material. Among them, they were used for the elaboration of the present study. Conclusion: The treatment of diabetes in the treatment of diabetic mellitus gestational (DMG) and that both resisted exhausted aerobic may be performed. The physiotherapist acts to improve the quality of life of pregnant women with the application of supervised physical exercises.

Key words: exercise, gestational diabetes (DMG), physiotherapy, pregnancy

(7)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 07

METODOLOGIA ... 11

RESULTADOS ... 12

DISCUSSÃO ... 18

CONCLUSÃO ... 21

REFERÊNCIAS ... 22

(8)

INTRODUÇÃO

O Diabete mellitus (DM) é caracterizado por um grupo de doenças metabólicas com quadro de hiperglicemia resultante de defeitos na secreção e/ou ação da insulina. É caracterizado como uma desordem crônica que altera o metabolismo dos carboidratos, lipídeos e das proteínas (American Diabete Association - ADA, 2010).

Existem três tipos mais frequentes de DM, são eles: Diabete mellitus tipo 1 (DM1), Diabete mellitus tipo 2 (DM2) e Diabete mellitus gestacional (DMG). O DM1 é o tipo autoimune e caracteriza-se pela destruição total ou parcial das células beta(β)-pancreáticas, reduzindo a capacidade na produção de insulina.

Esse tipo é mais comum em crianças do que em adultos, sendo necessário tratamento com insulina. O DM2 é caracterizado pela dificuldade na ação e/ou secreção da insulina, resultando em altas taxas glicêmicas. O diagnóstico geralmente é feito após os 40 anos, não sendo necessário o tratamento com a aplicação exógena de insulina. O DMG está presente em 1 a 14% das gestações, sendo caracterizado por altas taxas glicêmicas que surgem pela primeira vez durante a gravidez, além disso, a tendência dessa mulher apresentar DM2 após o parto está entre 20 a 50% dos casos (BEN-HAROUSH;

YOGEY; HOD, 2004).

O aparecimento do DMG repercute em alterações no feto e em seu desenvolvimento, pois a hiperglicemia materna altera o ambiente intrauterino e consequentemente pode levar ao aumento de dez vezes os partos pré-termos e três vezes as malformações congênitas (ZAUPA; ZANONI, 2000). A macrossomia, peso fetal ao nascimento de 4kg ou 4,5kg, independentemente da idade gestacional é a principal preocupação devido aos níveis elevados de glicose e insulina durante a gravidez (SCHMITT et al., 2009).

Em uma gravidez normal o hormônio placentário conhecido como lactogênio placentário humano (HPL) atua reduzindo a sensibilidade à insulina e promove alteração no metabolismo da glicose pela mãe, dispondo maior quantidade desta para o feto em crescimento (GUYTON; HALL, 2017). A sensibilidade à insulina diminui entre 24 e 28 semanas de gestação, fase denominada como catabólica (LOPES, 2009). Ocorre a hiperplasia das células

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beta (β) pancreáticas, pelo efeito desses hormônios placentários (RAMIYA et al, 2000) para que aconteça o aumento da secreção de insulina, resultando em um quadro de hiperinsulinemia compensada (RYAN; SULLIVAN; SKYLER, 1985). O DMG ocorre quando as células β pancreáticas são incapazes de produzir insulina suficiente para compensar a persistência da resistência à insulina em mulheres grávidas (BUCHANAN; XIANG, 2005).

A prevalência do DMG é de 16,1% das gestações e essa taxa vem aumentando durante os anos (COLAGIURI et al., 2014). O diagnóstico do DMG é realizado através do teste oral de tolerância à glicose (TOTG) que deve ser realizado entre a 24ª a 28ª semana de gestação. O teste é realizado através da ingestão de 75g de glicose exógena seguido de medidas de glicose plasmática durante a análise. Primeiro é coletado sangue em jejum e anotado a glicemia, depois é ingerido a glicose exógena e a segunda medida é realizada após 1 hora da ingestão. Por fim uma última coleta de sangue é realizada para a análise da glicose plasmática após 2 horas da ingestão (OMS, 2013). Os níveis glicêmicos indicados são 105mg/dL para o jejum, 155mg/dL no pós-prandial de uma hora e 130mg/dL na glicemia de duas horas após ingestão da glicose (ADA, 2004).

O tratamento do DMG pode ser realizado através da monitorização sanguínea da glicose, prescrição de dieta balanceada e utilização de insulina, quando necessário (DUARTE et al., 2006). Recomenda-se que sejam sinalizadas todas as mulheres grávidas com DMG, por história pregressa da gestante, fatores de risco ou o teste glicêmico (ACOG, 2013). A aplicação de insulina é indicada para gestantes portadoras de DM1, já no tipo 2 a insulina é substituída pelo anti-hiperglicemiante oral e no DMG recomenda-se a insulina humana quando ocorrer a falha do controle glicêmico materno (ACOG, 2013).

Frente às alterações no organismo materno e fetal causadas pela hiperglicemia, diretrizes nacionais e internacionais recomendam a prática de exercícios físicos como tratamento para o DMG. A American Diabete Association (ADA) encoraja a prática de exercícios físicos durante o período gestacional e aponta ser uma importante terapia coadjuvante (MAGANHA et al, 2003; CALDERON et al, 2004; JOVANOVIC, 2004).

Não somente durante a gestação, mas estudos apontam que a prática

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de exercício físico regular antes da gravidez também promove diminuição no risco do desenvolvimento de DMG (DEMPSEY et al., 2004). A literatura evidencia que o exercício quando praticado no período antes da gestação, reduz a resistência à insulina (REECE; LEGUIZAMON; WIZNITZER 2009), com isso, diminuindo o risco do desenvolvimento de DMG (REDDEN et al., 2011).

Uma metanálise relata que mulheres que realizam exercício físico já no início da gestação apresentam 24% menos chances de desenvolver o DMG, comparadas as mulheres que não realizam nenhuma atividade (TOBIAS et al., 2011).

Todos os tipos de diabete devem ser associados a dieta balanceada e a prática de exercícios físicos controlados e supervisionados (BASSO et al., 2007). Pesquisas apontam que ser fisicamente ativo durante a gestação pode reduzir os riscos de desenvolver a DMG, como também a DM tipo 2 tardio (COLBERG; CASTORINO; JONAVIC, 2013).

Foi observado que o controle glicêmico pode ser melhorado no DMG através da prática de exercícios físicos, que resulta de uma interação entre a sensibilidade à insulina e a captação de glicose pelo músculo esquelético (ASANO et al., 2014). Durante a contração do músculo esquelético na prática dos exercícios físicos, este utiliza o processo de difusão para captar a glicose através do transportador de glicose tipo 4 (GLUT4) deslocado para a membrana celular (DELA et al, 1993; CHIBALIN et al, 2000). As alterações metabólicas que ocorrem no organismo materno devido à prática do exercício físico dependem do tipo, da intensidade e da duração do mesmo, além do período gestacional em que é realizado (BESSINGER; MCMURRAY, 2003).

Como contraindicações é recomendado parar a atividade imediatamente se surgirem sintomas como dor abdominal, cólicas, sangramento vaginal, tontura, náusea ou vômito, palpitações e distúrbios visuais. Mulheres grávidas devem evitar as contrações isométricas máximas, exercícios na posição supina por períodos prolongados, exercícios em ambientes quentes e piscinas muito aquecidas (LIMA; OLIVEIRA, 2005).

Mesmo com as indicações médicas da prática de exercício físico nas gestantes com DMG, a literatura atual ainda permanece escassa, pois as mulheres se sentem inseguras com essa atividade. Frente a isso, o objetivo do

(11)

trabalho é apontar a importância da realização de exercícios físicos como forma de prevenção e tratamento das mulheres com Diabete mellitus gestacional (DMG), incentivando a sua prática para benefícios maternos e perinatais a longo prazo.

(12)

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do estudo foi realizada uma revisão de literatura, iniciada em 2017. As bases de dados Lilacs, Pubmed, Pedro, Scielo e Google Acadêmico foram consultadas. Ponderou-se o período de 2003 até 2018. Os artigos considerados adequados foram selecionados e abordavam sobre o tema proposto, fisioterapia e exercícios físicos no Diabete mellitus gestacional (DMG) como prevenção e tratamento para a melhora dos níveis glicêmicos maternos. As palavras-chaves utilizadas foram: exercício, Diabete mellitus Gestacional (DMG), fisioterapia, gestational Diabete mellitus (GDM), physical therapy, exercise.

(13)

RESULTADOS

A pesquisa resultou em 617 artigos encontrados. No total foram selecionados para leitura dos títulos e resumos 263 artigos, sendo filtrados em 24 para leitura do artigo inteiro. Dentre eles, cinco foram utilizados para a elaboração do presente estudo. Os artigos são internacionais e a população estudada foi de mulheres grávidas com DMG.

(14)

Quadro 1. Resultados encontrados com relação a prática de exercícios físicos em mulheres com Diabete mellitus gestacional (DMG) antes e durante a gestação.

AUTOR, ANO TÍTULO OBJETIVO INTERVENÇÃO

(tipo de exercício)

RESULTADOS

BRANKSTON et al., 2004

Resistance exercise decreases the need for

insulin in overweight women with gestational

Diabete mellitus.

O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos de um treinamento resistido sobre a necessidade da

aplicação de insulina em mulheres com

Diabete mellitus gestacional (DMG).

Foram analisadas 32 mulheres, distribuídas

em dois grupos experimentais: Grupo

Dieta (n=16) e Grupo dieta com prática de exercício físico (n=16).

Exercício físico:

Treinamento de resistência 3x por semana: fortalecimento

muscular global realizando

agachamento, extensão de joelho, levantamento

de barra a cima da cabeça, flexão de joelho, abdução de

ombro, remada e exercício de tríceps.

Semana 1 e 2: 15 repetições de cada exercício; Semana 3:3 séries de 15 repetições

de cada exercício;

O nível glicêmico de jejum e 1 hora pós- prandial, a quantidade

de prescrição de insulinoterapia e o valor

glicêmico mensurado em casa pós-refeição

de mulheres que praticaram exercício físico associado à dieta foram significantemente

menor quando comparadas ao grupo

só dieta.

(15)

Semana 4: 3 séries de 20 repetições cada

exercício.

BARROS et al., 2010

Resistance exercise and glycemic control in women with gestational

Diabete mellitus.

O objetivo do estudo foi avaliar o efeito de um programa de exercícios

resistido em pacientes com Diabete mellitus

gestacional na necessidade da insulina

e adequação de controle glicêmico

capilar.

Grupo Exercício (GE;

n=32) submetidos ao programa de exercício

resistido com a utilização de uma faixa elástica 2x na semana.

Protocolo de exercício resistido: fortalecimento muscular dos principais

grupos musculares (peitoral, posteriores de tronco, bíceps e tríceps

braquial, deltoide, quadríceps e tríceps

sural).

1 e 2 semana: 2 séries de 15 repetições para

cada exercício;

3ª semana até o final da gestação: 3 séries de 15 repetições para

cada exercício.

O descanso de uma série para outra era de no mínimo 30 segundos

e o tempo máximo de 1 minuto.

Houve diminuição na aplicação de insulina no

grupo de mulheres exercitadas, apresentando a eficácia

do programa de exercícios em pacientes

com DMG.

(16)

Grupo Controle (GC;

n=32) não foram submetidos a nenhum programa.

BARAKAT et al., 2011

Exercise during pregnancy improves

maternal glucose screen at 24-28 weeks:

a randomised controlled trial.

Avaliar a influência de um programa de exercícios na tolerância

à glicose realizado por mulheres grávidas

saudáveis.

Foram analisadas 83 mulheres, distribuídas

em dois grupos.

Grupo exercício (40) e Grupo controle (43).

Programa de exercício físico no solo: sessões de 35 a 45 minutos, 2x por semana, contendo

caminhada leve, alongamento global de

membros inferiores (MMII), membros superiores (MMSS) e tronco, fortalecimento muscular global de MMSS e MMII, com theraband (resistência leve) e halteres de 3kg, fortalecimento muscular do assoalho pélvico e

danças aeróbicas.

Programa de exercício aquático: sessão de 35 a 40 minutos, 1x na

semana, contendo

Um programa de exercícios com intensidade moderada

durante a gravidez melhora o nível de tolerância à glicose materna, pois no teste

apresentam valores menores de 50g de

glicose materna, diminuindo casos que progridem para DMG.

(17)

natação, andando de um lado para outro na piscina, alongamento e fortalecimento muscular

global de MMSS, MMII e tronco.

Ambos os exercícios foram realizados de 10

a 12 repetições.

BO, 2014

Simple lifestyle recommendations and

the outcomes of gestational Diabete. A

2×2 factorial.

O objetivo foi testar se o estilo de vida, contendo diferentes

programas, poderia ajudar os pacientes com DMG a melhorar os níveis de glicose em jejum.

Foram analisadas 200 mulheres.

Grupo D - Dieta Grupo B - Dieta e recomendações comportamentais.

Grupo E - Exercício aeróbico.

Grupo EB - exercício aeróbico, recomendações comportamentais e

dieta.

Foi prescrito uma dieta individual para cada

paciente.

As recomendações comportamentais foram comentadas e falado da importância de realizar

uma dieta, se

O exercício reduziu a glicose pós-prandial materna, os valores de

proteína C reativa triglicérides e as

complicações maternas.

(18)

alimentando de forma adequada.

Exercício aeróbico: Era indicada uma caminhada de 20 minutos todos os dias, totalizando 140 minutos

semanais.

HALSE et al., 2014

Home-based exercise training improves capillary glucose profile

in women with Gestational Diabete.

O objetivo foi verificar a eficácia de um programa de ciclismo em paciente com DMG,

na glicemia de jejum e pós-prandial, bem como

a tolerância a glicose, hemoglobina glicosada

e sensibilidade à insulina.

Foram recrutadas 40 mulheres distribuídas

em dois grupos Grupo exercício (EX=

20) Grupo controle (CON=20) com dieta

habitual.

Programa de exercício:

Na primeira semana a sessão era de 25 a 30

minutos.

A partir da quarta semana a sessão era de 40 a 45 minutos com

intensidade progressiva.

Programa de exercício aeróbico com bicicleta

estacionária e intervalada, domiciliar com e sem supervisão.

Obteve-se uma menor concentração de glicose em jejum no

grupo exercício comparado com o

grupo controle.

(19)

DISCUSSÃO

O objetivo do trabalho foi apontar a importância da realização de exercícios físicos como forma de prevenção e tratamento para mulheres com Diabete mellitus gestacional (DMG), incentivando a sua prática com benefícios maternos e perinatais a longo prazo.

Brankston et al. (2004), realizaram sua pesquisa com 32 mulheres com Diabete mellitus gestacional e observaram o efeito de um treinamento de exercício resistido sobre a necessidade do uso da insulina. Após o treinamento os dados demonstraram que 30% das mulheres exercitadas necessitaram de menor tratamento de insulina. Barros et al. (2010) também avaliaram 32 mulheres com Diabete mellitus gestacional e o impacto de um programa de exercício na redução da insulina e adequação do controle glicêmico. Os dados apontam que as mulheres exercitadas apresentaram diminuição significativa na necessidade de insulina e não ocorreu nenhum caso de hipoglicemia capilar após o exercício. Os trabalhos visam a eficácia do exercício físico resistido como forma de tratamento para pacientes com DMG.

Em contrapartida, Brankston et al. (2004) encontrou nos seus estudos que o treinamento resistido não reduziu significativamente o número de prescrição de insulinoterapia, mas relatou o efeito benéfico do exercício nas mulheres com DMG, pois estas apresentaram menos insulina circulante e um período mais longo da latência, demonstrando a influência positiva no controle glicêmico.

Bo (2014) estudou 200 mulheres com Diabete mellitus gestacional e testou quatro estilos de vida diferentes como forma de tratamento. Algumas gestantes realizavam exercícios físicos 140 minutos por semana. Os dados encontrados foram uma redução no nível de glicose e nas concentrações de triglicérides, onde o exercício foi associado com a redução da glicose pós-prandial, triglicérides e proteína C reativa.

Halse et al. (2014) estudaram 40 mulheres com Diabete mellitus gestacional e observaram a eficácia de um programa de ciclismo na glicemia em jejum e pós- prandial, bem como a tolerância da glicose, hemoglobina glicosada e sensibilidade a insulina. Em contraparte, Bo (2014) aplicou um programa de exercício físico em mulheres com DMG e demonstrou a redução de glicose pós-prandial, mas não obteve uma diminuição na glicemia em jejum, porém deve ser levado em

(20)

consideração que as concentrações de proteína C reativa também apresentaram um declínio com a prática do exercício, o que é interessante pois mulheres com DMG, apresentam estado de inflamação sistêmica de baixo grau, interferindo na patogênese de complicações maternas e fetais.

Barakat et al. (2011) estudaram 83 mulheres saudáveis, mas com predisposição a desenvolver Diabete mellitus gestacional. Os autores identificaram a boa influência de um programa de atividade física realizada no solo e em ambiente aquático durante a gravidez, com relação a menores valores de glicose materna, dentro de 24 a 28 semanas, redução no ganho de peso e no aparecimento de casos de DMG.

A melhor maneira de tratar o DMG ainda é desconhecida, porém exercícios que a gestante possa realizar na casa, em ambientes aquáticos e no solo, demonstram benefícios e redução dos níveis de glicose no sangue, obtendo um melhor controle glicêmico (BARAKAT et al., 2011)

O exercício aeróbico regular pode diminuir os níveis de glicose no sangue durante o período de jejum e pós-prandial (SHEPHERD et al., 2017). Nos exercícios de intensidades leve a moderada, as concentrações plasmáticas de glicose são mantidas em níveis constantes durante a gravidez, mas se a duração do exercício for prolongada, a glicemia diminui (ARTAL, 1999), aumentando esse declínio com o avanço da gestação (CLAPP, 1987; BONEN, 1995).

Os artigos apontam que a combinação de exercícios aeróbicos e resistidos diminuem a glicemia, promovendo aumento da ligação e afinidade da insulina ao seu receptor e aumentando transportadores de glicose no músculo (ASANO et al., 2014).

Qualquer exercício físico deve ser realizado de maneira contínua para ter um impacto sustentado no controle da glicemia, mantendo uma intensidade que atinge pelo menos 60% da frequência cardíaca máxima (FCmáx.), para ter o aumento do gasto energético, reduzindo ou mantendo os níveis de glicose no sangue dentro dos padrões considerados normais (ZAVORSKY; LONGO, 2011).

Mulheres que realizam alguma atividade física durante um ano antes de engravidar tem um risco diminuído de desenvolver DMG, e se der continuidade a atividade durante as primeiras 20 semanas de gravidez, é demonstrado uma redução de 50% do risco do DMG (DEMPSEY et al., 2004).

Grávidas que possuem um alto risco de progredir para DMG, é indicado realizar uma caminhada de 25 minutos com alta intensidade por sessão ou 35 a 40

(21)

minutos com baixa intensidade por sessão e grávidas que possuem baixo risco de progredir para DMG, é indicado realizar uma caminhada de 25 minutos em intensidade leve ou alta, para alcançar os melhores benefícios relacionados com o controle da glicemia e prevenção de DMG (RUCHAT et al., 2012).

O exercício físico regular durante e após a gestação, melhora e/ou mantém a aptidão física, o controle de peso, a redução ao risco de DM e a melhora no bem- estar mental (ACOG, 2015).

Algumas orientações em relação à realização dos exercícios físicos durante a gravidez são apontadas pelas diretrizes, como: grávidas que já praticavam algum tipo de exercício físico devem manter a intensidade moderada durante a gestação, exercitar-se de 20 a 30 minutos de três a quatro vezes por semana, mantendo frequência cardíaca abaixo de 140 batimento por minuto (bpm). Essa intensidade deve ser tanto em exercícios resistidos como em exercícios aeróbios.

(22)

CONCLUSÃO

Foi possível concluir que o exercício físico é benéfico para a prevenção e tratamento do Diabete mellitus gestacional (DMG), diminuindo a prescrição a insulina e altos níveis glicêmicos no sangue e que tanto o exercício resistido quanto o aeróbio podem ser realizados. Ainda não existe um protocolo de qual tipo de exercício, intensidade, duração é o mais adequado, pois a avaliação e prescrição de exercícios devem ser individuais. O fisioterapeuta atua no processo de melhorar a qualidade de vida dessas gestantes com a aplicação dos exercícios físicos orientados e supervisionados.

.

(23)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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