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A Errática tikmũ ũn_maxakali: imagens da Guerra contra o Estado

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Academic year: 2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) Programa de Pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS)

Museu Nacional

A Errática tikmũ ũn _maxakali:

imagens da Guerra contra o Estado

Roberto Romero Ribeiro Júnior

Rio de Janeiro

2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) Programa de Pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS)

Museu Nacional

A Errática tikmũ ũn _maxakali:

imagens da Guerra contra o Estado

Rio de Janeiro 2015

Dissertação de mestrado apresentada ao PPGAS, Museu Nacional, UFRJ como pré-requisito para obtenção do título de mestre em Antropologia Social.

Autor: Roberto Romero Ribeiro Júnior Orientador: Eduardo Viveiros de Castro

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A Errática tikmũ’ũn_maxakali: imagens da Guerra contra o Estado.

Roberto Romero Ribeiro Júnior

Dissertação submetida ao corpo docente do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (PPGAS/MN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de mestre.

Aprovada por:

_______________________________

Prof. Dr. Eduardo B. Viveiros de Castro (orientador)

_______________________________

Profa. Dra. Luiza Elvira Belaunde Olschewski

_______________________________

Profa. Dra. Rosângela Pereira de Tugny

Rio de Janeiro, fevereiro de 2015.

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Ficha catalográfica

Romero, Roberto.

A Errática tikmũ’ũn_maxakali: imagens da Guerra contra o Estado / Roberto Romero Ribeiro Júnior – Rio de Janeiro: UFRJ/PPGAS-MN, 2015.

Orientador: Eduardo B. Viveiros de Castro

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro/Museu Nacional/ Programa de Pós-graduação em Antropologia Social. 2015.

1. Antropologia 2. Etnologia indígena 3. Tikmũ’ũn/Maxakali 4. Botocudo 5. Guerra indígena.

 

I. Viveiros de Castro, Eduardo B. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Museu Nacional. Programa de Pós- graduação em Antropologia PPGAS. III.

A Errática tikmũ’ũn_maxakali: imagens da Guerra contra o Estado

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Ũg xapexop pu Apne Yĩxux tu à te ã xak tãmnãg Para os meus amigos em Aldeia Verde com saudades

 

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AGRADECIMENTOS

Uma pesquisa é feita de encontros. No seu percurso, encontramos autores, ideias, lugares, mestres, amigos... Encontros que não são tanto a consequência, mas a motivação mesmo daquilo o que fazemos e sem os quais a concepção e realização dos nossos projetos se revelariam mesmo impossíveis. Sou, portanto, imensamente grato pelos encontros através dos quais esta pesquisa pôde se desenvolver - ou melhor dizendo, se iniciar - ao longo dos últimos dois anos. Ao Eduardo Viveiros de Castro, agradeço o interesse, a paciência, a leitura atenciosa e todos os estímulos à realização deste trabalho. Suas ideias e textos já me orientavam há algum tempo e de minha parte é um enorme prazer poder continuar esta orientação pessoalmente. Agradeço-lhe especialmente o conselho telegráfico e crucial:

“vai nessa”.

No PPGAS, agradeço a Marcio Goldman, Bruna Franchetto, Aparecida Vilaça, Carlos Fausto, Luiz Fernando Dias Duarte, Adriana Vianna, Giralda Seyferth e Renata Menezes pelos cursos e reflexões que me propiciaram. À Bruna, especialmente, agradeço por me preparar, sem que eu mesmo me sentisse preparado, para ouvir e exprimir outros sons e outros (muito outros) sentidos. Aos funcionários do Programa, agradeço a gentileza e a paciência com que sempre me receberam ou procuraram. Na Biblioteca Francisca Kelly, sou extremamente grato pela atenção e por toda a presteza da equipe em assistir um aluno talvez especialmente atrapalhado com impressoras, consultas e prazos. Agradeço à CAPES

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Ainda no PPGAS, agradeço aos meus colegas de mestrado, Everton, Bárbara, Lucas, Aline, Marcela, Morena, Gustavo, Guilherme, Vlad e Daniel. Ao Vlad, especialmente, pela imensa generosidade, organização e eficiência que facilitaram imensamente o nosso percurso acadêmico e institucional. Ao Gustavo, pela cumplicidade em etnologia e conversas sempre estimulantes. A partir do PPGAS - e especialmente de todas as “sextas na Quinta” (e madrugadas de sábado no “Bar Azul”) - tive também a imensa felicidade de conhecer e conviver com pessoas como Beatriz Matos, Edgar Bolívar, Luisa Elvira Belaunde, Bruno Marques, Indira Caballero, Oiara Bonilla, Clarisse Kubrusly, Julia Sauma, Guilherme Heurisch, Marina Vanzolini, Ana Carneiro, Virna Plastino, Leonor Oliveira, Amanda Horta, Edgar Barbosa e Ana Morim. A todos eles devo momentos memoráveis, conversas inspiradoras, orientações valiosas, alegrias variadas. À Luisa, agradeço o entusiasmo com que sempre me ouviu e o aceite em participar desta banca. À Marina, por ter me apresentado às aulas de dança da querida G’leu Cambria, que fizeram de mim mais firme e dos últimos anos mais leves.

Na mudança para o Rio de Janeiro, tive a imensa sorte de encontrar Julia Bernstein, minha anfitriã (hoje irmã) carioca, companheira de todas as horas, com quem tenho tido o prazer de compartilhar as dores e as delícias dos últimos tempos. A travessia entre BH e Rio, UFMG e Museu Nacional também não teria sido possível sem o apoio constante de Maria Luísa Lucas, desde a candidatura ao Programa até a difícil reta final da dissertação. Sua presença e companhia sempre foram um alento e uma inspiração. À Karen Shiratori, agradeço a recepção atenciosa, as conversas sempre instigantes, os almoços intermináveis no centro do Rio, toda sua sensibilidade e ternura. É uma sorte ser contemporâneo seu! À Ana Fiod, pela amizade, pelo carinho e por me acompanhar até os últimos instantes da dissertação. Ao Fernando Vieira e ao Maurício Siqueira, pela parceria e companhia igualmente fundamentais nessa transição.

Em Belo Horizonte, agradeço ao Paulo Maia por acompanhar este percurso com incentivo e interesse sem iguais. Não teria concluído sem o seu apoio. À Júnia Torres, pela alegria e carinho que sempre me acolhem e me animam. Ao Ruben Caixeta de Queiroz, que despertou em mim o interesse pela etnologia. Aos amigos todos da Filmes de Quintal, que de diversos modos estão na origem e no percurso deste trabalho. Ao Pedro Leal, por sempre me visitar aqui e me receber aí. Aos meus pais, Cleuza e Roberto, pelo incentivo,

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admiração, apoio e compreensão. Ao Bernardo, pela curiosidade em ouvir as conversas do irmão.

No caminho até os Tikmũ’ũn, agradeço a Renata Otto, Milene Migliano e Carolina Canguçu, que me levaram a primeira vez até Aldeia Verde e que, de perto ou de longe, têm sido importantes companheiras desde então. À Rosângela de Tugny, por toda a motivação, confiança e generosidade. Sua sensibilidade e escuta são referências constantes para mim e espero que estejam de algum modo refletidas nesse trabalho. Agradeço-lhe ainda a valiosa participação nesta banca examinadora. À Marina Guimarães Vieira, sou grato pelo apoio, pelo interesse e por não medir esforços para colaborar com esta pesquisa.

Em Teófilo Otoni, não tenho palavras para agradecer à Íris Rocha, cuja dedicação cotidiana aos Tikmũ’ũn é o motivo da minha maior admiração. Aos demais funcionários da Funai e Sesai, por facilitarem meu trabalho e especialmente meus deslocamentos. Sou ainda grato aos colegas Ricardo Jamal, Ana Estrela, Bruno Guanambi e Leonardo Pires Rosse pelos dias mais que agradáveis que passei em sua companhia no Pradinho.

Por fim, porque mais importante, agradeço aos Tikmũ’ũn, por compartilharem comigo suas vidas, seus cantos, suas histórias. À Sueli e ao Isael, pela generosidade e paciência com que me receberam em sua casa e por todos os cuidados que a mim dispensaram. À mãy Maysa, pela acolhida sempre afetuosa e por me fazer sentir em casa. À xukux Noêmia, por me receber em sua aldeia. À xukux Delcida, por me ensinar as histórias dos Mõnãyxop. À Jupira e ao Zezão, por cuidarem de mim na aldeia e na mata. Aos amigos Voninho, Julinha, Elisângela, Paulinho, Elizabeth, Gilmar, Nestor, Sulamita, Tâmia, Bravinho, Rogério, Alexandre, Ian, Ronaldinho, Mudão, Zé Leão, Cassiano e Sessiano pela companhia sempre alegre. Aos professores Rominho e Pinheiro Maxakali, pela ajuda constante. No Pradinho, agradeço a recepção de Guigui, Marquinhos, Manuel Damázio, Marilton, Damazinho, Pequi e Toninho Maxakali. Aos pajés Mamey, Totó e Gustavo, por me receberem em seu kuxex e me ensinarem a cantar, comer e dançar com os Yãmiyxop.

       

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Resumo:

Até meados do século XIX, as extensas e densas matas dos Vales do Mucuri e Rio Doce permaneceram relativamente impenetráveis aos invasores portugueses. Os motivos eram vários, desde uma certo déficit demográfico inicial, passando pela difícil adaptação dos colonos aos revezes da vida tropical, esbarrando até mesmo num certo interesse político da metrópole em manter aquela zona como escudo geográfico contra as temidas invasões estrangeiras. Mas nenhum deles talvez se equipare ao verdadeiro “terror” que inspiravam aos colonos o vasto contingente populacional indígena que habitava desde há muitos séculos a região e que se tornaria o principal “dificultador” para a implantação da empresa colonial. A partir de uma coleção de relatos históricos de viajantes e administradores regionais e instigado por uma breve experiência etnográfica entre os Tikmũ’ũn (Maxakali) e por uma série de suas narrativas, o presente trabalho revisita aquela paisagem regional, articulando os temas da guerra indígena e da guerra contra os indígenas que ali tomaram lugar. Movimentos que, por sua vez, conduzem a reflexões em torno das relações entre os índios e seus outros (os brancos, inclusive) e das metamorfoses rituais tikmũ’ũn.  

             

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Abstract:

Until the midst of the 19th century, the extended and dense forests of the Mucuri and Rio Doce Valleys were kept relatively impenetrable to the Portuguese invaders. The reasons were many: starting with an initial demographic deficit, including the settlers’ difficult adaptation to the life in the tropics, and also a certain political interest in keeping that zone as a geographic barrier against the feared invasions of foreigner countries. But none of these are compared to the real “terror” inspired to the invaders by the vast contingent of indigenous people that had been living in that forest for centuries and that would turn to be the main obstacle to the settling of the colonial enterprise. Through a collection of historical records written by travellers and regional administrators and instigated by a brief ethnographic experience among the Tikmũ’ũn (Maxakali) and a series of their narratives, the present work revisits that regional landscape, articulating the themes of the indigenous war and of the war against the indigenous that took place there. Movements that leads to some thoughts on the relations between the Indians and their others (white people included) and their ritual metamorphosis.

           

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