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Saúde e bem-estar em meio urbano : das políticas à prática

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w w w . e l s e v i e r . p t / r p s p

Artigo

de

revisão

Saúde

e

bem-estar

em

meio

urbano:

das

políticas

à

prática

Margarida

Torres

,

Ligia

T.

Silva,

Luis

Santos

e

José

F.

G.

Mendes

DepartamentodeEngenhariaCivil,UniversidadedoMinho,Guimarães,Portugal

informação

sobre

o

artigo

Palavras-chave:

Promoc¸ãodasaúde Políticasdesaúde Saúdeurbana

r

e

s

u

m

o

Oaumentodaconcentrac¸ãodapopulac¸ãonascidadesdirecionouospaíseseasorganizac¸ões aquestionarem-sesobreorumodosmeiosurbanosnaofertadequalidadedevidaaosseus habitantesedasuasustentabilidade.

AOrganizac¸ãoMundialdaSaúde(OMS)lanc¸ouoprojetoCidadesSaudáveispara incenti-varaonívellocaloplaneamentodeac¸õesparaapromoc¸ãodasaúdedaspopulac¸õeseda sustentabilidadedascidades.

VianadoCastelo,tendoinseridoasaúdenasuaagendapolítica,temvindoa operaciona-lizarprojetosdeintervenc¸ãonosdeterminantesdasaúde,comespecialenfoquenaáreado ambienteedamobilidade,cujasac¸õeseresultadossãoapresentadosnesteartigo.

©2012EscolaNacionaldeSaúdePública.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.Todosos direitosreservados.

Health

and

well-being

in

urban

environment:

From

policies

to

pratice

Keywords:

Healthpromotion Healthpolicies Urbanhealth

a

b

s

t

r

a

c

t

Theincreasingnumberofpeopleinthecitiesmadecountriesandorganizationsask them-selvesaboutthedirectiontakenbyurbanareasintheprovisionofabetterqualityoflifeto theirinhabitantsanditssustainability.

WHOpromotedtheHealthyCitiesprojecttoencouragelocalplanningactionsinorderto supporthealthierandsustainablecities.

ThisstudypresentstheinitiativesandoutcomesthatVianadoCastelohasbeenfollowing, byincludinghealthinitspoliticalagenda,throughthedevelopmentofhealthintervention projects,withspecialincidenceintheenvironmentandmobilityareas.

©2012EscolaNacionaldeSaúdePública.PublishedbyElsevierEspaña,S.L.Allrights reserved.

«Tornar a visão de uma cidade saudável em realidade necessitadecoragem,comprometimentopolíticoe aber-turaàinovac¸ãoeexperimentac¸ão».

Tsouros,AgisD.(1992)

Autorparacorrespondência.

Correioeletrónico:dps@cm-viana-castelo.pt(M.Torres).

Introduc¸ão

O constanteesforc¸oemalcanc¸arocrescimento económico despertou o ser humano para a fragilidade dos recursos

0870-9025/$–seefrontmatter©2012EscolaNacionaldeSaúdePública.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.Todososdireitosreservados. http://dx.doi.org/10.1016/j.rpsp.2013.04.001

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naturaisedasualimitac¸ão.Apercec¸ãodoslimitesda capaci-dadedosecossistemasedanecessidadedeassegurarqueas gerac¸õesfuturasconsigamsubsistirencaminhoua humani-dadeparaoaperfeic¸oamentodoseudesenvolvimentosocial eeconómico,comoobjetivodepreservaroplanetaeosseus recursos.Opoderqueohomempossuideconstruiredecriar contrastacomasuacapacidadededestruiredeaniquilar1. A explorac¸ão exagerada dos recursosnaturais levou a um vastonúmerodeproblemascomoadesertificac¸ão,aextinc¸ão deespécies,asalterac¸õesclimáticas,apoluic¸ão,aerosãodo solo,asobre-explorac¸ãodasenergiasfósseis,entreoutros.

Ascidadessuportamamaioriadapopulac¸ãomundialea expectativaseráparaaumentarapopulac¸ão.Sensivelmente, há um século atrás, somente 2 em 10 pessoas no mundo viviamemcidades.Noanode2030,prevê-seque6em10 pes-soasviverãonasáreasurbanase,em2050,7em10pessoas. Em2009,apopulac¸ãomundialurbanaerade3,4biliõeseem 2050estima-sequeatinjamos6,4biliões2.

Oelevadoedesordenadocrescimentourbanotemcolocado umapressãocontínuasobreosrecursos,asinfraestruturas eos equipamentos,afetando, por vezes negativamente,os padrõesdevivênciadaspopulac¸õesquevivemnascidades3, produzindoumimpactoprofundonoambienteglobal,quer em termos de consumo de recursos, quer em termos de produc¸ãoderesíduosepoluic¸ão.

Tendo por referência as exigências de sustentabilidade, foisurgindo,aolongodotempo,anecessidadedese adota-remnovaspolíticaseestratégiasquetentamconciliar,entre outros,oordenamentodoterritório,aspolíticasurbanaseas políticasambientais,que,naturalmente,terãoinfluênciana saúdedapopulac¸ão.Combasenaevoluc¸ãodopróprioconceito desaúde,oqualtemtidosignificadosdiferentesaolongodos tempos,passandodeperspetivasredutorascomo«ausência de saúde»ou «ausência de doenc¸a» para perspetivas mais abrangentesqueencaramadoenc¸aouasaúdecomoresultado deváriosfatores,taiscomo fatoresbiológicos,psicológicos, sociaiseambientais,surgeomovimentodascidades saudá-veis,lanc¸adopelaOrganizac¸ãoMundialdaSaúde(OMS),em 1987,equehojeenglobacercade1400cidadesevilasemtoda aEuropa,incluindo30cidadesportuguesas.

O projeto Cidades Saudáveis surge como promotor dasaúdeedaqualidadedevida,assentenaparticipac¸ãoda comunidadeedacooperac¸ãomultidisciplinareintersetorial, naconstruc¸ãodeestratégiascapazesdesatisfazeras neces-sidadesdeumdesenvolvimentosustentável.Éumprojetoa serdesenvolvidoamédio/longoprazo,comvistaaaproximar osdiversosagentescivisnotrabalhodedefesadeumavida saudávelparaosseushabitantes4.

Este movimento visa, essencialmente, a promoc¸ão da saúdedapopulac¸ãoresidenteemmeiourbanoesurgecomo umaestratégiaparaimplementara promoc¸ãodasaúdeao nívellocal.Ascidadesqueaderemaestemovimento assu-memocompromissodecolocarasaúdenaagendapolítica ededesenvolveremac¸õescomvistaàmelhoriadaqualidade devidaedobem-estardapopulac¸ão,intervindoaoníveldos determinantesda saúde–fatoresque influenciamasaúde individualecoletiva5.

Neste artigo, pretendemos demonstrar como é que o MunicípiodeVianadoCastelo (MVC)tem vindoa operaci-onalizaresteconceitodecidadesaudávelnassuaspolíticas

de governac¸ão urbana e apresentar o resultado de alguns estudos efetuadose outros ainda emcurso, no âmbito da qualidade ambiental. A aposta na melhoria do ambiente urbano foi considerada umaprioridade de intervenc¸ão no iníciodaprimeiradécadadosanos2000,noâmbitodo Pro-grama de Requalificac¸ão Urbana e Valorizac¸ão Ambiental, designadoProgramaPolis.Esteprogramarevelou-secomoum instrumentofundamentalparaaconcretizac¸ãodosobjetivos propostospelaOMSparaoProjetoCidadesSaudáveis(PCS), queaobasear-senaestratégiadaSaúdeparaTodos,naCarta deOtawa6enaAgendaLocal21,fundamentouasac¸õespara promoveraintegrac¸ãoplaneadaparaasaúde.

Sabendo que o ambiente tem impacto na saúde da populac¸ãoequeoruídoeapoluic¸ãoatmosféricasão2vetores fundamentaisateremcontanoplaneamentoestratégicoda cidade,éaindadesalientaracontribuic¸ãodeoutras dimen-sõesparaqualidadedevidaebem-estardapopulac¸ão.Foicom basenapropostade indicadoresdaOMS, queo MVClevou a caboa criac¸ãode umíndice desustentabilidade urbana, quepermitirá,nofuturo,aobtenc¸ãodeinformac¸ãorelevante da cidade. De momento, o MVC está em fase de conclu-sãododiagnósticodacidadeemtermosdesustentabilidade urbana,informac¸ãoqueseráinseridanoObservatórioUrbano daCidade.Noscapítulossubsequentesfaz-seumadescric¸ão dosváriospassosdesteprocesso.

Saúde,

ambiente

e

qualidade

de

vida:

contextualizac¸ão

teórica

Asgrandesmudanc¸associaiseasalterac¸õesdosistemade produc¸ãoqueseverificaramnosfinaisdoséculoxviii,como resultadodaindustrializac¸ão,acarretaramgravesproblemas causadores e/ou facilitadores da propagac¸ão de doenc¸as, sobretudodoenc¸asinfecciosas,devidoàgrandeaglomerac¸ão depessoasnascidadeseemáreasindustrializadas,com fra-cascondic¸õesdehabitabilidadeesalubridade7.Atentativade resoluc¸ão destes problemas passou pelo desenvolvimento demedidasdesaúdepública,essenciaisparaasmudanc¸asnos padrõesdesaúdeedoenc¸adomundodesenvolvidodeentão, levando àaplicac¸ão domodelobiomédico àsaúdepública, baseadanateoriadogerme.

Porém,apesardapertinênciadaaplicac¸ãodestemodelo, sobretudonocombateàsdoenc¸asinfecciosas8,aomissãodas significac¸õespessoais edasrepresentac¸õesque aspessoas fazem sobre o seu estado desaúde, mostra que o modelo apenasconsideraasperturbac¸õesqueseprocessamaonível da dimensãofísicadapessoa,centrando-seessencialmente nadoenc¸a,noagentepatogénicoenohospedeiro.Asnovas exigências da saúde,sobretudocom aemergência, apartir demeadosdoséculoxx,de«novasepidemias»quenãotêm origem emorganismos patogénicosmassãoantesde cariz comportamental,tornamateoriadogermenãoaplicável8.

Aconstatac¸ãodequenospaísesdesenvolvidosasdoenc¸as deetiologiacomportamentalsãoasquemaiscontribuempara a mortalidadechamaaatenc¸ão dosprofissionaisda saúde para a importânciada modificac¸ãodos comportamentose dosestilosdevidadas populac¸ões,emergindo, assim,uma novaconcec¸ãodesaúdequeéhoje encaradacomoumdos fatoresessenciaisparaodesenvolvimentosustentável.Deve

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assumir-secomoumassuntocentral,queinteressaaosmais variadosprofissionaiscomoaosdecisorespolíticos,quetêm o poder e a responsabilidade de intervir, disponibilizando servic¸os,promovendo eregulandoatividades queafetam a saúdeeestabelecendoosparâmetrosparaodesenvolvimento. Amultiplicidade de fatoresde diferentes níveisque deter-minama saúdeda populac¸ão sãomais evidentes ao nível daspopulac¸õesresidentesemáreasurbanas,poisoambiente urbano,noseusentidoamplo–físico,social,económicoe polí-tico–afetadiretaouindiretamentetodososaspetosdasaúde edobem-estardoscidadãos.

SegundoGaleo9, o que distingue o século

xx do século anterior,assim como as cidadesdas áreas não urbanasé, emgrandemedida, ograu em quepessoas setornaram a influênciaprimáriaaoníveldoambientefísico.Segundoestes autores,aconstruc¸ãohumanaambientalincluiahabitac¸ão, que pode influenciar tanto a saúde física como mental, incluindodoenc¸ascomoaasmaeoutraspatologias respira-tórias,lesõeseproblemaspsicológicos.Aexposic¸ãoaoruído, problemaurbanocomum,podecontribuirparadanos auditi-vos,hipertensãoedoenc¸ascardíacas.

Magagnin10 referequealgunsproblemas,decorrentesdo processodecrescimentodesordenadoeaceleradoquehoje muitascidadesenfrentam,resultam,emgrandemedida,da faltade políticasorientadoras docrescimento espacialdas zonas urbanas,levando ànecessidadede adoc¸ãode novos métodosdeplaneamentoquepossamtraduziramaisrecente visãodaurbe,sustentávelecomqualidadedevida.

Associado a este conceito de planeamento das cidades está o conceito de qualidade de vida, que, segundo Bos-sard,éessencialmentesubjetivo,jáquedependedograude satisfac¸ãodosindivíduosfaceaumconjuntode necessida-deseaspirac¸ões.O sossego,aseguranc¸a,osbaixos índices depoluic¸ãoeosespac¸osverdesconstituemelementos funda-mentaisdoqueégenericamentedesignadopor«qualidadede vida»,variandodepessoaparapessoaedelugarparalugar edeclasse paraclasse,como referem BadereBenschop11, Benschop12,Giddens13eSilva14,poisosmodosdevidae prin-cipalmenteosrecursoseoscontextoslaboraiscondicionam fortementeascondic¸õesdesaúde,sobretudoasprofissõesde desgasteederiscoacrescido.Qualidadedevidaé,portanto, um conceito que pode ter diferentes significados, estando associado,porumlado,àsdiversassituac¸õesemodosdevida e,poroutro,apráticas,hábitoseestilosdevidadaspessoas, bemcomoàsrepresentac¸õesqueestasdetêmfaceasi pró-prias,aosoutroseemrelac¸ãoaolugarondevivem.Tudoisto, remetepara aimportânciafulcraldoespac¸oedocontexto sócioespacialcomovariáveiscorresponsáveispelaqualidade devida,queremmeiorural,quer,sobretudo,emmeiourbano, talcomooargumentaramRemyeVoyé15.

Em relac¸ão à avaliac¸ão da qualidade de vida, Mendes3 refereque éfrequenteencontrar-se diferentes atitudes.Há osque defendem que umadefinic¸ãode qualidade devida paratodaapopulac¸ãoeparaqualquermomentonotempoé impossívelequenãodeveriasertentado.Háoutrosque pen-samqueaqualidadedevidapodeserdefinidaequantificada, masquetalnãodeveserfeitoporquemediralgotão sensí-veltornaas cidadescompetidorasindesejáveis econduz a resultados/conclusõesenganadores.Háaindaoutrosque con-sideramque épossível avaliaraqualidadedevidaurbana,

desdequesejaclaraqualametodologiaeabaseestatística utilizadas,equeestasejaaplicadadeumaformaconsistente. Aimportânciaqueasaúdeeaqualidadedevidaassumem nasociedadeatual,faceàsmudanc¸asquesetêmverificado nasúltimasdécadas,nomeadamentenoqueserefereaos esti-losdevidaeàatenc¸ãoquehojeédadaaostemposlivrese aolazer,bemcomoàprocuradoequilíbriopsíquicoesocial, levouaqueamanifestac¸ãodointeressenodesenvolvimento de uma políticaque refletisseestas preocupac¸õesao nível dagovernac¸ãolocalsematerializassenaadesãodoMVC,em 1997,aomovimentodasCidadesSaudáveisdaOMS.

Viana

do

Castelo

cidade

saudável

Caracterizac¸ãosocioeconómica

Situada nonordestedePortugal,VianadoCastelo pertence àsub-regiãodoMinho-Lima.Acidadeécapitaldedistrito,e registavaem2011cercade38milhabitantes.Éconstituída pelas freguesiasde Darque, Areosa,Meadela,Monserratee SantaMariaMaior.Aoníveldomunicípio,comumaáreade 314,36km2,possui40freguesiasepertode89milhabitantes. AsuaáreaélimitadaaoestepeloOceanoAtlântico,anorte peloConcelhodeCaminha,aesteporPontedeLimaeasul pelosmunicípiosdeBarcelosedeEsposende.

Emtermosdedemografia,aregiãoMinho-Lima,pelaNUTS III, éa14.aregiãocom maispopulac¸ãonopaís.Asuataxa de crescimentomédioanualéde0,2%, eregista 20,9%dos habitantescommaisde65anos.VianadoCastelotemuma taxadecrescimentomédioanualde0,5%,sendoomunicípio maispopulosoejovemdaregiãoMinho-Lima16.

Segundovaloresde2008,aoníveleconómico,aregiãodo Minho-LimacontribuicomumPIBde5,3%,eumPIBpercapita

de7,9mileuros.Em2009,aregiãotinha5,5%dapopulac¸ão ativadonortedePortugal,eVianadoCastelo41,8%do Minho-Limaqueocupava,em2007,a11.aposic¸ãonoquesereferiaà produc¸ãobrutadeeletricidade,onde67%dessaenergia era proveniente de energias renováveiseem termosnacionais representava5,8%16.

Práticasdegovernac¸ãoplaneadaparaasaúde

Em 1998,o MVCdeuinício àsuacandidaturapara aRede EuropeiadeCidadesSaudáveis,jánodecursodaiiifasedeste projeto.Paralelamente,tendoemcontaafilosofiaeprincípios doProjetoCidadesSaudáveisdaOMS(PCS),acidadeiniciou noanode2000umarequalificac¸ãourbanaapoiadapelo Pro-gramadeRequalificac¸ãoUrbanaeValorizac¸ãoAmbientaldas Cidades(ProgramaPolis)eem2003aderiuàAgendaLocal21. Diríamosquesepropunhaumavisãoarticuladaentreestes 2programas–PolisePCS–,queseenquadramnasnovas polí-ticas de gestão urbana: o Polis, porque o âmbito das suas intervenc¸õespressupunhaofomentodenovaspráticassociais emudanc¸anosestilosdevida,aocriarmaisespac¸os pedo-nais,maisespac¸osverdes,menostrânsitonacidade,etc.Por outrolado,oPCS,colocandoatónicanaprevenc¸ãoepromoc¸ão dasaúde,tambémintervémaoníveldoplaneamentourbano, propondoumnovoconceito–oplaneamentourbano saudá-vel–atribuindoumnovopapelaoutrosprofissionais(quenão

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osdasaúde),sobretudoaosurbanistas,poisoplaneamento podeserprejudicialoufacilitadordasredessociais,dacoesão social,doacessoaoempregoeàhabitac¸ão,tendoum impa-ctopositivoounegativonasaúdedapopulac¸ão.

Considerandoos princípiosorientadores do PCS, nome-adamente a importânciada participac¸ão comunitáriae do envolvimento dos setores público, privado eassociativo, o MVC definiu uma metodologia de trabalho que inclui a criac¸ãodeequipasmultidisciplinareseintersetoriaisque inte-gramparceirosestratégicosepromovemoenvolvimentoda comunidade.Estasequipasfuncionamcomoórgãos consul-tores,centrando-se, essencialmente,nacaracterizac¸ãoena identificac¸ãodedebilidadesenaconsequenteapresentac¸ão depropostasdesoluc¸ãoemdiversasáreasconsideradascomo prioritáriasparaapromoc¸ãodasaúdedapopulac¸ão.

ElaboradooperfildesaúdeeorespetivoPlanode Desenvol-vimentoemSaúde(PDS),foramestabelecidasasprioridades deintervenc¸ão,apartirdasquaissetêmvindoa desenvol-verumconjuntodeprogramaseprojetosemdiferentesáreas, comvistaàpromoc¸ãodasaúdeeprevenc¸ãodadoenc¸a,em articulac¸ãocom osváriosparceiros, contandocom oapoio ativoporpartedosprestadoresdecuidadosdesaúde, consi-deradoscomofundamentaisemtodoesteprocesso.Poroutro lado,afilosofiasubjacenteaestaprática,éadequeoscidadãos deverãoestarconsciencializadosdequeasaúdetambéméda responsabilidadepessoal,nãodeveestarapenasdependente dosprofissionaisdesaúde,a«controlarem»asaúdeeadoenc¸a equeo seuenvolvimentoeparticipac¸ãosãofundamentais nesteprocesso.

Cartaambientaldacidade

Umaavaliac¸ãodosníveisdesaúdenomeiourbanoéum meca-nismoimportantenapercec¸ãodosresultadosdaspolíticase planosdesaúdedosdiversossetores.

Nasúltimasdécadaspudemosassistiraumressurgimento dovalordavidaurbanacomoparadigmadequalidadedevida eàconsciencializac¸ãodequeaqualidadedavidahumanaestá diretamenteligadaaoambiente.Equandofalamosem ambi-entenãoestamosafalarapenasdeproblemasrelacionados comomundonatural,«masdeproblemasquederivamdos siste-maseconómicos,deopc¸õespolíticasedasdesigualdadessociais»17 que afetam de forma diferenciada os diversosespac¸os da cidade.

Aindaque,àpartida,existisse porparteda populac¸ãoa percec¸ãodequeacidadedeVianadoCastelonãonecessitava denenhumplanoestratégicodeintervenc¸ãoanível ambien-tal,peranteoscompromissosassumidoscomaOMSecoma aplicac¸ãodoProgramaPolis,haviaqueavaliaraqualidadedo seuambiente,afimdeseverificaraexistênciadepotenciais efeitosnegativosnasaúdedapopulac¸ão.

Aspreocupac¸õesambientaisurbanasnacidadedeVianado Castelocentravam-seessencialmentenasemissõesderuídoe depoluentesatmosféricosprovenientesdotráfegorodoviário quecirculaeatravessaacidade,peloque,em2002,aCâmara Municipaldecidiupromoveraelaborac¸ãodaCartaAmbiental dacidade,queenglobouaavaliac¸ãodoruídoedapoluic¸ão atmosféricaecujosresultadossãoaquiapresentados.

Não sendo possível aqui descrever de forma aprofun-dadaosmodelosusadosparaacaracterizac¸ãodoruídoeda

qualidadeambientaldacidade,optou-seporapresentaruma breve explicac¸ão dos critérios utilizadospara a recolha de informac¸ão.

Metodologiadeavaliac¸ãodaqualidadedoaredoruído ambiental

Metodologiadeavaliac¸ãodaqualidadedoar. Amonitorizac¸ão ambientaléumadaspreocupac¸õesdomunicípiodeVianado Castelo.Ocontrolodasemissõesedaconcentrac¸ãodos dife-rentes compostos poluentes emitidos essencialmente pelo tráfegoautomóveleavigilânciadaqualidadedoardacidade permitemquesevenha,posteriormente,aavaliaroimpacte sobreasaúdedoscidadãos.

Ametodologiaseguidanamonitorizac¸ãodaqualidadedo arresume-sea4fases:

1. Avaliac¸ãodaqualidadedoaratravésdemedic¸õesdecampo edeumsoftwarededispersãodepoluentes;

2. Elaborac¸ãodasCartasdePoluic¸ãoAtmosférica(NO2,CO, CO2,O3,PM10eC6H6);

3. Cálculodoíndicedequalidadedoar(cityAIR); 4. Elaborac¸ãodaCartadeQualidadedoAr; 5. Avaliac¸ãodapopulac¸ãoexposta.

Metodologiadeavaliac¸ãodoruído. Àsemelhanc¸adoque acon-tececomamonitorizac¸ãodaqualidadedoar,ametodologia seguidanamonitorizac¸ãodoruídoresume-sea4fases: 1. Avaliac¸ãodoruídoatravésdemedic¸õesdecampoedeum

softwaredeprevisãoderuído;

2. Elaborac¸ãodaCartadeRuídoUrbanodacidade; 3. Elaborac¸ãodaCartadeCriticidadeAcústica; 4. Avaliac¸ãodapopulac¸ãoexposta.

Atendendoàscaracterísticasfísicasda áreaurbana, das fontesdeemissãodepoluentesatmosféricosurbanoseruído, das condic¸ões de dispersão de poluentes atmosféricos e propagac¸ãoderuídoedosdadosclimáticos,elementos condi-cionadoresdosfenómenosatrásenunciados,foramutilizados modelos matemáticosdesimulac¸ão deruído ede emissão edispersãodepoluentesatmosféricos,suportadosporuma plataformaSIG,paraavaliaraqualidadeambientalurbanana cidadedeVianadoCastelo.

Dadasascaracterísticasdesazonalidadedacidade estu-dada,desenvolveram-se2cenários,ambosdelongotermo -umrepresentativodoverãoeoutrodoinverno. Produziram-se,paracadaumdoscenários,mapasderuídoemapasde concentrac¸ões dos poluentes atmosféricos característicos de ambienteurbano, procedendo-sesubsequentemente ao seu cruzamento com os limites legais e com a populac¸ão residente. Esta combinac¸ão foi a base para a identifi-cac¸ão das zonas decriticidade acústica edecriticidade de poluic¸ãoatmosférica,respetivamenteemtermosdeníveisde ruídoeconcentrac¸õesdasespéciesdepoluentesestudadas, e dosíndicesde exposic¸ãoda populac¸ãoa esses níveisde poluic¸ão.

Resultadosobtidos

Poluic¸ãoatmosférica. Dasespéciesestudadas,somenteoNO2 apresenta valoresacimadoslimites legais nos cenáriosde invernoeverão.

(5)

Da observac¸ão cuidada dos mapas de poluic¸ão atmos-férica desenvolvidos (mais informac¸ão consultar os documentos18,19) constata-se que as concentrac¸ões de PM10,NO2,CO,CO2eC6H6seencontrammaiselevadasnas zonasadjacentesàsviasdemaiortráfego(viaqueatravessa acidadeeviamarginal).Excec¸ãofeitaaoozono,porsetratar deumpoluentesecundário,asconcentrac¸õesmaiselevadas nãoseencontramsobreasviasdemaiortráfego,fontesde emissãodospercursoresdestepoluente.

Oíndicedequalidadedoar,cityAIR,classificaaqualidade doardacidadeevariaconsoanteasconcentrac¸õesdos5 polu-entesurbanosprincipais:monóxidodecarbono(CO),dióxido deazoto(NO2),ozono(O3),benzeno(C6H6)epartículas(PM10). Paracadaárea,éconsideradaparaalémdasconcentrac¸ões dospoluentes,umavariávelbinária,queassumeovalorum nocasodarespetivaconcentrac¸ãoestarabaixodolimiteeo valorzeronocasodehaverviolac¸ãodelimite.

Estemodeloimplementa-seatravésdaEquac¸ão1que com-bina uma média ponderada (somatório das concentrac¸ões ponderadaspelospesos)comoefeitoneutro/absorventeda variável binária de violac¸ãoao limitelegal(produtório das variáveisbinárias)20: cityAIR=



i wici×



i vi (1)

Onde:wi–éopesorelativodopoluentei;ci–concentrac¸ão normalizadadopoluentei;vi–variávelbináriadeviolac¸ãodo limiteparaopoluentei,

emque: vi=1seci≤Li vi=0seci>Li

Aosvaloresnuméricosdoíndicedequalidadedoar,que variamentre0,0e1,0,sãoassociadasmenc¸õesqualitativas

Tabela1–Classificac¸ãodaqualidadedoar

ValordoíndicecityAIR Qualidadedoar

0 Muitofraca

[0;0,35] Fraca

[0,35;0,65] Média

[0,65;0,85] Boa

[0,85;1,0] Muitoboa

dequalidade,quevariamentremuitoboaemuitofraca,de acordocomatabela1.

Afigura1ilustraoíndicedequalidadedoar,nacidadede VianadoCastelo,paraocenáriomaisdesfavorável–cenário deverão,calculadodeacordocomaEquac¸ão1.

Emtermosdequalidadedoar,ocálculodoíndiceproposto cityAIR(tabela2)mostraqueàexcec¸ãodeumaárealimitada (fig.1),aqualidadedoarnacidadedeVianadoCasteloéboa oumuitoboa.Estasituac¸ãoéaindamaisfavorávelnocenário deinvernoe,emtermosespaciais,merecedestaqueoclaro benefícioqueapedonalizac¸ãodocentrohistóricoacarreta.

Pelo contrário,aqualidadede armuitofraca localiza-se pontualmentenaAvenida25deAbrilenaviadeacessopoente aoIC1,devendo-seàsconcentrac¸õesdeNO2queultrapassam olimitelegaloriginandoumíndicecityAIRigualazero,no verão.

As concentrac¸ões das espécies de poluentes que servi-ram de base ao cálculo do cityAIR são médias de longo termo (médiasanuais),isto é,sãorepresentativasda quali-dademédiadoarurbanonocenáriodeverãoedeinverno.Dos resultadosobtidosconcluiu-seexistirem3zonasque apresen-tamtendencialmentequalidadedearmaisfraca, propondo-se,poressarazão,aconsiderac¸ãodestaszonascomum esta-tutodeprimeiraprioridadenumplanodemitigac¸ãofuturo. Ruído ambiental. Asituac¸ãoacústicadacidadedeVianado Casteloparaosperíodosdia-entardecer-noitedocenáriode

CityAIR CityAIR = 0 ]0; 0,35[ [0,35; 0,65[ [0,65; 0,85[ [0,85; 1]

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Tabela2–Territórioepopulac¸ãoexpostosaocityAIR

cityAIR Cenáriodeverão Cenáriodeinverno

Populac¸ão Área Populac¸ão Área

hab % m2 % hab % m2 % =0 Muitofraca 69 0,2% 26332 0,2% 1 0,0% 350 0,0% [0;0,35] Fraca 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% [0,35;0,65] Média 9 0,0% 3296 0,0% 0 0,0% 0 0,0% [0,65;0,85] Boa 20477 71,7% 5152484 47,3% 2955 10,3% 846608 7,8% [0,85;1.0] Muitoboa 8002 28,0% 5711768 52,4% 25601 89,6% 10046922 92,2% Total 28557 100,0% 10893880 100,0% 28557 100,0% 10893880 100,0%

Tabela3–Territórioepopulac¸ãoexpostosaoruído

NívelderuídoLden,dB(A) Cenáriodeverão Cenáriodeinverno

Área Populac¸ão Área Populac¸ão

m2 % hab % m2 % hab % <=35 899215,0 13,02% 967 4,98% 942180,0 13,64% 1115 5,74% [35;40] 457472,0 6,62% 801 4,12% 502732,0 7,28% 843 4,34% [40;45] 698672,0 10,11% 2107 10,84% 798669,0 11,56% 2435 12,53% [45;50] 939134,0 13,59% 2759 14,19% 973718,0 14,09% 3023 15,55% [50;55] 1120072,0 16,21% 3601 18,53% 1170737,0 16,95% 3746 19,27% [55;60] 1060273,0 15,35% 3170 16,31% 1011966,0 14,65% 2954 15,20% [60;65] 780729,0 11,30% 2722 14,00% 721346,0 10,44% 2503 12,88% >65 953278,0 13,80% 3310 17,03% 787495,0 11,40% 2820 14,51% Total 6908845 100,00% 19437 100,00% 6908843 100,00% 19439 100,00%

Tabela4–Síntesedapopulac¸ãoeterritórioexpostosaoruídoacimadolimitelegaldoRGR

Freguesiasurbanas Cenáriodeverão Cenáriodeinverno

LdendB(A) LndB(A) LdendB(A) LndB(A)

Populac¸ão Área Populac¸ão Área Populac¸ão Área Populac¸ão Área

Areosa 12,64% 12,36% 15,57% 14,94% 10,21% 10,17% 9,91% 9,91%

Darque 11,68% 5,78% 13,30% 6,52% 10,42% 4,76% 10,52% 4,81%

Meadela 11,78% 24,71% 9,87% 23,48% 7,09% 16,62% 6,89% 15,97%

Monserrate 20,09% 19,09% 23,52% 22,22% 18,74% 17,50% 18,46% 17,15%

StaMaMaior 25,51% 34,11% 29,54% 38,20% 22,56% 31,64% 23,27% 31,58%

Lden, cenário de Verão

Inferior a 35dB(A) ]35dB(A); 40dB(A)] ]40dB(A); 45dB(A)] ]45dB(A); 50dB(A)] ]50dB(A); 55dB(A)] ]55dB(A); 60dB(A)] ]70dB(A); 75dB(A)] ]75dB(A); 80dB(A)] Superior a 80dB(A) N

(7)

verão é ilustrada na figura 2 e é sintetizada através das tabelas3e4.

Acidade de Vianado Castelo éuma cidadepouco rui-dosa.Osdadosapuradosrepresentadoslevam-nosaconcluir queasfreguesiasurbanasdeMonserrateeSantaMariaMaior sãoasqueseapresentamcompiorclimaacústico, seguindo-seaMeadelaeAreosaeporfimDarque.

Relativamenteaocentrohistórico(zonapedonal), verifica-sequeseencontra,deumaformageral,emconformidadecom oRGR,emqualquerdos2cenáriosanalisadosbemcomonos períodoscompostodia-entardecer-noiteenoite.

O modelo de previsão de ruído permitiu quantificar de formacontínua noespac¸o osníveisde ruídoexistentes na cidade,possibilitandotambémocálculodapopulac¸ãoexposta aosníveisdeincomodidadeacústica.Osdadosderuídoede populac¸ão,combinadosatravésdoíndicedecriticidade acús-tica,permitiramidentificarzonascríticasquedeverãoassumir umestatutodeprimeiraprioridadenumplanodemitigac¸ão futuro. Os resultados determinados revelam e atestam os fenómenos existentes no espac¸o urbano, nomeadamente osrelacionadoscom asprincipais fontesderuído urbano– otráfegoautomóvel.

Índice

de

sustentabilidade

urbana

AcartaambientaldacidadedeVianadoCastelofoiconcluída eapresentadapublicamenteem2008.Noentanto,antesda suaconclusãoemedianteosresultadosparciaisqueseiam obtendoaolongodasuaelaborac¸ão,oMVCfoiintroduzindo aspropostasdemelhorianoseuplanoestratégico, nomeada-mentenasubstituic¸ãodopavimentodealgumasartériasda cidade–trocadoparalelepípedoemgranitoporasfalto–na colocac¸ãodebarreirasantissomnoparqueecológicourbano, noaumentodasáreaspedonaiseconsequentediminuic¸ãodo tráfegoautomóvel,principalcausaderuídoepoluic¸ão atmos-féricanacidade.

Aindaassim,osvetoresconsideradosrelevantesno domí-nio da avaliac¸ãoambiental urbana foram apenas o ar eo ruído, peloque o MVC, naconsolidac¸ão das suaspolíticas ambientais,considerourelevanteavaliaremonitorizaroutros indicadoresambientaisvisandocriaroíndicede sustentabili-dadeurbana.

EsteíndiceédesenvolvidoparaacidadedeVianado Cas-telo,apartirdosindicadoresambientaisdesaúdepropostos pela OMS21, na

iii fase do projeto Cidades Saudáveis e é composto por váriosindicadores comuns, possibilitando a comparac¸ãoderesultados com outrascidadesque adotem amesmametodologia.Aavaliac¸ãodosindicadoresfoifeita atravésdeumconjuntomaisoumenosalargadode subindi-cadores.

Aavaliac¸ãodasustentabilidadedacidadedeVianado Cas-telorecorreaumametodologiamulticritérioetemcomobase alistadeindicadorespropostospelaOMSnaiiifasedoprojeto CidadesSaudáveis21.Adescric¸ãodecadaindicadore subin-dicadoresadotadosencontram-senoanexo1.

Aidentificac¸ão/construc¸ãodesubindicadores caracteriza-doresdecadaindicadorbaseou-senojulgamentodaequipa de investigac¸ão do Gabinete Cidade Saudável (GCS). Atra-vés de vários brainstorms foi selecionada a listagem de

subindicadores,bemcomoametodologiaparaasuaavaliac¸ão. Relativamenteàsuarelevância,istoé,oestabelecimentode umsistemadepesosdecadasubindicador,resultoutambém damesmaequipadeinvestigac¸ão4.

Aobtenc¸ãoda avaliac¸ãogeraldacidadecombasenesta metodologia permitirá acomparac¸ãoda suasituac¸ãoatual comoutrascidadespromotorasdoprojetoCidadesSaudáveis daOMSe,destemodo,fazercomqueacidadereflitasobreo seutrabalhodesenvolvidonestamatéria.

Modelohierárquicodedecisão

Comojáreferido,oíndicedesustentabilidadeurbanadeViana doCasteloassentanumaavaliac¸ãomulticritérioquepermitirá executarumacombinac¸ãoestruturadademúltiplos indica-dores.Masparaissoénecessárioidentificardequeformaos indicadoresestãoestruturadoshierarquicamente,bemcomo adefinic¸ãodograudeimportânciarelativodecadaindicador. Os indicadoresde sustentabilidade urbanasão descrito-res que depois de normalizados, ponderados e agregados, resultam no índice de sustentabilidade urbana da cidade. A combinac¸ão de indicadores, através de uma regra de decisão,incluitipicamenteprocedimentosdenormalizac¸ão, ponderac¸ãoeagregac¸ão,constituindoestesosaspetosmais críticosdoprocessodeavaliac¸ão.

Numprocessodedecisãoqueenvolvemúltiplos indicado-res,énecessárioquantificaraimportânciarelativadecada um.Aatribuic¸ãodediferentesimportânciaseprioridadesa cada umdosindicadores podeserrepresentadaatravés de valoresquantitativos(designadostipicamenteporpesos)ou atravésdeexpressõesordinais(denominadasporprioridades). O objetivoemdefinir pesos équantificar aimportância relativa dosindicadores econsequentementedosseus sco-res, emtermos da suacontribuic¸ãopara oíndiceglobal de sustentabilidadeurbana.

Nafigura3,podemosobservaraárvorededecisão consti-tuídapor3níveisdedecisãoresultandonumíndicesumário quepermitiráavaliaroempenhodacidadedeVianado Cas-teloemmatériadesustentabilidadeurbana.Adescric¸ãodos váriosindicadoresesubindicadoresutilizadosnaárvore de decisãodescritanestafiguraencontra-senoanexo1.

Agerac¸ãodepesospodeserconseguidaatravésdevários métodos.Nãoexisteummétodoconsensualparaaatribuic¸ão de pesos,encontrando-se naliteraturavárias metodologias paraesteefeito22,nomeadamenteosbaseadosemescalade pontos23, baseadosnas comparac¸ões de indicadores Par-a-Par,osbaseadosnadistribuic¸ãodepontoseosbaseadosno ordenamentodeindicadores.Nocasodoíndicede sustentabi-lidadeurbana,os14indicadorespropostospelaOMSterãoum pesorelativoatribuídoatravésdeumaconsultaaoshabitantes dacidadequedestacarãoquaisosindicadoresmaisrelevantes naavaliac¸ãodesteíndice.Quantoaossubindicadores,devido àsuaespecificidadeedosobjetivosdeestudo,terãoumgrau deimportância,atribuídapelaequipadeinvestigac¸ão.

Indicadoresemmonitorizac¸ão

Oconjuntodeindicadores esubindicadoresadotados, con-tribuem para a avaliac¸ão da sustentabilidade da cidade. A aquisic¸ão de informac¸ão de cada indicador é feita de

(8)

Índice de Sustentabilidade Urbana C1 C1,1 C1,2 C1,3 C2 C2,1 C2,2 C2,3 C3 C4 C4,1 C4,2 C4,3 C4,4 C5 C6 C6,1 C6,2 C6,3 C6,4 C6,5 C6,6 C6,7 C7 C7,1 C7,2 C8 C8,1 C8,2 C8,3 C8,4 C8,5 C9 C9,1 C9,2 C9,3 C9,4 C9,5 C9,6 C9,7 C9,8 C9,9 C10 C10,1 C10,2 C11 C11,1 C11,2 C11,3 C11,4 C11,5 C11,6 C11,7 C11,8 C11,9 C12 C12,1 C12,2 C12,3 C13 C13,1 C13,2 C13,3 C13,4 C14 C14,1 C14,2 C14,3 C14,4

Figura3–Modelohierárquicoadotadonaavaliac¸ãodoíndicedesustentabilidadeurbanadeVianadoCastelo.

forma específicaediferenciada. Na suamaioria, nomeada-menteosindicadoresesubindicadoresdescritivos,aaquisic¸ão de informac¸ão recorre a autoridades locais, empresas e associac¸õesdacidade,sendoatualizadaperiodicamente.No entanto,relativamenteaosindicadoresC1-Poluic¸ão atmosfé-ricaeruídoambiental;C7-Acessopúblicoeespac¸osverdes; C10–Ruaspedonais;C11–Ciclismonacidade,devidoàsua especificidade,aobtenc¸ãodedadosimplicouamobilizac¸ão devoluntáriosparaumlevantamentonoterreno.Faz-sede seguidaadescric¸ãodametodologiaadotadanacaraterizac¸ão decadaumdosindicadoresereferem-seascampanhasde campodelevantamentodedados.

A avaliac¸ão do indicador C1 (Poluic¸ão atmosférica e ruído ambiental) adotou a metodologia desenvolvida na Carta Ambiental da cidade descrita no ponto 3.2. A informac¸ão/caracterizac¸ão recolhida serviu de basepara a fase agora em desenvolvimento – Dignóstico da Cidade (relativo a este indicador). As metodologias de avaliac¸ão desenvolvidasemcontextoCartaAmbientalserãoasadotadas emfuturasavaliac¸ões.

Amonitorizac¸ãodos3indicadores(C7,C10eC11),foi dis-tribuídapor3fasesdistintas, garantindoqueainformac¸ão levantada não fosse influenciada pelos fatores que carac-terizam cada período do ano. Assim, os dados recolhidos transmitirãoumamaiorrepresentatividade. Asdatas esco-lhidas para a monitorizac¸ão destes indicadores foram as seguintes:

• Primeiramonitorizac¸ão:junhode2011

• Segundamonitorizac¸ão:outubroenovembrode2011 • Terceiramonitorizac¸ão:maiode2012

Os resultados destas campanhas não são apresentados nesteartigodadoaindanãoestarconcluídaafaseem desen-volvimento–DiagnósticodaCidade.

Acessopúblicoeespac¸osverdes(C7)

Atualmente,acriac¸ãoemanutenc¸ãodeespac¸osverdesem meiosurbanostornam-seindispensáveisparaoseuequilíbrio eparaapromoc¸ãodaqualidadedevidada populac¸ão,não excluindoaindaasuaimportânciacomoembelezamentoda cidade.Este indicadorterácomo objetivoidentificarqualo tipoeusodosespac¸osverdeseperceberqualafrequênciada procuraporpartedaspessoas.

Haverá3períodosdelevantamento dedados,para cada campanha,ondeseráregistadaafrequênciadapopulac¸ãoque procuraestesespac¸os:

• Caracterizac¸ãoda procura deespac¸os verdes no período delazer(sábadomeiodamanhã,noperíododas11h00às 12h00+ quarta-feira ouquinta-feira meio damanhã, no períododas10h00às11h00).

• Caracterizac¸ãodaprocuradeespac¸os verdescomvistaa deslocac¸ãoparaolocaldetrabalho(quarta-feiraou quinta-feiraemhoradepico,noperíododas8h30às9h30).

Amonitorizac¸ão seráefetuada no Parqueda Cidade,no JardimPúblico,enoCircuitodaPraiaNorte(fig.4).

Ruaspedonais(C10)

Com a ajuda dossubindicadores (anexo 1) que irão deter-minar a ofertados espac¸os pedonais como a suaprocura, esteindicadortemcomoobjetivoquantificarapercentagem dosutilizadoresdosespac¸os/vias/canaisparasedeslocarem apé.Asruaspedonaisoferecemàpopulac¸ãoumaformade deslocac¸ão amiga do ambienteecontribuem para a quali-dadedasaúdefísica.

Haverá3períodosdelevantamento dedados,para cada campanha,ondeseráregistadoofluxodepessoasquese des-locanestasruas:

(9)

N13 N13 N13 N202 N13 Estaieiros Navais de Víana do Castelo Hospital Particular de Víana do Castelo Lda Capitania do Porto de Víana de Castelo H R. Av . Pa u lo A v. P aulo VI R. do Monserrate Víana do Castelo Santa Maria Maior

Circuito da praia norte

Jardim Público

Parque Urbano da Cidade

Tecnologias e Gestão - Instituto Politécnico de Viana do Castel A v. da po vo en ça R da av eg ria A v. S á o J o á o B o a c o R da C ida de de R íom Rde V íg o Av. do Atlãntico A v. d e ca b o ve rd e Av.do Cab edeío Av. 2 5 de Abril R . d o Am eal Es tr.da Ab R. M a A v. M R. de São Vícente R.de Igreja

Figura4– Localizac¸ãodeVianadoCastelo.

• Caracterizac¸ão do fluxo pedonal de lazer (sábado meio da manhã,noperíododas 11h00às12h00+quarta-feira ouquinta-feirameioda manhã,noperíododas10h00às 11h00).

• Caracterizac¸ãodofluxopedonalquesedirigeaolocalde trabalho(quarta-feiraouquinta-feiraemhoradepico,no períododas8h30às9h30).

A caracterizac¸ão da oferta de ruas pedonais, isto é, a áreaeextensãodaredetevecomobaseinformac¸ãofornecida pelaCâmaraMunicipaldeVianadoCastelo.Acaracterizac¸ão daprocuraéfeitaemtermosdofluxopedonal,queconsiste emcalcularonúmerodepeõesporhoraemdeterminadavia. OslocaisdelevantamentosãoaRuaManuelEspregueira,a Av.LuísdeCamões,eaRuadaBandeira(fig.5).

Ciclismonacidade(C11)

Osmodossuavessãoumadasmaissaudáveis, económicas eecológicasformas de deslocac¸ão.Numa cidade,os trans-portessãoumadasprincipais fontesdepoluic¸ão.Torna-se importantehaverinfraestruturasqueapoiemoscidadãosa deslocarem-sedeformasmaisecológicaseascicloviassão ummeiopráticoparaesseincentivo.Oobjetivodeste indica-doréperceberqualaqualidadeeextensãoderedescicláveis nacidadedeVianadoCastelo,bemcomoavaliaronúmerode utilizadores.

Acaracterizac¸ãoda ofertadevias cicláveise infraestru-turasdeapoio, istoé,aextensãoda redeeaqualidadeda rede,teve como basea informac¸ão fornecidapela Câmara MunicipaldeVianadoCastelo.Acaracterizac¸ãodaprocura éfeitaemtermosdorácion.◦deciclistas/n.◦ totalde veícu-losde4e2rodasecaracterizac¸ãodonúmerodeciclistasnas viasexclusivasparaciclistas.Oslocaisdelevantamentosão

aRuaManuelEspregueira,aAv.LuísdeCamões,eaRuada Bandeira.

Paraocálculodorácion.◦ deciclistas/n.◦ totalde veícu-losde4e2rodas,foramselecionadoslocaisrepresentativos em 3 vias primárias na cidade. O fluxo de ciclistas e de veículos de 4 e 2 rodas é medido nos seguintes perío-dos:

• Caracterizac¸ãodofluxodeciclistasedonúmerototalde veículosmotorizadosdelazer,com2e4rodas(sábadomeio da manhã,noperíododas11h00às12h00+ quarta-feira ouquinta-feirameiodamanhã,noperíododas 10h00às 11h00).

• Caracterizac¸ãodofluxodeciclistaseonúmerototalde veí-culosmotorizadoscom2e4rodasquesedirigeaolocalde trabalho(quarta-feiraouquinta-feiraemhoradepico,no períododas8h30às9h30).

Paracalcularonúmerodeciclistasutilizadoresdas ciclo-vias,foramselecionadoslocaisrepresentativosnasciclovias nacidade.Ofluxodeciclistasémedidonosseguintes perío-dos:

• Caracterizac¸ãodofluxodeciclistasdelazer(sábadomeio da manhã,noperíododas11h00às12h00+ quarta-feira ouquinta-feirameiodamanhã,noperíododas 10h00às 11h00).

• Caracterizac¸ãodofluxodeciclistasquesedirigeaolocalde trabalho(quarta-feiraouquinta-feiraemhoradepico,no períododas8h30às9h30).

Para a monitorizac¸ão deste indicador foram escolhidas 4cicloviaslocalizadasnaAvenidadoAtlântico,naMarina,no

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N13 N13 N13 Av. 25 deAbril Av.25 deAbril Av. do Atlãntico a-Darque R . de São José R. da Ci da de d e Río m R.de Vigo e C o m po ste la R. C ida de d o R e c i fe Monserrate Víana do Castelo Víana do Castelo R. d eAve iro R. M anu Est r. da Est r. Av. inal A v . B r a si l Cola Superior de Tecnologias e Gestão - Instituto Politécnico de Viana do Castel Castelo de Santiago da Barra Igreja Matriz de Víana do Castelo Biblioteca Municipal de Víana do Castelo Travessa Barr eira G o ˙is P in to R . de N s da A go nia Av . de Cabo V e rde A v. d e C a bo V e rde Alameda Alves Cerq uira Capitania do Porto de Víana de Castelo

Av. Luis de Camões Rua da Bandeira

Rua Manuel Espregueira

Figura5–Localizac¸ãodeVianadoCastelo.

R

Parque Urbano da Cidade

Marina Rua Passeio das Mordomas

Av. do Atlántico Monserrate Víana do Castelo Biblioteca Municipal de Víana do Castelo Castelo de Santiago da Barra N13 N13 N13 N13 a n ta L u zia Lim a R . dos S ob reíro s R . V entu ra T erra R . L uis F ilípe R . A ib e rto d e S o u sa R. Cid a de do R e c ife R . d a C idad e d e R íom om Pa stO T R . d e R. de Vig o A v. d e S an tiag o de C om po stela Av. 25 de Abil R . d e Sã o José Av. 25 de Ab il R. de Aveir o Est r. de Sa nta Lu zia R. d e V alv erd e Av. C ap G aspa r de Cas tro R. M anue l Fiú ze J únio r Est r. d a P apa nata Pra ça d a G aú za Es tr. d a Areia-Darque R. do Límia R. da A rgaços a Av. M argin al Travessa Barr eira Igreja Matriz de Víana do Castelo Av. do Atlãntico N s d a A gonia R . G o˙is P in to Alamed a Aive s Cerq ueira Form os da C al Av. P aulo VI Av. P aulo V I Po nte Ei ffe l

Figura6–Localizac¸ãodeVianadoCastelo.

ParqueUrbanodaCidadedeVianadoCastelo,enaRuaPasseio dasMordomas(fig.6).

Ascampanhasdelevantamentodedadosefetuadasatéao momentotêmcomoobjetivoacaraterizac¸ãodasituac¸ãoatual, relatórioqueestáaomomentoemfasedeconclusão.As cam-panhasqueseseguirãofarãoacaraterizac¸ãoeavaliac¸ãoanual dasustentabilidadeurbanadacidade.

Conclusão

Pretendíamoscomesteartigodemonstrar,aindaquedeforma breve, como oMVC tem vindo aconcretizar asuapolítica centradanamelhoriada qualidadede vidaedobem-estar doscidadãos.Aindaqueasuaintervenc¸ãoabranjaosvários

(11)

determinantes da saúde, optámos por colocar o enfoque nosdeterminantesambientais,porconsiderarmosseraárea, cuja intervenc¸ão se tornou mais visível, não só por estar associadaaoProgramaPolis,comotambémpelosresultados obtidoscomosestudosqueaquiapresentamos.

Emconclusão,queremosdestacarque,emboraosníveis deruídoedepoluic¸ãoatmosféricasnaáreaurbanadoMVC sejamconsideradosbons eaté muitobons namaioria dos locais,foram, noentanto, referenciadospontos ondeestes níveis saem dos padrões normais, pelo que foi necessário implementaralgumasmedidascorretivas,nomeadamenteao níveldospavimentosenacriac¸ãodebarreirasantissomem zonasdelazer,bemcomonadiminuic¸ãodotráfegoautomóvel eaumentodeáreaspedonaisdacidade.

Sebemqueaintenc¸ãoinicialdaadesãodoMVCaoPCS fosse apenas colocar o enfoque numa «ideia» de cidade, -consubstanciadanasimplescolocac¸ãodeoutdoorsnas entra-das da cidadecom umnovologótipo– odesenvolvimento e as potencialidades reveladas pelo projeto, ao longo do tempo,estenderam-semuitoparaalémdasexpectativas

ini-ciais, acabando por resultar na apropriac¸ão, por parte da populac¸ão,destenovoconceitodecidade.Paratal,alémdo elevadoesforc¸onabuscadeestratégiasdeparticipac¸ão comu-nitáriaporpartedostécnicosenvolvidos, contribuiuaforte vontadepolíticanaapostadeumaestratégiadegovernac¸ão orientadaparaapromoc¸ãodasaúde,qualidadedevidae bem-estardapopulac¸ãolocal.Aesterespeito,evolvidaumadécada deintervenc¸ãonoterreno,foipossívelverificarsignificativos progressosnãosónaconsciencializac¸ãodequeapromoc¸ãoda saúdeedobem-estarsetraduznaresponsabilidadeindividual ecoletiva,comotambémserefletiunacriac¸ãodeumanova imagemdacidadeondeosconceitosdesaúde,dequalidade devidaedebem-estartêmvindoaganharvisibilidade.

Conflito

de

interesses

Osautoresdeclaramnãohaverconflitodeinteresses.

Anexo

1.

Indicadores

ambientais

da

Organizac¸ão

Mundial

de

Saúde

(OMS)

C1Poluic¸ãoatmosféricaeruídoambiental

C1.1 CityAIR(índicedequalidadedoar)f(PM10,NO2,CO, C6H6,O3)

C1.2 EmissõesanuaismédiasdePM10,NO2,CO,C6H6eO3. C1.3 CityNOISE(índicedequalidadedoruídoambiental)

f(Lden,Ln).

C2Qualidadedaágua

C2.1 Númerodeinfraestruturasdeáguaparaconsumo C2.2 Númerodeparâmetrosdetratamentoepreservac¸ão

daqualidadedaágua

C2.3 Númerodeparâmetrosanalisadosnaságuas deconsumo

C3Percentagemdepoluentesdaáguaretiradosdototaldeesgotosproduzidos C4Índicedequalidadederecolhadoslixosdomésticos

C4.1 Áreacobertadarecolhaseletiva C4.2 Taxasderecuperac¸ãoderesíduos C4.3 Númerodeecopontosporhabitantes C4.4 Frequênciadarecolhaseletiva

C5Índicedequalidadedetratamentodoslixosdomésticos C6Árearelativadosespac¸osverdesnacidade

C6.1 Áreadosprincipaisespac¸osverdes(jardins,parques esimilares-hectares-MonserrateeStaMaMaior preferencialmente-Areosa,DarqueeMeadelasóse existiremessesdados)

C6.2 Índicedeespac¸osverdes,parquesejardins(relac¸ão entreototaldeáreasverdes/totaldehabitantes -mínimoindicadopelaONU:20m2/habitante) C6.3 Extensãodezonasarborizadas(metroslineares) C6.4 Númerodeárvoresnaáreaurbanadacidade

(MonserrateeStaMaMaiorpreferencialmente -Areosa,DarqueeMeadelasóseexistiremessesdados) C6.5 Águaderedeusadapararega(l/ano)

C6.6 Detetoresdechuvaassociadosaosistemaderega (relac¸ãoentrenúmerodesistemasderega comdetetores/númerodesistemasderega-%)

(12)

Anexo1(Continuação)

C6.7 Temporizadoresassociadosaosistemaderega(relac¸ão entrenúmerodesistemasderegacom

detetores/númerodesistemasderega-%)

C7Acessopúblicoeespac¸osverdes

C7.1 Usodosespac¸osverdes(númerodeutilizadoresde algunsespac¸osverdes-ParqueEcológicoUrbano, Jardimpúblico,Jardimdamarina,Parquedacidade, JardimD.Fernando,PraiaNorte-voluntariadoGCS) C7.2 Espac¸osverdesabandonados(áreadeespac¸osverdes

abandonados/áreatotaldeespac¸osverdes

-MonserrateeStaMaMaiorpreferencialmente-Areosa, DarqueeMeadelasóseexistiremessesdados)

C8Espac¸osindustriaisabandonados

C8.1 Númerodeespac¸osdegradados

C8.2 Áreadeocupac¸ãonacidade

C8.3 Natureza/utilizac¸ãodasinfraestruturasexistentes C8.4 Tipologiasdasconstruc¸õeseestadodeconservac¸ão C8.5 Períododetempodecorrenteemestadodeabandono

C9Desportoelazer

C9.1 Númerodeespac¸os/equipamentosdesportivos municipais

C9.2 Númerodeassociac¸õesdesportivasexistentes C9.3 Númerodemodalidadesdesportivaspraticadas C9.4 Taxadepraticantespormodalidade

C9.5 Númerodepercursosdemarcados

C9.6 Númerodeespac¸osdeconvívio(parquesdemerendas, jardins,etc.)

C9.7 Númerodecircuitosdemanutenc¸ão(localizac¸ãoetipo deequipamentos)

C9.8 Númeroenaturezadasatividadesdinamizadaspelo município

C9.9 Númerodeequipamentosdesportivosprivados

C10Ruaspedonais

C10.1 Oferta: Áreapedonalexclusiva(jardins,pracetas,

prac¸as,etc.)/áreadeespac¸opúblico

C10.2 Procura: Fluxopedonal:númerodepeões/hnumadata

secc¸ãodevia(viasprimárias)

C11Ciclismonacidade

C11.1 Oferta: Extensãodarededecicloviaexclusiva

(construída)/extensãodeviaspavimentais

C11.2 Extensãodarededecicloviaexclusiva

(emprojeto)/extensãodeviaspavimentais

C11.3 Extensãodarededecicloviaexclusiva

(prevista)/extensãodeviaspavimentais

C11.4 Extensãodarededecicloviaexclusiva

(construída)/extensãodeviassuaves

C11.5 Extensãodarededecicloviaexclusiva

(emprojeto)/extensãodeviassuaves

C11.6 Extensãodarededecicloviaexclusiva

(prevista)/extensãodeviassuaves

C11.7 Númerodeinfraestruturasdeapoio(baíasde

estacionamento,pontosdeintermodalidade, etc.)/extensãodaciclovia

C11.8 Procura: Númerodeciclistas/númerototaldeveículos

de4e2rodas

(13)

Anexo1(Continuação)

C12Transportespúblicos

C12.1 Númerodeempresasaoperarnacidade(urbanos einterurbanos)

C12.2 Tipologia/ofertadostransportes(autocarro,táxis, comboio,ferryboat,funicular)

C12.3 Taxadeutilizac¸ãodostransportes

C13Rededecoberturadetransportespúblicos

C13.1 Áreacobertapelostransportespúblicos

C13.2 Númerodepontosdeembarque

C13.3 Taxadefrequênciasegundooshoráriosedestinos

C13.4 Intermodalidadedarede

C14Espac¸ohabitacional

C14.1 Númerodeedifíciosabandonados/númerototalde edifícios/via

C14.2 Númerodeedifícioshabitados(rés-do-chãoepisos superiores)

C14.3 Númerodeedifícioshabitadoscommaisdeuma entrada

C14.4 Númerodeedifícioscomlogradouro

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Figura 1 – CityAIR, cenário de verão.
Tabela 4 – Síntese da populac¸ão e território expostos ao ruído acima do limite legal do RGR
Figura 3 – Modelo hierárquico adotado na avaliac¸ão do índice de sustentabilidade urbana de Viana do Castelo.
Figura 4 – Localizac¸ão de Viana do Castelo.
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Referências

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