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Segurança alarmante: impactos da tecnologia na segurança «gerida» por operadores de controle de processos industriais de risco

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Academic year: 2021

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Renato Di Ruzza | Marianne Lacomblez | Marta Santos 101

6HJXUDQoDDODUPDQWHLPSDFWRVGDWHFQRORJLD na segurança «gerida» por operadores de controle de

processos industriais de risco

Daniel SILVA, Sérgio DUARTE e Ricardo VASCONCELOS &HQWURGH3VLFRORJLDGD8QLYHUVLGDGHGR3RUWR Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação 8QLYHUVLGDGHGR3RUWR GDQLHOVLOYDPDLO#VDSRSWSGSVL#ISFHXSSWUYDVFRQFHORVKU#JPDLOFRP

Em função dos progressivos avanços tecnológicos dos siste PDVSURGXWLYRVRWHPDGDVD~GHHVHJXUDQoDQRWUDEDOKR 667 p KRMH HP GLD UHFHQWUDGR QR GHEDWH SURGX]LGR HQWUH DV HPSUHVDV H DVGLVFLSOLQDVFLHQWt¿FDV2SURFHVVRGHPRGHUQL]DomRWHFQROyJLFD produz um impacto incontornável nas situações de trabalho, mas, de LJXDOIRUPDDFDEDSRUJHUDUQRYRVULVFRVSUR¿VVLRQDLVHDPELHQWDLV decorrentes, em grande parte, de uma maneira de ver a tecnologia como um elemento imutável e externo às empresas (Masino, 2011). Neste texto, serão apresentadas as primeiras considerações teórico SUiWLFDVVREUHDUHODomRHQWUHGHVHQYROYLPHQWRWHFQROyJLFRHVHJX rança industrial a partir de um estudo de caso numa empresa do setor químico em Portugal, que se caracteriza por processos de automa ção recentes. A abordagem adotada encontra os seus fundamentos no quadro da Psicologia do trabalho, da abordagem ergológica e da teoria do agir organizacional que, no tratamento das questões da se gurança no trabalho, consagram a transformação das condições do WUDEDOKRHQTXDQWRFRQGLomRSDUDDSUHYHQomRGHULVFRVSUR¿VVLRQDLV e ambientais. A discussão desenvolvida terá, como pano de fundo, o FRQIURQWRQHFHVViULRHQWUHDSUiWLFDTXRWLGLDQDHRGLVFXUVRFLHQWt¿ FRQDGH¿QLomRGDVIHUUDPHQWDVWHFQROyJLFDV

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A transformação tecnológica e a Segurança e Saúde no Trabalho

Desde a década de 60 do séc. XX, são documentadas mu danças organizacionais impulsionadas pela alteração progressiva das condições de mercado e pela globalização econômica. Esse ce nário, acompanhado por uma forte instabilidade econômica, tem conduzido as empresas à adoção de soluções tecnológicas (entre as TXDLVDDXWRPDomRDVVXPHPDLRUSUHSRQGHUkQFLD QRVVHXVSURFHV sos para obterem competitividade e vantagem concorrencial (Miles  6QRZ   1HVVH VHQWLGR D LPSOHPHQWDomR GH IHUUDPHQWDV WHFQROyJLFDV FRQWULEXLX SDUD D HPHUJrQFLD H GH¿QLomR GH IRUPDV RUJDQL]DFLRQDLV PDLV GLQkPLFDV H ÀH[tYHLV =DPDULDQ  0DJJL 2006). Todavia, existem investigações que sublinham que esse pro cesso de modernização acaba por produzir efeitos menos visíveis, QRPHDGDPHQWH QR TXH GL] UHVSHLWR DR GHFUpVFLPR GR Q~PHUR GH WUDEDOKDGRUHVQDVLQG~VWULDVjSURGXomRHPDOWDYHORFLGDGHjH[L gência de maiores níveis de polivalência e participação aos traba lhadores (Lacomblez, 2002).

e GLDQWH GHVVH FRQWH[WR GH PXGDQoD TXH KRMH DVVLVWLPRV j FUHVFHQWH LQWHUSHODomR GR TXDGUR WHFQROyJLFR GDV HPSUHVDV MXQWR GRV GRPtQLRV FLHQWt¿FRV VREUHWXGR HP QtYHO GD QDWXUH]D H IRUPD das relações que se estabelecem entre as atividades de trabalho e as WHFQRORJLDV$VVLPLQYHVWLJDo}HVQRkPELWRGD3VLFRORJLDGRWUDED lho e da Ergonomia têm evidenciado que tal problemática pode ser GH¿QLGDFRPEDVHQDUHLQWHUSUHWDomRHUHFRQFHSomRTXHH[SHULPHQ tam as atividades de trabalho perante o desenvolvimento tecnológi FRUHVXOWDQGRQmRUDUDVYH]HVHPGL¿FXOGDGHVTXHRVWUDEDOKDGRUHV acabam por vivenciar face às inovações (Zamarian & Maggi, 2006). 3RUWDQWRWHQGRFRPRSDQRGHIXQGRDIDVHGH©LQWHQVL¿FDomRGR WUDEDOKRªRSURMHWRGHPRGHUQL]DomRWHFQROyJLFDGDVHPSUHVDVDFD ba assim por produzir, potencialmente, consequências diretas sobre DVD~GHHVHJXUDQoDGRVWUDEDOKDGRUHVHVREUHRDPELHQWHGDVFRPX QLGDGHVHQYROYLGDVGHFRUUHQWHVHVVHQFLDOPHQWHGDGLVWkQFLDHQWUHD concepção da tecnologia e as situações concretas de trabalho (Faita,  HGDV©H[WHUQDOLGDGHVQHJDWLYDVªGRSURMHWRWHFQROyJLFRDRQmR considerar o trabalho manual feito até então (Béguin, 2008).

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Renato Di Ruzza | Marianne Lacomblez | Marta Santos  A problemática relativa ao desenvolvimento tecnológico nas empresas e às suas relações com a SST acaba, consequentemente, por centrar no debate o princípio da «prevenção primária» dos ris cos evidenciado por Maggi (2006) acerca da Diretiva Europeia CE 7DOSULQFtSLRDOHUWDSDUDDQHFHVVLGDGHGHDQDOLVDUDVVLWXD o}HVGHWUDEDOKRLGHQWL¿FDQGRDVHVFROKDVRUJDQL]DFLRQDLVFDSD]HV GHJHUDUHPULVFRVSUR¿VVLRQDLVHDSDUWLUGDRULJHPHOLPLQDURV riscos presentes. No entanto, e ao contrário do que era idealizado, a aplicação prática das disposições comunitárias acabou por vali dar uma «concepção usual da prevenção», marcada pelo reforço da regulamentação e do controle do seu cumprimento. Dessa forma, em numerosos contextos laborais, prevalece ainda a ideia de que, SDUDXPDJHVWmRH¿FD]GDSUHYHQomRpQHFHVViULRUHFRQKHFHUSUL meiro os riscos existentes para, depois, se reforçar as prescrições. 2UDWDOPRGHORGHSUHYHQomRVHJXQGR'XUDIIRXUJ  HQFDUD DDWLYLGDGHVRERkQJXORGRVIDWRUHVGHULVFRTXHKiTXHHUUDGLFDU DFDEDQGRSRUHFOLSVDURWUDEDOKRSRUGHWUiVGHXPTXDGURREMHWLYR material e processual. 8PDSURSRVWDDOWHUQDWLYDWHFQRORJLDFRPRXPD escolha organizacional

A descrição das relações entre o desenvolvimento tecnológico e as empresas é feita, habitualmente, por meio de termos determi nistas, conduzindo à ideia de que a tecnologia é uma variável inde pendente e externa capaz de produzir impactos no processo organi zacional independentemente da ação humana. Todavia, partindo da 7HRULDGR$JLU2UJDQL]DFLRQDO 0DJJL pSRVVtYHOGH¿QLUXPD outra maneira de ver a tecnologia enquanto opção organizacional enquadrada no processo global de ações e decisões da empresa. Para 0DVLQRH=DPDULDQ  DWHFQRORJLDpGHVVHPRGRXPDHVFROKD que dependerá da combinação de ações e decisões, nomeadamente em nível do uso, da concepção e da adoção. Logo, nessa visão, os domínios social e tecnológico são inseparáveis, sendo essencial ana lisar a evolução das ferramentas tecnológicas e as suas ligações com DUHJXODomRGRSURFHVVRGHWUDEDOKRHPWHUPRVGHHVFROKDVLGHQWL¿ cáveis e interpretáveis.

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2UDSDUWLQGRGHVVDPDQHLUDGHYHUDWHFQRORJLDHSULYLOHJLDQ do a transformação das condições de realização do trabalho como LQGLVSHQViYHOSDUDDDQiOLVHGDVUHODo}HVHQWUHVD~GHVHJXUDQoDH trabalho (Lacomblez et al   p SRVVtYHO GHVHQKDU PHWRGROR gias de prevenção alternativas aos modelos ditos «tradicionais». Tais metodologias deverão colocar, em diálogo estreito, os «peritos da prevenção» e os trabalhadores (os peritos do trabalho), sendo essa dialética impulsionada pelo dinamismo das situações concretas de WUDEDOKR 9DVFRQFHORV /DFRPEOH] 

3RUWDQWRDGYRJDVHDTXLXPPRGHORGHOHLWXUDSDUDDVTXHV tões de SST assente em três eixos fundamentais: Análise Ergonômi ca do Trabalho (AET) – Formação – Transformação. É precisamente QRVQyGXORVGHDUWLFXODomRHQWUHHVVHVWUrVHL[RVTXHVHD¿UPDRGLV SRVLWLYRGLQkPLFRGHSURGXomRGHVDEHUHVRIHUHFLGRSHODDERUGDJHP HUJROyJLFD 6FKZDUW]  'XUULYH   (VVD DERUGDJHP HQIDWL]D que analisar a atividade de trabalho será sempre buscar compreender os debates e as negociações de normas e valores entre semelhantes RSHUDGRUHV HQJHQKHLURV SURMHWLVWDV WpFQLFRV GH VHJXUDQoD GHFL VRUHV 2UDLVVRVLJQL¿FDTXHWHUHPFRQWDDDWLYLGDGHGHWUDEDOKR na produção da transformação implica colocar, sempre em confron to, os saberes investidos nas atividades com os saberes acadêmicos, sendo esse processo mediado por um terceiro registro sobre o traba lho, um local de articulação de uma determinada maneira de ver os semelhantes como detentores de saberes comensuráveis (Durrive & Schwartz, 2008). Esse registro representa o pressuposto da partici pação dos diferentes protagonistas na produção de conhecimentos sobre a sua atividade e na transformação a operar.

A materialização desses princípios epistemológicos e metodo lógicos será analisada com base em uma intervenção para a preven ção e promoção da SST, que decorreu num contexto industrial de risco marcado por progressos tecnológicos recentes.

O caso de uma empresa química em Portugal

A intervenção em causa foi desenvolvida em resposta a um pe GLGRGDHPSUHVDSDUDRGHVHQYROYLPHQWRGHXPDLQWHUYHQomRIRUPD ção para a promoção da segurança industrial e ambiental (Vasconce

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Renato Di Ruzza | Marianne Lacomblez | Marta Santos  los, Silva, Pinto & Duarte, 2012). Desde os primeiros contactos com RVUHVSRQViYHLVSHODHPSUHVDIRLSRVVtYHOYHUL¿FDUTXHDVSULQFLSDLV preocupações em matéria de SST tinham a ver com os acidentes in GXVWULDLV FRP VXEVWkQFLDV TXtPLFDV Wy[LFDV FRUURVLYDV RX LQÀDPi veis) como fugas, vazamentos ou liberações para a atmosfera. Esses acidentes industriais, se ocorrerem, podem ter pesadas consequências não só para a empresa, mas também para a comunidade envolvida.

$HPSUHVDHPTXHVWmRVLWXDVHQXPFRPSOH[RSHWURTXtPLFR em Portugal e emprega 220 trabalhadores. 2VHXSURFHVVRSURGXWLYR pode ser dividido em dois polos de produção: o primeiro polo produz FRPSRVWRVLQRUJkQLFRVHpFRQVWLWXtGRSRUFLQFRIiEULFDVRVHJXQGR SROR p UHVSRQViYHO SHOD SURGXomR GH FRPSRVWRV RUJkQLFRV VHQGR igualmente constituído por cinco fábricas.

$ HPSUHVD IRL REMHWR GH JUDQGHV UHVWUXWXUDo}HV QRV ~OWLPRV anos, sobretudo, em nível do controle produtivo em função da im plementação de uma tecnologia de automação no processo. Desde então e com a instalação da nova ferramenta tecnológica, ocorreram importantes alterações no terreno e no controle da produção de tal IRUPDTXHSDUWHVLJQL¿FDWLYDGRSURFHVVRpDJRUDFHQWUDOL]DGDHPR nitorizada na sala de controle por operadores de painel. Essa trans formação do processo produtivo a partir da automação implicou uma reestruturação em nível dos recursos humanos com uma expressiva GLPLQXLomRGRQ~PHURGHWUDEDOKDGRUHV

2SURFHVVRIRUPDWLYRLPSOHPHQWDGRR3URMHWR0DWULRVFD

23URMHWR0DWULRVFDDVVLPGHVLJQDGDDLQWHUYHQomRLPSOHPHQ WDGD UHVXOWD GR GHVHQYROYLPHQWR GH XP PRGHOR GH LQYHVWLJDomRD omRGR&HQWURGH3VLFRORJLDGD8QLYHUVLGDGHGR3RUWRQXPDHPSUHVD multinacional de produção de pneus (Vasconcelos, 2008). Em termos WHyULFRPHWRGROyJLFRVR3URMHWR0DWULRVFD DFU{QLPRGH0DWUL]GH $QiOLVH GR 7UDEDOKR H GH 5LVFRV 2FXSDFLRQDLV SDUD 6XSHUYLVRUHV &KH¿DVHHVWUXWXUDVGH$SRLR SURFXUDDUWLFXODUQRSODQRIRUPDWLYR dois momentos: análise guiada da atividade de operadores industriais, em postos de trabalho e análise coletiva em sala de formação em que os resultados da análise nos postos são partilhados e discutidos. Nos grupos de formação, para além dos operadores industriais estão

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presentes ainda protagonistas das situações de trabalho relevantes SDUDDGLVFXVVmR FRRUGHQDGRUHVVXSHUYLVRUHVGHSURGXomRWpFQLFRV GH VHJXUDQoD WpFQLFRV GH PDQXWHQomR HVWUXWXUDV GH DSRLR j SUR dução), sendo esse processo mediado pela equipe de psicólogos do trabalho.

$OyJLFDGHIRUPDomRDomRSDUWLFLSDWLYDGHVHQYROYLGDDRORQ go da intervenção, se baseia num movimento cíclico em que for PDomR SUR¿VVLRQDO H WUDQVIRUPDomR GDV FRQGLo}HV WUDEDOKR IXQ FLRQDQGRFRPRGRLVSRORVGHDomRDOLPHQWDPVHPXWXDPHQWHQXP SURFHVVRLQWHUFRPXQLFDQWH 9DVFRQFHORV9DVFRQFHORV6LOYD & Fortuna, 2011). 2VSULPHLURVSDVVRVGDLQWHUYHQomRQDHPSUHVDTXtPLFDFRQ VLVWLUDPQXPFRQMXQWRGHDWLYLGDGHVQHFHVViULDVSDUDRFRQKHFLPHQ WRGDUHDOLGDGHGHWUDEDOKR FRQVXOWDGHGRFXPHQWRVLQWHUQRVUHX niões e entrevistas semiestruturadas com vários stakeholders). Num segundo momento, e durante cerca de dois meses, os psicólogos procederam à análise das atividades de trabalho que se revelavam pertinentes para o entendimento das situações em causa.

Após esse momento preliminar de AET, foi colocado em mar cha o movimento cíclico do polo da formação com as sessões em sala. Essa vertente da intervenção é composta por quatro fases: ses VmRHPVDODFRPRJUXSRVHVV}HVHPSRVWRGHWUDEDOKREDODQoRHP sala e sistematização dos dados.

2VUHVXOWDGRVGRWUDEDOKRHIHWXDGRFRPFDGDXPGRVJUXSRV em formação são comunicados ao «Comité de Acompanhamento», estrutura mobilizada pela intervenção, que funciona como eixo cen tral, pois assegura as condições indispensáveis para a concretização GDVDo}HVHGRVSODQRVGHGHVHQYROYLPHQWRGH¿QLGRVSHORVJUXSRV em formação. Assim, com o Comité de Acompanhamento numa po sição central, é possível conceber uma outra vertente da intervenção, a da transformação das condições de realização do trabalho.

Depois da realização de todas as sessões de formação, o próxi mo passo consistiu num primeiro momento de avaliação sistemática das transformações existentes nas condições de trabalho e nos pro FHGLPHQWRVGHVHJXUDQoD1HVVHPRPHQWRUHFRUUHXVHQRYDPHQWHj $(7HjREVHUYDomRFRPRPHLRVGHLGHQWL¿FDUDVHYROXo}HVUHJLV tradas até então.

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Renato Di Ruzza | Marianne Lacomblez | Marta Santos 

O trabalho de «estar atento aos alarmes»

3RUMiRWHUPRVIHLWRHPRXWURVFRQWH[WRV 9DVFRQFHORV6LOYD Pinto & Duarte, 2012), não nos debruçaremos aqui sobre a totalidade das transformações produzidas a par com o trabalho quotidiano e em articulação com a formação, preferindo, antes, descrever uma situa omRSUREOHPDUHODWLYDjDXWRPDomRWHFQROyJLFDHLOXVWUDWLYDVREUHD intercomunicação criada entre trabalho – formação – transformação. A situação em causa diz respeito à ferramenta de automação res ponsável pela emissão de alarmes nos painéis de controle, com os quais é possível aos operadores controlarem antecipadamente vários indicadores.

A principal ação dos operadores de painel passa por assegurar as manobras necessárias ao controle do processo produtivo através do sistema de automação. Esse controle é regulado pelos «alarmes», VHQGRTXHDHPLVVmRGHVVHVVLJQL¿FDTXHGHWHUPLQDGRLQGLFDGRURX condição (e.g., temperatura, caudal, nível do reservatório, falta de composto) têm que ser corrigidos pelo operador evitando, assim, problemas de segurança, produção ou qualidade.

Todavia, quando alguma das fábricas para (o que acontece fre quentemente por variadas razões) e é necessário dar partida, o opera dor de painel controla manualmente o processo, dando resposta aos DODUPHVTXHRVLVWHPDYDLHPLWLQGRGXUDQWHHVVDIDVH2UDGXUDQWHR período de arranque, os valores dos vários indicadores do processo são obrigatoriamente diferentes daqueles em produção estabilizada, o que leva a que o sistema emita uma série de alarmes a reportar di ferenças em relação ao padrão de produção. Com isso, os operadores de painel veem as suas atividades de arranque interrompidas face às centenas de alarmes gerados durante esses períodos, muitos dos TXDLVUHGXQGDQWHVRXDWpLQ~WHLV1RHQWDQWRVHGHXPODGRHVVHV alarmes nem sempre dão informação relevante para o processo e são simplesmente ignorados e encarados como elementos distratores, SRURXWURODGRSRGHPGL¿FXOWDUDLGHQWL¿FDomRGHXPDODUPHTXH VHMD LPSRUWDQWH$ QmR LGHQWL¿FDomR GH XP GHVVHV DODUPHV SRGHUi levar a consequências graves, não apenas em nível da segurança dos trabalhadores, mas também em nível da segurança ambiental, devido jQDWXUH]DGDVVXEVWkQFLDVHPTXHVWmR

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$TXHVWmRGRVDODUPHVUHYHVWLDVHQDTXHODGDWDGHXPDRXWUD problemática. Por questões de segurança, existiam alguns alarmes que surgiam simultaneamente em mais de um painel de controle. $SHVDUGHRREMHWLYRGHVVDPHGLGDVHURSULQFtSLRGDXWLOL]DomRGRV operadores como salvaguarda para o caso de um dos seus colegas não reagir ao alarme, esse aspecto acarretava fortes preocupações para o operador, pois, para continuar a trabalhar, teria que aceitar um alarme «exterior» (de outra fábrica que não a sua), mesmo desconhe cendo os fatores que o originaram.

Articulando a ciência com a prática quotidiana

2 FRQKHFLPHQWR VREUH R IXQFLRQDPHQWR GRV DODUPHV FRQV truído através da AET permitiu à equipe de psicólogos estruturar XPDVpULHGHVLWXDo}HVSUREOHPDDVHUHPGHEDWLGDVHPVLWXDomRGH formação. Mais tarde, com a realização das reuniões do Comité de Acompanhamento, as questões relativas aos alarmes foram discu WLGDV MXQWR GDV YiULDV FKH¿DV H HVWUXWXUDV GH GHFLVmR GD HPSUHVD Nesse contexto, e após reconhecidos os constrangimentos para os operadores de painel e as implicações de segurança envolvidas, foi GH¿QLGDDFULDomRGHXPDHTXLSHSOXULGLVFLSOLQDUWHQGRHPYLVWDD UHFRQ¿JXUDomR GRV DODUPHV QR SDLQHO GH FRQWUROH (VVD HTXLSH GH trabalho foi constituída por um operador de painel, um supervisor de produção, um técnico da engenharia de processos, um técnico de VLVWHPDVGHDXWRPDomRHXPRXWURGRGHSDUWDPHQWRGHSURMHWRV

2 WUDEDOKR GHVVD HTXLSH SDVVRX HQWmR SHOD LPSOHPHQWDomR da proposta de transformação delineada pelos grupos de formação HHQULTXHFLGDSHOR&RPLWpGH$FRPSDQKDPHQWRRXVHMDXPGXSOR SODQRGHWUDEDOKRXPORFDO LGHQWL¿FDomRGRVDODUPHVFRPPDLRU LQFLGrQFLD D ¿P GH DQDOLVDU D SRVVLELOLGDGH GD VXD HOLPLQDomR RX LQLELomR HXPJOREDO DQiOLVHJHUDOHLGHQWL¿FDomRGRVDODUPHVTXH não sendo gerados em grande quantidade, são redundantes ou pouco informativos).

A constituição desse grupo de trabalho fez emergir um debate GLQkPLFRGHFRQIURQWDomRGHVDEHUHVHGHJHVWmRGHQRUPDVGDQGRj luz uma reinterpretação global das atividades em causa. Dessa for ma, o conhecimento prático e quotidiano dos operadores entrecru

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Renato Di Ruzza | Marianne Lacomblez | Marta Santos  ]RXVHFRPRFRQKHFLPHQWRWHyULFRGRVWpFQLFRVGHVLVWHPDVRTXH permitiu uma visão mais completa da realidade.

Após a referida análise dos alarmes emitidos e a implementa omRGDUHFRQ¿JXUDomRGHVHQKDGDSHODHTXLSHGHWUDEDOKRIRLSRVVt YHOHPDOJXQVFDVRVGLPLQXLUHPPDLVGHRQ~PHURGHDODU mes gerados nos painéis, tanto em situações de arranque como em VLWXDo}HV GH SURGXomR HVWDELOL]DGD$OpP GD UHGXomR VLJQL¿FDWLYD GRQ~PHURGHDODUPHVIRLDLQGDSRVVtYHOGH¿QLUTXHDRFRQWUiULR do que acontecia anteriormente, os alarmes efetivamente mais im portantes passassem agora a surgir no topo da listagem de alarmes, facilitando a tomada de decisão dos operadores.

As alterações realizadas na automação permitiram, não só pre venir questões relacionadas com a segurança industrial e ambien tal, como também obter ganhos produtivos, pois foram reduzidas as possibilidades de alarmes mais importantes serem ignorados face ao H[FHVVLYRQ~PHURGHDODUPHVTXHDQWHULRUPHQWHHUDPJHUDGRV

Discussão e integração

Com o suporte proporcionado pelo modelo Matriosca, pelos seus instrumentos e métodos, os diversos atores locais participaram na construção da segurança no trabalho, elaborando propostas de transformação, assumindo compromissos organizacionais coerentes FRPRUHDOHLGHQWL¿FDQGRHUHVROYHQGRFROHWLYDPHQWHSUREOHPDVGDV suas situações de trabalho.

Em articulação permanente com a AET, o processo formati vo desenvolvido emergiu enquanto espaço de cooperação entre os protagonistas das situações de trabalho, abrindo caminho à parti lha dos saberes (de prudência) e a um enriquecimento dialético das YiULDVSHUVSHFWLYDV2UDQHVVHFRQWH[WRHVVDIRUPDomRVHQGRXP processo intimamente «entranhado» no trabalho que o suscita, re SUHVHQWDXPDDODYDQFDSDUDDWUDQVIRUPDomRFXMRPDQHMDUQmRHVWi H[FOXVLYDPHQWH GHSHQGHQWH GRV FRQKHFLPHQWRV FLHQWt¿FRV SRLV exige igualmente os conhecimentos operacionais. A partir do tra balho cooperativo entre saberes operacionais e saberes técnicos da DXWRPDomRGHSURFHVVRVIRLSRVVtYHOHOLPLQDUHPFHUFDGHRV alarmes gerados no painel de controle, permitindo uma reação opor

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tuna dos operadores. Assim, pensamos ter sido possível conceber um processo dialógico entre diferentes registros sobre o trabalho no painel de controle fazendo emergir um terceiro polo de registro, ou VHMDXPOXJDUGHFRPSUHHQVmRGDDWLYLGDGHGRVHXVHPHOKDQWH RSH UDGRUGHSDLQHOHQJHQKHLURGHDXWRPDomRGHSURFHVVRVSURMHWLVWD WpFQLFRGHVHJXUDQoD FXMDDWLYLGDGHpLJXDOPHQWHSDXWDGDSRUGH bates, gestão de normas e ressingularização permanente (Durrive & Schwartz, 2008). É no seio desse terceiro polo que os operadores de SDLQHOFRQKHFHPRVPRWLYRVSHORVTXDLVRVSURMHWLVWDVGRVVLVWHPDV de automação adicionam cada vez mais alarmes ao sistema, fruto das normas de segurança que têm que respeitar. De igual forma, os engenheiros podem entrar em contato com o saber operacional dos controladores de painel que interpelam, cada vez mais, os conheci mentos disciplinares existentes.

Ainda assim, por outro lado, esse trabalho de produção de transformações na empresa, sustentado pelo quadro de um «dispo VLWLYRGLQkPLFRDWUrVSRORVª 6FKZDUW] 'XUULYH LPSOLFD QRQRVVRHQWHQGHUTXHHVWHMDPUHXQLGDVFRQGLo}HVHSLVWHPROyJLFDV PtQLPDVSDUDXPWUDEDOKRLQWHJUDGRVREUHDDWLYLGDGH2UDUHFRQKH cemos que, à partida, essas condições não estariam disponíveis, pois esse (como outros) contexto industrial é pautado por valores, inte resses e decisões baseadas em lógicas que exigem a rápida resolução GRVSUREOHPDVGHVHJXUDQoD/RJRSHUDQWHHVVHFRQWH[WRRGHVD¿R passou por, em diferentes momentos, ir construindo um outro regis WURVREUHRWUDEDOKR(VWHpVHPG~YLGDXPSURFHVVRTXHYLJLDGRGH perto deontológica e metodologicamente pelos psicólogos do traba lho, assenta numa «convergência epistemológica mínima comum» (Vasconcelos, 2008) e se torna possível a partir do momento em que os protagonistas conceitualizam a atividade de trabalho enquanto en FRQWURGLQkPLFRFRPRXWUDV'HVVDIRUPDVXEOLQKDPRVDHVVHUHV peito, a ação integradora dos psicólogos do trabalho que, através das suas ferramentas conceituais e metodológicas, procuram promover o acesso à atividade real a diferentes protagonistas, reunindo, desse modo, as condições indispensáveis para um trabalho comum ao ser viço da prevenção da SST.

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Da análise da atividade à proteção ambiental

6HR3URMHWR0DWULRVFDSRVVLELOLWRXXPDPHOKRULD FODUD GDV condições de trabalho dos trabalhadores envolvidos que, devido à UHGXomRVXEVWDQFLDOGRQ~PHURGHDODUPHVSXGHUDPOHYDUDFDERD sua atividade com uma maior qualidade e segurança, é importante TXHDUHÀH[mRQmRVHHVJRWHQHVVHSRQWR

A natureza dos riscos associados a essa atividade, em que um incidente poderá ter graves consequências em nível do ambiente, torna evidente a relação entre a atividade desempenhada no local de trabalho e o meio ambiente.

Se é impossível separar a atividade de trabalho dos seus riscos ambientais (tendo sido o evitar de incidentes industriais graves o ponto de partida dessa intervenção e uma das grandes preocupações de todos os envolvidos), é difícil também discutir o ambiente sem OHYDUHPFRQWDDLPSRUWkQFLDGDDWLYLGDGH

'HIDWRXPDUHÀH[mRDFHUFDGRVULVFRVDPELHQWDLVWHUiGHSDV sar pelo primeiro local onde eles ocorrem, o local de trabalho.

2 0RGHOR 0DWULRVFD p XPD ERD LOXVWUDomR GD OLJDomR HQWUH SURWHomRGRDPELHQWHHVHJXUDQoDHVD~GHGRVWUDEDOKDGRUHVUHIHULGD no contributo de Rémy Jean neste capítulo. Não é possível conce ber tal proteção desligada do trabalho concreto dos operadores que estão, ao mesmo tempo, na primeira linha de exposição aos riscos e na primeira linha da preservação do ambiente face a esses riscos. Também o fato de serem, ao mesmo tempo, operadores industriais e elementos da comunidade implica, necessariamente, que a preocu SDomRFRPRDPELHQWHHVWHMDVHPSUHSUHVHQWH

É igualmente através desses dilemas que se coloca a questão GDFRQFLOLDomRHQWUHGLUHLWRDRWUDEDOKRHGLUHLWRjVD~GHDERUGDGD WDPEpPSRU5pP\-HDQ6ypSRVVtYHOUHÀHWLUVREUHDSURWHomRGR ambiente, o desenvolvimento sustentável e a segurança industrial se se incluir o ponto de vista dos trabalhadores e, nesse sentido, o Mo delo Matriosca abre outras perspectivas para se pensar uma outra centralidade do trabalho concreto, uma vez que é, a partir daí, que se MRJDPDVTXHVW}HVGRDPELHQWH

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5HÀH[}HV¿QDLV

No contexto atual de progresso tecnológico, parece ainda pre valecer um afastamento considerável entre os conhecimentos cientí ¿FRVGLVSRQtYHLVTXHGHFUHWDPRWUDEDOKRHDSUiWLFDLQGXVWULDOUHDO Esse distanciamento pode ser explicado pelo pressuposto de que o WUDEDOKRSRGHVHUGHFUHWDGRGHIRUPDDQDOtWLFDDEVWUDWDHGH¿QLWLYD FRPUHFXUVRTXDVHH[FOXVLYRDRVFRQKHFLPHQWRVFLHQWt¿FRV$VVLP QDIDVHGHFRQFHSomRRVHQJHQKHLURVSURMHWLVWDV©DQWHFLSDPDDWLYL GDGHª %pJXLQ &HUI FULVWDOL]DQGRQHVVDDOWXUDXPDUHSUH sentação do trabalho. No entanto, tais modelos de concepção correm RULVFRHPVLWXDomRGHWUDEDOKRGHVHUIRQWHGHLQ~PHURVSUREOHPDV HGL¿FXOGDGHVTXRWLGLDQDVTXHRVWUDEDOKDGRUHVWrPTXHHQIUHQWDU 2UDRFDVRDTXLDSUHVHQWDGRUHODWLYRjDXWRPDomRGRVDODUPHVDFD ED SRU VHU XP H[HPSOR LOXVWUDWLYR GH XPD VLWXDomRSUREOHPD TXH surge como consequência do distanciamento entre a «ciência» que GH¿QHRVDODUPHVHDSUiWLFDUHDO1HVVHFDVRDRVHUHQFDUDGDFRPR uma variável externa e capaz de produzir impactos no processo de trabalho independentemente da ação humana, a tecnologia é vista num quadro de «racionalidade precisa e perfeita». Contudo, e a AET realizada assim o demonstrou, o sistema de emissão de alarmes ge rava problemas de segurança, fruto de sua defasagem em relação ao trabalho real. A situação era, diríamos, alarmantemente desconheci GDRXGHVFRQVLGHUDGDMiTXHRVDOHUWDVTXRWLGLDQRVGRVRSHUDGRUHV GHSDLQHOQmRHUDPVX¿FLHQWHPHQWHRXYLGRVRXFRPSUHHQGLGRVGH PRGRDMXVWL¿FDUXPDDWHQomRHLQWHUYHQomRSULRULWiULDVQDVHPSUH difícil gestão de prioridades dos decisores técnicos responsáveis.

3RUFRQVHJXLQWHWUDWDQGRVHGDWHFQRORJLDGHXPDHVFROKDRU JDQL]DFLRQDOTXHGHSHQGHGDFRPELQDomRGHDo}HVHGHFLV}HV XVR FRQFHSomRDGRomR RWUDEDOKRGHUHFRQFHSomRGDOyJLFDLQIRUPiWLFD dos alarmes foi apoiado, em grande medida, nas ações e decisões de uso anteriormente executadas pelos operadores.

Nesse sentido, encarando os sistemas tecnológicos como sendo processos de ações e decisões internos ao próprio processo de trabalho, pSRVVtYHODOWHUDUDUDFLRQDOLGDGHTXHSUHVLGHjGH¿QLomRGDWHFQRORJLD RSWDQGRVHSRUXPTXDGURGH©UDFLRQDOLGDGHOLPLWDGDHLQWHQFLRQDOª 0DVLQR RXVHMDLPSHUIHLWDLPSUHFLVDHWHPSRUiULD&RPRWDO

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Renato Di Ruzza | Marianne Lacomblez | Marta Santos  e dentro dessa lógica, é possível conceber o desenvolvimento tecnoló JLFRQDVHPSUHVDVFRPRXPD©FLrQFLDKXPDQDª 'HMRXUV TXH pelo seu carácter mutável, deverá ser vista como um processo de ação VRFLDOHGLQkPLFR(VVDPDQHLUDGHHQFDUDUDUHODomRHQWUHWHFQRORJLD e SST, ao contrário da abordagem puramente instrumental, exige mais tempo, é certo, mas produz resultados mais duráveis, congruentes e consensualmente mais seguros.

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Referências

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