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O uso de tecnologias numa turma de educação de jovens e adultos

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Antônia Fabrícia de Souza

O USO DE TECNOLOGIAS NUMA TURMA DE EDUCAÇÃO DE

JOVENS E ADULTOS

CAICÓ – RN

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Antônia Fabrícia de Souza

O USO DE TECNOLOGIAS NUMA TURMA DE EDUCAÇÃO DE

JOVENS E ADULTOS

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado à Coordenação do Curso de Licenciatura em Matemática do Centro de Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Matemática, sob a orientação da Professora Mestre Maria da Conceição Alves Bezerra.

CAICÓ – RN 2017

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Dedico este trabalho a minha mãe, pelo incentivo, carinho e apoio, em vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por todas as vitórias;

Aos que sempre estão ao meu lado;

A minha família, principalmente à minha companheira Elayne Cristina, e ao meu filho Luís Eduardo;

À Maria da Conceição Alves Bezerra, minha orientadora, pelo estimulo e dedicação e pelas suas contribuições enriquecedoras;

Aos colegas, pelas trocas de experiências e convívio;

A todo o corpo docente do curso de Licenciatura em Matemática do Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES);

Ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), por proporcionar contribuições para a minha formação profissional;

Aos discentes que participaram como participantes da pesquisa;

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Disfarça e segue em frente. Todo dia, até cansar. E eis que de repente ela resolve então mudar [...]. Nem serva, nem objeto, já não quer ser o outro hoje ela é um também.

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RESUMO

O presente estudo tem como objetivo investigar as experiências vivenciadas com as tecnologias numa turma do 9º Ano do Ensino Fundamental na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos de uma escola da Rede Municipal de ensino da cidade de Parelhas – RN. Este trabalho se constitui em uma pesquisa qualitativa e tomamos como base para o referencial teórico os estudos de Fonseca (2002), Coelho (2002) e Van de Walle (2009), além das orientações de documentos de Educação. Para tanto, o estudo teve como etapas centrais a elaboração e aplicação de um questionário com a finalidade de identificar que conhecimento os alunos têm acerca da utilização de recursos tecnológicos na sala de aula, bem como identificar as vantagens e dificuldades encontradas pelos mesmos em relação ao uso das tecnologias. A análise dos dados coletados do questionário, de modo geral, mostrou que muitos alunos estão conectados com a informática, por exemplo, Facebook, e WhatsApp, para acessos a redes sociais, alguns alunos utilizam os computadores e internet para estudar e fazer pesquisas. Dessa forma, os professores não podem ignorar o uso de tecnologias no processo de ensino e aprendizagem da Educação de Jovens e Adultos.

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ABSTRACT

This study aims to investigate the experiences of technologies in a class of the 9th Year of Elementary Education in the Youth and Adult Education Mode of a school of the Municipal School Network of the city of Parelhas - RN. This work constitutes a qualitative research and we take as basis for the theoretical reference the studies of Fonseca (2002), Coelho (2002) and Van de Walle (2009), besides the guidelines of Education documents. To do so, the study had as central steps the elaboration and application of a questionnaire with the purpose of identifying what knowledge students have about the use of technological resources in the classroom, as well as identify the advantages and difficulties encountered by them in relation to use of technologies. The analysis of the collected data of the questionnaire, in general, showed that many students are connected with the computer science, for example, Facebook, and WhatsApp, for access to social networks, some students use the computers and internet to study and to do researches. In this way, teachers can not ignore the use of technologies in the teaching and learning process of Youth and Adult Education.

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LISTA DE FIGURAS

1 Figura 1: Respostas da terceira questão

2 Figura 2: Respostas da quinta questão

3 Figura 3: Respostas da sexta questão

4 Figura 4: Respostas da sétima questão

5 Figura 5: Respostas da oitava questão

6 Figura 6: Respostas da nona questão

7 Figura 7: Respostas da décima questão

24 25 26 27 28 29 30

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SUMÁRIO

8 1. INTRODUÇÃO 1.1 Justificativa 1.2 Objetivos 1.2.1 Geral 1.2.2 Específicos 1.3 Metodologia de Pesquisa 11 12 14 14 14 14 2. CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS

2.1 Educação de Jovens e Adultos 2.1.1 PROEJA

2.2 A Importância da Utilização das Tecnologias na EJA

16 16 18 19 3. PERCURSO METODOLÓGICO 3.1 Caracterização da Escola 9 3.2 Participantes da Pesquisa 3.3 Questionário 3.4 Análise do Questionário 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 21 21 22 22 23 31 REFERÊNCIAS APÊNDICES Apêndice A – Questionário 33 36 37

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1. INTRODUÇÃO

As tecnologias estão presentes no dia a dia dos indivíduos, por exemplo, atividades de ir ao banco, supermercado e os meios de comunicação, e está presente também na escola. A escola deve utilizar os recursos tecnológicos em sala de aula, pois permite interatividade entre o estudante e o objeto de estudo propiciando participação ativa do aluno e reflexão sobre as tecnologias.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática para o Ensino Fundamental – PCN (BRASIL, 1998), destacam como um dos objetivos do Ensino Fundamental a necessidade dos estudantes serem capazes de saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.

O referido documento afirma que “As tecnologias em suas diferentes formas e usos, constituem um dos principais agentes de transformação da sociedade, pelas modificações que exercem nos meios de produção e por suas conseqüências no cotidiano das pessoas”. (BRASIL, 1998, p. 43).

O uso das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos é necessário para que os alunos tenham capacidade de utilizar, reformular as informações, prover serviços e conhecimentos advindos das tecnologias.

A Educação de Jovens e Adultos – EJA é uma modalidade de ensino que assegura o acesso a Educação aos que tem mais de 15 anos e encontra-se em distorção idade série1. A EJA visa contemplar a diversidade de sujeitos aprendizes, fortalecendo a Educação ao longo da vida.

Este trabalho está organizado em quatro capítulos, cada um deles será detalhado a seguir. O primeiro capítulo traz à justificativa, a questão de estudo, os objetivos e a metodologia da pesquisa.

O segundo capítulo aborda sobre a Educação de Jovens e Adultos, como as pesquisas de Fonseca (2002), dente outras, além das orientações de documentos oficiais de Educação. São abordados também alguns autores, como Van de Walle (2009) e Borba e Penteado (2005), que versam sobre as tecnologias.

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No terceiro capítulo é apresentado o Procedimento Metodológico constituído da caracterização da escola, participantes da pesquisa, questionário e a análise do questionário.

Por fim, no quarto capítulo, as Considerações finais, trazem reflexões sobre a importância de se trabalhar com as tecnologias na Educação de Jovens e Adultos, além das referências e apêndices.

1.1 Justificativa

O tema do presente trabalho foi escolhido em grande parte por motivos pessoais, adquiridos através de experiência própria enquanto aluna da EJA em um período de três anos onde cursei o Ensino Fundamental (6º ao 9º Anos).

Primeiro estudei numa Escola Estadual, onde não consegui concluir nenhuma série, posteriormente fui estudar em outra Escola Estadual na qual conclui o Ensino Fundamental, as instituições de ensino estão situadas na cidade de Parelhas – RN.

Dando continuidade a Educação Básica, permaneci no ensino público no turno noturno, no ensino regular, onde cursei todas as séries em uma escola de Ensino Médio num período de 04 anos, devido há uma desistência no 2º ano, e concluindo em 2013.

Em 2014 ingressei no Curso de Licenciatura em Matemática do Centro de Ensino Superior do Seridó – CERES, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, campus Caicó, por meio do Sistema de Seleção Unificada – SISU.

Foi principalmente nas disciplinas de Organização da Educação Básica ministrada pela professora Celia Fonseca de Lima, onde foram abordadas as Modalidades de Ensino, entre estas a EJA, de uma forma dinâmica e interativa, e nas disciplinas de Estágio Supervisionado e Metodologia de Ensino de Matemática ministrada pela professora Maria da Conceição Alves Bezerra, onde foi abordada a importância do uso de material manipulável e as Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC, também na disciplina, Metodologia do Trabalho Científico, ministrada pelo professor Francisco de Assis Bandeira, na qual foram apresentados, pelos colegas em seminário, vários trabalhos de conclusão de curso dentro da área de Educação Matemática, proporcionando um contato de grande contribuição para a escolha do tema da pesquisa.

Desse modo, a escolha do Trabalho de Conclusão de Curso na área de Educação com a Educação de Jovens e Adultos e as tecnologias, decorreu das experiências vividas enquanto estudante.

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – LDB, Lei nº 9.394, (BRASIL, 1996, p. 31), enfatiza que “A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento”. É de primordial importância que os cursos profissionalizantes, vinculados com a EJA, tenham aperfeiçoamento tecnológico, pois é o que se faz necessário no mercado de trabalho atualmente.

Alguns jovens e adultos estão conectados com a informática, por exemplo, na internet compartilhando histórias no Facebook, Twitter, MSN, e WhatsApp. Na EJA também encontramos, jovens, adultos e idosos que não fazem parte desse mundo interativo. Dessa forma, não se pode ignorar o uso de tecnologias no processo de ensino e aprendizagem da EJA. Coelho (2002, p. 11), afirma que a incorporação das tecnologias em sala de aula da EJA,

(...) é alcançada quando professores e alunos são capazes de selecionar ferramentas tecnológicas para ajudá-los a obter informações confiáveis e válidas de uma forma planejada, de analisar, e sintetizar a informação e de apresentá-la profissionalmente bem como de se comunicar com colegas e profissionais e trabalhar e aprender com outras pessoas, de forma síncrona e assíncrona.

A escola deve possibilitar aos alunos o acesso às tecnologias, tais como: calculadoras, vídeos, computadores, planilhas eletrônicas, internet, softwares educacionais, e outras mídias. É importante que o professor discuta os benefícios e problemas decorrentes dos avanços das tecnologias e preparar os alunos considerando as novas demandas de formação surgidas, como a capacidade de acessar e selecionar informações, fazendo uso crítico e ético das tecnologias.

Diante do exposto, elegemos como questões dessa investigação a seguinte pergunta: Quais as contribuições do uso de tecnologias na Educação de Jovens e Adultos?

1.2 Objetivos

1.2.1 Geral

Investigar as experiências vivenciadas com as tecnologias numa turma do 9º Ano do Ensino Fundamental na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos de uma escola da Rede Municipal de ensino da cidade de Parelhas – RN.

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1.2.2 Específicos

- Realizar um levantamento do número de escolas que ofertam a EJA;

- Elaborar e aplicar um questionário para identificar o desempenho de estudantes acerca do uso de recursos tecnológicos;

- Identificar algumas contribuições e dificuldades que alunos de EJA do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional apresentam diante do uso de tecnologias em seu dia a dia e no ambiente escolar.

1.3 Metodologia de Pesquisa

O presente estudo teve uma abordagem qualitativa. Segundo Flick (2009, p. 37), “A pesquisa qualitativa dirige-se à análise de casos concretos em suas peculiaridades locais e temporais, partindo das expressões e atividades das pessoas em seus contextos locais”.

Na pesquisa qualitativa o objetivo é compreender os fenômenos por meio da coleta de dados, que podem ser diários, questionários abertos, entrevistas e observações, através destes estuda-se as particularidades e experiências individuais, considerando uma relação entre o mundo e o sujeito que não pode ser traduzida em números. Este tipo de pesquisa é usado para entender os motivos, opiniões e motivações pressupostas, também pode ser usada para fornecer informações sobre o problema ou ajudar a desenvolver ideias ou hipóteses para pesquisas quantitativas.

Gil (2007, p. 17), define pesquisa como o

(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.

A pesquisa é a ação de procurar respostas para um dado questionamento. Segundo João José Saraiva da Fonseca (2002), methodos remete organização, e logos, estudo sistemático ou investigação, isto é, metodologia significa a organização do estudo, a direção a ser seguida.

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As pesquisas qualitativas também são usadas para descobrir tendências de pensamento e opiniões. Geralmente utiliza-se uma amostra pequena, a fim de obter uma compreensão aprofundada. A intervenção não é padronizada e o método de coleta de dados é flexível, especificado apenas em termos gerais antes do estudo.

Desse modo, desenvolvemos nosso trabalho de acordo com as seguintes etapas: - levantamento bibliográfico acerca de pesquisas que tratam da importância das tecnologias e da Educação de Jovens e adultos;

- visita e observação às escolas com turmas da EJA, no município de Parelhas – RN;

- entrevista (informal) com a direção da escola escolhida, com o intuito de melhor compreender o ambiente da sala de aula, da turma do 9º Ano. E determinação de data e horário para aplicação do questionário (Apêndice A);

- elaboração do instrumento da pesquisa (questionário);

- aplicação do questionário numa turma do 9º Ano do Ensino Fundamental; - análise dos resultados alcançados durante a aplicação do questionário.

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2. CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS

Neste capítulo são apresentadas as considerações de Fonseca (2002) e Coelho (2002) sobre a Educação de Jovens e Adultos, e as orientações de documentos de Educação. Também apresentamos os pressupostos teóricos de autores acerca das tecnologias como Van de Walle (2009) e Borba e Penteado (2005).

2.1 Educação de Jovens e Adultos

Segundo a LDB (BRASIL, 1996, p. 30) “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.”. Ou seja, a EJA é fundamentalmente proposta para suprir a necessidade educacional da sociedade, devido principalmente, ao grande índice de evasão escolar dos alunos nos seus períodos oportunos, e a exclusão social dos que não tiveram o privilegio do acesso à educação. Tendo, assim, o objetivo de reduzir índices de analfabetismo ou elevar as taxas de escolarização da população.

Haddad (1994, p. 86) retrata a motivação do fenômeno da EJA e suas intenções na Conferência sobre as Tendências Atuais na Educação de Jovens e Adultos no Brasil dá seguinte forma,

A Educação de Adultos no Brasil se constituiu muito mais como produto da miséria social do que do desenvolvimento. É conseqüência dos males do sistema público regular de ensino e das precárias condições de vida da maioria da população, que acabam por condicionar o aproveitamento da escolaridade na época apropriada.

É este marco condicionante — a miséria social — que acaba por definir as diversas maneiras de se pensar e realizar a Educação de Jovens e Adultos. É uma educação para os pobres, para jovens e adultos das camadas populares, para aqueles que são maioria nas sociedades do Terceiro Mundo, para os excluídos do desenvolvimento e dos sistemas educacionais de ensino. Mesmo constatando que aqueles que conseguem ter acesso aos programas de Educação de Jovens e Adultos são os com "melhores condições" entre os mais pobres, isto não retira a validade intencional do seu direcionamento aos excluídos.

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Dessa forma, caso nossa educação fosse satisfatória não existiria a necessidade da EJA. Ficando assim a EJA definida como um reparo para a Educação Regular, neste sentido fica clara a indispensabilidade de um ensino diferenciado e inclusivo que atenda as peculiaridades desta modalidade.

O Parecer CEB nº 11/2000, de 10 de maio de 2000, traz três funções atribuídas à EJA: função qualificadora, função equalizadora e função reparadora (BRASIL, 2000).

A função qualificadora é a que confere uma maior amplitude à EJA, dada a sua perspectiva de educação permanente, da qual todos nós deveríamos usufruir, já que a vida é um aprendizado constante.

A função equalizadora procura amenizar as diferenças existentes entre os sujeitos da EJA. Coloca o princípio da igualdade de oportunidades como ponto de partida para que essa função se efetive.

A função reparadora tem como objetivo propiciar a todos a atualização de conhecimentos por toda a vida. Tem como base o caráter incompleto do ser humano cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não escolares.

Segundo Fonseca (2002), quando falamos em Educação Matemática de Jovens e Adultos, não nos referirmos a alunos de cursos superiores, pós-graduações ou cursos avançados. Para a autora (2002, p. 14) “Estamos falando de uma ação educativa dirigida a um sujeito de escolarização básica incompleta ou jamais iniciada e que acorre aos bancos escolares na idade adulta ou na juventude.” Sendo assim, não podemos desconsiderar os fatores sociais e culturais que condicionaram esta exclusão ou interrupção da vida escolar.

Porém ao fazer isso não se pode menosprezar sua capacidade ou tratar como inapto, que é o que muitos professores fazem ao achar que um ensino diferenciado é apenas passar os conteúdos mais simples e cobrar pouco, deixando assim os alunos da EJA com um déficit de conhecimento ainda maior que os alunos do ensino regular. Quando falamos em ensino diferenciado e em considerar o contexto sociocultural do aluno, devemos recorrer a metodologias e recursos diversificados e renovados que favoreçam a aprendizagem, e não vedar a possibilidade de que tenham acesso a todo, ou ao máximo de conhecimento possível.

Em outras palavras, Fonseca (2002) fala que mesmo que existam iniciativas e disposição, por parte de escolas e professores, para a preparação e efetivação de projetos pedagógicos voltados para o público da EJA, estes enfrentarão desafios relativos a um campo de estudos pouco trilhado, ou trilhado “com o suporte relativamente frágil de uma reflexão

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teórica ainda incipiente” (p. 20). O que apenas revela o quão deficiente ainda é a pesquisa em Educação de Jovens e Adultos.

Estas características e dificuldade se perpetuam ainda mais no ensino da Matemática, e já são culturais os discursos, por parte dos próprios alunos, de impossibilidade de uma aprendizagem ou de uma matemática inalcançável que é apenas por poucos compreendidos.

2.1.1 PROEJA

O Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA foi implementado pelo Decreto nº 5.478, de 24 de junho de 2005, no âmbito das Instituições Federais sob duas formas: formação inicial e

continuada e como habilitação técnica. Na primeira forma, os cursos deveriam apresentar a

carga horária máxima de 1.400 horas, das quais no mínimo 1.200 horas destinadas à formação geral e 200 horas à formação profissional. Na forma como habilitação técnica, os cursos deveriam ter carga horária de 2.400 horas, das quais 1.200 horas para formação geral e a carga horária mínima da formação específica deve atender a estabelecida para a respectiva habilitação.

A edição de um novo Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006, revoga o Decreto nº 5.478 (BRASIL, 2005), mantendo a organização da oferta de cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores e os cursos de educação profissional técnica de nível médio. O novo decreto altera a exigência de uma carga horária máxima e determina a definição de uma carga horária mínima para as duas modalidades de cursos. O PROEJA tem como perspectiva a proposta de integração da educação profissional à Educação Básica. A proposta é que o estudante da EJA faça a Educação Básica (Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio) com a Educação Profissional (qualificação ou técnico).

O PROEJA tem como fundamental base legal o Decreto nº 5.840, (BRASIL, 2006), seu propósito central é ofertar cursos da Educação de Jovens e Adultos vinculada com a Educação Profissional, sendo assim, seu público alvo são jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de cursar o Ensino Fundamental e/ou o Ensino Médio na idade regular e que busquem também por cursos profissionalizantes.

São possibilidades de oferta de cursos do programa, nas modalidades PROEJA, Formação Inicial e Continuada – FIC com carga horária de 1400 horas abrangendo o Ensino Fundamental e Ensino Médio, e o PROEJA Técnico com carga horária de 2400 horas abrange

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apenas o Ensino Médio, deve seguir as regulamentações específicas de oferta de cursos técnicos. Em ambos os cursos é dedicada 1200 horas a EJA, 200 horas e 1200 horas ao curso de qualificação e o curso técnico respectivamente.

A seleção para os cursos é produzida e efetuada por cada Instituição de Ensino, não portando uma forma exclusiva ou obrigatoriedade de uma escolha criteriosa e objetiva, apenas é definido, que a seleção considere as peculiaridades do público da EJA.

O PROEJA pode ser oferecido pela Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica; Redes Estaduais; Redes Municipais; Entidades privadas nacionais de serviço social, aprendizagem e formação profissional vinculada ao Sistema Sindical (Sistema S).

O Documento Base da Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio (BRASIL, 2007, p. 13), afirma que com o PROEJA,

(...) o que realmente se pretende é a formação humana, no seu sentido lato, com acesso ao universo de saberes e conhecimentos científicos e tecnológicos produzidos historicamente pela humanidade, integrada a uma formação profissional que permita compreender o mundo, compreender-se no mundo e nele atuar na busca de melhoria das próprias condições de vida e da construção de uma sociedade socialmente justa. A perspectiva precisa ser, portanto, de formação na vida e para a vida e não apenas de qualificação do mercado ou para ele.

O PROEJA pode proporcionar uma melhor qualidade de vida, tanto no campo profissional, quanto no desenvolvimento da cidadania, nas relações sociais e familiares, dentre outros.

2.2 A Importância da Utilização das Tecnologias na EJA

Os PCN (BRASIL, 1998, p. 20) apresentam a “necessidade de levar os alunos a compreender a importância do uso da tecnologia e a acompanhar sua permanente renovação”, como um dos pontos de convergências nas propostas, de vários países do mundo, que influenciaram as reformas. Ainda nos PCN as Tecnologias de Comunicação é um dos três recursos, que são destacados nestes documentos, para “fazer matemática” na sala de aula, e justifica seu uso da seguinte forma: “As tecnologias, em suas diferentes formas e usos, constituem um dos principais agentes de transformação da sociedade, pelas modificações que

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exercem nos meios de produção e por suas conseqüências no cotidiano das pessoas” (BRASIL, p. 43). De fato, é nosso o dever de nos adaptar ao meio, nos mantendo atualizados e em constante aprendizado, e assim ocorre a transformação em todo o contexto social.

Van de Walle (2009, p. 252) ressalta que “o domínio teórico e pratico relativo às potencialidades limitações de um recurso metodológico é fundamental para dar ao professor segurança quanto ao que esperar como resultado de sua prática pedagógica”, este ponto nos remete a importância de pesquisar e usar de forma consciente e benéfica os recursos disponíveis.

Segundo Borba e Penteado (2005, p. 17), “O acesso à informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma “alfabetização tecnológica”“.

O computador, por exemplo, pode ser inserido em atividades, como aprender a ler, escrever, compreender textos, interpretar tabelas e gráficos, desenvolver noções espaciais, dentre outras. E nesse sentido, o acesso às tecnologias na escola possa contribuir para promover a cidadania.

A seguir apresentamos alguns estudos que mostram que as tecnologias podem ser utilizadas para estimular a aprendizagem na EJA.

Pereira (2001) fez um estudo em Florianópolis – SC com a finalidade de identificar o uso das tecnologias na EJA, e constatou que os alunos tornaram-se mais curiosos, na busca de solução de problemas, propiciando o desenvolvimento de criatividade e iniciativa na realização das atividades.

Outro estudo utilizando o computador foi realizado por Bovo (2002) com 20 alunos na cidade de Curitiba – PR, o autor destacou que alguns alunos apresentaram um medo inicial ao utilizar o computador, e outros se aprimoraram na leitura e escrita.

Gonçalves (2006) investigou as contribuições e dificuldades do processo de inclusão digital em uma turma da EJA na cidade de São Carlos – SP, os resultados do seu estudo foram: o uso do computador facilita o desenvolvimento da leitura e escrita e na elaboração de atividades, além de contribuir a sua inserção no mercado de trabalho, destacaram como dificuldades saber utilizar as tecnologias.

A inclusão das tecnologias na EJA é um desafio para escolas e professores, porém não deve ser vista como um fator desmotivador, e sim um desafio de vincular os conhecimentos necessários da Educação dessa Modalidade de Ensino com o uso da informática.

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3. PERCURSO METODOLÓGICO

O terceiro capítulo traz a caracterização da escola, os participantes da pesquisa (alunos), o questionário e a análise do questionário.

3.1 Caracterização da Escola

Inicialmente foi feito um levantamento na Secretaria de Educação do Município de Parelhas – RN, com o intuito de conhecer o exercício da EJA nas escolas da cidade, de acordo com os dados conseguidos, há duas escolas no município nas quais atuam a EJA, sendo uma delas de rede estadual e outra municipal, as turmas são em ambas exclusivamente nos turnos noturno e vespertino respectivamente. Na instituição Estadual contam com quatro turmas de jovens e adultos, uma do Nível 4 (6º e 7° Anos), duas do Nível 5 (8° e 9° Anos) e uma do 2° período do Ensino Médio (2ª serie), nesta escola o laboratório de informática esta em estado precário e é quase inutilizado, os alunos não tem praticamente nenhum contato com metodologias tecnológicas na sala de aula. Já na instituição municipal os alunos, fazem parte de um projeto em parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

Nosso estudo foi realizado na Escola de Ensino Fundamental da Rede Municipal de Parelhas – RN, localizada no bairro Centro, que tem a maioria de seus alunos de famílias de baixa renda, mesmo sendo localizada no centro da cidade atende os alunos dos bairros mais periféricos, por ser a maior escola municipal da cidade.

Para a escolha da escola, foi levado em consideração o fato de que é uma das duas unidades de ensino na qual há a EJA e utilizam recursos tecnológicos, a identificação, por parte da pesquisadora, com o espaço, equipe gestora e turno que facilitariam o acesso ao espaço de investigação.

A escola funciona em dois turnos (manhã e tarde), com turmas de 1º ao 9° Anos do Ensino Fundamental no turno da manhã, sendo a maioria duas turmas de cada ano (“A” e “B”). Alguns alunos, na faixa etária entre 6 e 20 anos cursando o 1º e 2º anos dos anos iniciais, e do 6° ao 9º anos dos anos finais e uma única turma do PROEJA do Nível 5, no turno da tarde.

Na escola atuam 24 professores, 22 deles no turno da manhã; 13 à tarde, muitos dos profissionais da educação trabalham nos dois turnos. Nem todos lecionam em sua área de formação, por exemplo, tem pedagogos que atuam em Ciências, Artes, Religião e

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Matemática, como também outros que exercem na sua área, porém integram a carga horária com outras disciplinas. Cerca da metade possuem título de Especialização, e um deles esta cursando o Mestrado.

As instalações físicas da escola contam com Diretoria, Secretaria, Sala de Professores, 15 salas de aula, Cantina, Refeitório, Sala de Multimídia, Laboratório de Informática, Biblioteca, Sala de Recurso para Educação Especial onde também é oferecido atendimento psicológico aos alunos semanalmente, Sala do Novo Mais Educação, um pátio coberto para recreação; quatro banheiros masculinos, três femininos e um para os funcionários. Não há quadra de esportes, mas existe espaço físico aberto adequado para práticas esportivas. Não tem Laboratório de Matemática e Ciências.

A instituição atende principalmente aos bairros Boqueirão, Ivan Bezerra, Maria Terceira, Cruz do Monte e Comunidades Rurais.

3.2 Participantes da Pesquisa

A turma do Nível 5 da Educação de Jovens e Adultos que é referente aos 8° e 9° Anos do Ensino Fundamental, dos tais alunos que participaram de nossa pesquisa, funcionava no turno da tarde e contava com 17 alunos - 16 meninos e 1 menina, na faixa etária entre 16 e 20 anos de idade. A principio, no inicio do ano letivo, a turma contava com 20 alunos, ouve uma evasão de 4 alunos, após o primeiro semestre, e uma substituição não regularizada.

Os alunos participam de um encontro semanal no IFRN, onde recebem as orientações e aulas do Curso de Formação Inicial e Continuada em Operador de Computador.

Nos primeiros contatos com a Gestão da Escola, direção setor administrativo e pedagógico, apresentamos os objetivos da pesquisa, a metodologia da intervenção e foi debatido a cerca da turma escolhida.

A pesquisa foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2017, durante o 3º bimestre letivo da Escola.

3.3 Questionário

O questionário (Apêndice A) foi elaborado com o objetivo de obter informações sobre o conhecimento e contato dos alunos com as tecnologias de forma geral e na educação, contendo 10 questões abertas, eles foram questionados sobre os objetos, seu uso, suas preferencias e desempenho.

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O mesmo foi aplicado por meio de visita à escola no dia 29/09/2017, de forma individual. Apenas sete alunos participaram respondendo ao questionário da pesquisa, a grande maioria da turma não estava presente.

Como forma de preservar a identidade dos alunos, adotamos os códigos, E1, E2, E3, E4, E5, E6 e E7, para distingui-los. A enumeração se deu pela ordem de recebimento dos questionários.

3.4 Análise do Questionário

A primeira etapa do questionário contava com quatro quesitos de identificação, sendo eles o nome, sexo, idade e trabalho. Todos são do sexo masculino, E1 tem 17 anos e não respondeu sobre trabalho, E2 tem 16 anos e não esta trabalhando, E3 tem 17 anos e trabalha como borracheiro, E4 tem 17 anos e também não respondeu sobre trabalho, E5 tem 17 anos e é apenas estudante, E6 tem 17 anos e não trabalha, E7 tem 16 anos e também não trabalha.

A primeira questão teve como objetivo identificar quais os recursos tecnológicos os alunos possuíam em sua residência, como mostra o protocolo a seguir.

E1: possui aparelho de dvd, aparelho de som e celular;

E2: possui tv, aparelho de dvd, aparelho de som, celular, smartphones, computador e internet;

E3: possui aparelho de dvd, aparelho de som, celular, calculadoras, computador e internet;

E4: possui tv, aparelho de dvd, aparelho de som, celular, calculadoras e internet; E5: possui aparelho de som e celular;

E6: possui aparelho de som, celular e internet;

E7: possui aparelho de som, celular, computador e internet.

Na segunda questão foram levantadas informações sobre o uso e as funções dos recursos da primeira questão.

E1: utiliza o celular para acessar uma única rede social;

E2: usa celular, smartphone, computador e notebook, exclusivamente para acessos a redes sociais e aplicativo de troca de mensagens instantâneas;

E3: não especificou o recurso que utiliza, porém respondeu que usa para anotar os produtos, provavelmente de seu trabalho;

E4: declarou manusear com maior frequência celular e internet, porém não destacou em que funções;

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E5: conta com o celular apenas para as redes sociais;

E6: usa o celular para aplicativo de troca de mensagens instantâneas e rede social; E7: utiliza mais o som, celular, computador e acessa a rede social.

A terceira questão tratava especificamente dos recursos computador e notebook e seu uso, conforma mostra a Figura 1.

Figura 1: Respostas da terceira questão

Fonte: Arquivo pessoal da pesquisadora

Como pode ser observado na Figura 1, E1 não tem computador, E2 utiliza para pesquisar e acessar a internet, E3 utiliza para jogar, E4 para atividades e pesquisas, E5 foi bastante incoerente na sua resposta e talvez tenha tentado ser irônico, E6 deixou sua resposta em branco e E7 usa o computador para rede social. Nesta questão podemos notar que apenas

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dois dos alunos dispõe do recurso para pesquisa, e no geral é utilizado para jogo e redes sociais.

Na 4ª questão, os alunos foram questionados se usam o computador e a calculadora fora da escola, e o que geralmente faz. A grande maioria afirmou não utilizar, exceto E2 que usa em casa para fazer conta e estudar, e E3 declarou usar de vez em quando em casa.

Na quinta questão foi perguntado sobre os encontros semanais em laboratório de informática promovidos no IFRN, particularmente sobre as atividades realizadas, segue suas respostas na Figura 2.

Figura 2: Respostas da quinta questão

Fonte: Arquivo pessoal da pesquisadora

Podemos observar na Figura 2, dos alunos somente E1 não participa das atividades, os demais participam e demonstram interesse nos programas que manipulam nas aulas.

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A 6ª questão teve como objetivo identificar os conhecimentos adquiridos pelos alunos, com relação às atividades realizadas no computador, na escola. A seguir estão suas respostas na Figura 3.

Figura 3: Respostas da sexta questão

Fonte: Arquivo pessoal da pesquisadora

Podemos observar na Figura 3, que E1 respondeu vagamente, porém podemos deduzir por sua resposta que ele aprendeu a realizar as atividades em questão, E2, E3 e E4 afirmaram terem aprendido tudo ou em parte, E6 e E7 declaram que não aprenderam.

Na 7ª questão, o objetivo era identificar sobre as contribuições dos recursos tecnológicos no processo de aprendizagem dos alunos (Figura 4).

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Figura 4: Respostas da sétima questão

Fonte: Arquivo pessoal da pesquisadora

Podemos verificar na Figura 4 que todos, exceto E2, acreditam que as atividades contribuem com sua aprendizagem. A resposta de E2 foi um tanto contraditória, pois ele declara não acreditar na contribuição das atividades, porém justifica sua resposta dizendo que no momento só usa o computador e a internet para sua aprendizagem.

Em relação à 8ª questão os alunos foram questionados sobre seu desempenho na escola, após participarem das atividades no laboratório de informática (Figura 5).

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Figura 5: Respostas da oitava questão

Fonte: Arquivo pessoal da pesquisadora

Os alunos afirmaram ter melhorado seus desempenhos depois de terem começado a participar das atividades envolvendo recursos tecnológicos na escola.

A questão de nº 9 buscou investigar se os alunos reconhecem algumas vantagens em usar as calculadoras, computadores e internet em sala de aula, e quais seriam as desvantagens (Figura 6).

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Figura 6: Respostas da nona questão

Fonte: Arquivo pessoal da pesquisadora

Podemos perceber que E1, E6 e E7 responderam apenas que sim. E2 acredita que a vantagem é “que algumas coisas que o professor passa para fazer” ele já sabe, E3 percebe que aprende mais rápido, a resposta de E4 é de difícil compreensão, E5 parece não ter entendido bem a pergunta ao relatar as desvantagens de não utilizar os recursos.

Na 10ª questão os alunos foram questionados se estão preparados para utilizar as tecnologias em sala de aula e no seu dia a dia, conforme mostra a Figura 7.

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Figura 7: Respostas da decima questão

Fonte: Arquivo pessoal da pesquisadora

Podemos observar que E1 e E4 acreditam não estarem preparados para o uso das tecnologias, E2 acredita estar preparado em parte, E3, E5, E6 e E7 acreditam que estão preparados para utilizar os recursos tecnológicos.

Mesmo com tantas respostas vagas e diretas sobre questões abertas, pequenas variações de sim e não, conseguimos verificar que há bem mais vantagens do que desvantagens no uso das tecnologias na sala de aula, para os alunos da EJA.

É de fundamental importância às orientações dos professores quanto à utilização dos computadores, calculadoras, internet, planilhas eletrônicas, dentre outros, os alunos da Educação de Jovens e Adultos, assim eles se apropriarão desses recursos e seu domínio acarretará, de certa forma, uma ascensão social.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O propósito da pesquisa foi investigar as experiências vivenciadas com as tecnologias numa turma do 9º Ano do Ensino Fundamental, Nível 5 da Modalidade de Educação de Jovens e Adultos de uma escola da Rede Municipal de ensino da cidade de Parelhas – RN.

Para alcançarmos o objetivo desta pesquisa aplicamos um questionário para os alunos, sobre os recursos tecnológicos e suas utilizações. Com a análise do questionário, pudemos fazer as observações que seguem.

Os alunos não têm conhecimento da diferença entre celular e smartfone, utilizaram várias vezes à palavra celular quando estavam tratando do smartfone, mesmo estando ambos exemplificados no questionário como recursos distintos.

O que não é uma novidade, mas que ficou bem claro nas respostas é o fato de que os alunos fazem uso dos recursos tecnológicos, e até exclusivamente em alguns casos, para acessar a redes sociais e em aplicativos de mensagens instantâneas.

Os que têm computador em casa demonstraram interesse por pesquisa. Poucos alunos usam calculadora em casa, menos de 30% dos alunos entrevistados.

Demonstram entusiasmo com as atividades diferenciadas e os novos conhecimentos tecnológicos oportunizados pelas aulas em laboratório de informática.

A maioria dos alunos aprendeu na escola como utilizar o computador para pesquisas e digitação de trabalhos, o que é uma vantagem como ponto de partida para as demais funções que eles podem exercer neste recurso.

Os alunos acreditam na contribuição benéfica do uso dos recursos tecnológicos, em sala de aula, em seus processos de aprendizagem. Gerando assim uma visão positiva sobre futuras aplicações.

O desempenho na escola melhorou do ponto de vista dos alunos, depois do início das atividades em laboratório de informática. A direção da escola também afirma esta melhora em conversas anteriores ao questionário.

Eles não conseguem elaborar bem suas respostas e talvez por isso não destacaram nenhuma desvantagem no uso das tecnologias em sala de aula, quando lhes foram perguntados, porém a todo momento foi colocado em pauta e relacionado fortemente com as tecnologias às redes sociais, e sabemos que esse talvez seja o maior obstáculo a ser trabalhado quando falamos do uso das tecnologias na educação.

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Esperamos que esse trabalho traga contribuições para a prática docente e também para reflexões e debates sobre a importância do uso de tecnologias na Educação de Jovens e Adultos.

Deixamos como sugestão de investigação, este tipo de pesquisa possa dar-se-á com a elaboração e aplicação de um conjunto de atividades com a utilização de recursos tecnológicos em sala de aula de EJA.

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REFERÊNCIAS

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BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parecer CNE/CEB nº 11/2000, de 10 de maio

de 2000. Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e

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BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006; Institui, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA, Brasília, 2006.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio. Documento Base. Brasília, 2007.

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FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.

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VAN DE WALLE, J. A. Matemática no ensino fundamental: formação de professores e aplicação em sala de aula. Tradução: Paulo Henrique Colonese. Porto Alegre: Artmed, 2009.

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Apêndice A – Questionário

Aluno(a), estamos realizando uma pesquisa intitulada “O uso de tecnologias em uma

turma de Educação de Jovens e Adultos”.

Solicitamos a sua colaboração nessa pesquisa preenchendo este questionário. O questionário é de cunho acadêmico e servirá como instrumento de pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC da licencianda Antônia Fabrícia de Souza, do Curso de Licenciatura em Matemática do Centro de Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, campus Caicó, que esta sendo orientada pela professora Maria da Conceição Alves Bezerra.

Comprometo-me em usar as informações aqui obtidas sem divulgar os nomes dos alunos participantes.

Agradeço a sua ajuda.

Nome _________________________________________________ Sexo: F ( ) M ( )

Idade: ____________

Trabalho:_______________________________________________

1 - Quais recursos tecnológicos você tem em casa? Ex.: tv – aparelho de dvd – aparelho de som – celular – smartphones – calculadoras – computador – notebook – tablets – internet- entre outros.

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

2- Dos recursos tecnológicos na questão 1 quais você mais utiliza em seu cotidiano? Em que funções?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

3- Caso tenha computador ou notebook em casa, está conectado a internet? Como utiliza? De que forma e para que?

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___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 4- Você costuma utilizar à calculadora e o computador fora da escola? Em que local? O que geralmente faz?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 5- Você participa das atividades semanais em laboratório de informática promovidas no IFRN? Se sim, gosta destas atividades, e quais?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 6- Na sua escola você aprendeu a trabalhar com o computador conectado com a internet para realizar atividades de pesquisa, digitação de trabalhos, dentre outras atividades?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 7- Você acredita que as atividades realizadas no computador, calculadoras, internet, softwares, dentre outros, contribuem com seu processo de aprendizagem?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 8- Depois que você começou a participar das atividades no laboratório de informática, acha que melhorou seu desempenho na escola?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

9- Você percebe algumas vantagens em usar as calculadoras, computadores e internet em sala de aula? E quais seriam as desvantagens?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

10- Você acredita que esta preparado para usar as tecnologias (calculadoras, computadores, softwares, internet, dentre outras) em sala de aula e no seu dia a dia?

___________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________

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