• Nenhum resultado encontrado

BC0102 Estrutura da Matéria

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "BC0102 Estrutura da Matéria"

Copied!
62
0
0

Texto

(1)

O ÁTOMO INDIVISÍVEL

baseado em material de Arlene Cristina Aguilar e Alysson Fábio Ferrari Para a Universidade Federal do ABC sites.google.com/site/alyssonferrari

Flavio Leandro DE Souza

(2)

Uma pergunta tão simples quanto antiga:

do que é feita o mundo?

Demócrito

460 BC - 370 BC

O grego Demócrito (e alguns outros antes dele) afirmava que tudo que havia na natureza era feito de vários tipos de unidades indivisíveis, chamadas átomos.

Esta afirmação tinha origem basicamente filosófica, e não tinha como base nenhuma experiência.

a = não

(3)

Empedocles

490 BC - 430 BC

Defendia outra idéia: toda a matéria seria

composta de combinações de quatro elementos

primordiais:

terra

,

água

,

fogo

e

ar

.

Aristoteles

384 BC - 322 BC

acrescentou um quinto elemento: o

éter

, que seria

a matéria-prima do mundo celeste.

O sistema de mundo de Aristóteles foi adotado

oficialmente pela Igreja Católica, e dominou o

conhecimento ocidental por quase

dois mil anos

...

(4)

A matéria seria feita de vários “elementos

indivisíveis”, não apenas os quatro (ou cinco)

elementos clássicos.

Robert Boyle

“O Químico Cético” (1661)

Lavoisier (1789)

O francês Lavoisier

definiu os

elementos

como substâncias que

não podem ser separadas

em outras substâncias por

nenhum processo

(5)

Explica certas leis de reações químicas a

partir da hipótese de que os elementos são

constituídos, na verdade, de pequenas

partes indivisíveis, os chamados

átomos

.

John Dalton (1803)

Ressurge assim a idéia

de Demócrito, mais de

2.000 anos adepois...

so que agora com uma

(6)

No século XVIII e XIX, os químicos descobriram uma série de leis

experimentais, que eram obedecidas por todas as reações químicas

observadas em laboratório.

Todas estas leis podiam ser facilmente entendidas a partir da hipótese de

que

a matéria era composta por pequenas entidades indivisíveis e

indestrutíveis

, os

átomos

, que se combinariam e recombinariam

durante reações químicas, produzindo as diferentes substâncias

manipuladas nos laboratórios.

Exemplo:

Hidrogênio + Oxigênio Água

H H O

H HO

Elementos Químicos

(quimicamente indivisíveis)

(7)

Antoine Lavoisier

: estabeleceu as bases da

química

como

uma ciência quantitativa. Separou definitivamente o que

entendemos como química moderna dos antigos

estudos de

alquimia.

Contribuições de Lavoisier:

No século XVIII, sistematização e quantificação da química. Descobriu

que a água era formada por uma substância composta: formada por dois

átomos de hidrogênio e um oxigênio

A água já não é mais um dos 4 elementos fundamentais

Elemento químico:

é a menor porção de uma substância que ainda

apresenta as mesmas propriedades químicas e não pode ser subdividido

e outros elementos.

(8)

"

Nada se cria, nada se perde;

tudo se transforma"

Lei de Lavoisier ou Lei da Conservação da matéria (1774):

Numa reação química realizada em recipiente fechado a massa total antes da transformação (reagentes) é igual à massa

total após a transformação (produtos)´´

Exemplo:

Magnésio + OxigênioÓxido de Magnésio

2,4g + 1,6 g4g

Lavoisier descobriu uma das leis fundamentais da ciência: a conservação da massa.

(9)

Lei de Lavoisier ou Lei da Conservação da matéria (1774):

Numa reação química realizada em recipiente fechado a massa total antes da transformação (reagentes) é igual à massa

total após a transformação (produtos)´´

Exemplo:

Magnésio + OxigênioÓxido de Magnésio

2,4g + 1,6 g4g

Isso é uma conseqüência natural da existência de

átomos indestrutíveis.

 Nenhum átomo pode “desaparecer” durante uma reação

química, por isso a quantidade de matéria ( = massa ) antes e depois da reação química tem que ser a mesma.

NOTE que esta lei não permite determinar a massa dos

(10)

Lei de Proust ou Lei das proporções constantes

(1787):

`` A proporção das massas que reagem é sempre

constante. ´´

Exemplo:

Experiência Carbono + Oxigênio Gás Carbônico

3 g 8 g 11 g

6 g 16 g 22 g

9 g 24 g 33 g

Se utilizarmos 3g de carbono , a quantidade necessária de oxigênio será 8 g, ou seja, a proporção entre carbono e oxigênio deve ser a mesma: 3:8.

Se reagimos 6g de carbono com 20g de oxigênio, serão formados 22g de gás

(11)

Lei de Proust ou Lei das proporções constantes

(1787):

`` A proporção das massas que reagem é sempre

constante. ´´

Novamente, isto é uma consequência natural da hipótese atômica.

Supomos que os átomos de carbono sempre se une da mesma forma com os átomos de oxigênio para formar o gás carbonico.

O

C O

CO2

m1 m2

2 m1 2 m2

NOTE

(12)

Lei de Dalton ou Lei das Proporções Múltiplas (1804)

``As diferentes massas de um elemento, que reagem com a massa fixa de outro elemento para formar compostos distintos, em cada caso, estão numa relação de números inteiros e geralmente simples entre si ".

" Quando dois elementos se combinam para formar compostos mantendo-se constante a massa de um deles, as massas do outro variam segundo números inteiros e pequenos ".

Exemplo

O nitrogênio se combina com o oxigênio, formando diferentes óxidos:

Verifica-se que, permanecendo constante a massa do nitrogênio, as massas do oxigênio, entre si, numa relação simples de números inteiros e pequenos, ou seja, 1:2:3:4:5.

Óxidos Nitrogênio Oxigênio

N2O 28 g 16 g

N2O2 28 g 32 g

N2O3 28 g 48 g

N2O4 28 g 64 g

(13)

Lei de Dalton ou Lei das Proporções Múltiplas (1804)

``As diferentes massas de um elemento, que reagem com a massa fixa de outro elemento para formar compostos distintos, em cada caso, estão numa relação de números inteiros e geralmente simples entre si ".

" Quando dois elementos se combinam para formar compostos mantendo-se constante a massa de um deles, as massas do outro variam segundo números inteiros e pequenos ".

Novamente, esta lei é natural se pensarmos na hipótese atômica, e considerarmos que pode haver várias formas que os átomos de nitrogênio e oxigênio se combinam.

O N    N

N2O

N2O2

N2O3

2 x

(14)

Modelo Atômico de Dalton (1808)

 Todo elemento químico é composto de pequenas partículas indivisíveis e indestrutíveis chamadas átomos;

 Todos os átomos de um mesmo elemento apresentam as mesmas propriedades;

 Átomos de diferentes elementos químicos têm propriedades químicas diferentes;

 Durante uma reação química, nenhum átomo de determinado elemento desaparece ou se transforma em um átomo de outro elemento; (Lei de Lavoisier)

 Formam-se substâncias compostas quando se combinam átomos distintos de mais de um elemento;

No entanto:

 qual o tamanho exato do átomo?  quanto pesa um átomo?

 por que os átomos se combinam entre si da forma que se combinam?

(15)

Gases

 Os químicos encontraram uma série de leis que se aplicam em particular a gases. Os gases apresentam um

comportamento muito simples, e muitas destas leis

representam evidências valiosas para a existência do átomo.

 Onze elementos da tabela periódica são gases nas condições normais. Veja a figura ao lado.

 Temos também gases à temperatura ordinárias, que são

(16)

Lei volumétricas das reações químicas

Estudos realizados por Gay-Lussac levaram-no, em 1808, a concluir:

Lei de Gay-Lussac: Os volumes de gases que participam de uma reação química, medidos nas mesmas condições de pressão e temperatura,

guardam entre si uma relação constante que pode ser expressa através

de números inteiros. “

Preparação de dois litros de vapor d’água:

2 litros de hidrogênio e um litro de oxigênio (gases na mesma condição de pressão e temperatura).

Relação entre volumes dos gases que participam do processo:

2 volumes de hidrogênio; 1 volume de oxigênio; 2 volumes de vapor d’água. hidrogênio + oxigênio Vapor d’água

20 cm3 10 cm3 20 cm3

180 dm3 90 dm3 180 dm3

82 ml 41 ml 82 ml

126 l 63 l 126 l

Note que o volume final não é a soma do volume dos reagentes!

(17)

 Existem reações entre gases que ocorrem com expansão de volume, isto é, o volume dos produtos é maior que o volume dos reagentes, como por exemplo na decomposição do gás amônia:

 Em outras reações gasosas o volume se conserva, isto é, a soma dos volumes dos reagentes o volume final do produto é o mesmo. É o que acontece, por exemplo, na síntese de cloreto de hidrogênio:

Amônia Hidrogênio + Nitrogênio

2 vol. 3 vol. 1 vol.

Hidrogênio + Cloro Cloreto de hidrogênio

(18)

Hipótese de Avogadro (1811)

 Na tentativa de explicar a lei volumétrica de Gay-Lussac, Amadeo Avogadro propôs que amostras de gases diferentes, ocupando o mesmo volume e submetidas às mesmas condições de pressão e temperatura, são

formadas pelo mesmo número de moléculas.

 Voltamos ao exemplo da formação do vapor d’água (todos os gases submetidos às mesmas condições de pressão e temperatura) temos:

ou seja, a relação entre os volumes dos gases que reagem e que são formados numa reação é a mesma relação entre o número de moléculas participantes.

hidrogênio + oxigênio Vapor d’água

Dados

experimentais 2 vol. 1 vol. 2 vol.

Hipótese de

(19)

Hipótese de Avogadro (1811)

 Em termos muito simples, podemos pensar na hipótese de Avogrado da seguinte maneira: os constituintes básicos de qualquer gás ocupam basicamente o “mesmo espaço”.

Exemplo: formação da água

O H

H

H2O

(20)

Outra decorrência da hipótese de Avogadro é que os coeficientes estequiométricos das

equações que representam reações entre gases, além de indicar a proporção entre o número de moléculas que reage, indica, também, a proporção entre os volumes das substâncias gasosas que participam do processo, desde que medidas nas mesmas condições de pressão e temperatura.

Exemplos:

 síntese de vapor d’água:

2 H2(g) + O2(g)  2 H2O(g) 2 vol + 1 vol  2 vol

 decomposição da amônia:

2 NH3(g)  N2(g) + 3 H2(g) 2 vol  4 vol

 síntese de cloreto de hidrogênio:

H2(g) + Cl2(g)  2 HC1(g) 1 vol + 1 vol  2 vol

(21)

Massas relativas de átomos e moléculas

 A hipótese de Avogadro permitiu, mesmo sendo impossível determinar a massa de uma molécula, comparar as massa de várias moléculas. Em outras palavras a hipótese de Avogadro permite calcular quantas vezes uma molécula é mais leve ou mais pesada do que a outra.

 Sabe-se que 10 litros de gás hidrogênio, submetido a 0ºC e 1 atm, pesam 0,893 grama e que o mesmo volume de oxigênio, nas mesmas condições de pressão e temperatura, pesa 14,3 gramas. Como tanto os volumes dos gases, como as condições de pressão e temperatura em que se

encontram são iguais, as amostras gasosas são formadas pelo mesmo número de moléculas.

 Podemos, então, escrever:

o que mostra que uma molécula de oxigênio é 16 vezes mais pesada que uma molécula de hidrogênio embora não saibamos determinar a

massa de uma ou de outra, isoladamente.

massa de uma molécula de oxigênio massa de uma molécula de hidrogênio=

14,3g

(22)

Wilhen Ostvald (1900) – introduziu o conceito de mol.

Um mol é simplesmente uma determinada quantia fixa de objetos, como uma dúzia (12), uma dezena (10), etc... A diferença é que o mol é geralmente usado para objetos muito pequenos (moléculas, átomos, etc...), por isso, o mol é escolhido como sendo um número muito grande.

Definição atual: o mol é definido como o número de átomos que existe em

precisamente 12g de carbono 12.

A massa de um átomo de carbono-12 foi determinada por técnicas modernas como sendo 1,99265 x 10-23 g. Portanto, o número de átomos de Carbono 12

numa amostra de 12g é dado por:

1 mol de objetos = 6,0221x1023 objetos

 Esse número também é conhecido como constate de Avogrado ou número

de Avogrado NA. Como veremos, a determinação deste número foi o primeiro argumento decisivo em prol da existência física concreta dos átomos.

12g

(23)

A massa molar M de um elemento é a massa de um mol de seus

átomos, e a massa molar de um composto molecular é a massa por mol de suas moléculas. A unidade de massa molar é gramas por mol (g.mol-1).

A massa molar M dos elementos é dada na tabela periódica

Exemplo: A massa de uma moeda de cobre é 3,20 g. Suponha que ela foi feita com cobre puro. (a) Quantos mols de átomos de Cu contêm a moeda, dada a massa molar de Cu de 63,54 g.mol-1. (b) Quantos átomos (N) Cu

estão presentes?

a)

b)

(24)

Natureza dos gases

As leis químicas dos gases fornecem evidências sobre a existência de

átomos, mas não são capazes de determinar a massa, ou o tamanho

preciso de um átomo.

Vamos investigar agora algumas

propriedades físicas

dos gases,

como pressão, temperatura e volume.

Muitas das propriedades físicas de diferentes gases são semelhantes

entre si, independente dos tipos de moléculas/elementos que os

constituem. Essa observação torna possível descrever-los de maneira

conjunta, com

leis universais dos gases

, em vez de tratar cada um

isoladamente.

Os gases são um exemplo de matéria formada por um número muito

(25)

Observações chave

:

gases são em geral muito compressíveis

:

Podem ser confinado em um volume menor do que o volume original. Os gases são muito mais compressíveis do que o sólidos e os líquidos 

isto sugere que há muito espaço livre entre as moléculas dos gases.

Se expandem rapidamente

para encher o espaço disponível  isto sugere que as moléculas se movem rapidamente .

A pressão dentro de um recipiente é a mesma em todas as

direções

 inferimos que o movimento das moléculas é caótico (nenhuma direção é favorecida).

Deste modo, nossas observações nos levam a crer que:

(26)

A pressão P de uma gás é a força F exercida pelo gás sobre

uma parede do recipiente que o contêm, dividida pela área

sobre a qual esta força se aplica:

Unidades SI:

1 N = 1 kg m/s

2

(

unidade de força)

1 Pa = 1 N/m

2

(

unidade de pressão)

Outra unidade muito utilizada

1 atm= 1,01325

10

5

Pa = 101,325 kPa

P

=

F

A

(27)

 Entenda um gás como um conjunto muito grande de moléculas que se move aleatoriamente em todas as direções, e pode-se entender a pressão que o gás exerce sobre as paredes do recipiente que o contém como o resultado das colisões das moléculas com a superfície do recipiente.

Cada colisão gera uma pequena força da molécula contra a parede do gás. A

pressão corresponde a uma média desta força, provocada pelo enorme números de moléculas que estão constantemente colidindo com a parede.

Pressão

 Quanto mais forte forem as colisões das moléculas sobre a superfície, maior será a força e,

(28)

• A gravidade exerce uma força sobre a atmosfera terrestre.

Basicamente, se pensamos numa coluna de ar de 1m2, que se

estende até os limites da

atmosfera, esta coluna exerce uma

força sobre a superfície (que é igual ao seu peso).

• O peso de uma coluna de ar de 1 m2 de seção transversal é

aproximadamente 105 N.

• A pressão devida a esta coluna de ar é

P

=

F

A

=

10

5

N

1

m

2

=

10

5

Pa

=

1

atm

(29)

Pressão atmosférica

A pressão atmosférica é

medida com um barômetro.

Se um tubo é inserido em

um recipiente de mercúrio

aberto à atmosfera, na altura

do nível do mar, o mercúrio

subirá 760 mm no tubo.

Esta observação indica que

a pressão atmosférica

(30)

Como encontramos a relação entre a altura h

e a pressão atmosférica p ?

Suponha que a área transversal da coluna seja A

O volume do mercúrio que está na coluna é dado por V = h a

A massa, m, pode ser encontrada através da densidade

r

como

sendo m=

r

V=

r

ha

A força da gravidade é F = mg. Assim :

A pressão, P, exercida pela coluna de

mercúrio é proporcional à altura da coluna h.

P

=

F

A

=

ρ

h A g

(31)

Exercício01:

Suponha que a altura de coluna de mercúrio

em um barômetro é 760 mm Hg. Qual é a pressão

atmosférica em pascal?

Dados:

r

=13.546 kg.m

-3

; g=9,80 m/s

2

P=

r

hg

=

(13546 kg.m

-3

)x(0,760m)x(9,80 m/s

2

)

P= 1,01 x10

5

kg.m

-1

.s

-2

= 1,01 x10

5

Pa

Exercício 02: Qual é a pressão atmosférica se a altura da coluna de mercúrio, em um barômetro é 756mm?

Exercício 03: A densidade da água em 200 C é 0,998 g.cm-3 . Que altura

(32)

Leis dos Gases

Nos determina como a variação da pressão

com o volume e a temperatura estão relacionadas.

Os primeiros estudos foram feitos por Robert Boyle

em 1662

efeito da pressão sobre o volume

Um século e meio mais tarde, com a ajuda de balões de ar quente,

Jacques Charles e Joseph-Louis Gay-Lussac, descobriram outras

relações entre essas três variáveis de estado.

(33)

Lei de Boyle

Relação Pressão-Volume

A Lei de Boyle

: o volume de

uma quantidade fixa de gás é

inversamente proporcional à

sua pressão.

Usando um tubo em formato de J,

Boyle verteu mercúrio,

prendendo ar no lado menor do

tubo. Quanto mais mercúrio ele

adicionava, mais o gás era

comprimido!

(34)

Lei de Boyle

Os gráficos abaixo mostram a dependência da pressão P

(35)

Lei de Boyle

O segundo gráfico deixa claro que a pressão é exatamente

proporcional (linear) ao inverso do volume, 1/V.

A lei de Boyle resume o efeito da pressão sobre o volume de uma quantidade fixa de gás em temperatura

constante. Para uma temperatura constante, a pressão é inversamente

(36)

Lei de Boyle: interpretação em nível de

moléculas

Nosso modelo de gás é consistente

com a Lei de Boyle. Quando um

gás é comprimido, suas moléculas

são confinadas em um volume

menor.

Aumenta

a

concentração

de

(37)

Lei de Charles

Relação Temperatura-Volume

Motivados pelo surgimento dos balões de ar quente, Charles e

Gay-Lussac fizeram uma série de experimentos com intenção de

melhorar o desempenho dos balões.

O volume de uma quantidade fixa

de gás sob pressão constante

(38)

 Se repetimos o mesmo experimento para diferentes

gases e a diferente pressões obtemos o gráfico ao lado.

 Observe que quando as curvas são extrapoladas para

volume zero, todas as curvas interceptam o mesmo ponto .

• Quando T é medida em C, a intercepção no eixo da temperatura é -273,15C.

• Definimos o zero absoluto,

0 K = -273,15C

que é a temperatura mais baixa possível, já que não existe volume negativo. A temperatura em Kelvin (K) pode ser obtida somando-se -273,15 à temperatura em graus Celsius (C. )

• Na prática, todos os gases condensam e se tornam líquidos antes de alcançar esta temperatura.

(39)

 Essa expressão nos diz que se a temperatura (absoluta) de uma quantidade fixa de gás sob pressão constante é duplicada, então o volume dobra.

 Uma expressão semelhante resume a variação da pressão de uma amostra de um gás que é aquecido em um recipiente de volume fixo. A pressão varia linearmente com a temperatura e os dados experimentais podem ser extrapolados para pressão zero em é -273,15C.

(40)

Lei de Charles: interpretação em nível

de moléculas

 Podemos explicar o efeito da temperatura sobre a pressão de um gás em recipiente de volume constante da seguinte forma:

Vamos imaginar que a temperatura está relacionada com a velocidade com que as moléculas do gás se deslocam.

Quando a temperatura de um gás aumenta, a velocidade média das moléculas aumenta. As moléculas chocam-se com as paredes com frequência maior e exercem uma força maior nas paredes, logo a pressão aumenta.

 Já para explicar o efeito da temperatura sobre o volume de um gás a pressão constante, usamos o mesmo raciocínio.

(41)

A equação dos gases ideais

Considere as três leis dos gases:

Lei de Boyle:

Lei de Charles:

Lei de Avogadro

Podemos combiná-las em uma lei geral dos gases:

(42)

Quando a constante de proporcionalidade das leis é escrita

como R, temos a conhecida

Lei dos gases ideais

R

é chamada de

constante dos gases

e tem o mesmo valor

para todos os gases:

R

= 0,08206 L atm mol

-1

K

-1

= 8,314 J mol

-1

K

-1

(43)

A lei dos gases ideais é um exemplo de

equação de estado

relaciona P, T, V e n para uma determinada substância.

Um gás hipotético que obedece a lei dos gases ideais é

chamado de

gás ideal.

Todos os gases reais obedecem essa equação no limite em

que P

0. Lei limite, idealizada.

Para alguns gases ela descreve bem em pressões normais.

Comumente, em ciência, descrevemos sistemas mais

complicados (como um gás real) através de uma idealização

(o gás ideal), desde que o comportamento de ambos seja

bastante parecido em determinadas condições experimentais.

(44)

A lei dos gases nos permite fazer predições quando duas ou mais

variáveis são alteradas simultaneamente.

Assim para situação 1 temos :

Para a situação 2 temos:

Combinando 1 e 2 obtemos:

Esta equação é conseqüência direta da leis dos gases ideais e não

uma nova lei!

2

2

2

2

1

1

1

1

T

n

V

P

T

n

V

P

(45)

Definimos TPP (temperatura e pressão padrão)

0

C = 273,15 K ; 1 atm.

O volume de 1 mol de gás na TPP é:

A equação dos gases ideais

Esse cubo tem volume igual a 25l,

aproximadamente o

mesmo volume ocupado por 1 mol de moléculas de um gás ideal a 250 C e 1

(46)

 Muitos gases que conhecemos são misturas. A atmosfera é uma mistura de nitrogênio,oxigênio, argônio, dióxido de carbono e outros gases.

 Precisamos incorporar no nosso modelo de gás, as propriedades das misturas de gases.

 Vamos considerar uma mistura de gases que não reagem entre si.

 Fazendo alguns experimentos Dalton enunciou a lei das pressões parciais

A pressão total de uma mistura de gases é a soma das pressões parciais de seus componentes.

1 2 3

total

P

P

P

P

(47)

Mistura de Gases e a lei de pressões parciais

 A lei de pressões parciais é consistente com o nosso modelo para gases.

 Vimos que a pressão surge como choque das moléculas contra as paredes do recipiente.

 Os choques vêm de todas as moléculas da mistura. Moléculas do tipo A e B exercem pressão. A pressão total é a soma dessas pressões individuais

 Ganhamos mais uma informação:

(48)

Teoria Cinética dos Gases

• Teoria desenvolvida para explicar o comportamento dos gases.

• Suposições:

– Os gases consistem de um grande número de moléculas em movimento aleatório constante. A velocidade média destas moléculas é relacionada com a temperatura do gás.

– O volume de moléculas individuais é desprezível comparado ao volume do recipiente.

– As forças intermoleculares (forças entre moléculas de gases) são insignificantes. As forças exercidas pelas moléculas sobre as paredes do recipiente que as contêm estão relacionadas com a

(49)

Gases Reais: Desvios do comportamento ideal

Da equação do gás ideal, temos

Para 1 mol de gás,

PV

/

RT

= 1 para todas as pressões.

Em um gás real,

PV

/

RT

varia significativamente de 1.

Quanto maior for a pressão, maior será o desvio do comportamento

ideal.

n

RT

(50)
(51)

• Estes desvios reduzem-se quando a pressão diminui. Todo gás a uma pressão muito baixa se comporta como um gás ideal. Uma pressão baixa significa que há uma baixa concentração de moléculas chocando-se com as paredes, ou seja, as moléculas estão muito distantes umas das outras.

• Quando os moléculas estão muito concentradas (altas pressões, baixos volumes, baixas temperaturas), elas estão mais próximas umas das outras.

• Neste caso, duas suposições da teoria cinética dos gases podem falhar:

– as moléculas do gás têm volume finito, que já não é desprezível em comparação com a distância média entre as moléculas;

– as moléculas do gás estão próximas o bastante para que existam forças de atração molecular entre elas, que já não podem ser desprezadas.

(52)

À medida que as moléculas de gás

ficam mais unidas, diminui a

distância intermolecular.

Quanto menor for a distância entre

as moléculas de gás, maior a

chance das forças de atração

significativa se desenvolverem entre

as moléculas.

Conseqüentemente, menos o gás

se assemelha com um gás ideal.

(53)

A equação de van der Waals

• Adicionamos dois termos à equação do gás ideal: um para corrigir o volume das moléculas (que diminui o volume disponível para o gás) e o outro para corrigir as atrações intermoleculares (que tendem a diminuir a pressão).

• Os termos de correção geram a equação de van der Waals:

2

2

V

a

n

nb

V

nRT

P

Correção para a atração

molecular

Correção para o volume

das moléculas

V

nb

nRT

V

a

n

P

(54)
(55)

Modelo Atômico de Dalton (1808)

No entanto:

 qual o tamanho exato do átomo?  quanto pesa um átomo?

 por que os átomos se combinam entre si da forma que se combinam?

ISSO A QUÍMICA NÃO ERA CAPAZ DE DIZER!

Toda a matéria é feita de pequenas partículas

indivisíveis e indestrutíveis chamadas de

(56)

 O resumo de todo este problema é: como determinar o número de Avogrado?

Esse cubo de 22,4l, em condições normais de T e P, contêm um mol de moléculas.

Se soubermos quanto vale NA, sabemos contar exatamente quantos átomos estão contido aqui dentro!

N

A

=

6,0221

×

10

23

 Sabemos que 1 mol = NA átomos de carbono-12 pesam 12g. Quanto pesa um átomo de carbono?

Se conhecemos NA, podemos “pesar” o átomo de carbono!

m

C

=

12g

N

A

(57)

 Johann Josef Loschmidt foi o primeiro a estimar, basedo em experiências, o número de Avogrado em 1865. O seu cálculo foi basicamente correto em ordem de magnitude.

 Os seus experimentos não eram ainda precisos o suficiente para fornecer um cálculo confiável de NA.

 Apenas a partir de 1910 físicos como Milikan e Perrin desenvolveram técnicas experimentais que permitiram

calcular o número de Avogrado, obtendo essencialmente o valor que conhecemos hoje.

 Um dos trabalhos que efetivamente convenceu os mais céticos que NA podia ser calculado a partir de experimentos, foi o artigo de Einstein de 1905 sobre o movimento

(58)

MOVIMENTO BROWNIANO: um movimento errático, aparentemente aleatório, executado por

pequenas partículas quando suspensas num líquido.  Relatado por Jan Ingenhousz em 1785,

observando partículas de carvão flutuando em álcool.

 Re-descoberto por Robert Brown em 1827,

observando partículas de pólem mergulhados em água.

EXPLICAÇÃO: o choque constante das partículas observadas com as moléculas que compõem o

líquido, que são muito menores e se movem aleatoriamente, provocando este movimento.

(59)

 Perrin foi o primeiro a fazer as

observações propostas por Einstein em 1908, e conseguiu o valor

N

A

7

×

10

23

 Ao longo das primeiras décadas do

século XX, Einstein e outros propuseram outras formas de determinar NA, usando os mais diversos fenômenos físicos.

Todos estes esperimentos indicavam o mesmo valor de NA, próximo do que conhecemos hoje.

(60)

 No começo do século XX, físicos muito influentes, como Wilhelm Ostwald e

Ernest Mach duvidavam da existência dos átomos.

 O principal argumento era justamente que eram partículas por demais pequenas para que suas características fossem medidas.

Os resultados das diferentes tentativas de determinar NA finalmente convenceram Ostwald da realidade da existência do átomo...

… enquanto que Mach

(61)

 A existência do átomo é uma idéia que surgiu há mais de 2.000 anos, e que só foi cientificamente concretizada nas primeiras décadas do século XX, culminando o trabalho de muitos químicos e físicos por mais de dois séculos.

 Hoje em dia, já não se questiona a existência do átomo, e sim procura-se maneiras de manipulá-lo de formas que seja mais conveniente.

Em 1990, cientistas trabalhando na IBM conseguiram manipular átomos

individuais, depositando-os sobre uma superfície metálica para formar as letras

(62)

PARA LER MAIS

 Física Moderna, Origens Clássicas e Fundamentos Quânticos, F. Caruso e V. Oguri, Editora Campus

• Capítulo 1 (opcional, história da concepção filosófica do átomo)

Capítulo 2

http://en.citizendium.org/wiki/Avogadro's_number (em inglês)

Referências

Documentos relacionados

Os senhores peritos, em laudo unânime, avaliam o solo expropriado, com consideração da área global de 2339 m2 (sendo, não obstante, lapso a referência a esta área da 2339 m2, como

Foi apresentada, pelo Ademar, a documentação encaminhada pelo APL ao INMETRO, o qual argumentar sobre a PORTARIA Nº 398, DE 31 DE JULHO DE 2012 E SEU REGULAMENTO TÉCNICO

Neste trabalho avaliamos as respostas de duas espécies de aranhas errantes do gênero Ctenus às pistas químicas de presas e predadores e ao tipo de solo (arenoso ou

Em sua luta pela conquista de “democracia operária” (liberdade de associação sindical e partidária, liberdade de imprensa para os trabalhadores, etc.) o “Partido Socialista

Na especificidade do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Viçosa (LICENA/UFV), desenvolvido nos últimos três anos na instituição, dados

MELHORIA DA EDUCAÇÃO NÃO RESULTOU EM AUMENTO DO CRESCIMENTO + Melhoria das Infra-estruturas + Melhoria das instituições simplex, e-government, etc + Melhoria da capacidade

No ano de 2014, o Conselho Superior da Defensoria Pública de São Paulo, por meio da Deliberação 291, instituiu a política Mães em Cárcere, que sistematizou e organizou

Mas a escuridão do desconhecido — onde Abraão deve ir — é iluminado pela luz de uma promessa; Deus acrescenta ao mandato uma palavra tranquilizadora que abre diante