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ANAIS DO 4° SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE MEDICINAS TRADICIONAIS E PRÁTICAS CONTEMPLATIVAS

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(1)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

19
 Traditional
Tibetan
medicine
(So‐wa‐Rig‐pa),
the
healing
science
of
Tibet
is
one
of
the
five
major
fields
 of
 knowledge
 in
 Tibetan
 culture.
 This
 centuries‐old
 healing
 system
 is
 base
 on
 the
 ancient
 indigenous
 medical
 tradition
 of
 Tibet
 and
 has
 influence
 from
 medical
 traditions
 of
 neighboring
 countries.
 Integration
 with
 Buddhist
 philosophy
 as
 well
 as
 Astrological
 aspects
 in
 determining
 diseases
 and
 maintaining
the
complete
health
care
shows
its
distinctiveness
in
the
field
of
healing
science.
Father
of
 Tibetan
 Medicine
 Youthok
 Yonten
 Gonpo
 lays
 Tibetan
 medical
 text
 Gyushi
 (the
 four
 Tantra)
 in
 12th
 century
and
it
is
the
fundamental
text
of
Tibetan
medicine.



According
to
Tibetan
medicine,
human
body
is
constituted
and
sustaining
by
the
functions
of
the
three
 body
principle
energies
of
Loong,
Tripa
and
Baekan.
All
diseases
or
sufferings
are
primarily
rooted
from
 the
 Ignorance;
 the
 ignorant
 about
 the
 true
 nature
 of
 life
 that
 eventually
 give
 rise
 to
 three
 mental
 afflictive
emotions
of
desire,
hatred
and
delusion
that
are
solely
manifestations
of
the
five
elements.
 These
three
mental
afflictions
are
the
source
of
three
body
principle
energies
and
the
health
exist
when
 they
 are
 in
 harmony.
 Therefore,
 relationship
 between
 mind
 and
 body
 is
 an
 important
 factor
 to
 understand
deeply
in
the
process
of
determining
and
managing
the
entire
existing
disorders.



Diagnosis
 in
 Tibetan
 medicine
 is
 performing
 through
 three
 major
 diagnostic
 methods
 of
 visual,
 touch
 and
 questioning.
 Followed
 by
 proper
 diagnosis,
 the
 therapeutics
 methods
 are
 applying
 through
 oral
 medication,
external
therapies
and
by
counseling.

The
Traditional
Tibetan
Medicine,
a
unique
healing
 system
is
both
preventive
and
curative
medicine.
This
holistic
healing
system
contributes
immensely
in
 maintaining
both
physiological
and
psychological
wellness.


TIBETAN
MEDICINE


LHUNDUP
T


R
&
D
Department,
Men‐Tsee‐Khang,
Dharamsala,
Índia
 


(2)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

20
 A
 saúde
 de
 um
 indivíduo
 depende
 da
 capacidade
 de
 seu
 organismo
 em
 manter
 a
 homeostase,
 o
 equilíbrio
 interno.
 Este
 equilíbrio
 é
 gerado
 pelo
 poder
 que
 nosso
 corpo
 tem
 de
 adaptação
 e
 transformação
dos
diversos
estímulos
a
que
é
submetido,
sejam
eles
internos
ou
externos.


No
desenvolvimento
de
uma
doença
crônica,
o
organismo
passa
por
um
período
adaptativo,
onde
ele
 ainda
não
está
doente,
tampouco
está
saudável,
mas
certamente
em
processo
de
adoecimento.
Neste
 período,
 as
 estruturas
 mais
 saudáveis
 se
 sobrecarregam
 ao
 tentar
 equilibrar
 as
 estruturas
 menos
 saudáveis.
Quando
este
processo
falha,
manter
a
homeostase
se
torna
muito
custoso
e
organismo
não
 consegue
mais
impedir
a
ocorrência
de
alterações
funcionais
e
morfológicas.



A
 diferença
 entre
 a
 Medicina
 Ocidental
 e
 as
 Medicinas
 Tradicionais,
 como
 a
 tibetana
 e
 a
 chinesa,
 no
 tratamento
 das
 doenças
 crônicas
 consiste
 no
 enfoque:
 enquanto
 uma
 visa
 reverter
 as
 alterações
 funcionais
 e
 morfológicas
 agindo
 no
 mecanismo
 pelo
 qual
 elas
 ocorrem,
 a
 outra
 busca
 devolver
 ao
 organismo
 sua
 capacidade
 de
 adaptação
 e
 transformação
 aos
 estímulos,
 diminuindo
 o
 estresse
 fisiológico
de
gerar
homeostase.
A
primeira
é
eficiente
na
manutenção
da
vida,
enquanto
a
segunda
em
 permitir
que
esta
vida
tenha
qualidade.


Assim,
 nos
 dias
 de
 hoje,
 estudos
 e
 pesquisas
 se
 fazem
 necessários
 no
 sentido
 de
 integrar
 estes
 dois
 pontos
de
vista,
permitindo
uma
abordagem
mais
ampla
na
prevenção
e
tratamento
das
pessoas
que
 sofrem
com
acometimentos
crônicos.
 


UMA
COMPARAÇÃO
ENTRE
AS
ABORDAGENS
DAS


MEDICINAS
TIBETANA
E
OCIDENTAL
NO
TRATAMENTO
DE


DOENÇAS
CRÔNICAS

ANDRADE
DLM


Clínica
SOHA
de
acupuntura
e
medicina;
Hospital
Santa
Helena,
São
Bernardo
do
 Campo,
São
Paulo,
SP,
Brasil.


(3)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

27
 A
 medicina
 tradicional
 faz
 parte
 de
 um
 conjunto
 de
 práticas
 e
 saberes
 ancestrais,
 transmitidos
 oralmente
 em
 âmbito
 societário,
 ainda
 vigentes
 nas
 experiências
 de
 diversas
 comunidades.
 Seja
 no
 campo
ou
na
cidade,
nas
aldeias,
nos
povoados
ou
em
bairros
urbanos,
a
saúde
e
a
doença
são
tratadas
 de
maneira
completa
e
integrada.
 Rezas,
bênçãos,
terapêuticas
e
uma
infinidade
de
conhecimentos
farmacológicos
e
técnicos
compõem
 um
arsenal
de
curas
e
prescrições
de
bem
estares
e
afastamento
de
males
que
provocam
desconforto
e
 sofrimento
aos
indivíduos.
Não
caberia
aqui
uma
descrição
minuciosa
de
todos
esses
saberes
e
práticas.
 A
concepção
da
doença
e
dos
males
atribui
às
causas
fatores
externos
ao
corpo.
Diz‐se
que
um
feitiço
 foi
colocado
na
pessoa
e,
por
isso,
ela
sofre.
O
que
faz
com
que
uma
pessoa
atraia
o
feitiço
é
um
estado
 de
vulnerabilidade
decorrente
de
alguma
transgressão,
mau
comportamento
ou
alguma
maledicência
 dirigida
 a
 alguém.
 Uma
 pessoa
 em
 estado
 vulnerável
 será
 facilmente
 atingida
 por
 um
 espírito
 malevolente
 que
 lhe
 provocar
 um
 mal.
 Existem
 também
 os
 espíritos
 benevolentes
 que
 ajudarão
 no
 afastamento
do
mal
que
comete
uma
pessoa


São
 os
 xamãs,
 também
 conhecidos
 como
 pajés,
 rezadores
 e
 rezadoras,
 benzedores
 e
 benzedoras,
 curadores,
curandeiros,
etc.
aqueles
que
podem
afastar
o
mal,
desfazer
feitiços
porque
é
o
único
que
 pode
 viajar
 para
 o
 céu,
 para
 as
 diversas
 camadas
 do
 céu,
 e
 reconhecer
 qual
 é
 o
 espírito
 que
 ataca
 a
 pessoa
doente.
Sua
luta
contra
os
seres
malevolentes,
seu
conhecimento
do
cosmos
e
de
todos
os
seus
 habitantes
 os
 tornam
 fortes
 para
 realizar
 a
 tarefa
 de
 cura.
 Além
 disso,
 há
 o
 conhecimento
 da
 farmacologia
 e
 das
 técnicas
 terapêuticas
 que
 são
 conhecidas
 pelos
 xamãs
 e
 também
 pelas
 pessoas
 comuns.


Não
 é
 um
 conhecimento
 aplicado
 pontualmente
 para
 combater
 um
 determinado
 mal,
 mas
 para
 reintegrar
a
pessoa
em
sua
completude,
devolver
a
alma
ao
corpo
e
fortalecer
os
sentidos
 


MEDICINA
TRADICIONAL:
SABERES
COMPLEXOS
E


PRÁTICAS
INTEGRATIVAS

RANGEL
LH


Programa
de
Pós‐Graduação
em
Ciências
Sociais,
Pontifícia
Universidade
Católica
de
 São
Paulo
–
PUC‐SP,
São
Paulo,
SP,
Brasil.


(4)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

22
 Geshe
 Lobsang
 Tenzin
 Negi,
 created
 the
 Cognitively‐Based
 Compassion
 Training
 protocol
 at
 Emory
 University
 in
 response
 to
 an
 increase
 in
 mental
 illness
 and
 suicides
 in
 the
 undergraduate
 population.

 This
 eight‐step
 protocol
 is
 drawn
 from
 the
 lojong
 tradition
 of
 Tibetan
 Buddhism
 but
 rendered
 into
 secular
 form
 for
 use
 by
 individuals
 of
 any,
 or
 no,
 religious
 inclination.
 The
 term
 lojong
 means
 "mind
 training"
or
"thought
transformation"
and
refers
to
a
systematic
practice
of
gradually
training
the
mind
 in
compassion
until
altruism
becomes
spontaneous.

In
this
talk,
Geshe
Lobsang
will
share
some
of
the
 findings
from
research
on
the
effects
of
CBCT
on
biological,
psychological,
and
behavioral
processes,
and
 will
discuss
implications
for
such
trainings
on
individual
and
social
levels.


 
 Geshe
Lobsang
Tenzin
Negi,
Ph.D,
Diretor
da
parceria
entre
a
Universidade
Emory
e
Centro
Tibetanos
 em
Dharamsala
na
Índia,

desenvolveu
o
Cognitive‐Based
Compassion
Training
(CBCT),
um
programa
de
 meditação
da
compaixão
utilizado
em
vários
projetos
de
pesquisa
inclusive
financiados
pelo
NIH.

 


PESQUISAS
SOBRE
MEDITAÇÃO
DA
COMPAIXÃO


NEGI
GLT



Emory
University,
Atlanta,
Geórgia,
USA.


(5)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

23
 O
 Reiki
 é
 uma
 técnica
 de
 imposição
 de
 mãos
 definida
 no
 Japão
 em
 meados
 do
 século
 XIX.
 A
 Palavra
 Reiki
 é
 de
 origem
 japonesa
 e
 significa
 “Energia
 da
 força
 vital
 do
 universo”.
 A
 medicina
 tradicional
 asiática
e
seus
praticantes
acreditam
que
através
da
imposição
das
mãos
de
um
terapeuta
Reiki
esta
 energia
possa
ser
transmitida
para
o
corpo
de
uma
outra
pessoa.
Atualmente
o
Reiki
é
classificado
como
 modalidade
de
medicina
energética
pelo
National
Center
for
Complementary
and
Alternative
Medicine
 dos
Estados
Unidos
da
América
(NCCAM
–
EUA),
e
mencionado
pelo
Ministério
da
Saúde
do
Brasil
como
 uma
das
técnicas
integrativas
e
complementares
mais
utilizadas
no
país.
A
proposta
da
terapêutica
Reiki
 é
 de
 cuidar
 integralmente
 da
 pessoa
 e
 não
 apenas
 proporcionar
 o
 alívio
 de
 sintomas
 decorrentes
 de
 agravos
 de
 naturezas
 diversas.
 É
 considerado
 um
 sistema
 integral
 de
 cuidado
 por
 atuar
 sobre
 as
 dimensões
 biológicas,
 psicológicas,
 sociais
 e
 também
 da
 espiritualidade
 dos
 indivíduos.
 O
 objetivo
 da
 palestra
 “Pesquisas
 em
 Reiki”
 será
 o
 de
 apresentar
 e
 discutir
 as
 bases
 científicas
 desta
 técnica
 de
 imposição
 de
 mãos
 que
 atualmente
 está
 difundida
 por
 quase
 todo
 o
 mundo,
 demonstrando
 os
 resultados
 de
 estudos
 realizados
 em
 universidades
 nacionais
 e
 internacionais,
 que
 sugerem
 que
 esta
 prática
 pode
 promover,
 entre
 outros
 ganhos,
 bem‐estar
 e
 qualidade
 de
 vida,
 através
 de
 alterações
 psicofisiológicas,
sociais
e
de
espiritualidade
dos
seus
usuários.
 


PESQUISAS
EM
REIKI

MONEZI
R


Núcleo
de
Medicina
e
Práticas
Integrativas
–
NUMEPI,
Universidade
Federal
de
São
 Paulo
–
UNIFESP;
Pontifícia
Universidade
Católica
de
São
Paulo
‐
PUC‐SP,
São
Paulo,
 SP,
Brasil.


(6)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

24
 Teorias
sobre
a
gênese
da
consciência
podem
ser
divididas
em
duas
categorias:
(1)
aquelas
em
que
a
 consciência
é
um
produto
da
atividade
cerebral,
e
(2)
aquelas
em
que
a
consciência
é
uma
entidade
com
 vida
própria
e
funcionamento
que
não
é
necessariamente
restrito
ao
do
cérebro.
Embora
nenhuma
das
 hipóteses
foram
conclusivamente
confirmadas,
suposições
feitas
a
este
respeito
orientam
intervenções
 terapêuticas.
 Experiências
 paranormais/anômalas
 incluem
 mediunidade
 –
 em
 que
 um
 indivíduo
 (o
 médium)
afirma
se
comunicar
com
a
mente
de
uma
pessoa
falecida
–
e
são
relativamente
comuns
na
 população
 em
 geral.
 Uma
 vez
 que
 uma
 suposta
 consciência
 externa
 (o
 espírito)
 pode
 ser
 autora
 de
 conteúdos
 gerados
 por
 meio
 de
 um
 outro
 indivíduo,
 estudos
 neurocientíficos
 sobre
 a
 mediunidade
 podem
 favorecer
 um
 salto
 potencialmente
 esclarecedor
 na
 campo
 de
 pesquisa
 mente‐cérebro.
 Uma
 abordagem
ética
com
rigor
científico
e
uma
verdadeira
abertura
não
dogmática
são
pré‐requisitos
para
 esta
 nova
 linha
 de
 pesquisa
 que
 envolve
 suposta
 comunicação
 espiritual.
 Destaco
 alguns
 achados,
 desafios
 metodológicos
 e
 lições
 extraídas
 da
 primeira
 pesquisa
 neurofuncional
 sobre
 psicografia
 na
 esperança
 de
 que
 sejam
 considerados
 por
 novos
 estudos
 neste
 campo.
 Esta
 abordagem
 pode
 abrir
 novas
 perspectivas
 com
 importantes
 implicações
 éticas,
 sociais,
 filosóficas
 e
 práticas
 no
 contexto
 da
 Saúde
mental.

 
 


NEUROIMAGEM
DURANTE
ESTADOS
DE
TRANSE


PERES
JFP


Instituto
de
Psiquiatria
(PROSER
),
Universidade
de
São
Paulo
(USP),
 São
Paulo,
SP,
Brasil.
 E‐mail:
julioperes@yahoo.com



(7)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

25
 As
características
da
Atenção
Primária
à
Saúde
(APS)
vão
ao
encontro
das
necessidades
de
saúde
das
 pessoas
 com
 transtornos
 mentais
 crônicos,
 assim,
 uma
 melhor
 integração
 dos
 cuidados
 de
 saúde
 mental
na
APS
se
faz
fundamental.
No
Brasil,
assim
como
no
mundo
todo,
os
transtornos
mentais
são
 bastante
prevalentes,
constituindo
uma
importante
questão
de
saúde
pública.
A
partir
do
final
dos
anos
 1970
 o
 mindfulness
 (traduzido
 como
 atenção
 plena
 em
 português)
 começou
 a
 ser
 estudado
 como
 intervenção
 psicossocial
 em
 saúde.
 As
 evidências
 atuais
 sugerem
 que
 o
 estado/traço
 mental
 de
 mindfulness
é
positivamente
associado
com
uma
variedade
de
indicadores
de
saúde
mental.
O
potencial
 de
aplicabilidade
das
intervenções
baseadas
em
mindfulness
(IBM)
nos
serviços
de
APS
é
grande;
além
 dos
 efeitos
 para
 pacientes,
 também
 os
 profissionais
 de
 equipes
 de
 APS
 podem
 ter
 benefícios.
 É
 consenso
que
um
número
maior
de
intervenções
em
saúde
mental
precisa
ser
avaliado
e
implantado
na
 APS,
 e
 é
 possível
 que
 as
 IBM
 possam
 se
 encaixar
 nessa
 necessidade
 enquanto
 nova
 tecnologia
 de
 cuidado
em
saúde.
O
objetivo
geral
dessa
palestra
é
discutir
a
efetividade
da
inserção
das
IBM
na
APS,
 com
foco
na
promoção
da
Saúde
Mental.
 


MINDFULNESS
NA
ATENÇÃO
PRIMÁRIA
À
SAÚDE


GARCÍA‐CAMPAYO
JJ


Universidad
de
Zaragoza,
Espanha
 E‐mail:
jgarcamp@gmail.com

(8)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

26
 A
 prática
 da
 meditação
 silenciosa,
 um
 patrimônio
 da
 sabedoria
 humana,
 sempre
 esteve
 presente
 também
 na
 perspectiva
 da
 Tradição
 judaico‐cristã,
 segundo
 as
 fontes
 bíblicas
 e
 os
 textos
 espirituais
 paralelos.
Os
movimentos
espirituais
importantes
da
história
do
cristianismo
–
como
o
surgimento
da
 vida
monástica
e
os
fundamentos
da
oração
cristã
–
tiveram
raízes
na
prática
de
uma
meditação
que
 põe
em
relevo
saudável
a
atenção
e
cuidado
do
corpo
e
suas
fragilidades.
 O
monge
beneditino
Dom
John
Main
(1926‐1982),
nos
seus
tempos
de
serviço
diplomático
do
governo
 Britânico
na
Malásia,
aprendeu
de
um
monge
Indiano,
o
Swami
Satyananda,
como
meditar,
através
de
 uma
disciplina
de
silêncio,
atenção
e
simplicidade,
sem
a
necessidade
de
deixar
as
suas
raízes
cristãs.
 Essa
abertura
de
horizonte
proporcionou
mais
uma
vez
um
retorno
ao
paradigma
de
Jesus,
que
após
 tempos
 de
 recolhimento
 e
 contato
 íntimo
 com
 Deus
 Pai,
 acolhia
 sem
 fronteiras
 as
 pessoas
 e
 consequentemente
proporcionava
conforto
e
cura
de
quem
estava
próximo.


Ainda
que
em
grandes
linhas,
gostaríamos
de
fazer
uma
breve
abordagem
dos
fundamentos
da
prática
 da
 Meditaçao
 Cristã,
 apresentando
 algo
 de
 suas
 raízes
 judaico‐cristãs,
 com
 ênfase
 na
 importância
 do
 corpo
para
uma
adequada
compreensão
da
vida
espiritual
que
precisa
dele
para
se
expressar,
apesar
e
 através
de
suas
fragilidades.
 


MEDITAÇÃO
CRISTÃ


UMA
PRÁTICA
DE
ATENÇÃO
AO
CORPO


DOM
ALEXANDRE
DE
ANDRADE
OSB


Mosteiro
de
São
Bento,
São
Paulo,
SP,
Brasil.


(9)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

27
 A
 medicina
 tradicional
 faz
 parte
 de
 um
 conjunto
 de
 práticas
 e
 saberes
 ancestrais,
 transmitidos
 oralmente
 em
 âmbito
 societário,
 ainda
 vigentes
 nas
 experiências
 de
 diversas
 comunidades.
 Seja
 no
 campo
ou
na
cidade,
nas
aldeias,
nos
povoados
ou
em
bairros
urbanos,
a
saúde
e
a
doença
são
tratadas
 de
maneira
completa
e
integrada.
 Rezas,
bênçãos,
terapêuticas
e
uma
infinidade
de
conhecimentos
farmacológicos
e
técnicos
compõem
 um
arsenal
de
curas
e
prescrições
de
bem
estares
e
afastamento
de
males
que
provocam
desconforto
e
 sofrimento
aos
indivíduos.
Não
caberia
aqui
uma
descrição
minuciosa
de
todos
esses
saberes
e
práticas.
 A
concepção
da
doença
e
dos
males
atribui
às
causas
fatores
externos
ao
corpo.
Diz‐se
que
um
feitiço
 foi
colocado
na
pessoa
e,
por
isso,
ela
sofre.
O
que
faz
com
que
uma
pessoa
atraia
o
feitiço
é
um
estado
 de
vulnerabilidade
decorrente
de
alguma
transgressão,
mau
comportamento
ou
alguma
maledicência
 dirigida
 a
 alguém.
 Uma
 pessoa
 em
 estado
 vulnerável
 será
 facilmente
 atingida
 por
 um
 espírito
 malevolente
 que
 lhe
 provocar
 um
 mal.
 Existem
 também
 os
 espíritos
 benevolentes
 que
 ajudarão
 no
 afastamento
do
mal
que
comete
uma
pessoa


São
 os
 xamãs,
 também
 conhecidos
 como
 pajés,
 rezadores
 e
 rezadoras,
 benzedores
 e
 benzedoras,
 curadores,
curandeiros,
etc.
aqueles
que
podem
afastar
o
mal,
desfazer
feitiços
porque
é
o
único
que
 pode
 viajar
 para
 o
 céu,
 para
 as
 diversas
 camadas
 do
 céu,
 e
 reconhecer
 qual
 é
 o
 espírito
 que
 ataca
 a
 pessoa
doente.
Sua
luta
contra
os
seres
malevolentes,
seu
conhecimento
do
cosmos
e
de
todos
os
seus
 habitantes
 os
 tornam
 fortes
 para
 realizar
 a
 tarefa
 de
 cura.
 Além
 disso,
 há
 o
 conhecimento
 da
 farmacologia
 e
 das
 técnicas
 terapêuticas
 que
 são
 conhecidas
 pelos
 xamãs
 e
 também
 pelas
 pessoas
 comuns.


Não
 é
 um
 conhecimento
 aplicado
 pontualmente
 para
 combater
 um
 determinado
 mal,
 mas
 para
 reintegrar
a
pessoa
em
sua
completude,
devolver
a
alma
ao
corpo
e
fortalecer
os
sentidos
 


MEDICINA
TRADICIONAL:
SABERES
COMPLEXOS
E


PRÁTICAS
INTEGRATIVAS

RANGEL
LH


Programa
de
Pós‐Graduação
em
Ciências
Sociais,
Pontifícia
Universidade
Católica
de
 São
Paulo
–
PUC‐SP,
São
Paulo,
SP,
Brasil.


(10)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

28
 Increasing
 evidence
 demonstrates
 that
 meditation
 can
 foster
 regulatory
 skills
 in
 the
 emotional
 and
 cognitive
 domains,
 in
 line
 with
 the
 idea
 that
 this
 practice
 comprises
 a
 potential
 technique
 for
 therapeutic
treatments,
as
well
as
for
prevention
and
health
promotion
interventions.
We
investigated
 the
 effects
 of
 a
 six‐week
 focused
 meditation
 training
 on
 emotion
 and
 attention
 regulation
 in
 undergraduates
randomly
allocated
to
a
meditation,
progressive
relaxation,
or
wait‐list
control
group.
 These
outcomes
were
assessed
through
a
behavioral
paradigm
‐
the
Discriminative
Task,
as
well
as
self‐ report
measures.
Meditators
showed
greater
reduction
in
emotion
interference
in
the
easy
condition,
 particularly
in
comparison
to
the
relaxation
group.
Only
for
meditation
there
was
a
positive
correlation
 between
 daily
 frequency
 of
 practice
 and
 the
 reduction
 in
 emotion
 interference,
 and
 a
 reduction
 in
 image
ratings
of
valence
and
arousal,
perceived
anxiety
and
difficulty
during
the
task,
state
and
trait‐ anxiety,
 and
 omissions
 in
 a
 concentrated
 attention
 test.
 Signal
 Detection
 Theory
 analysis
 showed
 meditation
 and
 relaxation
 significantly
 reduced
 response
 bias
 in
 the
 difficult
 condition,
 compared
 to
 wait‐list,
following
a
dose‐response
effect:
the
lowest
in
meditation,
increasing
linearly
across
relaxation
 and
 wait‐list.
 Our
 results
 corroborate
 the
 idea
 that
 emotion
 and
 attention
 regulation
 are
 intertwined
 and
that
focused
meditation
can
enhance
these
skills.
Hence,
meditation
seems
to
constitute
a
type
of
 emotion
regulation
strategy,
which
can
be
clinically
relevant.
 
 


EMOTIONAL
AND
ATTENTIONAL
REGULATION
THROUGH


FOCUSED
MEDITATION
PRACTICE



MENEZES
CB


Curso
de
Psicologia,
Universidade
Federal
de
Pelotas
‐
UFPEL,
Pelotas,
RS,
Brasil.


(11)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

29
 O
 século
 XX
 foi
 marcado
 por
 um
 grande
 desenvolvimento
 econômico,
 científico
 e
 tecnológico
 que
 acabou
se
transformando
no
eixo
prioritário
da
educação,
em
detrimento
das
abordagens
com
foco
no
 desenvolvimento
humano.
Porém,
os
atuais
desafios
da
humanidade
nos
conduzem
para
um
olhar
mais
 abrangente,
 recuperando
 valores,
 ampliando
 relações,
 competências
 e
 responsabilidades.
 Novas
 estratégias
 estão
 surgindo
 em
 todas
 as
 áreas
 de
 atividade,
 expressando
 uma
 nova
 consciência
 sobre
 diferentes
 instâncias
 de
 responsabilidade
 pessoal
 e
 coletiva,
 enfatizando
 o
 que
 é
 ético,
 benéfico,
 essencial
e
sustentável.




Neste
cenário,
o
processo
educativo
demanda
abordagens
que
simultaneamente
contemplem
o
estado
 da
 arte
 do
 conhecimento
 e
 o
 desenvolvimento
 das
 potencialidades
 humanas.
 Essas
 trajetórias
 requerem
 uma
 prática
 pedagógica
 que
 viabilize
 a
 interação
 entre
 mundo
 externo
 e
 mundo
 interno.
 Neste
 sentido,
 as
 práticas
 contemplativas
 inseridas
 no
 contexto
 da
 educação
 vêm
 resultando
 no
 aprimoramento
 do
 equilíbrio
 subjetivo
 de
 educadores
 e
 estudantes;
 melhoria
 nos
 níveis
 de
 atenção,
 aprendizagem
 e
 relacionamento;
 diminuição
 dos
 níveis
 de
 stress,
 desatenção,
 hiperatividade
 e
 impulsividade;
 conscientização
 sobre
 qualidades
 como
 aceitação,
 amorosidade,
 desapego
 e
 empatia;
 favorecimento
 da
 capacidade
 de
 refletir
 e
 influenciar
 as
 experiências
 introspectivas
 cognitivas
 e
 a
 externalização
dos
comportamentos
com
foco
em
valores
éticos.
 


PRÁTICAS
CONTEMPLATIVAS
NA
EDUCAÇÃO

MIGLIORI
RF


Instituto
Migliori,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
 E‐mail:
regina@migliori.com.br
 


(12)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

30
 Atualmente
 existem
 diversos
 trabalhos
 na
 literatura
 a
 respeito
 dos
 efeitos
 de
 prática
 meditativas
 na
 cognição,
desde
os
estudos
com
monges
com
experiências
de
milhares
de
horas
de
práticas,
a
pessoas
 sem
vida
monástica
e
que
realizam
práticas
adaptadas
ao
ocidente,
para
promoção
de
sua
saúde,
em
 especial
saúde
mental.
Atualmente,
muitas
pessoas
tem
se
interessado
por
práticas
conhecidas
como
 mindfulness,
 e
 as
 mesmas
 tem
 se
 popularizado.
 Revistas
 e
 livros
 para
 o
 público
 leigo
 tem
 trazido
 práticas
 meditativas
 
 como
 uma
 espécie
 de
 antídoto
 para
 os
 problemas
 de
 “distração
 crônica”
 que
 temos
enfrentado
com
os
aparelhos
eletrônicos
e
o
hábito
de
realizar
(ou
tentar
realizar)
mais
de
uma
 tarefa
 ao
 mesmo
 tempo.
 Autores
 como
 William
 James
 tem
 sido
 resgatados
 no
 sentido
 de
 tentarmos
 compreender
 o
 que
 acontece
 com
 a
 falta
 de
 atenção
 do
 mundo
 moderno.
 Por
 outro
 lado,
 realizar
 treinamentos
de
apenas
8
semanas
como
muitos
programas
baseados
em
meditação
estão
formatados
 no
 ocidente,
 não
 significa
 “um
 cura”
 para
 problemas
 de
 atenção
 e
 memória.
 A
 prática
 continuada
 e
 realizada
regularmente
parece
ser
necessária
para
que
ocorram
melhoras
cognitivas
e
mantê‐las.
Nesta
 apresentação
 apresentaremos
 ainda
 alguns
 estudos
 com
 neuroimagem
 sobre
 os
 efeitos
 de
 práticas
 meditativas
na
em
áreas
cerebrais
relacionadas
à
nossa
cognição.
 


MEDITAÇÃO
E
COGNIÇÃO

KOZASA
EH



Hospital
Israelita
Albert
Einstein;
Depto.
de
Psicobiologia
da
Universidade
Federal
de
 São
Paulo,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
 E‐mail:
elisa.harumi@einstein.br


(13)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

31
 Felicidade
Interna
Bruta
(FIB)
é
um
indicador
sistêmico
desenvolvido
no
Butão
com
o
apoio
do
PNUD
 (Programa
das
Nações
Unidas
para
o
Desenvolvimento),
que
mede
o
progresso
de
uma
comunidade
em
 nove
dimensões:
bom
padrão
de
vida
econômica,
boa
governança,
educação
de
qualidade,
boa
saúde,
 vitalidade
 comunitária,
 proteção
 ambiental,
 acesso
 à
 cultura,
 uso
 equilibrado
 do
 tempo
 e
 bem‐estar
 psicológico.
 É
 baseado
 na
 premissa
 de
 que
 o
 objetivo
 principal
 de
 uma
 sociedade
 não
 deveria
 ser
 somente
o
crescimento
econômico,
mas
a
integração
do
desenvolvimento
material
com
o
psicológico,
o
 cultural
e
o
espiritual
–
sempre
em
harmonia
com
a
Terra.
O
indicador
FIB
foi
desenvolvido
a
partir
das
 pesquisas
da
ciência
hedônica
(a
ciência
da
felicidade)
sobre
os
fatores
que
proporcionam
um
estado
de
 saúde
integral
e
duradouro
de
bem‐estar.



FELICIDADE
INTERNA
BRUTA
–
QUAL
É
SEU
PAPEL
NA


SAÚDE?


ANDREWS
S


Instituto
Visão
Futuro,
Brasília,
DF,
Brasil.

(14)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

32
 This
lecture,
led
by
Geshe
Lobsang
Tenzin
Negi,
will
offer
participants
an
introduction
to
the
theory
and
 practice
of
Cognitively‐Based
Compassion
Training
(CBCT).
Participants
learn
systematic
contemplative
 strategies
 for
 cultivating
 compassion.
 Geshe
 Lobsang
 Negi
 developed
 CBCT
 at
 Emory
 University
 in
 response
to
an
increase
in
mental
illness
and
suicides
in
the
undergraduate
population.

This
protocol
is
 drawn
 from
 the
 lojong
 tradition
 of
 Tibetan
 Buddhism
 but
 rendered
 into
 secular
 form
 for
 use
 by
 individuals
 of
 any,
 or
 no,
 religious
 inclination.
 The
 term
 lojong
 means
 "mind
 training"
 or
 "thought
 transformation"
and
refers
to
a
systematic
practice
of
gradually
training
the
mind
in
compassion
until
 altruism
becomes
spontaneous.


The
CBCT
program
therefore
aims
to
help
practitioners
progressively
cultivate
other‐centered
thoughts
 and
 behaviors
 while
 overcoming
 maladaptive,
 self‐focused
 thoughts
 and
 behaviors
 by
 moving
 systematically
through
eight
sequential
steps.
These
are:
(1)
developing
attention
and
stability
of
mind
 through
 focused
 attention
 training;
 (2)
 cultivating
 insight
 into
 the
 nature
 of
 mental
 experience;
 (3)
 cultivating
 self‐compassion;
 (4)
 developing
 equanimity;
 (5)
 developing
 appreciation
 and
 gratitude;
 (6)
 developing
 affection
 and
 empathy;
 (7)
 realizing
 aspirational
 compassion;
 and
 (8)
 realizing
 active
 compassion.
 CBCT
 has
 been
 adapted
 for
 a
 number
 of
 academic
 programs
 in
 elementary
 schools
 and
 universities,
 as
 well
 as
 utilized
 with
 success
 in
 high‐risk
 populations
 such
 as
 foster
 adolescents.
 
 This
 retreat
will
provide
an
overview
of
these
steps
in
addition
to
the
theoretical
and
practical
foundation
to
 incorporate
these
practices
into
everyday
life.
 


A
IMPORTÂNCIA
DA
COMPAIXÃO
NA
SOCIEDADE


NEGI
GLT



Emory
University,
Atlanta,
Geórgia,
USA.


(15)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

33
 Introdução:
 Em
 1990,
 os
 distúrbios
 neuropsiquiátricos
 respondiam
 por
 10,5%
 dessas
 incapacidades
 e
 estavam
entre
as
20
principais
causas
no
cálculo
dos
anos
de
vida
perdidos
ajustados
por
incapacidade.
 Além
dos
altos
custos
para
os
sistemas
de
saúde
e
para
as
famílias,
a
assistência
em
saúde
mental
gera
 o
 ônus
 da
 sobrecarga
 imposta
 aos
 profissionais
 responsáveis.
 Estudos
 internacionais
 mostram
 que
 o
 trabalho
 em
 saúde
 mental
 é
 potencialmente
 um
 fator
 de
 estresse
 e
 esgotamento,
 podendo
 afetar
 a
 qualidade
da
assistência
e,
em
casos
extremos,
inviabilizar
a
continuidade
de
serviços.
Os
transtornos
 mentais
 são
 reconhecidos
 como
 doenças
 que
 afastam
 por
 mais
 tempo
 as
 pessoas
 do
 trabalho.
 Para
 propiciar
sensação
de
maior
harmonia
e
bem
estar
no
ambiente
de
trabalho
é
utilizada
a
aplicação
de
 terapias
milenares
de
origem
oriental,
e
outras
desenvolvidas
a
partir
do
século
passado
que
atuam
no
 equilíbrio
 entre
 o
 corpo
 e
 a
 mente,
 em
 ambiente
 acolhedor
 e
 especialmente
 preparado,
 tais
 como:
 Reiki:
 cura
 natural
 pelas
 mãos
 para
 promover
 o
 completo
 equilíbrio
 energético,
 prevenção
 das
 disfunções
 e
 para
 possibilitar
 um
 completo
 bem
 estar;
 Shiatsu:
 toque
 manual
 ou
 digital
 sobre
 a
 pele
 para
tratar
ou
prevenir
doenças
pela
estimulação
dos
mecanismos
de
recuperação
naturais
do
corpo;
 TISE®
(Toque
Integrativo
Somato
Emocional):
terapêutica
manual
e
corporal
de
facilitação
do
equilíbrio
 estrutural,
 da
 conscientização
 e
 manejo
 das
 experiências
 traumáticas
 em
 favor
 da
 integração
 mente‐ corpo,
desbloqueia
estruturas
físicas
de
contenção
do
estresse
emocional,
liberando
o
fluxo
circulatório.
 Objetivo:
Avaliar
se
uma
aplicação
de
práticas
integrativas
pode
propiciar
maior
harmonia
e
bem
estar
 no
 ambiente
 de
 trabalho.
 Método:
 Aplicação
 de
 uma
 seção
 de
 Shiatsu,
 TISE
 ou
 Reiki
 para
 cada
 funcionário
 da
 farmácia
 de
 um
 hospital
 neuropsiquiátrico.
 Resultado:
 Aderência
 de
 82%
 (18)
 dos
 funcionários.
 A
 percepção
 individual
 de
 melhora
 logo
 após
 a
 aplicação
 foi
 em
 56%
 dos
 funcionários,
 sendo
que
em
44%
foi
surpreendente.
A
percepção
individual
depois
de
7
dias:
89%
funcionários
ainda
 se
sentiam
melhor.
Conclusão:
Com
apenas
uma
sessão
foi
observado
maior
harmonização
e
bem
estar
 no
ambiente
de
trabalho,
refletindo
na
qualidade
individual
e
coletiva.
 


PRÁTICAS
INTEGRATIVAS
PARA
MELHORIA
DA
QUALIDADE


DE
VIDA
NO
TRABALHO
EM
PLENA
FARMÁCIA
HOSPITALAR

CASTANHEIRA
MF

1

,
TAKEDA
OH

2





1Farmácia;
2Hospital
Dia
Adulto
‐
Instituto
de
Psiquiatria
do
Hospital
de
Clínicas
da
 Faculdade
de
Medicina
da
Universidade
de
São
Paulo
–
HCFMUSP,
São
Paulo,
SP,
 Brasil.
 E‐mail:
m.castanheira@hc.fm.usp.br


(16)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

34
 Introdução:
No
Brasil,
a
prevalência
da
hipertensão
arterial
sistêmica
está
acima
de
30%.
Devido
a
sua
 relevância
 epidemiológica,
 técnicas
 de
 Práticas
 Integrativas
 Complementares
 de
 manejo
 rápido,
 que
 simples
e
com
poucas
reações
secundárias
em
seu
tratamento
vem
sendo
estudadas.
Objetivo:
Avaliar
 a
eficácia
das
técnicas
de
auriculoterapia
e
de
sangria
auricular
na
diminuição
dos
níveis
pressóricos
em
 pacientes
com
pressão
arterial
elevada.
Método:
Dezesseis
indivíduos
hipertensos,
com
idade
média
de
 55,7
anos
e
pressão
arterial
acima
de
140/90
mm/Hg
foram
alocados
em
dois
grupos:
o
grupo
1
(G1)
 recebeu
tratamento
de
auriculoterapia
em
9
pontos
pré‐determinados,
o
grupo
2
(G2)
recebeu
sangria
 no
 ponto
 reflexo
 cerebral
 bilateral.
 Vinte
 minutos
 após
 a
 aplicação
 da
 técnica
 aferiu‐se
 a
 pressão
 arterial,
seguindo
as
indicações
e
a
classificação
da
Sociedade
Brasileira
de
Cardiologia.
Resultado:
Em
 todos
os
indivíduos
foi
observada
redução
na
pressão
arterial
e
mudança
na
classificação.
Dos
dezesseis
 indivíduos,
 nove
 foram
 classificados
 inicialmente
 com
 Hipertensão
 Estágio
 1,
 seis
 com
 Hipertensão
 Estágio
2
e
apenas
um
com
Hipertensão
Estágio
3.
Após
a
realização
da
técnica,
em
G1
houve
redução
 média
na
pressão
arterial
diastólica
de
16,63%
e
na
sistólica
de
18,04%,
nesse
grupo
um
indivíduo
teve
 redução
com
classificação
três
itens
abaixo
da
prévia,
três
obtiveram
nova
classificação
dois
itens
abaixo
 da
 anterior
 e
 quatro
 indivíduos
 reduziram
 em
 apenas
 um
 nível
 a
 classificação.
 Em
 G2
 a
 média
 de
 redução
foi
de
14,84%
para
a
pressão
sistólica
e
15,1%
para
a
pressão
diastólica,
nesse
grupo
quatro
 indivíduos
apresentaram
redução
com
classificação
dois
itens
abaixo
da
anterior
e
quatro
em
um
nível
 da
 classificação
 anterior.
 Conclusão:
 O
 ensaio
 clínico
 demonstrou
 que
 ambas
 as
 técnicas
 foram
 eficientes
 na
 redução
 da
 pressão
 arterial.
 Num
 comparativo
 entre
 elas,
 percebe‐se
 que
 o
 grupo
 com
 aplicação
 da
 técnica
 de
 auriculoterapia
 apresentou
 maior
 redução
 (17,33%)
 na
 pressão
 arterial
 em
 relação
ao
grupo
de
sangria
(14,97%).


AURICULOTERAPIA
E
SANGRIA
COMO
RECURSOS


TERAPÊUTICOS
NO
TRATAMENTO
IMEDIATO
DA


HIPERTENSÃO


CASTELLI
G

1

,
ORO
CA

2

,
PIMENTEL
F

3

1Curso
de
Fisioterapia,
Universidade
Federal
de
Ciências
da
Saúde
de
Porto
Alegre
‐


UFCSPA,
Porto
Alegre,
Brasil.
2Curso
de
Naturopatia
Clínica
Científica,
Faculdades
 Montenegro,
Ibicaraí,
BA,
Brasil.
3Universidade
de
Santa
Cruz
do
Sul
–
UNISC,
Santa


Cruz
do
Sul,
RS,
Brasil.
 E‐mail:
castelligiovana@gmail.com


(17)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

35
 Introdução:
Práticas
Integrativas
e
Complementares
(PIC)
são
sistemas
e
recursos
terapêuticos
voltados
 para
estimular
mecanismos
naturais,
prevenir
doenças
e
recuperar
a
saúde.
No
Brasil,
em
2006,
criou‐se
 a
Política
Nacional
de
Práticas
Integrativas
e
Complementares
voltada
para
o
Sistema
Único
de
Saúde
 (PNPIC
 –
 SUS)
 que
 visa
 à
 promoção,
 recuperação
 da
 saúde,
 prevenção
 de
 agravos,
 qualidade
 dos
 serviços
 e
 capacitação
 de
 profissionais
 e
 gestores.
 Neste
 trabalho
 realizamos
 um
 estudo
 sobre
 o
 que
 vem
sendo
pesquisado
e
divulgado
a
respeito
das
PIC
no
Brasil.
Objetivos:
Discutir
a
produção
científica
 sobre
 PIC,
 em
 periódicos
 nacionais
 nos
 últimos
 10
 anos.
 Método:
 Revisão
 integrativa
 de
 PIC,
 na
 Biblioteca
Virtual
em
Saúde,
de
artigos
completos,
publicados
em
revistas
nacionais,
no
período
de
2002
 a
 2012.
 Dos70
 artigos
 encontrados,
 49
 foram
 utilizados.
 Resultados:
 19%
 das
 publicações
 estão
 em
 2008
e
2011
e
2%
em
2002,
86%
das
publicações
estão
na
região
Sudeste.
As
práticas
mais
presentes
 foram
Homeopatia,
Fitoterapia
e
Acupuntura.
Após
a
criação
da
PNPIC
houve
maior
visibilidade,
oferta
 e
 registro
 mais
 apurado,
 com
 ênfase
 para
 homeopatia
 e
 acupuntura.
 Há
 pouco
 conhecimento
 da
 população,
de
profissionais
de
saúde
e
de
pesquisadores
sobre
o
que
são
e
como
devem
ser
utilizadas
 as
 práticas.
 A
 justificativa
 para
 adesão
 da
 população,
 na
 atenção
 primária,
 foi
 baixo
 custo,
 crença
 na
 ausência
de
efeitos
colaterais
e
insatisfação
da
população
com
o
modelo
biomédico,
em
contrapartida
 há
 falta
 de
 credibilidade
 e
 confiabilidade
 nas
 PIC
 devido
 a
 pouca
 qualificação
 profissional
 e
 fundamentação
 científica.
Conclusão:
 A
 PNPIC
 contribuiu
 para
 a
 visibilidade
 das
 PIC’s
 e
 oferta
 dessas
 práticas,
principalmente
homeopatia
e
acupuntura
e
mais
em
serviços
privados
tanto
na
execução
como
 na
formação
de
profissionais.
As
PIC
são
utilizadas
como
alternativa
ao
modelo
biomédico
no
que
se
diz
 respeito
 a
 acolhimento
 escuta
 e
 valorização
 da
 subjetividade
 do
 indivíduo.
 Ainda
 existem
 poucos
 estudos
e
entre
estes
vários
se
preocupam
com
o
conhecimento,
aceitação
e
acesso
da
população.
Há
 necessidade
 de
 se
 investir
 na
 formação
 profissional
 nesta
 área
 principalmente
 em
 universidades
 públicas.

PRODUÇÃO
CIENTÍFICA
SOBRE
PRÁTICAS
INTEGRATIVAS
E


COMPLEMENTARES
NO
BRASIL

GRECO
RM,
DEUS
RL,
DIAS
APO,
TEIXIRA
MR


Faculdade
de
Enfermagem,
Universidade
Federal
de
Juiz
de
Fora
‐
FACENF/UFJF,
Juiz
 de
Fora,
MG,
Brasil.
 E‐mail:
anadias.enfermagemufjf@yahoo.com.br


(18)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

36
 Introdução:
 A
 espiritualidade
 é
 independente
 da
 religião.
 Espiritualidade
 é
 a
 busca
 pessoal
 por
 respostas
do
significado
da
vida
e
da
morte.
Religião
é
um
sistema
organizado
por
crenças
e
rituais,
com
 o
intuito
de
auxiliar
o
ser
humano
a
conhecer
a
si
mesmo,
Deus
ou
divindades.
Em
1998
a
Organização
 Mundial
 de
 Saúde
 (OMS)
 incluiu
 a
 espiritualidade
 no
 contexto
 multidimensional
 de
 saúde
 e
 mesmo
 havendo
vários
estudos,
ainda
existe
pouca
clareza
sobre
o
que
é
espiritualidade
e
assistência
espiritual.
 São
poucos
os
enfermeiros
que
abordam
a
dimensão
espiritual
na
sua
assistência.
Objetivo:
Descrever
a
 abordagem
 da
 espiritualidade
 na
 assistência
 de
 enfermagem.
 Metodologia:
 O
 método
 utilizado
 foi
 a
 pesquisa
 bibliográfica
 de
 caráter
 descritivo
 exploratório.
 Foi
 realizada
 a
 busca
 por
 artigos,
 livros,
 monografias
e
teses
constantes
na
biblioteca
virtual
Bireme
e
bancos
de
dados
eletrônicos
Scielo,
Lilacs
 e
 em
 sites
 específicos
 da
 internet.
 As
 palavras
 chaves
 investigadas
 foram:
 Espiritualidade
 e
 enfermagem.
A
busca
foi
retrospectiva,
a
materiais
publicados
no
período
de
1995
a
2013.
Resultados:
 Neste
 estudo
 abordamos
 a
 espiritualidade
 na
 assistência
 de
 enfermagem,
 nas
 categorias:
 Situações
 Críticas
 (A
 espiritualidade
 precisa
 ser
 sentida,
 assumida
 e
 exercitada
 diariamente);
 Oncologia
 (Proporcionar
apoio,
conforto
e
esperança);
Sofrimento
e
Luto
(Adotar
certos
cuidados
para
não
colocar
 em
risco
a
piora
do
luto);
Cuidados
Paliativos
(Fazer
tudo
o
que
for
possível
para
o
paciente
manter
seu
 senso
 de
 identidade);
 Fim
 de
 Vida
 (Estar
 presente
 e
 exercer
 técnicas
 de
 conforto
 espiritual
 junto
 ao
 paciente).
 Conclusão:
 O
 enfermeiro
 deve
 dispor
 de
 sensibilidade,
 aceitação
 e
 empatia
 para
 saber
 quando
deve
abordar
e
incentivar
a
espiritualidade
do
paciente,
pois
a
forma
como
o
paciente
entende
 e
aplica
a
sua
espiritualidade,
pode
interferir
de
forma
positiva
ou
negativa
no
prognóstico
do
mesmo.
 
 Palavras‐chave:
Espiritualidade,
enfermagem.


A
ESPIRITULIDADE
NA
ASSISTÊNCIA
EM
ENFERMAGEM

KAMADA
KA,
LEITE
PA,
OLIVEIRA
VB,
FUGITA
RMI


Centro
Universitário
das
Faculdades
Metropolitanas
Unidas,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
 E‐mail:
pat.mleite@hotmail.com
 


(19)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

37
 Introdução:
Reiki
é
uma
técnica
de
sistema
de
cura
natural
através
de
imposição
de
mãos
originada
no
 Japão
no
século
XX.
Composto
por
duas
partículas:
Rei
significa
o
universal,
o
acima
de
nós,
o
em
torno
 de
 nós.
 Ki
 significa
 energia
 literalmente,
 ou
 ainda,
 energia
 vital.
 Portanto,
 trabalha‐se
 com
 a
 Energia
 Vital
Universal,
aquele
que
nos
permeia
desde
a
formação
do
universo,
responsável
por
tudo
o
que
tem
 vida,
por
manter
a
vida
em
tudo,
de
modo
que
a
cura
natural
–
inerente
a
cada
ser
humano
–
possa
 ocorrer
dentre
os
limites
e
padrões
dele
naquele
momento.
Dentre
o
pensamento
oriental
e
práticas
 integrativas
orientais,
o
indivíduo
é
visto
como
um
ser
integral,
pois
tudo
é
energia
–
ou
mais
densa
em
 forma
 de
 matéria
 (corpo
 físico)
 ou
 mais
 sutil
 em
 forma
 de
 pensamento,
 emoção
 e
 espírito.
 Neste
 contexto
Reiki
age
neste
ser
integrado,
ou
melhor,
procura
integrar
aquilo
que
está
em
desarmonia
na
 pessoa.
 Objetivos:
 Apresentar
 o
 Reiki
 como
 parte
 integrante
 da
 grade
 de
 atividades
 terapêuticas
 do
 Centro
de
Reabilitação
e
Hospital
Dia
(CRHD)
do
Instituto
de
Psiquiatria
do
HCFMUSP
e
seu
impacto
no
 tratamento.
 Método:
 Descrição,
 discussão
 do
 papel
 desse
 recurso
 no
 tratamento
 e
 seus
 números.
 Resultados:
O
Reiki
é
utilizado
desde
2010
(realizados
mais
de
2.000
atendimentos)
no
CRHD,
uma
vez
 por
 semana,
 com
 sessões
 de
 30
 minutos,
 numa
 sala
 com
 10
 macas,
 atendendo
 pacientes
 com
 transtornos
mentais
graves,
de
alta
complexidade.
Elaborou‐se
um
protocolo
de
atendimento
em
Reiki
 específico
para
saúde
mental.
Após
a
sessão,
ocorre
a
reunião
de
terapeutas
para
discutir
as
percepções
 observadas
nos
pacientes,
seguidos
pelas
anotações
das
evoluções
nos
prontuários.
Conforme
relatos
 dos
 pacientes,
 muitos
 deles
 sentem‐se
 bem
 logo
 após
 uma
 sessão
 de
 Reiki.
 Alguns
 referem
 estarem
 mais
relaxados
e
mais
animados,
outros
melhoram
(por
algum
tempo)
o
estado
depressivo.
Conclusão:
 Percebe‐se
 que
 esta
 prática
 integrativa
 pode
 trazer
 à
 tona
 certas
 liberações
 físicas
 (ex.:
 alteração
 da
 respiração,
 desbloqueios
 energéticos
 em
 forma
 de
 espasmos),
 assim
 como
 liberações
 emocionais
 (choro,
alívio,
mais
tranquilidade
após
a
sessão).


Conclui‐se,
 portanto
 a
 importância
 da
 inclusão
 de
 Reiki
 como
 recurso
 viável
 no
 tratamento
 interdisciplinar
em
serviço
de
saúde
mental.
 


REIKI:
UM
RECURSO
VIÁVEL
NO
TRATAMENTO
DE


PACIENTES
COM
TRANSTORNO
MENTAL?

KÖLLE
M,
TAKEDA
OH,
SHIMABUKU
AM,
FURUKAWA
ST,
PERISSINOTI


E,
SANT
RD


Centro
de
Reabilitação
e
Hospital
Dia
‐
CRHD,
Instituto
de
Psiquiatria
do
Hospital
das
 Clínicas
da
Faculdade
de
Medicina
da
Universidade
de
São
Paulo
–
IPQHCFMUSP,
São
 Paulo,
SP,
Brasil.
 E‐mail:
osvaldo.takeda@hc.fm.usp.br
 


(20)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

38
 Introdução:
 A
 equipe
 de
 Enfermagem
 tem
 sido
 exposta
 a
 ambientes
 estressantes,
 submetida
 a
 condições
 de
 trabalho
 precárias,
 levando
 ao
 prejuízo
 do
 bem
 estar
 e
 produtividade,
 o
 que
 gera
 interesse
 por
 métodos
 que
 promovam
 a
 melhoria
 da
 qualidade
 de
 vida
 dos
 trabalhadores.
 Pesquisar
 terapêuticas
 de
 fácil
 aceitabilidade,
 acesso
 e
 adaptabilidade,
 como
 a
 auriculoterapia,
 pode
 causar
 impacto
 positivo
 sobre
 a
 vida
 desses
 profissionais,
 podendo
 refletir‐se
 sobre
 a
 qualidade
 de
 atendimento
oferecido.
Objetivos:
Comparar
os
resultados
entre
os
grupos
controle,
protocolo
e
sem
 protocolo
antes
e
após
o
tratamento
de
auriculoterapia
para
o
domínio
físico
e
mental
do
instrumento
 de
qualidade
de
vida
(SF36v2).
Método:
175
profissionais
foram
divididos
em
três
grupos
e
finalizaram
 12
sessões,
duas
vezes
por
semana.
Foram
avaliados
no
baseline,
pós‐tratamento
e
follow‐up
(30
dias)
 pelo
 Instrumento
 de
 Qualidade
 de
 Vida
 (SF36v2).
 O
 protocolo
 auricular
 utilizado
 foi:
 Rim,
 Tronco
 Cerebral,
 Shenmen,
 Yang
 do
 Fígado
 1
 e
 2.
 No
 grupo
 sem
 protocolo,
 os
 aplicadores
 escolheram
 cinco
 pontos
 conforme
 a
 evolução
 dos
 sintomas.
 A
 coleta
 foi
 de
 novembro
 de
 2011
 a
 julho
 de
 2012;
 sete
 acupunturistas
 experientes
 e
 formados
 na
 mesma
 escola
 participaram
 do
 estudo.
 A
 pesquisa
 foi
 aprovada
 pelo
 Comitê
 de
 Ética
 em
 Pesquisa
 da
 EEUSP
 e
 do
 Hospital
 onde
 foi
 realizado
 o
 estudo.
 Resultados:
 Segundo
 os
 resultados
 obtidos
 no
 SF36v2,
 somente
 o
 grupo
 sem
 protocolo
 conseguiu
 resultados
 positivos
 no
 domínio
 físico
 (follow‐up)
 e
 no
 domínio
 mental,
 ambos
 os
 grupos
 obtiveram
 resultados
 significativos
 estatisticamente
 (p<0,05).
 Conclusão:
 Ambos
 os
 grupos
 de
 intervenção
 melhoraram
 a
 qualidade
 de
 vida
 dos
 profissionais,
 com
 melhores
 resultados
 para
 o
 grupo
 sem
 protocolo,
 demonstrando
 que
 a
 auriculoterapia
 chinesa,
 quando
 feita
 de
 forma
 individualizada,
 consegue
ampliar
o
alcance
da
técnica.
 


AURICULOTERAPIA
CHINESA
NA
MELHORIA
DE
QUALIDADE


DE
VIDA
DE
EQUIPE
DE
ENFERMAGEM:
ENSAIO
CLÍNICO


RANDOMIZADO

KUREBAYASHI
LFS,
SILVA
MJP


Escola
de
Enfermagem,
Universidade
de
São
Paulo
‐
EEUSP,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
 E‐mail:
Leonice
Fumiko
Sato
Kurebayashi
(fumieibez@gmail.com)
 


(21)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

39
 Introdução:
As
Práticas
Corporais
Contemplativas
e
Transdisciplinares
são
definidas
como
abordagens
 metodológicas
 que
 utilizam
 da
 multirreferencialidade
 de
 saberes
 científicos
 sobre
 o
 corpo
 para
 produção
de
movimentos
de
forma
ativa
ou
passiva,
visando
à
harmonização
dos
processos
energéticos
 do
 ser
 humano.
 Essas
 práticas
 possibilitam
 o
 autoconhecimento,
 o
 caminhar
 por
 uma
 via
 mais
 introspectiva
 e
 reflexiva,
 numa
 abordagem
 inclusiva
 de
 respeito
 e
 afetividade.
 Objetivos:
 Habilitar
 os
 profissionais
 de
 saúde
 nas
 práticas
 corporais,
 possibilitando
 uma
 consciência
 ampliada
 de
 saúde,
 de
 forma
a
possibilitar
a
implantação
na
rede
de
Atenção
Básica.
Método:
A
capacitação
foi
realizada
em
 cinco
 módulos:
 Técnicas
 de
 Relaxamento;
 Yoga,
 Meditação;
 Lian
 Gong;
 Reflexologia,
 Automassagem,
 Shantala
para
bebê
e
processo
avaliativo
e
projetos
de
intervenção,
no
período
de
agosto/2013
a
abril
 de
 2014.
 Os
 profissionais
 vivenciaram
 as
 técnicas
 corporais,
 percebendo
 os
 efeitos
 no
 próprio
 corpo,
 além
 do
 conhecimento
 teórico
 por
 meio
 das
 aulas
 expositivas
 e
 dialogadas.
 Oportunizamos
 aos
 profissionais
materiais
didáticos
e
vídeos
para
o
aprofundamento
do
estudo
e
utilização
nas
atividades
 realizadas
nos
municípios.
Resultado:
Os
profissionais
relataram
que
estão
implantando
essas
técnicas
 junto
 à
 comunidade
 com
 a
 qual
 trabalham
 na
 Atenção
 Básica,
 atingindo
 resultados
 favoráveis
 na
 promoção
da
saúde.
Conclusão:
Diante
do
exposto,
concluímos
que
a
Política
de
Práticas
Integrativas
e
 Complementares
em
Saúde
necessita
ser
implantada
nos
municípios
do
RN,
portanto,
cabe
aos
gestores
 garantir
o
apoio
técnico,
recursos
materiais
e
formação
para
viabilizar
as
diretrizes,
modificando
o
foco
 da
doença
para
saúde,
proporcionando
autonomia
aos
sujeitos,
para
que
sejam
protagonistas
da
sua
 promoção
da
saúde
e
qualidade
de
vida.
 
 Palavras‐chave:
Práticas
corporais.
Promoção
da
saúde.
Práticas
Integrativas.



CAPACITAÇÃO
EM
PRÁTICAS
CORPORAIS


CONTEMPLATIVAS
E
TRANSDISCIPLINARES:
UMA


EXPERIÊNCIA
EXITOSA
NO
RN

MOTA
FMM,
MEDEIROS
DT,
ALVES
GR,
LIMA,
MJM


Secretaria
de
Estado
da
Saúde
Pública
do
Rio
Grande
do
Norte;
Escola
de
 Enfermagem
da
Universidade
Federal
do
Rio
Grande
do
Norte
–
UFRN,
Natal,
RN,
 Brasil.
 E‐mail:
Frankleide
Morais
de
Matos
Mota
(franshakti@gmail.com)


(22)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

40
 Introduction:
 Culture
 bound
 syndromes
 (CBS)
 are
 a
 heterogeneous
 collection
 of
 folk
 terms,
 some
 describing
true
syndromes
and
others
representing
culturally
determined
notions
of
disease
causation
 or
 idioms
 of
 distress.
 Their
 importance
 in
 psychiatry
 is
 increasing
 due
 to
 the
 inclusion
 in
 the
 fourth
 edition
of
the
Diagnostic
and
Statistical
Manual
of
Mental
Disorders.
Objective:
To
describe
the
CBS
and
 healing
 practices
 performed
 by
 laymen
 healers
 inhabiting
 two
 permanent
 preservation
 areas
 at
 the
 Brazilian
 Amazonian
 forest:
 the
 Jau
 National
 Park
 [1°90′S
 and
 61°25′W]
 and
 Unini
 River
 Extractive
 Reserve
 [1°40'S
 and
 63°48'W].
 Methods:
 The
 fieldwork
 was
 conducted
 during
 11
 months
 using
 an
 ethnographic
approach
with
the
assistance
of
a
doctor.
Cross‐cultural
comparisons
were
made
between
 the
 clinical
 manifestations
 of
 these
 CBS
 and
 the
 western
 medicine.
 These
 comparisons
 lead
 to
 the
 translation
of
folk
terms
into
official
medical
terms
(if
possible).
Results:
The
following
syndromes
are
 described:
 mal
 olhado
 (evil
 eye),
 quebrante;
 espante
 (fright
 or
 susto);
 air
 diseases;
 vento
 caído;
 derrame;
mother‐of‐the‐body
and
panema.
Local
treatments
described
are
praying
rituals,
fumigation,
 baths
and
herbal
remedies.
Mal
olhado,
quebrante
and
espante
are
local
variations
of
other
CBS
already
 described
 in
 the
 Latin
 America,
 in
 general
 accompanied
 by
 diarrhea.
 Air
 diseases
 and
 derrame
 are
 micelaneus
 neurologic
 diseases,
 characterized
 by
 neural
 function
 impairment.
 Mother‐of‐the‐body
 is
 the
normal
post
partum
uterine
contractions.
Panema
is
a
yet
no
described
Brazilian
CBS
characterized
 by
 pessimism
 and
 apathy
 that
 may
 last
 for
 years.
 It
 is
 possibly
 related
 to
 dysthymic
 disorder
 or
 depression
and
merits
deeper
investigation.
Conclusion:
The
translations
proposed
in
this
study
allow
 the
testing
of
the
traditional
treatments
on
western
medicine
diseases
models.

CULTURE‐BOUND
SYNDROMES
OF
THE
BRAZILIAN


AMAZON
RIVER:
DWELLERS
CLINICAL
MANIFESTATIONS,


HEALING
RESOURCES
AND
CROSS‐CULTURAL


COMPARISONS

PAGANI
EMD

1

,
SANTOS
JF

2

,
RODRIGUES
E

2,3

1SOBRAFITO
‐
Associação
Médica
Brasileira
de
Fitomedicina,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
 2Departamento
de
Psicobiologia;
3Centro
de
Estudos
Etnobotânicos
e


Etnofarmacológicos
‐
Universidade
Federal
de
São
Paulo
‐
UNIFESP,
São
Paulo,
SP,
 Brasil.


(23)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

41
 Introdução:
 Os
 Florais
 de
 Bach
 (FB)
 constituem‐se
 como
 um
 sistema
 integrativo
 e
 complementar
 de
 manejo
a
saúde,
utilizado
inclusive
em
casos
de
ansiedade.
Níveis
elevados
de
ansiedade
podem
trazer
 efeitos
 negativos
 a
 aspectos
 psicofisiológicos
 dos
 indivíduos,
 reduzindo
 a
 qualidade
 de
 vida.
 O
 Floral
 Rescue
 (FR)
 também
 conhecido
 como
 Rescue
 Remedy,
 é
 uma
 combinação
 de
 cinco
 florais:
 Clematis,
 Impatiens,
Star
of
Bethlehem,
Rock
Rose
e
Cherry
Plum.
Atuam
sinergicamente
no
controle
da
ansiedade
 sendo
indicado
ainda
para
situações
de
sofrimento
do
corpo,
tormentos
mentais
e
traumas.
Objetivos:
 Apresentação
 de
 uma
 proposta
 metodológica
 de
 avaliação
 do
 FR
 na
 performance
 psicofisiológica
 de
 voluntários
submetidos
à
tarefa
ansiogênica.
Método:
Descrição
da
proposta,
baseada
em
publicações
 dos
últimos
20
anos.
A
revisão
da
literatura
foi
realizada
nas
bases
de
dados
PubMed
e
Scielo,
a
partir
 das
 palavras‐chave:
 “Ansiedade”;
 “Florais
 de
 Bach”;
 “Rescue
 remedy”.
 Resultados:
 A
 revisão
 da
 literatura
científica
revelou
menos
de
50
publicações
referentes
aos
FB,
sendo
que
sete
artigos
tratam
 da
 utilização
 do
 FR
 para
 a
 ansiedade.
 Três
 revisões
 sistemáticas
 foram
 encontradas
 e
 apresentam
 muitas
 críticas
 metodológicas
 aos
 trabalhos
 clínicos
 publicados.
 Conclusões:
 Os
 dados
 revistos
 na
 literatura,
 especialmente
 as
 críticas
 suscitadas
 nas
 revisões
 sistemáticas,
 nos
 levam
 a
 pensar
 em
 um
 modelo
metodológico
depurado
para
a
avaliação
da
utilização
do
FR
para
a
ansiedade.
Partindo
de
um
 padrão
 metodológico
 do
 tipo
 duplo‐cego,
 placebo,
 randomizado,
 será
 realizada
 a
 avaliação
 da
 performance
 psicofisiológica
 de
 voluntários
 saudáveis,
 utilizando
 o
 FR,
 quando
 submetidos
 a
 tarefa
 ansiogênica
 Stroop
 Color
 Test.
 O
 que
 torna
 esta
 proposta
 metodológica
 inédita
 é
 a
 mensuração
 dos
 possíveis
efeitos
da
utilização
do
FR
através
de
estudos
eletrofisiográficos
e
coleta
de
dados
qualitativos
 a
 fim
 de
 verificar
 não
 apenas
 a
 ação
 do
 floral
 mas
 também
 a
 ocorrência
 de
 percepções
 subjetivas
 e
 efeitos
 inespecíficos,
 que
 podem
 apresentar
 relevância
 clínica
 nos
 resultados
 de
 estudos
 com
 estas
 modalidades
terapêuticas.

PROPOSTA
DE
AVALIAÇÃO
DO
FLORAL
RESCUE
NA


PERFORMANCE
PSICOFISIOLÓGICA
DE
VOLUNTÁRIOS


SUBMETIDOS
À
TAREFA
ANSIOGÊNICA

FERNANDES
M

1

,
MONEZI
R

2,3

1Medicina
Integrativa;
2Curso
de
Pós‐graduação
em
Bases
da
Medicina
Integrativa,
 Instituto
Israelita
de
Ensino
e
Pesquisa
Albert
Einstein
–
IIEPAE,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
 3Núcleo
de
Medicina
e
Práticas
Integrativas
–
NUMEPI,
Universidade
Federal
de
São
 Paulo
–
UNIFESP,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
 E‐mail:
maine_fernandes@yahoo.com.br


(24)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

42
 Introdução:
 Intervenções
 de
 cuidado
 baseadas
 na
 imposição
 de
 mãos
 e
 transmissão
 de
 energias
 não
 qualificadas
 pela
 física
 atual
 têm
 sido
 descritas
 através
 da
 história,
 desde
 épocas
 anteriores
 a
 Cristo.
 Entre
as
diversas
técnicas
que
trabalham
com
a
imposição
de
mãos
podemos
citar
o
Toque
Terapêutico,
 o
 Jin
 Shin
 Jyutsu,
 Qi
 Gong,
 Reiki
 e
 o
 Johrei,
 um
 método
 de
 canalização
 e
 transmissão
 de
 um
 tipo
 de
 energia
cujos
praticantes
denominam
de
“luz
divina”
e
que,
segundo
seu
criador,
Mokichi
Okada,
tem
o
 intuito
 de
 promover
 a
 harmonia
 através
 de
 um
 estado
 de
 purificação
 multidimensional.
 Objetivos:
 Descrever,
através
de
revisão
bibliográfica,
o
histórico
do
desenvolvimento
do
Johrei
enquanto
prática
 de
imposição
de
mãos.
Método:
Revisão
e
análise
da
literatura,
publicada
em
livros
e
artigos
científicos,
 a
 partir
 das
 palavras
 chave:
 “Johrei”
 e
 “Imposição
 de
 mãos”.
 Resultados:
 Relatos
 descritos
 em
 livros
 descrevem
 que
 Mokichi
 Okada
 iniciou
 a
 sistematização
 do
 Johrei
 em
 maio
 de
 1934.
 Entretanto,
 na
 época,
o
método
ainda
não
tinha
esse
nome.
Até
aquela
data,
chamava‐se
“Chinkon”;
depois,
recebeu
o
 nome
 de
 “Shijutsu”
 (técnica
 de
 aplicação).
 Posteriormente
 ao
 “Primeiro
 Caso
 Tamagawa”,
 quando
 Mokichi
 Okada
 reiniciou
 suas
 atividades,
 em
 outubro
 de
 1937,
 passou
 a
 ser
 chamado
 de
 “Chiryo”
 (tratamento).
Após
a
Segunda
Guerra
Mundial,
em
agosto
de
1947,
Mokichi
Okada
instituiu
a
“Nipon
 Kannon
 Kyodan”
 (Entidade
 religiosa
 Kannon
 do
 Japão),
 e
 o
 método
 recebeu
 o
 nome
 de
 “Okiyome”
 (purificação).
Só
meses
mais
tarde
seria
chamado
de
Johrei.
Atualmente
configura‐se
como
método
de
 imposição
de
mãos
difundido
mundialmente,
sendo
objeto
de
pesquisas
científicas.
Quando
inserido
na
 PubMed
o
termo
“Johrei”,
são
apresentados
14
artigos
em
revistas
indexadas,
sendo
o
primeiro
datado
 de
2003
e
publicado
no
Brain
Research
Bulletin.
Conclusão:
O
Johrei
constitui‐se
hoje
como
uma
técnica
 de
 imposição
 de
 mãos
 que
 tem
 seu
 histórico
 de
 desenvolvimento
 pautado
 em
 princípios
 filosóficos
 orientais,
 que
 vem
 contribuindo
 de
 sobremaneira
 para
 o
 desenvolvimento
 da
 saúde
 integral
 do
 ser
 humano,
sendo
praticado
por
mais
de
três
milhões
de
pessoas
em
75
países,
e
que
vem,
através
de
seus
 sugestivos
efeitos
psicofisiológicos,
chamando
a
atenção
da
ciência.

HISTÓRICO
DO
DESENVOLVIMENTO
DO
JOHREI
ENQUANTO


PRATICA
A
IMPOSIÇÃO
DE
MÃOS

FIGUEIREDO
FF

1

,
VALDRIGUE
A

1

,
TOMITA
A

1

,
RUGGERINI
EM

1,2

,


MONEZI
R

1

1Faculdade
Messiânica;
2Setor
de
Saúde
–
Fundação
Mokiti
Okada,
São
Paulo,
SP,


Brasil.


(25)

Revista de Pesquisa e Inovacao Farmacêutica. São Paulo, 2014 mai; 6 Supl1:

43
 Introdução:
 Há
 mais
 de
 uma
 década
 a
 ciência
 vem
 se
 interessando
 cada
 vez
 mais
 sobre
 as
 práticas
 contemplativas
(PC)
como
a
meditação
e
seus
efeitos
sobre
o
ser
biopsicossocial
em
sua
integralidade.
 Estudos
apontam
que
as
PC
atuam
sobre
o
desenvolvimento
positivo,
destacando‐se
um
conjunto
de
 habilidades
mentais
e
disposições
sócio‐emocionais,
como
de
auto‐regulação
associada
com
a
emoção
e
 atenção,
 auto‐representações
 e
 disposições
 pró‐sociais
 como
 empatia,
 compaixão
 e
 felicidade.
 Objetivos:
 Apresentar
 e
 discutir
 aspectos
 bioquímicos
 da
 felicidade
 alcançada
 pelas
 práticas
 contemplativas.
 Método:
 Revisão
 da
 literatura,
 publicada
 nos
 últimos
 30
 anos,
 nas
 bases
 de
 dados
 PubMed
e
Scielo,
a
partir
das
palavras
chaves:
“Práticas
contemplativas”,
“Felicidade”
e
“Bioquímica”.
 Resultados:
Na
revisão
da
literatura
a
respeito
dos
efeitos
psicofisiológicos
das
PC
foi
possível
verificar
 uma
grande
concentração
de
textos
que
abordam
a
temática
da
meditação
e
a
tendência
a
estudos
na
 área
da
neurociência,
com
a
aplicação
direta
da
tecnologia
voltada
à
compreensão
de
como
aspectos
 subjetivos
da
vida
dos
seres
humanos,
como
a
felicidade,
apresentam
bases
fisiológicas
e
bioquímicas
 cada
vez
mais
consistentes.
Conclusão:
A
felicidade
é
um
dos
sentimentos
alcançados
através
das
PC.
 Estudos
sugerem
que
tal
percepção
seja
possível
devido
a
alterações
neurofuncionais
moduladas
por
 neurotransmissores
 como
 a
 Acetilcolina,
 Dopamina,
 Glutamato,
 GABA,
 Histamina,
 Noradrenalina,
 Orexina,
Serotonina,
entre
outros,
resultando
no
alcance
da
alegria
espontânea,
serenidade,
liberdade
e
 auto
realização.
O
estado
de
felicidade
alcançado
pelas
PC
pode
ainda
interferir
na
cascata
bioquímica
 do
 stress,
 minimizando
 seus
 impactos
 negativos
 sobre
 a
 multidimensionalidade
 do
 ser,
 como
 por
 exemplo,
 evitando
 a
 redução
 dos
 padrões
 de
 imunidade
 celular
 decorrentes
 de
 altas
 concentrações
 séricas
de
cortisol.
Estudos
mais
recentes
discutem
que
assim
como
a
raiva,
medo
e
tristeza,
a
felicidade
 e
serenidade
alcançadas
pelas
PC
podem
ser
transmitidas,
de
indivíduo
para
indivíduo,
através
de
ações
 neuroquímicas
orquestradas
pelos
neurônios‐espelhos.

ASPECTOS
BIOQUÍMICOS
DA
FELICIDADE
ALCANÇADA


PELAS
PRÁTICAS
CONTEMPLATIVAS


SILVA
AV,
ALAMIS
ACF,
BELIZÁRIO
S,
SOARES
T,
BERTINI
E,
MONEZI
R


Curso
de
Pós‐graduação
em
Farmacologia
Clínica
das
Faculdades
Oswaldo
Cruz
–
 FOC,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
 E‐mail:
alexandrevianadasilva@yahoo.com.br
 


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