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HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR

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Academic year: 2021

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Autos:

xxxxxxxxx

Réu: xxxxxxxxxx

Autoridade Coatora: Juízo de Direito da xxª Vara Criminal do Recife

Causa de Pedir: Ausência dos Pressupostos Necessários à Custódia Cautelar. Violação

ao art. 312 do Código de Processo Penal. Ausência de Fundamentação do Decreto

Constrictivo. Violação ao art. 93, IX da CF/88.

YURI AZEVEDO HERCULANO, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/PE:

28.018, BRUNO FELIX CAVALCANTI, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na

OAB/PE: 28.064, NADJA FELIX CAVALCANTI, brasileira, divorciada, advogada,

inscrita na OAB/PE: 12.879, todos com escritório profissional na Rua Tenente Antônio

João, 91, sl.02, Recife – PE, vêm perante Vossa Excelência impetrar ordem de

HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR

Em favor de xxxxxxxx, pelos motivos fáticos e jurídicos a seguir consignados:

DA SÚMULA FÁTICA

O Paciente fora preso em flagrante conjuntamente com outro Acusado, aos 28 de dezembro

de 2012, em pleno recesso forense de fim de ano, pela suposta prática do delito disposto no

art. 157, §1º, I e II.

(2)

Infere – se da peça acusatória que o Paciente estaria em um veículo automotor com outros 4

(quatro) indivíduos, quando foram apontados por motoqueiro à uma viatura policial, como

sendo um dos autores da ação criminosa que teria roubado o Auto Posto xxxx e alguns

clientes.

Ato contínuo, ainda segundo a Denúncia, os policiais militares iniciaram a perseguição,

culminando com troca de tiros e 2 (dois) elementos feridos, in casu, o Paciente e o outro

Acusado. Informa ainda, que os outros 3 (três) ocupantes do veículo se evadiram do local.

Ao apreciar o referido flagrante, o Magistrado plantonista, apesar de não relaxar a prisão do

Paciente, entendeu por ser desnecessária a conversão em prisão preventiva do Paciente.

Entrementes, ciente está a Defesa de que este não é o palco, tampouco o momento hábil à

discussão MERITÓRIA. No entanto, para a existência LEGAL da Custódia Preventiva é

imperiosa a demonstração dos INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA, como um dos

pressupostos, os quais, in casu, não estão presentes insta pontuar que a propositura deste

Habeas Corpus tem o condão de trazer ao Vosso conhecimento que a Paciente vem

sofrendo claramente Constrangimento Ilegal, o qual encontra-se evidenciado pela

AUSÊNCIA DOS ELEMENTOS EXPRESSOS EM LEI PARA UM DECRETO

CONSTRITIVO, o que torna tal decreto ILEGAL. Conforme restará largamente

demonstrado.

DOS FUNDAMENTOS DA IMPETRAÇÃO

Da Ausência de Fundamentação do Decreto Prisional.

Ao recepcionar a peça acusatória, a Autoridade apontada como coatora, proferiu a seguinte

decisão:

Em tempo, verifico que a decisão que recebeu e tomou ciência da Prisão em Flagrante Delito do acusado não a converteu em Prisão Preventiva (fls. 15). No caso, trata-se de crime contra o patrimônio, ou seja, roubo qualificado pelo emprego de arma e concurso de agentes (art. 157, §2º, I e II do CPB), onde já se percebe a gravidade da conduta ante a violência empregada, já que a pena máxima cominada ultrapassa o limite de 04 (quatro) anos de reclusão. Sendo assim, CONVERTO as prisões em flagrante dos denunciados em questão

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em PRISÕES PREVENTIVAS, nos termos do art. 313 do CPP, como forma de garantia da ordem pública e paz social.

Ora Excelência, completamente dissonante com o preceito constitucional insculpido nos

artigos 5°, LXI, e art. 93, IX, ou seja, encontra-se carente de qualquer fundamentação

idônea. Conforme se verifica do decreto prisional transcrito.

O referido decreto assevera, é de uma infelicidade sem tamanho, dissonante de tudo que

preconiza a melhor doutrina e a jurisprudência uníssona dos Tribunais Superiores,

aproximando nosso ordenamento a um verdadeiro Estado de Exceção!

Ora a liberdade é um direito individual inerente de cada ser humano, não podendo ser

analisada sua restrição de forma genérica, quando a mesma reclama condi ções particulares

para sua decretação, percebe-se que o decreto em comento faz menção ao art. 312 e cita

depoimentos da fase inquisitorial para “fundamentar” a decisão que ora se vergasta.

Nobre Desembargador, o argumento utilizado pela Autoridade Coatora poderia ser

transcrito para QUALQUER OUTRO PROCEDIMENTO CRIMINAL, tamanha a vagueza

e imprecisão das “razões” que levaram ao decreto que ora se vergasta.

Ademais, impende asseverar Excelência, que estamos tratando de um decreto prisional para

2 Acusados, quando nosso ordenamento determinada a indicação individualizada do

periculum libertatis de cada um.

A mera menção a necessidade da garantia da Ordem Pública como necessidade de decreto

de prisão preventiva per si não possui guarida jurídica, vejamos:

PROCESSUAL PENAL - HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO - ROUBO - PRISÃO PREVENTIVA EM 21.07.2009 - GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA - LIBERDADE PROVISÓRIA - PARECER DO MPF PELA CONCESSÃO - PERICULUM IN LIBERTATIS NÃO VISLUMBRADO. – CONCESSÃO

1. Habeas corpus liberatório, com pedido liminar, em favor do réu-paciente, preso desde 21 de julho de 2009, sob a imputação de haver praticado o delito capitulado no art. 288, parágrafo único do código penal. 2. A prisão cautelar justificada no resguardo da ordem pública visa prevenir a reprodução de fatos criminosos e acautelar o meio social, retirando do convívio da comunidade o indivíduo que diante do modus operandi ou da habitualidade de sua conduta demonstra ser dotado de periculosidade.

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3. A exigência de fundamentação do decreto judicial de prisão cautelar, seja temporária ou preventiva, bem como do indeferimento do pedido de liberdade provisória tem atualmente o inegável respaldo da doutrina jurídica mais autorizada e da jurisprudência dos tribunais do país, sendo, em regra, inaceitável que a só gravidade do crime imputado à pessoa seja suficiente para justificar a sua segregação, antes de a decisão condenatória penal transitar em julgado, em face do princípio da presunção de inocência.

4. A manutenção da constrição cautelar há de explicitar a necessidade dessa medida vexatória, indicando os motivos que a tornam indispensável, dentre os elencados no art. 312 do cpp, como, aliás, impõe o art. 315 do mesmo código.

5. Consoante pacífica orientação pretoriana, eventuais condições subjetivas favoráveis do recorrente, tais como primariedade, bons antecedentes, residência fixa e trabalho lícito, por si sós, não obstam a decretação da prisão provisória, se há nos autos elementos hábeis a recomendar a sua manutenção.

6. No caso, o impetrante juntou ao presente feito, certidões negativas da justiça estadual de Pernambuco, através de pesquisa das varas criminais; certidão da secretaria de defesa social, com nada consta, possibilitando assim, aferir os antecedentes criminais do paciente, além do mesmo possuir emprego e estudar, conforme consta dos autos.

7. No entendimento do MPF, "como se observa da transcrição realizada no item 2, acima, não há indícios, muito menos "suficientes da autoria", em relação ao paciente. Não se sabe em que se apoiou a hipótese de que o paciente iria "prestar apoio na fuga do grupo". andar nas imediações do crime em um táxi com pisca-alerta ligado não é fato bastante para se construir um mísero indício, que dizer de uma imputação consistente da autoria. a insuficiência acima apontada, por si só, impõe a concessão do presente habeas corpus."

8. Não vislumbrando no caso o periculum in libertatis, há de se conceder a ordem de habeas corpus em favor de josé anderson mourelly da silva, para que o mesmo possa responder ao processo em liberdade.

9. ordem de habeas corpus concedida. (TRF5. HC0123583-31.2009.4.05.0000. Rel. Francisco Barros. 19.01.10)

Ou seja, deverá restar clarividente o Periculum Libertatis, com argumentação concisa e

precisa da necessidade imperiosa da manutenção da medida, a mera argumentação de

manutenção da Ordem Pública não é válida, ou ainda pela gravidade em abstrato do delito.

Pacifico neste sentido o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no julgamento do HC

99379/RS, de Relatoria do Insigne Ministro Eros Grau, em 08.09.2009, in verbis:

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HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE DO CRIME, EXISTÊNCIA DE INQUÉRITOS POLICIAIS E AÇÕES PENAIS EM CURSO: INIDONEIDADE. EXCEÇÃO À SÚMULA N. 691 DESTA CORTE.

1. O fundamento da garantia da ordem pública é inidôneo quando alicerçado na credibilidade da justiça e na gravidade do crime. De igual modo, circunstâncias judiciais como a gravidade do crime, o motivo, a frieza, a premeditação, o emprego de violência e o desprezo pelas normas que regem a vida em sociedade não conferem base concreta à prisão preventiva para garantia da ordem pública. Circunstâncias dessa ordem hão de refletir-se --- e apenas isso --- na fixação da pena. Precedentes. 2. A simples alusão de que o paciente está sendo processado por outros crimes ou respondendo a inquéritos não é, por si só, suficiente à manutenção de sua custódia cautelar. Precedentes. 3. Constrangimento ilegal a justificar exceção à Súmula n. 691 desta Corte. Ordem concedida

Também neste sentido

AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto fundado na necessidade de acautelar o meio social, a título de garantia da ordem pública. Inadmissibilidade. Razão que não autoriza a prisão cautelar. Constrangimento ilegal caracterizado. Ordem concedida. Precedentes. É ilegal o decreto de prisão preventiva baseado na necessidade de aplacar a intranqüilidade no meio social, a título de garantia da ordem pública. Ordem concedida. (HC 93477 / RJ

Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 10/03/2009)

Novamente citando a Inolvidável Doutrinadora ADA PELLEGRINI GRINOVER, temos o

seguinte posicionamento:

“Ainda é preciso observar que a justificação sobre a presença das apontadas exigências cautelares deve ser individualizada, sempre que houver mais de um acusado no mesmo processo, levando-se em conta as condições pessoais de cada um deles na constatação do periculum

libertatis. Seria de todo arbitrário, caracterizando absoluta falta de

motivação, indicar globalmente uma situação que autorize a prisão de vários acusados, sem consignar os dados individuais que indicam a necessidade da segregação.

Nesse sentido, STJ, RHC, relator Min. Costa Lima: “Prisão preventiva envolvendo diversos acusados não pode ficar em generalidades. Especialmente se considera todos perigosos, tendo em vista seus comportamentos tendenciosamente criminosos, ai incluído o paciente que é primário, sem antecedentes criminais, nasceu, reside e é estabelecido na comarca, e não aponta indícios de como, quando, de que modo e em que medida participou dos crimes.

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Decreto de prisão preventiva sem fudamentação, que se anula (art. 93, IX da CF e art. 315 do CPP)”, Lex JSTJ e TRF, 47/277; TJSP, HC 386.660-3/9, Relator

Cangucú de Almeida: “Era preciso, sem dúvida para legitimar a custódia de cada um, que o magistrado ressaltasse o proceder individual deles, indicando, com precisão, porque a conduta efetiva de cada qual, não do grupo genericamente considerado, recomenda o afastamento de todos do convívio social” (j. 10.02.2003).

A ausência de fundamentação conduzirá à nulidade absoluta do decreto de prisão preventiva, porquanto, se trata de violação de formalidade estabelecida pela própria Constituição (arts. 5°, LXI, e 93, IX)

Desta forma, as melhores Doutrinas bem como as reiteradas decisões pelos tribunais

pátrios denotam a necessidade de fundamentar individualmente a custódia cautelar

de cada um dos acusados, a inobservância de tal preceito contamina de tal ordem o

ato que o mesmo deverá ser considerado nulo.

Ausente a fundamentação, deverá ser considerada nula tal decisão, esse é o entendimento

do Superior Tribunal de Justiça:

HABEAS CORPUS. CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. INDEFERIMENTO. AUSÊNCIA DE CONCRETA FUNDAMENTAÇÃO PARA A MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ORDEM CONCEDIDA.

1. Ainda que o crime seja classificado como hediondo pela Lei n.º 8.072/1990, a simples alegação da natureza hedionda do crime cometido pelo agente do delito não é per si justificadora do deferimento do decreto de segregação cautelar, devendo, também, a autoridade judicial devidamente fundamentar e discorrer sobre os requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal. Precedentes do STJ.

2. Habeas corpus concedido”

(HC 26032/PR, 5.ª Turma, Rel. Min. Laurita Vaz, DJU de 12/05/2003).

CRIMINAL. HC. HOMICÍDIO TENTADO. FLAGRANTE. INDEFERIMENTO DE LIBERDADE PROVISÓRIA. AUSÊNCIA DE CONCRETA FUNDAMENTAÇÃO. NECESSIDADE DA MEDIDA

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NÃO-DEMONSTRADA. PRESENÇA DE CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. ORDEM CONCEDIDA.

I. Exige-se concreta motivação ao óbice à liberdade provisória de paciente primário e sem maus antecedentes, mesmo em sede de delitos hediondos, não bastando a simples alusão à vedação do art. 2.º, inc. II, da Lei n.º 8.072/90. Precedentes.

II. A presença de condições pessoais favoráveis, mesmo não sendo garantidoras de eventual direito à liberdade provisória, devem ser devidamente valoradas, quando não demonstrada a presença de requisitos que justifiquem a medida constritiva excepcional.

III. Deve ser concedida a liberdade provisória em favor de JOSÉ FERREIRA DA SILVA FILHO, com a imediata expedição de alvará de soltura em seu favor, se por outro motivo não estiver preso, mediante condições a serem estabelecidas em 1.º grau de jurisdição, sem prejuízo de que o Julgador, com base em fundamentação concreta, venha a decretar nova custódia.

IV. Ordem concedida, nos termos do voto do Relator”

(HC 25181/RJ, 5.ª Turma, Rel. Min. Gilson Dipp, DJU de 05/05/2003).

CRIMINAL. HC. ENTORPECENTES. PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. AUSÊNCIA DE CONCRETA FUNDAMENTAÇÃO PARA A MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA. NECESSIDADE DA MEDIDA NÃO-DEMONSTRADA. PRESENÇA DE CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. TENTATIVA. TESE NEGATIVA DE AUTORIA. IMPROPRIEDADE DO MEIO ELEITO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA.

Exige-se concreta motivação da decisão que indefere o pedido de liberdade provisória, com base em fatos que efetivamente justifiquem a custódia processual, atendendo-se aos termos do art. 312 do CPP e da jurisprudência dominante. Precedente.

A mera alusão à existência de indícios de autoria não é suficiente para motivar a manutenção da custódia.

O simples fato de se tratar de crime hediondo não basta para que seja determinada a segregação. Precedentes.

Condições pessoais favoráveis, mesmo não sendo garantidoras de eventual direito à liberdade provisória, devem ser devidamente valoradas, quando não demonstrada a presença de requisitos que justifiquem a medida constritiva excepcional.

O habeas corpus constitui-se em meio impróprio para a análise de alegações que exijam o reexame do conjunto fático-probatório como a

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apontada tese negativa de autoria, se não demonstrada, de pronto, qualquer ilegalidade nos fundamentos da denúncia.

Deve ser concedida, em parte, a ordem para revogar a prisão cautelar efetivada contra CÍRIA FERNANDES DE MORAES, determinando-se a imediata expedição de alvará de soltura em seu favor, se por outro motivo não estiver presa, mediante condições a serem estabelecidas pelo Julgador de 1.º grau, sem prejuízo de que venha a ser decretada novamente a custódia, com base em fundamentação concreta.

Ordem parcialmente concedida, nos termos do voto do Relator”

(HC 23738/SP, 5.ª Turma, Rel. Min. Gilson Dipp, DJU de 03/02/2003).

Ora em momento algum o Magistrado faz menção a algum fato concreto que o leve a esta

conclusão, qual seja, da presença dos requisitos ensejadores da custódia cautelar. Fazendo

mera menção a “ordem pública”, “paz social”, ou seja, mera transcrição do dispositivo

legal.

Nobre Julgador, deverá restar clarividente o Periculum Libertatis, com argumentação

concisa e precisa da necessidade imperiosa da manutenção da medida, a mera

argumentação de manutenção da presença dos requisitos ensejadores da custódia não é

válida. Existem vários requisitos que poderiam ensejar a manutenção de uma custódia

cautelar, os quais são dispostos no CPP, porém, o Douto Magistrado sequer fez menção a

um deles.

Habeas Corpus. Pedido de liberdade provisória. Necessidade de fundamentação da decisão que indeferiu o pedido em 1a instância. Ordem concedida. (TJSP - Habeas Corpus: HC 990093405091 SP Relator(a): Marco Nahum. Julgamento: 08/03/2010)

HABEAS CORPUS - TRÁFICO DE DROGAS ILÍCITAS -

LIBERDADE PROVISÓRIA - INDEFERIMENTO - DECISÃO MAL FUNDAMENTADA - INTELIGÊNCIA DO ART. 93, IX, DA

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - OCORRÊNCIA - ORDEM CONCEDIDA.

I. A doutrina e a jurisprudência entendem que toda e qualquer espécie de prisão, antes do trânsito em julgado da sentença

condenatória, tem natureza cautelar, o que significa dizer, deve estar devidamente comprovada a necessidade de tal restrição da liberdade.

(9)

II. A decisão que contém o indeferimento do pleito de liberdade

provisória com base na gravidade do delito, bem como na proibição legal de concessão do benefício previsto no art. 44 da Lei 11343/06, sem se embasar em dados concretos dos autos, deve ser cassada, para que se veja restabelecida a liberdade do paciente.

III. Ordem concedida. (TJMG: 100000951283930001 MG

1.0000.09.512839-3/000(1) Relator(a): ALEXANDRE VICTOR DE CARVALHO. Julgamento: 02/03/2010)

Ademais, o Paciente, jamais fora preso ou processado, possuindo residência e empregos

fixos, sendo imperiosa a substituição da prisão por outra medida cautelar diversa, constante

no art. 319 do CPP.

Diante do Exposto Requer

Assim, diante de todo exposto, a manutenção da prisão cautelar é carente de substrato

jurídico, devendo a mesma ser revogada, devendo aguardar o termo do presente processo em

liberdade, e substituída a prisão por outra medida cautelar diversa da prisão, conforme o art.

319 do CPP, comprometendo-se a comparecer a todos os atos processuais e não se ausentar

ou mudar de endereço sem a prévia autorização deste juízo.

Instruem o presente Habeas Corpus cópia integral do processo originário, objeto do presente

writ, as quais os impetrantes declaram SOB SUA RESPONSABILIDADE A

AUTENTICIDADE DAS REFERIDAS.

Recife, 19 de fevereiro de 2013. Nesses Termos.

Pede Deferimento

.

YURI AZEVEDO HERCULANO

OAB/PE: 28.018

BRUNO FELIX CAVALCANTI

OAB/PE: 28.064

Referências

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