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PROJETO PEDAGÓGICO. Introdução

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Academic year: 2021

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Centro Social Paroquial da Borralha

P

ROJETO

P

EDAGÓGICO

Resposta social: Creche I

O Responsável da Sala: Liliana Mesquita

Tema do Projeto: “Ascores das emoções”  Período de vigência: Setembro de 2020 a Julho de 2021

Introdução

O Projeto Educativo da Instituição é essencial para a elaboração do projeto pedagógico de sala.

A palavra projeto deriva do latim “projectum”, do verbo “proicere”, que significa “antes de uma ação” (Sousa, 2012), ou seja, antes de uma ação é preciso planificar e depois concretizar.

Cada projeto é único, adequado às necessidades do grupo, com ritmos e estilos diferentes, e nunca similares.

Ao trabalhar com a metodologia de projeto pretende-se proporcionar, ainda que de forma lúdica, aprendizagens importantes para o desenvolvimento pleno e integral de cada criança.

Este projeto pedagógico destina-se ao grupo de crianças da creche I, adequado às necessidades e interesses do grupo, com o objetivo de estimular aquisições significativas durante o ano letivo.

Com este projeto, pretende-se despertar as primeiras emoções nas crianças, valorizando sempre as suas capacidades nos diversos domínios e transmitindo-lhes que cada um, à sua maneira, será sempre único e especial.

Este documento encontra-se estruturado da seguinte forma:

- Caracterização do ambiente educativo, abarcando as características gerais dos 5 meses aos 12 meses; caraterização do espaço e tempo e da equipa de sala;

- Contextualização e fundamentação teórica do tema;

- Objetivos operacionais, estratégias, métodos utilizados e uma sucinta descrição das atividades implementadas e qual a metodologia(s) e estratégia(s), bem como a forma de divulgação e avaliação do projeto.

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Caracterização do Ambiente Educativo

“Considera-se o ambiente educativo como o contexto facilitador do processo de desenvolvimento e aprendizagem de todas e cada uma das crianças, de desenvolvimento profissional e de relações entre os diferentes intervenientes.” (OCEPE, 2016:6)

Desta forma, apresentamos uma breve descrição da organização do ambiente educativo da sala.

Caracterização do grupo de crianças

O grupo da sala da Creche I é composto por dez crianças, sendo três do género feminino e sete do género masculino, com idades compreendidas entre os cinco e sete meses. Segue-se a apresentação esquemática de alguns dados das crianças.

Criança Género Idade

1 Feminino 7 meses 2 Feminino 8 meses 3 Feminino 8 meses 4 Masculino 7 meses 5 Masculino 9 meses 6 Masculino 6 meses 7 Masculino 5 meses 8 Masculino 8 meses 9 Masculino 4 meses 10 Masculino 3 meses

Tabela 1 - Caracterização do grupo de crianças ao nível estrutural

Caraterísticas gerais desde o nascimento até aos 12 meses

O grupo da Creche I é composto por dez crianças, com idades compreendidas entre os cinco e os oito meses. O grupo não está totalmente completo: as crianças

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entram à medida que completam os quatro ou cinco meses, estando a entrada destes dependente da decisão dos pais/famílias.

No mês de setembro ingressaram na Creche I quatro crianças, sendo duas do género feminino e três do sexo masculino. De seguida, apresentam-se algumas características gerais nas diversas áreas de desenvolvimento.

Cognitivas: 6 Meses:

- Agarra objetos que estão no seu campo visual; - Passa os objetos de uma mão para a outra;

- Diante de uma mesa, bate com as mãos nela dando gritos de alegria; - Deixa cair objetos voluntariamente;

- Localiza sons em qualquer direção; - Encontra um objeto que caiu.

9/12 Meses:

- Fixa o olhar em objetos pequenos e segue-os quando caem; - Atira os objetos para que lhos apanhem;

- Faz sons com um instrumento; - Encontra um brinquedo escondido; - Imita gestos conhecidos;

- Tapa e destapa caixas;

- Introduz um dedo numa ranhura;

- Mete e tira uma bola de uma caixa, uma argola de um suporte…; - Enche e esvazia caixas;

- Faz pequenas garatujas.

Linguagem: 6 Meses:

- Palrar duplicado com sílabas que se repetem, e longas (“papababapatata”); - Ri e dá gritos de alegria;

- Responde ao seu nome;

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- Utiliza a linguagem gestual para pedir; - Responde a “Vem”, “Acima”;

- Compreende a entoação do adulto: reprovação e aprovações.

9/12Meses:

- Ecolalia: imita e repete a primeira sílaba que ouve; - Presta atenção aos sons quotidianos;

- Compreende frases simples; - Imita sons simples;

- A linguagem é mais precisa: “baba”, “pa-pa”, mas sem as associar; - Designa um objeto e ações com uma sílaba relacionada;

- Compreende a proibição;

- Emite as primeiras palavras: (papá, mama, nené, dada…);

- Diz uma palavra com significado para expressar uma frase (holofrase): pede, recusa.

Motoras: 6 Meses:

- Permanece sentada na cadeira durante algum tempo; - Põe-se de gatas;

- Agarra com a mão toda; - Agarra com os pés;

- Agarra-se a objetos para se pôr de pé; - Senta-se sem apoio;

- Rasteja;

- Põe-se de pé, apoiando-se;

- Agarra objetos opondo o dedo polegar.

9/12 Meses:

- Permanece de pé, agarrando-se;

- Agarrada por baixo dos ombros, dá os primeiros passos; - Gatinha;

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- Dá passos laterais;

- Anda com ajuda, segurando-a por uma ou duas mãos; - Estando de pé, senta-se sozinha no chão;

- Agarra objetos pequenos com o indicador e o polegar; - Dá sozinhos os primeiros passos.

Autonomia Pessoal: 6 Meses:

- Mastiga alimentos sólidos, leva-os à boca e fecha os lábios sobre a colher ao ingerir a comida;

- Segura o biberão sem ajuda enquanto bebe e leva-o à boca; - Fecha a boca e evita a colher quando não quer comer. 9/12 Meses:

- Come sozinha uma bolacha, pão…; - Estica os braços e as pernas ao vestir-se;

- Bebe de uma chávena e segura-a usando ambas as mãos; - Leva à boca uma colher com alimento, quando ajudado; - Mastiga alimentos;

- Inicia o controlo do babete; - Leva, sozinha, alimentos à boca.

Socialização: 6 Meses:

- Sorri ao ver a sua imagem no espelho e toca-a; - Chora se a deixam sozinha;

- Estende os braços para a pessoa que conhece;

- Segue com atenção os movimentos e a conversa do adulto; - Chora perante pessoas desconhecidas.

9/12 Meses:

- Começa a demonstrar agrado ou desagrado pelas pessoas ou objetos desconhecidos;

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- Localiza pessoas familiares; - Brinca sozinha;

- Diz “adeus” com a mão;

- Atira objetos para que o adulto os apanhe; - Repete atos que causam riso aos outros.

Este levantamento de informação carateriza o grupo da Creche I de uma forma superficial, uma vez que, o desenvolvimento de cada criança varia consoante as suas caraterísticas individuais.

Às crianças que são admitidas pela primeira vez na Instituição é feito um Plano de Acolhimento que visa facilitar a sua integração na sala.

Durante este período de adaptação da criança, e uma vez que estamos a lidar com bebés, é importante identificar as suas necessidades, os diferentes tipos de choro, para assim satisfazer as necessidades do bebé.

Desde o início do ano letivo, nomeadamente no decorrer do mês de setembro, as crianças já efetuaram algumas conquistas, adquirindo relações de confiança com os adultos de sala, identificando os sons característicos no contexto sala e reconhecendo/identificando as vozes dos adultos de sala.

Caracterização da equipa

Equipa responsável pelo grupo da Creche I: - Educadora de Infância: Liliana Mesquita - Auxiliar de ação educativa: Edite Almeida - Auxiliar de ação educativa: Elizabete Caseiro

O trabalho em equipa, a cooperação, a partilha de informação e a entreajuda são ideais que rege a prática da equipa técnica da sala da Creche I, uma vez que, “a participação no planeamento e avaliação de outros profissionais que trabalham com o mesmo grupo de crianças é um dos meios de garantir a coerência do currículo e de ter outros “olhares” sobre a aprendizagem das crianças.” (OCEPE,2016:18)

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Caracterização do espaço

“A organização e utilização do espaço são expressão das intenções educativas e da dinâmica do grupo, sendo indispensável que o educador se interrogue sobre a sua função e finalidades educativas dos materiais de modo a planear e fundamentar as razões dessa organização.” (OCEPE, 1997:32)

No contexto de Creche, a organização do ambiente educativo assume um caráter de excelência; ou seja, o espaço deve estar organizado de modo a proporcionar novas aprendizagens, despertar a curiosidade, gerar novos desafios, incitar a autonomia e promover novas relações sociais e emocionais.

A Sala da Creche I tem uma enorme janela, é bastante arejada e iluminada com luz natural. Numa das paredes da sala, existe um placard onde estão afixados instrumentos de regulação do grupo, nomeadamente o mapa das presenças e plano mensal de atividades.

Esta sala está dividida em dois espaços distintos: um espaço de atividades, refeições e fraldário e um outro espaço para o dormitório. Todo o mobiliário e equipamento são estáveis para as crianças e proporcionam o seu conforto e bem-estar.

- Área de Acolhimento – espaço confortável, que é utilizado para reunir as crianças, promovendo a interação grupal;

- Área dos Jogos/Construções – espaço destinado para as crianças brincarem com legos, peças de encaixe, jogos e carrinhos. Neste cantinho, as crianças podem aprimorar as habilidades motoras finas, a coordenação óculo-manual e desenvolver o raciocínio lógico-matemático;

- Piscina – cantinho no qual as crianças (mais velhas) podem brincar livremente, aprimorando as capacidades motoras grossas.

A sala dispõe ainda de um espaço amplo, para que futuramente as crianças possam rastejar, gatinhar e iniciar o percurso de marcha.

“A organização do espaço sala é a expressão das intenções do/a educador/a da dinâmica do grupo, sendo indispensável que este/a se interrogue sobre a sua função,

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Centro Social Paroquial da Borralha finalidades e utilização, de modo a planear e fundamentar as razões dessa organização.” (OCEPE, 2016: 28)

Ao promovermos a estruturação de um ambiente educativo bem organizado, este será certamente, um contexto potenciador de inúmeras aprendizagens quer a nível motor, social, cognitivo de acordo com as necessidades e interesses do grupo em questão, estão reunidas as condições “(...) para um desenvolvimento da independência e autonomia da criança, e do grupo.” (OCEPE, 2016: 28)

Caracterização do tempo

Educar uma criança é permitir que esta explore o mundo envolvente, transmitindo-lhe valores e limites de forma a proporcionar experiências significativas. Assim, quando falamos em educação, falámos em rotinas, que são a “base para o equilíbrio interno”. (https://amenteemaravilhosa.com.br/importancia-rotina-para-criancas/).

As primeiras rotinas surgem no contexto familiar, devendo ser rítmicas e consistentes, pois esta sequência de acontecimentos diários ajuda a criança a ter noção do mundo que a rodeia, “tornando-o cada vez mais previsível e seguro.” (https://amenteemaravilhosa.com.br/importancia-rotina-para-criancas/).

Definir uma rotina, desde o nascimento do bebé, permitirá à criança conhecer os seus ritmos biológicos e diminuir a ansiedade enquanto família, pois é possível conhecer melhor o choro do bebé, satisfazendo com rapidez e de forma assertiva a necessidade do latente. Este conhecimento e envolvimento na rotina diária desenvolve na criança mecanismos de autorregulação, que auxiliam a desenvolver a sua autonomia.

Nesta linha de pensamento, foi criada uma rotina diária para a resposta social Creche, organizada de modo a responder às necessidades básicas das crianças, facultando-lhe momentos lúdicos e pedagógicos.

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Rotina diária Horário (aproximadamente) Recepção das Crianças – Sala de

Acolhimento

7H20 – 8H30

Suplemento (Fruta) 8H30 – 9H00

Acolhimento na Sala/ Higiene 9H00 – 9H30 Atividades Pedagógicas Orientadas 9H30 – 10H45

Higiene 10H45 – 11H00 Almoço 11H00 – 12H00 Sesta 12H00 – 15H00 Higiene/Atividades Lúdicas 15H00 – 15H30 Lanche 15H30 – 16H00 Atividades Lúdicas/Higiene 16H00 – 17h30

Entrega das Crianças 17H00 – 19H20

Este grupo não norteia o seu tempo por esta rotina; uma vez que são bebés, e cada bebé tem a sua própria rotina. Todavia, de forma ténue iremos introduzir partes desta rotina na sala, neste grupo. Pois temos plena consciência da importância do que é uma rotina no dia a dia de um bebé. Uma rotina consistente promove o desenvolvimento cognitivo, físico, emocional e social das crianças. Podemos mesmo referir que são excelentes aliadas na prevenção de distúrbios de comportamentos desajustados.

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Contextualização do Projeto

“ O conhecimento não provém de objetos, nem da criança, mas sim das interações entre a criança e objetos.” Jean Piaget

O Projeto Pedagógico intitulado “As cores das emoções” foi pensado de forma a atender às caraterísticas gerais enquanto grupo da Creche I, não esquecendo as características individuais de cada um e respeitando o ritmo de cada criança.

“O projeto pedagógico é um processo individualizado e socializado que visa principalmente desenvolver a autonomia/independência potencializando o desenvolvimento a aprendizagem de todos os implicados.” (Mendonça, 2002: 45)

Este projeto vai de encontro ao tema do Projeto Educativo da instituição “Emoções, Cidadania e Desenvolvimento”, que se encontra subdividido em três subtemas. Neste ano, iremos explorar o subtema das emoções que se norteia pelos seguintes objetivos gerais:

1- Identificar e explorar as principais emoções e o seu impacto no desenvolvimento pessoal e social.

2- Apelar à co-responsabilização dos familiares, implicando-os nas diversas atividades desenvolvidas sobre a temática.

3- Sensibilizar para a importância da gestão e educação emocional e dotar os vários intervenientes de estratégias de ação.

Fundamentação Teórica

Com este projeto, pretendemos proporcionar ao grupo de crianças um contacto inicial com as diferentes emoções.

Uma emoção poderá ter diversos significados; segundo Damásio (2000) “ (...) a emoção consiste numa variação psíquica e física, desencadeada por um estímulo subjetivamente experimentada e automática e que coloca o indivíduo num estado de resposta ao estímulo(...)”.

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Para Goleman (2012) “uma emoção é espelhada como um estado de espírito provisório que aparece devido a uma resposta biológica a uma situação e é irrealizável separar emoção da razão.” (http://meninosrabinos.pt/Faco_la/pedag_amarela_18_19.htm)

Assim sendo, subentende-se que, para Damásio, a emoção encontra-se associada a um estímulo; para Moreira, a emoção é uma resposta que o nosso corpo dá ao que se passa em seu redor; e para Goleman (2012) a emoção não se consegue separar da razão. (http://meninosrabinos.pt/Faco_la/pedag_amarela_18_19.htm)

Desde tenra idade, enquanto família e profissional de educação temos a obrigatoriedade de abordar conceitos/temas como as emoções de uma forma básica, atendendo a faixa etária do grupo, de forma a potencializar um bom desenvolvimento emocional, para que, futuramente estas crianças tornem-se jovens, adultos íntegros emocionalmente, equilibrados e respeitadores.

Desta forma e no contexto Creche, a criança é um sujeito ativo na sua aprendizagem, é um ser livre para expressar as suas emoções; com este projeto, pretendemos criar estratégias para que cada criança aprenda o que está a sentir, como lidar com essa emoção e consiga gerir o seu comportamento perante determinada situação.

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Objetivos Operacionais

De acordo com o Projeto Pedagógico traçado e as áreas que lhe estão inerentes apresenta-se, de seguida, os objetivos que se pretendem desenvolver com as crianças da sala da Creche I, durante a implementação do Projeto.

Áreas de Conteúdo Objetivos Gerais Objetivos Específicos Objetivos Operacionais Metas / Indicadores Instrumentos -Área da Expressão e comunicação -Domínio da Linguagem oral. -Área do Conhecimento do mundo - Área de Expressão e Comunicação: - Domínio da matemática; - Subdomínio da expressão motora. 1- Estimular o desenvolvimento da linguagem oral. 2-Aprimorar o órgão dos sentidos – tato e visão.

1.1- Imitar as expressões faciais do adulto.

2.1- Desenvolver a habilidade motora fina; (ser capaz de manusear balões, contactando com diferentes cores)

1.1.1- Hora do conto – Leitura da história “ O monstro das cores- pop up”

(1ºsemestre)

2.1.1 – Balões sensoriais – em cada balão está representada uma emoção. No seu interior está algo alusivo a essa mesma emoção.

(2º semestre)

Pelo menos 80% das crianças que participam nesta atividade, devem ser capazes de imitar as expressões das emoções.

Pelo menos 70% das crianças que participam nesta atividade, devem ser capazes de manusear os balões e observar as suas cores e exprimir reações. Observação direta Registos escritos Registos fotográficos Mapa de presenças

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Estratégias e Métodos

A metodologia de projeto implica intencionalidade, envolvimento significativo e empenho dos intervenientes, na construção de uma visão partilhada. Implica também responsabilidade e autonomia dos intervenientes, ou seja, as crianças passam a ser agentes do seu desenvolvimento e aprendizagem. Requer autenticidade, complexidade e criatividade nas ideias que vão ser implementadas.

Nesta linha de pensamento, pretendemos com a metodologia de projeto, proporcionar às crianças novos desafios, novas explorações, novas experiências, novos modos de pensar, de agir, e de ser um SER individual, para escolher o seu caminho.

Assim, trabalhar com a metodologia de projeto exige ao “educador a capacidade investigativa de imaginar hoje, tendo em atenção o passado, o que ele deseja para mais tarde, antecipando os desafios e mobilizando os recursos para a sua realização no tempo presente.” (Mendonça, 2002:45)

A abordagem pelo qual oriento a minha prática pedagógica baseia-se na abordagem High/Scope em que as crianças constroem uma compreensão do mundo através do envolvimento ativo com as pessoas, materiais e ideias, considerando que as crianças desde tenra idade aprendem ativamente, “adquirem conhecimento, experimentando ativamente o mundo à sua volta, escolhendo, explorando, manipulando, praticando, transformando, fazendo experiências.” (Post, Hohmann 2007:1)

Esta abordagem, ou este princípio, tem como base as teorias construtivistas de Piaget e outros psicólogos de desenvolvimento.

Plano de Atividades Sócio-pedagógicas

 História: “O monstro das cores – Pop-up”: decorrerá durante a manhã, na sala, em grande grupo. Será lida a história e, em simultâneo, mostradas as imagens, modelando-se a voz consoante as personagens.

Os Balões sensoriais – decorrerá pela manhã, na sala, em grande grupo. Serão apresentados os balões e realçadas as emoções que cada um representa. De seguida, serão manuseados os balões, realçando-se algumas caraterísticas do que “estou a sentir”. No final, distribui-se um balão por cada criança, registando-se o momento e comtemplando as medidas de higienização da DGS.

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Metodologia de Divulgação do Projeto

Habitualmente, o projeto pedagógico de sala era dado a conhecer às famílias através de uma reunião de sala, em meados de outubro, onde era divulgada toda a acepção deste projeto. Atualmente, este documento será enviado aos pais por e-mail, recorrendo-se assim às tecnologias - método mais seguro, devido à situação Pandémica que estamos a vivenciar.

O projeto pedagógico encontra-se disponível no site da instituição, sendo ainda divulgado ao longo do ano letivo através das exposições de trabalhos realizados, dos registos fotográficos partilhados via facebook, das planificações mensais enviadas aos encarregados de educação via e-mail, envolvendo-os na dinâmica do projeto e em toda a açãoescolar.

“Um diálogo que facilite relações de confiança mútua permite aos pais/famílias expor as suas opiniões, expetativas e dúvidas a ser esclarecidos sobre as opções tomadas pelo educador.” (OCEPE, 2016:21)

Esta relação permite ao educador entender melhor os contextos familiares das crianças para ajustar a sua intervenção educativa.

Metodologia de Avaliação do Projeto

A avaliação assume um caráter formativo, servindo para registar os progressos das crianças, as suas capacidades individuais e competências, não esquecendo que a criança é o ator principal da sua aprendizagem.

Segundo Zabalza (2006), existem, no mínimo, dois tipos de análise/avaliação que devemos ter em consideração: a análise/avaliação do funcionamento do grupo no seu todo e a análise/avaliação do progresso individual da criança.

“Considerando que cada criança é única, tem os seus saberes e formas próprias de aprender, a avaliação da aprendizagem das crianças incide não só na evolução do grupo, mas também nos progressos de cada uma, sabendo que esses progressos não são lineares, nem idênticos em todas as crianças.” (OCEPE,2016:20)

Desta forma, os registos de observação (escritos e fotográficos), a avaliação dos perfis de desenvolvimento, a avaliação das atividades do projeto pedagógico e a avaliação das atividades dos planos mensais são instrumentos pedagógicos “(...)que

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permitem ao educador “ver” a criança sob vários ângulos e situar essa “visão” no desenvolvimento do seu processo de aprendizagem.” (OCEPE,2016:16)

Assim, a avalição é de caráter formativo e não sumativo, realçando as conquistas e evolução da criança.

Conclusão

Cuidar e educar são fatores que estão intimamente relacionados, pois estar atento ao bem-estar emocional e físico de cada criança e dar resposta às suas solicitações, torna o ambiente de sala securizante, onde cada criança se sente bem e sabe que é escutada e valorizada.

Dialogar, compreender, escutar, ouvir a criança e perceber como atuar é sem dúvida muito importante, pois só assim conseguimos conquistar a sua confiança e colocar-nos ao seu nível, para promover o seu desenvolvimento integral e harmonioso.

Desta forma o papel do educador deve ser um facilitador e não um impositor dos meios, métodos, estratégias de todo o processo ensino-aprendizagem. A criança deve ser o ator principal em todo este processo, para que futuramente tenhamos jovens e adultos íntegros, emocionalmente equilibrados e respeitadores.

Bibliografia

VÁRIOS, (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar. Lisboa: Ministério da Educação

VÁRIOS, (2016). Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar. Lisboa: Ministério da Educação

Post, J. & Hohmann, M. (2003). Educação de bebés em infantários – cuidados e primeiras aprendizagens. Lisboa: Fundação Gulbenkian

Portugal G. (1998). Crianças, famílias e creches – uma abordagem ecológica da adaptação do bebé à creche. Porto: Porto Editora

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PORTUGAL, Gabriela (2000). Educação de Bebés em Creche- Perspetivas de Formação Teóricas e Praticas. Departamento de Ciências da Educação: Universidade de Aveiro

PORTUGAL, Gabriela (2012). Finalidades e práticas educativas em creche: das relações, atividades e organização dos espaços ao currículo na creche. Porto: Porto Editora

Hohmann, M. & Weikart, D. P. (2007). Educar a Criança. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian

ZABALZA, M. (1998): Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed

Webgrafia

https://amenteemaravilhosa.com.br/importancia-rotina-para-criancas/ http://meninosrabinos.pt/Faco_la/pedag_amarela_18_19.htm

https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/EInfancia/documentos/trabalho_por_projeto_ r.pdf

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Anexos:

- Calendarização do Plano Anual de Actividades

Data: ___30___ de ___Outubro___ de __2020_ O Responsável da Sala:_LilianaMesquita __

Pelas Parcerias: ______________________________________ Pela Instituição: ______________________________________

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Os Encarregados de Educação:

Nome da criança Rubrica Encarregado

de Educação Nome da criança

Rubrica Encarregado de Educação

Referências

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