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J. vasc. bras. vol.10 número4

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Academic year: 2018

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EDITORIAL

A interface entre imagens e próteses para o cirugião

endovascular

Luiz Antonio Furuya

Cirurgião vascular e endovascular J Vasc Bras. 2011;10(4):282-283.

Há alguns anos, os cirurgiões vasculares começaram a receber nos consultórios um “novo” tipo de exame, deno-minado de TomograiaMultislice ou Angiotomograia.

Nos envelopes, havia dezenas de imagens coloridas, re-construções em várias perspectivas e tamanhos. As imagens eram de altíssima qualidade e belas, porém de pouquíssima utilidade para as decisões médicas. Dentro do envelope, também havia um CD contendo um programa de visuali-zação e, aproximadamente, 2000 imagens axiais de tórax, abdômen e pelve com e sem contraste.

Mesmo com esta grande quantidade de dados, as ima-gens não podiam ser manipuladas, pois o programa pa-drão incluso era somente um visualizador de imagens com pouquíssimos e restritos recursos. Não era possível realizar nenhuma reconstrução multiplanar e, tampouco, tridimen-cional. A falta de um visualizador de qualidade (programa de pós-processamento de imagem) gerava um grande dile-ma: para que solicitar um exame moderno e, obviamente, caro se não era possível usufruir destes dados? A enorme quantidade de informação não era, por si só, suiciente para o correto planejamento, por exemplo, do tratamento endo-vascular do aneurisma da aorta: medições precisas e conse-quente escolha do melhor material para cada paciente.

O implante de uma endoprótese infrarrenal é um pro-cedimento relativamente simples, que requer medidas de comprimento e diâmetro dos vasos no pré-operatório. No entanto, a confecção e implantação de dispositivos que aco-modem os ramos viscerais é muito mais complexo e envol-ve vários passos, incluindo avaliação das imagens pré-ope-ratórias, familiaridade com os acessos aos vasos viscerais e habilidades similares ao implante da endoprótese infrarre-nal. Os dispositivos que envolvem os ramos viscerais neces-sitam, além das imagens sagitais utilizadas nos dispositivos infrarrenais, obrigatoriamente o planejamento 3D e orien-tação multiplanar, opções não disponíveis no programas de visualização comuns.

Havia, então, a necessidade de novos visualizadores de imagens DICOM (Digital Imaging and Communications

in Medicine) para os usuários que não possuíam a

infraes-trutura de um avançado computador dotado de recursos gráicos (workstation) para que estes pudessem realmente utilizar os dados contidos nos CD’s de tomograia compu-tadorizada Multslice ou de ressonância magnética de alto campo.

Em poucos anos, surgiram no mercado diversos visu-alizadores DICOM, com melhores ferramentas em relação aos programas contidos nos CD’s, para que os cirurgiões endovasculares, enim, pudessem programar de maneira adequada seus casos. Dentre vários programas disponíveis, será destacado o iNtuition Cloud da TeraRecon.

Este programa possui vários diferenciais em relação aos outros visualizadores. Primeiro, pode ser utilizado em diversas plataformas, tais como Windows, Mac OS X, Android ou Iphone e por diversos navegadores (browsers)

como Internet Explorer, Mozilla e Safari, entre outros. O usuário, através de uma conexão LAN (banda larga) ou 3G de um celular, transforma o seu equipamento em uma

workstation, com todos os recursos, em qualquer

momen-to e lugar, seja no consultório, em casa, ou mesmo dentro de uma sala cirúrgica, graças à tecnologia oferecida pelo programa.

O programa iNtuition Cloud da TeraRecon possui um sistema de pré-processamento automático (AquariusAPS) o qual pode ser ativado para realizar automaticamente diversas etapas do processamento de imagens, tais como: remoção óssea, detecção de linhas centrais, detecção de anatomia, aplicação de mapas paramétricos, localização de nódulos pulmonares e não somente nas reconstruções tri-dimencionais, mas, sobretudo, utilizando as reconstruções multiplanares e 3D (Figura 1).

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A interface entre imagens e próteses para o cirugião endovascular - Furuya LA J Vasc Bras 2011, Vol. 10, Nº 4 283

das imagens médicas, patente TeraRecon), permitindo ao sistema aproveitar a potência do mecanismo de renderiza-ção de hardware volumétrico 3D em tempo real.

Esta tecnologia possibilita também a integração entre o ambiente hospitalar com usuário à distância, facilitando o acesso de múltiplos especialistas aos exames e em diver-sos locais ao mesmo tempo. Isso, na prática, quer dizer que o médico pode visualizar e processar imagens de uma an-giotomograia adquirida em um hospital, com todos os re-cursos de uma workstation diretamente de sua casa ou do consultório, via navegador (browser) e em poucos minutos após o término da aquisição do exame nos tomógrafos ou aparelhos de ressonância.

As possibilidades de fácil acesso às imagens em conjun-to com alunos e médicos residentes, por exemplo, expan-dem as fronteiras do ensino médico a padrões, até então, inimagináveis.

Por não ser um programa de acesso livre, é necessário um investimento para se ter acesso a toda esta tecnologia, investimento este que pode ser realizado por uma institui-ção (hospital, universidade, faculdade etc.), uma empresa

de medicina diagnóstica ou mesmo um usuário unitário (um médico, por exemplo), existindo opções personaliza-das viáveis para cada tipo de cliente.

Podemos, com certeza, dizer que a era do compasso e do negatoscópio deu lugar a era do mouse e dos monitores de alta deinição. A precisão e a certeza tomaram o lugar das medidas por aproximação e das avaliações sem funda-mento. Muito ainda esta por vir e, dia a dia, o médico que se dedicar à melhoria da sua atividade clínica, com certeza, vai descobrir maneiras de utilizar a tecnologia a seu favor, gerando mais conhecimento e mais qualidade no tratamen-to de seus pacientes.

Referências

1. Lee WA. Endovascular abdominal aortic aneurysm sizing and case planning using the TeraRecon Aquarius workstation. Vasc Endovascular Surg. 2007;41(1):61-7.

2. Roy K. Greenberg, M.D. Endovascular aneurysm repair using bran-ched or fenestrated devices [Internet]. Available from: http://www. terarecon.com/downloads/news/casestudy_greenberg_comple-xaneurysms.pdf.

Imagem

Figura 1. Aspecto da tela inicial do programa iNtuition Cloud da TeraRecon para angiotomografia abdominal.

Referências

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