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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO ES Curso de Direito

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Academic year: 2022

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Deborah Estefanato da Silva

O PAPEL DOS NPJ’S NA FORMAÇÃO DO FUTURO PROFISSIONAL DO DIREITO E A FUNÇÃO SOCIAL DE ASSISTENCIA JURÍDICA

AOS HIPOSSUFICIENTES

Cachoeiro de Itapemirim

2017

(2)

O PAPEL DOS NPJ’S NA FORMAÇÃO DO FUTURO PROFISSIONAL DO DIREITO E A FUNÇÃO SOCIAL DE ASSISTENCIA JURÍDICA

AOS HIPOSSUFICIENTES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito do Centro Universitário São Camilo, orientado pelo Profº. Dr. Cristiano Hehr Garcia como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Direito.

Cachoeiro de Itapemirim

2017

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O PAPEL DOS NPJ’S NA FORMAÇÃO DO FUTURO PROFISSIONAL DO DIREITO E A FUNÇÃO SOCIAL DE ASSISTENCIA JURÍDICA

AOS HIPOSSUFICIENTES

Cachoeiro de Itapemirim ES, 17 de novembro de 2017.

__________________________________________________

Professor orientador: Cristiano Hehr Garcia

___________________________________________________

Professor Examinador: (nome)

__________________________________________________

Professor Examinador: (nome)

(4)

Universitário São Camilo, Cachoeiro de Itapemirim ES, 2017.

RESUMO

A presente monografia busca fazer uma amostragem do ensino jurídico, mas com o foco principal o Núcleo de Prática Jurídica, aborda desde a criação do curso jurídico no Brasil, e sua implantação no estado do Espírito Santo, e a grande necessidade da criação dos Núcleos de Práticas Jurídicas além de analisar as grades curriculares de quatro grandes faculdades do estado do ES, sendo elas Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Faculdade de Direito de Vitória (FDV), Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim (FDCI) e Centro Universitário São Camilo – ES, mas com o objetivo específico, sendo a carga horária que cada instituição de ensino oferece para os bacharelando em direito. A diferença entre acesso a justiça e acesso ao judiciário, além das prerrogativas inseridas do art. 186 § 3º do Código de processo civil para para os Núcleos de Práticas Jurídicas. Contudo utilizou-se de pesquisa bibliográfica, legal e documental com artigos científicos, resoluções, portarias e materiais relacionados a cada curso. Ao final conclui-se que ainda existe IES, que ofertam uma carga horária mínima, ao cumprimento das atividades do estágio supervisionado, além de existir questões que devem ser melhoradas dentro dos Núcleos de Práticas Jurídicas, como podemos perceber através da pesquisa empírica feita para os bacharelando em direito.

Palavras-chave: ensino jurídico, grades curriculares, faculdades, núcleo de prática jurídica, estágio supervisionado, direito, acesso à justiça.

(5)

São Camilo, Cachoeiro de Itapemirim ES, 2017.

ABSTRACT

This monograph seeks to make a sampling of legal education, but with the main focus the core of Legal Practice, addresses since the creation of the legal course in Brazil, and its deployment in the state of Espírito Santo, and the great need for the creation of the cores of legal practices in addition to analyzing the syllabuses of four major colleges in the state of ES, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Faculty of Law of victory (FDV), Faculty of Law in Cachoeiro de Itapemirim (FDCI) and Centro Universitário São Camilo - ES, but with the specific goal, being the workload that each higher education institution offers to the bacharelando in law the difference between access to justice and access to the judiciary, in addition to the privileges included with Art. 186 para. 3 of the code of civil procedure for the cores of legal practices. However used of bibliographical research, legal and documentary with scientific articles, resolutions, ordinances and materials related to each course.

At the end concludes that there is still EIS, which offer a minimum hourly load, the fulfilment of the activities of the supervised internship, in addition to issues that should be improved within the nuclei of legal practices, as we can see through the empirical research done for the bacharelando in law.

Keywords: legal education, curricula, faculty, core of legal practice, supervised internship, endlong, access to justice.

(6)

A Deus em primeiro lugar, por ter me sustentado até este momento, de uma longa caminhada de cinco anos.

(7)

Agradeço primeiramente a Deus, que durante toda a minha caminhada, me sustentou, me deu força, equilíbrio emocional e físico e me mantendo firme em todos os momentos.

Agradeço também a minha família, por todos os momentos que me deram força e apoio, que foram à base de tudo, e sem a qual não conseguiria chegar até aqui.

Ao meu namorado Gilcimar Thompson que teve que me aguentar esses seis meses de nervosismo, estresse, falta de tempo, mas sempre esteve me dando maior apoio, me tranquilizando e me deu combustível suficiente para que eu chegasse ao fim.

Ao meu querido professor e orientador, Dr. Cristiano Hehr Garcia, sendo um excelente orientador, me direcionando em todos os momentos, por todo o suporte, toda correção, incentivo e paciência durante essa temida caminhada, vou levar todos os ensinamentos obtidos ao longe dessa vida.

A professora, Tatiana Mareto que desde o inicio do meu pré-projeto e até aqui, me deu suporte com todo o material necessário e esclarecimentos de duvidas, meu grandioso obrigada.

(8)

“Odiei as palavras e as amei...”

(Markus Zusak)

(9)

Art. Artigo

A.C. Antes de Cristo Dr. Doutor

Nº Número

(10)

MEC Ministério da Educação

CES/ CNE Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação NPJ Núcleo de Prática Jurídica

IES Instituição de Ensino Superior OAB Ordem dos Advogados do Brasil

UFES Universidade Federal do Espírito Santo FDV Faculdade de Direito de Vitória

FDCI Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim CPC Código de Processo Civil

CF Constituição Federal

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação

(11)

Tabela 1 - Grade curricular do curso de Bacharelado em Direito da Universidade Federal do Estado do Espírito Santo (UFES) ... 34

Tabela 2 - Grade curricular do curso de Bacharelado em Direito da Faculdade de Direito de Vitória (FDV) ... 36

Tabela 3 - Grade curricular do curso de Bacharelado em Direito da Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim (FDCI) ... 38

Tabela 4 - Grade curricular do curso de Bacharelado em Direito Do Centro Universitário São Camilo-ES ... 39

(12)

Gráfico 1 – Referente à questão número um do questionário quantitativo ... 48

Gráfico 2 – Referente à questão número dois do questionário quantitativo ... 49

Gráfico 3 – Referente à questão número três do questionário quantitativo ... 50

Gráfico 4 – Referente à questão número quatro do questionário quantitativo ... 51

(13)

SUMÁRIO

Resumo Abstract

Lista de Abreviaturas Lista de Siglas

Lista de Tabelas Lista de Gráficos

1 INTRODUÇÃO ... 14

2 ENSINO JURÍDICO ... 17

2.1No Brasil ... 17

2.2 Resumo Histórico do Curso de Direito no Espírito Santo ... 20

2.3 Surgimento dos Núcleos de Prática Jurídica ... 21

2.4 Implementação e Características do Núcleo de Prática Jurídica ... 24

2.5 Impactos e prerrogativas do art. 186 § 3º do Código de Processo Civil para os Núcleos de Práticas Jurídicas ... 26

3 ESTÁGIO SUPERVISIONADO ... 29

3.1 Breve evolução histórica do Estágio Supervisionado ... 29

3.2 A importância do Estágio Supervisionado ... 30

3.3 Estágios Supervisionados nas IES do Espírito Santo ... 32

3.4 (UFES) Universidade Federal do Espírito Santo ... 32

3.5 (FDV) Faculdade de Direito de Vitória-ES ... 35

3.6 (FDCI) Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim-ES ... 36

3.7 Centro Universitário São Camilo-ES ... 38

3.8 Análise final das faculdades ao comparativo de carga horária ... 40

4 ACESSO A JUSTIÇA X ACESSO AO JUDICIÁRIO ... 42

4.1 Acesso a Justiça e acesso ao Poder Judiciário ... 42

4.2 Acesso a Justiça ... 43

4.3 Acesso ao Judiciário ... 44

5 METODOLOGIA ... 47

5.1 Método de pesquisa empírica ... 47

5.2 Critério para elaboração das questões ... 47

5.3 A importância do NPJ em busca de novos caminhos ... 47

(14)

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 54

BIBLIOGRAFIA ... 55

ANEXOS ... 59

ANEXO I ... 59

(15)

1 INTRODUÇÃO

A presente monografia tem o objetivo de apontar qual o principal papel dos Núcleos de Práticas Jurídicas, e sua função ao decorrer do curso de bacharelando em Direito, a carga horária especifica de quatro grandes instituições do Estado do Espírito Santo, sendo elas Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Faculdade de Direito de Vitória (FDV), Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim (FDCI) e Centro Universitário São Camilo.

Primeiramente, buscará uma análise do surgimento do curso de Direito no Brasil, contudo sendo um dos cursos superiores mais antigos, a implantação das primeiras faculdades, seus principais objetivos naquela época, e a necessidade do curso de Direito, além da implantação da primeira faculdade de Direito no Espírito Santo.

O surgimento dos Núcleos de Práticas Jurídicas dentro das faculdades de direito, qual sua necessidade, uma demonstrativo de diferença entre, escritório modelo, núcleo de prática jurídica e estágio supervisionado, um breve apontamento dos impactos e prerrogativas do art. 186 § 3º do Código de Processo Civil, que trouxe a equiparação dos prazos em dobro para os Núcleos de Práticas Jurídicas, além do surgimento dos estágios supervisionados, um comparativo de grades curriculares ao tocante dos Núcleos de Práticas Jurídicas, nas principais faculdades de Direito do Espírito Santo como já citada acima.

Com o foco principal, o projeto abordará a função dos Núcleos de Práticas Jurídicas, quais suas portarias e implementações dentro do curso de bacharelando em direito, tendo seu papel educacional prático e fomentando para sociedade o acesso ao judiciário, de uma forma sucinta e eficaz, um comparativo entre acesso a justiça e acesso ao judiciário, pois os dois não se confundem, quando se trata de acesso a justiça é o princípio constitucional assegurando qualquer indivíduo a submeterem a órgãos judiciais para resolução de conflitos, o acesso ao judiciário está ligada a aplicação da lei, dando ao individuo a possibilidade de levar seus direitos desejados à apreciação do Estado.

Em seguida, foi feito um questionário quantitativo, com a utilização da plataforma “Google Forms”, possibilitando que estudantes de direito restritivamente

(16)

do 7º, 8º e 10º período respondessem quatro perguntas relacionadas ao Núcleo de Prática Jurídica, sem que houvesse qualquer identificação de cada aluno, ao final geraram-se quatro gráficos com a porcentagem específica de cada questão.

Portando utilizou-se do método de pesquisa histórica, que demonstrou o inicio do curso de Direito no Brasil e o primeiro curso de Direito no Estado do Espírito Santo, o método comparativo entre as grades curriculares e por fim, o método de pesquisa empírica, demonstrando uma perspectiva da opinião dos bacharelando em direito.

A definição e escolha do tema iniciaram-se no começo do presente ano, o interesse de escrever sobre ensino jurídico e em especifico ao Núcleo de Prática Jurídica, se tornou evidente por ter o total contato com esse órgão, desde que inicie o curso de direito no Centro Universitário São Camilo-ES.

No ano de 2013 lá no meu primeiro período eu comecei a estagiar no NPJ, e no ano seguinte fui contratada para fazer parte do corpo administrativo, aprendendo a cada dia novas experiências o contato direto com pessoas hipossuficientes, envolvimento em atividades proporcionadas pelo NPJ, contato com os advogados, professores e alunos. Contudo no sétimo período, iniciei como aluna minhas atividades dentro do NPJ, participando de audiências, júris, atendimentos, confecção de peças, idas a visitas técnicas e cumprindo carga horária exigida.

Nesse viés com toda essa experiência, e contato ao longo desse tempo, ficou decidido escrever sobre o NPJ, fomentou a curiosidade do surgimento, suas portarias, os benefícios que traz o NPJ, tanto para os bacharelando em direito, quanto àqueles que buscam os núcleos para obterem um amparo e a resolução da lide, e abrindo a oportunidade dos alunos visualizarem casos da vida real, com os atendimentos sem a cobrança de custas processuais, taxas judiciárias, ou qualquer outro valor que tenha que ser pago ao Estado.

Desta forma, o NPJ traz a baila um contato mais intenso, entre corpo docente e casos reais de pessoas carentes que necessitam de uma assistência gratuita, entretanto é nítida é importante criação dos núcleos, vejamos assim o que o MEC cita em seu artigo 7º, da Resolução 09/2004 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CES/ CNE - MEC), que institui as Diretrizes curriculares do curso de graduação em Direito:

(17)

Art. 7º O Estágio Supervisionado é componente curricular obrigatório, indispensável à consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando, devendo cada instituição, por seus colegiados próprios, aprovar o correspondente regulamento, com suas diferentes modalidades de operacionalização.

Assim, verifica-se o quanto é indispensável, e essencial, os Núcleos de Prática Jurídica, para a formação do futuro profissional do direito, além de ser parte obrigatória no currículo do bacharelando em direito, dando a oportunidade e garantindo um bom e efetivo serviço, que por fim os dois lados saem ganhando os que colocam em prática todo aprendizado teórico adquirido em sala de aula, e a pessoa carente que precisa de assistência.

(18)

2 ENSINO JURÍDICO

2.1 No Brasil

Para delimitarmos a pesquisa, é necessário verificarmos, a criação do curso jurídico no Brasil, e inicialmente, teve sua evolução histórica, em três fases distintas, atreladas nas mudanças e a formação do Estado nacional. Por mais, que não aborde todas as modificações, ocorridas no processo de constituição, do ensino jurídico no Brasil, verificam-se algumas leis, portarias e decretos mais relevantes na regulamentação do curso de Direito, como por exemplo, a Portaria nº 1.886/94 do MEC.

A primeira fase teve início no desenvolvimento do paradigma liberal no Brasil do Império. A segunda fase se iniciou na República Nova e terminou na era dos governos autoritários. Já a terceira teve início com a promulgação da Constituição Federal de 1988, com o advento da Portaria nº 1.886/94 do MEC e com a tendência à adoção do modelo de Estado Neoliberal pelos Governos a partir da década de 1990, na qual nos encontramos no momento.1

Sendo assim, somente após a Proclamação da República, mas especificadamente conhecida como “República Velha” é que o ensino jurídico teve maior e mais notável evolução. Em 11 de agosto de 1827, foi criado o curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Academia de São Paulo, e o curso de Ciências Jurídicas e Sociais na cidade de Olinda em Pernambuco, que mais tarde foi transferida para Recife. Portanto, com principal objetivo, da implantação do curso, era de formar bacharéis, para auxiliar na administração pública do país e para resolução dos problemas enfrentados naquela época.

Como ressalva, Vitor Hugo de Amaral Ferreira.

A formação do bacharel revestia-se de grande importância, acompanhado do processo de independência do Brasil, investia-se no Direito a forma de legitimação da própria independência, visando assegurar garantias e direitos do Estado. No lapso temporal de 1827 a 1879, da criação à consolidação dos Cursos Jurídicos no Brasil iniciaram se os primeiros

1MORAES, Patrícia Regina de. O Ensino Jurídico no Brasil. Disponível em:

<http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/direito_foco/artigos/ano2014/ensino_juridico.pdf>

Acesso em: 29 ago. de 2017.

(19)

movimentos que determinaram as sucessivas modificações do currículo jurídico, bem como, as primeiras ideias alternativas ao ensino jurídico oficial.2

O curso, instituído pela Carta Lei de 1827, era constituído de uma grade curricular de oito anos, os primeiros quatro anos era incutir nos estudantes valores humanistas e conhecimentos que consistiam para o bom acompanhamento do curso jurídico, cujas disciplinas se distribuíam do quinto ao oitavo ano do curso. Em 1831, veio o Decreto Regulamentar, de 07 de novembro de que buscava definir, um modelo para o ensino jurídico, apresentando qual o sistema curricular a ser utilizado.

Contudo, o direito romano era um ponto basilar, do ensino do Direito, assim fomentando os debates de criação dos cursos jurídicos, confirmando o vínculo com a estrutura jurídica portuguesa, e ligada diretamente a Universidade de Coimbra.

Com o regulamento de 1831, observa-se:

[...] a tendência de incentivar o ensino do Direito Público e a Análise da Constituição. Parece que na idéia de negar a dependência, gerada pelo colonialismo português. No processo, ainda eufórico de independência, as bases do ensino do Direito não são tratadas. As duas principais vertentes da colonização do Brasil, o Direito Eclesiástico e o Direito Romano não contemplam os programas. O Direito Eclesiástico, referência essencial da natureza do Estado Imperial, compunha o texto da Lei de 1827 e o Direito Romano, base referencial e hermenêutica do Direito Civil, especialmente do instituto da propriedade e da família, veio compor o currículo, apenas, com na reforma de 1851.3

Em seguida, o Decreto 608, de 16 de agosto de 1851, trouxe além do Direito Romano, a disciplina de Direito Administrativo, sendo essencial para formação e preparação das elites administrativas do Estado Imperial, em 1853 traz a baila o Decreto, 1.134 com novas questões aos cursos jurídicos, que tenta consolidar, as disciplinas de Direito Administrativo, e Instituições do Direito Romano e diretrizes introduzidas, as disciplinas de Direito Eclesiástico Pátrio e Direito Civil, bem como Hermenêutica Jurídica. Logo em 1879, foi promulgado, o Decreto 1.386 e 1.568 do ano de 1855, que na verdade não houve nenhuma alteração substancial do ensino jurídico até 1879.

2 FERREIRA, Vitor Hugo do Amaral. A transformação do Ensino Jurídico no Brasil: os caminhos percorridos do Império à contemporaneidade. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, VII, n. 18, ago2004.

Disponívelem:<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo _id=4607>. Acesso em: 29 ago. de 2017.

3 Ibidem.

(20)

Contudo, pela primeira vez a Constituição Imperial do Brasil, de 1824 contempla no direito positivo, a palavra Universidade, acreditando ser o meio pela qual deveria transmitir o conhecimento jurídico no Brasil, porém até 1920, não há nenhuma forma de ensino superior no Brasil, que se caracterizasse como universidade.

Assim, a primeira norma foi criada após a CF/88 a portaria 1886/94, que ditada às diretrizes curriculares mínimas para o curso de direito no Brasil.

Foi um instrumento normativo que serviu como referência regulatória para os Cursos Superiores de Direito, uniformizando os currículos, estabelecendo, dentre outras exigências, a necessidade de elaboração de projetos pedagógicos que explicassem os caminhos possíveis a serem percorridos pelos alunos e professores na orientação pedagógica dos Cursos Superiores de Direito.4

Os artigos 5º e 10º da portaria 1886/94, trouxeram mudanças significativas para o curso de direito. O art. 5º delineou que, as Instituições de Ensino Superior deviam implantar um acervo jurídico de no mínimo 10.000 volumes de obras jurídicas. E por sua vez, o art. 10º implantou a criação dos Núcleos de Práticas Jurídicas.

Art. 10. O estágio de prática jurídica, supervisionado pela instituição de ensino superior, será obrigatório e integrante do currículo pleno, em um total de 300 horas de atividades práticas simuladas e reais desenvolvidas pelo aluno sob controle e orientação do núcleo correspondente.

§ 1º O núcleo de prática jurídica, coordenado por professores do curso, disporá instalações adequadas para treinamento das atividades de advocacia, magistratura, Ministério Público, demais profissões jurídicas e para atendimento ao público.

§ 2º As atividades de prática jurídica poderão ser complementadas mediante convênios com a Defensoria Pública outras entidades públicas judiciárias empresariais, comunitárias e sindicais que possibilitem a participação dos alunos na prestação de serviços jurídicos e em assistência jurídica, ou em juizados especiais que venham a ser instalados em dependência da própria instituição de ensino superior. 5

Portanto, a prática jurídica, traz consigo um papel essencial e fundamental para o graduando em direito, pois é diante de um caso real que o acadêmico é capaz de refletir analisar, e buscar a alternativa para resolver a lide. Além disso, a

4 MORAES, Patrícia Regina de Moraes. O ensino jurídico no Brasil. Disponível em:

http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/direito_foco/artigos/ano2014/ensino_juridico.pdf.

Acesso em: 29 ago. de 2017.

5 Portaria 1.886, de 30 de dezembro de 1994. Disponível

em:<http://oabrn.org.br/arquivos/LegislacaosobreEnsinoJuridico.pdf>. Acesso em: 29 ago. de 2017.

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implantação dos NPJ’S trouxe consigo a promoção da assistência judiciária gratuita aos hipossuficientes.

2.2 Resumo histórico do curso de Direito no Espírito Santo

Na década de trinta, surgiu o curso de direito no Espírito Santo, a partir da dedicação, de um grupo de estudantes capixabas, que estudavam direito em outros Estados, e que aqui residia, tal grupo tinha a denominação de “Clã dos estudantes Capixabas”.

Esse “Clã” no início de 1930 começou a se reunir com a finalidade de lançar as bases para fundação de um curso jurídico no estado. Após meses de debates e reuniões desse grupo, em 04 de Outubro de 1930 foi criada a Faculdade de Direito do Espírito Santo.6

Mais tarde, em 12 de junho de 1931, o curso de Direito foi efetivamente implantado no Espírito Santo, com suas atividades iniciadas em 15 de junho do mesmo ano no período noturno, que hoje é a Escola de Artes FAFI. O corpo docente do curso era formado por membros do Tribunal de Justiça, os juízes da capital, e alguns advogados, em 1935 o governo estadual passou a assumir a manutenção definitiva, e declarada oficialmente através do Decreto nº 6.401 de 17 de junho daquele ano, assim em 1936 a primeira turma da Faculdade de Direito do Espírito Santo colou grau.

O governo estadual passou a assumir definitivamente a manutenção da Faculdade em 1935, sendo dessa forma declarada oficial, através do Decreto nº 6.401 de 17 de junho daquele ano. Em 1936, a primeira turma da Faculdade de Direito do Espírito Santo colou grau tendo como paraninfo o Prof. Heráclito Amâncio Pereira. Em 1950, ela passaria a integrar o sistema federal de ensino e, em 1961, seria incorporada à UFES. Em 1968, com o advento da reforma universitária, ocorreria a fusão com a Faculdade de Ciências Econômicas para dar origem ao Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas. A partir daí a história do curso foi marcada por muitas lutas e dissabores, mas também por muitas conquistas, a Faculdade prosseguiu em sua trajetória vitoriosa alcançando, cada vez mais, o respeito e o reconhecimento acadêmico e científico das sociedades capixaba e brasileira. 7

6 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória. Direito. Graduação. História. Disponível

em: <http://www.direito.ufes.br/hist%C3%B3rico.> . Acesso em 31 ago. de 2017.

7 Ibidem

(22)

Por fim em 1935 o governo anunciou definitivamente que assumira a manutenção da faculdade, sendo oficialmente declarada pelo Decreto nº 6.401 do ano seguinte, passando a integrar o sistema de ensino, e passando então para uma mudança, que antes era Faculdade de Ciências Econômicas e passou a ser Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, e a cada dia sendo respeitada e reconhecida por suas conquistas.

2.3 Surgimento dos Núcleos de Práticas Jurídicas

O Estágio curricular, nos cursos jurídicos, separa-se em três momentos, segundo Birnfeld:

[...] a) o que ele denomina “pré história”,que vai de 1827, com a criação das faculdades de Direito, até 1972; b) de 1972 até a Portaria MEC nº 1.886/94;

e c) da Portaria nº 1.886 até os dias atuais.8

Por mais que a ciência jurídica é considerada técnica, tendo sua finalidade especifica de promover a lei no caso concreto, desde a implantação das primeiras faculdades, em 1827 sempre priorizou a comunicação dentro das salas de aula. No que foi observado, no período “pré-histórico” a atividade “prática” sempre foi obrigatória, mas não havia previsão de carga horária mínima e específica.

Cumpre destacar que, em primeira análise percebe-se que as aulas práticas exercidas naquela época, eram aulas-conferência, em que os professores passavam para os alunos modelos de petições, e autos findos, para fazer análise e exercícios.

A necessidade das criações, dos estágios práticos foi imposta pelo Estatuto da OAB de 1963, em particular aos alunos que queriam se inscrever nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

De qualquer forma, a obrigatoriedade do estágio derivava da OAB e, mesmo com sua previsão na forma de estágio supervisionado, por meio da reforma de 1972, não se estipulara uma carga horária mínima para seu cumprimento. Por outro lado, as atividades em sala de aula ainda predominavam nesse período.9

8 OLIVEIRA, Vladimir da Silveira: Núcleo de Prática Jurídica: necessidade, implementação e

diferencial quantitativo. Disponível em: file:///C:/Users/user/Downloads/2706-8563-1-PB%20(2).pdf p.637. Acesso em: 10 set. de 2017.

9 Ibidem

(23)

A reforma de 1972 exigiu a implantação dos escritórios modelos, nas faculdades de direito, onde os alunos deveriam desenvolver casos práticos da vida real. Portanto afirma Rodrigues,10 que o estágio supervisionado é: [...] “um conjunto de atividades práticas, reais ou simuladas, voltadas ao campo de trabalho, no qual o profissional vai exercer suas atividades depois de formado”[...].

Portando, a portaria 1886/94 foi mais além da questão do estágio curricular, e exigiu o acompanhamento de atividades importantes, para formação básica de um bacharel em direito, que se denominou Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), este nasceu com a Resolução nº 09/2004 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CES/ CNE - MEC), cita em seu artigo 7º 11 as Diretrizes curriculares do curso de graduação em Direito:

Art. 7º O Estágio Supervisionado é componente curricular obrigatório, indispensável à consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando, devendo cada instituição, por seus colegiados próprios, aprovar o correspondente regulamento, com suas diferentes modalidades de operacionalização.

§ 1º O Estágio de que trata este artigo será realizado na própria instituição, através do Núcleo de Prática Jurídica, que deverá estar estruturado e operacionalizado de acordo com regulamentação própria, aprovada pelo conselho competente, podendo, em parte, contemplar convênios com outras entidades ou instituições e escritórios de advocacia; em serviços de assistência judiciária implantados na instituição, nos órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública ou ainda em departamentos jurídicos oficiais, importando, em qualquer caso, na supervisão das atividades e na elaboração de relatórios que deverão ser encaminhados à Coordenação de Estágio das IES, para a avaliação pertinente.

§ 2º As atividades de Estágio poderão ser reprogramadas e reorientadas de acordo com os resultados teórico-práticos gradualmente revelados pelo aluno, na forma definida na regulamentação do Núcleo de Prática Jurídica, até que se possa considerá-lo concluído, resguardando, como padrão de qualidade, os domínios indispensáveis ao exercício das diversas carreiras contempladas pela formação jurídica.

Assim, verifica-se o quanto é indispensável, e essencial, os Núcleos de Prática Jurídica, para a formação do futuro profissional do direito. Pois é diante de um caso real, que o acadêmico será capaz de refletir, analisar, e buscar a alternativa para resolver a lide.

Contudo, recentemente o CNE/CES, alterou o dispositivo sobre as diretrizes curriculares dos cursos de Direito, definindo então que cada instituição de ensino, e

10 RODRIGUES, H. W.; JUNQUEIRA, Eliane Botelho. Ensino do direito no Brasil: diretrizes curriculares e avaliação das condições de ensino. Florianópolis: Boiteux, 2002.p.29

11 BRASIL. 2004 (a) MEC. RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 9. Disponível em em <

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces09_04.pdf> Acesso em: 31 ago. de 2017.

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não à OAB, regulamente e aprove as regras de funcionamento, dos núcleos de prática jurídica.

Assim, cita o CNE/CES12:

O Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, no uso de suas atribuições legais, conferidas no art. 9º, § 2º, alínea "c", da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com a redação dada pela Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, tendo em vista as diretrizes e princípios fixados pelos Pareceres CNE/CES nos 583/2001 e 67/2003, e considerando o que consta do Parecer CNE/CES nº 150/2013, homologado por Despacho do Senhor Ministro de Estado da Educação, publicado no DOU de 5/7/2017, Seção 1, p. 31, resolve:

Art. 1º O Art. 7º da Resolução CNE/CES nº 9, de 29 de setembro de 2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Direito, passa a ter a seguinte redação:

Art. 7º O Estágio Supervisionado é componente curricular obrigatório, indispensável à consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando, devendo cada instituição, por seus colegiados próprios, aprovar o correspondente regulamento, com suas diferentes modalidades de operacionalização.

§ 1º O estágio de que trata esse artigo poderá ser realizado:

I - Na própria Instituição de Educação Superior, por meio do seu Núcleo de Prática Jurídica, que deverá estar estruturado e operacionalizado de acordo com regulamentação própria, aprovada pelo seu órgão colegiado competente, podendo ser celebrado convênio com a Defensoria Pública para prestação de assistência jurídica suplementar;

II - Em serviços de assistência jurídica de responsabilidade da Instituição de Educação Superior por ela organizados, desenvolvidos e implantados;

III - nos órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e das Procuradorias e demais Departamentos Jurídicos Oficiais;

IV -Em escritórios e serviços de advocacia e consultorias jurídicas.

§ 2º As atividades de Estágio Supervisionado poderão ser reprogramadas e reorientadas em função do aprendizado teórico-prático gradualmente demonstrado pelo aluno, na forma definida na regulamentação do Núcleo de Prática Jurídica, até que se possa considerá-lo concluído, resguardando, como padrão de qualidade, os domínios indispensáveis ao exercício das diversas carreiras contempladas pela formação jurídica.

Art. 2º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

Assim, para o CNE, é descabida a interferência, dos conselhos de classe, no ambiente acadêmico, por entender que a matéria de fiscalizar só começa após a conclusão do curso, tal parecer baseou-se em sugestões do Ministério da Justiça, e foi aprovado agora, após quatro anos, assim define a Resolução 03/2017 que cada instituição será “aprovada pelo seu órgão colegiado”.

Além disso, trouxe a baila a não obrigatoriedade da implantação dos Núcleos de Práticas Jurídicas, fica optativo a cada IES, ter o local apropriado para as aulas práticas, e aderindo como cita o artigo, prestar esse estágio em escritórios de

12 BRASIL. 2017 (a) MEC. RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 3. Disponível em

<http://s.conjur.com.br/dl/resolucao-cne-2017-diretrizes.pdf > Acesso em: 28 set. de 2017.

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advocacia, por exemplo, mas cumprindo com cada regulamento expresso na portaria, resoluções e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

2.4 Implementação e características do Núcleo de Prática Jurídica

É cedido, perceber que existem diferenças entre Núcleo de Prática Jurídica, Estágio Supervisionado, e Escritório Modelo portando será abordando como se estrutura tal iimplantação.

O Núcleo de Prática Jurídica, a luz do artigo 7º §1º da Resolução nº 09/ 2004, supracitada, deverá ser estruturada e operacionaliza, de acordo com a resolução própria, e é um local dentro da Instituição de Ensino Superior, que realizam suas atividades de cunho prático e didático.

O Estágio Supervisionado é:

[...] a atividade curricular obrigatória que contempla as ações do escritório- modelo e uma série de outras, todas desenvolvidas pelo e no Núcleo de Prática Jurídica. O Núcleo de Prática Jurídica é, pois, mais amplo que o escritório modelo o qual, por sua vez, é o locus de desenvolvimento das atividades do estágio supervisionado.13

Além da Resolução 09/2004 prevê a existência do NPJ, contudo detalha sua estrutura, em vista disso a IES, deve utilizar os parâmetros da Portaria 1886/94, que deve haver instalações adequadas para o treinamento das atividades práticas profissionais da advocacia, magistratura, Ministério Público e demais profissões jurídicas.

Em suma, as atividades exercidas, dentro do Núcleo de Prática Jurídica, devem ser extremamente práticas, redigindo peças processuais, seminários, júris simulados, assistência de atuação em sessões, visita a órgão judiciário, prestação de serviços jurídicos, conciliação e arbitragem.

As aulas práticas, também podem ser cumpridas em atividade complementar, como por exemplo, o convênio com a Defensoria Pública, ou outras entidades, seja ela pública ou privada.

Como expõe o artigo 10º § 2º, da portaria 1886/94.

13 OLIVEIRA, Vladimir da Silveira: Núcleo de Prática Jurídica: necessidade, implementação e diferencial quantitativo. Disponível em:< file:///C:/Users/user/Downloads/2706-8563-1-

PB%20(2).pdf> p.640. Acesso em: 10 set. de 2017.

(26)

§ 2º As atividades de prática jurídica poderão ser complementadas mediante convênios com a Defensoria Pública outras entidades públicas judiciárias empresariais, comunitárias e sindicais que possibilitem participação dos alunos na prestação de serviços jurídicos e em assistência jurídica, ou em juizados especiais que venham a ser instalados em dependência da própria instituição de ensino superior.14

Assim, percebe-se que os Núcleos de Prática Jurídicas nas IES, não seguem um padrão especifico de funcionamento, quando se trata de prática jurídica, cada curso jurídico aplica e objetiva da forma que prevê a necessidade, pois algumas áreas do direito possuem aplicação semelhante em todo Brasil, como Direito Civil e Direito Penal, mas a demanda local faz com que algumas áreas são mais relevantes que outras.

Como o NPJ não é uma atividade estanque em relação ao restante do curso jurídico, são aplicados a ele o perfil do egresso e os objetivos do curso, escolhidos no respectivo projeto pedagógico. Dessa forma, não se pode conceber que nos mais de mil cursos jurídicos de todo o Brasil sejam os NPJs todos iguais.15

Outro ponto importante do NPJ são os docentes, pois, costuma-se criticar a docência de um advogado, na área da Teoria Geral do Direito, sob o questionamento de que ele não possui tempo para pesquisa, entretanto não faria sentido, contratar um professor de dedicação exclusiva, que dificilmente sabe o que acontece no balcão, ou seja, não possui prática forense.

Assim, destaca o professor Vladmir Oliveira da Silveira e Samyra Naspolini Sanches:

O percentual de docentes profissionais nos cursos jurídicos deveria ser alocado em sua grande parte no NPJ, pois são docentes que realmente possuem experiência da prática profissional para compartilhar com seus alunos. Ao mesmo tempo, não se pode contratar um profissional “clínico geral” para um NPJ, pois é desejável que o docente tenha pleno domínio na militância da área que lhe foi atribuída para lecionar.16

De modo geral, deve se atentar que as ações de práticas simuladas, sejam elaboradas por professores, e advogados experientes em áreas especificas, e sendo renovadas a cada semestre, para que não haja repetição, de casos e peças

14 BRASIL. 1994 . MEC, Portaria 1886. Disponível em:

<http://www.migalhas.com.br/arquivo_artigo/art20100108-03.pdf>. Acesso em: 10 set. de 2017.

15 Ibidem.

16 Ibidem.

(27)

processuais, além de fornecer subsídios teóricos, e atendimentos em casos reais, com vista ao ensino, a aprendizagem, e adequação dos conhecimentos teórico- práticos, dos alunos estagiários.

Além disso, os NPJS promovem prestações de serviços de assistência jurídica gratuita à comunidade, favorecendo o acesso à justiça, tendo essa função social, com a sociedade e desenvolvendo suas atividades práticas, curriculares que devem ser preenchidas dentro dos procedimentos pedagógicos de cada instituição.

Assim, esclarece o professor Vladimir Oliveira da Silveira e a professora Samyra Naspoli Sancher:

Importa também salientar que, por tratar-se da parte do curso jurídico em que o aluno toma contato com a população, realizando verdadeira atividade de extensão, tal oportunidade deve ser aproveitada para realizar uma prestação de serviço que ultrapasse os parâmetros da mera assistência judiciária gratuita, para converter-se em uma experiência mais ampla e enriquecedora tanto para ele quanto para o curso e a própria sociedade.17

Portanto, além dos núcleos proporcionarem o acesso à justiça à pessoa carente, com caráter educativo, informativo e na prestação de serviços, trazem consigo, o locus primordial na preparação profissional do aluno estagiário, e enriquecendo o seu futuro para o mercado de trabalho que inova a cada dia.

2.5 Impactos e as novas prerrogativas do art. 186 § 3º do Código de Processo Civil para os Núcleos de Práticas Jurídicas

O Novo Código de Processo Civil que foi promulgado no dia 16 de março de 2015, trouxe consigo grandes inovações, uma delas foi à implementação, prevista no art. 186 § 3º que diz:

Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.

§ 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.18

17 Ibidem.

18 BRASIL. Código de Processo Civil. São Paulo: Saraiva, 2016.

(28)

Contudo a aplicabilidade dos prazos em dobro, para as Defensorias Públicas, já havia sido amparada pelo art. 182, I, da Lei Complementar 80/94 com suas prerrogativas da entrega dos autos com vista, intimação processual e prazos em dobro para os membros das Defensorias Públicas. Mas o que tange ao Núcleo de Pratica Jurídica, tais prerrogativas não eram ainda efetivadas, sendo assim poderia apenas ter a possibilidade de aplicação, se houvesse alguma parceria entre a Defensoria Pública, que de fato limitava esse acesso.

Vejamos a seguir como tal ato se estendia aos prazos em dobro, para os NPJ’S, citando a REsp 1.106.213/SP19, in verbis:

PROCESSO CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.

NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA. UNIVERSIDADE PÚBLICA. PRAZO EM DOBRO. 1. Segundo a jurisprudência desta Corte, interpretando art. 5º, § 5º, da Lei nº 1.060/50, para ter direito ao prazo em dobro, o advogado da parte deve integrar serviço de assistência judiciária organizado e mantido pelo Estado, o que é a hipótese dos autos, tendo em vista que os recorrentes estão representados por membro de núcleo de prática jurídica de entidade pública de ensino superior. 2. Recurso especial provido para que seja garantido à entidade patrocinadora da presente causa o benefício do prazo em dobro previsto no art. 5º, § 5º, da Lei 1.060/50.

(STJ - REsp: 1106213 SP 2008/0262754-4, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 25/10/2011, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 07/11/2011)

Dessa maneira citada, cumpre ressaltar que a possibilidade do prazo em dobro, somente poderia ser possível, se caso houvesse tal parceria com a Defensoria Publica, e a IES, um convênio entre os entes, com a apresentação de um oficio, encaminhado do órgão para contar os limites de atuação, gerando então uma diminuta autonomia dos NPJ’S. Assim, o Novo Código de Processo Civil, estabilizou toda essa questão dos prazos em dobro, estendendo então tais prerrogativas aos NPJ’S.

Tal mudança foi de grande avanço, para os Núcleos de Prática Jurídica, como cita o artigo 186 § 3º do CPC, contudo trouxe a baila, uma importante realização para os procedimentos realizados dentro dos NPJ’S. Portando, nesta linha de raciocínio, traz a aplicabilidade das prerrogativas dos prazos contados em dobro, e

19 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça STJ. (T3 Terceira Turma). Recurso especial nº 1106213-SP (2008/0262754-4). Relator: Ministra Nancy Andrighi. 25 de outubro de 2011. Disponível em:

<https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/21050326/recurso-especial-resp-1106213-sp-2008- 0262754-4-stj> Acesso em: 09 nov. de 2017.

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intimação pessoal do assistido, sempre que o ato processual depender de novas diligências ou informações que apenas a parte possa prestar.

Destarte, no que tange as inovações do NCPC, entende-se positiva as afirmações acima citadas, haja vista a grande desproporcionalidade entre as demandas atinentes aos operadores do direito e a capacidade de resposta à parte requerida, sob pena de não se alcançar efetivamente o acesso à justiça. Ou seja, incorrer no erro de não se observar a justiça distributiva e a justiça.

(30)

3 ESTÁGIO SUPERVISIONADO

3.1 Breve evolução histórica do Estágio Supervisionado

O conceito de Estágio unificou historicamente no Brasil, ao conjunto de Leis Orgânicas do Ensino Profissional, no período de 1942 a 1946, o estágio se constituía em passarelas entre a teoria e a prática, no processo de formação profissional à época a preparação para o mercado de trabalho, OIT – Organização Internacional do Trabalho, assim o estágio, proporcionava uma oportunidades dos alunos, de manter o contato direito com o mercado de trabalho.

Na década de trinta, a industrialização no Brasil, resultou em um completo repensar da educação brasileira, que se resultava, na remoção das barreiras, existentes entre, os cursos secundários e superiores de um lado, destinados à formação das elites do país, e de outro lado, os cursos profissionalizantes, para os filhos dos operários.

Como podemos observar o parecer Homologado pelo MEC:20

Os estágios supervisionados, na década de quarenta do século passado, representavam oportunidades aos alunos da formação profissional industrial, comercial ou agrícola de conhecerem “in loco” e “in service”

aquilo que teoricamente lhes era ensinado nas escolas técnicas. Esta era a oportunidade que os alunos tinham de manter um contato direto com o mundo do trabalho, uma vez que no próprio ambiente escolar, nos laboratórios e nas salas-ambientes especializadas, essa prática profissional era muito incipiente, mesmo na qualidade de prática simulada e supervisionada/orientada.

As reformas, educacionais foram iniciadas, com a primeira LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e foram alteradas, no final da década de sessenta e inicio da década de setenta, portando foi na década de setenta a implantação da Lei Federal nº 5.692/71, assim os estágios ganharam força e cresceram em importância, ou seja, todo ensino de segundo grau/médio, assumiu caráter profissionalizante com certificação, profissional na qualidade de auxiliar técnico ou similar. Portando de acordo com a legislação especifica, o estágio

20 BRASIL. Ministério da Educação - MEC. Do parecer tocante as Normas para a organização e realização de estágio de alunos do Ensino Médio e da Educação Profissional. Parecer CNE/CEB nº 35/2003.Relatores: Francisco Aparecido Cordão e Ataíde Alves. Disponível em: <

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pceb35_03.pdf> Acesso em: 02 out. de 2017.

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supervisionado foi então concebido, como estágio profissional supervisionado, a atual LDB, desvinculou a educação profissional, da educação básica, em decorrência dessa separação, entre educação profissional e ensino médio, o art. 82 da LDB, ampliou os objetivos e abrangência do estágio supervisionado, previsto na Lei Federal nº 6.497/77, incluindo o ensino médio.

Entretanto, o estágio supervisionado tenha origem na educação profissional, a própria legislação federal, especifica o que regulamentou e ao considera-lá como

“estágio curricular” e como “atividade de aprendizagem social, profissional e cultural”, o qual deve ser proporcionado ao estudante na participação de situações reais ao decorrer do curso.

Como verificamos, o estágio supervisionado é posto em legislação especifica, assim representando muito mais que oportunidade de prática profissional, e bem como uma oportunidade de treinamento de serviço, vai muito além, representa uma oportunidade de integração ao mercado de trabalho, na troca de experiências oferecidas, na participação de trabalhos em equipe, o convívio sócio-profissional, no desenvolvimento de habilidade e atitudes, bem como o crescente grau de autonomia intelectual do individuo.

3.2 A importância do Estágio Supervisionado

É cediço informar que o Estágio Supervisionado, é exigência da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, nos cursos de formação de docentes, assim afirma, Oliveira e Cunha: 21

[...] o Estágio Supervisionado é uma atividade que propicia ao aluno adquirir a experiência profissional que é relativamente importante para a sua inserção no mercado de trabalho.

Percebemos que o estágio, é o momento de se colocar em prática as teorias, adquiridas na universidade, ou de relação de teoria e prática, assim a primeira acepção de estágio em relação a teorias, que esse é um tipo de reducionismo dos

21 OLIVEIRA, E.S.G.; CUNHA, V.L. O estágio Supervisionado na formação continuada docente à distância: desafios a vencer e Construção de novas subjetividades. Revista de Educación a Distancia. Ano V, n. 14, 2006. Disponível em:< http://www.um.es/ead/red/14/>. Acesso em: 02 out de 2017.

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estágios, às perspectivas da prática instrumental, e do criticismo que portando expõe muitas vezes problemas de formação. Ao segundo modo de pensar, é o momento teoria-prática, sendo o resultado, do tempo de preparação da faculdade, é a base, o suporte, assim o acadêmico deve se preparar para essa fase, sendo esse momento, muito importante, o acompanhamento dos professores de estágio para o futuro docente.

Assim, afirma Filho: 22

O estágio supervisionado vai muito além de um simples cumprimento de exigências acadêmicas. Ele é uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Além de ser um importante instrumento de integração entre universidade, escola e comunidade.

De fato, o estágio abrange basicamente todos os cursos de graduação, tratando-se de um crescimento totalmente profissional do formando, um treinamento, uma profissionalização, na qual o acadêmico vivenciará o que aprendeu na universidade, sendo uteis para eliminar falhas existentes, transmitindo um objetivo de estudo e reflexão, passando a enxergar a realidade com outros olhos, e contribui para uma aula diversificada, com experiências, e podendo construir sua identidade.

Além disso, o estágio é um meio que pode levar o acadêmico a identificar novas estratégias para solução de problemas, que muitas vezes não imaginava encontrar na sua área profissional.

O estágio supervisionado beneficia e garante, ao aluno, a identificação mais clara, das opções de escolha profissional, e do perfil de profissionalização, baseando-se em treinamentos que possibilita aos estudantes, vivenciaram o que aprenderam na teoria, e atuar na prática, por conta disso, o estágio não pode ser isolado, deve haver um elo entre o conhecimento construído durante a vida acadêmica, e a experiência real. Vale ressaltar que um docente bem qualificado, profissionalmente exerce seu principal papel de cidadão, do contexto social.

Como expressa o doutrinador Alarcão:23

[...] o estágio deve ser considerado tão importante como os outros conteúdos curriculares do curso. Infelizmente os próprios docentes, assim

22 FILHO, A. P. O Estágio Supervisionado e sua importância na formação docente. Revista P@rtes. 2010. Disponível em: <http://www.partes.com.br/educacao/estagiosupervisionado.asp>.

Acesso em: 02 out. de 2017.

23 ALARCÃO, I. Formação reflexiva de professores – estratégias de supervisão. Porto: Porto Editora, 1996.

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como as Universidades ainda não deram o devido valor à prática da formação do professor.

E dessa forma, que o profissional, conseguirá fazer a ligação teoria-prática, ficando clara a importância de tal prática, que traz grandes benefícios para aprendizagem, e um dos maiores beneficiários será a sociedade, portando a prática é o período, em que os acadêmicos podem colocar em prática todo o conhecimento teórico adquirido em sala de aula, passando a exercê-lo em aulas práticas, sejam elas reais ou fictícias, demonstrando a total realidade dos fatos.

3.3 Estágios Supervisionados nas IES do Espírito Santo

Desde a década de trinta no qual foi implantado o primeiro curso de Direito, no Espírito Santo, a área do ensino jurídico vem se desenvolvendo e crescendo significativamente, o que antes era limitado a um curso, hoje o Estado conta-se com várias universidades. Portanto, tal pesquisa se delimita nesse momento, sobre análise das grades curriculares dos estágios supervisionados sob quatro, instituições capixabas.

Tais universidades estão situadas nas principais cidades do Estado – Vitória a capital do Espírito Santo, e Cachoeiro de Itapemirim, com excelente conceito em relação ao ensino jurídico ofertado até o momento, sendo a (UFES) – Universidade Federal do Espírito Santo, (FDV) Faculdade de Direito de Vitória, Centro Universitário São Camilo/ES e (FDCI) Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim.

3.4 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

A UFES24 descreve seus objetivos, do curso de direito como:

1. Formar profissionais conscientes e integrados aos valores defendidos nas normas do Direito Nacional para que em sua atuação conheçam os parâmetros éticos presentes em categorias tais a Dignidade da Pessoa

24 Projeto Pedagógico de Curso Direito/UFES. Acesso em: 02 out. de 2017.

(34)

Humana, O Estado Democrático de Direito, a Justiça, a Igualdade, a Liberdade e a Democracia.

2. Formar bacharéis comprometidos socialmente para que possam utilizar o conhecimento adquirido durante o curso para promover mudanças benéficas na sociedade brasileira e exercer futuros cargos de modo a viabilizar o progresso do Brasil.

3. Buscar o aperfeiçoamento constante a partir do desenvolvimento da autocrítica em seu relacionamento com outras instituições de ensino nacionais para desse modo ampliar a expressividade de sua produção acadêmica.

4. Produção científica: visa a incentivar a criação e solidificação de linhas de pesquisa que mantenham uma produção constante de saber inédito que venha a contribuir para o debate acadêmico e revelar questões de capital relevância para a compreensão e interpretação dos efeitos do Direto em sua aplicação na hodierna sociedade brasileira. Desse modo, o aluno é incentivado a utilizar-se dos conhecimentos sociológicos, filosóficos, econômicos e políticos para compreender em outras perspectivas os efeitos jurídicos em suas implicações no Estado Brasileiro contemporâneo e, em específico, na realidade do Sudeste.

5. Mútua cooperação: estreitar os laços entre a instituição de ensino e a sociedade por meio do fortalecimento dos projetos de extensão que geram benefícios recíprocos, pois ao mesmo tempo em que permitem uma contraprestação da instituição para a sociedade possibilitando uma solução efetiva de problemas que a afligem permite também que os alunos estejam constantemente atualizados acerca das questões reais que permeiam a prática jurídica atualmente circunscrita a seu território de atuação.

6. Eficiência. buscar o máximo aproveitamento da grade curricular exigindo e incentivando o aluno a participar amplamente das diversas modalidades de ensino (pesquisa, extensão e atividades extracurriculares) de modo a permitir um refinamento de suas aptidões técnicas e teóricas. O método de ensino se focaliza em se desvencilhar de uma postura passiva na qual o professor ministra longas sessões expositivas para integrar o aluno em um ambiente no qual ele é incentivado a ter ampla participação em trabalhos que o incentivem a ter uma aprendizagem ativa em pesquisas de campo, trabalhos em grupo, seminários, que permitem reduzir um pouco a importância dada a memorizações casuísticas e desenvolvam uma capacidade de agir criativamente.

7. Criticidade: incentivar a autonomia do estudante por meio do contato com diversas correntes teóricas a fim de que ele solidifique suas visões pautadas em uma compreensão pessoal embasada e fundamentada na tradição filosófica.

Portando, verifica-se que, a UFES, está comprometida com seus conhecimentos técnicos quanto, autocrítico, cientifico, eficiente e interdisciplinar, mas é necessário uma comparação, entre tais objetivos acima citados e o que é de fato aplicado em sala de aula.

Segue abaixo, a grade curricular da UFES25, em especifico o período que se inicia o estágio supervisionado:

25 Ibidem.

(35)

Tabela 1 – Grade curricular do curso de Bacharelado em Direito da Universidade Federal do Estado do Espírito Santo.

Fonte: Disponível no sítio da Universidade. Disponível em: http://www.historia.ufes.br/pt-br/grades- curriculares

Percebe-se então, que o Estágio Supervisionado inicia-se a partir do 8º período do curso de Direito da UFES, sendo oferecido, 105 horas por semestre, e totalizando 315 horas ao final do curso, sendo assim, na capital Vitória destaca-se

(36)

também a faculdade de direito FDV, e contém uma trajetória mais breve, comparada a UFES.

3.5 Faculdade de Direito de Vitória (FDV).

A FDV foi fundada em 1995, sendo considerada a mais completa Instituição de Direito do Espírito Santo, sendo a única a ofertar cursos de Direito da graduação ao doutorado, sendo ela reconhecida pelo MEC, e OAB por sua qualidade na educação no ensino superior.

Abaixo vamos verificar, a partir de qual semestre se inicia o estágio supervisionado, bem como a oferta de horas que o estágio cumpre com os graduandos.

Vejamos:

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Tabela 2 – Grade curricular do curso de Bacharelado em Direito da Faculdade de Direito de Vitória.

Fonte: Disponível no sítio da Universidade. Disponível em: http://site.fdv.br/estrutura-curricular/

Através dos dados, retirados no próprio site da FDV, verifica-se que o estágio supervisionado se inicia a partir do 6º período, sendo que do 6º ao 9º período o aluno cumpre em cada semestre 65 horas, já no ultimo semestre como consta acima, sendo o 10º período o graduando cumpre 40 horas, por fim totaliza-se 300 horas de estágio supervisionado.

(38)

3.6 Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim (FDCI)

A FCDI teve o inicio de sua historia na década de sessenta, para atender a necessidade da sociedade cachoeirense, num contexto de profundas transformações, assim a Prefeitura de Cachoeiro assumiu, em 1965, a responsabilidade histórica de se concretizar, a década de setenta é marcada, pelo reconhecimento, da instituição através do Decreto Federal, 68.142 de 29 de janeiro de 1971.

Nesse sentido, a principal missão da FDCI é construir um conhecimento, com enfoque nas necessidades, locais e regionais colaborando para o exercício da cidadania alem, da formação ética e reflexiva, podendo o discente praticar a solidariedade, participando efetivamente nas questões políticas, econômicas e socais.

Vejamos agora, a base da grade curricular estabelecida pela FDCI, com enfoque ao Estágio Supervisionado:

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Tabela 3 – Grade curricular do curso de Bacharelado em Direito da Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim – Espírito Santo.

Fonte: Disponível no sítio da Universidade. Disponível em: http://www.fdci.br/pagina.php?p=estrutura- curricular

Portando, conclui-se que as atividades exercidas no Estágio Supervisionado, se inicia a partir do 7º período na FDCI, sendo de oferecido como consta acima, a carga horária de 70h por semestre, que o discente deve cumprir, totalizando ao final do curso o valor de 280h de Estágio supervisionado.

3.7 Centro Universitário São Camilo-ES

Por fim, far-se-à a ultima analise, em relação ao inicio do Estágio Supervisionado nas grades curriculares do Centro Universitário São Camilo, que visa a formação de profissionais, com consciência critica, habitados para o exercício da técnica jurídica, com pensando, filosófico, sociológico, histórico, cientifico e político. Sendo assim, a estrutura do Centro Universitário São Camilo/ES é distribuída em uma carga horária de 4.400 horas, dispostas da seguinte forma: I)

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Disciplinas Obrigatórias 3.840 horas; II) Optativas Intracurso 40 horas; III) Optativas Intercurso 40 horas; IV) Estágio Curricular Obrigatório/NPJ 200 horas; Atividades complementares 200 horas e; V) Trabalho de Curso 80 horas.26

Abaixo vamos analisar, a partir de que período e inserido o Estágio supervisionado no curso de direito, do Centro Universitário São Camilo:

Tabela 4 – Grade curricular do curso de Bacharelado em Direito do Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo.

Fonte: Disponível no sítio da Universidade. Disponível em: Acesso restrito.

26 Centro Universitário São Camilo - ES. Projeto Pedagógico de Curso. Acesso restrito.

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