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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

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PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM PSICOLOGIA EXPERIMENTAL: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

Escolha de Acordo Com o Modelo:

relações emergentes entre estímulos arbitrários em

indivíduos de diferentes condições de peso corpóreo.

Juliana Bisatto Cardoso

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PUC-SP

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM PSICOLOGIA EXPERIMENTAL: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

Escolha de Acordo Com o Modelo:

relações emergentes entre estímulos arbitrários em

indivíduos de diferentes condições de peso corpóreo.

Juliana Bisatto Cardoso

Dissertação apresentada a Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo como exigência parcial para a obtenção do título de MESTRE em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento, sob orientação do Prof. Dr. Roberto Alves Banaco.

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BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________.

Profa. Dra. Jaíde Aparecida Gomes Regra.

_______________________________________. Profa. Dra. Maria do Carmo Guedes.

_______________________________________. Prof. Dr. Roberto Alves Banaco (Orientador).

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Os meus agradecimentos vão aos meus país, primeiramente, porque se não fossem eles me ajudando, incentivando e acreditando em mim eu não conseguiria ter chegado até aqui. Amo muito vocês!

A meus irmãos, sobrinhos; a toda minha família, que estava sempre ao meu lado, que são meu suporte para superar os obstáculos e dificuldades que aparecem.

Ao meu orientador, professor e amigo Roberto Alves Banaco pela paciência, dedicação e carinho.

A Amália e a Teia que me mostraram que é possível ter paixão e amor por aquilo que fazemos, que através das “broncas” e “brincadeiras” me ajudaram à crescer como pessoa e como profissional.

A todos os professores, funcionários e colegas do programa PEXP pelo apoio e amizade.

A meus velhos e novos amigos; Mo, Carol, Marcelo, Dedé, Ka pelas risadas, carinho, apoio. Que tornaram as vindas pra São Paulo mais leves, alegres e que passaram a ser um motivo para eu querer vir pra cá. Adoro vocês!!

Ao pessoal da Gastro e da Unopar pela compreensão e por estar sempre “quebrando meu galho” meu sincero Obrigada.

Ao Renato, que mesmo de longe e não me conhecendo muito bem, estava sempre disposto a ajudar e contribuir na minha pesquisa, Muito obrigada!

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SUMÁRIO

Lista de Tabelas ... 6

Resumo ... 7

Abstract ... 8

INTRODUÇÃO ... 9

Controle de estímulos ... 9

Um problema social: a obesidade ... 18

Epidemiologia ... 18

Definição ... 19

Causas descritivas para a obesidade ... 20

Controle de estímulos ... 24

MÉTODO ... 27

Sujeito ... 27

Material e Aparato ... 27

Experimento ... 28

Procedimento da aplicação com estímulos não-alimentares ... 29

Procedimento da aplicação com estímulos alimentares ... 29

Informações Analisadas ... 36

RESULTADO E DISCUSSÃO ... 37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 37

ANEXOS ... 52

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Lista de Tabelas

Tabela 1. Classificação da obesidade segundo o índice de massa

corpórea (IMC)... 20

Tabela 2. Dados dos Sujeitos... 27

Tabela 3. Quantidade de tentativas nas relações AB e BC contínuo e

intermitente nos treinos com estímulos não-alimentares e alimentares... 39

Tabela 4. Conjunto de estímulos B utilizados nos treinos e testes com

estímulos não-alimentares... 40

Tabela 5. Conjunto de estímulos B utilizados nos treinos e testes com

estímulos alimentares... 40

Tabela 6. Número de respostas corretas no teste de equivalência de estímulos... 42

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Cardoso, J.B. (2007). Escolha de Acordo Com o Modelo: relações emergentes entre estímulos arbitrários em indivíduos de diferentes condições de peso corpóreo. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós- graduados em

Psicologia Experimental: Análise do Comportamento. Pontifícia Universidade católica de São Paulo.

Orientador: Roberto Alves Banaco

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi averiguar se o modelo de Equivalência de estímulos poderia descrever parte do problema da obesidade relacionado ao controle externo de estímulos. Seis sujeitos, três com IMC< 24,9Kg/m2 e três com IMC> 24,9 Kg/m2 foram submetidos duas vezes a um mesmo procedimento de escolha de acordo com o modelo, que utilizou um conjunto de estímulos não-alimentares na primeira situação e estímulos alimentares na segunda. O procedimento incluiu Treino condicional com reforçamento ora contínuo e ora intermitente para as relações AB e BC e teste para as relações de Simetria (BA e CB), Transitividade (AC) e Transitividade simétrica (CA). Nos treinos e teste com estímulos não-alimentares o conjunto de estímulos A foram: A1- casa, A2- bola, A3-igreja, A4-relógio; B: B1- TAC, B2- PIQ, B3- REZ, B4-LYT e C: C1- bonito,C2- velho, C3- vermelho e C4- brilhante. Nos treinos e testes com estímulos alimentares os estímulos foram indicados por cada sujeito da seguinte maneira: A1 e A2 - alimentos preferidos enquanto A3 e A4 alimentos de pouca ou nenhuma ingestão. O conjunto B foi formado por: B1-WEX, B2-ZIM, B3-KAB, B4-TUJ. E o C foi formado por:C1-delicioso, C2-horrível, C3- saboroso e C4- detestável. Os resultados sugerem a emergência de equivalência na maioria das ocasiões testadas e com praticamente todos os sujeitos, independente do IMC (exceto o sujeito 2, que não demonstrou a formação de classes de equivalência). Notou-se também que o primeiro treino exigiu para a quase a totalidade dos sujeitos um número de tentativas maior para o atingimento do critério estabelecido para a mudança das fases. A conclusão discute com a literatura que aponta interferência de histórias prévias como estímulos utilizados no estabelecimento de relações arbitrárias apontando (na maioria dos casos) uma adaptação às novas condições do reforço para o estabelecimento de relações arbitrárias.

Palavras chave: Equivalência de estímulos, escolha de acordo com o modelo,

(8)

Cardoso, J.B. (2007). Matching-to-Sample: emerging relations between

arbitrary stimuli in individuals of different conditions of body weight.

Master Degree. Programa de Estudos Pós- graduados em Psicologia

Experimental: Análise do Comportamento. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

ABSTRACT

The objective of this project was to investigate if the stimuli Equivalence model can describe part of the obesity problem related to the external control of stimuli. Six subjects, three with IMC<24.9Kg/m2 and three with IMC > 24.9 were exposed twice to a same choice procedure in accordance with the model that utilized a set of non-food stimuli in the first situation and food stimuli in the second. The procedure included a special conditional training alternating continuous reinforcement and intermittent reinforcements for the relationships AB and BC and test for the symmetry relationships (BA and CB), Transitivity (AC) and symmetrical Transitivity (CA). In the training and test with non-food stimuli the set of stimuli A were A1-house, A2 – ball, A3- church, A4 – clock; B: B1- TAC, B2 – PIQ, B3 – REZ, B4 – LYT and C: C1 – attractive, C2 – old, C3 – red and C4 – shining. In the training and test with food stimuli the stimuli were indicated by each subject in the following manner: A1 and A2 were preferred food while A3 and A4 were food of little or no intake. The B set was formed by B1 – WEX, B2- ZIM, B3 – KAB, B4-TUJ. C was formed by C1- delicious, C2-horrible, C3- full of flavor and C4 – despicable. The results suggest an emergence of equivalence in the majority of the occasions tested and with practically all the subjects, independently of the IMC (except for subject 2, which did not show a formation of equivalence class). It was noted that the first training required, for almost all subjects, a larger number of tries to reach the criterion established for a phase change. The conclusion conflicts with the existing literature which points to a interference of previous history as stimuli utilized in the establishment of arbitrary relationships pointing (in the majority of cases) to an adaptation to new conditions of the reinforcement for the establishment of arbitrary relationships.

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Controle de Estímulos

A análise do comportamento tem se ocupado primordialmente de dois tipos de relações entre organismo e ambiente. Uma dessas relações diz respeito à funcionalidade observada entre o que o organismo faz (resposta) e a reação ambiental que retroage sobre o organismo (conseqüência).

Decorrente dessa relação também observa-se que o comportamento dos organismos passa a ser ordenado por condições que o antecedem. A área que se ocupa dessas relações é comumente denominada de controle de estímulos. ( Skinner, 1953; Sério, Andery, Gioia e Micheletto, 2002).

Os processos descritos de controle de estímulos são vários: discriminação simples, generalização, discriminação condicional e equivalência de estímulos (Sério, Andery, Gioia e Micheletto, 2002).

O comportamento humano complexo, embora possa ser estudado com enfoque em qualquer um desses processos, tem sido mais modernamente estudado sob o enfoque de equivalência de estímulos.

O primeiro aspecto que devemos considerar ao tentar definir o que é equivalência de estímulos é que se trata de um processo comportamental. Apesar de estarmos usando um substantivo (equivalência), não observamos uma coisa, mas sim uma ação de determinado organismo (Haydu, 2003).

Estímulos são equivalentes quando se tornam intercambiáveis, substituíveis uns pelos outros no controle do comportamento, quer dizer, quando um comportamento operante comum pode ser controlado por estímulos diferentes (Albuquerque; Melo,2005).

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e, posteriormente, avalia-se a emergência de novas relações condicionais, sem treino direto, envolvendo os mesmos estímulos (Albuquerque; Melo, 2005).

Um estímulo, denominado estímulo modelo ou estímulo condicional; em um procedimento de escolha de acordo com o modelo; é apresentado juntamente com outros estímulos, denominados estímulos de escolha, estímulos discriminativos ou estímulos de comparação. (Albuquerque; Melo, 2005)

Albuquerque e Melo (2005) coloca que os procedimentos de escolha de acordo com o modelo com contingências de quatro termos, que estabelece discriminações condicionais, difere-se do de três termos, presentes em discriminações simples, na medida em que o quarto elemento (o estímulo-modelo) estabelece qual contingência de três termos está funcionando.

Na análise do comportamento, o termo equivalência de estímulos, foi inicialmente proposto por Sidman (1971) e, posteriormente, redefinido por Sidman e Tailby (1982) estabelecendo que estímulos possam ser considerados equivalentes quando apresentam três tipos de relações entre si: relações de reflexividade, simetria e transitividade (Albuquerque, Melo, 2005).

Reflexividade é a propriedade que caracteriza escolhas pela identidade dos estímulos. Simetria refere-se à reversibilidade funcional condicional. E a transitividade é demonstrada quando após o treino de A = B e B=C o sujeito quando apresentado A escolha C, e Transitividade simétrica é demonstrada quando dado C o sujeito escolha A. (Sidman, 1986 apud Haydu, 2003).

Sidman se interessou pela relação equivalente para compreender melhor a linguagem, tanto a escrita quanto à falada. Sidman acreditava que a palavra é entendida quando o sujeito faz a relação entre palavra (escrita ou falada) e coisas, isso ele denominava como relação equivalente. (Sidman, 1994)

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Embora Sidman não acreditasse que tratássemos as palavras e referencias iguais em todos os aspectos. O tratamento de formas lingüísticas é equivalente para referir, autorizando-nos a escutar e ler com compreensão, calcular problemas em sua ausência, para instruir outros pelo significado da linguagem falada ou escrita, para planejar a frente e para pensar abstrato. (SIDMAN, 1994)

Utilizando essa noção descrita por Sidman, Barnes e seus colaboradores abordaram alguns problemas sociais importantes.

Um dos seus primeiros estudos foi “Categorização social e Estímulos equivalentes” (Watt, Kennan, Barnes, e Cairns,1991).

Nesse experimento, sujeitos protestantes irlandeses, católicos irlandeses e protestantes ingleses foram expostos a uma série de discriminações condicionais usando um procedimento de escolha segundo o modelo (matching to sample).

Nessa preparação experimental, em geral, é apresentado ao sujeito um estímulo que serve como amostra e em seguida um conjunto de 2 ou 3 estímulos que servem como comparação. (Catania, 1998 Apud Barnes, 1993)

A classificação de religião e nacionalidade de cada sujeito foi determinada a partir de suas respostas às seguintes questões 1) Você se considera protestante ou católico? 2) Você é da Irlanda ou da Inglaterra?. Estas questões foram apresentadas para cada sujeito no final da primeira sessão experimental. Ao final dessa coleta os experimentadores contaram com 12 católicos irlandeses, 6 protestantes irlandeses e 5 protestantes ingleses.

A seqüência experimental foi dividida em três estágios, a) treino com reforçamento contínuo, b) treino com reforçamento intermitente e c) teste.

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Foi instruído a cada sujeito que selecionasse um estímulo comparação por pressionar uma de três teclas de um computador. A tecla que ficava a esquerda da tela era marcada pela letra (Z), a tecla do meio pela letra (V) e a tecla que ficava a direita da tela com a letra (M).

Os sujeitos foram expostos a está tarefa por quatro tentativas para se familiarizarem com procedimento de escolha segundo o modelo. Após está etapa iniciou-se o estágio 1: treino com reforçamento contínuo. Nesse estágio as relações treinadas foram estabelecidas de forma que todos os acertos eram seguidos de estímulo reforçador, neste caso a apresentação da palavra “correto”, e os erros seguidos da palavra “errado”.

O treino começou com um dos três nomes católicos randomicamente escolhidos para servir de estímulo amostra. Três sílabas sem sentido serviram como estímulo comparação. Depois de uma resposta correta, por exemplo, selecionar ZID na presença de Brendan Doherty, a tela limpava. O próximo estágio a mostra foi randomicamente escolhido de dois nomes católicos restantes e a sílaba sem sentido, novamente serviram de estímulo comparação. Finalmente o último nome católico foi usado como estímulo amostra e sílabas sem sentido foram os estímulos comparação.

Quando dois ciclos sucessivos desta combinação de estímulos amostra e comparação tinham sido corretamente completados a segunda parte do estágio 1 começava.

Aqui os estímulos amostra foram selecionados dessa lista de sílabas sem sentido utilizado como comparação no primeiro estágio e os estímulos comparação foram selecionados de uma lista de símbolos protestantes, novamente o pareamento entre sílabas e o símbolo protestante foi determinado arbitrariamente. Dois ciclos sucessivos dessa combinação de estímulos amostra e comparação tinham que ser completados corretamente antes da próxima fase.

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apresentadas somente a 50% das respostas. As combinações de estímulos descritas no estágio 1 foram todas apresentadas em ordem randômica durante essa condição. Cada combinação de estímulos foi apresentada duas vezes e se menos de 100% das respostas estivessem corretas o participante era submetido novamente para o inicio do estágio 1. Caso atingisse 100% de acerto o próximo estágio se iniciara imediatamente.

Estágio 3: Teste. Nenhum feedback foi dado a nenhum sujeito durante esse estágio. Dez apresentações de cada combinação de estímulos do estágio 1 foram randomicamente apresentadas. Entre essas apresentações dez apresentações de cada 1 de 6 outras combinações de estímulos. Esses novos arranjos foram agrupados em duas categorias. Em uma delas o estímulo foi arranjado como um teste combinado de simetria e transitividade entre símbolos protestantes e nomes católicos. Cada um dos três símbolos protestantes serviram como estímulos amostra e dois dos nomes católicos serviram com estímulo comparação.

Um nome protestante adicional foi incluído como um estímulo comparação para cada uma dessas três combinações de estímulos comparação e amostra.

Isto foi feito para determinar a extensão na qual aprendizagem social anterior poderia interferir com responder em equivalência.

Na segunda categoria, três outras combinações foram apresentadas. Este teste de generalização foi empregado para permitir uma exploração preliminar da transferência do responder em equivalência gerada experimentalmente para outro estímulo socialmente pertinente.

Novamente os símbolos protestantes serviram como estímulo amostra, mas desta vez os mesmos três novos nomes serviram como estímulos comparação, cada um desses nomes foram tanto católicos, protestante ou neutro dentro do contexto irlandês.

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classificado como PASS, enquanto aqueles sujeitos que predominantemente selecionaram, nomes protestantes novos, ao invés de nomes católicos foram classificados como FAIL.

Os protestantes irlandeses geralmente falharam em mostrar responder em equivalência, exceto um dos sujeitos. Todos os sujeitos consistentemente escolheram o nome na presença de cada estímulo amostra, esta ligação protestante-protestante também apareceu quando três nomes novos foram usados como estímulos comparação.

Dos cinco católicos irlandeses classificados como FAIL, quatro mostraram uma forte tendência em escolher o nome protestante novo. A falha em mostrar o responder em equivalência foi mais consistente entre sujeitos durante os outros dois estímulos amostra. Para sujeitos católicos irlandeses classificados como PASS a incidência relativa em escolher os nomes católicos esperados foi muito alto para todos os sujeitos para todas as amostras, exceto para o sujeito 14 e 15. Para os sujeitos protestantes ingleses classificados como PASS o responder em equivalência predominou para todos os sujeitos durante os três estímulos amostra. Quando novos estímulos comparação foram usados os sujeitos geralmente falharam em responder consistentemente.

Em 1993 Barnes publicou mais um estudo, Diferenças entre sujeitos clinicamente ansiosos e não ansiosos em um treino de equivalência de estímulos envolvendo palavras de ameaças (Barnes;Leslie; Robinson; Keenan e Watt, 1993).

Nesse outro estudo que teve como objetivo examinar a possibilidade que a interferência com a formação de classe de equivalência pode prover uma técnica de diagnóstico útil com indivíduos clinicamente ansiosos e também pode contribuir para o entendimento dos mecanismos de ansiedade.

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Os sujeitos foram distribuídos em dois grupos. O grupo ansioso consistiu de oito pacientes ansiosos. O grupo não ansioso consistiu de onze voluntários (universitários). Todos os sujeitos, de ambos os grupos tinham competência verbal normal.

Os participantes passaram por quatro estágios de treino teste: 1)familiarização. Durante este estágio a palavra amostra JEAN foi apresentada no topo central da tela. Três estímulos comparação, a sílabas “WAG”, “BIF” e “TOG”, foram mostradas três polegadas abaixo do estímulo amostra, cada uma delas separada por duas polegadas. Os sujeitos foram instruídos a escolher um estímulo comparação por selecionar uma das teclas designadas. Estas teclas (Z,V,M) foram colocadas a esquerda, ao meio e a direita e suas posições relativas correspondiam as posições dos estímulos comparação.

Aos sujeitos foi pedido para escolher até que eles tivessem acertado corretamente; neste caso a palavra “WAG” foi designada como correta. Uma escolha incorreta foi seguida pelo aparecimento da palavra “errado” no centro da tela por um segundo. Isto foi imediatamente seguido por outra apresentação da tarefa de escolha. Uma escolha correta foi seguida por mostrar durante um segundo a palavra “correto” e uma simultânea apresentação de um tom alto.

Uma vez que a resposta correta tivesse sido feita à tela clareava e era pedido aos sujeitos para datilografar “Começar” para iniciar o experimento. O segundo estágio do procedimento consistiu de um treino com feedback contínuo. Inicialmente os estímulos designados como A1, A2 e A3 que são “exames”, “entrevista de emprego” e “falar em público” foram apresentados como amostras. Os estímulos designados como B1, B2 e B3 foram “ZID”, ”VEK” e “YIN” foram apresentados com comparações. Para cada tentativa um dos estímulos amostra foi randomicamente selecionado.

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Quando dois ciclos sucessivos de apresentação tivessem sido completados com sucesso esta fase de treino era terminada.

A próxima fase de treino foi idêntica a anterior na maioria dos aspectos. Porém, os estímulos designados como B1, B2 e B3 (“ZID”, “VEK”, “YIM”) serviram como amostra e os estímulos designados como C1, C2 e C3 que foram “desempenhado”, “relaxado” e “confortável” serviram como comparação.

A fase três consistiu de um treino com feedback intermitente. No começo deste estágio os sujeitos foram informados que eles não seriam sempre avisados se suas respostas estavam corretas ou erradas.

O feedback foi dado somente em 50% das tentativas. Cada apresentação do estímulo do estágio de feedback contínuo foi apresentada duas vezes em uma seqüência randômica e se menos de 100% das respostas estivessem corretas o procedimento voltava para o início do estágio dois; isto continuou até que o responder fosse 100% correto.

No quarto estágio três tipos de teste foram randomicamente apresentados. Nenhum feedback foi dado.

Os três tipos de teste foram (1)testes de relações treinadas, envolveu dez apresentações de cada um das seis combinações de estímulos do estágio dois; (2) teste de equivalência ou de simetria e transitividade combinada, para estas tentativas os adjetivos prazerosos (C1, C2 e C3) serviram como amostras e a situações provocadoras de ansiedade (A1, A2,e A3) serviram como comparação.

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De acordo com os autores os sujeitos não ansiosos fariam as escolhas corretas nos testes de equivalência. Os testes de estímulo novo foram inclusos para determinar se estes sujeitos escolheriam estímulos novos relacionados aos estímulos C por escolher confidente ou calmo em preferência ao estímulo que esteve relacionado semanticamente aos estímulos A.

Os resultados mostraram que quando palavras descrevendo situações provocadoras de palavras foram usadas, o grupo de participantes clinicamente ansiosos falharam em mostrar formação de classe de equivalência. Segundo os autores, é possível que essa falha reflita uma inabilidade do grupo clínico para formar qualquer classe de equivalência. Os autores preferem uma interpretação mais conservadora que a falha diminui a partir de sua experiência previa com estímulos relacionados à ansiedade.

Não é possível determinar como experiências anteriores com estímulos relacionados à ansiedade interferiram com a informação de classes de equivalência com sujeitos ansiosos. Uma possibilidade é que sujeitos ansiosos falharam em manter as relações treinadas durante os testes de equivalência.

Porém, esta explicação parece improvável já que os testes de equivalências foram randomicamente intercalados entre testes de relações treinadas e somente os resultados daqueles sujeitos que tiveram score de 80% ou mais no teste de relações treinadas é que foram usados em análise subseqüente. Na verdade, este critério resultou na exclusão de três sujeitos controle, o que sugere que os sujeitos ansiosos mantiveram as relações treinadas melhor que os controle.

Outra possibilidade é que as falhas no teste de equivalência são causadas por uma falta de simetria, uma falta de transitividade, ou ambos.

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A grande contribuição desse grupo, portanto, foi demonstrar que parte de problemas sociais importantes pode ter seus controles encontrados por estímulos antecedentes que entram em equivalência com outros estímulos que já tinham controle sobre o responder dos indivíduos.

Um problema social: a OBESIDADE

Epidemiologia

Obesidade é considerada pela OMS como uma doença, estando classificada como tal no CID-10 (código internacional de doenças).

O transtorno alimentar que tem como conseqüência a obesidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um grave problema e, atualmente apresenta, a cada ano, um aumento em sua prevalência no Brasil. A obesidade é um problema importante tanto para uma perspectiva de saúde pública, como para os indivíduos afetados. (Laloni,2004)

Segundo Malheiros (2002), no Brasil, a prevalência de obesidade aumentou muito na última década, em especial para adultos do sexo feminino, chegando a 13,3% da população; a taxa de ascensão da obesidade no Brasil é de 0,36 pontos percentuais ao ano para a população feminina e de 0,20 pontos percentuais para a população masculina.

A obesidade preocupa, pois dados americanos nos mostram que a cada ano 300.000 mortes ocorrem em conseqüência do excesso de peso. O indivíduo com excesso de peso tem risco aumentado de morte prematura de 50% a 100% em relação a indivíduos com peso normal. A obesidade é a segunda causa de óbito por causas evitáveis nos Estados Unidos.(Malheiros,2002). É um problema que apresenta ainda correlação com complicações cardio-vasculares, metabólicas, problemas vasculares periféricos e problemas ortopédicos e estéticos. (Abeso, 2006)

(19)

relatos dos indivíduos com sobrepeso mostram o reflexo das atitudes da sociedade em relação à obesidade. Em ambientes clínicos, ouvem-se autodeclarações depreciativas de indivíduos com sobrepeso, com autoconceitos prejudicados. Numerosas ações judiciais têm sido movidas por essas pessoas que declaram ter sofrido algum tipo de discriminação devido ao excesso de peso ( Brownell e O’neil, 1999. p, 357).

Por todas essas razões, a obesidade justifica-se enquanto uma preocupação cientifica.

Definição

A obesidade é caracterizada pelo excesso de massa gorda (gordura) de um indivíduo. Um indivíduo normal apresenta cerca de 20% do peso, em massa gorda, e 80% de seu peso em massa corporal magra, formadas pelos órgãos, músculos, ossos e água. (Laloni, 2004)

Existem várias medidas para determiná-la.

Um dos índices mais rápidos e mais aceitos para se medir o excesso de tecido adiposo é o Índice de Massa Corporal (I.M.C.), obtido pela divisão do peso, em quilogramas, pelo quadrado da altura, em metros ao quadrado. Este índice apresenta limitações, mas sua correlação com a quantidade de tecido adiposo é aceitável do ponto de vista clínico.

O índice de Massa Corpórea representa um instrumento importante tanto para a classificação da obesidade, quanto para a estimativa do prognóstico do paciente obeso. Segundo a OMS, quanto maior o grau da obesidade maior o risco de doenças associadas. (Coutinho, 2002)

(20)

Tabela 1. Classificação da obesidade segundo o índice de massa corpórea (IMC)

I.M.C. – p (Kg) / A2 Categoria

< 18,5 Kg/ m2 Baixo peso

Entre 18,5 e 24,9 Kg/ m2 Normalidade

Entre 25 e 29,9 Kg/ m2 Sobrepeso

Entre 30 e 39,9 Kg/ m2 Obesidade

> 40 Kg/ m2 Obesidade Mórbida

Fonte: ABESO, 2006.

Uma das limitações do IMC é não ser capaz de distinguir gordura central (região do abdômen) da gordura periférica (da cintura pra baixo). O IMC não distingue massa gordurosa de massa magra, podendo superestimar o grau de obesidade em indivíduos musculosos e mesmo edemaciados.

Apesar dessa limitação, e de haver outros métodos mais precisos de medidas de obesidade (A impedância bioelétrica, por exemplo), o IMC é a medida mais utilizada por sua praticidade e rapidez de determinação.

Causas descritas para obesidade

Nos anos 50, acreditava-se que a obesidade fosse originada de problemas psicológicos. Segundo Brownell e O’neil (1999, p.358) nessa época a psicologia e a psiquiatria eram dominadas pelos conceitos freudianos, e por essa razão a obesidade era considerada como um reflexo de um distúrbio latente da personalidade. O comer excessivo representava, nessa explicação, os sintomas dos conflitos que o obeso sofria. No início dos anos 60, a terapia comportamental começa a ocupar-se do problema da obesidade e passa a conceituá-la como um resultado de hábitos alimentares mal-adaptativos.

(21)

Nos anos 90, houve o reconhecimento de que a obesidade não é gerada por um único fator, e sim, por múltiplos fatores.

Um dos fatores desencadeador da obesidade é o psicológico. Observa-se em diálogo com pacientes que procuram ajuda para emagrecer que a experiência da fome se confunde com o desejo puro e simples de comer. No entanto, isso não classifica a obesidade como um transtorno psicológico e nem ela por si mesma significa a presença de sofrimento psicológico associado de acordo com o DSM-IV (Brownell e O’neil ,1999. p, 362).

Uma das explicações encontradas na literatura é que muitos obesos estão envolvidos cronicamente em dietas sem sucesso, por serem dietas que fazem passar fome. A restrição do comer poderia manter a obesidade. (Montgomery,1991). Uma possibilidade de controle para o abandono e recuperação das várias dietas, relacionadas ao que vem sendo dito até o momento neste trabalho, seria a interferência de experiências prévias com dietas, ou com o próprio alimento, estabelecidos durante a história de vida desse indivíduo.

Barnes et al. (1996) apud Regra (2003) sugerem que padrões de comportamento social estabelecidos durante a história de vida do indivíduo interfiram na formação de classes de equivalência induzidas em laboratório.

Em um dos seus estudos Regra (2003) tinha o objetivo uma replicação sistemática de um estudo de Barnes et al. (1996) usando a palavra “lento” emparelhado ao nome de alguns participantes com ou sem problema de aprendizagem. Regra (2003) queria saber Se na história de vida da criança seu

nome estivesse relacionado com “lenta”, como responderia ao teste de

equivalência se o relacionasse com “esperta”.

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Os sujeitos foram distribuídos em 3 grupos submetidos a dois procedimentos de equivalência: um denominado pela autora de neutro e outro de contaminado, com pequenas diferenças entre si. A pesquisadora variou a ordem de submissão de cada sujeito a um dos dois procedimentos.

A aplicação do procedimento neutro tinha como objetivo verificar se a criança estabelecia relações de equivalência com estímulos não contaminados social e emocionalmente, como são as palavras usadas pela comunidade verbal da criança.

No procedimento de equivalência Neutro foi usado o termo “neutro” para figuras abstratas consideradas como não participantes da história de vida da criança. Esse termo também foi usado para se contrapor às palavras usadas no treino contaminado, com estímulos que participavam da história de vida da criança. Os participantes foram treinados e testados usando-se procedimentos de emparelhamento como a amostra (matching-to-sample). Este procedimento consiste em apresentar um estímulo como amostra, A1, com dois estímulos comparação, B1 e B2. Se o participante escolhesse B1, um estímulo reforçador era liberado: “sim, está correto” e elogios com o “Muito bem”; se o participante escolhesse B2 era dito: “ Não. Está errado”. Quatro tarefas foram usadas no treino (A1-B1, A2-B2, A1-C1, A2-C2) e quatro foram usadas para teste (B1-C1,B2-C2,C1-B1,C2-B2).

O procedimento de equivalência “contaminada” só se diferenciava do procedimento de equivalência neutro por os estímulos usados terem sido palavras impressas. O estímulo A era sílaba sem sentido e o estímulo B palavras (B1: “esperta”e B2: “Lenta”) e o estímulo C pelo nome completo do participante e pelo nome fictício “Juraci Gomes”.

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mínimo de 19 respostas corretas indicava que as discriminações de linha de base foram mantidas.

Os resultados mostraram que as 4 crianças que não tinham problemas de aprendizagem e três das quatro que tinham problemas de aprendizagem estabeleceram relações de equivalência, independente de seus nomes terem sido emparelhados com “esperto”ou “lento”. Quatro crianças com problemas de aprendizagem não atingiram o critério estabelecido no teste de equivalência.

Dados os resultados obtidos (das crianças com problemas de aprendizagem, 3 estabeleceram relações de equivalência e 4 não estabeleceram), Regra (2003) sugere que a forma proposta por Barnes para estudar o desenvolvimento do autoconceito na criança não é apropriada nessas condições experimentais. O procedimento utilizado produziu vieses nos resultados, dificultando a identificação das variáveis relevantes envolvidas. A condição experimental era artificial introduzindo variáveis que não eram controladas pelo pesquisador. A autora ainda sugere que se realize um estudo descritivo, pois a partir desse estudo ela acredita que os resultados produzidos poderiam ser diferentes.

Em relação ao problema da obesidade, alguns estudos apontam que o obeso não tem habilidade para identificar correlatos fisiológicos de fome. (Montgomery,1991)

Outro grupo de estudos descreve que o comportamento alimentar de sujeitos acima do peso está mais sob o controle de estímulos externos e menos sob controle de estímulos internos. Isto implica que estímulos externos podem predispor o indivíduo a comer muito, e o ganho de peso crônico requeira uma falha em algum mecanismo regulatório a longo prazo. (Montgomery,1991)

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genéticas e hereditárias. (Laloni,2004), além de poder ser um problema de controle de estímulos. (Montgomery,1991),

Controle de Estímulos

Viana (2006) abordou o problema da obesidade concentrando em possíveis relações de equivalência entre estímulos alimentares e adjetivos usualmente utilizados para alimentos tais como “horrível”, “saboroso”, “intragável”, etc.

O objetivo de seu estudo era investigar por meio de um procedimento de equivalência de estímulos, a emergência de relações envolvendo fotos de alimentos e adjetivos indicativos de baixa e de alta palatabilidade em populações com diferença de peso.

Dezesseis sujeitos foram submetidos ao experimento, oito com IMC<25 e oito com sujeitos com IMC>35 KG/m2.

Foram realizados três experimentos. No primeiro, todos os sujeitos foram submetidos ao um mesmo procedimento. Esse procedimento incluiu treino condicional para a relação AB (A1-Doces. A2–Carnes, A3–saladas; B1-TUJ, B2-ZIM, B3- KAB) por meio de um procedimento de escolha de acordo com o modelo; seguido do treino condicional para a relação BC (B1-TUJ, B2-ZIM, B3-KAB; C1-Adjetivos indicativo de alta palatabilidade; C2- Adjetivos de alta palatabilidade, C3- Adjetivo indicativo de baixa palatabilidade). As relações de Simetria (BA e CB), Transitividade (AC) e Simetria e Transitividade combinadas (equivalência, CA) foram testadas.

(25)

Outros dezesseis sujeitos divididos pelo mesmo critério de peso foram submetidos ao terceiro procedimento que também se diferenciava dos procedimentos anteriores pelo estímulo C(C1-Adjetivo indicativo de baixa palatabilidade, C2 e C3 - Adjetivos indicativos de alta palatabilidade).

Os resultados obtidos sugeriram a emergência de equivalência em todos os procedimentos e para a maioria das relações testadas, não apresentando diferença de resposta entre a população obesa ou não obesa, ou entre os diferentes procedimentos. Um fato que se destacou foi que a população obesa necessitou de mais treino nas relações AB do que a população magra. Viana (2006) acredita que essa diferença pode ter sido devida à familiarização com o uso de equipamento eletrônico, por esta diferença de resultado estar correlacionada à variável idade.

Como pode ser notado até o momento, a obesidade é um problema social importante e também causa muito sofrimento aos indivíduos. Várias ciências têm tentado solucionar ou controlar o problema (dietas, pelo nutrição; atividade física, pela fisiatria; cirurgias gástricas, pela medicina; programas de autocontrole, pela psicologia). No entanto, não foram encontrados na literatura, trabalhos que se ocupassem do controle de estímulos que poderiam contribuir com o problema da obesidade.

O grupo liderado por Barnes permitiu por meio de seus estudos que se abordassem problemas sociais utilizando o modelo de equivalência de estímulos. Nessa linha, seus trabalhos sugerem uma interferência acentuada da história prévia com os estímulos utilizados nos experimentos e a formação de novas classes equivalentes de estímulos. Por outro lado, as pesquisa de Regra (2003) e Viana (2006) apontam que o fenômeno não é bem descrito ainda, sugerindo novos estudos.

(26)
(27)

MÉTODO Sujeitos

Os participantes foram 6 adultos, com idade entre 22 a 41 anos, formando dois grupos de três sujeitos . Critérios de exclusão foram: contato prévio com procedimentos ou teorias envolvendo o paradigma da equivalência de estímulos, ser estudante de psicologia ou psicólogo; não fazer uso de computadores; ter comprovado diagnóstico clínico relacionado a atrasos na linguagem, transtornos invasivos do desenvolvimento, transtornos demenciais e transtornos psicóticos.

Para compor a amostra de 06 participantes foram selecionadas 3 pessoas que tinham peso classificado como Normal ou com IMC compreendido entre 18,5 e 24,9 e que não tenham passado, para atingir esse peso, por nenhum tratamento de regime alimentar, autocontrole ou cirurgia gástrica. Outros 3 participantes tinham peso classificado como estado de Obesidade do tipo I, II ou III, isto é, com IMC maior de 25.

Tabela 2: Dados dos Participantes

Grupos Sujeito Gênero Idade IMC kg/m2

1 I.C.V Feminino 38 22,8

2 S.B.A. Feminino 22 24

1 IMC<24,0

3 P.G.A Feminino 28 20

4 R.A.S Masculino 36 35

5 L.Q.C. Feminino 41 30

2 IMC>24,9

6 L.G.C. Masculino 27 31

Material e Aparato

Cada participante foi conduzido a assentar em frente a uma mesa, em uma sala experimental isolada e livre de barulhos, contendo um computador portátil Toshiba Satellite Intel Celeron 1,30 GHz e 512 de memória RAM

equipado com caixas de alto-falante para emissão de estímulo sonoro e mouse em funcionamento, disponível na bancada, à direita da máquina (se o participante fosse destro) ou à esquerda da máquina (se o participante fosse canhoto). O monitor Digital Flat Painel apresentou fundo preto, imagens

(28)

comparação) e gravação das respostas emitidas pelos participantes foram controladas pelo computador, que foi programado na linguagem Visual basic

6.0. As respostas emitidas pelos sujeitos foram registradas e o registro foi

gravado em pasta específica destinada para isto no HD e cópias foram feitas em pen drive após a realização de cada sessão. As instruções de cada etapa foram sempre escritas em tela de fundo preto e em letras de cor branca (com 100% de pigmentação), ocupando a parte inferior do visor, seguindo um modelo de legenda1, em fonte de letra Arial, tamanho 16 negrito.

EXPERIMENTO

O experimento foi aplicado uma vez com estímulos não-alimentares para avaliar se o participante era capaz de realizar equivalência de estímulos e a outra vez com estímulos alimentares.

Seleção Prévia dos Estímulos da primeira aplicação:

O estímulo modelo foi apresentado no meio da tela e no centro dos estímulos-comparação.

Não houve seleção prévia dos estímulos pelo participante. Nessa aplicação todos os estímulos foram escolhidos pelo próprio pesquisador, sendo igual para todos os sujeitos.

Os estímulos pertenceram a classes específicas, sendo A - fotos de estímulos não alimentares; A1 - casa, A2 – bola, A3 – Igreja e A4 – relógio.

Estímulos da classe B foram sílabas sem sentido: B1 – TAC, B2 – PIQ, B3 – REZ e B4 – LYT.

Estímulos da classe C foram adjetivos relacionados aos estímulos não-alimentares, escolhidos pelo próprio pesquisador. Como: C1 – bonito, C2 – velho, C3 – vermelho e C4 – brilhante.

(29)

Estímulos Utilizados na segunda aplicação:

Os estímulos da primeira aplicação pertenceram a classes específicas, sendo A fotos de estímulos alimentares; B sílabas sem sentido e C -adjetivos referentes aos estímulos alimentares.

Seleção Prévia dos Estímulos:

Os estímulos foram fotos de 4 alimentos previamente escolhidos pelos participantes durante uma anamnese feita pelo próprio pesquisador. A1 e A2 foram estímulos alimentares que o sujeito classificou como “alimentos prediletos”; A3 e A4 estímulos alimentares que o participante citou como saudáveis, mas que ele não ingeria ou ingeria pouco, e que deveria ingerir mais em sua dieta.

Estímulos da classe B foram sílabas sem sentido: B1 – WEX, B2 – ZIM, B3 – KAB e B4 – TUJ.

Estímulos da classe C foram adjetivos relacionados à sensação gustativa que indicassem preferência ou não preferência por determinados alimentos escolhidos pelo próprio pesquisador. C1 e C3 foram adjetivos de conotação positiva, como, delicioso2 e saboroso3, respectivamente. C2 e C4 foram adjetivos de conotação negativa, como, Horrível4 e Detestável5, respectivamente.

Procedimento da aplicação com estímulos não alimentares

Instruções:

Houve, em cada etapa do procedimento, uma introdução na qual foram fornecidas as orientações do processo a seguir.

Etapas

Foram realizadas quatro etapas seqüenciais:

1 – instruções e pré-treino de familiarização de escolha conforme o modelo

2 - Gostoso agradável (Silveira, 1989)

3 -Gostoso, deleitoso, agradável (Silveira, 1989). 4 - Horrendo péssimo (Silveira, 1989).

(30)

2 – instruções e treino com reforçamento contínuo; 3 – instruções e treino com reforçamento intermitente; 4 – Teste de equivalência (relações treinadas; emergência).

1 – instruções e pré-treino de familiarização com escolha conforme o modelo. Foi fornecida a seguinte instrução: “Uma imagem aparecerá no alto da tela e sempre que você clicar em cima dela, outras figuras aparecerão. Sua

tarefa é usar o mouse e marcar a imagem, e em seguida, uma das figuras que

você considerar adequada. Se você tiver alguma dúvida, pergunte ao

experimentador agora. Se não tiver nenhuma dúvida, podemos começar”.

Um estímulo modelo “O” foi apresentado no visor.

Após o sujeito clicar em cima do estímulo modelo, apareceram estímulos-comparação, tal como o disposto no exemplo abaixo.

O

Ao mesmo tempo foi apresentada a seguinte instrução:

“Por exemplo, aqui sua escolha é uma imagem: ou a igreja, a garça, o

livro ou a bandeira. Quando “O” foi apresentado, você clicou em cima dele e

aguardou a apresentação das gravuras. Agora, use o mouse e selecione uma

das quatro figuras mostradas. Sua escolha é feita colocando o cursor do mouse

sobre a figura e apertando o botão do mesmo. Experimente escolher e veja o

que ocorre.”

(31)

Depois uma nova tela apareceu, com a imagem de um leão e com a seguinte instrução:

Agora, da mesma maneira, você deve fazer uma nova escolha. Para

isso, clique em cima da imagem no alto da tela, neste caso, o leão”.

Após a seleção do leão, foram apresentados os estímulos-comparação e a seguinte instrução:

# &

@ )

“Como você fez antes, escolha entre os símbolos #, @, & ou ).

Você deverá escolher um dos símbolos diante da imagem do leão. Para isso,

use o mouse e direcione-o ao símbolo de sua escolha. Em seguida, marque-o.”

Os participantes foram expostos a esta tarefa por essas duas seqüências, até ficarem familiarizados com o procedimento de escolha de acordo com o modelo. Nenhum dos estímulos visuais utilizados no pré-treino foi utilizado na seqüência experimental. Depois desta etapa de pré-treino e familiarização com a escolha de acordo com o modelo, a seguinte instrução apareceu:

“Se você não entendeu como funciona sua tarefa, pergunte ao

experimentador agora. Se você entendeu, podemos dar seqüência ao

experimento.”

(32)

necessário fosse, a etapa de pré-treino poderia ser repetida até que não houvesse mais dúvidas.

Deu-se início à etapa de Instruções e Treino com Reforçamento Contínuo.

2 – Instrução e Treino com Reforçamento Contínuo. Nesta etapa, os

participantes receberam a seguinte instrução: “Agora, você será avisado

quando uma escolha for correta e quando uma escolha for errada”.

Os estímulos foram apresentados na mesma disposição do pré-treino de familiarização, primeiro o estímulo modelo, o quadro era emitido o clicar em cima dele os estímulos-comparação apareceram, conforme a disposição abaixo.

COMPARAÇÃO COMPARAÇÃO

MODELO

COMPARAÇÃO COMPARAÇÃO

(33)

limite de tentativas em um treino; o sujeito poderia tentar até conseguir os dois ciclos contendo 100% de acertos ou desistir. O mesmo critério de acertos utilizados em A-B foi utilizado no treino de B-C.

3 - Treino com Reforçamento Intermitente. Em seguida, foi

apresentada uma nova instrução verbal: “agora, nem sempre você será

avisado se uma escolha está correta ou se uma resposta está errada”. O feedback “CORRETO” e “ERRADO” foi fornecido em apenas 50% das

ocasiões. Apresentações de estímulos semelhantes à etapa 2 ocorreram (isto é, treino condicional de A-B e treino condicional de B-C). A combinação foi randômica e caso houvesse 100% de acertos em dois ciclos consecutivos para A-B, e em seguida, em dois ciclos consecutivos para B-C, o próximo estágio se iniciava. O critério de acerto da etapa anterior, também foi válido pra essa etapa.

4 – Teste de equivalência (relações treinadas; emergência). Nesta etapa,

que sucedeu à etapa 3, não houve instrução. Durante esta etapa, 3 tipos de teste foram realizados.

(1) Teste das Relações Treinadas: 3 apresentações randômicas de cada

uma das 4 relações (A-B) treinadas no estágio 2 foram realizadas, o mesmo ocorrendo com 3 apresentações randômicas de cada uma das 4 relações (B-C);

(2) Teste de Emergência (A-C: transitividade; e C-A: simetria x

transitividade): 3 apresentações randômicas de cada um dos

(34)

Procedimento da aplicação com estímulos alimentares

Instruções

Houve, como na fase anterior, em cada etapa do procedimento, uma introdução na qual foram fornecidas as orientações do processo a seguir.

Etapas

Nessa fase foram realizadas três etapas seqüenciais: 1 – instruções e treino com reforçamento contínuo; 2 – instruções e treino com reforçamento intermitente; 3 – Teste de equivalência (relações treinadas; emergência).

1 – Instrução e Treino com Reforçamento Contínuo. Nesta etapa, os

sujeitos receberam a seguinte instrução: “Agora, você será avisado quando uma escolha for correta e quando uma escolha for errada”.

Os estímulos foram apresentados na mesma disposição do pré-treino de familiarização, primeiro o estímulo modelo, o quadro era emitido o clicar em cima dele os estímulos-comparação apareceram, conforme a disposição abaixo.

COMPARAÇÃO COMPARAÇÃO

MODELO

COMPARAÇÃO COMPARAÇÃO

(35)

pigmentação, aparecendo 1 segundo após sua emissão. A apresentação das relações A-B foram randômicas e equiparadas, em cada bloco, no número de apresentações. Assim que o participante experimental tivesse completado 2 ciclos consecutivos de respostas contendo 100% de acertos, isto é, cada sujeito deveria acertar por oito vezes consecutivas cada um dos pares A-B, dar-se-ia início ao treino das relações B-C (também arbitrárias). Respostas consideradas corretas representam as relações B1-C1, B2-C2, B3-C3 e B4-C4. Não havia limite de tentativas em um treino; o participante poderia tentar até conseguir os dois ciclos contendo 100% de acertos ou desistir. O mesmo critério de acertos utilizados em A-B foi utilizado no treino de B-C.

2 - Treino com Reforçamento Intermitente. Em seguida, foi

apresentada uma nova instrução verbal: “agora, nem sempre você será avisado se uma escolha está correta ou se uma resposta está errada”. O feedback “CORRETO” e “ERRADO” foi fornecido em apenas 50% das

ocasiões. Apresentações de estímulos semelhantes à etapa 2 ocorreram (isto é, treino condicional de A-B e treino condicional de B-C). A combinação foi randômica e caso houvesse 100% de acertos em dois ciclos consecutivos para A-B, e em seguida, em dois ciclos consecutivos para B-C, o próximo estágio iniciaria. O critério de acerto da etapa anterior, também foi válido pra essa etapa.

3 – Teste de equivalência (relações treinadas; emergência). Nesta etapa,

que sucedeu à etapa 2, não houve instrução. Durante esta etapa, 3 tipos de teste foram realizados.

(1) Teste das Relações Treinadas: 3 apresentações randômicas de cada

uma das 4 relações (A-B) treinadas no estágio 1 foram realizadas, o mesmo ocorrendo com 3 apresentações randômicas de cada uma das 4 relações (B-C);

(2) Teste de Emergência (A-C: transitividade; e C-A: simetria x

transitividade): 3 apresentações randômicas de cada um dos

(36)

randômicas C1, C2, C3 e C4 foram apresentadas como estímulos modelo e como estímulos-comparação, foram apresentados A1, A2, A3 e A4. Respostas de equivalência esperadas, que combinem simetria e transitividade, constituem: C1-A1, C2-A2, C3-A3 e C4-A4.

Informações Analisadas:

- Número de participantes que passaram na etapa de treino e que

prosseguiram na etapa do teste de equivalência;

- Número de participantes que concluíram o procedimento;

Para cada Sujeito:

- Relações que foram treinadas (A-B, B-A, A-C, C-A, B-C,C-B: 1,2,3 e 4);

números de tentativas para atingir critério de 8 oportunidades de acerto nos grupos de estímulos A não alimentares e Alimentares

- Índice de acertos das relações emergidas em testes A-C e C-A;

- Relações que foram consideradas emergentes de acordo com critério de

acertos;

Comparação entre Grupos baseados em Peso:

- Comparação entre índices de emergência entre grupos de obesos, de

não obesos de um mesmo grupo de estímulos A;

- Comparação entre índices de emergência entre grupos de obesos e de

(37)

RESULTADO E DISCUSSÃO

Os resultados dos treinos com reforçamento Contínuo e intermitente, tanto para estímulos não-alimentares quanto alimentares, estão contidos na tabela 3.

O participante 1 teve uma variação de 32 a 75 tentativas durante os treinos.As relações em que o sujeito necessitou de mais treinos foi AB contínuo e intermitente com estímulos não-alimentares e AB e BC contínuo com estímulos alimentares. No teste com estímulos não-alimentares foi necessário mais treino do que o teste com estímulos alimentares para se atingir os dois ciclos, com 8 tentativas consecutivas corretas exigidas em cada fase para passagem a fases seguinte.

Nota-se que um grande número de tentativas foi necessário para o participante 2, principalmente para os treinos BC contínuo com estímulo não-alimentar, AB contínuo e BC intermitente com estímulo alimentar. Foram necessárias 132 tentativas nas relações BC contínuo com estímulos não-alimentares e 279 no BC intermitente com estímulos não-alimentares. Na diversidade dos erros, destacaram-se pela repetição, os erros B1-C4, que teve 18 tentativas nas relações intermitentes com estímulos alimentares (ver anexo C). Outra relação que também teve alto índice de tentativas para o participante 2 foi a relação AB contínuo com estímulos alimentares que foi de 219, entre essas relações não há nenhuma que se sobressai pela repetição de erros.

Se compararmos o desempenho desse participante nos dois testes pode-se notar que no teste com estímulos alimentares ele precisou mais que o dobro de tentativas do que no teste com estímulos não-alimentares.

(38)

absoluto de tentativas fosse bem maior do que no teste com estímulos alimentares.

O participante 4 apresentou um baixo número de tentativas nos testes, tanto com estímulos não-alimentares quanto alimentares. Exceto pela relação BC intermitente no teste com estímulos não-alimentares que utilizou de 22 a 23 ciclos para cumprir a exigência necessária para passar a fase posterior, que era de 2 ciclos com 100% de acerto.

Podemos observar na Tabela 3 que os desempenhos do participante 5 nos testes com estímulos não-alimentares e alimentares mostram uma homogeneidade entre si, necessitando somente de 4 tentativas a mais no teste com estímulos alimentares.

O participante 6 também foi um sujeito que se sobressaiu por ter necessitado de mais treino do que a maioria dos sujeitos. Entre as relações treinadas, a relação AB contínuo nos testes com estímulos não-alimentares e alimentares foram as que apresentaram maior número de tentativas.

Conforme o desempenho dos participante, independente de seu IMC, mostrado na Tabela 3, foi necessário mais treino com estímulos não-alimentares do que no teste com estímulos não-alimentares. A quantidade de tentativas nos treinos com estímulos não alimentares é praticamente igual ou maior do que o resultado do treino com estímulos alimentares. A única exceção é o participante 2. Isto sugere então que estímulo alimentar não foi um estímulo de controle externo como suposto no início desse estudo.

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Tabela 3: Quantidade de tentativas nas relações AB e BC contínuo e intermitente nos treinos com estímulos não-alimentares e alimentares

TREINO

Estímulos não-alimentares Estímulo AlimentarTREINO

GRUP

OS SUJEITOS ContínuAB

o

BC contínu

o

AB intermitent

e

BC intermitent

e Soma

AB

contínuo ContínuoBC

AB intermitent

e

BC intermitent

e Soma

1 65 45 63 48 251 68 75 32 32 207

2 83 132 32 57 304 219 85 97 297 698

1 MC<24,

9 3 67 128 32 32 259 61 45 32 32 170

4 43 43 45 90 221 46 46 32 32 156

5 55 52 32 32 171 47 64 32 32 175

2 MC>24,

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Um dado observável foi que os participantes, em geral, necessitaram de mais treinos nas relações com estímulos B(sílabas sem sentido). A relação BC (sílaba sem sentido/adjetivo), tanto com estímulos alimentares como não alimentares, foi a relação que apresentou maior número de tentativas entre os participantes. Havia diferença desses estímulos de teste para teste, mas não entre os sujeitos como podemos ver nas Tabelas 4 e 5.

Tabela 4. Conjunto de estímulos B utilizados nos treinos e testes com estímulos não-alimentares

B1- TAC ► C1- BONITO

B2- PIQ ► C2- VELHO

B3- REZ ► C3- VERMELHO

B4- LYT ► C4- BRILHANTE

Tabela 5. Conjunto de estímulos B utilizados nos treinos e testes com estímulos alimentares

B1- WEX ► C1- DELICIOSO

B2- ZIM ► C2- HORRIVEL

B3- KAB ► C3- SABOROSO

B4- TUJ ► C4- DETESTÁVEL

A tabela 6 indica o desempenho, em números de acertos absolutos, dos participantes no teste de equivalência de estímulos. Neste teste foram apresentados tanto relações já treinadas anteriormente quanto relações não treinadas (Transitividade, Simetria e Transitividade simétrica).

(41)

No teste com estímulos não-alimentares, apesar dos treinos anteriores, o participante 2 só apresentou respostas corretas na relação AB. Transitividade e Transitividade Simétrica também só foram apresentadas parcialmente, acertando somente as 3 oportunidades apresentadas na relação A2- C2. Com o teste com estímulos alimentares o participante aumentou o número de respostas corretas das relações treinadas anteriormente, apresentou equivalência nas relações AC, mas nas relações CA acertou parcialmente as oportunidades apresentadas, indicando simetria somente em parte das respostas.

Os participantes 3 e 5, apesar de pertencerem a grupos diferentes, apresentaram desempenhos semelhantes, acertando todas as oportunidades apresentadas tanto no teste com estímulos alimentares quanto no com não-alimentares.

Apesar dos treinos feitos anteriormente, o participante 4 acertou somente metade das oportunidades das relações AB, BC e da simetria das relações BA, CB do teste com estímulos não-alimentares, com estímulos alimentares acertou todas essas relações. O resultado dos testes com ambos os estímulos indicaram equivalência nas relações AC (Transitividade) e CA (transitividade Simétrica).

O participante 6 apresentou equivalência com todas as relações apresentadas de AC e CA, tanto no teste com estímulos não-alimentares quanto com estímulos alimentares, apesar de ter errado algumas das oportunidades apresentadas de relações já treinadas no teste com estímulos não-alimentares.

(42)

Podemos dizer com estes dados que o resultado encontrado no estudo de Watt, Kennan, Barnes e Cairns (1991), acima citado, não se repetiram neste estudo. O IMC parece não ser um bom divisor entre os indivíduos capazes ou incapazes de realizarem novas relações de equivalência com estímulos que já tenham uma história prévia de reforçamento. Pois as respostas dos grupos estudados não apresentaram diferenças significativas. Tanto os participantes com IMC<24,9 ou IMC> 24,9 realizaram equivalência nos testes com estímulos alimentares e não-alimentares, exceto o participante 2 que realizou somente equivalência parcial.

Tabela 6: Número de respostas corretas no teste de equivalência de estímulos. Sujeitos TESTE

Estímulos não-alimentares Estímulos alimentaresTESTE

AB BA BC CB CA AC AB BA BC CB AC CA

1 12 12 12 12 12 12 12 12 12 11 10 12

2 12 8 10 10 3 3 12 11 11 11 12 9

3 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

4 6 6 6 6 12 12 12 12 12 12 12 12

5 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

6 6 12 12 11 12 12 12 12 12 12 12 12

A Tabela 7 mostra as tentativas incorretas durante os testes de equivalência. No teste com estímulos não-alimentares houve três participantes que apresentaram respostas incorretas.

O participante 2 na relação BA (Simetria), errou todas as oportunidades de resposta da relação A3, respondendo em todas as oportunidades B3-A1. E uma das três oportunidades que tinha de responder na relação B4-A4, respondeu B4-A2.

Errou também duas das três oportunidades da relação, já treinadas anteriormente, B1-C1, assinalando a relação B1-C3.

(43)

Nota-se que no Teste combinado de Transitividade x Simetria desse participante poucas correspondências se formaram. Surgiram correlações incorretas como A1-C3, A3-C1 e A4-C2.

O participante 4 errou todas as oportunidades de resposta das relações já treinadas AB e realizou Simetria parcial nas relações não treinadas BA, escolhendo três vezes a relação B2-A4, e 3 três vezes a relação B4-A2.

Realizou correlações de Transitividade e Transitividade simétrica parcialmente. Nas relações AC escolheu três vezes a relação A2-C4 e a relação A4-C2 e nas relações CA três vezes As relações C2-A4 e C4- A2.

O participante 6 só errou uma das 12 oportunidades de realizar Transitividade simétrica que foi a relação C3-A1.

Nos testes de equivalência com estímulos alimentares dois participantes apresentaram respostas incorretas. O participante 1 realizou simetria parcial por ter errado uma das três oportunidades na relação C3-A1(adjetivo positivo/ alimento preferido), evitando de realizar equivalência entre C3-A3 (adjetivo positivo/ alimento que ingere pouco). A Transitividade também não foi completa por ter escolhido a relação A1-C3(Alimento preferido/adjetivo positivo) em vez de A1/C3(alimento preferido/ adjetivo positivo).

E o outro participante que apresentou erro foi novamente o participante 2. escolheu uma vez a relação B1-A4, uma vez a relação B4-C2 e uma vez a relação C4-B1.

(44)

Tabela 7: Respostas incorretas emitidas pelos participante nos testes de equivalência

Estímulos SUJEITOS AB BA BC CB AC CA

0 3 B3-A1 2 B1-C3 1 C2-B4 3 A1-C3 1 C1-A4 1 B4-A2 1 C4-B3 3 A3-C1 1 C2-A3 2 A4-C2 1 C2-A4 3 C3-A1 1 C4-A1

2

2 C4-A3 3 A2-B4 3 B2-A4 3 A2-C4 3 C2-A4

4

3 A4-B2 3 B4-A2 3 A4-C2 3 C4-A2

Não-alimentares

6 0 0 0 0 0 1 C3-A1

1 0 0 0 1 C3-B1 2 A1-C3 0

0 1 B1-A4 1 B4-C2 1 C4-B1 0 0 1 C2-A4

Alimentares

2

2 C4-A1

Os resultados dos testes de equivalência apresentados nessa Tabela 4 mais uma vez corroboram a observação feita anteriormente sobre o alto índice de erros nas relações que envolvem o estímulo B(sílabas sem sentido). De 30 tipos de relações apresentadas na tabela acima, 13 são com estímulos B.podendo levantar a hipótese que os sujeitos tiveram dificuldades com sílabas sem sentido.

Com base nos dados de Barnes(1993), que demonstrou que a história prévia com alguns estímulos apresentava um atraso na mudança desses estímulos como uma nova classe equivalente, por exemplo: exame/relaxado, supõe-se que uma possibilidade de controle sobre o comportamento alimentar pudesse sofrer influência semelhante. Por exemplo, uma pessoa que tivesse o hábito de comer frequentemente um alimento de alto valor calórico tivesse que ser submetido a muitas oportunidades de treino do que uma pessoa com uma história diversa dessa para poder estabelecer relações de equivalência entre esses estímulos alimentares e adjetivos negativos.

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(46)

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psicologia experimental:Análise do comportamento – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

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(50)

APÊNDICE A – Modelo do termo de consentimento que será entregue à população de estudo

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu,____________________________________________________________, (nome do participante)

dou meu consentimento livre e esclarecido da minha participação como voluntário(a) da presente pesquisa, sob a responsabilidade da pesquisadora Juliana Bisatto Cardoso, mestranda do Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ( PUC-SP).

Assinando este Termo de Consentimento declaro estar ciente de que:

Participarei de até ___ sessões experimentais de aproximadamente ____ minutos de duração;

Caso eu necessite ou considere apropriado, poderei encerrar minha participação neste estudo a qualquer momento, sem que haja qualquer prejuízo a minha pessoa e sem a necessidade de fornecer qualquer tipo de explicação;

Minha identidade será mantida anônima;

Os resultados obtidos nessa pesquisa serão utilizados apenas para fins acadêmicos e/ou científicos, incluindo sua publicação na literatura científica especializada e em congressos científicos;

Considero ter obtido todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a autorização da participação na referida pesquisa;

Londrina, ______ de ____________ de 200__.

__________________________________

Imagem

Tabela  1.  Classificação  da  obesidade  segundo  o  índice  de  massa  corpórea (IMC) I.M.C
Tabela 2: Dados dos Participantes
Tabela 3: Quantidade de tentativas nas relações AB e BC contínuo e intermitente nos treinos com estímulos não-alimentares e alimentares
Tabela 6: Número de respostas corretas no teste de equivalência de estímulos.
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Referências

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