Cinco Aspectos Essenciais
do Ministério Pastoral
Issuu.com/oEstandarteDeCristo Traduzido do original em Inglês
Five Essential Aspects of Pastoral Ministry
By Tom Hicks
Via: Founders.org
Tradução por Antonio e Jennifer Souza Revisão por Anna Barros
Capa por William Teixeira
1ª Edição: Setembro de 2016
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF•Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, de Tom Ascol (diretor executivo da Founders Ministries), sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
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5 Aspectos Essenciais do Ministério Pastoral
Por Thomas Hicks
Muitos livros foram escritos sobre o ministério pastoral; assim, uma tentativa de resumi-lo em um curto artigo de blog ficará incompleto. Gostaria de destacar alguns princípios quando considero o ministério pastoral. Muito do que se passa por ministério pastoral hoje, é nada mais do que as filosofias e métodos de uma América corporativa pressionada sobre a igreja. Muitos pastores pensam estar “fazendo os seus trabalhos”, e eles não pensam em si mesmos como homens de Deus que são chamados por toda uma vida para um ministério pastoral entre as pessoas amadas por Deus. Vejamos cinco aspectos do ministério pastoral Bíblico.
1. Um pastor tem cuidado de si mesmo.
Um pastorado verdadeiro sempre começa com a santidade pessoal. Em 1 Timóteo 4:16, Paulo diz a Timóteo: “tem cuidado de ti mesmo”. A palavra “cuidado” significa “estar vigilante” ou “prestar muita atenção”. Um pastor precisa ter muito cuidado com sua própria alma, porque ele é chamado a ser um homem santo. Ele é um estudante das formas e maneiras do pecado, visto que eles estão dentro de seu próprio coração. Ele aprende a aplicar o evangelho da graça para a mortificação do seu pecado. Ele deve ser um homem que conhece o grande amor de Cristo por ele, cujo coração é conquistado pelo Salvador crucificado e ressurreto, e cuja esperança é a vida eterna nEle. Por causa do amor de Cristo, um pastor é fielmente comprometido com a oração, tem comunhão pessoal com Ele, e ora pela sua família, igreja, sua comunidade e o mundo. Ele aprende a arrepender-se rapidamente do pecado, e ele é profundamente devotado ao estudo das Escrituras para manter os bons mandamentos de Deus como uma expressão de seu amor por Cristo. Um pastor também cuida de si, sendo um marido fiel à sua esposa, e pai para seus filhos, amando-os e servindo-os como Cristo tem o servido. Ele ama e ensina sua esposa e filhos a Palavra de Deus. E ele está envolvido em sua vida familiar, partilhando a vida com sua esposa, desfrutando de seus filhos e tendo interesse sincero neles. Pastores fiéis cuidam de si mesmos.
Um pastor só será capaz de cuidar dos outros fielmente quando tiver cuidado de si mesmo.
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Em 1 Timóteo 4:16, Paulo diz a Timóteo: “tem cuidado... da doutrina”. Há uma heresia feita para cada um de nós. Heresia é uma forma de falso ensino que mina o evangelho. Tristemente, há uma heresia feita para cada pastor. Heresias nos dizem que podemos ter nossos ídolos, e podemos ter Jesus também. Algumas heresias nos incham de orgulho religioso de uma retidão própria, enquanto outras heresias promovem mundanismo sensual. Pastores podem ser tentados a adotar formas de falsas doutrinas que servem a si mesmos em vez de Cristo e Seu povo. Mesmo quando o pastor começa com boa doutrina, ele pode deixar ser levado ao erro ao longo do tempo, se ele não é muito cuidadoso com a doutrina.
Um pastor deve ter muito cuidado para ensinar a verdade Bíblica, e não o que ele diz ser a verdade Bíblica. Ele é responsável para repetir o que Deus diz em Sua Palavra. Um pastor simplesmente entrega o que recebeu, não acrescentando, e nem subtraindo. Isso significa que um pastor estuda a Bíblia com cuidado e sustenta firme a palavra da vida para a sua alma e para a dos outros pela fé. O amado povo de Deus só será alimentado quando pastores proclamarem claramente e consistentemente a sã doutrina, mesmo que isto custe os seus ídolos e suas próprias vidas.
3. Um pastor anuncia Jesus Cristo.
Em 1 Coríntios 2:2, Paulo diz: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado”. Assim como Paulo, os pastores não devem se cansar de anunciar Cristo. Eles não anunciam palavras de homens. Não anunciam a si mesmos. Não anunciam a sua própria sabedoria ou técnicas artificiais. Eles pregam a Cristo e este crucificado. O próprio Jesus é o coração de nossa mensagem. Todas as promessas de Deus são sim e amém em Jesus. Cristo é tudo!
Alguns pregadores insistem que é impossível ensinar a Cristo em todas as passagens das Escrituras. Dizem: “Nem toda passagem é sobre Jesus. Somente devemos ensinar sobre Cristo quando Ele é explicitamente mencionado no texto, ou quando há alguma clara ligação a Cristo na passagem particular”. Respondo a este erro de uma forma breve e de três maneiras.
Em primeiro lugar, Jesus falou de Si mesmo em todas as Escrituras. Lucas 24:27 diz: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras”. Se Cristo ensinou sobre Si em todas as Escrituras, então, nós também devemos.
Em segundo lugar, a teologia do pacto bíblico é centrada em Jesus. As Escrituras ensinam que há apenas um pacto, ou promessa de graça, que atravessa a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse (Hebreus 9:15-16). Portanto, a única maneira de interpretar fielmente qualquer passagem da Bíblia é à luz da promessa global de resgate para os pecadores em Jesus Cristo.
Em terceiro lugar, a adoração e o objetivo da mensagem. Se um pastor meramente explica um texto e não o centraliza em Cristo, a igreja não irá adorar. E se ela adora, não será por causa da mensagem. A menos que a adoração seja centrada em Jesus, o qual é a principal revelação de Deus aos homens, a igreja não irá adorar. Se formos adorar, precisamos ver Deus, através de Jesus pelo Espírito, falando em Sua Palavra. A menos que o pregador mostre a centralidade de Cristo em todos os textos, estará falhando em levar a congregação à adoração.
O que acontece quando Cristo é anunciado fielmente semana após semana? Jesus encorajará os fracos, advertirá o obstinado, e dará força da fé e obediência a todos os que a Ele pertencem. Cada vez mais Jesus formará o seu povo à sua imagem, e eles produzirão o fruto do Espírito e guardarão os Dez Mandamentos, tendo a definição do que é amar a Deus e aos homens. Sendo Cristo anunciado a cada semana, seu povo estará preparado para os sofrimentos e provações de suas vidas. A Igreja irá olhar as coisas do alto, onde Cristo está, e não amarão a este mundo. E cada vez mais, a igreja será capaz de dizer com Paulo: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”.
4. Um pastor faz trabalho presencial.
Os pastores devem amar o povo de Deus estando presente. E isto inclui conversas com as pessoas da igreja, aconselhamento pastoral, visita em hospitais, realização de cultos fúnebres, oficialização de casamentos, estando entre as pessoas da comunidade, e sendo, geralmente, disponível.
Atualmente alguns pregadores e professores populares falam que os pastores não devem desperdiçar seu tempo fazendo trabalho presencial. Eles falam que o trabalho de um pastor é orar, estudar e pregar a Palavra. Dizem que o trabalho de um pastor é público, não privado. Mas isso é um erro muito grave.
Vejamos nas Escrituras alguns exemplos do trabalho presencial. Jesus ministrou pessoalmente. Ministrou a Nicodemos, a mulher no poço, a Zaqueu, ao centurião romano,
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a Maria e Marta, e assim por diante. Ele ministrou em funerais, em casamentos, visitou os doentes, e aconselhou as pessoas individualmente. Jesus também comeu com os discípulos, pescou com eles, dormia com eles, e viveu a vida com eles. Atos 20:27 nos diz que Paulo ministrou a Palavra publicamente, mas também de casa em casa, em Éfeso. Paulo escreveu uma carta muito pessoal para Onésimo, em nome de Filemom. Paulo disse a Timóteo em 1 Timóteo 1:3 para “instruir certos homens”. Trabalho presencial é encontrado em todo o Novo Testamento.
Trabalho presencial é importante porque grande parte do poder de um pastor no ensino público e pregação dependem de sua boa vontade e das relações que ele tem com o povo. As pessoas estão dispostas a ouvir um homem quando sabem que ele se importa com suas almas. Enquanto ele aprende sobre as pessoas, poderá aplicar de maneira mais sábia a sua pregação tornando-se mais e mais útil. Alguns momentos do ministério pastoral necessitam de trabalho presencial. Quando as pessoas perdem seus entes querido, ou estão passando por tribulações graves, eles precisam de um pastor para ajudá-los a pensar claramente e definir as suas mentes no Senhor Jesus. Quando as pessoas estão lutando com um pecado pessoal ou tentação ou estão tendo dificuldade no casamento precisam de conselhos pessoais sobre como lidar com o seu pecado com sabedoria. Quando as pessoas têm perguntas específicas sobre a Bíblia ou doutrina, ou decisões pessoais que estão tomando em suas vidas, eles precisam sentir liberdade para abordar o seu pastor e falar pessoalmente.
5. Um pastor ministra à comunidade.
Um fiel pastor não se preocupa somente com sua igreja. Ele pensa nas pessoas perdidas da comunidade como Adão, sob a condenação de suas obras. Eles precisam da misericórdia e graça de Cristo. Ele não é frio para os incrédulos na comunidade, mas pensa neles como almas que necessitam de um Salvador. Ele vê os outros crentes dessa comunidade como participantes da graça, junto a eles. Ele e sua igreja são unidos em Cristo no reino de Deus. Veja que Jesus ministrou para a comunidade durante toda sua vida. O livro de Atos mostra como os apóstolos e as igrejas falaram às comunidades. Em 1 Timóteo 3:7, Paulo diz que uma das qualificações de um pastor é ter um bom testemunho com as pessoas de fora. Como ele pode ter um bom testemunho com as pessoas de fora, se as pessoas de fora não o conhecem?
Na prática, o que consiste o ministério à comunidade? É participar de eventos da comunidade. É estar disponível para funerais e aconselhamentos quando solicitado. É
conhecer pessoas através de relações comerciais regulares. É conhecer outros pastores e trabalhar com outras igrejas onde quer que seja possível.
O ministério pastoral é tanto público quanto privado. Está enraizado na santidade pessoal e fundamentado na sã doutrina, é Cristocêntrica. O trabalho pastoral é tanto formal quanto informal, envolvendo o homem como um todo. Pastores que são fiéis ao chamado de Deus têm o ministério santificando e mais alegre neste mundo. Que Deus dê a igreja pastores mais fiéis para a Sua grande glória.
Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria!
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo Neotestamentário e Batista — William R. Downing Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen Confissão de Fé Batista de 1689 Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A — J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink Excelência de Cristo, A — J. Edwards Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS
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Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria—
Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a — John Flavel
Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Spurgeon
Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W. Pink
Oração — Thomas Watson
Pacto da Graça, O — Mike Renihan Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
Thomas Boston
Plenitude do Mediador, A — John Gill Porção do Ímpios, A — J. Edwards Pregação Chocante — Paul Washer Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M. M'Cheyne
Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon Sangue, O — C. H. Spurgeon
Semper Idem — Thomas Adams
Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill, Owen e Charnock
Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) — C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J. Edwards
Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J. Owen
Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R. Downing
Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de Claraval
Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica no Batismo de Crentes — Fred Malone
2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10 Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; 11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. 12 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13 E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. 14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15 Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. 16 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação