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SISTEMAS DE OSCILADORES

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Academic year: 2021

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(1)

S

ISTEMAS DE OSCILADORES Mec ˆanica II (FIS-26)

Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pel ´a

IEFF-ITA

(2)

Roteiro

1 Osciladores Acoplados Introduc¸ ˜ao

Formulac¸ ˜ao geral

Massas iguais e molas iguais Acoplamento fraco

2 Superposic¸ ˜ao de dois MHS’s Mesma direc¸ ˜ao

Direc¸ ˜oes perpendiculares 3 Exemplos

P ˆendulo duplo

(3)

Roteiro

1 Osciladores Acoplados Introduc¸ ˜ao

Formulac¸ ˜ao geral

Massas iguais e molas iguais Acoplamento fraco

2 Superposic¸ ˜ao de dois MHS’s

(4)
(5)
(6)

Modelo

k1 m1 x1 q m2 x2 k2

Aplicando a 2a lei de Newton ( m1x¨1 = −kx1− qx1+ qx2 m2x¨2 = −kx2+ qx1− qx2 SEDOLH Sendo X =  x1 x2  , M =  m1 0 0 m2  , K =  k1+ q −q −q k2+ q 

(7)

Soluc¸ ˜ao

Soluc¸ ˜ao tentativa: X(t) = aeiωt, sendo a uma matriz coluna −M ω2aeiωt = −Kaeiωt

(K − ω2M )a = O

Este ´e um problema (generalizado) de autovalores/autovetores. OBS.: De forma equivalente:

(M−1K − ω2I)a = O

Sempre ´e poss´ıvel encontrar autovalores reais e autovetores ortogonais, pois M e K s ˜ao sim ´etricas.

Soluc¸ ˜ao do SEDO

(8)

Modos normais

As soluc¸ ˜oes a1sin(ω1t + φ1)e a2sin(ω2t + φ2)s ˜ao

chamadas demodos normais de vibrac¸ ˜ao.

As frequ ˆencias ω1 e ω2s ˜ao asfrequ ˆencias normais de vibrac¸ ˜ao.

De forma geral,o sistema oscila como uma combinac¸ ˜ao dos modos normais.

Isto quer dizer que, em geral,as oscilac¸ ˜oes n ˜ao s ˜ao harm ˆonicas, e n ˜ao h ´a uma ´unica frequ ˆencia de vibrac¸ ˜ao definida.

(9)

Modos normais

t x1 (t ) x2 (t )

(10)

Modos normais

Se as condic¸ ˜oes iniciais s ˜ao tais que c2= 0e c16= 0, ent ˜ao

X(t) = c1a1sin(ω1t + φ1)

Logo, o sistema permanece neste modo para t ∈ [0, ∞), com uma frequ ˆencia ω1 bem definida.

(11)

Massas iguais e molas iguais

Caso de interesse: m1 = m2 , m, e k1= k2 , k. M =  m 0 0 m  = mI K =  k + q −q −q k + q  = kI + qA sendo A =  1 −1 −1 1 

(12)

Massas iguais e molas iguais

Para obter os modos normais:

(K − ω2M )a = O [qA − (ω2m − k)I]a = O Como os autovetores de A s ˜ao

 1 1  e  1 −1  , associados aos autovalores 0 e 2, temos

a1 =  1 1  , ω1= r k m a2 =  1 −1  , ω2 = r k + 2q m

(13)

An ´alise da soluc¸ ˜ao

Seja a matriz de mudanc¸a de base Ξ =  1 1 1 −1  . Y ,  u v  , Ξ−1X = Ξ−1  x1 x2  Assim: ¨ Y =  ¨ u ¨ v  =  −ω12 0 0 −ω2 2   u v 

(14)

An ´alise da soluc¸ ˜ao

( ¨ u = −ω12u ¨ v = −ω22v

Trata-se de duas equac¸ ˜oes de MHS desacopladas e admitem as soluc¸ ˜oes gerais:

(

u = A1sin(ω12t + φ1)

(15)

Modos normais

Voltando `as coordenadas x1e x2:

(

x1(t) = u(t) + v(t)

x2(t) = u(t) − v(t)

As 4 constantes arbitr ´arias (A1, A2, φ1, φ2) devem ser

(16)

Modos normais

As soluc¸ ˜oes n ˜ao correspondem, em geral, a um MHS para x1e x2.

Entretanto, h ´a duas coordenadas u e v, combinac¸ ˜oes lineares de x1 e x2, que oscilam harmonicamente. Essas

coordenadas chamam-se coordenadas normais.

Neste caso, u e v admitem uma interpretac¸ ˜ao f´ısica muito simples: u ´e o deslocamento do CM e 2v ´e o

deslocamento relativo das massas.

(17)

Modos sim ´etrico e anti-sim ´etrico

Para condic¸ ˜oes iniciais apropriadas, temos ( A2= 0 A1= 0 ∼ ( x1(t) = x2(t) = A1sin(ω1t + φ1) x1(t) = −x2(t) = A2sin(ω2t + φ2)

Nestes dois casos, as part´ıculas oscilam harmonicamente com uma frequ ˆencia bem definida em fase ou em oposic¸ ˜ao de fase. Estes s ˜ao os modos normais de vibrac¸ ˜ao. A soluc¸ ˜ao geral ´e uma superposic¸ ˜ao dos modos normais de vibrac¸ ˜ao.

(18)

Modos sim ´etrico e anti-sim ´etrico

1o modo: x1(t) = x2(t)(modo sim ´etrico).

A mola que liga as duas massas n ˜ao ´e nem comprimida nem esticada: ´e como se ela n ˜ao existisse.

2o modo: x1 = −x2 (modo anti-sim ´etrico).

A frequ ˆencia de oscilac¸ ˜ao ´e maior que no caso anterior pois h ´a uma forma restauradora que n ˜ao havia antes: a da mola do meio.

Note que ω2 > ω1, isto ´e, o modo anti-sim ´etrico tem

(19)

Modos sim ´etrico e anti-sim ´etrico

Situac¸ ˜ao de interesse: massas partem do repouso, e uma delas ´e deslocada da posic¸ ˜ao de equil´ıbrio

x1(0) = a, x2(0) = 0, ˙x1(0) = ˙x2(0) = 0 Soluc¸ ˜ao x1(t) = a 2[cos ω1t + cos ω2t] x2(t) = a 2[cos ω1t − cos ω2t] Reescrevendo x1(t) = a cos  ∆ωt 2  cos(¯ωt) x2(t) = a sin  ∆ωt 2  sin(¯ωt)

(20)

Batimentos

Se considerarmos o caso em que o acoplamento ´e pequeno (i.e. q  k), temos: ¯ω ∼= ω1e ∆w ∼=

ω2 q

ω1

, em que ωq2 = q/m. Temos ent ˜ao uma situac¸ ˜ao t´ıpica de batimentos, modulados por a cos ∆ωt

2 

para x1e por a sin

 ∆ωt 2



para x2, ou seja, a

modulac¸ ˜ao das amplitudes est ´a em quadratura: os m ´aximos de uma correspondem aos zeros da outra.

(21)

Batimentos

t x1 (t ) x2 (t )

(22)

Roteiro

1 Osciladores Acoplados

2 Superposic¸ ˜ao de dois MHS’s Mesma direc¸ ˜ao

Direc¸ ˜oes perpendiculares

(23)

Introduc¸ ˜ao

H ´a diversas situac¸ ˜oes em que MHS’s se superp ˜oem gerando um movimento resultante.

Exemplo: 2 diapas ˜oes vibrantes produzem tons musicais puros (que correspondem a MHS’s) que atingem

simultaneamente o t´ımpano de nosso ouvido, fazendo-o vibrar com uma combinac¸ ˜ao de 2 MHS’s.

Vamos analisar agora algumas formas poss´ıveis de como a superposic¸ ˜ao pode ocorrer.

(24)

Mesma frequ ˆencia

x(t) = A1cos(ωt + ϕ1) + A2cos(ωt + ϕ2)

= RehA1ei(ωt+ϕ1)+ A2ei(ωt+ϕ2)

i

= Reeiωt A1eiϕ1 + A2eiϕ2



= A cos(ωt + β) sendo Aeiβ = A1eiϕ1 + A2eiϕ2

(25)

Frequ ˆencias diferentes: batimentos

x1(t) = A1cos(ω1t + ϕ1)e x2(t) = A2cos(ω2t + ϕ2)

A diferenc¸a de fase θ = (ω2− ω1)t + (ϕ2− ϕ1)varia com o

tempo de modo que podemos tomar por t = 0 o instante em que a diferenc¸a de fase ´e multipla de 2π, o que equivaleria a considerar: ϕ1 = ϕ2= 0

Para w1 e w2 quaisquer, o movimento resultante

x(t) = x1(t) + x2(t)n ˜ao ser ´a em geral sequer um

movimento peri ´odico (para ser peri ´odico, ω1 e ω2 precisam

(26)

Mesma direc¸ ˜ao e frequ ˆencias diferentes

Caso importante: quando ω1 e ω2 s ˜ao muito pr ´oximas

(ocorre batimento). Supondo A1 = A2= A.

x(t) = 2A cos ∆ωt 2  | {z } a(t) cos(¯ωt)

∆ω  ¯ω, podemos supor que x(t) ´e regido pelo cos ¯ωtcom uma amplitude que varia no tempo como |a(t)|

x

(t

(27)

Mesma frequ ˆencia

x(t) = A cos(ωt + ϕx) y(t) = B cos(ωt + ϕy) Rearranjando e sendo ∆ϕ = ϕy− ϕx: y B = cos (ωt + ϕx+ ∆ϕ) = x

Acos(ϕy−ϕx)−sin(ωt+ϕx) sin(∆ϕ) hy B − x Acos(∆ϕ) i2 = sin2(ωt+ϕx) sin2(∆ϕ) =  1 − x 2 A2  sin2(∆ϕ) x2 A2 + y2 B2 − 2xy ABcos(∆ϕ) = sin 2(∆ϕ)

(28)

Mesma frequ ˆencia

x y −A A B −B ∆ϕ = 0 x y −A A B −B ∆ϕ = π x y −A A B −B ∆ϕ = π/2 x y −A A B −B ∆ϕ = −π/2

(29)

Frequ ˆencias diferentes

Nesse caso, observam-se as curvas de Lissajous

x y

x y

(30)

Frequ ˆencias diferentes

Se ω1 e ω2s ˜ao comensur ´aveis, a curva ´e fechada. Do

contr ´ario, a trajet ´oria nunca se fecha.

x y

(31)

Roteiro

1 Osciladores Acoplados

2 Superposic¸ ˜ao de dois MHS’s

3 Exemplos P ˆendulo duplo

(32)

Enunciado

Obtenha os modos e as frequ ˆencias normais de oscilac¸ ˜ao do p ˆendulo duplo φ2 m1 m2 l1 l2 φ1

(33)

Soluc¸ ˜ao

Diagrama de forc¸as (atenc¸ ˜ao: forc¸as de in ´ercia em vermelho) T1 T2 α m1g m1 α = φ2− φ1 T2 m2φ˙21l1 m2l1φ¨1 φ1 φ2 m2g m2

(34)

Soluc¸ ˜ao

Aplicando a 2a lei de Newton para m1 na direc¸ ˜ao polar:

m1g sin φ1+ T2sin(φ2− φ1) = m1l1φ¨1

Aplicando a 2a lei de Newton para m2 (direc¸ ˜oes polar e radial):

(

T2− m2g cos φ2− m2φ˙21l1cos(φ2− φ1) = ml22φ˙22

(35)

Soluc¸ ˜ao

Linearizando (assumindo pequenas oscilac¸ ˜oes)      T2 = m2g m1l1φ¨1 = −m1gφ1+ m2g(φ2− φ1) l2φ¨2 = −gφ2− l1φ¨1 Reescrevendo ( m1l1φ¨1 = −(m1+ m2)gφ1+ m2gφ2 m1l2φ¨2 = (m1+ m2)gφ1− (m1+ m2)gφ2

(36)

Soluc¸ ˜ao

Definindo τ = ω1t, ω1 = p g/l1, r = m2/m1, α2= l1/l2 ( φ001 = −(1 + r)φ1+ rφ2 φ002 = (1 + r)α2φ1− (1 + r)α2φ2

em que φ0 = dφ/dτ. Para encontrar os modos e as frequ ˆencias normais, precisamos resolver

det(K − ω2I) = 0 em que K =  (1 + r) −r −α2(1 + r) (r + 1)α2  .

(37)

Soluc¸ ˜ao

Para melhor insight da F´ısica, ´e conveniente considerar α = 1 e r = 1

p(ω) = det(K − ω2I) = ω4− 4ω2+ 2, cujas ra´ızes s ˜ao

ω1 = q 2 − √ 2 ω2= q 2 + √ 2 O primeiro modo tem frequ ˆencia ω1 =

q

2 −√2e satisfaz a φ2 =

2φ1. Neste modo, as oscilac¸ ˜oes dos p ˆendulos est ˜ao em

fase.

O segundo modo tem frequ ˆencia ω2=

q 2 +

(38)

Enunciado

Obtenha os modos e as frequ ˆencias normais de carro acoplado ao p ˆendulo k m x L M θ

(39)

Soluc¸ ˜ao

Diagrama de forc¸as kx m T θ T M ¨x M g θ θ

Aplicando a 2a lei de Newton 

 

T sin θ − kx = m¨x

(40)

Soluc¸ ˜ao

Reescrevendo as equac¸ ˜oes e desprezando termos n ˜ao lineares (para pequenos ˆangulos)

   m¨x = −kx + M gθ ¨ θ = k mLx −  M m + 1  g Lθ Definimos: r = M/m, u = x/L, ¯ω = g/L, k = α2m¯ω2, τ = ¯ωt ( u00= −α2u + rθ θ00= α2u − (r + 1)θ 00 00

(41)

Soluc¸ ˜ao

Para encontrar os modos e as frequ ˆencias normais, precisamos resolver det(K − ω2I) = 0 em que K =  α2 −r −α2 (r + 1) 

. Para melhor insight da F´ısica, ´e conveniente considerar α =√2e r = 1

p(ω) = det(K − ω2I) = ω4− 4ω2+ 2, cujas ra´ızes s ˜ao

(42)

Soluc¸ ˜ao

O primeiro modo tem frequ ˆencia ω1 =

q 2 −

2e satisfaz a θ =√2u. Neste modo, as oscilac¸ ˜oes do carro e do p ˆendulo est ˜ao em fase.

O segundo modo tem frequ ˆencia ω2=

q

2 +√2e satisfaz a θ = −√2u. Neste modo, as oscilac¸ ˜oes do carro e do p ˆendulo est ˜ao em oposic¸ ˜ao de fase.

Referências

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