• Nenhum resultado encontrado

Armamento não-letal em Operações de Garantia da Lei e da Ordem: reflexos para a função logística de suprimento

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Armamento não-letal em Operações de Garantia da Lei e da Ordem: reflexos para a função logística de suprimento"

Copied!
126
0
0

Texto

(1)

Rio de Janeiro 2009

Maj QMB LUIZ HENRIQUE SALONSKI DA SILVA

Armamento não-letal em Operações de Garantia da Lei e

da Ordem: reflexos para a função logística de suprimento

ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO ESCOLA MARECHAL CASTELLO BRANCO

(2)

Maj QMB LUIZ HENRIQUE SALONSKI DA SILVA

Armamento não-letal em Operações de Garantia da Lei e da

Ordem: reflexos para a função logística de suprimento

Dissertação apresentada à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Militares.

.

Orientador: Maj Cav Daví Tebicherane

Rio de Janeiro 2009

(3)

S 624 Silva, Luiz Henrique Salonski da.

Armamento Não-Letal em Operações de Garantia da Lei e da Ordem: Reflexos para a função Logística Suprimento. 2009. 124 f. : il ; 30cm

Dissertação (Mestrado) – Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, Rio de Janeiro, 2009.

Bibliografia: f. 121-124.

1. Armamento Não-Letal. 2. Operações de Garantia da Lei e da Ordem. 3. Suprimento. I. Título

(4)

Maj QMB LUIZ HENRIQUE SALONSKI DA SILVA

Armamento não-letal em Operações de Garantia da Lei e da

Ordem: reflexos para a função logística de suprimento

Dissertação apresentada à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Militares.

. Aprovada em ____/____/2009

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________ Daví Tebicherane – Maj Cav – Dr Presidente

Escola de Comando e Estado-Maior do Exército

___________________________________________________________ Mario Anselmo Marszalek - Maj Inf – Dr Membro

Escola de Comando e Estado-Maior do Exército

____________________________________________________________ Marco Antonio Breda – Maj QMB – Dr Membro

(5)

À minha esposa Grazielle e meus filhos Luiz Gustavo e Luiz Henrique. Uma sincera homenagem pelo carinho, apoio e compreensão demonstrados durante a realização deste trabalho. Agradeço a Deus por existirem em minha vida.

(6)

AGRADECIMENTOS

Ao criador pela força, motivação e saúde que me proporcionou para conquistar essa vitória.

À minha esposa Grazielle de Paula Silva pela paciência, amor e carinho, que foram fundamentais para a conclusão deste trabalho. Pude contar sempre com seu apoio, incentivando-me diante das dificuldades.

Aos meus filhos Luiz Gustavo e Luiz Henrique Júnior, obrigado pela compreensão da importância do meu trabalho. O apoio de vocês foi muito importante.

Aos meus pais Antonio Carlos e Terezinha pelo educação que me proporcionaram durante toda a vida e que me permitiram a realização deste trabalho.

Ao Major Daví Tebicherane, pela confiança, orientação firme e segura evidenciada em diversas oportunidades. Sua dedicação e interesse pelo meu trabalho foram capitais para a conclusão de meu trabalho.

Ao Tenente – Coronel Carlos Pontual de Lemos pela colaboração nas informações prestadas para enriquecimento do meu trabalho.

Ao Major Mario Anselmo Marszalek pela colaboração e interesse no meu trabalho.

Ao Major Marco Antonio Breda pela dedicação e interesse no meu trabalho. Suas orientações foram fundamentais para a conclusão dessa dissertação. Amigo leal e sempre disposto a ajudar.

Ao Major Márcio Schiavon pelas informações prestadas para validar o meu trabalho.

Ao Major Halley Bezerra Dantas pelo apoio prestado na confecção das pesquisas e na bibliografia disponibilizada para fundamentar o meu trabalho. Amigo sempre pronto a colaborar.

(7)

“A regra geral para o uso da força militar é que é melhor deixar uma nação intacta do que destruí-la. É melhor deixar um exército intacto do que destruí-lo, é melhor deixar uma divisão intacta do que destruí-la, é melhor deixar um batalhão intacto do que destruí-lo, é melhor deixar uma unidade intacta do que destruí-la” (Sun Tzu)

(8)

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade apresentar as tecnologias e as capacidades de armamentos não-letais em uso pelo Exército Brasileiro e seus reflexos na função Logística de Suprimento nas operações de Garantia da Lei e da Ordem. Apresenta conceitos e classificações importantes para a compreensão do conceito de não-letal. Aborda a capacidade das empresas Nacionais na produção e desenvolvimento de armas não-letais. Define a missão das Forças Armadas, particularmente do Exército Brasileiro, prevista na Constituição Federativa da República do Brasil de 1988, com a legislação de amparo para o emprego em Operações de Garantia da Lei e da Ordem. Apresenta os fundamentos e as diretrizes de emprego da Força Terrestre para esse tipo de operação, destacando a importância do adestramento da tropa no domínio do emprego de armas não-letais. Apresenta as estruturas da Força Terrestre e da atual da cadeia logística, incluída as modificações do plano de reestruturação do Exército Brasileiro. Explica a função logística de suprimento, sua estrutura, as suas fases e o seu funcionamento, destacando os principais órgãos envolvidos no apoio logístico das Organizações Militares. Aborda as modalidades de aquisição de armamento não-letal de acordo com a lei de licitações e contratos - 8.666 de 1993, e seus principais óbices. Apresenta dados colhidos de pesquisa de militares brasileiros e de organizações de polícia do exército sobre o uso de armamento não-letal em Operações de Garantia da Lei e da Ordem. Conclui sobre os reflexos na função logística de suprimento do uso de armamento não-letal em Operações de Garantia da Lei e da Ordem, particularmente sobre a proposta de adoção de modelo de órgão gerenciador, utilizado pelo Exército dos Estados Unidos da América, pelo Exército Brasileiro.

(9)

RESEÑA

Este trabajo tiene por objeto ofrecer las tecnologías y capacidades de armas no letales en el uso por el Ejército Brasileño y sus consecuencias sobre la función de la Logística de Suministro de las Operaciones de Garantía da Ley y el Orden. Presenta los conceptos y las clasificaciones correspondientes a la comprensión del concepto de no-letales. Se ocupa de la capacidad de las empresas nacionales en la producción y el desarrollo de armas no letales. Define la misión de las Fuerzas Armadas, en particular el Ejército brasileño, previsto en la Constitución de la República Federativa de Brasil de 1988, con la legislación de apoyo al empleo en las Operaciones de la Garantía de la Ley y el Orden. Presenta los fundamentos y directrices para el empleo da Fuerza Terrestre para este tipo de operaciones, destacando la importancia de la formación de las tropas en el campo del empleo de armas no letales. Presenta la estructura da Fuerza Terrestre y la actual cadena de suministro, incluyendo las modificaciones del plan para reestructurar el Ejército Brasileño. Explica la función logística de suministro, su estructura, sus etapas y su funcionamiento, se destacan los principales órganos que participan en el apoyo logístico de Organizaciones Militares. Se ocupa de los procedimientos para la adquisición de armas no letales por la ley de licitaciones públicas y contratos - 8666 de 1993 y sus principales obstáculos. Presenta los datos recogidos a la búsqueda de militares brasileños y organizaciones de policía del ejército en el uso de armas no letales en las operaciones de la Garantía de la Ley y el Orden. Llegó a la conclusión sobre la base reflejado en la logística de suministro de la utilización de armas no letales en las operaciones de la Garantía de la Ley y el Orden, en particular sobre la propuesta de aprobación de modelo nacional gestor, utilizado por el Ejército de los Estados Unidos, por el Ejército Brasileño.

(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Lançador cal.12 mm para cartuchos de munição não-letal ... 36

Figura 2 – AM 600 – Lançador cal.37/38mm de munições não-letais ... 36

Figura 3 – AM 403 – Projétil de borracha – MONOIMPCT ... 37

Figura 4 – AM 403/A – 3 projéteis de borracha – TRIMPACT ... 37

Figura 5 – AM 403/M – 18 projéteis de borracha –MULTIMPACT ... 37

Figura 6 – AM 403/P – Projétil de borracha – PRECISION ... 38

Figura 7 – AM 404 – 3 projéteis de borracha – TRIMPACT SUPER ... 38

Figura 8 – AM 404/12E – 12 projéteis de borracha – MULTIMPACT SUPER ... 39

Figura 9 – Granada multi-impacto ... 39

Figura 10 – GL 103/A – Jato direto lacrimogêneo ... 40

Figura 11 – GL 201 – Projétil médio alcance lacrimogêneo ... 41

Figura 12 – GL 202 – Projétil longo alcance lacrimogêneo ... 41

Figura 13 – GL 203/L – Carga múltipla lacrimogênea ... 42

Figura 14 – MB 306/T1 – Granada fumígena veicular ... 42

Figura 15 – MB 502 – Granada fumígena ... 43

Figura 16 – 601 Granada de fumaça colorida ... 43

Figura 17 – GL 300/T HYPER – Granada lacrimogênea tríplice – HYPER... 44

Figura 18 – GL 300/T – Granada lacrimogênea tríplice ... 44

Figura 19 – GL 301 – Granada lacrimogênea de média emissão ... 44

Figura 20 – GL 302 – Granada lacrimogênea de alta emissão ... 45

Figura 21 – GL 303 – Granada lacrimogênea de baixa emissão ... 45

Figura 22 – GL 309 – Granada lacrimogênea RUBBERBALL ... 45

Figura 23 – GL 101 – Cartucho plástico Cal 12 com projétil detonante e carga lacri-mogênea-CS ... 46

Figura 24 – GL 102 – Cartucho plástico Cal 12 com projétil detonante ... 47

Figura 25 – GL 103 – Cartucho plástico Cal 12 com jato direto lacrimogêneo ... 47

Figura 26 – GL 104 – Cartucho plástico Cal 12 com jato direto ... 47

Figura 27 – GB 704 – Granada indoor de efeito moral ... 48

Figura 28 – GB 705 – Granada indoor lacrimogênea ... 49

Figura 29 – GB 706 – Granada indoor identificadora ... 49

(11)

Figura 31 – GB 708 – Granada indoor pimenta-OC ... 50

Figura 32 – GL 304 – Granada Efeito Moral ... 51

Figura 33 – GL 305 – Granada lacrimogênea ... 51

Figura 34 – GL 304 – Granada Identificadora ... 52

Figura 35 – GL 307 – Granada de Luz e Som ... 52

Figura 36 – GL 308 – Granada Pimenta... 53

Figura 37 – MB 900 – Granada Ofensiva ... 53

Figura 38 – AM 500 – Granada Treinamento ... 53

Figura 39 – GA 100 – Granada de Adentramento ... 54

Figura 40 – GL 108 – OC Bag – Espargidor de agente pimenta BAG ... 54

Figura 41 – GL 108 – OC Mini – Espargidor de agente pimenta MINI ... 54

Figura 42 – GL 108/OC MED – Espargidor de agente pimenta MED ... 55

Figura 43 – GL 108/OC SUPER – Espargidor de agente pimenta SUPER ... 55

Figura 44 – GL 108/OC MAX – Espargidor de agente pimenta MAX ... 55

Figura 45 – GL 108/OC MEGA – Espargidor de agente pimenta MEGA ... 55

Figura 46 – GL 108 CS Bag – Espargidor de agente lacrimogêneo BAG ... 56

Figura 47 – GL 108 CS Mini – Espargidor de agente lacrimogêneo MINI ... 56

Figura 48 – GL 108/CS MED – Espargidor de agente lacrimogêneo MED ... 56

Figura 49 – GL 108/CS SUPER – Espargidor de agente lacrimogêneo SUPER ... 56

Figura 50 – GL 108/CS MAX – Espargidor de agente lacrimogêneo MAX ... 57

Figura 51 – GL 108/CS MEGA – Espargidor de agente lacrimogêneo MEGA ... 57

Figura 52 – GL 109 – Ampola de gás lacrimogêneo ... 57

Figura 53 – GL 204 – Munição fumígena 37/38, 38,1 e 40 mm ... 58

Figura 54 – Situação e emprego das Forças Armadas ... 65

Figura 55 – Organograma do Exército Brasileiro ... 80

Figura 56 – Organograma do Comando Logístico ... 81

Figura 57 – Organograma da Base de Apoio Logístico ... 83

Figura 58 – Fluxograma da Cadeia de Suprimento ... 84

(12)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Número de Op realizadas no período de Janeiro a Maio de 2009 ... 79

Gráfico 2 – Grau de conhecimento sobre armamentos não-letais ... 102

Gráfico 3 – Opinião sobre emprego das FA em Op GLO ... 103

Gráfico 4 – Opinião sobre emprego de ANL em Op GLO ... 103

Gráfico 5 – Opinião sobre a cadeia logística de suprimento de ANL ... 104

Gráfico 6 – Opinião sobre a criação de um núcleo gerenciador de ANL ... 105

(13)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Distribuição de munição não-letal - módulo subunidade ... 115 Quadro 2 – Distribuição de OM PE e de Gd pelo Território Nacional ... 116

(14)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Grau de conhecimento sobre tipos de armamentos não-letais ... 102

Tabela 2 – Indicação de órgão para ser criado núcleo gerenciador de ANL ... 105

Tabela 3 – Nível operacional em GLO na Fase de Adestramento Básico ... 107

Tabela 4 – Efetivo das OM PE para emprego imediato em Op GLO ... 107

Tabela 5 – Índice de quantidade de fornecimento/reposição de ANL ... 108

Tabela 6 – Índice de periodicidade de fornecimento/reposição de ANL ... 108

Tabela 7 – Índice de freqüência de emprego de ANL... 109

Tabela 8 – Índice de restrição de emprego de armamentos letais... 109

Tabela 9 – Índice de intensidade de instrução com armamentos não-letais ... 110

Tabela 10 – Índice de reflexo em Op GLO com armamentos não ... 110

Tabela 11 – Grau de repercução no uso de armamentos não-letais ... 111

Tabela 12 – Grau de efeito dos armamentos não-letais em Op GLO ... 111

Tabela 13 – Opinião de aceitação de ANL pela opinião pública ... 112

Tabela 14 – Opinião de efeito dos armamentos não-letais na sociedade ... 112

(15)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACE Alto Comando do Exército

AMAN Academia Militar das Agulhas Negras B/DSup Batalhão/Depósito de Suprimento Ba Ap Log Ex Base de Apoio Logístico do Exército

BaLog Base Logística

Bda Brigada(s)

BDMun Batalhão Depósito de Munição

BG Batalhão(ões) de Guarda

BPE Batalhão(ões) de Polícia do Exército C Mil A Comando(s) Militar(es) de Área

CBC Companhia Brasileira de Cartuchos

CCEM Curso de Comando e Estado - Maior

CEBW Comissão do Exército Brasileiro em Washington CETEx Centro Tecnológico do Exército

CF-88 Constituição Federal da República Federativa do Brasil-1988

Cia Gd Companhia de Guardas

CIOpGLO Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem

CMA Comando Militar da Amazônia

CML Comando Militar do Leste

CMNE Comando Militar do Nordeste

CMO Comando Militar do Oeste

CMP Comando Militar do Planalto

CMS Comando Militar do Sul

CMSE Comando Militar do Sudeste

COLOG Comando Logístico

CONSEF Conselho Superior de Economia e Finanças

COTER Comando de Operações Terrestre

CS Agente Lacrimogêneo

D Abst Diretoria de Abastecimento D Mat Diretoria de Material

(16)

DCT Departamento de Ciência e Tecnologia

DE Divisão(ões) de Exército

DEC Departamento de Engenharia e Construção

DECEx Departamento de Educação e Cultura do Exército DFPC Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados

DGP Departamento Geral do Pessoal

DLog Departamento Logístico

DMA Dotação de Munição Anual

DMA-R Dotação de Munição Anual Reduzida

DMAvEx Diretoria de Material de Aviação do Exército

DO Dotação Orgânica

DoD Departamento de Defesa dos EUA

DPOM Diretriz de Planejamento Operacional

EB Exército Brasileiro

ECEME Escola de Comando e Estado-Maior do Exército

EGN Escola de Guerra Naval

EME Estado-Maior do Exército

END Estratégia Nacional de Defesa

EsAO Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

EsSA Escola de Sargentos das Armas

EUA Estados Unidos da América

Ev Efetivo variável

F Con Força de Contingência

F Ter Força Terrestre

FA Forças Armadas

FAdv Força(s) Adversa(s)

FAR Força de Ação Rápida

GCmdo Grande Comando

GLO Garantia da Lei e da Ordem

HE Hipótese(s) de Emprego

IGTAEx Instrução(ões) Geral(is) para o Tiro de Armamento do Exército

IP Instrução Provisória

(17)

LAAD Latin America Aerospace & Defense

LOA Lei Orçamentária Anual

MD Ministério da Defesa

MEM Material(is) de Emprego Militar

Mun Munição(ões)

NARSUP Normas Administrativas Relativas ao Suprimento

ND Natureza da Despesa

O Ap Órgão(s) de Apoio

OC Agente Pimenta

ODG Órgão de Direção Geral

ODS Órgão de direção Setorial

OM Organização(ões) Militar(es)

OP Órgão(s) Provedor(ES)

Op Operação(ões)

Op GLO Operação(ões) de Garantia da Lei e da Ordem OTAN Organização do Tratado do Atlântico Norte

PE Polícia do Exército

PIM Programa de Instrução Militar

PM Polícia(s) Militar(es)

PP Programa-Padrão

RM Região(ões) Militar(es)

SEF Secretaria de Economia e Finanças

SIPLEx Sistema de Planejamento do Exército

SISLOG Sistema Logístico

TAT Teste de Aptidão de Tiro

(18)

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 19 1.1 TEMA ... 20 1.2 PROBLEMA ... 21 1.2.1 Alcances e Limites ... 22 1.2.2 Justificativa da Investigação ... 23 1.3 CONTRIBUIÇÃO DA INVESTIGAÇÃO ... 24 1.4 REFERENCIAL TEÓRICO ... 25 1.5 OBJETIVOS ... 27 1.6 HIPÓTESE ... 27 1.7 VARIÁVEIS ... 28

1.7.1 Definição conceitual das variáveis ... 28

1.8 METODOLOGIA ... 28

2 CONCEITOS,DEFINIÇÕES E TIPOS DE ARMAMENTO NÃO-LETAIS ... 31

2.1 ARMAS NÃO-LETAIS ... 31

2.2 UTILIZAÇÃO DAS ARMAS NÃO-LETAIS ... 32

2.3 TIPOS DE ARMAS NÃO-LETAIS ... 34

2.3.1 De acordo com o tipo do alvo ... 34

2.3.2 De acordo com a tecnologia ... 34

2.3.3 Armas não-letais físicas ... 35

2.3.3.1 Lançadores ... 35

2.3.3.2 Munições de impacto controlado ... 36

2.3.3.3.Granada de impacto ... 39

2.3.4 Armas não-letais químicas ... 39

2.3.4.1 Munições OC/CS Cal. 37/38 – 38,1 - 40mm ... 40

2.3.4.2 Granada fumígena ... 42

2.3.4.3 Granadas lacrimogêneas ... 43

2.3.4.4 Munições OC/CS Cal 12 ... 46

2.3.4.5 Granada explosiva indoor... 48

2.3.4.6 Granadas explosivas ... 50

(19)

2.3.4.8 Munições fumígenas coloridas Cal 37/38 - 38,1- 40mm ... 58

2.3.5 Armas não-letais de energia dirigida ... 58

2.3.5.1 Cassetete elétrico... 58

2.4. INDÚSTRIA NACIONAL ... 59

2.4.1 Treinamento para manseio de armas não-letais ... 60

2.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 61

3 A FORÇA TERRESTRE EM OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM ... 63

3.1 AMPARO LEGAL ... 63

3.2 MISSÃO DO EXÉRCITO ... 64

3.3 CONCEPÇÃO DO EMPREGO DA FORÇA TERRESTRE EM OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM ... 66

3.4 OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM ... 68

3.5. CONCEITOS BÁSICOS ... 69

3.6 FUNDAMENTOS DAS OPERAÇÕES DE GLO ... 71

3.6.1 Máximo emprego da inteligência ... 71

3.6.2 Limitação do Uso da Força e das Restrições à População ... 71

3.6.3 Máximo emprego da Dissuasão ... 72

3.6.4 Máximo emprego da Comunicação Social ... 72

3.6.5 A definição da responsabilidade da negociação ... 73

3.6.6 Máximo emprego de Operações Psicológicas ... 73

3.7 TIPOS DE OPERAÇÕES DE GLO ... 73

3.8. DIRETRIZES DE EMPREGO PARA A FORÇA TERRESTRE EM GLO... 74

3.9. PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR ... 76

3.10. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 77

4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO ... 80

4.1 ESTRUTURA ATUAL DA CADEIA LOGÍSTICA ... 81

4.2 FUNÇÃO LOGÍSTICA SUPRIMENTO... 83

4.3 ESTRUTURA DA CADEIA LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO ... 84

4.4 AQUISIÇÃO DO SUPRIMENTO ... 86

4.5 DISTRIBUIÇÃO DO SUPRIMENTO ... 87

4.6 APRECIAÇÃO ... 89

5 LICITAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ... 91

(20)

5.2 DISPENSA E INEXIGIBILIDADE ... 93

5.2.1 Divisão das hipóteses de dispensa ... 94

5.2.1.1 Dispensa em razão do pequeno valor ... 94

5.2.1.2 Dispensa em razão de situações excepcionais ... 94

5.2.1.3 Dispensa em razão do objeto ... 95

5.2.2 Hipóteses de inexigibilidade ... 96 5.3 MODALIDADES DE LICITAÇÃO... 97 5.3.1 Concorrência ... 97 5.3.2 Tomada de Preços ... 97 5.3.3 Convite ... 98 5.3.4 Concurso ... 98 5.3.5 Leilão... 98 5.3.6 Pregão ... 98 5.4 ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO ... 99 5.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 99

6 AVALIAÇÃO DAS PESQUISAS REALIZADAS ... 101

6.1 QUESTIONÁRIO PARA OS OFICIAIS ALUNOS ... 101

6.2 PESQUISA ENVIADA AOS BATALHÕES DE POLÍCIA DO EXÉRCITO .... 107

6.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 113

7 CONCLUSÃO ... 115

7.1 REFLEXOS PARA A CADEIA DE SUPRIMENTO ... 116

7.1.1 Aumento do consumo de munição não-letal ... 116

7.1.2 Óbices da Lei 8.666/93 ... 117

7.1.3 Necessidade de órgão gerenciador de armamento não-letal... 118

7.2 CONSIDERAÇÃO FINAL ... 119

(21)

1 INTRODUÇÃO

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF-88) no seu artigo 142 define que:

As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. [o destaque é nosso]

Através desse artigo, a carta magna ordena utilizar o Exército Brasileiro (EB), em Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), para assegurar a manutenção da lei e da ordem nos locais em que os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio estão indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão constitucional. Para o cumprimento desta atribuição constitucional, o EB precisa fazer adaptações quanto à doutrina de emprego de armamentos e munições, pois, nessas situações, os oponentes são cidadãos brasileiros que, por diversos motivos, confrontam a obediência às leis em atos lesivos ao patrimônio público, às pessoas ou aos poderes constitucionais.

As frequentes solicitações de emprego da Força Terrestre (F Ter), nesse tipo de operação, reforçam a necessidade de se adequar novos armamentos e munições, pois os utilizados pelo EB, atualmente, são voltados para defesa externa. Estes artefatos de guerra não são os mais indicados para operações de GLO, pois, neste tipo de operação, busca-se solucionar o problema sem baixas para a tropa legal e para os oponentes. Dentro deste contexto, surge a necessidade de utilizar modernas técnicas de combate urbano e de inclusão de armas não-letais nas Operações de GLO. Corroborando com essa visão, MARINHO (2007) diz que:

O domínio pleno desta tecnologia, a utilização correta e profissional desses artefatos por parte dos nossos militares e a observância judiciosa das normas jurídicas e sociais brasileiras, fará com que o Exército aja com eficiência, eficácia e, sobretudo, credibilidade sempre que solicitado pela Nação.

Todas as unidades operacionais do EB devem estar preparadas para atuar em Operações de GLO, mas para isto devem possuir capacidade logística suficiente

(22)

para atender ao pronto emprego dessas tropas. Neste sentido, NEIVA FILHO destaca a importância da logística no curso das operações:

“... a logística poderá tornar-se uma séria limitação às operações se não tiver capacidade de atender às necessidades dos sistemas operacionais. Por outro lado, será um multiplicador do poder de combate e da mobilidade dos exércitos, se gerida de forma eficaz. O gerenciamento da logística deverá ser encarado como um dos grandes fatores de eficiência da Força Terrestre tanto em tempo de paz, quanto na guerra.” (NEIVA FILHO, 2001, p. 6).

Formulou-se esta investigação com a finalidade de verificar se a cadeia logística atual do EB está adequada para conceber o emprego de armamento não-letal por nossas tropas, verificando-se a sua adequabilidade e continuidade, em face da obtenção, distribuição e armazenamento do referido armamento e munições pela Força Terrestre.

Para tal, buscar-se-á relacionar esses dados entre si, de tal forma que permitam sua explicação e interpretação em concordância com o problema proposto.

As conclusões e propostas a serem apresentadas ao final da dissertação poderão ser de valia para execução de planejamentos e adoção de linhas-de-ação, visando à solução da situação-problema.

1.1 TEMA

O trabalho tem como tema “Armamento não-letal em Operações de Garantia da Lei e da Ordem : reflexos para a função logística de suprimento ”. Este tema está voltado para uma análise do sistema logístico no emprego da tropa na garantia da lei e da ordem que, ao atribuir as missões para as Forças Armadas (FA), incumbiu-as de garantir a lei e a ordem por iniciativa de qualquer um dos poderes constitucionais.

Está relacionado com a missão, presente na atual Constituição, que reafirma o constante em todas as Constituições Republicanas e, inclusive, no texto do Decreto nº 1 do Marechal Deodoro da Fonseca, ao instituir a República em 15 de novembro de 1889:

(23)

Art. 6º - Em qualquer dos Estados, onde a ordem pública for perturbada e onde faltem ao governo local meios eficazes para reprimir as desordens e assegurar a paz e tranqüilidade públicas, efetuará o governo provisório a intervenção necessária para, com o apoio da força pública, assegurar o livre exercício dos direitos dos cidadãos e a livre ação das autoridades constituídas

Desde o Império, porém, é notável o emprego do Exército nessa missão, destacando-se a ação pacificadora do Duque de Caxias de norte a sul do País. O emprego nas operações tipo polícia, preventiva e repressiva e outras missões exigem o cumprimento do estabelecido no arcabouço legal originário da CRFB de 1988, com ampla ênfase nos direitos e deveres dos cidadãos estabelecidos em seu artigo 5º.

A ênfase nos reflexos para a logística no uso de armamento não-letal pelas tropas da Força Terrestre advém da necessidade em se adequar novas armas e munições para o emprego em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e uma coerente cadeia logística para atender às necessidades de suprimento, pois a sua falta pode inviabilizar a continuidade da operação.

O tema verificará como a cadeia logística está preparada para atender à demanda desses armamentos e munições para o EB, pois todas as unidades operacionais têm encargos de preparação e pronto-emprego para cumprir missões constitucionais dessa natureza.

O foco específico a ser tratado é nas atividades de suprimento do sistema logístico aplicados aos armamentos não-letais, particularmente nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem para atender ao emprego da tropa.

Dessa forma, surge o interesse pelo problema abaixo e as razões para a realização do presente trabalho.

1.2 PROBLEMA

O Exército Brasileiro, desde seus primeiros dias de vida republicana, tem como missão, além da clássica defesa de sua soberania e fronteira, a Garantia da Lei e da Ordem, como pode ser constatado no 1º Decreto expedido pelo Marechal Deodoro da Fonseca, em 15 de Novembro de 1889.

(24)

O desempenho da tropa nas operações de GLO tem sido a preocupação dos comandantes que têm tropas empenhadas nessa situação, pois o Exército tem sido empregado com freqüência nos últimos anos em missões como as Operações RIO, GUANABARA, FORTALEZA, TOCANTINS, BAHIA, os dois turnos dos pleitos eleitorais, entre outras.

O adequado suporte logístico é o ponto de partida para seu eficaz desempenho, sendo um fator determinante para as tropas que participam de uma missão de GLO . A necessidade de agir nessa garantia tem previsão legal no texto constitucional, implicando na preparação e na inserção de novas armas e munições não-letais, visando a atender a Declaração Universal de Direitos Humanos e evitando-se más repercussões no cenário internacional na resolução de problemas internos.

Assim, surge a seguinte questão:

Como deverá estar estruturada a cadeia logística de suprimento para atender ao uso de armamentos não-letais nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem?

1.2.1 Alcances e limites

Não serão objeto de estudo as demais funções do sistema logístico: saúde, manutenção, salvamento, engenharia, recursos humanos e transporte. Não serão desenvolvidos outros conceitos como o planejamento das operações, o treinamento e o adestramento tipicamente militares, uma vez que é clara a proposta de tratar, essencialmente, de reflexos para a função logística de suprimento nesse tipo de operação.

A investigação proposta abrangerá as Diretorias de Material (DMat), de Abastecimento (DAbst), particularmente as seções de classe V (Armamento) e de classe V (Munição), e de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército Brasileiro. Serão, também, exploradas as atividades desenvolvidas pela 11ª Brigada de Infantaria Leve (GLO) e a sua adequação ao uso de armamentos não-letais nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem.

(25)

A investigação aplica-se a esses segmentos, não sendo considerados os demais segmentos das diretorias, tendo em vista que as já elencadas são as principais para o desenvolvimento deste trabalho.

1.2.2 Justificativas da investigação

O Exército Brasileiro vem sendo empregado com frequência nos últimos anos em operações de Garantia da Lei e da Ordem. Os armamentos em uso, como o Fuzil 7,62mm, a pistola 9 mm e as granadas de mão, não são adequados a esse tipo de operação devido ao alto poder de perfuração e de destruição. Diversas ações judiciais tiveram origem nessas operações, exigindo o necessário conhecimento legal sob pena de comprometer a operação ou trazer transtornos posteriores a seus integrantes.

A previsão de executar as missões típicas das Polícias Militares (PM) e a falta de adequação dos Materiais de Emprego Militar (MEM) a essas atividades causam dificuldades no momento em que a tropa se depara com a necessidade de empregar seus meios para conter os agressores, pois o disparo de uma arma de fogo pode resultar em dano maior que o esperado e com conseqüências mais sérias. Assim, estão sendo feitos pesquisas e trabalhos para o emprego de armamentos não-letais pelo EB nas missões de GLO, aumentando sua eficácia.

Dessa forma, o problema proposto no projeto de pesquisa justifica-se pela necessidade de uma estrutura logística adequada, principalmente na função de suprimento, para o emprego das armas não-letais pelas Organizações Militares (OM) envolvidas nas Operações de GLO. A falta desse aporte logístico pode inviabilizar a operação, pois sem o suprimento das munições e sem a reparação dos armamentos danificados limita-se o poder de combate, levando o comandante da tropa empregada a improvisações como recorrer ao armamento e munições convencionais, sem a devida necessidade, para não ser desmoralizado.

Cita-se como exemplo da importância desse tema, o relato do livro VENCENDO A GUERRA de ALEXANDER (2005), em que o autor cita o modo como o Exército Norte-Americano trabalha com os armamentos não-letais, utilizando-se da Diretoria Conjunta de Armas Não-Letais ( Joint Non-Lethal Weapons Directorate –

(26)

JNLWD), para supervisionar o desenvolvimento e a implantação de armas não-letais e que quando acionada é capaz de colocar com rapidez o equipamento básico à disposição da tropa designada para missões de Paz em diversas partes do globo. Fazendo um paralelo para este tema, a missão de Paz seria substituída para operações de GLO.

1.3 CONTRIBUIÇÃO DA INVESTIGAÇÃO

Esta investigação contribuirá para o aperfeiçoamento do sistema logístico, na função de suprimento dos armamentos não-letais em uso nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem, permitindo, desta forma, uma visão sistêmica dos reflexos para a Força Terrestre no uso desse armamento.

Possibilitará visualizar a estrutura logística utilizada pelo Exército Brasileiro, com ênfase na cadeia de suprimento, que apóia as unidades empregadas nesse tipo de operação, bem como a continuidade do fluxo logístico.

Segundo o coronel John B. Alexander, da reserva do Exército dos Estados Unidos da América e membro do Comitê Nacional de Pesquisas para o Desenvolvimento de Tecnologias Não-Letais:

Nos últimos cinco anos, as armas não-letais realizaram grandes saltos tecnológicos. O empurrão foi dado, corretamente, pelas tropas designadas para manutenção da paz. Mesmo entre os militares, poucas pessoas entendem a complexidade da transição de uma tecnologia nova para uma arma que faça parte da dotação regular das forças (ALEXANDER, 2005,p.31).

Diante da complexidade desta transição, o EB necessita de uma análise profunda acerca das problemáticas logísticas que a utilização regular de armamento não-letal irá causar, bem como, das possíveis adaptações necessárias ao processo evolutivo das armas utilizadas nas operações de GLO já incorporadas nas missões da F Ter.

(27)

1.4 REFERENCIAL TEÓRICO

Do emprego do Exército Brasileiro na Garantia da Lei e da Ordem decorre a necessidade de assegurar o cumprimento da lei e da manutenção da ordem pública. Essa missão não descuida da rigorosa observação por parte da tropa dos preceitos legais, principalmente aqueles que asseguram direitos individuais e coletivos discriminados na Constituição Federal de 1988.

Os comandantes militares, em qualquer nível, devem estar familiarizados com o Art 5º da Constituição Federal. Este artigo estabelece os direitos e deveres individuais e coletivos. Dentre esses se destacam: a exigência do cumprimento da lei, o respeito à dignidade humana, o respeito à liberdade de expressão, de pensamento e à intimidade, a inviolabilidade do domicílio, a inviolabilidade das comunicações, a liberdade de locomoção e de reunião, a liberdade de associação, o uso provisório ou temporário de propriedade particular, o princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário, os princípios da reserva legal e da anterioridade, o crime de preconceito, de raça ou de cor, os crimes hediondos, tortura e tráfico de entorpecentes e drogas afins, os aspectos legais a serem observados na prisão de indivíduos e as ações especiais tendentes a garantir direitos individuais. Todos estes princípios estão fortemente vinculados às operações de GLO e na necessidade da adequação dos meios empregados nestas operações. Neste sentido serão estudados a Constituição da República Federativa do Brasil -1988 e os livros de Direito Constitucional de Alexandre Moraes e de Celso Ribeiro Bastos.

Para o estudo das Operações de GLO será utilizada a Instrução Provisória (IP) 85-1: OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM (Ed 2002), a DIRETRIZ ESTRATÉGICA DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM (Portaria Nr 736 de 29 de Out de 2004) e o Decreto nº 3.897, de 24 de agosto de 2001, da Presidência da República que fixa as diretrizes para emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem.

A estrutura logística militar da Força Terrestre está voltada para as atividades relativas à previsão e provisão de meios necessários ao funcionamento organizacional do Exército e às operações, de acordo com o manual C 100-10 - LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE. Esta estrutura está preparada para atender às situações de emprego do Exército Brasileiro no cumprimento das missões

(28)

constitucionais, principalmente nas atividades de manutenção da soberania brasileira.

O recente emprego da Força Terrestre em Operações de GLO tem conduzido o Exército Brasileiro a encontrar alternativas como a inserção de armas não-letais em substituição ao armamento de guerra, pois essas armas permitem à tropa cumprir a missão, evitando-se baixas na população e com repercussões aceitáveis na mídia.

Para efetivar esta inserção é necessário ajustar a logística, estabelecendo-se uma cadeia de suprimento apropriada para atender essa demanda. Para isso serão utilizadas as NORMAS ADMINISTRATIVAS RELATIVAS AO SUPRIMENTO (NARSUP)–Ed 2002 e as Portarias do Departamento Logístico (DLog) do Exército Brasileiro.

Na exploração da parte técnica, referente às armas não-letais, foram utilizadas as obras do Coronel da Reserva John B. Alexander, do Exército dos Estados Unidos da América: Armas Não-Letais, ALTERNATIVAS PARA OS CONFLITOS DO SÉCULO XXl (2003) e VENCENDO A GUERRA (2005).

Faz necessário conhecer a potencialidade da indústria nacional na fabricação de armas não-letais e de munições a fim de atender à cadeia de suprimento, evitando-se a dependência estrangeira tanto da munição quanto das peças ou conjuntos de reparações para os armamentos.

No tocante às aquisições, foram estudadas as exigências da Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública – Lei 8666/93 e seus desdobramentos tanto para as indústrias nacionais quanto para as estrangeiras. Foram pesquisadas em sites na INTERNET as empresas que produzem armas e munições não-letais e a pesquisa bibliográfica de livros de Direito Administrativo dos autores Maria Sylvia Zanella Di Pietro e José Cretella Júnior.

Foram utilizadas as diretrizes de emprego do Comando de Operações Terrestres (COTER) para a 11ª Brigada de Infantaria Leve (GLO).

Foram utilizados trabalhos monográficos realizados por alunos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) nas áreas de emprego de tropa em operações de GLO e da área de logística para complementar a bibliografia dos assuntos relativos a esse tipo de operação e seus reflexos na função logística de suprimento.

(29)

1.5 OBJETIVOS

O objetivo geral será analisar a atual estrutura da cadeia de suprimento do Exército Brasileiro para atender às demandas de suprimento de armamentos não-letais nas operações de GLO, com vistas a levantar a sua eficácia e a sua eficiência.

A fim de viabilizar a consecução do objetivo geral de estudo, foram formulados os objetivos específicos, abaixo relacionados, que permitirão o encadeamento lógico do raciocínio descritivo apresentado neste estudo:

Verificar a atual estrutura da cadeia logística da Força Terrestre;

Verificar a possibilidade de inserção de armas não-letais na atual cadeia de suprimento;

Verificar a possibilidade de inserção de órgão gerenciador de armas não-letais na cadeia de suprimento;

Determinar os óbices da lei 8666/93 na aquisição dos materiais e insumos não letais; e

Determinar se a indústria nacional tem condições de prover meios e treinamento para o emprego de armas não-letais.

1.6 HIPÓTESE

A estrutura da cadeia logística de suprimento em uso no Exército Brasileiro não atende com eficiência às organizações militares que usam armamentos não-letais em Operações de Garantia da Lei e da Ordem.

(30)

1.7 VARIÁVEIS

Neste trabalho, serão apresentados como variável independente os “armamentos não-letais” e como variável dependente “A cadeia logística de suprimento”.

1.7.1 Definição Conceitual das Variáveis

Para fins desta investigação, a variável independente - que é definida como “armamentos não-letais” e a variável dependente – que é definida como “A cadeia logística de suprimento” serão abordados como elementos que interagem entre si nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem”.

Entende-se por cadeia logística de suprimento como conjunto de atividades que trata da previsão e provisão do material de todas as classes, necessário às organizações e às forças apoiadas.

“A integração com os armamentos não-letais nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem” expressa o reflexo na logística do Exército Brasileiro para a inserção de armas não-letais na cadeia de suprimento.

1.8 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do trabalho foram empregadas as pesquisas bibliográfica, documental e de campo.

Será realizada uma investigação exploratória sobre funcionamento da cadeia logística de suprimento, verificando-se a possibilidade da inserção de armamento não-letal e os reflexos causados para o Exército Brasileiro. As pesquisas bibliográficas e documentais foram utilizadas na integração das variáveis, buscando coletar informações sobre a cadeia logística supracitada e sobre o emprego de armas não-letais em Operações de GLO.

(31)

Uma pesquisa de campo foi realizada, posteriormente, para coletar os dados referentes à estrutura, ao funcionamento, a sistemática de aquisição de material e o controle aos militares pertencentes às DAbst, DMat , DFPC, de militares pertencentes aos Grandes Comandos Regionais que participaram de operações de GLO e oficiais alunos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME).

A coleta de dados da pesquisa de campo será realizada através da técnica de questionário com perguntas fechadas e abertas sobre como está estruturada a cadeia de suprimento nas diferentes diretorias já citadas, em relação ao armamento e munição não-letal. Será, também, objeto da pesquisa de campo a opinião dos militares com relação a inserção dos armamentos não-letais na cadeia logística para atender à demanda das OM empregadas nas Op GLO.

O método a ser utilizado foi o comparativo, levando-se em conta o que existe nos Exércitos dos Estados Unidos da América (EUA) e do EB.

A análise de dados foi baseada em métodos estatísticos e gráficos.

Os passos foram os seguintes:

- Levantamento da bibliografia e de documentos pertinentes; - Seleção da bibliografia e documentos;

- Leitura da bibliografia e dos documentos selecionados;

- Pesquisas de levantamento de dados, por intermédio de questionários, direcionadas a profissionais que possuam notório conhecimento da cadeia logística, particularmente com relação à função de suprimento;

- Montagem de arquivos: ocasião em que serão elaboradas as fichas bibliográficas de citações, resumos e análises;

- Análise crítica, tabulação das informações obtidas e consolidação das questões de estudo.

A coleta de material foi realizada por meio de leitura de livros, de trabalhos monográficos e de teses pertinentes ao assunto, consultas às bibliotecas da ECEME, da Escola de Guerra Naval (EGN), das universidades do Rio de Janeiro e da Biblioteca Nacional. Foram consultados noticiários de jornais e revistas; manuais do Exército Brasileiro e da rede mundial de computadores.

O trabalho teve prosseguimento com a elaboração do texto onde constam as questões, objeto de estudo, bem como as conclusões pertinentes.

(32)

Serão apresentadas sugestões para o aperfeiçoamento da estrutura da cadeia logística de suprimento quanto ao emprego de armamento não-letal em Operações de GLO.

(33)

2 CONCEITOS, DEFINIÇÕES E TIPOS DE ARMAMENTOS NÃO-LETAIS

2.1 ARMAS NÃO-LETAIS

A definição de armas não-letais, segundo o coronel John B. Alexander são:

As armas especificamente projetadas e empregadas para incapacitar pessoal ou material, ao mesmo tempo em que minimizam mortes, ferimentos permanentes no pessoal, danos indesejáveis à propriedades e comprometimento do meio-ambiente (ALEXANDER,2003,P.19)

Uma definição muito semelhante foi oferecida pelo Grupo de Assessoria em Pesquisa e Desenvolvimento Aeroespacial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), citado por Alexander (2003, p. 35) em seus estudos envolvendo armas não-letais: "Armas não-letais são aquelas projetadas para degradar a capacidade do pessoal ou do material e, simultaneamente, evitar baixas não desejadas”. Com tais armas, as mortes ou danos físicos permanentes e sérios aos seres humanos serão poucos, ou nenhum. Sabe-se que algumas baixas poderão ocorrer, devido a acidentes ou à má utilização de tais sistemas e recomenda-se que armas não-letais sejam sempre secundadas por uma capacidade de atuação letal. Essa definição da OTAN orienta um princípio fundamental do uso dos armamentos não-letais, qual seja: a utilização conjunta e de forma complementar com os armamentos letais.

Apesar de não ser o termo ideal, não-letal nos proporciona uma idéia satisfatória para nos referirmos aos assuntos relacionados à redução de danos colaterais, fator que cresceu de importância nos conflitos urbanos. Essas armas são projetadas para terem efeitos relativamente reversíveis, sobre pessoal e material, e afetar os objetos em seu raio de ação de forma diferenciada. É necessário ter treinamento específico para se empregar as armas não-letais, pois se empregadas erradamente podem ser tornar tão mortais ou causarem danos tão irreversíveis quanto as armas letais. Nem todos os encontros entre militares e forças adversas favorecem as alternativas não-letais. Existem muitos casos em que o agressor é tão violento que a força letal constitui a única alternativa viável. Esta possibilidade deverá ser observada de maneira prioritária em qualquer doutrina de uso dos artefatos não-letais no Exército Brasileiro.

(34)

Portanto, o nome dado a essas armas não é o fundamental. O importante é o fornecimento de opções de armas apropriadas para cada situação particular, aos comandantes no campo de batalha e aos militares encarregados da manutenção da lei e da ordem.

2.2 UTILIZAÇÃO DAS ARMAS NÃO-LETAIS

As armas letais tradicionais continuarão a ser de suma importância para subjugar inimigos em um campo de batalha ou, no caso das Op de GLO, submeter uma força adversa aos ditames da lei. Por conseguinte, a conjugação das armas letais com o uso da tecnologia não-letal possibilitará grande flexibilidade no cumprimento de uma considerável variedade de missões militares.

ALEXANDER (2003) afirma em sua obra que três fatores convergem para tornar essencial o desenvolvimento e uso de armas não-letais:

1. A dramática e conturbada reorganização do cenário geopolítico;

2. Os avanços da tecnologia, particularmente a melhoria dos dispositivos que permitem guiar com precisão munições até seus alvos, o que viabilizou o desenvolvimento de sofisticadas armas não-letais; e

3. A experiência dos comandantes em operações de manutenção ou imposição de paz, que possibilita estabelecer requisitos operacionais precisos para o desenvolvimento de novos sistemas de armas

Na visão de MARINHO (2007), podem-se acrescentar mais estes fatores, voltados para o trabalho de operações de GLO:

1. Um cenário de crescente conturbação social que, invariavelmente, coloca forças legais e compatriotas em sangrentas confrontações;

2. O aumento contínuo da criminalidade com todas as suas consequências sociais e políticas;

3. As exigências dos ordenamentos jurídicos, nacional e internacional, no que tange ao uso de violência em ações policiais (GLO para os militares); e

4. Intolerância da opinião pública a conflitos com grande número de baixas, principalmente às chamadas “baixas colaterais”.

(35)

As armas novas como dispositivo de choque, agentes químicos e feixes de energia representam hoje uma gama de tecnologia a disposição dos militares para que manifestações diversas não passem dos gritos e agitações para os tiros e mortes. Elas são especialmente úteis em multidões onde criminosos estão misturados às pessoas inocentes, pois uma turba não é composta só de agitadores. Geralmente há um grupo de manifestantes ou de malfeitores e outro de muita gente que só está assistindo a confusão. Este é envolvido por estar, aleatoriamente, no espaço geográfico de um conflito.

Para entender a gama de possibilidades proporcionadas sob a rubrica não-letal, é preciso explorar cada uma das várias áreas tecnológicas. Na verdade, somente uns poucos engenhos não-letais foram inicialmente desenvolvidos com esse propósito. Outros surgiram do exame das tecnologias desenvolvidas para outras aplicações, mas que puderam ser modificadas para utilização num esquema de armas não-letais. A inovação tem dependido da avaliação das atuais possibilidades que são aplicadas de uma nova maneira. As Forças Armadas brasileiras, em particular o Exército, convivem com a peculiaridade de atuarem como agentes da lei, devido às suas atribuições constitucionais. Considerando essas atribuições, a Força Terrestre deverá estar aprestada e adestrada para atuar tanto em ambiente externo quanto no ambiente interno. Considerando, ainda, as peculiaridades brasileiras, as conhecidas restrições orçamentárias das Forças Armadas e uma incipiente doutrina de emprego das armas não-letais, seria, no mínimo, precipitado apresentar as armas, definindo as tecnologias não-letais específicas para ações em Op de GLO. Alguns militares do Exército Brasileiro são contra a aquisição e uso de armamentos não-letais por acharem que esta tecnologia é voltada para o emprego policial, o que afastaria o Exército de sua principal destinação constitucional que é a defesa da Pátria. Todavia, podemos facilmente vislumbrar o emprego destes artefatos em uma hipótese de guerra convencional. Se a situação assim o exigir, poderemos ter que ocupar fração do território inimigo no desenrolar do conflito e para controlar a população nativa será necessário o uso de armas não-letais, pois não se pode tratar civis, muitas vezes mulheres e crianças, como se fossem combatentes convencionais. No entanto, adquirir, equipar e adestrar tropas do Exército baseado apenas nos armamentos não-letais usados, normalmente, pelas forças policiais seria restringir a ação mais abrangente e decisiva da Força Terrestre no contexto nacional.

(36)

Desta forma, o emprego da F Ter em Op GLO deverá ter uma combinação de armas letais com não-letais, empregando estas nas situações que não coloquem em risco a tropa ou venham comprometer a ação da F Ter. Cabe destacar que os militares empregados nesse tipo de operação deverão estar adestrados no uso de ambos os tipos de armas, para poderem optar no momento certo qual empregar.

2.3 TIPOS DE ARMAS NÃO-LETAIS

No Brasil, o assunto armamento não-letal tem aumentado de importância, principalmente porque as polícias militares e guardas municipais de alguns estados estão utilizando essa tecnologia para controlar distúrbios, greves ou para salvaguardar patrimônios públicos. A literatura disponível no País sobre o assunto ainda é escassa, por isso a maioria dos estudos sobre esse tipo de arma é de países da Europa Ocidental e do próprio EUA.

Desta forma, o coronel R1 do Exército dos EUA John B. Alexander apresenta em seu livro ARMAS NÃO-LETAIS ALTERNATIVAS PARA OS CONFLITOS DO SÉCULO XXI uma classificação prática para as tecnologias não-letais e que está sendo atualmente aceita pelo Departamento de Defesa dos EUA (Do D). Pode-se ordená-las da seguinte forma:

2.3.1 De acordo com o tipo de alvo a. Anti-pessoal

b.Anti-material

2.3.2 De acordo com a tecnologia

a. Física

b. Química

c. Energia dirigida

d. Biológica

(37)

f. Operações Psicológicas

Neste trabalho serão abordados as armas não-letais pessoal e anti-material das tecnologias físicas, químicas e de energia dirigida, pois são os artefatos mais utilizados pela força terrestre em Op GLO.

2.3.3 Armas não-letais físicas

São as armas que funcionam por meio de impacto cinético, restrição física ou perfuração. Talvez sejam, conjuntamente com o “gás lacrimogêneo”, os artefatos não-letais mais conhecidos dos militares brasileiros. Entretanto, os projéteis que consideramos não-letais hoje, balas de borracha, plásticas e de madeira só começaram a ser utilizados na década de 1960. Segundo MARINHO(2007), as primeiras tropas a utilizá-los foram as britânicas em Hong Kong.

Em 1967 os soldados ingleses começaram a reprimir protestos antiimperialistas com projéteis compridos de madeira chamados de balas bastão. Feitos de uma madeira chamada Teca estes projéteis tinham 18 cm de comprimento e 4 centímetros de diâmetro e eram disparados de sinalizadores. Em vez de serem disparados diretamente sobre os agitadores os soldados britânicos miravam na frente da multidão (os projéteis eram apontados para o chão) para atingir os manifestantes na altura dos joelhos, a idéia era causar muita dor sem matar ninguém. Em decorrência dessa técnica de disparo, os projéteis de madeira ficaram conhecidos como “Kneeknockrs” (nocauteadores de joelhos).

Podemos citar que as armas não-letais físicas, em uso no Exército Brasileiro são as seguintes:

2.3.3.1 Lançadores

A CONDOR Tecnologias Não-Letais desenvolveu artefatos para lançamento de munições não-letais nos calibres 12 e 37/38 milímetros. Equipam as OM PE e de Guarda (Gd) nas ações de policiamento ostensivo, no combate à criminalidade e nas operações de controle de distúrbios, os seguintes modelos:

O lançador para calibre 12 foi desenvolvido para o disparo das seguintes munições fabricadas pela Condor:

(38)

• Cartucho Plástico Calibre 12 com Projétil Detonante e Carga Lacrimogênea CS -GL 101

• Cartucho Plástico Calibre 12 com Projétil Detonante - GL 102 • Cartucho Plástico Calibre 12 - Jato Direto (CS) - GL 103

• Cartucho Plástico Calibre 12 com Projétil de Borracha - AM 403 • Cartucho Plástico Calibre 12 com 3 Projéteis de Borracha - AM 403/A

Figura 01 - AM 402 - Lançador cal. 12 mm para cartuchos de munição não-letal Fonte: Condor

O lançador cal. 37/38mm de munições não letais AM-600 pode efetuar o disparo de toda a linha de munições não-letais no mesmo calibre, de fabricação da Condor, como a GL-201, GL-202, GL-203/L, GL-204/Fumaça, AM-404 e AM-404/12-E. Através de um adaptador Condor e um cartucho lançador, poderá lançar granadas da série GL-300 equipadas com acionador do tipo com alça e grampo de segurança.

Figura 02 - AM 600 - Lançador cal.37/38mm de munições não-letais Fonte: Condor

2.3.3.2 Munições de impacto controlado

Eficientes na intimidação contra indivíduos isolados ou em grupos, através do efeito impactante dos projéteis de borracha. As munições são fabricadas nos calibres 12, 37/38, 38.1 e 40 milímetros. A munição AM 403 foi projetada para ser utilizada por tropas policiais e militares em operações de controle de graves distúrbios e combate à criminalidade. Consiste em um projétil cilíndrico de borracha macia que pode ser disparado contra uma ou mais pessoas, com a finalidade de deter ou dispersar os infratores, em alternativa ao uso de munições convencionais.

(39)

Figura 03 - AM403 - Projétil de borracha – MONOIMPACT Fonte: Condor

A munição AM 403/A foi projetada para ser utilizada por tropas policiais e militares em operações de controle de graves distúrbios e combate à criminalidade. Consiste em três projéteis esféricos de borracha macia que podem ser disparados contra uma ou mais pessoas, com a finalidade de deter ou dispersar os infratores, em alternativa ao uso de munições convencionais.

Figura 04 – AM 403/A - 3 projéteis de borracha – TRIMPACT Fonte: Condor

O cartucho cal.12 AM 403/M foi projetado para ser utilizado no controle de graves distúrbios e combate à criminalidade com a finalidade de deter ou dispersar infratores da lei, em alternativa ao uso de munições convencionais. As munições de impacto controlado possuem alto poder de intimidação psicológica, provocam hematomas e fortes dores.

Figura 05 – AM 403/M - 18 projéteis de borracha – MULTIMPACT Fonte:Condor

(40)

O cartucho Cal.12 AM 403/P foi projetado para ser utilizado no controle de graves distúrbios e combate à criminalidade com a finalidade de deter ou dispersar infratores da lei, em alternativa ao uso de munições convencionais. As munições de impacto controlado possuem alto poder de intimidação psicológica, provocam hematomas e fortes dores.

Figura 06 - AM 403/P - Projétil de borracha – PRECISION Fonte: Condor

O cartucho calibre 38.1 mm com 3 projéteis de borracha foi projetado para ser utilizado por tropas policiais e militares em operações de controle de distúrbios graves e combate à criminalidade. Pode ser disparado contra uma ou mais pessoas, com a finalidade de deter ou dispersar os infratores, em alternativa ao uso de munição convencional.

Figura 07 - AM 404 - 3 projéteis de borracha - TRIMPACT SUPER Fonte: Condor

O cartucho calibre 38.1 mm com 12 projéteis de borracha foi projetado para ser utilizado por tropas policiais e militares em operações de controle de distúrbios graves e combate à criminalidade. Pode ser disparado contra uma ou mais pessoas, com a finalidade de deter ou dispersar os infratores, em alternativa ao uso de munição convencional.

(41)

Figura 08 - AM-404/12E - 12 projéteis de borracha - MULTIMPACT SUPER Fonte: Condor

2.3.3.3 Granada de impacto

Uma nova família de granadas explosivas contendo múltiplas esferas de borracha. Destinam-se ao controle de graves distúrbios e ao combate à criminalidade. Sua eficácia decorre do grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva, pela ação do agente lacrimogêneo e pelo impacto das esferas de borracha.

Figura 09 - Granada multi - impacto Fonte:Condor

2.3.4 Armas não-letais químicas

Atualmente, existe uma grande variedade de opções químicas não-letais, mas a simples menção do termo química provoca uma ampla resposta emocional, não importa se os seres humanos sejam afetados ou não. Na verdade, algumas armas químicas anti-pessoal podem oferecer opções humanitárias no campo de batalha. Até alguns desses artefatos disponíveis, aqueles que incapacitam temporariamente, poderiam reduzir as mortes em conflitos futuros, tanto entre os

(42)

combatentes ou policiais quanto entre os inocentes, inimigos convencionais ou forças adversas. A aceitação política das novas opções químicas é questão importante. Opositores de todas as armas químicas enfrentam um dilema. Constantemente são desenvolvidos novos compostos químicos com uma grande variedade de propósitos, e alguns têm aplicação militar potencial.

No Brasil, chama-se agente químico de guerra a toda substância que, por sua atividade química, produza, quando empregado para fins militares, um efeito tóxico, fumígeno ou incendiário. Podem ser classificados como incapacitantes, inquietantes e incendiários. Podem, ainda, ser à base de pimenta ou de cloroacetofenona(CN) ou de ortoclorobenzilmanonitrilo(CS). Vejamos quais tipos de armas não-letais com base química são utilizados pelo EB:

2.3.4.1 Munições OC/CS CAL. 37/38 - 38,1 - 40 mm

Os projéteis de emissão de lacrimogêneo e de pimenta garantem a integridade física da tropa, evitando que seja atingida por objetos lançados pelos manifestantes. Produzem alta descarga de gases, sendo fabricados nos calibres 12, 37/38, 38,1 e 40 milímetros. O cartucho Cal.37/38, 38,1 ou 40mm, GL-103/A foi desenvolvido para operações de controle de distúrbios e combate à criminalidade. Deve ser lançado a curtas distâncias, com o objetivo de dispersar grupos de infratores da lei e de evitar o contato físico com o agressor.

Figura 10 – GL 103/A Jato direto lacrimogêneo Fonte: Condor

O cartucho Cal. 37/38, 38,1 ou 40 mm, GL-201, foi desenvolvido para emprego em operações de controle de distúrbios e combate a criminalidade. O projétil é lançado a distâncias médias de 90 m, antes ou por sobre obstáculos tais

(43)

como: muros e barricadas, com o objetivo de desalojar pessoas e dissolver grupos de infratores da lei pelo efeito do agente lacrimogêneo.

Figura 11 – GL 201 - Projétil médio alcance lacrimogêneo Fonte: Condor

O projétil de longo alcance com carga lacrimogênea (CS) Cal. 38.1mm, foi desenvolvido para emprego em operações de controle de distúrbios e combate à criminalidade. Destina-se a ser lançado a distâncias médias de 120 m, antes ou por sobre obstáculos tais como: muros e barricadas, com objetivo de desalojar pessoas e dissolver grupos de infratores pelo efeito do agente lacrimogêneo. A arma deve ser posicionada a um ângulo de 45°, que corresponde, aproximadamente, ao melhor desempenho no alcance do tiro. Em situações extremas de graves distúrbios e combate à criminalidade, pode ser usado para penetrar em ambientes fechados, atirando-se através de aberturas ou janelas.

Figura 12 – GL 202 – Projétil longo alcance lacrimogêneo Fonte Condor

Os cartuchos Cal. 37/38, 38.1 e 40mm, GL-203 foram desenvolvidos para emprego em operações de controle de distúrbios e combate à criminalidade. Os projéteis são lançados a distâncias médias de 80 m, antes ou por sobre obstáculos,

(44)

tais como muros e barricadas, com objetivo de desalojar pessoas e dissolver grupos de infratores pelo efeito do agente lacrimogêneo CS.

Figura 13 – GL 203/L - Carga múltipla lacrimogênea Fonte: Condor

2.3.4.2 Granada fumígena

Projetadas para lançamento manual ou por disparo por iniciação elétrica à distância. Possui diversos modelos para aplicação em operações militares e policiais, através da emissão de fumaças coloridas e de cortina de fumaça para cobertura em deslocamento e treinamento de tropas ou defesa passiva de veículos militares. A granada fumígena para carro de combate foi desenvolvida para produzir densa cortina de fumaça de cor cinza, com a finalidade de ocultar viaturas ou guarnições, quer em missões de ataque ou em retiradas onde haja a necessidade da proteção visual contra o inimigo.

Figura 14 – MB 306/T1 - Granada fumígena veicular Fonte: Condor

A granada MB-502 foi projetada para emprego em operações militares e policiais, com o objetivo de produzir uma densa cortina de fumaça, que serve para mascarar a retirada ou a movimentação de tropas de Infantaria em relação ao agressor. Pode ser utilizada em controle de distúrbios desorientando e dispersando infratores pela ação da densa fumaça. Serve, ainda, como artefato sinalizador. Em

(45)

situações extremas de graves distúrbios e combate à criminalidade, pode ser usada para forçar a saída dos infratores de ambientes fechados, quando lançada através de aberturas ou janelas.

Figura 15 MB 502 - Granada fumígena Fonte: Condor

Sinalização diurna colorida para salvamento de tropas, início e término de operações, na selva e áreas rural e urbana, com a utilização do código de cores. Este produto não é indicado para o uso no mar, pois não flutua. Para este fim, existe o sinal fumígeno REF: SS-602.

Figura 16 - 601 - Granada de fumaça colorida Fonte: Condor

2.3.4.3 Granadas lacrimogêneas

Disponíveis em vários modelos com diferentes tempos de emissão podem, também, ser disparadas por lançadores especiais. Produz densa fumaça contendo agente lacrimogêneo, o que garante efetivo controle dos agentes da lei nas ações de contenção de distúrbios. A granada GL-300/T Hyper foi projetada para ser utilizada por tropas policiais e militares em operações de controle de graves distúrbios e

(46)

combate à criminalidade. Atua por saturação de ambientes, através da geração de intensa nuvem de fumaça contendo agente lacrimogêneo (CS).

Figura 17 – GL 300/T HYPER - Granada lacrimogênea tríplice – HYPER Fonte: Condor

A granada GL-300/T foi projetada para ser utilizada por tropas policiais e militares em operações de controle de graves distúrbios e combate à criminalidade. Atua por saturação de ambientes, através da geração de intensa nuvem de fumaça contendo agente lacrimogêneo (CS).

Figura 18 – GL 300/T - Granada lacrimogênea tríplice Fonte: Condor

A granada GL-301 foi projetada para ser utilizada por tropas policiais e militares em operações de controle de graves distúrbios e combate à criminalidade. Atua por saturação de ambientes através da geração de intensa nuvem de fumaça contendo agente lacrimogêneo (CS).

Figura 19 – GL 301 - Granada lacrimogênea de média emissão Fonte: Condor

(47)

A granada GL-302 foi projetada para ser utilizada por tropas policiais e militares em operações de controle de graves distúrbios e combate à criminalidade. Atua por saturação de ambientes, através da geração de intensa nuvem de fumaça contendo agente lacrimogêneo (CS).

Figura 20 – GL 302 - Granada lacrimogênea de alta emissão Fonte: Condor

A granada GL-303 foi projetada para ser utilizada por tropas policiais e militares em operações de controle de distúrbios graves e combate à criminalidade. Atua por saturação de ambientes, através da geração de intensa nuvem de fumaça contendo agente lacrimogêneo (CS).

Figura 21 – GL 303 - Granada lacrimogênea de baixa emissão - MINI CONDOR Fonte: Condor

A granada GL-309 foi projetada para ser utilizada em operações de controle de distúrbios e no combate a criminalidade. Atua por saturação de ambientes, por intermédio da geração de intensa nuvem de agente lacrimogêneo.

Figura 22 – GL 309 - Granada lacrimogênea RUBBERBALL Fonte: Condor

Referências

Documentos relacionados

Portanto, mesmo percebendo a presença da música em diferentes situações no ambiente de educação infantil, percebe-se que as atividades relacionadas ao fazer musical ainda são

Avaliação do impacto do processo de envelhecimento sobre a capacidade funcional de adultos mais velhos fisicamente ativos.. ConScientiae

b) Execução dos serviços em período a ser combinado com equipe técnica. c) Orientação para alocação do equipamento no local de instalação. d) Serviço de ligação das

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

Esta pesquisa discorre de uma situação pontual recorrente de um processo produtivo, onde se verifica as técnicas padronizadas e estudo dos indicadores em uma observação sistêmica

Na tentativa de agregar mais recursos as tropas mecanizadas, este estudo se dedicou a verificar a real necessidade de utilização de armamento não letal projetado para ser acoplado

• The definition of the concept of the project’s area of indirect influence should consider the area affected by changes in economic, social and environmental dynamics induced

Essas informações foram utilizadas na segunda etapa onde foi elaborado um questionário sobre as características de uma plataforma de crowdsourcing e enviado aos