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6 AVALIAÇÃO DAS PESQUISAS REALIZADAS

6.1 QUESTIONÁRIO PARA OS OFICIAIS ALUNOS

O primeiro quesito perguntava qual era o grau de conhecimento sobre armamento não-letal, sendo dadas três opções: conheço, conheço superficialmente e desconheço para assinalar. A opção “conheço” seria necessário que o militar tivesse tomado conhecimento da tecnologia através de literatura especializada, em cursos, por experiência de uso, artigo explicativo da imprensa ou documentários televisivos. Já a opção “conheço superficialmente”, seria para o militar que tivesse tomado conhecimento apenas através de ouvir falar, ou fotos sem textos explicativos. A opção “desconheço” seria para os militares que nunca viram ou ouviram falar das tecnologias. Para fins de padronização, foi atribuída a abreviatura ANL para armamento(s) não-letal(is). O resultado foi o seguinte:

Gráfico 2 – Grau de conhecimento sobre armamentos não-letais Fonte: o autor

Grande parte do universo pesquisado conhece algum tipo de ANL, sendo que poucos nunca ouviram falar nessa tecnologia.

O segundo quesito perguntava qual era o tipo de ANL que o entrevistado conhecia. Foram dadas as opções, de acordo com o quadro abaixo, para que fossem marcadas as preferências:

Tabela 1 – Grau de conhecimento sobre tipos de armamentos não-letais

ANL Nº de Marcações

Cassete elétrico 57

Espargidor de pimenta 43

Granada de adentramento 14

Granada de identificadora 27

Granada de Luz e Som 70

Granada de pimenta 35

Granada Lacrimogênea 80

Lançador Cal 37mm 19

Munição de impacto controlado 21

Projéteis de borracha 80

Spray de pimenta 56

Fonte: o autor

Observa-se que todos os oficiais conhecem a granada de lacrimogêneo e os projéteis de borracha. Fruto da vivência profissional ou dos bancos escolares da AMAN todos os oficiais conhecem esses itens. Ao se comparar a segunda questão

com a primeira, os 6% de oficiais que afirmaram desconhecer os ANL, esqueceram de observar que os itens supracitados são considerados não-letais. Por outro lado, somente 14 oficiais conhecem a granada de adentramento, provavelmente por terem-na empregado ou em cursos especiais ou em treinamentos realizados pela CONDOR ou CI Op GLO.

O terceiro quesito perguntava se as FA, particularmente o EB, estão sendo cada vez mais empregadas em Op GLO para suprir as deficiências do poder público estadual em pleitos eleitorais, greves de PM, movimentos sociais e segurança de autoridades. A resposta foi a seguinte:

Gráfico 3 – Opinião sobre emprego das FA em Op GLO Fonte: o autor

O quarto quesito perguntava: Atualmente é imprescindível para o EB utilizar ANL em Op GLO, buscando minimizar os efeitos colaterais desse tipo de Op uma vez que a força adversa, normalmente, é composta de cidadãos brasileiros motivados por uma causa. Em relação a essa assertiva, foi respondido o seguinte:

Gráfico 4 – Opinião sobre emprego de ANL em Op GLO pelo EB Fonte: o autor

Neste caso, 71% dos oficiais concordam com a utilização de ANL, pelo EB, em Op GLO e 22% discordam do emprego dessas armas. Apenas 7% da amostra não tinham opinião formada sobre o uso de ANL nesse tipo de Op.

No quinto quesito foi perguntado se a cadeia logística de suprimento classe V (Mun) tem fornecido regularmente e na quantidade necessária os ANL para adestramento das tropas em Op de GLO. A resposta a esse questionamento foi a seguinte:

Gráfico 5 – Opinião sobre a cadeia logística de suprimento de ANL Fonte: o autor

Do universo escolhido, 57 oficiais afirmaram que a cadeia logística de suprimento não tem fornecido a quantidade necessária e com regularidade desejada os ANL, dificultando o adestramento das tropas no emprego desse material. Mais de 20 não tinham opinião formada a respeito do fornecimento de ANL para as OM. Apenas 15 concordaram que o fornecimento de ANL é regular e na quantidade adequada para o adestramento da tropa.

No sexto item, apresentou-se que as Forças Armadas dos EUA possuem uma diretoria responsável pelo desenvolvimento, aquisição e fornecimento de ANL para, rapidamente, colocar o material necessário à disposição das tropas empregadas em Força de Paz. A criação de um núcleo de gerenciamento na cadeia de suprimento, com função semelhante ao existente nos EUA, proporcionaria melhores condições para o emprego da tropa em Op GLO e em Op de Força Paz, reduzindo o risco do material ser recebido após ter iniciado a Op. Em relação a essa assertiva, foi respondido o seguinte:

Gráfico 6 – Opinião sobre a criação de um núcleo gerenciador de ANL Fonte: o autor

Setenta (70) oficiais informaram que poderia ser criado um núcleo gerenciador de ANL e que este órgão poderia proporcionar melhores condições de emprego da tropa em Op GLO. Apenas 16 oficias opinaram em contrário à criação desse núcleo gerenciador e 9 não tinham opinião formada sobre o assunto.

O sétimo item estava relacionado com o item anterior. Foi apresentado o seguinte: caso o Sr tenha respondido “concordo plenamente” ou “concordo” responda o que se segue: em que estrutura da cadeia logística de suprimento deveria ser criado esse núcleo gerenciador de ANL. Selecione uma das opções abaixo. Para esse item, o universo de 70 oficiais marcou o seguinte:

Tabela 2 – Indicação de órgão para ser criado núcleo gerenciador de ANL

Órgão Nr de marcações

Comando Logístico 2

Diretoria de Abastecimento 8

Diretoria de Material 7

Comando Militar de Área 3

Região Militar 14

Base de Apoio Logístico Ex 19

Depósito Central de Munição 17

O órgão mais citado para ser criado o núcleo gerenciador de armamento não-letal foi a recente criada Ba Ap Log Ex , que está subordinada ao Comando Logístico. Como segunda opção, foi indicado o Depósito Central de Munição, seguido das Regiões Militares.

A oitava questão tratava do seguinte: o prazo de validade dos ANL, particularmente as granadas de agentes químicos (lacrimogêneo e pimenta) e as munições químicas (cartuchos com pó lacrimogêneo), varia de 3 a 5 anos a contar da data de fabricação. Esse curto prazo inviabiliza a manutenção de estoque do ANL nos depósitos regionais (BSup/DSup), cabendo à Força Terrestre adquiri-lo no momento em que as tropas forem empregadas nas Op GLO. Para essa assertiva, foi respondido o seguinte:

Gráfico 7 – Opinião sobre a viabilidade de armazenamento de ANL Fonte: o autor

Observa-se que 73% do universo de oficiais que responderam à pesquisa discordam da inviabilidade da manutenção de estoque dos ANL pelos depósitos regionais. Apenas 16% concordam que, pelo curto prazo de validade, não é viável mantê-los em estoque. Os demais 11% não souberam opinar a respeito desse item.

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