Os Recursos do Sistema de I&I: As competências, os recursos financeiros e as infraestruturas

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Os Recursos do Sistema de I&I:

As competências, os recursos

financeiros e as infraestruturas

Vítor Corado Simões

ISEG, Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa

FCT Fundação para a Ciência e a Tecnologia

WORKSHOP

O Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Desafios, forças e fraquezas rumo a 2020

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Os Recursos do Sistema de I&I:

As competências, os recursos financeiros e as infraestruturas

Os Recursos do Sistema de I&I:

O Problema da Conversão

Vítor Corado Simões

ISEG, Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa

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O autor agradece a colaboração de Hugo Confraria (ISEG) na preparação da informação estatística de suporte a esta apresentação. Agradece também o apoio de Miguel Fernandes (Everis) no fornecimento de informação relativa ao Barómetro de Inovação COTEC.

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ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO

• Tese

• O Esforço Realizado

• A Conversão: Dos Recursos aos Resultados

• Condicionantes da Conversão

• Os Desafios

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TESE

• Portugal realizou um significativo esforço para desenvolver os recursos e as infra-estruturas do Sistema de I&I

• Existe, no entanto, um problema de Conversão de Recursos em Resultados

• A resposta a este problema exige a identificação de Condicionantes da Conversão e uma política deliberada nesse campo…

• …sob pena de desperdiçarmos o esforço efectuado

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O ESFORÇO REALIZADO

• Esforço notável de desenvolvimento das actividades Científicas e Tecnológicas

• Promoção da Investigação

• Excelentes resultados no domínio dos outputs científicos

• Aumento significativo da I&D empresarial … mas

• Insufuciência de´’pontes’ entre os territórios de I&I

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UE27 SPA ITA IRL CZ HUN PT 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% G E R D /G D P e m 2 0 1 1

Variação nos últimos 5 anos

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UE27 SPA ITA IRL CZ HUN PT 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% B E R D /G D P e m 2 0 1 1

BERD/GDP

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8%; 0,26 18%; 0,26 0%; 0,17 -11%; 0,08 3%; 0,32 -21%; 0,19 0%; 0,11 -25% -20% -15% -10% -5% 0% 5% 10% 15% 20% 25%

R&D no sector público/GDP

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UE27 SPA ITA IRL CZ HUN PT 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% R e cu rs o s h u m a n o s co m E d u ca çã o T e rc iá ri a c o m p le ta e m % p o p u l. 2 5 -6 4 e m 2 0 1 1

Recursos Humanos com Educação Terciária completa em % popul. 25-64

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UE27 SPA ITA IRL CZ HUN PT 0,00% 0,05% 0,10% 0,15% 0,20% 0,25% 0,30% 0,35% 0,40% 0,45% 0,50% -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% P e so d o s In v e st ig a d o re s e m p e rc e n ta g e m d a p o p u l. E m 2 0 1 1

Variação nos últimos 5 anos

Peso dos Investigadores em percentagem da população

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UE27 SPA ITA IRL CZ HUN PT 0,00% 0,05% 0,10% 0,15% 0,20% 0,25% 0,30% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% 120,00% 140,00% 160,00% In v e st ig a d o re s n o E n si n o S u p e ri o r (% d a p o p u la çã o ) e m 2 0 1 1

Investigadores no Ensino Superior

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UE27 SPA ITA IRL CZ HUN PT 0,00% 0,05% 0,10% 0,15% 0,20% 0,25% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% In v e st ig a d o re s n o S e ct o r E m p re sa ri a l (% d a p o p u la çã o ) e m 2 0 1 1

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MAS…

As comparações de desempenho, incluindo

indicadores de output, mostram que o

esforço não se repercutiu em resultados

económicos

(Cfr.

IUScoreboard,

World

Competitiveness Report ou Barómetro de

Inovação COTEC).

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Barómetro COTEC: Perspectiva Geral

0 1 2 3 4 5 6 7 S ui ça am ar ca F in lâ nd ia S ué ci a no U ni do C or ei a le m an ha E .U .A H ol an da m bu rg o Is lâ nd ia Ja pã o Ir la nd a N or ue ga C hi na Is ra el F ra nç a C an ad á A us tr ia B él gi ca ia O C D E Z el ân di a C hi pr e A us tr ál ia on a E ur o M al ta E st ón ia ia U E 2 7 a C he ca C hi le sl ov én ia ia G lo ba l H un gr ia P or tu ga l E sp an ha ia P E C O ia B R IC Itá lia op a S ul Li tu ân ia M éx ic o U ru gu ai ov áq ui a B ra si l P ol ón ia Ín di a ol ôm bi a G ré ci a rg en tin a P er u Le tó ni a R ús si a er co su l R om én ia B ul gá ria T ur qu ia B ol ív ia P ar ag ua i E qu ad or en ez ue la V al or In ov_ D ig est Ranking de Agregados

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DAS CONDIÇÕES PARA OS RESULTADOS:

O BARÓMETRO DE INOVAÇÃO DA COTEC

4,72 3,84 3,33 2,97 0,00 1,75 3,50 5,25 7,00

Condições Recursos Processos Resultados

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BARÓMETRO DE INOVAÇÃO COTEC:

COMPARAÇÃO COM EUROPA DO SUL

0,00 1,75 3,50 5,25 7,00

Portugal Espanha Grécia Itália

(18)

0,00 1,75 3,50 5,25 7,00

Portugal Áustria Bélgica Finlândia Holanda Irlanda

BARÓMETRO DE INOVAÇÃO COTEC:

(19)

0,00 1,75 3,50 5,25 7,00

Portugal Eslováquia Eslovénia Hungria Polónia Rep. Checa

BARÓMETRO DE INOVAÇÃO COTEC:

COMPARAÇÃO COM EUROPA DE LESTE

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A CONVERSÃO:

DOS RECURSOS AOS RESULTADOS

• O desempenho em termos de inputs não

tem paralelo no campo dos outputs

• À medida que se caminha para a área de

aplicação económica dos conhecimentos o

desempenho de Portugal vai-se deteriorando

sistematicamente.

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CONDICIONANTES DA CONVERSÃO

Falta de densidade do sistema e Insuficiências específicas ao nível da criação de competências dinâmicas no sector

empresarial

• Capacidade de Absorção das Empresas • Qualidade da Gestão

• Características do tecido produtivo • Sofisticação da oferta e da procura

• IDE focado em actividades intensivas em conhecimento • Dinâmica de empreendedorismo qualificado

• Relações cooperativas

• Disponibilidade dos doutorados para uma carreira em empresas portuguesas

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Características do tecido produtivo

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% CZ IRL SPA ITA* HUN PT 14.861 4.167 37.445 78.729 8.640 5.144 11.005 7.887 48.461 30.824 5.193 8.177 1.132 140 6.315 2.659 1.166 715

Indústria Serviços Outras Actividades

112212

(23)

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% CZ IRL SPA ITA* HUN PT 14.861 4.167 37.445 78.729 8.640 5.144 11.005 7.887 48.461 30.824 5.193 8.177 1.132 140 6.315 2.659 1.166 715

Estrutura de emprego de pessoal em I&D empresarial (Indústria, serviços e outros) em 2010

Indústria Serviços Outras Actividades

112212 14036 14999 92221 12194 26998

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0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 UE 27 Portugal (61th) Czech Republic

Hungary Ireland Italy Spain

2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 Buyer sophistication

(25)

1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 UE 27 Portugal (42th) Czech Republic

2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3

(26)

2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3

Nature of competitive advantage

(27)

0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 UE 27 Portugal (93th) Czech Republic

2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3

(28)

2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3

Efficacy of corporate boards

(29)

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5

UE 27 Portugal (68th) Czech Republic Hungary Ireland Italy Spain

2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 20 0 8 /2 0 0 9 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3

(30)

2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 ₂00 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 0 8 /2 0 0 9 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3 ₂01 2 /2 0 1 3 2 0 1 2 /2 0 1 3

State of cluster development

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OS DESAFIOS

• Evitar a queda numa “apagada e vil tristeza”

• Evitar que o el-dorado das chamadas reformas estruturais conduza ao hipotecar do futuro

• Evitar pensar que o mercado vai resolver tudo (especialmente em política de I&I)

• Evitar o foco exclusivo no Empreendedorismo esquecendo o Tecido Produtivo Existente

• Evitar a lógica linear de “Transferência” de Tecnologia • Preparar o Horizonte 2020!

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PISTAS PARA A ACÇÃO

NO HORIZONTE 2020 (I)

Capacidade de Absorção das Empresas e Qualidade da Gestão

Formação de gestores

Política de recrutamento de RH qualificados Estímulo da profissionalização da gestão

Estímulo da exposição internacional das empresas Estímulo da delegação de responsabilidades

Promoção de consultoria estratégica para as PME Políticas regionalizadas de apoio à gestão

Promoção de fusões e aquisições

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PISTAS PARA A ACÇÃO

NO HORIZONTE 2020 (II)

Tecido Produtivo, IDE e Empreendedorismo

Promoção da actividade industrial

Promoção de iniciativas orientadas pela procura

Utilização do procurement público para estímulo da inovação

Promoção de IDE intensivo em conhecimento: upgrading de

filiais existentes; atracção de empresas emergentes; utilização da diáspora; estímulo de alianças

Empreendedorismo a partir de empresas existentes Mentores para Jovens Empreendedores

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PISTAS PARA A ACÇÃO

NO HORIZONTE 2020 (III)

Cooperação e dinâmicas relacionais

Redefinição da política de clusters tendo em conta os resultados da avaliação em curso

Campanha de recrutamento de Doutorados por empresas Reforço da promoção dos ‘Doutoramentos em Empresas’

Upgrading do Vale Inovação para propiciar relacionamentos mais duradouros

Promoção da localização de Centros de I&D Empresarial junto de Universidades

Estímulo do estabelecimento de Cátedras Empresariais

Promoção de política de compras locais por filiais estrangeiras Promoção de alianças empresariais para a inovação e

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CONCLUSÃO

• Os desafios respeitam ao País como um todo • A melhoria da eficiência na utilização dos

recursos é essencial

• O Tempo e o Espaço correm contra nós! • Não há soluções miraculosas

• Teremos de promover a mudança, mobilizando a capacidade colectiva e evitando a criação de

fronteiras arbitrárias

• Importa definir uma orientação clara, uma linha de acção para a mudança e envolver a Sociedade

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