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I SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ. Determinação do Índice do Custo de Vida da cidade de Guarujá ICV Unaerp Jr.

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DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

Determinação do Índice do Custo de Vida da

cidade de Guarujá – ICV Unaerp Jr.

Fabiana Ramos de Oliveira

Graduando em Administração de Empresas Unaerp Guarujá

administradorafaby@bol.com.br Elisa da Silva Suarez

Graduando em Administração de Empresas Unaerp Guarujá

lisasuarez@bol.com.br Michele Rodrigues de Barros

Graduando em Administração de Empresas Unaerp Guarujá

michelerbp@hotmail.com Kátia Cristina Regis Ferreira Graduando em Publicidade e Propaganda

Unaerp Guarujá katiaego@hotmail.com

Rubens C. Ulbanere

Coordenador do Curso de Administração de Empresas - Comércio Exterior Unaerp Guarujá

rulbanere@superig.com.br Resumo

A cidade de Guarujá, conhecida como polo turístico, conta com 265.000 habitantes. O município não conta com um indicador de preços e específico do custo de vida, sendo que os empresários e demais usuários utilizam outros índices para planejar o custo dos seus produtos e serviços. Há uma discussão histórica quanto à flutuação dos preços durante a temporada, pois há argumentos de que nesse período os preços ofertados são elevados de forma indiscriminada. O principal objetivo deste projeto foi determinar o índice do custo de vida para a cidade, divulgando-o de forma sistemática, permitindo que a população reflita sobre os resultados. No meio empresarial, o objetivo é sensibilizar os formadores de preços, no sentido de manter a credibilidade da população e principalmente do turista. Outros objetivos são igualmente relevantes, como a inserção dos alunos da Unaerp Campus Guarujá, na prática da pesquisa científica. Os principais resultados mostram que o custo de vida na cidade de Guarujá tem sido superior à média dos indicadores consagrados de preços e que em época de temporada, os preços de produtos e serviços são elevados sem critério.

Palavras chaves: custo de vida, indicadores econômicos, índices, economia. Seção 2 – Administração de Empresas

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1. Introdução

Conforme mostra KIRSTEN (1985), quando o governo publica o resultado de um indicador de inflação, há a nítida constatação de que na prática, o desgaste monetário é maior. E essa questão é que preocupa a sociedade, pois há perda real no poder aquisitivo do trabalhador, segundo os estudos de BARBOSA (1999), ESCODA (2001) e MININE (2003).

A inflação assumida pelo órgão público tem seu efeito a partir dos aumentos de preços aos consumidores, mas, seu alcance e influência são variáveis segundo as rendas de cada grupo de pessoas e seus usos e costumes, além de outras variáveis econômicas e sociais que estão envolvidas no processo, como evidenciam os estudos de BAER (1987), FGV (1998) e (2003) e o COFECON (2003). .

O embasamento teórico da pesquisa pode ser explicado mediante os seguintes e principais argumentos, que de forma constante e freqüente, são apresentados pelos trabalhadores em discussões sobre seus dissídios coletivos de trabalho: a) O cálculo da inflação adotado pelos órgãos públicos para o universo nacional, pode não representar a variação do custo de vida em um universo local e regional, conforme comentam o DIEESE (2003) e CITARA (1991); b) O dispêndio inicial de uma família nas rubricas básicas se altera de modo a comprometer os níveis de alimentação, que distancia cada vez mais os salários da evolução dos preços; c) Há significativa movimentação dos pesos entre as rubricas básicas gerada pelos efeitos e distorção da política econômica, provocando dificuldades sociais à população de baixa renda e d) A identificação de um indicador de preços equilibrado (para correção salarial), poderia atenuar os indesejáveis efeitos da inflação (teórica e prática) sobre as famílias de baixa renda, no sentido de que elas poderiam reaver parte dos níveis de compras, especialmente na rubrica alimentação.

Outra questão relevante se refere a permanente discussão de que, em época de temporada, uma vez que a cidade de Guarujá tem o seu talento natural apoiado no turismo, os custos de produtos e serviços são elevados, ocasionando o afastamento do turista das compras.

Esses contínuos questionamentos e a importância desses indicadores para os profissionais e administradores, conforme mostra PAIXÃO (2002), é que motivaram a realização deste trabalho, que contém pelo menos quatro objetivos principais.

a) Instalar um indicador de custo de vida para a cidade de Guarujá, que seja compatível com os preços reais que interferem na vida cotidiana dos moradores e turistas que visitam a cidade de Guarujá. Aferir se o custo de vida para as famílias com ganho mensal de até cinco salários mínimos corresponde, de fato, aos indicadores de inflação adotados pelo governo;

b) Sensibilizar órgãos públicos, privados e entidades voltadas ao atendimento social, para a reflexão e adoção de políticas capazes de sensibilizar os agentes formadores de preços, de modo a evitar a prática de reajuste de preços, em épocas de temporada e em outras ocasiões, transmitindo confiabilidade aos turistas e moradores da cidade de Guarujá;

c) Desenvolver a cultura e o potencial da pesquisa científica dos alunos da UNAERP Campus Guarujá, possibilitando um aprendizado prático, permitindo a manipulação de indicadores econômicos e sociais;

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d) Divulgar os resultados, sistematicamente, na mídia regional, eletrônica, falada e escrita,

c

onscientizando a população guarujaense sobre a inflação real da cidade, que muitas vezes passa da média nacional, e portanto, com incrementos abusivos nos preços. Estudar os efeitos desse índice sobre a faixa de renda em estudo, comparando-o com alguns dos indicadores oficiais, calculados e publicados por instituições de reconhecida idoneidade.

2 Metodologia

Foram considerados os seguintes elementos para a determinação do índice do custo de vida da cidade de Guarujá.

2.1. Renda familiar. Os cálculos foram baseados em famílias com renda

familiar de até cinco salários mínimos.

2.2. Rubricas para a pesquisa de preços. Foram consideradas as seguintes

rubricas consagradas para a determinação indicadores de preços: Alimentação, Despesas Pessoais, Educação, Habitação, Saúde, Transporte e Vestuário. São destacados alguns grupos de produtos e serviços que compõem cada rubrica: Alimentação - cereais, vegetais, enlatados, embutidos e carnes em geral; Despesas Pessoais - lazer e higiene pessoal; Educação - mensalidades e materiais escolares; Habitação - produtos de limpeza, hotelaria, aluguel, gás de cozinha e eletrodomésticos; Saúde - medicamentos, consultas médicas e planos de saúde; Transporte - combustível, passagem aérea, ônibus urbano e carros populares e Vestuário - calçados e roupas em geral. Os produtos e serviços inclusos nesses grupos são considerados essenciais para a sobrevivência dos guarujaenses, possuidores de renda mensal até cinco salários mínimos.

2.3. Produtos, serviços e preços. Para a pesquisa no mercado fornecedor,

foram definidas três fontes dos produtos e serviços catalogados, instalados na região de consumo da preferência das famílias na faixa de renda estipulada. Dessas fontes, obtém-se a média de preços, os quais são comparados de um mês para o outro.

2.4 Pesos dos produtos, serviços e rubricas. Foram considerados os pesos

das rubricas, de acordo com os cálculos do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, conforme a Tabela 1.

Rubrica Peso (%) Alimentação 30 Habitação 27 Educação 3 Transporte 17 Despesas Pessoais 9 Saúde 9 Vestuário 5

Tabela 1 – Rubricas e Pesos

2.5. Coleta de dados, cálculo e divulgação dos resultados. A coleta dos

dados foi realizada mensalmente, em geral, no final do mês, sendo que os cálculos foram realizados em seguida e a divulgação, até o dia 15 do mês subsequente.

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3. Resultados e discussão.

3.1. Primeiro relatório: Índice do custo de vida referente ao segundo trimestre de 2004 (abril, maio e junho).

O primeiro relatório com o cálculo do índice do custo de vida – ICV Unaerp Jr., foi divulgado em 10 de agosto de 2004. Mostrou que o índice custo de vida para famílias que tem a renda até R$ 1.300,00 (cinco salários mínimos) havia tido um acréscimo de 2,75% nos preços de produtos e serviços no segundo trimestre de 2004. Em abril de 2004, o índice apurado foi de 1,32%. Em maio, houve uma desaceleração da inflação no Guarujá e o índice calculado atingiu 0,47% . No mês de junho observou-se novamente uma aceleração no custo das rubricas, apresentando um indicador de elevação de 0,94%. Considerando-se outros indicadores de preços, observa-se que na cidade de Guarujá, o ICV Unaerp Jr., acumulado no observa-segundo trimestre de 2004, foi de 2,75%. Ficou em segundo lugar no impacto causado na elevação dos preços de produtos e serviços, sendo que apenas o IGP-M é que foi mais elevado, com 3,95%, conforme mostra a Tabela 2.

Na prática o índice calculado indicou que o gasto das famílias com renda de R$ 1.300,00 apresentara uma perda de 2,75%, isto é, de R$ 35,75, obrigando a família a reduzir ou substituir produtos no seu rol de consumo ou até mesmo ampliar a sua renda para manter o mesmo padrão.

ÍNDICES (%) IGP-M 3,95 ICV UNAERP Jr. 2,75 ICV – ORDEM 1,99 ICV – DIEESE 1,61 INPC – IBGE 1,31

Tabela 2 – Principais índices de preços.

3.2. ICV – Unaerp Jr. – mês de julho de 2004.

No mês de julho, o custo de vida em Guarujá foi de 0,58%. Observou-se que a rubrica Alimentação sofreu uma deflação (redução de preços) de 0,20%, o que não significa que esse decréscimo se deu em todos os itens pesquisados, pois produtos como tomate, brócolis e biscoitos sofreram aumentos de preços significativos. A rubrica Despesas Pessoais sofreu elevação de custos da ordem de 0,27%. A Educação apresentou alta de preços de 0,10%. A rubrica Habitação contribuiu com um acréscimo de 0,32% no custo de vida, sobretudo no gás de cozinha, mensalidade de conta telefônica e produtos de limpeza. A Saúde foi onerada com 0,24%. O Transporte contribuiu com o custo de 0,47%. O Vestuário apresentou redução de custos de 0,62%, face ao lançamento de campanhas promocionais. Na Tabela 3, observa-se a comparação entre os principais indicadores. O acumulado do custo de vida em Guarujá, nos meses de abril a julho, foi de 3,35%, que aplicados sobre o salário inicial de R$ 1.300,00, representa uma perda de R$ 43,55.

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ÍNDICES (%) IGP-M 1,31 ICV - UNAERP Jr. 0,58 ICV – ORDEM 0,40 ICV – DIEESE 1,21 INPC – IBGE 0,73

Tabela 3 – Principais índices de preços.

3.3. ICV – Unaerp Jr. – mês de agosto de 2004.

No mês de agosto o custo de vida teve um acréscimo de 1,27%. A rubrica Alimentação foi a que mais contribuiu para a elevação da inflação, que apresentou um aumento de 2,02%, com destaque para os produtos: palmito, gengibre, limão e maçã. Embora tenha ocorrido uma inflação, alguns produtos apresentaram redução de preços, como: abobrinha italiana, tomate, canela em pó e ervilha em lata. Em Despesas Pessoais, foi constatada uma elevação de custos da ordem de 0,33%. Na rubrica Educação, foi constatada a elevação de custos em 0,0046%, nos preços de material escolar. Na rubrica Habitação observa-se uma deflação de 0,56%, principalmente em produtos de limpeza. A Saúde foi onerada com 0,18%, sobretudo em planos de saúde. O Transporte contribuiu com o custo de 0,28%. O Vestuário apresentou redução de custos de 0,98%, face ao lançamento de campanhas promocionais proveniente de liquidação de estoques de inverno. Na Tabela 4, verifica-se a comparação entre os principais indicadores. ÍNDICES (%) IGPM 1,22 ICV - UNAERP Jr. 1,27 ICV – ORDEM 1,08 ICV – DIEESE 0,69 INPC – IBGE 0,50

Tabela 4 – Principais índices de preços.

O acumulado entre os meses de abril a agosto alcançou 4,66%, que aplicados sobre o salário inicial de R$ 1.300,00, representa uma perda de R$ 60,06.

3.4. ICV – Unaerp Jr. – mês de setembro de 2004.

No mês de setembro o custo de vida teve um acréscimo de 0,50%. A rubrica Alimentação teve uma redução de preços de 0,75%, verificada nos seguintes produtos: café, queijos, abobrinha italiana, alface, batata, beterraba, brócolis e cebola. Porém observa-se elevação de preços em alguns produtos, como: sal, vinagre, cervejas, mandioca, limão e maracujá. Em Despesas Pessoais, foi constatada queda nos custos da ordem de 1,19%. Na rubrica Educação, o aumento dos preços foi da ordem de 0,015%, nos preços de material escolar. Na rubrica Habitação o custo foi acrescido em 1,26%, nos aluguéis e produtos de limpeza. A Saúde inflacionou em 0,026%,

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nos medicamentos. O Transporte foi reduzido em 0,02%, em função de promoções na venda de combustíveis. Em compensação, os preços dos veículos subiram cerca de 0,07%. O Vestuário apresentou aumento de custos de 0,62%, devido ao lançamento da coleção da primavera. Os principais indicadores são comparados na Tabela 5.

Constatou-se, no mês de setembro, o procedimento que vem se discutindo há anos, na cidade de Guarujá. No período de feriados em geral, onde o contingente de pessoas é maior, os comerciantes vêm como alternativa lucrativa aumentar abusivamente seus preços, de forma que compense os meses que apresentaram uma lucratividade relativamente baixa. Um exemplo é o que ocorreu no mês de setembro, com feriado prolongado da semana da Pátria, que funcionou como uma amostra da temporada de 2004/2005. Foi possível registrar algumas atitudes no meio empresarial que merecem destaque. Alguns empresários mantiveram ou reduziram os preços dos produtos e ou serviços comercializados. Aqueles que agiram dessa forma acertaram, pois tornou o turista feliz, estimulou as vendas e provavelmente obteve maior volume de vendas. E, conforme ensinam os pesquisadores de administração financeira, com o aumento do giro do capital, fatalmente, a margem operacional líquida também aumentou e, conseqüentemente, o retorno do capital é mais rápido. O empresário que aumentou os preços errou novamente, afastando cada vez mais o turista, que vai perdendo a credibilidade na cidade de Guarujá. Sabe-se que um número significativo de turistas adquirem seus produtos em redes de distribuidores instaladas ao longo das principais rodovias, evitando adquirir produtos majorados pela pressão da procura. As ações de manutenção e de redução de preços, dentro do possível, devem ser estimuladas, no sentido de que Guarujá possa resgatar a credibilidade junto aos turistas de todo o país. O acumulado entre os meses de abril a setembro alcançou 5,18%, que aplicados sobre o salário inicial de R$ 1.300,00, representa uma perda de R$ 67,40.

ÍNDICES (%) IGPM 0,69 ICV - UNAERP Jr. 0,50 ICV – ORDEM 0,25 ICV – DIEESE 0,29 INPC – IBGE 0,17

Tabela 5 – Principais índices de preços.

3.5. ICV – Unaerp Jr. – mês de outubro de 2004.

O custo de vida para famílias que tem a renda até R$ 1.300,00 (cinco salários mínimos) teve um acréscimo de 2,81% nos preços de produtos e serviços no mês de outubro de 2004. A rubrica Alimentação foi a que mais contribuiu para o aumento do índice. Sua elevação de 1,60% ficou comprovada nos produtos: café, feijão, atum enlatado, cogumelo, doce de amendoim, carne bovina, carne de frango, condimentos, chás, congelados de frango, lingüiça suína, manteigas, abobrinha italiana, batata doce,

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couve-flor, mandioquinha, vagem, banana, mexerica e morango. Apesar do aumento geral nos preços dessa rubrica, houve redução de preços em alguns produtos, como: fubá, vinagre, macarrão, extrato de tomate, refrigerantes, berinjela, jiló, mandioca, ovos, pepino e tomate. Em Despesas Pessoais, foi constatada redução nos custos da ordem de 0,043%, como nos serviços oferecidos pelos salões de beleza; mas alguns produtos tiveram seu custo elevado: pilhas, toalha de papel, absorventes, escova dental e sabonetes em geral. Na rubrica Educação, houve a elevação de 0,069%, em relação a preços de alguns materiais escolares. Na rubrica Habitação, o custo foi acrescido em 0,69%, ocasionado pelos aluguéis e hotelaria (provenientes dos feriados prolongados); foram elevados também os preços de alguns produtos de limpeza, como é o caso de ceras líquidas, esponjas, sacos para lixo e sabão de coco. O Transporte foi elevado em 0,21%, em função do aumento nos preços dos combustíveis. Os carros populares apresentaram queda de 0,0038%; em função de promoções. O Vestuário apresentou aumento de custos de 0,27%.

É relevante destacar, que o acumulado entre os meses de abril a outubro, alcança 8,14%, que aplicados sobre o salário inicial de R$ 1.300,00, representa uma perda de R$ 105,82. Esse valor representa o volume de compras que a família deixa de consumir. Em geral, as famílias reduzem a qualidade das compras ou há substituição de produtos e serviços, para se adequarem a sua capacidade de aquisição.

A elevação do Custo de Vida, em 2,81%, em outubro, comprova uma flutuação do mercado, que vem se discutindo há muitos anos na cidade. Os preços, de fato, sobem ou não, em épocas de temporada? Bastou termos a possibilidade de duas mini temporadas em outubro, para que os preços disparassem. Constatamos remarcações sem precedentes: alguns alimentos tiveram seus preços duplicados. Novamente destaca-se a necessidade de que os segmentos empresariais da cidade reflitam sobre esses preços, pois, ao mesmo tempo em que temos um recorde de custo de vida em Guarujá, o Dieese anuncia a redução do valor da cesta básica em 14 capitais brasileiras. Ações estratégicas e de política de preços devem ser adotadas, urgente e com rigor, evitando que venhamos a perder turistas. Na revista Exame, de 13 de outubro de 2004, foi apresentado um estudo mostrando porque os turistas preferem países campeões de turismo, como o México, a Tailândia e Dubai (pequeno país, no Golfo Pérsico, com pouco mais de 1 milhão de habitantes). Há lições que podemos aproveitar, oferecendo serviços de melhor qualidade e preços justos. A conquista da credibilidade e respeito ao turista, são pontos essenciais para ampliarmos o talento natural de Guarujá, que é o turismo. Na Tabela 6, observa-se o incremento de preços na cidade de Guarujá, que corresponde a 4,5 vezes, o maior índice no mês, referente ao INPC – IBGE.

ÍNDICES (%)

IGPM 0,39

UNAERP Jr. 2,81

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ICV – DIEESE 0,53

INPC – IBGE 0,62

Tabela 6 – Principais índices de preços.

A evolução do índice ICV - Unaerp Jr. pode ser verificado conforme o Gráfico 1.

Evolução ICV - Unaerp Júnior

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 Abr il Mai o Junh o Julh o Ago sto Set embr o Out ubro Meses Ín d ic e s

Gráfico 1 – Evolução Índice 4. Conclusões.

Conforme o cronograma, e metodologia adotados para a realização desta pesquisa, foi possível determinar o índice do custo de vida – ICV – Unaerp Jr., para a cidade de Guarujá. Do mês de abril a outubro de 2004, o índice acumulado atingiu 8,14%. O significado desse indicador, para as famílias que têm renda média de R$ 1.300,00, mostra que a perda do poder de compra foi de R$ 105,82. Esse fato significa que, na impossibilidade da família aumentar a renda nessa proporção e em tão pouco espaço de tempo, teria que sacrificar a compra de alguma rubrica, dando lugar a aquisições prioritárias. Em relação à prática de preços abusivos, em época de temporadas, ficou comprado que nas mini temporadas referentes ao mês de outubro, os preços no Guarujá subiram 2,81%, o que significa relevante impacto nos preços, pois o índice mais significativo, que foi o do INPC- IBGE, ficou em 0,62%, cinco vezes inferior ao praticado na cidade de Guarujá.

5. Referências citadas e selecionadas.

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