CESAR JOSE
EFEITO DO N A BIOLOGIA DO BICHO-MINEIRO-DO-CAFEEIRO,
Federal de Vicosa,
comoParte das Tese Apresentada Universidade Exigências do Curso de
para do
Título de "Magister
ßERAIS - BRASIL
DEZEMBRO - 1991
i mãe.
AGRADECIMENTOS
Empresa de Pesquisa
e Universidade Federal de pela oportunidade de realizar este curso.
Ao Professor
J o s éOscar Gomes de Lima, pela
Ao Professor Braga Rena, pelas valiosas sugestões.
Aos Professores do Departamento de Biologia Animal, pelos ensinamentos.
Ao
Departamento de Fitopatologia, na pessoa do Professor Laércio pelo fornecimento das mudas.
Ao Professor
pelosesclarecimentos e pronto atendimento.
colega Filho, pela ajuda nas
estatísticas .
colegas de curso, pelo convívio.
Machado, pelo auxílio.
Aos
amigos Sebastião de e
JoséLopes Gomes, pela hospitalidade.
Ester, minha esposa, pela compreensão.
A
todos que contribuíram, direta ou indiretamente,
para a desta tese.
BIOGRAFIA
Cesar
JoséFanton, filho de Fanton e
Isabel Fanton, nasceu em
SãoPaulo, em 27 de outubro de 1958.
Em 1977, iniciou
ocurso de Engenharia Agronômica na Escola Superior de Agricultura de - da
Universidade de São Paulo, em formando-se em julho de 1981.
Em 1984, foi contratado pela Empresa d e Pesquisa
Em agosto de 1986. iniciou
oCurso de em na Universidade Federal
deVicosa
V
EXTRATO . . .
.
. . .
2
.DE LITERATURA . . . 3
3 . MATERIAL E METODOS . . . 7
3.1. Experimento I . . . 10
3.2. Experimento . . . 12
Experimento . . . 13
4 . RESULTADOS E . . . 15
. RESUMO E . . . 26
BIBLIOGRAFIA . . . 28
v i
EXTRATO
Cesar
José, M . S . ,Universidade Federal de Viçosa,
Dezembro de 1991. Efeito do na do
Bicho-Mineiro-do-Cafeeiro, feel
aOscar Gomes de Lima. Professores Conselheiros:
(Lepidoptera: Professor Orientador:
JoséRena e
JoséAlberto
Estudos foram conduzidos, em casa de vegetação, com a finalidade
d ese verificar o efeito do sobre o ciclo biológico
dobicho-mineiro-do-cafeeiro
(Lepidoptera: em Viçosa. e
E m mudas de café dos cultivares
e Mundo Novo submetidas a estresse
observaram-se a duração e a mortalidade d o s
períodos larval e pupal, o consumo foliar e a longevidade
dos adultos.
quando as larvas se desenvolveram em m u d a s do cultivar Mundo Novo submetidas a estresse
Não
se verificou nos demais
avaliados, e as observadas entre características
da planta e biológicas do inseto não permitiram
conclusivas sobre n a planta, que
afetaram o desenvolvimento do bicho-mineiro-do-cafeeiro.
l .
O bicho-mineiro-do-cafeeiro
(Lepidoptera:
constatado no Brasil em 1850, atualmente encontra-se disseminado por todas a 5 regiões
brasileiras (GALLO u,
O cafeeiro é danificado pelas larvas originadas de ovos depositados, na face superior das folhas, por pequenas mariposas prateadas.
Aoa larva penetra diretamente n o da folha, do qual passa a se alimentar.
medida que a larva
sealimenta e
s edesenvolve, a cutícula
na área atacada vai secando, formando na folha uma lesão,
característica do
Aocompletar seu desenvolvimento, a
'larva perfura a cutícula superior, vindo para o exterior,
onde s e transforma crisálida, geralmente na face inferior
das folhas, dentro de um casulo constituído de um emaranhado
de fios de seda em forma de
" X " .O ciclo evolutivo se
completa quando da crisálida emerge a mariposa
(LE 1968).A da capacidade fotossintética,
p e l olesiona- e desprendimento mais rápido das folhas, prejudica
aprodutividade do cafeeiro. S e esta
édrástica, seve- ros prejuízos poderão para os cafeicultores, tendo sido constatada a queda de até na de plantas não-tratadas com inseticidas, em comparacão com planta tra-
tadas u,
1976).Em geral, tem sido constatada maior severidade do ataque do na época seca
doano
(REIS u,
1975;VILLACORTA.
1980; 1990).A influência de fatores como a
e
a umidade do ar, sobre
ociclo do já foi estudada (PARRA, e há indícios de que a falta de umidade do solo tem influência no ataque
do(FERREIRA
1983;
u,
Realizou-se este trabalho para verificar se o
se a que são submetidos os cafeeiros, afeta algumas
características do e se estas poderiam ser
correlacionadas com a s
d ecertas característi-
cas fisiológicas da planta, por este estresse.
LITERATURA
aumento do nas lavouras sempre foi associado a períodos de estiagem e a anos de seca pronuncia- da
aponto de se acreditar que a estiagem seria mais significativa na redução da produção do cafeeiro do que o ataque do BHC Dentro de uma mesma lavoura,
p o n t a smais altos e expostos à ação dessecante dos ventos sofrem mais severa da praga
1947) .
A
partir de 1970, contudo, a observar ele- vadas populações do
BHC,tanto na seca quanto na chuvosa. Acredita-se que isso se deva,
introduzidas na da cultura, em decor- rência da introdução, no Brasil, da ferrugem-do-cafeeiro,
doença causada pelo fungo
8(PARRA,
1975). Dentre estas modificações, o maior
to entre plantas. alterando o favorece o
3
d e s e n v o l v i m e n t o d o i n s e t o (PARRA, Também a
de p r e j u d i c a o c o n t r o l e e x e r -
c i d o p e l o complexo de i n i m i g o s n a t u r a i s do
u,
1 9 7 6 ) .D i v e r s o s t r a b a l h o s de d e t e r m i n a c ã o da f l u t u a c ã o
do c o n f i r m a m sua m a i o r o c o r r ê n c i a n a época seca d o ano, em d i v e r s a s r e g i õ e s p r o d u t o r a s , como G e r a i s
(REIS P a r a n á (VILLACORTA, E s p í r i t o
S a n t o
u,
eCeará
(MACHADO
1 9 7 8 ) . Em o u t r o s p a i s e s p r o d u t o r e s , e s t e f a t o se r e g i s t r a em P o r t o R i c o Guate-mala 1966; CAMPBELL
& =,
1967) e C o s t a R i c a(HAMILTON, 1 9 6 7 ) .
F a t o r e s e podem a l t e r a r a q u a l i -
dade do a l i m e n t o , a f e t a n d o o d e s e n v o l v i m e n t o do i n s e t o ao i n f l u i r n a f i s i o l o g i a do d e s e n v o l v i m e n t o e,
t e , n o n í v e l do mesmo ( O L I V E I R A , 1 9 8 7 ) . A d u r a c ã o d o c i c l o b i o l ó g i c o do BHC, p o r exemplo, d i m i n u i com a da t e m p e r a t u r a . A t e m p e r a t u r a i d e a l p a r a o s e u d e s e n v o l v i m e n t o é de A umidade do a r , p o r sua vez, não tem q u a l q u e r i n f l u ê n c i a s o b r e o seu d e s e n v o l v i m e n t o ( P A R R A .
O d e s e n v o l v e u - s e m a i s r a p i d a m e n t e n o c u l t i v a r do que n o Hundo Novo, e, i n t e r m e d i a r i a m e n t e , e n t r e e s t e s , n o c u l t i v a r Nos t r ê s c u l t i v a r e s , o c i c l o d i m i n u i u n o p e r í o d o chuvoso, n o q u a l a s t e m p e r a t u r a s foram
m a i s e l e v a d a s e PARRA, 1977). Na seca, as
p l a n t a s que r e c e b e r a m N e f o r a m menos a t a c a d a s p e l o BHC.
No p e r í o d o chuvoso, a s p l a n t a s que receberam P f o r a m m a i s
5
atacadas, e as que receberam menos atacadas. O
Pnão teve nenhum efeito na intensidade do ataque n a época seca, assim como o N na época chuvosa. Os e Zinco,
influenciaram no ataque do (PARRA,
O efeito da deficiência sobre o desenvolvi- mento do BHC
nãofoi ainda elucidado, mas h á de
que plantas submetidas a estresse são mais
das, pois em mudas lesões
sãomaiores, e verificou-se maior viabilidade larval do que em mudas
Nestas não se observou dife- entre a de cafeeiros que receberam chuva simulada e a daqueles irrigados diretamente no solo, sem molhar as folhas, indicando ser o fator mais importante a
de no solo que a ocorrência de pluvial (FERREIRA 1983). Isto confirma a
de que plantas mal nutridas e submetidas a eventual defi- ciência estão predispostas ao ataque do
(FONSECA, 1944; 1963; GALLO,
O mecanismo de do estresse afetando a inseto-planta, tem sido mais estudado em
cão aos efeitos que este provoca nos insetos, sendo escassos os estudos relativos a quais são as
cas ou estruturais induzidas nas plantas que interferem na biologia dos insetos. No que ao efeito nos insetos, os pulgões têm sido os mais estudados e
O acompanhamento de colônias de
em plantas de irrigadas e não-irrigadas indicou que
s u a r e p r o d u ç ã o n ã o
f o ia f e t a d a
p e l ad e f i c i ê n c i a
1 9 6 2 ) .Em t r i g o , o b s e r v o u - s e maior d e n s i d a d e d e em p l a n t a s s u b m e t i d a s a estresse
u, C o n t r a r i a m e n t e , o u t r o p u l g ã o , t e v e s u a d i m i n u i d a q u a n d o c o l o - n i z o u p l a n t a s
d et r i g o com d e f i c i ê n c i a
Da
d et r ê s p l a n t a s h o s p e d e
Calendula
com t r ê s e s p é c i e s
d e p u l g õ e s ,o b s e r v o u - s e c o m p o r t a m e n t o d i f e r e n c i a d o : n ã o s o f r e u n e n h u m e f e i t o
d a d e f i -c i ê n c i a t e v e
d i m i -n u í d a com o a u m e n t o
d oe s t r e s s e e
t e v e a u m e n t a d a com estresse moderado e d i m i n u í d o com estresse e l e v a d o (WEARING e VAN
E x i s t e um n i v e l c r í t i c o
d ee s t r e s s e
p a r ae m
t r i g o ,a p a r t i r
d ot a n t o a q u a n t o a l o n g e v i d a d e d e s t e s i n s e t o s sofrem
cão
u,
d a n i f i c a mais a s
s u b m e t i d a s
a estresse e
As
l a g a r t a s
d eq u a n d o a l i m e n t a -
d a s
com
f o l h a s d ec e r e j e i r a s i l v e s t r e
comb a i x o t e o r
d et i v e r a m s u a t a x a d e c r e s c i m e n t o r e d u z i d a e a d u r a c ã o d o c i c l o a u m e n t a d a n o s q u a r t o e q u i n t o i n s t a r e s
1 9 7 7 ) .
3. MATERIAL
EMETODOS
No periodo de outubro de 1988 a dezembro de 1989, foram realizados três experimentos em casa-de-vegetacão do Departamento de Biologia Animal, no campus da Universidade
Federal de e
Atemperatura foi
em 25
2mas a umidade e a luminosidade não foram controladas no interior da de
Foram utilizadas mudas de dos cultivares (linhagem 2877-2-5-44) Hundo Novo (linhagem 4-32).
Para os experimentos I 11, mudas com idade aproxi- mada de dois anos, dos dois cultivares, foram plantadas em vasos de 19 c m x 15 contendo uma quantidade de solo, cujo peso era registrado. Para
o111, entretanto, as mudas do cultivar Hundo Novo foram utilizadas com o de de idade aproximada de oito meses.
7
O solo, utilizado nos vasos para plantio das mudas, constituiu-se da mistura de três partes de e uma parte de esterco de curral, curtido. Adicionaram-se mistu-
ra 3 de simples e
k gde
depotássio por metro cúbico de mistura Amostras da mistura foram retiradas para a análise de fertilidade (Quadro e a determinacão da curva de de umidade (Figura
QUADRO
1 - Resultados da Análise de Fertilidade de
Amostras da Mistura do Solo Utilizado nos Experimentos
P K
128 850 2 . 8
9
O W
x
a
Y
3
a
a
W OO U
21.26
933
-1.9 POTENCIAL
FIGURA
-
C u r v a d e d e Umidade d a M i s t u r a doSolo
coletando-se, semanalmente, folhas lesionadas e com pupas em cafezais no município de Para dos adultos, recortes de folhas com a s pupas coletadas no campo foram colocados em placas de Petri plásticas; a s folhas lesionadas foram colocadas em bandejas plásticas. Aguardava- s e a de pupas, e a cada dois dias a s folhas com a s pupas eram recortadas e também colocadas em placas de Petri plásticas. Os adultos obtidos foram transferidos para a casa de e liberados em duas gaiolas de madeira cm x 80 cm x
80cm), revestidas de tecido de malha fina. Nestas gaiolas, a s mudas de café foram submetidas i
Para a dos insetos. Tais mudas foram
a cada dois dias. todos os adultos utilizados nos experimentos provieram de larvas criadas em casa de
cão,
e, portanto, tiveram a s mesmas de ambiente e
3.1.
Para avaliar o efeito d a umidade do
s o l oem certas características biológicas do o delineamento experimen- tal foi em blocos casualizados num esquema fatorial. Utili- zaram-se dois cultivares e Mundo Novo) e quatro tratamentos (níveis de umidade no solo), com seis
sendo cada unidade constituida por uma
muda.
Os diferentes níveis de umidade do solo, foram obti- dos de uma curva de de umidade (Figura
d aseguinte maneira: conhecidos os pesos dos vasos e da mistura
de
s o l oneles contida e estimando-se o peso médio das mudas,
mediante pesagem de três mudas de porte semelhante, os diferentes níveis de umidade do solo foram estabelecidos pela de peso. Considerando o ponto como aquele em que o solo teria a máxima quantidade de ásua disponível plantas (capacidade de campo) e o ponto
6aquele em que
aplanta já não retira ásua do solo (ponto de murcha permanen- te), estabeleceram-se níveis intermediários de umidade do solo, expressos em percentagem do peso total
dosolo.
Os tratamentos, procurando simular a s
naturais em que o nível de umidade do solo diminui até que ocorra a foram assim definidos:
- Tratamento i : do ponto i a o NI
I a
- Tratamento
2 :do ponto
iao NI
2 ( 2 7 . 2a
- Tratamento 3: do ponto i a o NI 3 a e Tratamento 4:
do ponto I a o ponto
6 ( 2 7 . 2 a
As
mudas eram pesadas três vezes a o dia, e sempre que a umidade do solo atingia o nível mínimo, respectivo
acada tratamento, adicionava-se a o vaso até que o mesmo atingisse o peso do nível inicial.
mudas foram infestadas em gaiolas, dentro das quais foram liberados os adultos do dois dias, elas eram retiradas e os ovos em excesso nas folhas, elimi- nados com estiletes. deixando-çe apenas um
ovopor postura.
.
Foram avaliadas cinco biológicas do duracão do período larval (tempo de desenvolvimento das larvas, da i transformacão em pupa, em dias);
duracão do período pupal (tempo de duracão do período pupal, da transformacão em pupa i emergência do adulto, em dias); mortalidade larval (larvas que morreram, não s e transformando em pupas, em
Xdo número inicial de larvas);
mortalidade pupal (pupas que morreram, não originando adultos, em
Xd o número inicial de pupas), e consumo foliar (área foliar consumida pelas larvas, em , medidas com em papel onde eram copiadas a s lesões).
2
3 . 2 .
O delineamento experimental foi o de blocos
em esquema fatorial, constando de dois cultivares e Mundo Novo) e cinco tratamentos (cinco faixas de umidade do com quatro
As
mudas foram semelhantes is do Experimento I e calculou-se o teor de ásua no com base na curva de de umidade.
Aforma de infestar a s mudas, as características biológicas do avaliadas e a s faixas de umidade do foram a s mesmas do Experimento I .
Aocontrá- rio do Experimento I, em que para os diferentes tratamentos partia-se da capacidade de de umidade, adi- cionando-se toda vez que
seatingia um nível
neste experimento a s mudas foram, permanentemente,
n o solo
comum nível fixo de faixa de umidade.
13
Sempre que o solo atingia o limite inferior da faixa d e umidade fixada para cada tratamento, ele era irrigado a o ponto d o limite superior desta:
- Tratamento 1: do ponto ao NI 1 (27.2 a
- Tratamento 2: d o NI
1a o NI 2 a
- Tratamento 3: do NI 2 a o NI 3 a
- Tratamento
4 :d o NI 3 ao ponto
6a e
- Tratamento 5: d o NI 3 ao ponto d e a planta apresentar murcha severa.
Este experimento foi realizado para s e averiguar se possíveis d e características fisiológicas (potencial aminoácidos livres, livre, solúveis e amido), induzidas n a s plantas por dois regimes d e poderiam ser relacionadas a certas Características biológicas d o (período larval e pupal, mortalidade larval e pupal e longevidade d o adulto).
Foram utilizadas mudas d o cultivar Mundo Novo, com oito meses d e idade, infestadas da maneira descrita no Experimento I. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com dois tratamentos e trinta e s e i s
ç õ a s ,
sendo cada unidade experimental constituída uma
muda.
No
tratamento a s mudas eram irrigadas diariamente
ao ponto d e máxima de umidade d o solo. N o segundo
tratamento, esperava-se a s plantas apresentarem murcha
severa para, então, irrigá-las o m í n i m o necessário para mantê-las vivas.
Para se determinar a s das característi- c a s fisiológicas da planta, para cada tratamento, escolhe- ram-se vinte mudas dentre a s 36 utilizadas na determinacão das características biológicas do sendo dez amostradas
no início
doperíodo larval e dez no término deste.
Aconsistiu na retirada do segundo par
d efolhas, completamente desenvolvido, a partir do ápice da planta. Nas duas folhas determinava-se o potencial
e,com um perfurador de rolhas, retiravam-se quatro discos de cada folha, evitando-se a s Estes discos eram pesados e a seguir em
2da mistura contendo
e
mantidos a
-15°C omomen- to das análises (RENA e
1 9 7 6 ) .O
potencial foi determinado meio de bomba
de
p r e s s ã o 1 9 6 5 ) . Ade
cares seguiu a metodologia descrita por Rena e e a de amido, por
modificadas por de aminoácidos
seguiu a metodologia descrita por
( 1 9 7 3 ) ea de livre, por Messes modificadas por R E N A e
( 1 9 7 6 ) .
4 . RESULTADOS E
dados d a s características biológicas do
BHC,ava- liadas nos Experimentos e em de diferentes níveis de umidade do s o l o , constam nos Quadros
2, 3e
4 ,respectivamente.
Aanálise de nos Experimentos I e
não apresentou valores de F significativos, a de probabilidade, para os tratamentos, os cultivares e para a
tratamentos x cultivares.
Observa-se pelo Quadro 4 que houve significa- tiva dos períodos larval e pupal com o estresse
porém a longevidade dos adultos e a s mortalidades larval e pupal não foram, significativamente, afetadas pelo mesmo.
Efetuou-se então a da tratamentos
xcultivares no Experimento I, que apresentou valor de F mais 'próximo da a de probabilidade, para os
valores dos períodos larval
epupal.
Cultivares
eMundo Novo
emCasa de
Periodo Dias) X
--_____--_-____-____---
Unidade do Solo Larval Pupal Larval Pupal
c
C C C27.2 a X 6.61 81.47
a 23.8 X 26.61 13.63 94.43
27.2 a 12.11 12.17 84.85
27.2 X 11.38
A
de não apresentou valores
de Fsignificativos para os tratamentos, os cultivares e para a cultivares tratamentos
=número de insetos observados em cada unidade experimental variou de 14
a 92.Dados transformados para análise em
Yarco seno
17
QUADRO 3 - Características Biológicas do Bicho-Mineiro-do- Cafeeiro Desenvolvidas em Mudas de e
Mundo Novo em da Umidade do
Solo em Casa de
Periodo Dias)
XHortalidade
ConsumoUmidade
doSolo Larval Pupal Larval Pupal
C C C
C C
27.2 a
X11.29
6.2913.45 12.79
a X
a X
a X
6.14
a
murcha
severa
6,3213.53
A
Análise de não apresentou valores de F significativos para os tratamentos, os cultivares
epara a cultivares tratamentos
número de insetos observados por unidade experimental variou de 28 a
Dados transformados para análise em
Yarco seno
Irrigadas
Característica Irrigadas
Biológica Irrigadas
Período larval (dias) 12.32
A11.85 B
Período pupal (dias)
A 6.26B
de adultos 4.02
A AMortalidade larval
A22.96
AMortalidade pupal 7.95
A AO de insetos observados por unidade experimental variou de 4 a 49.
irrigadas diariamente ao ponto de máxima de umidade do s o l o .
sob
estresse (vide texto).
Médias seguidas da mesma letra, n a linha, não diferem,
estatisticamente, entre
si,pelo teste de
F1 9
A
de tratamentos por cultivares indicou que o periodo larval não foi afetado pelo nivel de
do solo no cultivar (Quadro No cultivar N
O V O, verificou-se significativa entre
extremos de umidade do solo. Para esse cultivar, então, periodo larval s e processaria mais em plantas subme- tidas a estresse (Quadro
Decompondo-se os valores do periodo larval nos culti- vares por tratamento, só s e observa contraste entre estes valores para o nivel de menor umidade no solo (Tratamento o que indica que o periodo larval menor nas mudas do cultivar Hundo Novo do que nas do quando estas estiverem submetidas a estresse (Quadro
O Quadro
6 apresentaos dados de dos valores do periodo pupal para a tratamentos x cultivares e vice-versa. Dentro do mesmo cultivar, o nivel de umidade do solo não altera, significativamente, o periodo pupal (Quadro Dentro do mesmo nivel de umidade do solo, só foi detectada significativa entre os cultivares para a faixa d e maior umidade do solo, indicando que o periodo pupal seria mais rápido n o cultivar Hundo Novo, resultado que não coincide com o registrado na literatura
e PARRA,
1 9 7 7 ) .Em trabalho realizado em
de campo, esses autores observaram um periodo pupal mais
curto n o cultivar embora a não fosse,
estatisticamente, significativa e menos pronunciada no
verão. O fato do presente trabalho ter sido conduzido
emcontroladas e próximas da ideal para o
QUADRO
5- de Tratamentos de Umidade n o S o l o ) por Cultivar, para os Valores do Período Larval,
em Dias,
no Experimento I
Período Larval,
emDias
X
de Umidade
M u n d o Novo
a
25.1 X 12.49 Aa
a
23.0 X Aab
a
20.9 X Aab
a
X bMédias seguidas pela mesma letra maiúscula. nas linhas, e minúsculas, nas colunas, não diferem entre si, pelo teste de Duncan
QUADRO 6 - de Tratamentos de
Umidade no Solo) por Cultivar, para Valores
doPeríodo Pupal, em Dias, no Experimento I
X
de Umidade
Período Pupal, em Dias
Mundo Novo
a 2 5 . 1 X 6.64
a
X 6.49a
Xi/ Médias seguidas pela mesma letra maiúscula, nas linhas,
eminúscula, nas colunas, não diferem entre si, pelo teste
de Duncan
21
desenvolvimento do inseto pode ter sido a causa
d ade resultados entre os dois trabalhos.
Os dados referentes características fisiológicas das plantas encontram-se no Quadro 7.
Por problemas de processamento em laboratório, o teor de amido só foi determinado em amostras de
16plantas.
A 5amostras das outras 24 plantas foram perdidas.
As
características fisiológicas das plantas que apre- sentaram com as características biológicas do estão apresentadas no Quadro 8.
Amaioria das
observadas foi entre o teor de amido presente nas folhas, determinacão foi prejudicada pelo pequeno número de plantas
eas diversas características biológicas do mas de maneira desuniforme. Para se afirmar que existe entre o teor de amido na folha e a duracão do período pupal, como s e registrou na situacão
1do trata- mento 1, esta também deveria se registrar n a situacão 2 do mesmo tratamento (em que as m u d a s eram irrigadas todos
05dias) e na situacão 1 do tratamento
2(quando o
a que as plantas foram submetidas ainda não tinha se iniciado), estas que não s e verificaram.
Ocorreu um de
livre nas mudas que foram continuamente irrigadas. Nas mudas não-irrigadas notou-se um pronunciado. ao 'contrário do que se encontra relatado por (1988).
O
valor final do teor de nas mudas não-irrigadas é
semelhante aos anteriormente relatados. Porém, tanto
valores iniciais, observados n a s mudas submetidas a ambos os
QUADRO 7 - Valores da Análise das Características Fisiológicas das Plantas Irrisadas
eIrrigadas, no Experimento
Plantas
Irrigadas Não-Irrigadas Periodo Larval Periodo Larval Inicio Final Média Inicio Final Mid
i a15,583 13,821 14,782
A13,821 14,547
A AS24,248 25,514 24,877
A25,514 23,223 23,992
APRO 2.272
4,8693,171
A 4,8693,663 8
Potencial A M
=Amido
AS
Solúveis
Aminoácidos P R O
=Livre
Médias seguidas pela mesma letra, na linha, não diferem,
estatisticamente, entre si, pelo teste de
F23 QUADRO - Valores
dod e entre a s características Fisiológicas d a s Plantas e a s Biológicas do Bicho-Mineiro-do-Cafeeiro
Mudas Periodo
Larval Características r
Irrigadas Inicio
xPeriodo Pupal
Amido
xMortalidade Pupal Irrigadas final
xMortalidade Larval Não-Irrigadas Início
xPeríodo Larval
x
Mortalidade Pupal Mio-Irrigadas Final
xPeríodo Pupal
regimes d e quanto o valor final d o teor de
na livre nas mudas irrigadas mostraram-se anormalmente elevados.
Há
vários fatores que podem ter concorrido para esses valores elevados,
poiso grau em que cada característica fisiológica da planta varia depende da severidade e
d o a que ela submetida, bem como d o estágio de desenvolvimento em que ela s e encontra e
Isto poderia explicar, também, porque foi mais evi-
denciada a observada na duracão dos períodos lar-
val
epupal em mudas mais novas de um determinado cultivar,
n o caso, o Mundo Novo. Segundo esses mesmos autores, outros
fatores podem favorecer insetos que
sealimentam de plantas
submetidas i deficiência como, por exemplo, alguns que aumentam a nessas plantas,
nitrogênio e podem torná-las mais atrativas e nutritivas, servindo de estimulantes à e de nutrientes Primários a o s insetos (MATTSON e
No presente trabalho, observou-se entre plantas irrigadas e não-irrigadas apenas no teor de
livre na folha e no potencial (Quadro Desco- nhece-se o papel da como nutriente primário ao BHC, mas sabe-se
quetal aminoácido é utilizado, como fonte de energia para vôo, por outros e CAMPBELL, 1969). Também a temperatura dessas plantas, comumente de 2 a superior a de plantas bem-irrigadas, em virtude da menor taxa ou mesmo ausência de poderia fazer com
que,em alguns casos, insetos que nelas se desenvolvessem estivessem mais próximos da faixa de temperatura ótima ao
seudesenvolvimento (MATTSON e
Aos e desenvol- ver em temperaturas próximas da ideal, os insetos completam seu ciclo mais rapidamente, tornando-se problema mais sério s e for praga de alguma cultura (REIS e
SOUZA, 1986).Embora esses aspectos não tenham ainda sido estudados com ao cafeeiro e ao
jáfoi relatado que plan- t a s não-irrigadas foram mais infestadas que a s irrigadas, e que a infestacão aumenta medida que o fornecimento de
is plantas diminui (FERREIRA 1983). Observou-se,
também, maior viabilidade larval em mudas não-irrigadas,
proporcionando a de um número maior de pupas,
nestas mudas; e que a s larvas que s e desenvolveram nas mudas
25
não-irrigadas produziram lesões maiores, indicando maior consumo foliar em larvas que se desenvolveram em m u d a s irrigadas 1983). Os valores do consu- mo foliar e d a mortalidade larval nos experimentos deste trabalho não confirmam estas
Sugere-se que, em trabalhos futuros, com mudas de
maior porte e com plantas no campo, se possível, poder-se-ia
esclarecer esses aspectos, o que permitiria acompanhar o
desenvolvimento do partindo de diferentes graus de
severidade e de
doestresse a que a planta
pode ser ida.
Para verificar s e certas características biológicas do bicho-mineiro-do-cafeeiro (BHC),
são
influenciadas pela deficiência rea- lizaram-se dois experimentos com mudas de cafeeiro de dois cultivares, e Hundo Novo.
Asmudas, com idade aproxi- mada de dois anos, foram plantadas em vasos solos continham diferentes de umidade, da plena disponibi- lidade até o da falta de ásua plantas; e um terceiro experimento utilizando mudas d o cultivar Hundo Novo. com a
idade aproximada de oito meses, irrigadas e não-irrigadas.
Nessas mudas acompanhou-se o ciclo biológico do
tendo sido avaliada a duração dos periodos larval e pupal, bem como a mortalidade nessas duas fases e o consumo foliar, nos dois primeiros experimentos. No terceiro
avaliaram-se, com exceção do consumo foliar, a s mesmas características, além da longevidade dos adultos e da
24
27
existência
decorrelação entre os valores dessas
e os das Características fisiológicas da planta, como o potencial e os teores de açúcares solúveis, amido,
e de nas folhas.
Os períodos larval e pupal
dosão mais curtos em mudas do cultivar Mundo Novo, submetidas a deficiência não çe observando o mesmo em mudas do cultivar
O cultivar Hundo Novo 6 o mais indicado para estudos dessa natureza e mudas mais novas, em torno de oito meses
d eidade, são a s mais indicadas.
Não s e observaram diferenças significativas nas mor- talidades larval e pupal, no consumo foliar e na longevidade de adultos do BHC, desenvolvidos em mudas bem-irrigadas,
emrelação aos desenvolvidos em mudas submetidas a deficiência
Os resultados obtidos não permitem afirmar, conclusi-
vamente, s e existe correlação entre características
dociclo
biológico do BHC
efisiológicas
d aplanta.
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