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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

CONTROLE FOLIAR DE DOENÇAS E SEU EFEITO NA

PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DE GRÃO DE SOJA

FRANCIELE GONÇALVES DE OLIVEIRA

SINOP

MATO GROSSO - BRASIL

2017

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

CONTROLE FOLIAR DE DOENÇAS E SEU EFEITO NA

PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DE GRÃO DE SOJA

FRANCIELE GONÇALVES DE OLIVEIRA

ORIENTADORA: PROF

a

DR

a

SOLANGE MARIA BONALDO

CO-ORIENTADORA: PROF

a

DR

a

SOLENIR RUFFATO

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental do ICAA/CUS/UFMT, como parte das exigências para a obtenção do Grau de Bacharel em Engenharia Agrícola e Ambiental.

SINOP

MATO GROSSO - BRASIL

2017

(3)

Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

O48c OLIVEIRA, FRANCIELE GONÇALVES DE.

CONTROLE FOLIAR DE DOENÇAS E SEUS EFEITOS NA PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DE GRÃO DE SOJA / FRANCIELE GONÇALVES DE OLIVEIRA. -- 2017

41 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientadora: DRª SOLANGE MARIA BONALDO. Co-orientadora: DRª SOLENIR RUFFATO.

TCC (graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Sinop, 2017.

Inclui bibliografia.

1. Glycine max. L.. 2. Indução de resistência. 3. Qualidade. I.

(4)
(5)

DEDICO

Primeiramente a Deus por ter me guiado e me instruído até aqui;

A minha família por ter me ajudado ao longo desse caminho;

As minhas professoras: Solange Maria Bonaldo e Solenir Ruffato pelas suas valiosas instruções.

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter me guiado e colocado pessoas incríveis no meu caminho que me orientaram e me ajudaram em tudo que podiam, e pela força e saúde que me concedeu para enfrentar todos os desafios do caminho; assim como está escrito em Provérbios capítulo 2 versículos 4, 5, e 6, “Se buscares a sabedoria como a prata e como os tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o conhecimento.”

Agradeço especialmente aos meus pais, Izaias Francisco de Oliveira e Maria de Fatima Gonçalves de Oliveira por terem me apoiado em tudo.

Aos meus irmãos Rodrigo Gonçalves Oliveira e Larissa Gonçalves de Oliveira, por terem me apoiado e ajudado em tudo que estavam ao seu alcance, juntamente com a realização deste trabalho.

Agradeço aos meus amigos Jéssica Gawski Casagrande, Jorge Rai Cossetin que me ajudaram em momentos de dúvidas.

Agradeço aos amigos que ajudaram ativamente na realização desse projeto: Albertine de Oliveira Bizio, Harumi Silva Kawatake, e Denise Emília Godois Meding.

Agradeço as professoras: DRª Solange Maria Bonaldo e a DRª Solenir Ruffato, pela sua dedicação em me ensinar e orientar, e em muitas outras dúvidas que foi surgindo pelo caminho, pelo seu tempo, paciência e disposição quando eu precisei.

A Agropel Sementes pela concessão da área e apoio na realização do experimento em campo.

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SUMÁRIO

RESUMO ... 8 ABSTRACT ... 9 1. INTRODUÇÃO ...10 2. REFERENCIAL TEÓRICO ...12 2.1. Cultivo de soja ...12

2.2 Doenças que afetam a cultura da soja ...12

2.2.1 Antracnose (Colletotrichum truncatum) ...13

2.2.2 Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi) ...13

2.2.3 Mancha Parda da Folha ou Mancha de Septoriose (Septoria glycines) ...14

2.2.4 Oídio (Microsphaera diffusa) ...14

2.2.5 Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum) ...14

2.2.6 Tombamento ou damping-off (Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii) ...15

2.3 Indução de Resistência em Plantas Contra Fitopatógenos ...15

2.4 Qualidade de grãos ...16

3. MATERIAL E MÉTODOS ...18

3.1.Cultivo da soja ...18

3.2. Análises pós-colheita ...19

3.2.1 Produtividade (sc ha-1) ...20

3.2.2 Propriedades Físicas de Grãos ...20

3.2.3 Propriedade Fisiológica ...22 3.2.4 Análise Sanitária ...22 3.2.5 Análise estatística ...22 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...23 4.1. Condições climáticas ...23 4.2. Produtividade ...25

4.3. Propriedades Físicas do Grão ...26

4.4. Propriedade fisiológica ...29

4.5. Análise Sanitária ...31

5. CONCLUSÕES ...36

(8)

RESUMO

De maneira geral, a soja é infectada por inúmeras doenças no campo, que podem interferir na produtividade. Visando o aumento da produtividade com qualidade tem-se investido em novas tecnologias, como, a indução de resistência em plantas, que faz com que a planta reconheça o agente patogênico e desenvolva mecanismos de defesa. Assim, objetivou-se com este estudo avaliar a influência de indutor de resistência no rendimento e qualidade de grãos de soja (Glycine max L.), avaliando produtividade, qualidade física, fisiológica e sanidade de grãos em pós-colheita. Para isso, utilizou-se a cultivar Monsoy 8372 IPRO submetida à aplicação dos tratamentos: Produto Teste nas dosagens de 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0 L ha-1, Bion 500 WG® 25 g ha-1, Padrão do Produtor e Testemunha - sem aplicação de fungicida. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 7 tratamentos e 4 repetições, totalizando 28 parcelas. A qualidade de grãos foi determinada por meio de propriedades físicas: massa específica aparente e unitária, variáveis de tamanho e forma, que não apresentaram diferença estatística entre os tratamentos, e massa de mil grãos que apresentou diferença estatística. Para a propriedade fisiológica avaliou-se germinação, que apresentou diferença estatística entre os tratamentos. Na avaliação da sanidade, quanto à infecção por fitopatógenos, verificou-se alta incidência de Fusarium spp. Cercospora spp.

Phomopsis spp. em todos os tratamentos. Na produtividade (sc ha-1) os tratamentos com

melhor resultado foram Padrão do Produtor e Produto Teste na dosagem de 1,0 L ha-1.

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ABSTRACT

In general, soybean is infected by numerous diseases in the field, which can interfere with productivity. Aiming to increase productivity with quality has been invested in new technologies, such as the induction of resistance in plants, which makes the plant recognize the pathogen and develop defense mechanisms. Thus, the objective of this study was to evaluate the influence of resistance inducer on yield and soybean grain quality (Glycine max L.), evaluating productivity, physical, physiological quality and post-harvest health. For this, the cultivar Monsoy 8372 IPRO submitted to the application of the treatments: Test Product at the dosages of 0,5, 1,0, 1,5 and 2,0 L ha-1, Bion 500 WG® 25 g ha-1, the Standard of the Producer and the Control - without application of fungicide. The experimental design was in randomized blocks, with 7 treatments and 4 replications, totalizing 28 plots. The grain quality was determined by means of physical properties: specific and unit specific mass, variables of size and shape, that did not present statistical difference between treatments, and a thousand grain mass that presented statistical difference. For the physiological property, the germination was evaluated, which presented a statistical difference between the treatments. In the evaluation of the sanity, regarding the infection by phytopathogens, presented a high incidence of Fusarium spp. Cercospora spp. Phomopsis spp. in all treatments. In the productivity (sc ha-1) the treatments with best result was the Standard of the Producer and Product test in the dose of 1,0 L ha-1.

Keywords: Glycine max. L .; Induction of resistance; Quality.

(10)

1.

INTRODUÇÃO

Mundialmente, a soja (Glycine max L.), é um dos grãos mais consumidos, isso se justifica pela importância que tem o produto tanto no consumo humano quanto animal, seja in natura quanto industrializado. A cadeia produtiva da soja brasileira está voltada para o consumo interno e a exportação do produto bruto, ou seja, os grãos, farelo de soja e o óleo (SILVA et al., 2011), onde atualmente a soja adquiriu o status de alimento mais completo por nutrir o indivíduo, ajudar a manter a saúde e a diminuir os riscos de algumas doenças crônicas (HIRAOKA, 2008).

Apesar do significativo crescimento mundial do grão, com uma produção de 351,3 milhões de toneladas em 120,958 milhões de hectares plantado, o Brasil vem se mantendo como o segundo maior produtor mundial de grãos, tendo uma produção de 113,9 milhões de toneladas em 33,9 milhões de hectares plantados, obtendo-se uma produtividade com média de 3.362 kg ha-1. O estado de Mato Grosso produziu 30,5 milhões de toneladas em uma área de 9,3 milhões de hectares plantados, com produtividade de 3.273 kg ha-1, na safra de 2016/2017 (EMBRAPA SOJA, 2017).

Os avanços científicos e tecnológicos fizeram com que crescesse a produção de soja aumentando a capacidade competitiva no país e no exterior (EMBRAPA, 2003). Um dos fatores importantes que vem melhorando a produtividade da soja é o manejo de doenças em plantas através da indução de resistência, que a partir do século XX demonstrou resultados no controle e manejo de doenças reduzindo a poluição e o uso de defensivos agrícolas, talvez um dos sistemas mais antigos estudados, sobre os mecanismos de defesa da própria planta que na maioria das vezes está inativo ou latente (BARROS et al., 2010).

A indução de resistência de plantas é a capacidade de reconhecer a invasão de agentes patogênicos e desenvolver mecanismos de defesa contra a ameaça de ataque, esses mecanismos podem ser expressos como barreiras físicas ou químicas antes ou após o ataque do patógeno, fazendo com que haja uma rápida ativação do gene que codifica proteínas relacionadas à defesa da planta (CARVALHO, 2010). Portanto, trata-se de uma técnica de defesa para que a planta se mantenha saudável e confira ao grão atributos de qualidade que pode melhorar a produtividade.

A produtividade da soja está relacionada com a forma de produção, desde a qualidade das sementes, a variação da temperatura, fotoperíodo, fatores climáticos, época de semeadura, densidade, ciclo da planta, época de florescimento (OLIVEIRA, 2010; LACERDA FILHO et al., 2014). Portanto, a preservação da qualidade da soja, seja física, fisiológica ou microbiológica, é fundamental, para que não inviabilize o produto por

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contaminação, principalmente de micotoxinas (LACERDA FILHO et al., 2014). As principais características que determinam a qualidade dos grãos são os valores elevados de massa específica, teor de água baixo e uniforme, baixo danos causados por insetos e fungos, percentuais reduzidos de material estranho, baixa susceptibilidade à quebra, boa concentração de óleos e proteínas e viabilidade das sementes (ARAUJO, 2014; OLIVEIRA, 2010).

Como são escassos os trabalhos que determinam a qualidade pós-colheita de grãos de soja submetidos a diferentes métodos de controle de doenças em campo, objetivou-se com este trabalho avaliar a qualidade e a produtividade de soja em função de tratamentos foliares com novas tecnologias para o controle de doenças.

(12)

2.

REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Cultivo de soja

A cultura da soja (Glycine max L.) tem grande importância econômica no Brasil e no mundo, por isso busca-se incentivar a produção nacional por meio de um bom manejo e novas tecnologias (SANTOS et al., 2013). Com a implantação de programas de melhoramento de soja no Brasil, houve um avanço na produção, por meio de novas técnicas e novas cultivares que possibilitaram o cultivo de soja em regiões de baixas latitudes e climas tropicais (FREITAS, 2011).

A soja é um planta dicotiledônea de cultivo anual, que após a semeadura leva entre 7 e 10 dias para sua emergência, onde os estádios de desenvolvimento são divididos em dois, o vegetativo (V) e o reprodutivo (R), com exceção dos estádios VE (emergência total dos cotilédones) e o VC (abertura total dos cotilédones),a partir do próximo nó na abertura das folhas verdadeiras tem-se o estádio vegetativo (V1, V2, V3, Vn), em seguida tem os estádios reprodutivo (R1, R2, ... R8) onde é a fase de florescimento e maturação da soja, em R1 e R2 é a floração, R3 e R4 é o desenvolvimento de vagem, R5 e R6 é o enchimento de grãos, e por ultimo o R7 e R8 que é a maturação (FARIAS et al., 2007). Para a soja recomenda-se que a semeadura seja realizada em meados de outubro a meados de dezembro, sendo de preferência em novembro (OLIVEIRA, 2010).

Algumas características como fotoperíodo e temperatura podem exercer sobre a floração, determinar o tempo do período vegetativo e interferir na produção de grãos (MUNDSTOCK; THOMAS, 2005). Por isso é importante saber a fenologia da soja, onde, segundo Oliveira (2010,) fenologia refere-se ao estudo da fase de desenvolvimento da planta e a sua relação com as características morfológica e fisiológica, e também aos fatores ambientais e climáticos.

2.2 Doenças que afetam a cultura da soja

A soja é cultivada no período de safra, principalmente no Centro–Oeste do País, sendo que segundo Grigolli, (2015) e EMBRAPA (2003) foram encontradas aproximadamente 40 doenças identificadas no Brasil causadas por vírus, fungos, bactérias e nematoides, porém, estas doenças podem variar de uma região a outra, de um ano ao outro e também com as condições climáticas.

(13)

As doenças que mais tem ocorrência na região centro-oeste são: antracnose (Colletotrichum truncatum), mancha alvo (Corynespora cassiicola), míldio (Peronospora manshurica), ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), mancha parda da folha ou septoriose (Septoria glycines), oídio (Microsphaera diffusa), crestamento foliar de cercospora (Cercospora kikuchii), mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum), podridão de carvão (Macrophomia phaseolina), murcha de sclerotium (Sclerotium rolfsii), mela da soja (Rhizoctonia solani), tombamento (Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii), mosaico comum da soja (vírus do mosaico comum da soja - VMCS) e nematoide de cisto (Heterodera glycines) e de galha (Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica) (GODOY et al., 2014; GRIGOLLI, 2015; SARAN, 2016; SARTO et al., 2013; HENNING, 2014; SOARES, 2014; NIERO, 2007; FUNDAÇÃO MT, 2012; EMBRAPA, 2003; COSTA et al., 2006).

2.2.1 Antracnose (Colletotrichum truncatum)

Essa doença afeta a haste, vagens e sementes da soja, além de estar presente nas sementes ela pode sobreviver em restos de cultura, porém nem sempre é transmitida para a plântula, causando necrose nos pecíolos e manchas escuras nas folhas hastes e vagens, porque depende da quantidade e da localização do patógeno e das condições climáticas (GODOY et al., 2014; GRIGOLLI, 2015; SARTO et al., 2013; HENNING, 2014; COSTA et al., 2006). Elevados índices de pluviosidade e altas temperaturas, excesso de população de plantas, cultivo contínuo da soja, estreitamento nas entrelinhas, uso de sementes infectadas, infestação e dano por percevejo, deficiências nutricionais, principalmente de potássio favorecem a doença (SARAN, 2016; EMBRAPA, 2003; GRIGOLLI, 2015).

Os métodos mais utilizados para controle são: tratamento de sementes, rotação de culturas e manejo adequado do solo (GRIGOLLI, 2015; HENNING, 2014).

2.2.2 Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi)

É uma das doenças mais severas que ocorre na cultura da soja, sendo favorecida por clima úmido e com temperaturas que podem variar entre 18 a 28 ºC, causando lesões predominantemente castanho-claro, entretanto a sua disseminação é feita através da dispersão dos uredósporos pelo vento, podendo causar queda prematura das folhas, e impedir a plena formação dos grãos, principalmente nas folhas mais baixas (GODOY et al., 2014; GRIGOLLI, 2015; HENNING, 2014, SOARES, 2014; EMBRAPA, 2003).

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Um dos controles mais utilizados atualmente é o controle químico através da aplicação de fungicidas, além do monitoramento periódico da lavoura e respeitar o limite do vazio sanitário (SARAN, 2016; FUNDAÇÃO MT, 2011, GRIGOLLI, 2015; HENNING, 2014, SOARES, 2014; EMBRAPA, 2003).

2.2.3 Mancha Parda da Folha ou Mancha de Septoriose (Septoria glycines)

Tem por sintomas lesões de cor parda na face superior e rosada na face inferior das folhas, podendo se disseminar através de sementes infectadas, sendo que, em períodos quentes, ventos, chuvas e alta umidade favorece a disseminação foliar liberando os conídios que serão depositados sobre o hospedeiro (HENNING, 2014, SOARES, 2014; EMBRAPA, 2003).

O controle é feito através da rotação de culturas, manejo do solo com ênfase na adubação de potássio, aplicação de fungicidas e a destruição de restos de cultura (SARAN, 2016; SARTO et al., 2013; HENNING, 2014, SOARES, 2014; NIERO et al., 2007).

2.2.4 Oídio (Microsphaera diffusa)

É uma doença da parte aérea da planta, causando uma fina camada de esporos esbranquiçados a castanho-acinzentado, provocando queda e seca prematura das folhas, atingindo qualquer estádio, porém, no início da floração, é mais comum em condições de baixa umidade e temperaturas amenas, sendo o método mais eficiente de controle o uso de cultivares resistentes, e o controle mais utilizado é o químico, por meio da aplicação de fungicidas (SOARES; SOSA-GÓMES, 2016; GRIGOLLI, 2015; SARTO et al., 2013; HENNING, 2014, SOARES, 2014; EMBRAPA SOJA, 2003).

2.2.5 Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum)

Este é um patógeno cosmopolita inespecífico, que tem uma vasta gama de hospedeiro sendo os sinais do ataque e formação de micélio cotonoso de coloração branco acastanho-amarelado com a presença de escleródios pretos, capaz de infectar qualquer parte da planta, mais frequente na inflorescência, podendo se iniciar nas axilas das folhas e dos ramos laterais, o mofo branco ataca quando a planta esta mais vulnerável em altas umidades e temperaturas amenas (SOARES; SOSA-GÓMES, 2016; GRIGOLLI, 2015; HENNING, 2014).

(15)

O controle é através da utilização de sementes certificadas livre de patógeno, e o tratamento de semente com fungicida, além da rotação de cultura e eliminação de plantas hospedeiras (SARAN, 2016; HENNING, 2014).

2.2.6 Tombamento ou damping-off (Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii)

Ambos os patógenos apresentam podridão mole e aquosa na haste da planta próximo ao nível do solo, podendo causar o estrangulamento ou tombamento sob condições de temperatura e umidade elevada, ocorrendo no início do ciclo da cultura, entretanto, pode causar reboleira após a floração, para Rhizoctonia solani a podridão apresenta coloração escura e para Sclerotium rolfsii apresenta micélio de coloração creme que pode se transformar em marrom escuro (GRIGOLLI, 2015; HENNING, 2014; SOARES, 2014; EMBRAPA SOJA, 2003).

O controle para de R. solani é o tratamento de semente com fungicidas, rotação de cultura, eliminação da compactação do solo e de S. rolfsii pode enterrar a cultura para a decomposição por microrganismos do solo (HENNING, 2014).

2.3 Indução de Resistência em Plantas Contra Fitopatógenos

A indução de resistência possibilita a utilização de genótipos suscetíveis que é capaz de reconhecer a invasão de agentes patogênicos e desenvolver mecanismos de defesas elaborados contra a ameaça de ataque, ou seja, aumenta a capacidade de defesa da planta (CARVALHO, 2010).

Dentre os compostos capazes de induzir a resistência, estão os sais de potássio, que, além de serem aplicados isoladamente podem ser associados a compostos fúngicos (CASTANHO et al., 2014), os nutrientes inorgânicos e os sais minerais (SOUZA, 2014). Segundo Sbalcheiro (2010), o agente biótico Bacillus spp.. e o agente abiótico acibenzolar-S-metil como indutores de resistência são uma ótima estratégia no controle do crestamento bacteriano em soja (Pseudomonas savastamoi pv. glycines). Contudo, diversos fatores bióticos e abióticos podem influenciar negativa ou positivamente na resistência das plantas (SOUZA, 2014). Portanto são vários os indutores utilizados, como os comerciais Oryzemate®, Bion®, Messenger®, OxycomTM e Elexa®, e também alguns possíveis elicitores como quitosana, extratos vegetais, algas, microrganismos, ácido salicílico e fosfitos (MÜLLER, 2015).

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A planta gera um mecanismo de defesa quando é atacada, chamado de resistência sistêmica adquirida que se refere ao ataque de um agente patogênico ou parasita ativando assim a resistência da planta, e ou resistência sistêmica induzida que é outra forma de empregar o agente benéfico simbionte ou abiótico, podendo gerar uma estrutura física no local da infecção e também a liberação de polissacarídeos do grupo das glucanas além de lignina, e com isso a hipersensibilidade da planta impede que haja o acesso do patógeno de uma célula a outra (BARROS et al., 2010). Conforme Müller (2015) as plantas bem nutridas são mais resistentes a doenças, pragas e a adversidade climática.

2.4 Qualidade de grãos

A época de floração é um fator importante, pois o florescimento precoce reduz o enchimento dos grãos, no entanto, em situação oposta, quando o florescimento é tardio há aborto das flores causando um desequilíbrio vegetativo (RODRIGUES et al., 2000; MUNDSTOCK; THOMAS, 2005). A previsão correta da data de emergência e floração pode determinar a produção de matéria seca e consequentemente a produção de grãos (RODRIGUES et al., 2000).

Um fator importante na produção de soja é a disponibilidade de água no solo que não deve ser superior que 85% e nem inferior que 50% durante a germinação (emergência) e a floração (enchimento de grãos), sendo a temperatura ideal de 25 ºC (EMBRAPA, 2010). Um dos primeiros passos para adaptar a cultura é adequar o seu ciclo conforme a região, a temperatura, o fotoperíodo e a latitude, entretanto, as baixas temperaturas retardam o florescimento (MUNDSTOCK; THOMAS, 2005).

Regiões com temperatura acima de 30 ºC e a alta umidade na fase de enchimento de grãos diminui o potencial fisiológico da semente (MUNDSTOCK; THOMAS, 2005). Por outro lado, alta temperatura e baixa umidade reduzem o poder germinativo e vigor, além de predispor a semente a danos mecânicos, e influenciar na composição química produzindo sementes com maior teor de óleo e menor de proteína, sendo que a composição química também depende da estação de crescimento, genótipo, localização geográfica e algumas práticas agronômicas, enquanto que as chuvas e altas temperaturas no final da maturação podem ocasionar índices de infecção por fungos, e a deficiência hídrica no final da maturação pode reduzir o peso e afetar significativamente o teor de proteína (SANCHES, 2015; ALENCAR et al., 2008; MUNDSTOCK; THOMAS, 2005).

Todas as variáveis que podem ocorrer desde a semeadura da soja até a colheita e armazenamento influenciam na qualidade física, fisiológica, sanitária, química e proteica do

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grão. Segundo Oliveira (2010) todas as características do grão podem garantir o porte e a produtividade adequada. O mercado interno e externo com o passar dos anos vem buscando pela qualidade dos grãos e seus subprodutos (ALENCAR et al., 2008; CONAB, 2017).

Segundo Mundstock; Thomas (2005), o rendimento de grãos está relacionado com o número de planta por área, o número de legumes por planta ou área, o número de grãos por legumes e o peso do grão. Pelo grão ser um mau condutor de calor, uma forma de preservar a qualidade é a técnica de esfriamento na pós-colheita (LACERDA FILHO et al., 2014), devendo manter seus principais atributos com elevado vigor, pureza física e genética, germinação e qualidade sanitária (MÜLLER, 2015), porém a qualidade sanitária merece uma atenção especial pois está ligada diretamente com a produtividade (SANCHES, 2015). Os indutores de resistência tem um papel importante na produtividade da soja, pois diminuem a severidade de doenças dando maior resistência a planta (SOUZA, 2014 ; MELO et al., 2015).

Além dos fatores ambientais que podem afetar a formação de grãos e qualidade, outras características, como técnicas de armazenamento, época de colheita, sistema de secagem, transporte e variedade das espécies influenciam na qualidade final dos grãos (ALENCAR et al., 2008).

Sabe-se que, após a maturação fisiológica, a semente e o grão podem ser considerados como armazenados em campo, enquanto a colheita não se processa. Se as condições climáticas forem favoráveis desde a maturação fisiológica até a época normal de colheita, os problemas de deterioração serão bastante amenizados. Entretanto, se no período de maturação, ocorreram índices elevados de precipitações pluviométricas, flutuações de umidade relativa do ar, variações da temperatura ambiental, resultarão em grandes perdas na qualidade fisiológica e patológica da semente e do grão produzido (ALENCAR et al., 2008; MUNDSTOCK; THOMAS, 2005).

(18)

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Cultivo da soja

O experimento foi conduzido em uma área cedida pela empresa Agropel Sementes, localizada no município de Sinop, norte do Estado de Mato Grosso, situado nas coordenadas geográficas de Latitude Sul 11º 94’ 55.2’’ e Longitude Oeste 55º 29’ 48.32’’. Seu solo é predominantemente Latossolo Vermelho distrófico, com um perfil profundo e de textura argilosa.

O delineamento experimental utilizado foi delineamento em blocos inteiramente casualizados (DBC), composto por 7 tratamento em 4 repetições, totalizando 28 parcelas.

A cultivar utilizada foi a Monsoy 8372 IPRO, que possui hábito de crescimento determinado, sendo sua flor de cor branca, e pubescência marrom, com exigência nutricional média e alta e o seu grupo de maturação 8.3, com um ciclo médio de 114 dias para a região em questão. É uma cultivar resistente a pústula bacteriana (Xanthomonas axonopodis pv. glycines) e nematoide de cisto (Heterodera glycines) de raças 1, 3, e 6. E moderadamente resistente contra os patógenos, mancha olho-de-rã (Cercospora sojina), mancha-alvo (Corynespora cassiicola), crestamento bacteriano (Pseudomonas savastamoi pv. glycines) e nematoide de cisto (Heterodera glycines) da raça 10, e suscetível a nematoide de galha (Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica).

O experimento foi conduzido na safra 2016/2017, de novembro de 2016 a fevereiro de 2017. As parcelas do ensaio foram conduzidas com 6 linhas espaçadas de 0,50 m, a uma largura de 3 m e comprimento de 5 m, totalizando uma área de 15 m². Foi descartada a área de cada linha da bordadura e de cada lateral 0,5 m para fins avaliativos. Os produtos foram aplicados com pulverizador costal pressurizado CO2, com 4 bicos e a barra de 1,5 m

espaçados a 0,5 m.

Os produtos utilizados neste experimento foram: 1) Bion 500 WG® (Acibenzolar-S-Metílico); 2) Unizeb Gold® (Mancozebe); 3) Fox® (Trifloxistrobina e Protioconazole); 4) Horos® (Tebuconazol e Picoxistrobina); 5) HelmStar Plus (Azoxystrobin e Tebuconazole); 6) Produto Teste, aplicados de acordo com a Tabela 1.

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Tabela 1. Tratamentos utilizados no experimento visando à eficiência do Produto Teste na,

produtividade e qualidade de grãos de soja, safra de 2016/2017, no município de Sinop - MT.

Estádios da Cultura no Momento da Aplicação

Tratamentos V6 R1 R5 R7

T1 Controle sem fungicida

T2 (1,5 Kg haMancozeb -1) Mancozeb (1,5 Kg ha-1) + Trifloxistrobina e Protioconazole (0,4 L ha-1) Tebuconazol e Picoxistrobina (0,5 L ha-1) Azoxystrbin e Tebuconazole (0,5 L ha-1) T3 Acibenzolar-S-Metílico (25 g ha-1) - T4 Produto Teste (0,5 L ha-1) - T5 Produto Teste (1,0 L ha-1) - T6 Produto Teste (1,5 L ha-1) - T7 Produto Teste (2,0 L ha-1) -

T1 – Testemunha; T2 – Produtor; T3 – Bion 500 WG® (25 g ha-1); T4, T5, T6, T7 – Produto Teste.

V6- Estádio vegetativo da soja: R1 ao R7– Estádios reprodutivo: R1- desenvolvimento de flores: R5 - desenvolvimento de grãos: R7 – maturação das vagens

Foi realizado o manejo de plantas daninha e pragas recomendadas em todos os tratamentos

Os dados de temperatura e precipitação foram obtidos do registro diário do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), estação W59S13 (E) –MT.

Todos os tratamentos foram colhidos ao mesmo tempo e com atraso devido a fatores climáticos (Figuras 1 e 2) que antecederam a colheita, podendo promover deterioração dos grãos ainda na planta e interferindo diretamente na produtividade.

3.2. Análises pós-colheita

Foram preparadas quatro amostras de cada tratamento (Tabela 1) para análise de produtividade, umidade, massa de 1000 grãos, massa especifica aparente, massa e volume do grão, massa específica unitária, germinação, envelhecimento acelerado, e sanidade de acordo com metodologia das Regras Para Análise de Sementes, MAPA (BRASIL, 2009).

(20)

3.2.1 Produtividade (sc ha-1)

A produtividade foi obtida por meio da massa de grãos da área útil da parcela convertendo para sc ha-1. Para a análise do cálculo corrigiu-se a umidade para 13% b.u..

3.2.2 Propriedades Físicas de Grãos

Antes das avaliações qualitativas todas as amostras foram limpas, acondicionadas em embalagens plásticas e, submetidas a análise de teor de água (% b.u.), homogeneização, e mantidas em refrigeração.

a) Teor de Água (% b.u.): Foi obtido através do método padrão de estufa a uma

temperatura de 105 ºC durante 24 horas, com três repetições por amostra. Antes das avaliações qualitativas.

b) Homogeneização: Todas as amostras passaram por um processo de secagem a 40 ºC

em estufa com circulação forçada de ar, até atingir o teor comercial de 13% b.u. para a obtenção da uniformidade.

c) Massa de 1000 Grãos (g): Cada amostra foi pesada em balança semi-analítica, sendo

8 repetições de 100 grãos para cada amostra, onde a massa foi obtida pela equação (01):

( ) Eq. (01)

d) Massa Específica Aparente (kg m-3): realizaram-se três repetições por amostra, onde

a massa de grãos foi recolhida em um recipiente de forma cilíndrica de volume de 1L, e foi pesado em balança semi-analítica (0,01 g).

e) Tamanho e Forma do Grão: Para cálculos de propriedades de tamanho e forma foram

obtidas as medidas das três dimensões do grão por meio de um paquímetro digital, e a massa em balança de precisão (0,001 g). Avaliou-se 20 grãos de cada amostra.

Com os dados das três dimensões foram calculadas as propriedades de tamanho e forma de grãos pelas expressões a seguir:

(21)

s [( )3] Eq. (02) Em que:

s = Esfericidade do grão (%);

A = maior dimensão do cotilédone do grão (mm);

B = dimensão intermediária do cotilédone do grão (mm); C = menor dimensão do cotilédone do grão (mm);

II. Circularidade (Cc) expressa em (mm):

c Eq. (03)

Em que:

s = Circularidade do grão (%);

A = maior dimensão do cotilédone do grão (mm);

B = dimensão intermediária do cotilédone do grão (mm);

III. O volume do grão ( ) foi obtido de acordo a seguinte expressão em (mm³):

6 Eq. (04)

Em que:

= volume do grão do grão (mm³);

A = maior dimensão do cotilédone do grão (mm);

B = dimensão intermediária do cotilédone do grão (mm); C = menor dimensão do cotilédone do grão (mm);

IV. A massa específica unitária ( ) foi calcula em função do volume do grão correlacionado com a massa individual, de acordo com a seguinte equação:

( ) Eq. (05) Em que:

= massa específica unitária (Kg m-³);

= massa do grão (g);

(22)

3.2.3 Propriedade Fisiológica

a) Germinação (%): realizou-se a avaliação de 50 grãos em quatro repetições num total

de 200 grãos, os mesmos foram dispostos em papel germitest umedecidos com água destilada e colocados para germinar a uma temperatura de 25ºC na câmara de germinação. A contagem de grãos germinados foi realizada após sete dias.

3.2.4 Análise Sanitária

Essa análise tem por finalidade identificar os fungos presentes nas amostras, sendo realizada pelo método de incubação em substrato de papel ou método de papel de filtro “blotter test”. Foram distribuídos 400 grãos em placas de Petri sobre camada de papel filtro umedecido com duas folhas sobrepostas, a uma distância de 1 ou 2 centímetro para permitir a passagem de luz, onde as placas de Petri com os grãos foram incubados em estufa tipo B.O.D., com fotoperíodo de 12 horas a 20 ± 2 ºC durante 7 dias. Após este período todos os grãos foram avaliados individualmente para a observação de crescimento de fungos com o auxílio de um estereomicroscópio com resolução de 30-80X. A identificação do fungo foi baseada na sua morfologia com observação em microscópio óptico AF = 400X.

3.2.5 Análise estatística

Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F (Fisher-Snedecor) (p<0,05) e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade, com auxílio do programa SASM-Agri (CANTERI et al., 2001).

(23)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Condições climáticas

Condições climáticas limitantes interferem no desenvolvimento da cultura e na propagação de patógenos. Segundo Meneghetti (2009) as temperaturas entre 11,6 e 31,2 ºC seguidas de precipitação entre 95,7 e 202,1 mm na transição entre o período vegetativo e reprodutivo podem causar maiores epidemias de doenças.

De maneira geral a cultura da soja é afetada por diferenças no fotoperíodo e na temperatura, com relação as condições climáticas da região no período de desenvolvimento da cultura que atecede o florescimento, a temperatura (Figura 1) e a precipitação (Figura 2), favoreceram diretamente o tempo de florescimento da cultura.

Figura 1. Temperatua diária (ºC) média, máxima e mínima, na safra de 2016/2017 entre os meses de

novembro a fevereiro. Fonte INMET Instituto Nacional de Meteorologia, estação W59S13 (E) – MT.

15 20 25 30 35 0 2 /n o v 0 7 /n o v 1 2 /n o v 1 7 /n o v 2 2 /n o v 2 7 /n o v 0 2 /d e z 0 7 /d e z 1 2 /d e z 17 /d ez 2 2 /d e z 2 7 /d e z 0 1 /j a n 06 /j an 1 1 /j a n 1 6 /j a n 2 1 /j a n 2 6 /j a n 3 1 /j a n 0 5 /f e v 1 0 /f e v 1 5 /f e v 2 0 /f e v 2 5 /f e v Te m pe ratu ra C) Dias de ocorrência

Média Máxima Mínima

(24)

Figura 2. Pecipitação pluviométrica diária em (mm), na safra de 2016/2017, entre os meses de

novembro a fevereiro. Fonte INMET Instituto Nacional de Meteorologia, estação W59S13 (E) – MT.

De acordo a literatura os meses indicado para semeadura da cultura de soja no Brasil é em meados de outubro a meados de dezembro preferencialmente em novembro (OLIVEIRA, 2010), por ser época de chuvas e temperaturas mais altas de acordo a necessidades da cultura.

Durante o período de desenvolvimento inicial da cultura (germinação - VE e VC), a planta necessita de temperatura em torno de 25 ºC, onde que nesta fase a semente absorve no mínimo 50% do seu peso em água. A quantidade de água no solo para a fase de germinação da cultura deve estar entre 50% e 85% (EMBRAPA, 2011). Nota-se que até a emergência ocorreu precipitação média de 5,6 mm dia-1, de acordo com as informações sugeridas pela EMBRAPA (2013), é quantidade suficiente de água para esta fase da soja.

Durante a fase de desenvolvimento da cultura (vegetativo – V), a planta tem suas folhas verdadeiras desenvolvidas e inicia a realizar fotossintese, para seu próprio crescimento, necessita de temperatura em torno de 25 a 30ºC e precipitação entre 7 e 8 mm (EMBRAPA, 2013). A temperatura observada foi em média 25,8ºC e para precipitação houve média de 8 mm dia-1, dentro do limite permitido para o desenvolvimento da cultura.

No período de florescimento e formação dos grãos (R1 à R5), fase em que a planta tem seu maior gasto energético, pois coincide com o período em que a planta apresenta maior altura e índice de área foliar; sendo que nesta fase observou-se temperatura média de 26,7 ºC e precipitação de 8,9 mm dia-1, de acordo com as informações sugeridas pela EMBRAPA (2013), dentro do limite para a cultura.

0 20 40 60 80 100 01 /no v 06 /no v 11 /no v 16 /no v 21 /no v 26 /no v 01 /de z 0 6 /d e z 11 /de z 16 /de z 21 /de z 26 /de z 31 /de z 05 /j a n 10 /j a n 15 /j a n 20 /j a n 25 /j a n 30 /j a n 04 /fe v 09 /fe v 1 4 /f e v 19 /fe v 24 /fe v P rec ipit ão (mm ) Dias de ocorrência Ve - Vc V R1 - R5 R6 - R7 R8 - R9

(25)

No período de pré-colheita (06/02 a 18/02/2017) foi observada precipitação acumulada de 158,9 mm e temperatura em torno de 27ºC. Isso pode ter ocasionado perda por infecção de fungos de campo e contribuído para redução de qualidade fisiológica dos grãos.

Por possuir o hábito de crescimento determinado a cultivar Monsoy 8372 IPRO depende da temperatura e do foto período para evitar perdas de produtivodade (OLIVEIRA, 2010).

Para o desenvolvimento adequado da soja as temperaturas ideais estão entre 20 e 30ºC, sendo 25ºC a melhor temperatura (MUNDSTOCK; THOMAS, 2005), e neste trabaho observou-se temperatura dentro da faixa considerada ideal (Figura 1), sendo assim, a temperatura não foi um fator limitante ao desenvolvimento da cultura.

4.2. Produtividade

Os tratamentos que proporcionaram maior produtividade foram: tratamento Padrão Produtor com 57,12 sc ha-1, Produto teste 1,0 L ha-1 com 55,72 sc ha-1 e o Bion 500 WG® 25 g ha-1 com 54,74 sc ha-1 (Figura 3), sem diferença estatística entre si pelo teste de Scott-Knott a uma variância de 5%. Os demais tratamentos apresentaram as seguintes produtividades: Produto teste 0,5 L ha-1 com 53,53 sc ha-1, Testemunha com 52,72 sc ha-1, Produto teste 2,0 L ha-1 com 52,65 sc ha-1, e Produto teste 1,5 L ha-1 com 52,44 sc ha-1. A média estadual de produtividade para a safra 2016/2017 foi de 56,03 sc ha-1 de acordo com os dados da CONAB (2017), portanto o tratamento Padrão Produtor foi o que se manteve acima da média estadual e o Produto teste 1,0 L ha-1 foi o que mais se aproximou.

Para o Produto Teste que visa induzir resistência nas plantas, a dosagem que proporcionou melhor resultado foi 1,0 L ha-1 com 55,72 sc ha-1, próximo a média geral observada por Pereira (2017) que avaliou a cultura Monsoy M8372 IPRO submetida a diferentes tratamentos com fungicidas na safra de 2016/2017, Sinop – MT. Em relação a safra de 2015/2016, Beteli (2017) observou uma média de produtividade de 45,73 sc ha-1 para a cultivar Monsoy M8372 IPRO submetida a diferentes tratamentos de proteção de plantas com Produto Stoller; assim como, Sales (2017) que obteve uma média de produtividade de 38,35 sc ha-1 submetida a diferentes tratamentos de proteção de plantas. Na safra 2015/2016 avaliada por Beteli (2017) e Sales (2017) houve déficit hídrico. Neste estudo o tratamento Produto Teste a 1,0 Lha-1 se apresenta promissor na produtividade, se mantendo dentro da média Estadual para a safra 2016/2017.

(26)

Segundo Silva (2006) e Piccinin et al., (2005) a resistência induzida não ocorre em consequência da ação antimicrobiana, e sim, envolve a ativação de mecanismos de defesa estruturais e bioquímicos da planta, ocasionando um gasto energético, podendo comprometer o desenvolvimento e a produtividade da cultura. Essa desvantagem é contestada por Teixeira et al. (2004) e Araujo e Menezes (2009), afirmando que apesar de todo gasto energético o rendimento das parcelas é vantajoso.

Figura 3. Produtividade (s ha-1) da cultura de soja submetida a diferentes tratamentos foliares, safra 2016/2017, (Sinop – MT). Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Tratamentos: 1- Bion 500 WG® 25 g ha-1; 2- Padrão Produtor; 3- Produto teste 0,5 L ha-1; 4- Produto teste 1,0 L ha-1; 5- Produto teste 1,5 L ha-1; 6- Produto teste 2,0 L ha-1; 7-Testemunha.

4.3. Propriedades Físicas do Grão

Comercialmente com relação à qualidade física dos grãos, os parâmetros, massa específica, tamanho e forma, não são considerados, mas podem representar lucro para o produtor.

A umidade do grão observada foi abaixo do parâmetro comercial de 13% b.u. de umidade, e isso se deve ao atraso na colheita dos grãos e a secagem em campo.

Em relação às propriedades físicas do grão (Tabela 2), não houve diferença significativa para a massa específica aparente e a massa específica unitária, porém para a massa de 1000 grãos o tratamento do Padrão Produtor diferiu dos demais obtendo maior massa, pelo teste de Scott-Knott ao grau de significância de 5%. Um dos parâmetros usados

0 10 20 30 40 50 60 a a b a b b b P ro d u tiv idad e ( sc h a -1) Tratamentos 1 2 3 4 5 6 7

(27)

para dimensionamento da capacidade estática de unidades de armazenamento é a massa específica aparente.

De acordo os resultados de massa específica aparente e unitária (Tabela 2) houve uniformidade entre os tratamentos não diferindo entre si. Ambas estas propriedades são utilizadas em projetos de construção, e de dimensionamentos, contribuindo para novos projetos e otimizando os processos de secagem, armazenamento e maquinários utilizados.

Ao se tratar da variedade Monsoy 8372 IPRO os resultados de massa específica aparente são próximos de 684,15 kg m-³ na safra de 2013/2014, até 710 kg m-³ na safra de 2014/2015 (FREITAS, 2015; FURTADO et al., 2015), entretanto, para esta safra de 2016/2017 ocorreu variação de 714,94 a 728,16 kg m-³.

Não houve diferença significativa entre os tratamentos para massa específica unitária pelo teste de Scoot-Knott a 5% de probabilidade, entretanto a melhor média foi de 1.363,49 Kg m-3. Beteli (2017) utilizando a cultivar Monsoy 8372 IPRO obteve uma média de 1.279,33 Kg m-3, e com a cultivar Msoy 9144 RR Freitas (2015) obteve a melhor média de 1.201,33 Kg m-3. Levando em consideração que os resultados obtidos no estudo de Beleli (2017) na safra 2015/2016 onde se observou déficit hídrico, os valores desta variável, neste estudo, foram superiores.

Segundo Silva (2015), a massa de mil grãos está relacionada diretamente com: o número de plantas por área, número de vagens por planta, o número de grãos por vagem e o peso do grão, e que todos estão ligados entre si, onde para agregar alta produtividade deve se manejar adequadamente para se obter em conjunto o máximo de cada componente.

Analisando a massa de mil grãos os tratamentos diferiram entre si, onde, o Padrão do Produtor proporcionou melhor resultado em relação aos demais tratamentos (Tabela 2). Comparando com trabalhos de Pereira (2017) na safra 2016/2017 obteve valores de 114,27 e 133,45 g, Beteli (2017) na safra 2015/2016 obteve valores de 134,24 e 142,52 g, Sales (2017) na safra 2015/2016 obteve valores de 131,60 e 135,93 g, tem-se neste trabalho resultado superior aos apresentados, entre 145,01 e 153,07 g.

(28)

Tabela 2. Massas de mil grãos, massa específica aparente e massa específica unitária, de

grãos de soja submetida a diferentes tratamentos para o controle de doenças foliares. Safra 2016/2017, Sinop - MT.

Tratamento Massa de 1000 Grãos (g) Massa Específica Aparente (Kg m-3) Massa Específica Unitária (Kg m-3) Padrão Produtor 153,07 a 728,16 a 1194,08 a Bion 500 WG® 25 g ha-1 147,72 b 725,15 a 1226,33 a Produto teste 05 L ha-1 146,51 b 722,74 a 1363,49 a Produto teste 1,0 L ha-1 146,09 b 720,34 a 1221,85 a Testemunha 146,09 b 720,13 a 1215,52 a Produto teste 2,0 L ha-1 145,97 b 718,23 a 1189,62 a Produto teste 1,5 L ha-1 145,01 b 714,94 a 1206,15 a C.V. (%) 2,23 1,3 9,85

Médias seguidas pela mesma letra não difere entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.

No que se refere ao tamanho e forma do grão, as propriedades, volume do grão, esfericidade, circularidade, diâmetro geométrico e área superficial (Tabela 3), não apresentaram diferença significativa entre os tratamentos.

A irregularidade no formato de grãos pode influenciar negativamente em relação a limpeza dos grãos, no processo de colheita e pós-colheita, (Tabela 3) observa-se a uniformidade dos grãos, podendo dizer que, as precipitações (Figura 2) foram regulares favorecendo a cultura, durante o estádio fenológico R1 a R5, momento de desenvolvimento dos grãos.

Para os parâmetros de circularidade e esfericidade os tratamentos apresentaram valores superiores, de 91,07% e 89,40% respectivamente, aos de Beteli (2017) que avaliou a cultivar Monsoy 8372 IPRO submetida a tratamentos de proteção de plantas com Produto Stoller na safra de 2015/2016 que sofreu déficit hídrico, obtendo 75% para circularidade e 86,94% para esfericidade, e aos de Pereira (2017) que obteve 86,60% para circularidade e 86,77% para esfericidade de grãos da cultiva Monsoy M8372 IPRO submetidos ao tratamento com fungicidas foliares na safra 2016/2017.

Quanto a variável volume do grão (Tabela 3) não houve diferença significativa entre os tratamentos, com média geral de 133,45 mm³. Em comparação com os resultados de Turra (2017) que avaliou diferentes cultivares, e observou média geral de 122.42 mm³ também na safra de 2016/2017, inferior a média observada neste estudo. Entretanto os resultados de Pereira (2017) para volume do grão (146,75 mm³) foi superior ao encontrado neste trabalho. Isso permite inferir que cada cultivar apresenta tamanho e forma

(29)

característico, não impedindo de que o mesmo varie dependendo das condições ambientais e de manejo os quais a cultura foi submetida (MUNDSTOCK; THOMAS, 2005)

Sendo assim, característica de tamanho e forma do grão ao se tratar de rendimento da cultura passam a ter grande importância, pois comercialmente, os compradores tem demonstrado interesse, passando a valorizar financeiramente os grãos de melhor qualidade.

Tabela 3. Tamanho e forma do grão de soja, submetida a diferentes tratamentos para o

controle de doenças foliares. Safra 2016/2017, Sinop - MT.

Tratamentos Volume do Grão, (mm³) Esfericidade (%) Circularidade (%) Diâmetro Geométrico (mm) Área Superficial (mm) Bion 500 WG® 25 g ha-1 133,87 n.s. 89,28n.s. 90,75n.s. 6,32n.s. 19,87n.s. Padrão Produtor 146,79 89,25 91,01 6,52 20,47 Produto teste 0,5 L ha-1 135,47 89,45 91,39 6,32 19,85 Produto teste 1,0 L ha-1 142,02 90,01 91,41 6,46 20,29 Produto teste 1,5 L ha-1 137,42 89,47 91,48 6,39 20,06 Produto teste 2,0 L ha-1 139,78 89,49 91,11 6,42 20,17 Testemunha 133,63 88,84 90,37 6,32 19,87 C.V. (%) 10,26 1,29 1,68 3,56 3,59 F (5%) 2,57 n.s.

Não significativo pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.

4.4. Propriedade fisiológica

A qualidade fisiológica da semente está relacionada com a germinação e o vigor, que compreende em determinar a emergência e o desenvolvimento da estrutura do embrião, visando uma melhora na produção de grãos.

O potencial de germinação entre os tratamentos do Padrão Produtor, Testemunha e Produto teste 2,0 L ha-1 não diferiram entre si (Tabela 04), com maiores porcentagens de germinação. Enquanto que, os tratamentos Bion 500 WG® 25 g ha-1, Produto teste nas dosagens 0,5, 1,0 e 1,5 L ha-1 não diferiram entre si, mas diferiram dos demais e apresentaram menor germinação. Segundo Silva et al. (2011), as condições do campo nem sempre condizem com o ponto de vista de análise laboratorial, pois as sementes e os grãos estão em contato direto com o ambiente em estresse térmico e hídrico, entretanto,

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França-Neto et. al. (2016) afirmam que em ambiente controlado, pode-se verificar com maior exatidão qual semente e grão tem maior vigor e germinação.

Embora, há diferença significativa nos tratamentos, à análise de germinação apresentou neste estudo valores inferiores ao recomendado, segundo ABRASEM (2013), a porcentagem comercial mínima aceitável é de 75% a 80%.

Tabela 4. Propriedade fisiológica de grãos de soja submetida a diferentes tratamentos para

controle de doenças foliares. Safra 2016/2017, Sinop - MT.

Tratamento Germinação (%) PRODUTOR 76,75 a TESTEMUNHA 64,62 a Produto Teste 2,0 L ha-1 64,12 a Bion 500 WG® 25 g ha-1 63,00 a Produto Teste 0,5 L ha-1 58,50 b Produto Teste 1,5 L ha-1 55,00 b Produto Teste 1,0 L ha-1 45,25 b C.V. 17,44%

Médias seguidas pela mesma letra minúscula não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott, a 10% de probabilidade.

Os tratamentos realizados neste estudo proporcionaram percentual de 61% de germinação (Tabela 4), sendo superior ao apresentado nos estudos de Pereira (2017) com 54,28% e Beteli (2017) com 58,3% na safra de 2016/2017, e inferior ao estudo de Freitas (2015) na safra de 2014/2015 com uma média de germinação de 78,6 %.

Dentre os fatores que reduziram a germinação do grão neste estudo, sugere-se a alta incidência de fitopatógenos nos grãos (Tabela 6), como Phomopsis spp., Fusarium spp. que interferem diretamente na germinação em laboratório causando a morte do embrião, e problemas relacionados a temperatura (Figura 1), precipitação (Figura 2) e possivelmente o atraso na colheita dos grãos. Portanto, condições inadequadas especialmente na pré-colheita, podem interferir na condição fisiológica dos grãos e em sua integridade física.

(31)

4.5. Análise Sanitária

Uma condição extremamente importante é a qualidade sanitária que refere-se a ausência ou presença de patógenos, e que os mesmos podem reduzir a germinação e o vigor dos grãos. Os fungos de armazenamento podem produzir micotoxinas, que são um problema para a saúde dos animais e humanos (GOULART, 2005).

O objetivo do teste de sanidade é determinar o estado de infecção fitopatogênica de uma amostra, que pode interferir na qualidade, no vigor e reduzir o valor comercial do grão (HENING, 2004). Neste estudo os grãos apresentaram próximo de 100% de incidência, e os fungos encontrados com maior incidência nos grãos de cada tratamento foram: Fusarium spp., Cercospora spp., Phomopsis spp., e com menor incidência, Colletotrichum spp., Aspergillus spp., Penicillium spp., Chaetomium spp., Rhizopus spp., e bactérias (Tabela 5).

Em campo foi observado por Guerra (2017), na safra 2016/2017, cultivar Monsoy 8372 IPRO, submetida aos mesmos tratamentos deste trabalho (Tabela 1), as doenças mancha alvo (Corynespora cassiicola), míldio (Peronospora manshurica), e antracnose (Colletotrichum truncatum), onde esta doença apresentou aumento na severidade no final do ciclo da cultura. Analisando a severidade de antracnose em plantas submetidas aos tratamentos Produto Teste na dosagem de 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0 L ha-1, houve uma porcentagem de infecção de 14,65%, 7,5%, 8,44% e 2,5% respectivamente, porém, a infecção no grão foi de 2,5%, 1,94%, 3,44% e 3,69% respectivamente. Portanto, pode-se inferir que quanto menor a dosagem se tem melhor qualidade fitossanitária de grãos, em contrapartida ocorre maior severidade da doença em campo.

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Tabela 5. Incidência (%) de fungos e bactéria em grãos de soja grão submetida a diferentes

tratamentos para o controle de doenças foliares. Safra 2016/2017, Sinop – MT.

Tratamentos Incidência (%) Bion 500 WG® 25 g ha-1 Produto Teste 0,5 L ha-1 Produto Teste 1,0 L ha-1 Produto Teste 1,5 L ha-1 Produto Teste 2,0 L ha-1 Padrão Produtor Testemunha C.V. (%) Fusarium spp. 39,43 c 48,81 a 42,81 b 40,5 c 35,75 d 35,18 d 33 d 37,8 Cercospora spp. 44,5 c 48,68 c 44,37 c 55,25 b 48,06 c 62,06 a 52,75 b 26,93 Chaetomium spp. 0,31 b 0,06 b 0,18 b 0,25 b 0,25 b 0,93 a 0,18 b 367,22 Penicillium spp. 0,68 b 0,56 b 0,68 b 0,50 b 0,56 b 1,37 a 0,25 b 252,77 Aspergillus spp. 10,87 a 3,15 c 5,19 c 7,82 b 5,06 c 7,65 b 4,37 c 110,66 Colletotrichum spp. 3,19 b 2,50 c 1,94 c 3,44 b 3,69 b 7,15 a 3,94 b 110,74 Phomopsis spp. 36,31 a 36,56 a 40,63 a 26,75 b 37,69 a 18,31 c 33,88 a 37,67 Rhizopus spp. 1,19 a 1,44 a 1,50 a 1,63 a 0,75 a 1,82 a 1,19 a 203,15 Bactéria* 5,85 b 5,93 b 6,43 a 5,78 b 5,79 b 4,45 c 5,87 b 20,35

Médias seguidas pela mesma letra, na linha, não difere entre si, pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. *Para as bactérias os dados foram transformados em "(x+k)^1/2" com k = 1.

Ocorreu variação nos resultados obtidos nesta análise, quanto à incidência de fungos, possivelmente isso se deu pela dificuldade de colheita no tempo correto, pela interferência da precipitação (Figura 2) e temperatura (Figura 1), prejudicando a qualidade fitossanitária dos grãos fazendo com que alguns fungos se desenvolvessem como: Phomopsis spp., Fusarium spp. Cercospora spp. e Colletotrichum spp..

De maneira geral, os tratamentos apresentaram infecção elevada por patógenos (Tabela 5), dentre os quais o tratamento com maior incidência de patógenos nos grãos foi Bion 500 WG® 25 g ha-1.

Dentre os tratamentos com Produto Teste a dose de 2,0 L ha-1 apresentou controle de Fusarium spp. e Rhizopus spp., e a dose de 1,5 L ha-1 apresentou controle de Penicillium spp., Phomopsis spp. e bactérias. Utilizando o produto na dose de 1,0 L ha-1 controlou-se a incidência de Cercospora spp. e Colletotrichum spp. e, com 0,5 L ha-1 houve controle de Chaetomium spp. e Aspergillus spp..

Os tratamentos apresentaram uma variação de controle total da infecção dos fungos, onde cada tratamento se destacou no controle de um fungo em específico. Quanto à incidência de grãos infectados por Fusarium spp. observou-se no tratamento Produto Teste

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(0,5 L ha-1)48,81% de incidência deste fungo, seguido do Produto Teste (1,0 L ha-1)com 42,81% (Tabela 5). Segundo Goulart (2005) Fusarium spp. está associado ao atraso na colheita, alta temperatura (Figura 1), elevada precipitação (Figura 2) no final do ciclo da cultura. Os tratamentos que se destacaram no controle deste patógeno foram Produto Teste na dosagem de 2,0 L ha-1, Padrão Produtor e testemunha.

Um dos sintomas mais evidentes do fungo Cercospora spp. é a coloração roxa típica no grão, onde toda a amostra de cada tratamento apresentava este sintoma. Porém, nem todo o grão com esse tipo de sintoma, apresentou o fungo, entretanto, em grãos que não apresentaram sintomas ocorreu crescimento do fungo. Quanto à incidência, o tratamento que não obteve êxito no controle do patógeno foi Padrão Produtor com 62,06%, e o tratamento com maior eficiência no controle deste patógeno foi Produto Teste (1,0 L ha-1) com 44,37% de incidência (Tabela 5). Segundo Goulart (2005) e Henning et al. (2005), o fungo Cercospora spp. não afeta a germinação e a qualidade do grão.

Phomopsis spp., apresentou alta incidência nos tratamentos (Tabela 5), onde o tratamento Padrão Produtor obteve melhor controle de Phomopsis spp. apesentando 18,31% de incidência. O tratamento Produto Teste na dosagem de 1,5 L ha-1 obteve o melhor resultado em relação às outras dosagens apresentando 26,75% de incidência, entretanto foi superior em comparação com os resultados de Pereira (2017) que apresentou menor incidência de 21,00% na aplicação do produto Trifloxistrobina + protioconazol em R1+15 dias; e Picoxistrobina+ ciproconazole em R1+30 dias.

Este fungo está associado com baixa germinação e redução da qualidade do grão principalmente em períodos de precipitação contínua (Figura 2) na maturação (MUNDSTOCK; THOMAS, 2005). Segundo Goulart (2005) grãos altamente infectados por Phomopsis spp. quando avaliados pelo teste padrão (germitest) podem ter sua germinação reduzida drasticamente.

Neste estudo a porcentagem de incidência por Aspergillus spp. foi de 6,30%, índice relativamente baixo, os mesmos parâmetros encontrado por Pereira (2017) com uma incidência de 6,95%. Sales (2017) em estudo com a cultivar Monsoy 8372 IPRO, safra 2015/2016 submetida a diferentes tratamentos de proteção foliar obteve 51,2% de incidência deste fungo, superior aos valores deste estudo e aos de Pereira (2017).

Com exceção do tratamento Bion 500 WG® (25 g ha-1) que apresentou maior incidência de Aspergillus spp. com 10,87%, os demais tratamentos foram inferiores a 7,82%. O tratamento que controlou o patógeno foi Produto Teste na dosagem de 0,5 L ha-1, com 3,15% (Tabela 5).

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Segundo Goulart (2005) a alta incidência o Aspergillus spp. pode reduzir o poder germinativo de semente e grão e emergência de plântulas no campo.

A incidência de fungo Colletotrichum spp. (3,69%) foi relativamente inferior ao encontrado por Prado (2016) de 40%, que avaliou a incidência de fungos de campo em grãos de cultivares de soja tratada com diferentes fungicidas, durante seu cultivo na safra 2014/2015, no município de Vera/MT. Pereira (2017) obteve uma porcentagem de incidência de 1,65% na safra de 2016/207, inferior ao deste estudo.

De acordo com os resultados obtidos o tratamento que controlou a incidência do patógeno (1,94%) foi Produto Teste na dosagem de 1,0 L ha-1 (Tabela 5). O fungo Colletotrichum spp. em relação a perda de viabilidade durante o armazenamento, demonstra maior persistência que Fusarium spp. e Phomopsis spp., apesar de sua incidência diminuir por um período curto de armazenamento (GOULART, 2005; GODOY et. al., 2004; ALENCAR et. al., 2008).

Sendo Rhizopus spp., um fungo de pós-colheita, considerado sem importância, mas que se houver infestação pode atrapalhar a leitura de outros fungos (GOULART, 2005), este trabalho apresentou baixa incidência do fungo (1,36%), não interferindo na leitura de outros fungos. Resultado semelhante ao obtido por Pereira (2017), que observou incidência de 1,83% na safra de 2016/207. Na safra de 2015/2016, Beteli (2017) e Sales (2017), analisando a cultivar Monsoy 8372 IPRO observaram incidência de Rhizopus spp., maior que 50%.

Neste estudo não foi observada diferença significativa entre os tratamentos, entretanto, o tratamento que se destacou no controle do patógeno foi Produto Teste na dosagem de 2,0 L ha-1 com 0,75% de incidência (Tabela 5).

Para Chaetomium spp. a incidência foi inferior a 1%, próximo aos dados de Muller (2015) que avaliou a cultivar CD205 RR submetida ao tratamento com diferentes Fosfitoa de Potássio no município Dois Vizinhos – PR, safra de 2012/2013, apresentando 0,5% de incidência. Sendo que neste estudo a menor incidência do fitopatógeno foi de 0,06%, submetido ao tratamento Produto Teste na dosagem de 0,5 L ha-1 (Tabela 6), e o tratamento Padrão Produtor diferiu dos demais obtendo a maior porcentagem de infecção do patógeno de 0,93%.

Para a região de Sinop, estudos como os de Beteli (2017), Pereira (2017), Sales (2017), Prado (2016) e Turra (2017) referentes às safras 2015/2016 e 2016/2017 não apresentaram incidência do patógeno Chaetomium spp..

De acordo os dados apresentado neste estudo (Tabela 5) a incidência de Penicillium spp. variou entre 1,37% e 0,25%, resultados similares aos observados por Pereira (2017)

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que constatou incidência de 2,75% a 0,75%, e inferior a média de incidência encontrada por Beteli (2017), Prado (2016), Sales (2017) e Muller (2015), de 12%, 40%, 11,48% e 6,85%, respectivamente. Sugerindo que os tratamentos realizados neste estudo (Tabela 1) foram eficazes no controle do patógeno.

O tratamento Padrão Produtor diferiu dos demais tratamentos apresentando maior incidência do fungo de 1,37% (Tabela 5), entretanto os tratamentos Produto Teste nas dosagens de 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0 L ha-1, apresentaram resultados similares. O fungo Penicillium spp. geralmente ocorre em semente e grãos de soja com baixa qualidade, e quando armazenados com alta umidade.

Os grãos não apresentaram sintomas aparente de bactérias, porém, ao passar pelo processo de incubação, houve um crescimento significativo em todos os tratamentos. Há duas fontes de origem de bactérias, sementes infectadas ou restos de cultura anterior (GOULART, 2005; HUNGRIA et. al., 2001). O tratamento que obteve melhor resultado no controle de bactéria foi Padrão Produtor com 4,45% de incidência (Tabela 5), diferindo dos demais tratamentos.

(36)

5. CONCLUSÕES

Conclui-se, portanto, mediante as análises e resultados obtidos que:

 O Produto teste (1,0 L ha-1) se mostrou promissor em relação a produtividade,

entretanto, em relação as propriedades físicas do grão, não houve diferença entre os tratamentos, exceto em relação a massa de mil grãos;

 Quanto à propriedade fisiológica, os tratamentos analisados proporcionaram baixa germinação dos grãos;

 Na qualidade sanitária dos grãos, houve uma tendência de melhores resultados para Produto teste (0,5 L ha-1) no controle da incidência de Chaetomium spp. e Aspergillus spp..; Produto teste (1,0 L ha-1) no controle da incidência de Colletotrichum spp.; Produto teste (1,5 L ha-1) no controle da incidência de Penicillium spp..; Produto teste (2,0 L ha-1) no controle da incidência de Rhizopus spp. e Padrão Produtor no controle da incidência de Phomopsis spp... Porém, não houve tendência de melhor controle da incidência de Fusarium spp. e Cercospora spp..

(37)

6.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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