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Acor
Acordes Substi
des Substitutos Diatô
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Conteúdo
do
Introdução
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Princípio Geral de
Princípio Geral de Substituição de Acordes
Substituição de Acordes
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onalidades Maiores: Acordes
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Substitutos da Tônica
Tônica
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Tonalidades Maiores: Acordes Substitutos
onalidades Maiores: Acordes Substitutos da Subdominante
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Tonalidades Maiores: Acordes
onalidades Maiores: Acordes Substitutos da
Substitutos da Dominante
Dominante
Tonalidade Maior: Tabela dos Acordes Substitutos
Tonalidade Maior: Tabela dos Acordes Substitutos
T
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onalidades Menores: Acordes Substitutos
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da Tônica
Tônica
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Tonalidades Menores: Acordes Substitutos
onalidades Menores: Acordes Substitutos da Subdominante
da Subdominante
Tonalidades Menores : Acordes Substitutos da Dominante
Tonalidades Menores : Acordes Substitutos da Dominante
Tonalidade Menor: Tabela dos Acordes Substitutos
Tonalidade Menor: Tabela dos Acordes Substitutos
Uso dos Acordes Substitutos
Uso dos Acordes Substitutos
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Introdução
Os acordes substitutos são aqueles que substituem da forma mais adequada os acordes principais de uma tonalidade. Em tonalidades maiores e menores, os acordes principais são aqueles formados sobre o primeiro grau (Tônica), quarto grau (Subdominante) e quinto grau (Dominante). Esses acordes podem ser substituídos por outros que mantêm a mesma função do acorde principal de origem. Em outras palavras, os acordes substitutos devem manter a função de tônica, subdominante ou dominante.
Há duas categorias principais de acordes substitutos:
Acordes Substitutos Diatônicos: são aqueles que pertencem à tonalidade de origem, isto é, não acrescentam notas alteradas; são os acordes formados sobre o 2º, 3º, 6º e 7º graus.
Acordes Substitutos Cromáticos: são aqueles em que pelo menos uma de suas notas são alteradas em relação à tonalidade onde são empregados.
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Princípio Geral de Substituição de Acordes
Em relação a qualquer acorde, os substitutos mais eficazes são aqueles que têm o maior número de notas comuns. Como uma tríade possui três sons, duas notas é o maior número possível de notas comuns entre duas tríades. Por exemplo, há duas tríades perfeitas que têm duas notas comuns em relação a C: Am C Em si sol ↔ sol mi ↔ mi ↔ mi dó ↔ dó lá
Assim, Am e Em são os substitutos mais adequados para o acorde de C, nas tonalidades em que estes acordes aparecem.
Am e Em fazem parte dos tons de DóM, SolM e Mim; em todos esses tons, podem substituir o acorde de C.
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Princípio Geral de Substituição de Acordes – continuação
Entretanto, apenas possuir notas comuns não é o suficiente para um acorde ser considerado um substituto adequado. É necessário que o substituto tenha as mesmas características de função e sonoridade que o acorde principal.
Por exemplo, os acordes que possuem a sensível determinam a função de dominante (tensão harmônica). Por isso, em um campo harmônico mais simples, formado apenas por tríades, um acorde com a sensível não seria muito apropriado para caracterizar a função de tônica.
Por isso, em Dó Maior, o acorde de Em, que possui a nota si (sensível de dó), não seria o melhor substituto da tônica, mesmo possuindo duas notas comuns. Neste contexto, entre os acordes citados na página anterior, (Am e Em) o melhor substituto para C, em Dó Maior, seria Am, que inclusive caracteriza a sonoridade da relativa, já que a tonalidade de Lá Menor é relativa do tom de Dó Maior.
O mesmo problema não aconteceria na tonalidade de Sol Maior, pois tanto o acorde de Am quanto o acorde de Em podem substituir o acorde de C com eficácia, neste tom. Em Sol maior, a sensível é fá#, que não está presente em nenhum desses acordes (C, Am , Em).
Isso significa que um acorde substituto deve cumprir dois requisitos: a) Possuir notas comuns em relação ao acorde principal
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Tonalidades Maiores: Acordes Substitutos da Tônica
Os acordes substitutos do 1º grau são aqueles que têm o maior número de notas comuns e, ao mesmo tempo, mantêm a função de tônica. Na tonalidade de Dó Maior, o melhor substituto da tônica C é o acorde de Am. Este acorde é chamado de “Tônica relativa” (já que Lá Menor é
relativa de Dó Maior). Por definição, a relativa de um acorde maior sempre será um acorde menor cuja fundamental se encontra à terça menor inferior (a nota lá está uma 3ªm abaixo da nota dó). A cifra empregada na Harmonia Funcional é esta: Tr (Tônica r elativa).
Por estar na posição oposta à relativa (3ªM acima), o acorde de Em (que também tem duas notas comuns em relação a C) será chamado de “Tônica anti-relativa”. Por definição, a anti-relativa de
um acorde maior é um acorde menor cuja fundamental se encontra à terça maior superior (a nota mi está uma 3ªM acima de dó). A cifra empregada na Harmonia Funcional é esta: Ta (Tônica anti-relativa).
Assim, em Dó Maior, temos os seguintes substitutos da tônica:
Conforme foi dito anteriormente, a tônica relativa é o substituto mais eficaz pelo fato de que não possui a sensível, como ocorre com a tônica anti-relativa.
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Tonalidades Maiores: Acordes Substitutos da Subdominante
Os acordes substitutos do 4º grau são aqueles que têm o maior número de notas comuns e, ao mesmo tempo, mantêm a função de subdominante. Na tonalidade de Dó Maior, o melhor substituto da subdominante F é o acorde de Dm. Este acorde é chamado de “Subdominante
relativa” (Ré Menor é relativa de Fá Maior). A cifra empregada na Harmonia Funcional é esta: Sr
(Subdominante r elativa).
O acorde de Am é considerado como “Subdominante anti-relativa”. A cifra empregada na
Harmonia Funcional é esta: Sa (Subdominante anti-elativa) – a fundamental lá está uma 3ªM
acima da fundamental fá.
Em Dó Maior, temos os seguintes substitutos da subdominante:
Assim como ocorre em relação à tônica, a relativa da subdominante é um substituto mais eficaz do que a anti-relativa. Entretanto, nesta função (subdominante), ambos os acordes podem ser empregados eficientemente.
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Tonalidades Maiores: Acordes Substitutos da Dominante
Os acordes substitutos do 5º grau são aqueles que têm o maior número de notas comuns e, ao mesmo tempo, mantêm a função de dominante. Na tonalidade de Dó Maior, o melhor substituto da dominante G é o acorde de Bm(b5). Este acorde deve ser explicado com maiores detalhes. A cifra empregada na Harmonia Funcional é esta: (Dominante com sétima sem a fundamental)–
considera-se que se trata de um acorde de G7 do qual a fundamental foi suprimida, conforme demonstra o exemplo abaixo.
O acorde de Em, que é a “Dominante relativa” (cifra Dr ), não é o melhor substituto da dominante
por ser uma tríade menor. Como sabemos, as tríades menores não são as melhores para caracterizar a função de dominante. Assim, em Dó Maior, temos os seguintes substitutos da dominante:
Diferentemente da tônica e da subdominante, na função de dominante, a relativa não é o melhor substituto. Nesta função, o melhor substituto é o acorde formado sobre o 7º grau da escala.
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Tonalidade Maior: Tabela dos Acordes Substitutos
Abaixo, estão as tríades na tonalidade de Dó Maior, com os acordes de função principal (I, IV e V graus) e seus substitutos, com as cifras de grau, acorde e função.
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Tonalidades Menores: Acordes Substitutos da Tônica
Os acordes substitutos do 1º grau são aqueles que têm o maior número de notas comuns e, ao mesmo tempo, mantêm a função de tônica. Na tonalidade de Lá Menor, o melhor substituto da tônica Am é o acorde de C. Este acorde é chamado de “tônica Relativa” (já que Dó Maior é
relativa de Lá Menor ). Por definição, a relativa de um acorde menor sempre será um acorde maior cuja fundamental se encontra à terça menor superior (a nota dó está uma 3ªm acima da nota lá ).
A cifra empregada na Harmonia Funcional é esta: tR (tônica Relativa) note que as letras maiúsculas e minúsculas se invertem em relação ao tom maior. Isso se deve ao fato de que a tônica Am é uma tríade menor, ao passo que sua relativa C é uma tríade maior. Por isso, é comum cifrar o “t” minúsculo (para indicar que a tônica é menor) e o “R” maiúsculo (para indicar
que a relativa é maior). Pode-se ler assim: “relativa maior da tônica menor.”
Por estar na posição oposta à da relativa (3ªM abaixo), o acorde de F é a “tônica Anti-relativa”. Por
definição a anti-relativa de um acorde menor é um acorde maior cuja fundamental se encontra à terça maior inferior (a nota fá está uma 3ªM abaixo de lá). A cifra empregada na Harmonia Funcional é esta: tA (tônica Anti-relativa). Pode-se ler assim: “anti-relativa maior da tônica
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Tonalidades Menores: Acordes Substitutos da Tônica - continuação Em Lá Menor, temos os seguintes substitutos da tônica:
Ambos podem funcionar como substitutos eficazes. A prova disso está na tradicional cadência deceptiva, que, em vez de terminar sobre o 1º grau, conclui sobre o 6º grau.
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Tonalidades Menores: Acordes Substitutos da Subdominante
Os acordes substitutos do 4º grau são aqueles que têm o maior número de notas comuns e, ao mesmo tempo, mantêm a função de subdominante.
Na tonalidade de Lá Menor, o melhor substituto da subdominante Dm é o acorde de F. Este acorde é chamado de “subdominante Relativa” (Fá Maior é relativa de Ré Menor – a fundamental
fá está uma 3ªm acima da fundamental ré). A cifra empregada na Harmonia Funcional é esta: sR (subdominante Relativa) – pode-se ler “relativa maior da subdominante menor”.
O acorde de Bb é a “subdominante Anti-relativa” – a fundamental sib está uma 3ªM abaixo da
fundamental ré. A cifra empregada, na Harmonia Funcional, é esta: sA (subdominante Anti-relativa) – pode-se ler “anti-relativa maior da subdominante menor”. Este acorde não pertence à
tonalidade de Lá Menor, sendo, portanto, um acorde alterado. Este acorde, que se encontra meio-tom acima da tônica, é um dos acordes alterados mais empregados com função de subdominante (portanto, será estudado na unidade que trata de acordes substitutos alterados). Na Harmonia Tradicional, é chamado de Napolitana.
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Tonalidades Menores: Acordes Substitutos da Subdominante - continuação
Em Lá Menor, temos os seguintes substitutos naturais (sem alteração) da subdominante:
Ambos substitutos podem ser empregados com eficiência. A tríade diminuta sobre o 2º grau pode ser entendida como um acorde de subdominante com a sexta (si) no baixo. Este acorde é bastante empregado com a sétima, cuja cifra pode ser: Bm7(b5) – notas: si-ré-fá-lá.
Destaca-se o fato de que o acorde de F, em Lá Menor, pode ser empregado tanto como tA (tônica Anti-relativa), quanto como sR (subdominante Relativa). Sua função depende do campo
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Tonalidades Menores : Acordes Substitutos da Dominante
Os acordes substitutos do 5º grau são aqueles que têm o maior número de notas comuns e, ao mesmo tempo, mantêm a função de dominante.
Na tonalidade de Lá Menor, o melhor substituto da dominante E é o acorde de G#m(b5). Este acorde tem as mesmas características que o acorde de 7º grau do tom maior. A cifra empregada na Harmonia Funcional é esta: (Dominante com sétima sem a fundamental)– considera-se
que se trata de um acorde de E7 do qual a fundamental foi suprimida, conforme demonstra o exemplo abaixo.
A “Dominante relativa” é o acorde de C#m. A cifra é esta: Dr (lembre-se de que Dó#m é a relativa
de MiM). Este também é um acorde alterado, pois não pertence à tonalidade de Lá Menor. Seu emprego é raro e, por isso, não será abordado nesta unidade.
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Tonalidades Menores : Acordes Substitutos da Dominante - continuação Em Lá Menor, temos apenas um substituto diatônico da dominante:
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Tonalidade Menor: Tabela dos Acordes Substitutos
Abaixo, estão as tríades na tonalidade de Lá Menor, com os acordes de função principal (1º , 4º e 5º graus) e seus substitutos, com as cifras de grau, acorde e função.
A tabela abaixo não segue nenhuma das escalas tradicionais (natural, melódica ou harmônica). O critério para a colocação dos acordes está em seu uso mais comum. Por exemplo, o acorde sobre o 3º grau pertence à escala natural, já os acordes sobre o 5º e o 7º graus pertencem à escala harmônica ou melódica. O acorde de 6º grau pertence tanto à escala natural quanto à escala harmônica.
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Uso dos Acordes Substitutos
Os acordes substitutos podem ser empregados em algumas situações:
a) Substituir os acordes principais (daí seu nome de “acordes substitutos”). Em Dó Maior:
A sequência C F G7 C
poderia ser substituída por esta C Dm Bm(b5) C
sem mudar o contexto harmônico, através das funções de T – S – D – T.
b) Enriquecer o colorido harmônico pelo uso de acordes maiores e menores. Em Lá Menor:
A sequência Am Dm E7 Am
poderia ser enriquecida assim Am F Dm Bm(b5) E7 Am c) Acrescentar acordes a uma sequência harmônica preexistente
A harmonia da canção Nesta Rua poderia ser enriquecida pelo acréscimo dos seguintes acordes como exemplo, são utilizados acordes sobre todos os graus de Lám; os acordes originais estão em negrito; as barras verticais indicam os compassos).
Am G#º | Am | Dm C | F Bm(b5) | E7 | C | Bm(b5) E | Bm(b5) G#º |
Am Bº | Am | Dm C | F Bm(b5) | Dm C | F Bm(b5) | E7 | Bm(b5) | Am/E E7 | Am || Confira os seguintes arranjos (para flauta e violão) da canção Nesta Rua:
Arranjo com base na harmonia original – Áudio
Arranjo com base no enriquecimento da harmonia através de substitutos diatônicos –