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Relatório de estágio no Badoca Safari Park: destaque para enriquecimento ambiental em tigres

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Academic year: 2021

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

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ELATÓRIO DE

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STÁGIO NO

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ADOCA

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AFARI

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ARK

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ESTAQUE PARA ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL EM TIGRES

Relatório Final de Estágio

Mestrado em Engenharia Zootécnica

Orientado: Catarina David de Sousa Quinteira Orientador: José Júlio Martins Orientador externo: Rui Cunha

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

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ELATO DE

E

STÁGIO NO

B

ADOCA

S

AFARI

P

ARK

D

ESTAQUE PARA ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL EM TIGRES

Relatório Final de Estágio

Mestrado em Engenharia Zootécnica

Orientado: Catarina David de Sousa Quinteira Orientador: José Júlio Martins Orientador externo: Rui Cunha

Composição do Júri:

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Declaro que esta dissertação de mestrado é resultado da minha pesquisa e trabalho pessoal. Todo o conteúdo apresentado nesta dissertação é da exclusiva responsabilidade da autora.

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A

GRADECIMENTOS

À minha família, em especial, à minha mãe, pai e avô, por estarem sempre presentes em todos os momentos importantes da minha vida, por serem os meus pilares e os meus “heróis” e por me apoiarem incondicionalmente.

À minha irmã, por ser a pessoa mais importante da minha vida, por ter crescido comigo, por todas as brincadeiras, por passares comigo momentos bons e maus, por me dar sempre os melhores conselhos e por me incentivar sempre a seguir os meus sonhos.

Ao meu orientador Professor José Júlio Martins e à Professora Ângela Martins, por todo o auxílio prestado no decorrer do curso e desta dissertação.

Ao Professor Divanildo Monteiro, por desde o meu primeiro ano nesta Universidade, estar sempre disponível para me ajudar em qualquer problema, pelos bons momentos vividos e por se ter tornado um amigo.

A toda equipa do Badoca Safari Park, por me terem dado uma experiência de estágio fantástica e por todos os momentos espectaculares vividos juntos, de companheirismo e boa disposição. Será algo que nunca esquecerei. Um especial obrigado aos tratadores Hélder Nunes, Ricardo Cid e Marcos Sousa por toda a ajuda prestada, por todos os ensinamentos e por toda a amizade.

Ao meu orientador e director técnico do Badoca Safari Park, Rui Cunha por me ter dado esta oportunidade de estágio indescritível, por ter demonstrado confiança em mim e no meu trabalho, por me ter confiado o tratamento da Khaleesi e por toda a ajuda prestada.

Aos meus colegas de estágio, Stefan Duarte, Xana Peres, Pedro Ramos e Patrícia Nabo, por terem tornado esta jornada ainda melhor, por estarmos sempre juntos, por todos os momentos de diversão, de palhaçada, de riso, por toda a amizade e por serem pessoas espectaculares.

A todos os meus amigos de Engenharia Zootécnica e Medicina Veterinária, aos meus padrinhos e afilhados de praxe, pela amizade, por fazerem parte do melhor período da minha vida e por todos os momentos excelentes partilhados.

À IAAS-UTAD e todos os companheiros que por lá passaram, antes de mais, por me terem recrutado para esta grande família, por termos passado por tanto juntos, por todas as conquistas, desafios, por nos apoiarmos uns aos outros, e momentos de extrema boa disposição, que tornaram a minha experiência académica muito especial. Será sempre um tremendo orgulho para mim ter feito parte desta associação.

Aos meus amigos Jorge Campelo, David Gomes, Mariana Gama, Vítor Gonçalves, Nuno Rodrigues, Nuno Fernandes, Inês Cal, Teresa Catumba, Joana Rodrigues e Maria Morais, por serem os meus companheiros desde o início desta aventura e por terem vivido momentos tão bons e divertidos que serão para sempre recordados com carinho.

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Ao Hyan Silva, por ser o melhor amigo que uma pessoa pode desejar, por todos os momentos de diversão, de amizade, por me apoiares em tudo e por me incitares a ser melhor e a perseguir sempre os meus sonhos. Obrigada por seres o melhor ouvinte e por me dares a certeza que vais estar presente sempre que eu precisar.

Aos meus amigos, Jorge Guilherme, João Barbosa e Rúben Jordão, por serem os meus companheiros de longa data, por todos os momentos compartilhados e por toda a amizade.

Aos “Sapinhos Roxos”, Maria José Quinteira, Raul Gonçalves, Pedro Franco, Tiago Ventura, André Sousa, Ricardo Borges, Henrique Santos, Carolina Abrantes e Sofia Portugal, por serem a família que eu escolhi, por todos os momentos vividos juntos serem espectaculares, pela entreajuda, pelas histórias mirabolantes que iremos ter para contar, por crescermos juntos, pelos jantares, borracheiras, brincadeiras e tudo o que um amigo pode desejar. Muito obrigado por tornarem a minha experiência académica fantástica, por contribuírem tanto para a minha felicidade e espero que continuem presentem na minha vida sempre.

Aos “meus bichinhos”, Bengal, Sibéria, Sumatra, Princesa, Íris, Tico e Khaleesi, por aumentarem exponencialmente esta paixão por felinos e por animais selvagens, e por me relembrarem a minha vocação e importância da conservação da vida selvagem. Um especial obrigado à Khaleesi, por teres sobrevivido, por me mostrares que desistir nunca deve ser uma opção, e por me fazeres ter orgulho em mim própria.

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R

ESUMO

O presente relatório foi desenvolvido no Badoca Safari Park, em Vila Nova de Santo André, Setúbal e nele são apresentadas as actividades efectuadas no estágio ao longo de 5 meses, onde foi executado um acompanhamento de todo o maneio diário desempenhado no parque, em diferentes sectores. Aborda também um plano de enriquecimento ambiental em tigres-de-Bengala (Panthera tigris tigris).

O projecto de enriquecimento foi realizado numa população de três tigres, duas fêmeas (Sumatra e Sibéria) e um macho (Bengal). Contou com vinte e dois enriquecimentos de diferentes tipos, onde se analisou a interacção dos felinos com os mesmos.

Observaram-se diferenças na reacção e preferência individual por certos tipos de enriquecimentos. Os estímulos que despertaram maior interesse nos tigres foram os que incluíram uma vertente odorífera.

Existem muitos enriquecimentos que se podem fazer praticamente sem investimento financeiro e que são uma mais-valia para a melhoria das condições de bem-estar de animais em cativeiro, na medida em que podem diminuir os períodos de inactividade e proporcionar o desenvolvimento de comportamentos naturais da espécie.

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ABSTRACT

This report was developed at the Badoca Safari Park, in Vila Nova de Santo André, Setúbal and it presents the activities carried out during the five-month traineeship, where the daily management of the park was monitored in different sectors. It also addresses an environmental enrichment plan for Bengal tigers (Panthera tigris tigris).

The enrichment project was carried out on a population of three tigers, two females (Sumatra and Siberia) and one male (Bengal). It counted on twenty two environmental enrichments of different types, where the interaction of the felines with the same ones was analyzed.

Differences in reaction and individual preference for certain types of enrichment were observed. The enrichments that aroused most interest in the tigers were those that included an odoriferous strand.

There are many enrichments that can be made virtually without financial investment and which are an added value for improving the welfare conditions of captive animals, as they can reduce downtime and provide the development of natural behaviors of the species.

(12)

Índice

1. INTRODUÇÃO ... 1

2. RELATÓRIO DE ACTIVIDADES ... 2

2.1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ... 2

2.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA ... 2

2.3. DIVISÃO ESPACIAL DO PARQUE ... 3

2.4. ZONA PEDESTRE ... 4

2.4.1. AVIÁRIO DAS AVES EXÓTICAS: ... 4

2.4.2. AVIÁRIO DAS AVES TROPICAIS:... 5

2.4.3. FALCOARIA: ... 5

2.4.4. LAGO DOS FLAMINGOS: ... 6

2.4.5. ILHA DOS LÉMURES: ... 7

2.4.6. INSTALAÇÕES DOS PAPAGAIOS CINZENTOS (Psittacus erithacus): ... 8

2.4.7. QUINTINHA: ... 8

2.4.8. INSTALAÇÃO DOS SITATUNGAS (Tragelaphus spekii): ... 9

2.4.9. INSTALAÇÃO DOS COATIS-DE-CAUDA-ANELADA (Nasua nasua): ... 9

2.4.10. INSTALAÇÃO DAS EMAS E DOS CANGURUS-DE-BENNET: ... 10

2.4.11. INSTALAÇÃO DOS SURICATAS (Suricata suricatta): ... 10

2.4.12. INSTALAÇÃO DOS FACOQUEROS (Phacochoerus africanus): ... 11

2.4.13. LAGO DOS CAIMÕES (Caiman corcodilus):... 11

2.4.14. INSTALAÇÃO PARA CRIAS DE AVESTRUZES (Struthio camelus): ... 12

2.4.15. INSTALAÇÃO DAS TARTARUGAS-DE-ESPORAS-AFRICANAS (Geochelone sulcata): ... 12

2.5. ILHAS DOS PRIMATAS ... 13

2.6. SAFARI ... 14

2.6.1. INSTALAÇÕES GERAIS: ... 14

2.6.2. INSTALAÇÕES DAS GIRAFAS: ... 16

2.6.3. QUARENTENAS:... 17

2.6.4. RECINTO DOS ÓRIX CIMITARRA (Oryx dammah): ... 17

2.6.5. PARQUE DOS TIGRES: ... 17

2.6.6. INSTALAÇÃO DAS AVESTRUZES JOVENS: ... 18

2.6.7. ZONA DO POSTE: ... 18

2.6.8. ZONA DA BARRAGEM: ... 19

2.6.9. ZONA DA VÁRZEA: ... 19

2.7. EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA NO BADOCA SAFARI PARK ... 20

(13)

2.7.1.1. COZINHA ... 20

2.7.1.1.1. Verificação, libertação dos animais e limpeza das instalações: ... 20

2.7.1.1.2. Preparação de dietas para os animais: ... 21

2.7.1.1.3. Distribuição da alimentação: ... 23

2.7.1.1.4. Sessão de Alimentação dos lémures: ... 23

2.7.1.1.5. Manutenção/Separação de alimentos fornecidos: ... 24

2.7.1.1.6. Recolha de animais: ... 25

2.7.1.2. ILHA DOS PRIMATAS ... 26

2.7.1.2.1. Verificação da vedação eléctrica: ... 26

2.7.1.2.2. Avaliação dos animais: ... 26

2.7.1.2.3. Preparação de dietas para primatas: ... 26

2.7.1.2.4. Distribuição de alimentação: ... 27

2.7.1.2.5. Abertura dos Animais:... 27

2.7.1.2.6. Limpeza das Instalações: ... 27

2.7.1.2.7. Manutenção/Separação de Alimentos: ... 27

2.7.1.2.8. Recolha e Contagem dos animais: ... 28

2.7.1.3. SAFARI ... 29

2.7.1.3.1. Verificação dos animais estabulados: ... 29

2.7.1.3.2. Treino de girafas: ... 30

2.7.1.3.3. Alimentação dos animais estabulados: ... 30

2.7.1.3.4. Distribuição de alimentação pelo Safari: ... 31

2.7.1.3.5. Verificação das vedações eléctricas:... 32

2.7.1.3.6. Abertura dos tigres: ... 32

2.7.1.3.7. Limpeza das instalações dos tigres: ... 33

2.7.1.3.8. Abertura dos animais estabulados: ... 33

2.7.1.3.9. Limpeza das instalações dos animais estabulados: ... 33

2.7.1.3.10. Distribuição de alimentação pelos animais da quintinha: ... 33

2.7.1.3.11. Manutenção/Distribuição de forragem: ... 34

2.7.1.3.12. Recolha de animais estabulados: ... 35

2.7.1.3.13. Recolha e alimentação dos tigres: ... 36

2.7.2. OUTRAS EXPERIÊNCIAS ADQUIRIDAS ... 37

3. O TIGRE-DE-BENGALA ... 45

3.1. Taxonomia: ... 45

3.2. Subespécies: ... 45

(14)

3.3.1. Distribuição geográfica e Habitat: ... 46 3.3.2. Alimentação: ... 46 3.3.3. Reprodução: ... 47 3.3.4. Comportamentos: ... 47 4. ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL ... 50 4.1. DEFINIÇÃO ... 50 4.2. OBJECTIVOS ... 50 4.3. TIPOS DE ENRIQUECIMENTO ... 51

4.4. PROJECTO DE ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL EM TIGRES-DE-BENGALA ... 53

4.4.1. AMOSTRA ... 53

4.4.2. AMBIENTE FÍSICO ... 54

4.4.3. INTERACÇÕES COM OUTROS ANIMAIS E PESSOAS ... 55

4.4.4. MANEIO ... 55

4.4.5. PLANO DE ENRIQUECIMENTO ... 55

4.4.6. DESCRIÇÃO DOS ENRIQUECIMENTOS REALIZADOS ... 56

4.4.7. OBJECTIVOS E RESULTADOS ... 64

4.4.8. PREFERÊNCIA DE ENRIQUECIMENTOS ... 66

4.4.9. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 66

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 70

5.1. ANÁLISE SWOT ... 70

(15)

Índice de figuras:

Figura 1 - Organograma do Badoca Safari Park………..2

Figura 2 - Logótipo da empresa European Wildlife Service………...3

Figura 3 - Mapa Ilustrativo do Badoca Safari Park………3

Figura 4 - Instalação individual das kookaburras……….4

Figura 5 - Grou coroado que se encontra na área ampla do aviário……….4

Figura 6 - Tauraco leucotis num comedouro da área ampla………..4

Figura 7 - Mutum a alimentar-se na sua instalação……….5

Figura 8 - Arara vermelha e mutum, partilhando a mesma área………5

Figura 9 - Porquinhos-da-índia a alimentar-se………..5

Figura 10 - Búteo de Harris que realiza apresentações de aves de rapina……….5

Figura 11 - Calau terrestre a alimentar-se na sua instalação……….5

Figura 12 – Coruja-do-mato num poleiro especializado………..5

Figura 13 - Cegonhas de bico amarelo na ilha central………6

Figura 14 - Flamingos na instalação………6

Figura 15 - Instalação coberta dos flamingos, onde se pode ver o lago e as manjedouras………..6

Figura 16 - Sessão de Interacção com os lémures………..7

Figura 17 – Lémure-de-cauda-anelada com cria………..7

Figura 18 – Lémure-de-cauda-anelada a alimentar-se………7

Figura 19 - Ilha dos lémures, enriquecida com cordas e escadas com patamares……….7

Figura 20 - Exemplares de lémures-de-barriga vermelha………7

Figura 21 - Instalação dos papagaios cinzentos………8

Figura 22 - Papagaios cinzentos a alimentar-se.………..8

Figura 23 - Pónei com cria………8

Figura 24 - Instalação adaptada às cabras anãs. ………8

Figura 25 - Recinto destinado ao casal de ovelhas anãs. ………..8

Figura 26 - Faisões dourados, fêmea à esquerda e um macho à direita……….8

Figura 27 - Cria de sitatunga recolhida no abrigo……….9

Figura 28 - Jovem macho a alimentar-se.………..9

Figura 29 – Fêmea de sitatunga a repousar. ………9

Figura 30 - Coati no topo de uma árvore onde pode ver que se encontra uma corda………9

Figura 31 - Recinto dos coatis-de-cauda-anelada………9

Figura 32 - Dois exemplares de emas.……….10

Figura 33 - Emas e cangurus que partilham a mesma instalação……….10

Figura 34 - Família de suricatas na entrada do abrigo nocturno………...10

Figura 35 - Suricatas no interior do abrigo, onde se pode ver uma pequena casa e uma luz de aquecimento. ………10

Figura 36 - Exemplar de facoquero a repousar no recinto exterior………..11

Figura 37 - Facoqueros numa poça de lama. ………..11

Figura 38 - Caimão no recinto relvado………..11

Figura 39 - Exemplares de crias de avestruz. ……….12

Figura 40 - Região interior com luz de aquecimento. ……….12

Figura 41 - Parque exterior onde as crias de avestruz se encontram durante o dia………...12

Figura 42 - Exemplar de tartaruga na zona exterior. ………..12

Figura 43 - Refúgio onde se encontram os animais com a luz de aquecimento……….12

Figura 44 - Perspectiva aérea das ilhas dos primatas.………...13

Figura 45 - Família de babuínos a alimentar-se no recinto exterior………..13

Figura 46 - Chimpanzés numa das plataformas da área exterior……….13

Figura 47 - Ilha dos Chimpanzés, onde se pode ver que é cercado por um lago e vedação eléctrica….13 Figura 48 - Instalações presentes no Safari.………14

(16)

Figura 50 - Vista das gerais do exterior da instalação. ………14

Figura 51 - Exemplares de zebras-da-planície, entre eles, uma cria………15

Figura 52 - Macho de palanca negra……….15

Figura 53 - Dois machos kudus. Fonte: Hélder Nunes………...15

Figura 54 - Única exemplar de cobo-de-água presente no parque. Fonte: Hélder Nunes………15

Figura 55 - Girafa fêmea no Safari………16

Figura 56 - Patamar superior onde se distribui o alimento composto e a forragem………16

Figura 57 - Perspectiva do patamar superior onde é possível ver as áreas individuais dos animais…...16

Figura 58 - Instalação Interior das girafas. Perspectiva do patamar inferior………16

Figura 59 - Elande macho recém-chegado ao Badoca Safari Park. ………17

Figura 60 - Animal a recuperar de uma intervenção veterinária com recurso a sedação………..17

Figura 61 - Perspectiva aérea do recinto dos Órix. Fonte: Google Maps……….17

Figura 62 - Um exemplar adulto e uma cria de Órix cimitarra. Fonte: Marcos Sousa……….17

Figura 63 - Instalação em madeira das avestruzes jovens. Fonte: Hélder Nunes………..18

Figura 64 - Recinto exterior vedado. Fonte: Hélder Nunes………18

Figura 65 - Dois exemplares de gnu-azul na Zona do Poste, onde se pode ver um comedouro com forragem. Fonte: Marcos Sousa……….18

Figura 66 - Zona da Barragem………...19

Figura 67 - Hora de alimentação na Zona da Barragem, onde se pode ver uma linha de animais……...19

Figura 68 - Lago da zona da Várzea, onde se pode ver os búfalos a refrescarem-se………19

Figura 69 - Búfalos afro-asiáticos à esquerda e búfalos-do-congo à direita………19

Figura 70 - Maneio realizado no sector da Cozinha………20

Figura 71 - Taças com a dieta de diferentes aves………...21

Figura 72 - Veículo utilizado para transportar as dietas dos animais………23

Figura 73 - Família de suricatas a ser alimentada. Fonte: Marcos Sousa………...23

Figura 74 - Papagaio Eclético a alimentar-se………..23

Figura 75 - Tratador do Badoca Safari Park a apresentar uma sessão de alimentação dos lémures…23 Figura 76 - Exemplos de actividades que podem ser realizadas no horário da tarde no sector da Cozinha………..24

Figura 77 – Exemplos de limpezas profundas de instalações. Fontes: Marcos Sousa……….24

(a) Antes e depois de uma limpeza na instalação dos burros e póneis. (b) Antes e depois de uma limpeza na instalação das ovelhas anãs. Figura 78 - Selecção e separação de alimentos. Fonte: Marcos Sousa………25

Figura 79 - Lémures a aguardar para serem recolhidos. Aqui pode-se ver a ponte de madeira que liga a ilha às instalações de pernoita……….25

Figura 80 - Maneio realizado no sector da Ilha dos Primatas………26

Figura 81 - Dieta para primatas feitas à base de frutas e legumes………26

Figura 82 - Mecanismo de abertura das cancelas que ligam as recolhas ao recinto exterior…………...27

Figura 83 - Processo de higienização da instalação dos mandris………27

Figura 84 - Portões e gradeamento presente nas instalações dos primatas. De realçar a espessura e resistência das mesmas………..28

Figura 85 - Recolhas interiores dos primatas………..28

Figura 86 - Maneio realizado no sector do Safari………29

Figura 87 - Verificação da condição das girafas………..29

Figura 88 - Treino de girafas com uso de clicker. ………...30

Figura 89 - Manutenção de cascos de girafa, tarefa incluída no treino. ………..30

Figura 90 - Alimento composto complementar para browsers. ………30

Figura 91 - ACC para vacas e novilhos de manutenção de alta energia. ………30

Figura 92 - ACC para vacas em lactação……….30

Figura 93 - Linha de alimentação na Zona da Várzea………31

(17)

Figura 95 - Aparelhos que mostram os valores das vedações eléctricas do parque e do recinto dos

tigres……….……….32

Figura 96 - Portão de entrada para o recinto exterior dos tigres. Este encontra-se fechado com três cadeados………..……….32

Figura 97 - Tigre na recolha interior.……….32

Figura 98 - Libertação para o Safari das girafas. Fonte: Marcos Sousa………..33

Figura 99 - Póneis a alimentarem-se………33

Figura 100 - Exemplos de algumas actividades que se podem realizar no período da tarde no sector do Safari………...……….34

Figura 101 - Ninho de avestruz onde se pode ver alguns ovos e crias recém-nascidas. Fonte: Hélder Nunes.………35

Figura 102 - Zebras a serem recolhidas para as suas instalações. Fonte: Marcos Sousa………35

Figura 103 - Girafas a entrarem para a recolha………...35

Figura 104 - Portão com três cadeados da recolha interior dos tigres……….36

Figura 105 - Elande recém-nascido. Fonte: Marcos Sousa. ……….37

Figura 106 - Gnu-azul a mamar. Fonte: Marcos Sousa………..37

Figura 107 - Imobilização de elande para se proceder à colocação do chip identificativo. Fonte: João Folgado.……….37

Figura 108 - Jovem kudu recém-chegado nas quarentenas……….37

Figura 109 - Girafa instalada recentemente no parque. De realçar que as instalações foram reforçadas com palha para maior conforto………...37

Figura 110 - Castração de exemplar de zebra macho.………...38

Figura 111 - Necropsia a uma cria de muflão..………...38

Figura 112 - Palpação rectal a um elande fêmea. Fonte: Marcos Sousa….………38

Figura 113 - Prova de intradermotuberculinização.………...38

Figura 114 - Transferência de instalação dos caimões..………...39

(a) Cuidado no transporte dos animais. (b) Observação dos caimões na nova instalação. Figura 115 - Exemplos de manutenção/alteração de algumas instalações………39

(a) Inserção de um poste de enriquecimento na instalação das girafas. (b) Preparação da instalação para a chegada dos flamingos. (c) Limpeza profunda do lago dos tigres. (d) Limpeza profunda de instalações. Figura 116 - Gelados de fruta………40

Figura 117 - Resultado do enriquecimento. Fonte: Ricardo Cid………40

Figura 118 - Fruta espetada nos ramos de uma árvore………..40

Figura 119 - Cama feita com mangueira de bombeiro para chimpanzés. Fonte: Ricardo Cid…………..40

Figura 120 - Resultado do enriquecimento ambiental no recinto das girafas. Fonte: Marcos Sousa…..40

Figura 121 - Exemplos de inúmeras capturas que se assistiu e auxiliou no Badoca Safari Park………....41

(a) Sedação de kudu. (b) Sedação de palanca. (c) Sedação de babuíno. (d) Captura e sedação de dois muflões. (e) Monitorização de sedação de cobo-de-leche. (f) Captura e sedação de cobo-de-leche. (g) Disparo de dardo anestesiante na instalação dos babuínos. (h) Sedação de búfalo afro-asiático. (i) Captura e sedação de muflão. (j) Captura e sedação de gamo. (k) Captura e sedação de chital. Figura 122 - Tosquia das ovelhas anãs………42

(18)

Figura 123 - Aparo de cascos das cabras girgentanas………...42

Figura 124 - Tratamento de herpes de uma cabra………..42

Figura 125 - Cirurgia ocular a um pónei………42

Figura 126 - Tratamento efectuado nos burros………...42

Figura 127 - Apresentação aos visitantes sobre enriquecimento ambiental. Fonte: Marcos Sousa……43

Figura 128 - Apresentação aos visitantes, onde se pode ver a quantidade de pessoas a assistir. Fonte: Marcos Sousa………...43

Figura 129 - Participação na sessão de alimentação dos lémures. Fonte: Marcos Sousa………...43

Figura 130 - Leite artificial para vitelos utilizado para amamentar a cria………..44

Figura 131 - Procedimento diário de pesagem da cria. Fonte: Marcos Sousa………44

Figura 132 - Tarefa de amamentação artificial da cria. Fonte: Marcos Sousa………44

Figura 133 - Tarefa de amamentação artificial da cria. Fonte: Marcos Sousa………44

Figura 134 - Identificação dos tigres do Badoca Safari Park……….53

Figura 135 - Corredor das instalações interiores, onde se pode ver os portões das recolhas…………..54

Figura 136 - Perspectiva do parque exterior para as recolhas………..54

Figura 137 - Tigres a farejar a palha e excrementos………...56

Figura 138 - Introdução de um túnel e de um pilar com corda enrolada. Fonte: Marcos Sousa………...56

(a) Perspectiva onde se pode ver a integração do túnel e do poste no habitat. (b) Uma das etapas de construção do projecto. (c) Aspecto final. Com o tempo, o terreno ficou coberto com vegetação. Figura 139 – Preparação e resultado do enriquecimento………..57

(a) Bloco de gelo (5L) (b) Colocação de um bloco de gelo no cabo de aço presente na instalação. (c) Posicionamento de outro bloco no interior do túnel. (d) Tigre a interagir com um dos gelados. Figura 140 - Preparação do enriquecimento. Fontes: Marcos Sousa………..57

(a) Colocação do saco com excrementos pendurados. (b) Enterrar parte dos excrementos na areia. (c) Tigre a cheirar o saco que continha excrementos. Figura 141 - Interacção dos animais com as melancias……….57

Figura 142 - Caixa de papelão com lã de ovelha anã……….58

Figura 143 - Tigre a interagir com a boia………..58

Figura 144 - Interacção dos tigres com a placa de cortiça……….58

Figura 145 - Resultado do enriquecimento com a boia………..58

Figura 146 – Resultados do enriquecimento com o pneu………59

(a) Tigre a recolher a carne do interior do pneu. (b) Animal a alimentar-se da carne recolhida Figura 147 - Resultados do enriquecimento ambiental………..59

(a) Interacção do animal com o enriquecimento. (b) Demonstração de comportamentos de brincadeira com as melancias. (c) Melancias destruídas. Figura 148 - Interacção dos animais com a caixa de papelão………...59

Figura 149 – Preparação do enriquecimento………..60

(a) Etapas da construção do enriquecimento. Fonte: Rita Montês. (b) Resultado final da palete melhorada. (c) Palete antiga que já se encontrava na recolha. Figura 150 - Enriquecimento com o pneu e a carcaça………60

(a) Enriquecimento proposto. (b) Tigre a cheirar o enriquecimento. (c) Tigre a observar o item de enriquecimento. Figura 151 – Resultados do enriquecimento com as caixas perfumadas………60

(19)

(b) Descoberta da carcaça oculta pela caixa.

Figura 152 - Carcaça pendurada no cabo de aço………61

Figura 153 – Enriquecimento com as plumas perfumadas………..…….61

(a) Posicionamento das plumas no habitat. (b) Interacção dos tigres com as mesmas. (c) Tigre a morder uma das plumas. Figura 154 – Enriquecimento com as bolas……….61

(a) Colocação das bolas no habitat (b) Interacção dos tigres com o enriquecimento. Figura 155 - Resultados do enriquecimento com as especiarias………..62

Figura 156 – Enriquecimento com as “tintas comestíveis”………62

(a) Tintas comestíveis. (b) Preparação do enriquecimento. Fonte: Marcos Sousa (c) Interacção dos tigres com o item. Figura 157 - Resultados do enriquecimento………62

(a) Tigres a interagir com o perfume colocado no poste. (b) Tigre a farejar a caixa. Figura 158 – Resultados do enriquecimento………...63

(a) Interacção dos tigres com a caixa de papelão. (b) Tigre a entrar para dentro da caixa para recolher a carne. Figura 159 - Preferências individuais de enriquecimentos ambientais………66

Figura 160 - Imagem representativa do projecto de enriquecimento com o tronco………...69

Figura 161 - Representação do projecto da estrutura para colocação de sangue e água……….69

Índice de Quadros Quadro 1 - Áreas/Instalações presentes na Zona Pedestre. ... 4

Quadro 2 - Dieta dos animais presentes na zona pedestre. ... 22

Quadro 3 - Dietas dos animais do Safari. ... 31

Quadro 4 - Classificação taxonómica da espécie tigre (Linnaeus, 1758). ... 45

Quadro 5 - Características das subespécies de tigre (Mazák, 1981; Khan, 1986; Jackson, et al., 2008, 2011; Goodrich, et al., 2015). ... 45

Quadro 6 - Etograma para a espécie Panthera tigris (adaptado de Stanton, Sullivan e Fazio, 2015). . 47

Quadro 7 - Objectivos da prática de Enriquecimento Ambiental (Adaptado de Young, 2003). ... 51

Quadro 8 - Classificação dos enriquecimentos. ... 55

(20)

Lista de abreviaturas:

AC – alimento composto

ACC – alimento composto complementar E1 – enriquecimento 1 E2 – enriquecimento 2 E3 – enriquecimento 3 E4 – enriquecimento 4 E5 – enriquecimento 5 E6 – enriquecimento 6 E7 – enriquecimento 7 E8 – enriquecimento 8 E9 – enriquecimento 9 E10 – enriquecimento 10 E11 – enriquecimento 11 E12 – enriquecimento 12 E13 – enriquecimento 13 E14 – enriquecimento 14 E15 – enriquecimento 15 E16 – enriquecimento 16 E17 – enriquecimento 17 E18 – enriquecimento 18 E19 – enriquecimento 19 E20 – enriquecimento 20 E21 – enriquecimento 21 E22 – enriquecimento 22

EWS – European Wildlife Services kg – quilograma m – metro cm – centímetro mm - milímetro m2 – metro quadrado L – litros h - hora

(21)

1. I

NTRODUÇÃO

Existem muitos fatores, como poluição, redução do habitat, desflorestação e rápida industrialização que são responsáveis pela diminuição da população de animais selvagens. Como resultado, um grande número de espécies já se encontra em grande perigo de extinção (Santra, 2008).

Apesar de nem sempre ter sido assim, no final da década de 1990, a conservação - seja através da pesquisa, programas de reintrodução de espécies ou educação de visitantes sobre a conservação de espécies ou habitats - assumiu um papel de destaque nos parques zoológicos (Kleiman, 2010).

A gestão da vida selvagem é um ramo multidisciplinar da ciência e tem ocorrido vários avanços neste campo nos últimos anos (Cheeran, 2008).

Existe muita pesquisa nesta área no sentido de melhorar o bem-estar e a viabilidade genética das populações que vivem em cativeiro.

Frequentemente, as condições em que os animais são mantidos são por vezes inadvertidamente stressantes, especialmente para muitas espécies ameaçadas de extinção e que pouco se conhece relativamente às suas necessidades e características comportamentais. Identificar e rectificar as fontes de stresse que interferem com o comportamento, a reprodução e a saúde das espécies em cativeiro é um contínuo desafio para os responsáveis dos parques zoológicos (Moberg e Mench, 2000).

Comportamentos anormais podem desenvolver-se em animais em cativeiro onde a sua instalação não é adequada para que eles possam realizar seus comportamentos naturais ou instintivos (Carlstead, 1996), constituindo aquilo que genericamente se designa por comportamentos estereotipados: movimentos ou acções, que são realizadas repetidamente e que não demonstram função ou objetivo aparente (Carlstead, 1996).

Por forma a contornar este problema, uma das abordagens consiste no enriquecimento ambiental. Esta é uma das muitas ferramentas utilizadas para criar um ambiente mais estimulante e complexo, promovendo melhorias psicológicas e fisiológicas dos animais em cativeiro (Young, 2003; Tarou e Bashaw, 2007).

Os programas de enriquecimento ambiental oferecem benefícios aos animais cativos e às instalações que os abrigam, mas custam tempo e recursos para projetar, implementar e manter (Tarou e Bashaw, 2007).

No entanto, a literatura menciona diversos exemplos de enriquecimentos para diferentes espécies em que o montante para realização dos mesmos é muito reduzido. Pode dizer-se que em grande parte o número de maneiras de enriquecer a vida dos animais é limitado apenas pela imaginação da mente humana (Young, 2003).

(22)

2. R

ELATÓRIO DE

A

CTIVIDADES 2.1.

C

ARACTERIZAÇÃO DA

E

MPRESA

O Badoca Safari Park é um parque natural localizado em Vila Nova de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém. Foi fundado em 1999 por Francisco Simões de Almeida que até hoje se mantêm como gerente da Empresa.

O parque conta aproximadamente com uma área de 93 hectares, que se encontra dividida em duas zonas muito distintas: a zona do Safari, que ocupa uma área de 52 hectares e a zona pedestre, cuja área ronda os 41 hectares. Conta atualmente com um efetivo de 400 animais, de 80 espécies diferentes.

Os objectivos deste parque zoológico são a educação ambiental do público, o bem-estar animal e a conservação de espécies. Para isso, o Badoca Safari Park está integrado num programa de conservação de espécies ameaçadas, o EEP (European Endangered Species Programme).

2.2.

E

STRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA

A empresa encontra-se dividida em vários sectores para promover uma melhor organização e gestão de trabalho.

Na figura 1 é apresentada, resumidamente, a divisão sectorial do parque.

Direcção Geral

Francisco Simões de Almeida

Departamento Marketing e Comercial Departamento Pedagógico Departamento de Manutenção

Guias Serviços de limpeza/ manutenção Departamento Animal Serviços veterinários (EWS) Nuno Siqueira Director Técnico Rui Cunha Tratadores Figura 1 - Organograma do Badoca Safari Park.

(23)

O departamento animal é gerido pela empresa EWS (European Wildlife Services), cujo logótipo se encontra exposto na figura 2, é uma organização, especializada em medicina veterinária, epidemiologia de animais selvagens, conservação,

gestão da vida selvagem e captura e translocação de animais selvagens.

Os representantes desta empresa no Badoca Safari Park são o Dr. Nuno Siqueira, responsável por todos os procedimentos médico-veterinários necessários para a manutenção da saúde animal e o director técnico, Rui Cunha, responsável pelo sector dos tratadores, composto por seis tratadores e dois falcoeiros. Os tratadores são responsáveis pela nutrição animal, limpeza, enriquecimento ambiental, actividades para o público e todas as tarefas necessárias à manutenção de um parque natural.

2.3.

D

IVISÃO ESPACIAL DO PARQUE

O Badoca Safari Park encontra-se dividido em três áreas, a Zona Pedestre, a Ilha dos Primatas e o Safari, como se encontra representado na figura 3.

1 – Zona Pedestre 2 – Ilha dos Primatas 3 – Safari 1 1 2 2 3 3

Figura 2 - Logótipo da EWS. Fonte: Rui Cunha

(24)

2.4.

Z

ONA

P

EDESTRE

Está dividida em várias áreas distintas, descritas no Quadro 1, com cerca de 45 espécies diferentes.

Quadro 1 - Áreas/Instalações presentes na Zona Pedestre. Zona Pedestre

Aviário das aves exóticas Aviário das aves tropicais Instalação dos papagaios cinzentos

Falcoaria

Instalação das emas e dos cangurus Ilha dos Lémures

Lago dos Flamingos Quintinha

Instalação das Sitatungas Instalação dos Coatis-de-cauda-anelada

Instalação dos Facoqueros Instalação das Crias de Avestruzes

Instalação dos suricatas Lago dos caimões Instalação das tartarugas

Clinica Veterinária

Rafting Africano

Restauração, parques de merenda e loja Parque infantil

2.4.1. A

VIÁRIO DAS AVES EXÓTICAS

:

Nesta área existem duas zonas distintas, uma em que as aves, distribuídas por casais (figura 4), encontram-se alojadas em instalações próprias, cada uma com condições adequadas à sua reprodução e bem-estar e uma outra zona, que corresponde a um espaço amplo com vegetação e um lago central, onde diferentes espécies vivem e interagem (figura 5 e 6).

Figura 4 - Instalação individual das kookaburras.

Figura 5 - Grou coroado que se encontra na área ampla do aviário.

Figura 6 - Tauraco leucotis num comedouro da área ampla.

(25)

2.4.2. A

VIÁRIO DAS AVES TROPICAIS

:

Nesta instalação convivem as araras (Ara chloropterus e Ara ararauna - figura 8), um casal de mutuns (Crax rubra - figura 7) e porquinhos-da-índia (Cavia porcellus - figura 9). Possui um espaço amplo coberto de troncos, vegetação e placas de cortiça que servem de esconderijo para os porquinhos-da-índia.

2.4.3. F

ALCOARIA

:

Local onde se encontram as aves de rapina e aves que caçam e onde se realizam as apresentações em voo livre para o público. Actualmente existem 13 espécies diferentes (figuras 10,11 e 12) distribuídas por instalações individuais, adaptadas a cada uma. As aves são treinadas diariamente de forma a manter uma excelente forma física.

Figura 7 - Mutum a alimentar-se na sua instalação.

Figura 8 - Arara e mutum, partilhando a mesma área.

Figura 9 - Porquinhos-da-índia a alimentar-se.

Figura 10 - Búteo de Harris que realiza apresentações de aves de rapina.

Fonte: Catarina Bizarro.

Figura 11 - Calau terrestre abissínio a alimentar-se na sua instalação.

Fonte: Catarina Bizarro.

Figura 12 – Coruja-do-mato num poleiro especializado. Fonte:

(26)

2.4.4. L

AGO DOS FLAMINGOS

:

Constituído por um lago, com cerca de 10m de comprimento e com uma ilha no meio onde os tratadores distribuem a alimentação, e onde coabitam as cegonhas-de-bico-amarelo (Mycteria íbis - figura 13), flamingos comuns (Phoenicopterus roseus - figura 14), patos, galinhas de água (Gallinula chloropus) selvagens e o marabu (Leptoptilo crumenifer). Os flamingos desfrutam ainda de um espaço coberto onde são recolhidos diariamente para passar a noite, que possui um pequeno lago quadrangular e uns comedouros (figura 15).

Figura 13 – Cegonhas-de-bico-amarelo na ilha central. Fonte: Stefan Duarte.

Figura 14 - Flamingos na instalação. Fonte: Stefan Duarte.

Figura 15 - Instalação coberta dos flamingos, onde se pode ver o lago e as manjedouras. Fonte: Hélder Nunes.

(27)

2.4.5. I

LHA DOS LÉMURES

:

Nesta ilha existem alguns sobreiros que foram enriquecidos com cordas e poleiros para providenciar um maior bem-estar e momentos de divertimento aos animais (figura 19).

Existem duas espécies diferentes, os lémures-de-cauda-anelada (Lemur catta - figuras 16, 17 e 18) e os lémures-de-barriga-vermelha (Eulemur rubiventer - figura 20), sendo este o único local em Portugal onde é possível ver esta última espécie.

É neste local que passam o dia, porém à noite são recolhidos para umas instalações que se encontram fora da ilha. A passagem é feita através de uma ponte de madeira.

As recolhas interiores contam com três espaços distintos, um maior e dois mais pequenos, sendo a zona com maior área é destinada à família de onze indivíduos de lémures-de-cauda-anelada e as restantes áreas para os cinco elementos de lémures-de-barriga-vermelha. Contam com algumas plataformas para que os animais possam praticar os seus comportamentos naturais. Todos os materiais são de fácil limpeza.

Figura 16 - Sessão de Interacção

com os lémures. Figura 17 – Lémure-de-cauda- anelada com cria. Figura 18 – Lémure-de-cauda-anelada a alimentar-se.

Figura 20 - Exemplares de lémures-de-barriga vermelha.

Figura 19 - Ilha dos lémures, enriquecida com cordas e escadas com patamares.

(28)

2.4.6. I

NSTALAÇÕES DOS PAPAGAIOS CINZENTOS

(Psittacus erithacus):

Alojamento em grade enriquecida com troncos, com abrigos e comedouros (figura 21), que se encontra dividida em duas áreas, uma para o casal reprodutor e outra para as restantes aves (figura 22).

2.4.7. Q

UINTINHA

:

Neste espaço encontram-se espécies domésticas como burros, cavalos, póneis (figura 23), galinhas, cabras anãs (figura 24), cabras girgentanas e ovelhas anãs (figura 25). Existem também uns galinheiros destinados às fracas (Numida meleagris), aos faisões dourados (Chysolophus pictus – figura 26) e a uma fêmea de faisão prateado (Loptura nycthemera).

Figura 21 - Instalação dos papagaios cinzentos.

Figura 22 - Papagaios cinzentos a alimentar-se.

Figura 23 - Pónei com cria. Figura 24 - Instalação adaptada às cabras anãs.

Figura 25 - Recinto destinado ao casal de ovelhas anãs.

Figura 26 - Faisões dourados, na imagem pode-se ver uma fêmea à esquerda e um

(29)

2.4.8. I

NSTALAÇÃO DOS SITATUNGAS

(Tragelaphus spekii):

Local onde habitam doze sitatungas (figura 27 e 29), este parque é delimitado por um cercado e está equipado com um abrigo onde é distribuída a alimentação (figura 28) e um comedouro onde é colocada a forragem diariamente.

2.4.9. I

NSTALAÇÃO DOS COATIS

-

DE

-

CAUDA

-

ANELADA

(Nasua nasua):

Instalação onde vivem dois exemplares da espécie (figura 30), com um lago e um grande coberto arbóreo e arbustivo, enriquecido com cordas e esconderijos para os animais (figura 31).

Figura 27 - Cria de sitatunga recolhida no abrigo.

Figura 28 - Jovem macho a alimentar-se.

Figura 29 – Fêmea de sitatunga a repousar.

Figura 30 - Coati-de-cauda-anelada no topo de uma árvore onde pode ver que se encontra uma corda.

(30)

2.4.10. I

NSTALAÇÃO DAS EMAS E DOS CANGURUS

-

DE

-B

ENNET

:

Parque cercado, onde convivem duas espécies diferentes, as emas (Dromaius novaehollandiae - figura 32) e os cangurus-de-Bennet(Macropus rufogriseus - figura 33). Está equipado com pequenos abrigos, comedouros, bebedouros e um lago artificial.

2.4.11. I

NSTALAÇÃO DOS SURICATAS

(Suricata suricatta):

Nesta instalação vive uma família de sete suricatas (figura 34) que tem um abrigo com dois andares e luz de aquecimento (figura 35), onde passam a noite, e um parque exterior com vedação elétrica. Este parque encontra-se enriquecido com troncos, catos e algumas ossadas de animais. O terreno é adequado à formação de tuneis, o que permite que estes animais exibam um dos seus comportamentos naturais característicos, escavar tocas.

Figura 32 - Dois exemplares de emas. Figura 33 - Emas e cangurus que partilham a mesma instalação.

Figura 34 - Família de suricatas na entrada do abrigo nocturno.

Figura 35 - Suricatas no interior do abrigo, onde se pode ver uma pequena casa e uma luz de aquecimento.

(31)

2.4.12. I

NSTALAÇÃO DOS FACOQUEROS

(Phacochoerus africanus):

Local onde habita um casal de facoqueros (figura 36) que passam o dia juntos no parque exterior. Este apresenta um terreno adequado às manifestações naturais de comportamentos, como focinhar e onde se podem formar poças de lama que auxiliam na protecção contra parasitas e a combater o calor (figura 37). Na recolha interior, o macho e a fêmea ficam separados.

2.4.13. L

AGO DOS CAIMÕES

(Caiman corcodilus):

Recinto relvado (figura 38), com um lago, melhorado com a inclusão de alguns troncos, que proporcionam refúgio aos animais. Além disso, é complementado com um abrigo, com luz de aquecimento, que os animais utilizam sempre que considerarem necessário.

Figura 36 - Exemplar de facoquero a repousar no recinto exterior.

Figura 37 - Facoqueros numa poça de lama.

(32)

2.4.14. I

NSTALAÇÃO PARA CRIAS DE AVESTRUZES

(Struthio camelus):

As crias de avestruzes (figura 39) são recolhidas do Safari para melhorar as suas probabilidades de sobrevivência, uma vez que existem casos de predação de animais exteriores ao parque naquela área. Instalação interior com luz de aquecimento (figura 40) e parque exterior (figura 41) onde permanecem durante o dia.

Quando atingem o tamanho desejado são transportadas para uma instalação maior no Safari.

2.4.15. I

NSTALAÇÃO DAS TARTARUGAS

-

DE

-

ESPORAS

-

AFRICANAS

(Geochelone sulcata):

Á

rea cercada, com muita vegetação onde vivem três tartarugas (figura 42). Ostenta um refúgio, com luz de aquecimento (figura 43), onde os animais passam a noite.

Figura 41 - Parque exterior onde as crias de avestruz se encontram durante o dia.

Figura 39 - Exemplares de crias de avestruz.

Figura 42 - Exemplar de tartaruga na zona exterior. Fonte: Hélder Nunes.

Figura 43 - Refúgio onde se encontram os animais com a luz de aquecimento. Fonte: Hélder Nunes.

Figura 40 - Região interior com luz de aquecimento.

(33)

2.5.

I

LHAS DOS

P

RIMATAS

O Badoca conta com 3 espécies de grandes primatas, os chimpanzés-comuns (Pan troglodytes - figura 46), os mandris (Mandrillus sphinx) e os babuínos-sagrados (Papio hamadryas - figura 45). Cada um conta com uma família de 4, 13 e 10 indivíduos, respectivamente. Encontram-se distribuídos por três ilhas distintas (figura 44), com cerca de 1600m2 cada, que foram contruídas e enriquecidas de modo a fornecer um ambiente o mais

natural possível para cada espécie. Existem lagos envolventes às ilhas, com cerca de 5m de largura, que foram desenvolvidos para proporcionar um aspecto mais natural e mais seguro ao recinto exterior dos primatas. Ao centro destas ilhas encontram-se as recolhas onde os animais pernoitam.

Existem três zonas distintas, para cada uma das espécies. Cada zona conta com três instalações que se encontram interligadas para proporcionar o máximo de espaço possível para os animais, no entanto, em caso de necessidade, podem ser fechadas, transformando-se assim em instalações individuais. No transformando-seu interior existem inúmeros patamares, camas e cordas para incentivar comportamentos naturais.

Uma vez que os primatas apresentam muita força, estas instalações interiores são extremamente compactas e resistentes e toda a área delimitante das zonas exteriores (figura 47) estão limitadas por vedação eléctrica.

Figura 44 - Perspectiva aérea das ilhas dos primatas. Fonte: Google Maps.

Figura 45 - Família de babuínos a alimentar-se no recinto exterior.

Figura 46 - Chimpanzés numa das plataformas da área exterior. Fonte: Ricardo Cid.

Figura 47 - Ilha dos Chimpanzés, onde se pode ver que é cercado por um lago e vedação eléctrica.

(34)

2.6.

S

AFARI

O Safari acolhe cerca de 200 animais de 20 espécies diferentes que vivem num regime de semi-liberdade, numa área com 45 hectares que se encontra cercada com vedação eléctrica. O objectivo deste local é representar uma savana africana.

A maioria dos animais encontra-se num regime de liberdade constante, porém, existem algumas espécies que tem recintos próprios e outras que são recolhidas durante a noite. Na figura 48 estão apresentadas as diferentes instalações presentes no Safari.

2.6.1. I

NSTALAÇÕES

G

ERAIS

:

Estas instalações contam com 9 alojamentos individuais (figuras 49 e 50) com parque interior com pavimento em cimento e um recinto exterior, com piso em terra. Existem bebedouros e comedouros, tanto no interior como no exterior.

Gerais

Instalação das Girafas Quarentenas

Recinto dos Orix cimitarra Parque dos Tigres

Instalação das Avestruzes jovens

Figura 49 - Perspectiva aérea das gerais. Fonte: Google Maps.

Figura 50 - Vista das gerais do exterior da instalação.

(35)

Para evitar alguns conflitos no horário da alimentação, animais mais territoriais como as zebras-da-planície (Equus quagga - figura 51) e as palancas negras (Hipportragus niger - figura 52) são recolhidas, durante a noite e alimentadas na recolha.

Estas instalações acolhem ainda outros animais, tais como animais que chegaram recentemente ao parque, e que após o período de quarentena, vão para este local para realizarem uma adaptação progressiva ao Safari. Como exemplo temos os kudus (Tragelaphus strepsiceros - figura 53).

Além destes, as instalações gerais albergam também animais que existem em pequeno número, como é o caso da fêmea de cobo-de-água (Kobus ellipsiprymmus - figura 54) que actualmente é o único exemplar da sua espécie presente no Safari.

Figura 51 - Exemplares de zebras-da-planície, entre eles, uma cria.

Figura 52 - Macho de palanca negra.

Figura 53 - Dois machos kudus. Fonte: Hélder Nunes.

Figura 54 - Única exemplar de cobo-de-água presente no parque. Fonte: Hélder Nunes.

(36)

2.6.2. I

NSTALAÇÕES DAS GIRAFAS

:

Apesar de actualmente existirem 6 girafas no Badoca Safari Park, durante o período em que realizei o estágio, existiam apenas 4, 3 machos e 1 fêmea (figura 55), de 2 subespécies diferentes, a Giraffa camelopardalis rothschildi e a Giraffa camelopardalis antiquorum.

Esta instalação apresenta 3 recolhas individuais no seu interior e 1 parque exterior, vedado por cerca eléctrica, que contém vegetação, postes de enriquecimento, um bebedouro manual e um comedouro, ambos a alturas elevadas.

A recolha interior tem cerca de 11 metros de altura, com um patamar superior (figuras 56 e 57) onde se prepara a dieta das girafas, armazenam-se os equipamentos necessários para a realização do treino destes animais e onde se distribui alimento composto complementar (ACC - figura 58) e forragem. Neste local existem também bebedouros automáticos.

\8579.—çççç……ºº

Figura 55 - Girafa fêmea no safari. Figura 56 - Patamar superior onde se distribui o alimento composto e a forragem.

Figura 57 - Perspectiva do patamar superior onde é possível ver as áreas individuais dos

animais.

Figura 58 - Instalação Interior das girafas. Perspectiva do patamar inferior.

(37)

2.6.3. Q

UARENTENAS

:

Instalações “gerais” antigas, que são utilizadas actualmente para acolher animais que chegaram recentemente ao parque (figura 59) de forma a prevenir possíveis contaminações e para auxiliar na transição de ambiente e maneio alimentar dos animais novos. Também são utlizadas para alojar indivíduos doentes ou animais em recobro, que foram sujeitos a alguma intervenção com anestesia (figura 60). Está prevista a construção de umas instalações de quarentena com condições mais adequadas.

2.6.4. R

ECINTO DOS ÓRIX CIMITARRA

(Oryx dammah):

Numa zona delimitada por vedação elétrica (figura 61) convivem nove indivíduos (figura 62). Nesta área existe um bebedouro, dois comedouros, um local para distribuição de forragem e um pequeno abrigo.

2.6.5. P

ARQUE DOS TIGRES

:

O recinto dos tigres é composto por três instalações externas e três internas. O recinto é delimitado por uma vedação de arame e uma outra vedação eléctrica de corrente alterna.

No capítulo 4, a propósito do projecto de enriquecimento ambiental que foi realizado nos tigres, descrevo mais pormenorizadamente as instalações.

Figura 59 - Elande macho recém-chegado ao Badoca Safari Park.

Figura 60 - Animal a recuperar de uma intervenção veterinária com recurso a sedação.

Figura 61 - Perspectiva aérea do recinto dos Órix. Fonte: Google Maps

Figura 62 - Um exemplar adulto e uma cria de Órix cimitarra.

(38)

2.6.6. I

NSTALAÇÃO DAS AVESTRUZES JOVENS

:

Instalação em madeira (figura 63), com pavimento em areia e com um recinto exterior vedado (figura 64), que contém um comedouro e um bebedouro.

Recebe as crias de avestruzes que vem da instalação na zona pedestre e quando atingem o tamanho desejado são libertadas novamente para o Safari para viverem em liberdade e se reproduzirem.

O Safari conta com um grande lago, cinco bebedouros automáticos, um bebedouro manual e seis comedouros que permitem distribuir alimento que complementa a pastagem existente na área.

Existem três zonas distintas no Safari, a Zona do Poste, a Zona da Barragem e a Zona da Várzea, que correspondem aos locais de distribuição de alimento composto (AC). Os animais agrupam-se em pequenos agregados e estabelecem territórios, de acordo com as suas preferências.

2.6.7. Z

ONA DO

P

OSTE

:

Adquiriu este nome devido à existência de um poste de alta tensão. Neste local existe um comedouro especializado para girafas. Nesta área pode-se encontrar algumas avestruzes (Struthio camelus), cobos-de-leche (Kobus leche), muflões (Ammotragus lervia) e gnus-azuis (Connochaetes taurinus - figura 65).

Figura 63 - Instalação em madeira das avestruzes jovens. Fonte: Hélder Nunes.

Figura 64 - Recinto exterior vedado. Fonte: Hélder Nunes.

Figura 65 - Dois exemplares de gnu-azul na Zona do Poste, onde se pode ver um comedouro com forragem. Fonte: Marcos Sousa.

(39)

2.6.8. Z

ONA DA

B

ARRAGEM

:

Local onde anteriormente existiu uma barragem (figura 66). Vasta área onde animais como os chitais (Axis axis), gamos (Dama dama), elandes (Taurotragus oryx), avestruzes e muflões se vem alimentar, como se pode ver na figura 67.

2.6.9. Z

ONA DA

V

ÁRZEA

:

A maior zona do parque, estendendo-se por uma vasta área com imensa vegetação. Nesta área existe ainda um grande lago (figura 68), que os animais utilizam para se refrescarem. Nesta região podemos encontrar animais como os cobos-de-leche, avestruzes, gnus-de-cauda-branca (Connochaetes gnou), cabras-de-leque (Antidorcas marsupialis), búfalos-do-congo (Syncerus caffer nanus) e búfalos afro-asiáticos (Bubalus bubalis - figura 69).

Figura 66 - Zona da Barragem.

Figura 67 - Hora de alimentação na Zona da Barragem, onde se pode ver uma linha de animais.

Figura 68 - Lago da zona da Várzea, onde se pode ver os búfalos a refrescarem-se.

Figura 69 - Búfalos afro-asiáticos à esquerda e búfalos-do-congo à direita.

(40)

2.7.

E

XPERIÊNCIA

A

DQUIRIDA NO

B

ADOCA

S

AFARI

P

ARK

Neste capítulo descrevem-se as várias actividades desenvolvidas ao longo do estágio, o qual teve início no dia 15 de Março de 2017 e findou no dia 1 de Setembro de 2017.

O horário de trabalho no primeiro mês iniciava-se às 8h30 e terminava às 17h30/18h00. Nos meses seguintes o horário ia das 9h00 às 18h00/19h00.

2.7.1. M

ANEIO DIÁRIO EM DIFERENTES SECTORES

Em cada sector existe um maneio próprio, com tarefas diárias e semanais diferentes. No início do meu estágio trabalhei rotativamente por todos os sectores, tendo aprendido o maneio de cada um. Porém a maior parte do tempo do meu estágio foi passado no Safari, sector onde mais me especializei.

2.7.1.1. C

OZINHA

Na figura 70 encontra-se esquematizado o maneio realizado no sector da Cozinha.

2.7.1.1.1. Verificação, libertação dos animais e limpeza das instalações:

O tratador inicia o seu percurso matinal pelo aviário das aves exóticas, analisando as condições dos animais e das suas instalações.

Posteriormente segue para a recolha dos lémures, onde se encontram onze lémures de cauda anelada que são soltos todos os dias, para a ilha, e cinco lémures-de-barriga-vermelha machos, que em consequência de disputas territoriais, se encontram divididos em dois

Verificação e abertura dos animais Limpeza das instalações Preparação de dietas para os animais Distribuição da alimentação Sessão de alimentação de lémures Manutenção/ Separação de alimentos Sessão de alimentação/ Interacção com os lémures Distribuição de alimentação Recolha de animais

(41)

grupos, um de três indivíduos e outro de dois, sendo que os grupos são libertados em dias alternados.

Após a libertação dos animais, as instalações são limpas, com o auxílio de uma mangueira, uma escova para piso, um detergente adequado e um rodo. Uma a duas vezes por mês, os alojamentos são limpos com um aparelho de limpeza de alta pressão.

Depois o tratador segue para a instalação dos facoqueros, onde começa por retirar fezes e restos de alimento do dia anterior do parque exterior. Após fechar o acesso ao parque exterior liberta o macho e posteriormente a fêmea, começando a higienização das recolhas interiores, onde compõe a cama de palha, limpa e seca o restante piso.

Na instalação adjacente encontram-se as crias de avestruzes, que são libertadas após colocação de água nos bebedouros, luzerna e alimento composto no parque exterior. A cama de palha da recolha interior é substituída integralmente todos os dias, sendo o piso esfregado minuciosamente a alta pressão e retirado o excesso de água com um rodo.

Posteriormente, o tratador segue para a instalação dos suricatas, onde substitui a água do parque exterior, e com a ajuda de uma enxada cobre os túneis que os animais fizeram no dia anterior, para evitar o desmoronamento do solo. De seguida solta os suricatas. A casa dos suricatas é limpa todas as semanas.

Antes de entrar na cozinha para a preparação das dietas, o tratador analisa o estado dos animais da quintinha.

2.7.1.1.2. Preparação de dietas para os animais:

A alimentação das aves exóticas é prioritária uma vez que estas devem ser alimentadas o mais cedo possível.

Na cozinha podemos encontrar todo o tipo de frutas e legumes, alguns frutos secos, tenébrios, ovos, pintos, “pinkies”1, carne e alimentos compostos para diferentes animais.

A formulação de dietas para aves tem por base os seus hábitos alimentares e a sua morfologia, como o tipo e tamanho do seu bico. Assim, as frutas são cortadas em diferentes tamanhos, dependendo do tipo de ave (figura 71).

1 – Ratos bebés usados na alimentação de vários animais

(42)

No Quadro 2 estão descritas resumidamente a dieta de cada animal da zona pedestre:

Quadro 2 - Dieta dos animais presentes na zona pedestre.

Animal Dieta

Aves frugívoras Fruta, AC para frugívoros e sementes

Aves insetívoras Larva de insectos, tenébrios e AC para insectívoros

Aves carnívoras Carne, pintos e pinkies

Aves granívoras AC para aves de capoeira/AC para aves de caça, sementes e

verduras

Aves omnívoras Carne, tenébrios e AC de insetívoro e frugívoro

Cavalos, póneis e burras ACC para equinos e feno

Ovelhas e cabras AC para ovinos e feno

Caimões Carne

Facoqueros Fruta, vegetais e verduras

Suricatas Carne e fruta

Coatis-de-cauda-anelada Carne e fruta

Lémures Fruta*, vegetais e ocasionalmente iogurte**

Emas Fruta, alface, pão e AC

Cangurus de Bennet Fruta, vegetais, pão e AC para canguru

Tartarugas AC para tartarugas e verduras

Avestruzes Luzerna

Porquinhos-da-índia Vegetais, fruta e AC

Sitatungas ACC para vacas de alta manutenção (16mm), feno e luzerna

*excepto laranja, kiwi e abacate **como fonte de proteína

(43)

2.7.1.1.3. Distribuição da alimentação:

De modo a economizar tempo, a distribuição é iniciada pela zona da Quintinha por ser a área mais perto da Cozinha. Para facilitar a repartição das dietas pelos animais, estas são colocadas num veículo destinado para o efeito (figura 72), seguindo depois para os facoqueros, suricatas (figura 73) e posteriormente para os aviários. Após as aves serem alimentadas (figura 74), é fornecido o alimento às aves do lago e coatis. Os lémures comem posteriormente durante a sessão de alimentação dos lémures.

2.7.1.1.4. Sessão de Alimentação dos lémures:

Apresentação onde o tratador alimenta os animais enquanto descreve as características principais da espécie, a sua rotina de alimentação e o trabalho de conservação levado a cabo no parque, como é representado na figura 75.

Figura 72 - Veículo utilizado para transportar

as dietas dos animais.

Figura 73 - Família de suricatas a ser alimentada. Fonte: Marcos Sousa.

Figura 74 - Papagaio Eclético a alimentar-se.

Figura 75 - Tratador do Badoca Safari Park a apresentar uma sessão de alimentação dos lémures.

(44)

2.7.1.1.5. Manutenção/Separação de alimentos fornecidos:

Todas as tarefas acima referidas são realizadas até à hora de almoço, sendo que no horário da tarde são feitas outras actividades tais como as retratadas na figura 76.

A figura 77 apresenta alguns exemplos de limpeza profunda de determinadas instalações. Todas as segundas, quartas e sextas-feiras o Badoca Safari Park recolhe alimentos que já não preenchem os critérios para venda ao público, doados por hipermercados.

Esses alimentos são frutas, legumes, pão e carne que são selecionados, lavados, separados e armazenados em arcas frigoríficas ou congeladoras (figura 78).

Limpeza profunda de instalações Reparação ou melhoria de instalações Preparação de enriquecimentos ambientais Separação de

alimentos recebidos Auxiliar outro sector

Figura 77 – Exemplos de limpezas profundas de instalações. (a) Antes e depois de uma limpeza na instalação dos burros e póneis.

(b) Antes e depois de uma limpeza na instalação das ovelhas anãs. Fontes: Marcos Sousa.

Figura 76 - Exemplos de actividades que podem ser realizadas no horário da tarde no sector da Cozinha.

77a

(45)

Aquando da selecção da carne exclui-se carne processada ou com qualquer tipo de condimentos. A carne selecionada é depois dividida pelo sector da Cozinha e pelo sector do Safari, onde se encontram os tigres.

2.7.1.1.6. Recolha de animais:

No final do dia, o tratador é ainda responsável por proceder à recolha dos animais (figura 79), à sua contagem, alimentação e verificação de condição física com o intuito de averiguar a existência de possíveis problemas.

Figura 78 - Selecção e separação de alimentos. Fonte: Marcos Sousa.

Figura 79 - Lémures a aguardar para serem recolhidos. Aqui pode-se ver a ponte de madeira que liga a ilha às instalações de pernoita.

(46)

2.7.1.2. I

LHA DOS

P

RIMATAS

Na figura 80 encontra-se descrito o maneio realizado no sector da Ilha dos Primatas.

2.7.1.2.1.

Verificação

da vedação eléctrica:

A primeira tarefa do tratador é verificar a eficácia da vedação eléctrica, pois uma quebra na corrente pode facilmente conduzir a um acidente ou fuga de um ou vários animais. Todos os valores são registados.

2.7.1.2.2. Avaliação dos animais:

Todos os animais devem ser cuidadosamente observados para analisar comportamentos, cios, gestações e possíveis mudanças de hierarquia. Os primeiros a serem vistos pelo tratador são os chimpanzés, depois os mandris e seguidamente os babuínos.

2.7.1.2.3. Preparação de dietas para primatas:

Após analisar a condição dos animais, o tratador prepara a refeição da manhã para os primatas. Todos se alimentam de frutas e vegetais (figura 81) e por vezes, são fornecidos outros alimentos como forma de enriquecimento, como frutos secos, pão, mel, massa, batata e ovos cozidos, iogurtes e AC próprio para primatas. Verificação da vedação eléctrica Verificação dos animais Preparação de dietas dos primatas Distribuição da alimentação Abertura dos animais Limpeza das instalações Manutenção/ Separação de alimentos Recolha e contagem dos animais

Figura 81 - Dieta para primatas feitas à base de frutas e legumes. Figura 80 - Maneio realizado no sector da Ilha dos Primatas.

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2.7.1.2.4. Distribuição de alimentação:

Os alimentos são dispersos pelo recinto exterior para incentivar a procura de alimento ao longo do dia e evitar a pouca ingestão de comida por parte de alguns indivíduos menos dominantes.

2.7.1.2.5. Abertura dos Animais:

Depois da distribuição de alimentos e do encerramento de todos os portões necessários, os animais são libertados para o exterior. Na figura 82 pode-se ver o mecanismo de abertura das cancelas para o exterior.

2.7.1.2.6.

Limpeza das Instalações:

O processo de higienização das instalações (figura 83) dos primatas começa por retirar todos os desperdícios alimentares do dia anterior. Seguidamente são lavadas e esfregadas com o auxílio de uma mangueira e uma escova de piso. Posteriormente retira-se o excesso de água com um rodo. Semanalmente são limpas com um aparelho de limpeza de alta pressão, de forma a manter as melhores condições de higiene e bem-estar possíveis.

2.7.1.2.7. Manutenção/Separação de Alimentos:

A limpeza das instalações por vezes estende-se até ao período da tarde, mas quando isso não acontece, o tratador pode-se encarregar de outras tarefas como separação de alimentos recebidos (frutas, legumes e pão), trabalhos de jardinagem, preparação de enriquecimentos

Figura 82 - Mecanismo de abertura das cancelas que ligam as recolhas ao recinto exterior.

Figura 83 - Processo de higienização da instalação dos mandris.

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ambientais, construção de elementos para colocação nos alojamentos exteriores ou interiores, recolha de lixos, entre outros.

2.7.1.2.8. Recolha e Contagem dos animais:

Ao final da tarde, o tratador prepara a última refeição do dia, que por norma é complementada com iogurtes, e é distribuída de forma dispersa no piso e nos patamares presentes nas recolhas interiores.

Após encerrar todas as cancelas com cadeados (figura 84), os animais entram para as recolhas interiores (figura 85), onde são contados e analisados novamente.

Figura 84 - Portões e gradeamento presente nas instalações dos primatas. De realçar a espessura

e resistência das mesmas.

Imagem

Figura 3 - Mapa Ilustrativo do Badoca Safari Park. Fonte: http://badoca.pt/programa-pedagogico-2014/informacoes.html
Figura 5 - Grou coroado que se encontra  na área ampla do aviário.
Figura 15 - Instalação coberta dos flamingos, onde se pode  ver o lago e as manjedouras
Figura 27 - Cria de sitatunga recolhida  no abrigo.
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Referências

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