CURSO
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
CONVERSOR
CC-CC MELA-PONTE ZVS-PWM2
ANÁLISE,
PROJETO
E
EXPERIMENTAÇÃO
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA
À
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE SANTA CATARDIA
PARA A
OBTENÇÃO
DO
GRAU
DE
MESTRE
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
IVAN
EIDT
COLLING
coNvERsoR
cc-cc MEIA-PQNTE zvs-PWM:
ANÁLISE,
PROJETO
E
EXPERIMENTAÇÃO
IVAN
EI])T
COLLING
ESTA
DISSERTAÇÃO
FOI
JULGADA
ADEQUADA
PARA A
OBTENÇÃO
DO GRAU
DE
MESTRE
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA,
ESPECIALIDADE
ELETRÔNICA DE
POTÊNCIA,
TENDO
SIDO
APROVADA
EM
SUA
FORIVIA
FINAL
PELO
PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
f2›%WW
Prof. Ivo Barbi, Dr.Ing.
Orientador
<É7=§Ê
¢__~ rProf. Ênio
Valmor
Kassick, Dr.Coordenador do
Curso dePós-Graduação
em
Engenharia Elétrica
BANCA
EXAMINADORA:
Prof. Ivo Barbi, Dr.Ing.
/Presidente
Prof. JoãgÍCafIf›s dos Santos Fagundes, Dr.
›¿10Bú‹Í@?77zWzwm<w¿<»
iv
"Ciência
sem
consciêncianão passa
de
ruínada
alma. "(François Rabelais)
Um
dos
grandes deveres
da
Universidade
e'
implantar
suas
práticasprofissionais
no
seiodo
povo.
"AGRADECIMENTOS
Ao
Professor Ivo Barbi, cuja competente e segura orientação tive o privilégio de receber,pelos ensinamentos, pela dedicação, pelo incentivo, pela amizade e pela tolerância,
bem
como
pelo
empenho
em
fazer nosso pais respeitado,em
nível mundial, na área de Eletrônica de Potência.Aos
Professores João Carlos dos Santos Fagundes e DenizarCruz
Martins, pelascríticas, pelos comentários e pela colaboração.
Ao
Professor Arnaldo José Perin, pelo interesse demonstrado.Ao
Professor JoséRenes
Pinheiro,quem
pela primeira vezmostrou-me que
pesquisasem
esforço e persistência não existe, pelo incentivo e pela amizade.Ao
ProfessorHumberto
Pinheiro, pela colaboração e pelo incentivo para cursar Pós-Graduação.
Ao
ProfessorEvaldo
Pauli, sua esposaTudy
e filha Valda, que possibilitaram nossavinda, acolhendo-nos nesta bela cidade. Sincerajn elkorajn dankojnf
A
todos os colegasdo
curso de Mestrado, pelo companheirismo e pelo espirito de grupodesenvolvidos ao longo destes dois anos.
De
forma especial, ao colegaRené
Pastor TorricoBascopé, pela amizade e pela parceria na elaboração
do
circuito decomando
do
conversor.Aos
colegas Alexandre Ferrari de Souza, José Gregorio Contreras, Peter MantovanelliBarbosa, Paulo
Roberto
Gaidzinski e Gláucio Nascimento de Abreu, pelo interesse demonstradoe pela colaboração. .
Aos
técnicos Luiz MarceliusCoelho
e Antonio Luiz SchalataPacheco
e ao secretário daCoordenadoria
de Pós-Graduação, Wilson Silva Costa, pela amizade e pela prestezacom
quesempre
me
atenderam.Ao
CNPq
eINEP/UF
SC, por viabilizarem materialmente a realização deste trabalho.Ao
povo
brasileiro,sempre
esquecido,mas
quecom
seu suor foi, na verdade, o grande patrocinadordesta pesquisa.
A
meus
pais, Ivo e Clara,que
sempre incentivaram e propiciaram o desenvolvimento deseus filhos, pelo apoio, pela dedicação, pelo interesse e pelo carinho que demonstraram.
A
meu
irmão Ivacir, pelo companheirismo e pela dedicação.A
meus
sogros,Estevam
eMaria
de Lourdes, pelo apoio, pelo incentivo e pelo carinho.A
minha
esposa Rita Mara, quetoma
como
seusmeus
compromissos
eresponsabilidades, pelo amor, pelo carinho, pelo companheirismo, pela dedicação e pela renúncia,_
pelos dias e noites inteiras dedicadas a este trabalho. Por tudo isto não há palavras; deixo
meu
coraçao falar por mim...
vi
SUMÁRIO
SIMBOLOGIA
... .. ixRESUMO
... .. xviABSTRACT
... .. xviiINTRODUÇÃO GERAL
... .. 1CAPÍTULO
1 -CONVERSOR
CC-CC MEIA-PONTE Ass1MÉTR1CO
1.1 _1NTRODUÇÃO
... .. 31.2 -
ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA
DO CONVERSOR
... .. 81.2.1 - Etapas
de
operaçãodo
conversor ... ._ 11 1.2.2 - Característicade
saída ... ._ 20 1.2.3 - Esforços nos interruptores e perdas durante acondução
... .. 241.2.4 -
Estudo
dascomutações
... ... .. 281.2.5 - Outras considerações ... ..
30
1.2.5.1 - Proporcionalidade dos
tempos
de transição ... ..30
1.2.5.2 - Filtro de saída ... .. 31
1.2.5.3 - Potência processada através de cada interruptor; potência circulante e energia
fixa
na indutância magnetizante ... ... ... ..34
1.2.5.4 - Seleção dos capacitores de
armazenamento
de energia ... _. 35 1.2.6 -Operação no
modo
descontínuo ... .. 371.2.7 -
Ampliação da
faixa decomutação
ZVS:
inclusão de pólo ressonante ... ..46
1.2.7.1 - Perdas durante a
condução
... .. 531.3 -
CONCLUSÃO
... .. 54CAPÍTULO
2 -SIMULACÃO NUMÉRICA
DO CONVERSOR
ASSJMÉTRICO
2.1
INTRODUÇAO
... ._ só2.2 -
SIMULACÃO
DO
CONVERSOR
SEM
PÓLO
RESSONANTE
... .. só2.3 -
SIIVIULAÇÃO
DO
CONVERSOR
COM
PÓLO RESSONANTE
... _. 61 _.2.4 -
CONCLUSAO
... ._ 64CAPÍTULO
3 -PROJETO
DO CONVERSOR
MEIA-PONTE ASSIMÉTRICO
3.1 -INTRODUÇÃO
..... ós
3.2 -
METODOLOGIA DE
PROJETO
... .. 653.2.1 -
Dimensionamento
dos interruptores ..... 67
3.2.2 - Capacitores de
armazenamento
de energia ... _. 683.2.3 -
Transformador
... _.. 683.2.4 - Indutor série
extemo
... _. 713.2.5 - Filtro de saída ... ._ 72
3.2.6 - Pólo ressonante ... .. 73
3.2.7 - Circuito de
grampeamento
da tensão dos diodos retificadores ... ._ 753.3 -
CONSIDERAÇÕES SOBRE O
PROJETO
COM
AMPLA
FAIXA
DE
VARIAÇÃO
NA
TENSÃO
DE ALIMENTAÇÃO
... .. vó3.4 -
EXEMPLO DE
PROJETO
... _. 773.4.1 -
Transformador
... _. 873.4.2 -
Dimensionamento
dos intemxptores e dissipadores ...._ 90
3.4.3 - Capacitores de
armazenamento
de energia ... ._ 913.4.4 - Indutor série
extemo
... .. 92 3.4.5 - Filtro de saída ... .. 93 3.4.6 -Pólo
ressonante ... _. 95 3.4.7 - Circuito degrampeamento
... .. 96 3.4.8 -Rendimento
teórico ... .. 973.5 -
SIMULAÇÃO
NUMÉRICA
DA
ESTRUTURA
PROJETADA
... ._ 983.6 -
CONCLUSÃO
... .. 100CAPÍTULO
4 -RESULTADOS
EXPERIMENTAIS
4.2 -
RESULTADOS
EXPERIMENTAIS
DO
CONVERSOR
CC-CC
MEIA-PONTE
As SIMÉTRICO
... _. 4.2.1 -Formas
deonda
... __ 4.2.2 - Característicade
saída ... _. 4.2.3 -Curva
de rendimento ... _. 110 4.3 -CONCLUSAO
... ._ 110CoNCLUsÃo GERAL
... _.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
... _.APÊNDICE
A
-ESTUDO
Do
TRANsFoRMADoR
... _.A1
_DISTRIBUIÇÃO
DAS CoRRENTEs ENTRE
os
sECUNDÁRIos
... ..A2
_CoMPosIÇAo
DA
INDUTÃNCIA
DE
DIs1>ERsÃo
... _.A3
_oBTENCÃo
Do
FATOR
Kp
... ._APÊNDICE B
-ANÁLISE
DAS
CoRRENTEs
MÉDIA
E EFICAZ
ATRAVÉS
Do
sECUNDÁRIo
2 ... _.APÊNDICE
C
-CIRCUITO
DE
COMANDO
... _.vi ... _. 101 ... ._ 104 ... .. 109 ... .. 112 ... .. 113 ... ._ A.1 ... .. A.2 ... ._ A.4 ... ._ A_7 ... _. B.1 ... .. C.1
SIMBOLOGIA
a - Relação de espiras
do
transformadorA
- Representa a área sobuma
curvaAc
-Área de
cobredo
condutorAe
-Área da
pema
centraldo
núcleoAeAw
-Produto
das áreas da janela e dapema
centraldo
núcleo, utilizadocomo
parâmetrono
dimensionamento de indutores e transformadores
Apr
-Área
de cobre necessária ao enrolamento primárioAsec
-Área
de cobre necessária ao enrolamento secundárioAw
-Área da
janelado
núcleoB
-Densidade
defluxo
magnéticoBsat -
Densidade
defluxo
magnético de saturaçãoBVDSS
-Tensão
de ruptura dreno-fontedo
MOSFET
C
- Capacitor dearmazenamento
de energia; capacitordo
circuito decomando;
Ca
- Capacitordo
circuito auxiliar de comutação (pólo ressonante)Caeq
- Capacitor auxiliar equivalenteCb
- Capacitor de balanceamentodo
conversorem
ponte completa assimétricoCD;
- Capacitância intrínsecado
diodo retificadorCe
- Capacitor de filtragemdo
estágio de entradaCeq
- Capacitor dearmazenamento
equivalenteCf
- Capacitor de filtragemdo
estágio de saídado
conversorCgr
- Capacitordo
circuito degrampeamento
Ch
-Chave
COSS
- Capacitância de saídado
MOSFET
Cp
- Capacitância paralela ao interruptorX
Cpext
- Capacitor paraleloextemo
ao interruptorCS
- Capacitância destindada a suprimir as oscilações de tensão devidas às indutânciasparasitas.
D
- Interruptornão
controlado (diodo); razão cíclica; diododo
circuitode
comando
Dc
-Razão
cíclica críticaDe
-Diodo
do
estágio de entradaDgr
-Diodo
do
circuito degrampeamento
Dr
-Diodo
retiñcadordo
estágio de saídaDW
)-
Razão
cíclicacom
a qual o conversor atende a carga nominalna
condição de tensão de entmáxentrada
máxima
Dz
-Diodo
zenerE(1_D)
- Energia entregue ao estágio de saída durante o intervalo(1-D)T
ED
- Energia entregue ao estágio de saída durante o intervaloDT
ELa
- Energiaarmazenada
no
indutor auxiliar decomutação
ELmc¡¡c
- Energia circulante na indutância magnetizanteELmfixa
- Energiafixa na
indutância magnetizanteEL,
- Energiaarmazenada
no
indutor ressonanteELE
- Energiaarmazenada no
indutor ressonante na condição críticaES1
- Energia injetada atravésdo
interruptor S1ES2
- Energia injetada atravésdo
interruptorS2
fc - Freqüência de
comutação do
conversor.ID(0n)
- Corrente contínua atravésdo
drenodo
MOSFET
Ief - Corrente eficaz total
do
conversor, responsável pelas perdas durante acondução
dosinterruptores principais
Ief n - Corrente eficaz total
do
conversor normalizadacom
relação a IS'Iem
- - Correntefomecida
pela fonte de alimentaçãodo
conversorIpef - Corrente eficaz direta através
do
diodoIpméd
- Correntemédia
diretado
diodoILac
- Corrente a serfomecida
pelo circuito auxiliar na condição críticaIm
- Correntemédia
atravésda
indutância magnetizanteInv - Inversor lógico
Ip - Corrente através
do
primáriodo
transformador idealIpr - Corrente eficaz através
do
primáriodo
transformador realIS - Corrente de saída
do
conversorIsc - Corrente de saida crítica
Isec - Corrente através
do
secundáriodo
transformadorIsiefn - Corrente eficaz através
do
interruptor i normalizadacom
relação a IS'Isn - Corrente de saida normalizada
com
relação aLr
J -
Densidade
de correnteK
- Coeficiente obtido a partirdo
produto de Kp,Kt
e‹KukE
- Coeficiente de perdas por corrente de FoucaultkH
- Coeficiente de histeresedo
feiriteKp
- Fator de primárioKt
- Fator de topologiada
estruturaKu
- Fator de utilizaçãoda
áreada
janelado
núcleoLa
- Indutordo
circuito auxiliar decomutação
L
A)B,C,D - Referem-se aos valores obtidos nas diversas medições de indutânciasde
dispersão.Ld
- Indutância de dispersão totaldo
transformadorLdpr
- Indutância de dispersãodo
primáriodo
transformadorLdsec
- Indutância de dispersãodo
secundáriodo
transformadorle -
Comprimento
do caminho
magnéticomédio do
núcleoLext
- Indutorextemo
colocadoem
sériecom
o primário afim
decompor
a indutânciaressonante
Lf
- Indutor de filtragemdo
estágio de saídado
conversorlg -
Comprimento do
entreferroLr
ltNL
“L
Npr
nprNsec
“secP
P‹1-D)
PCu
PD
PDr
Pem
Pgr
PLa
PLf
PLmcirc
PLr
PN
PPD
PperdasPPS
PPS1
PPS2
PRse
Ps
Pswz - Indutância ressonante-
Comprimento
médio
deuma
espira -Número
de
espiras deum
indutor-
Número
de
fios que
devem
ser associadosem
paralelono
enrolamentodo
indutor -Número
de espirasno
primáriodo
transformador-
número
defios que
devem
ser associadosem
paralelono
primário -Número
de espirasno
secundáriodo
transformador-
número
defios
quedevem
ser associadosem
paralelono
secundário- Potenciômetro
do
circuito decomando
- Potência entregue ao estágio de saída durante o intervalo
(1-D)T
- Perdas
no
cobredo
enrolamento- Potência entregue ao estágio de saída durante o intervalo
DT
- Perdas nos diodos retificadores
- Potência de entrada
do
sistema- Potência absorvida e dissipada pelo circuito de
grampeamento
- Perda de potência
no
indutor auxiliar decomutação
- Perda de potência
no
indutor de filtragem~ Potência circulante na indutância magnetizante
- Perda
de
potênciano
indutor ressonante- Perdas
no
núcleo- Potência dissipada
no
diodo- Potência dissipada
no
conversor durante a operação normal- Potência dissipada na
condução do
interruptor- Potência processada pelo interruptor S1
- Potência processada pelo interruptor
S2
- Potência dissipada na resistência série equivalente
do
capacitor- Potência de saída
do
sistemaPT¡
-Perda
de potênciano
transformadorq
-Ganho
estáticodo
conversorQ
- Transistordo
circuito decomando
RGCD
- Resistência térmica entre cápsula e dissipadorRGDA
- Resistência térrnica entre dissipador e ambienteRGJ
C
- Resistência térmica entre junção e cápsulaR
- Resistordo
circuito decomando
Rc
- Resistência de cargaRcc
- Resistência de carga crítica para amanutenção
dacomutação
suaveRdim
- Resistência de carga crítica na condição de tensão de entradamáxima
Rds(on) - Resistência de
condução
entre o dreno e a fontedo
MOSFET
'Rgr
- Resistordo
circuito degrampeamento
Rse
- Resistência série equivalentedo
capacitor de filtragemRT
- Resistência térmicado
núcleoS - Interruptor controlado
S,-(t) -
Função de
comando
do
interruptor 1'T
- Período de operaçãodo
conversortg - Início
da
observaçãodo
sistemata -
Tempo
de
atraso na inibição de pulsos prolongadosTamb
-Temperatura
ambienteTc
-Transformador
de correntetd -
Tempo
de desmagnetizaçãodo
indutor de filtragemno
modo
de operação descontínuoti - Instante final da i-ésima etapa de operação
TJ
-Temperatura
da junçãodo componente
Tp
-Transformador
de pulsoV
AB
-Tensão
entre os pontosA
eB
xiv
Vcc
-Tensão da
fonte auxiliarVcc' -
Tensão da
fonte auxiliar de acionamentodo
interruptorS2
Vclmq - Diferença entre
Vcpeq
eDVem
VDrF
-Queda
de tensão diretaem
um
diodo retificadorVD¡-rev -
Tensão
reversa sobreum
diodo retificadorVDS
-Tensão
dreno-fontedo
MOSFET
Ve
-Volume
do
núcleoVem
~Tensão do
barramento de entradaVfs
-Tensão
aplicada sobre o filtro de saídaVgr
-Tensão
degrampeamento do
diodo retificadorVGS
-Tensão
entre gatilho e fonteVGS(TH)
- Limiar da tensão entre gatilho e fonteVgt
-Tensão
de disparodo
tiristorVR
-Máxima
tensão reversa sobre o diodoVS
-Tensão
de saídado
conversorVSD
-Queda
de tensão diretano
diodo intrínsecodo
MOSFET
Z
- Impedância característicado
circuitoLC
y - Corrente de saída normalizada
com
relação aLf
ycrít - Corrente de saída normalizada na situação limite entre a
condução
contínua e adescontínua _
A
- Profundidade de penetração da correnteno
condutorAB
- Variação da densidade defluxo
magnéticoAlfs - Variação total da corrente
do
filtro de saídaAlm
- Variação da corrente através da indutância magnetizanteAtij - Intervalo de
tempo
entre ti e tjAT
- Elevação de temperaturaAV
-Queda
de tensãomédia
devida às transições de estadodo
indutor ressonanteAVC
AVCa
AVS
ACD llÃ
No
HrP
CD O)41
‹_›
‹7¿-›- Variação
da
tensão nos capacitores dearmazenamento
de energia- Variação
da
tensão nos capacitoresdo
circuito auxiliar decomutação
- Variação total
da
tensão de saída- Variação
do
fluxo
magnético-
Rendimento
- Coeficiente
que
expressauma
relação entre a tensão degrampeamento
deum
diodoretificador e sua tensão reversa
- Penneabiliózóe
ao vácuo
(4fzz1o'7N
/A2)
- Permeabilidade relativa
do
material- Resistividade
- Fluxo magnético
- Freqüência angular de oscilação
do
circuitoLC
- Indica o local
onde
é realizada a medição- Indica elemento
ou
partedo
circuito cuja corrente média é nula - Indica elementoou
partedo
circuito cuja corrente média não é nula-Ínxrl 'dt
- Integral
da
tensão pelotempo
sobre o indutor de filtragem, normalizadacom
relação à0 L rn tensão
de entrada
do
conversorSuperíndices
'
-
(um
apóstrofo) Valor referido ao primáriodo
transformador(dois apóstrofos) Valor referido ao secundário
do
transformadorSubíndices ef
máx
méd
min
nom
- Valor eficaz da grandeza
- Valor
máximo
da grandeza- Valor
médio da
grandeza- Valor
mínimo
da grandezaxvi
RESUMO
Este trabalho apresenta o estudo de
um
conversorCC-CC
meia-ponte assimétrico. Estatopologia
pode
ser derivada a partirdo
conversor meia-ponte convencional, habilitando-se osinterruptores durante intervalos complementares
em
cada período de operação. Consegue-se,desta maneira,
comutação
suavesem
um
aumento
considerável nas perdas durante a condução.O
uso de
pólo ressonanteaumenta
sensivelmente a faixa de carga na qual té mantida acomutação
suave.
Diversos aspectos
do
conversor são analisados, estabelecendo-seuma
base teórica parafins de
projeto.A
fim
deconfirmar
a análise teórica, a estrutura é simulada sob diferentescondições operacionais.
Um
procedimento de projeto é proposto,no
qual a escolha daqueda
detensão
média
de saída, devida às transições de estadodo
indutor ressonante, é feita apósum
estudo de minoração
da
corrente eficaz primária, incorrendoem
menores
perdas na condução.ABSTRACT
This
work
presents a study of an asymmetrical half-bridgeDC-DC
converter. Thistopology can
be
derivedfrom
the conventional half-bridge converter, by allowing the switches toconduct during
complementary
time intexvals in each period of operation. In this way, softcommutation
is achieved without a remarkable increase in conduction losses.The
use of resonantpole noticeably enlarges the load range in
which
thissofi commutation
is maintained.Several aspects
of
the converter are analysed, establishing a theoreticalbackground
fordesign purposes. In order to
confimr
theoretical analysis, the structure is simulated under differentoperational conditions.
A
design procedure is proposed, in which the electionof
average output voltage drop,due
to state transitions of the resonant inductor, ismade
up
after a study ofminimization
of
primary efficient current, thus achieving less conduction losses. ExperimentalINTRODUÇÃO
GERAL
O
presente trabalho deMestrado
destina-se a atender auma
necessidade da indústria daárea de telecomunicações. Tal setor
tem demandado
fontes de alimentaçãocom
crescentesimperativos
no que
tange a peso, volume, rendimento e faixa de potência de operação.É
objetode estudo
um
conversorCC-CC
meia-ponteempregando
comando
assimétricoem
intermptorescom
características funcionais de tiristores duais.Os
conversoresnormalmente empregados
podem
ser agrupadosem
convencionais (nãoressonantes) e ressonantes.
Os
primeiros apresentam baixas perdas durante acondução
nosinterruptores; sua
comutação
é,no
entanto, dissipativa. Já nos conversores ressonantes eliminam-se as perdas por comutação, elevando-se
porém
os valores das correntes e tensões a seremsuportadas pelos semicondutores e, conseqüentemente, incrementando-se as perdas durante a
condução.
O
supracitadocomando
assimétrico, originalmente proposto porIMBERTSON
&
MOHAN
[11], consiste na habilitação dos interruptores durantetempos
complementares, noespaço de
um
período de operação,com
aplicação de tensões desiguais sobre a carga, visandomanter-se
o
equilíbriono
transformador.Com
oemprego
desta técnica, persegue-seum
maiorrendimento pela diminuição das perdas, fruto da conjugação das características desejáveis dos
conversores convencionais e ressonantes.
No
primeiro capítulo é feitauma
abordagem
teóricado
conversor, mostrando-se suas etapas de operação, característica de saída, limite de operaçãono
modo
contínuo,bem como
outros aspectos importantes sob o ponto de vista teórico e prático. Enfoca-setambém
o circuitoauxiliar de comutação, cuja inclusão
no
circuito original possibilitaum
sensívelaumento
da faixade
carga atendidacom
comutação
suave, facultando oemprego
de tiristores duais.Os
resultados de simulação numérica do conversor são mostradosno segundo
capítulo,como
forma
de dotar omodelamento
matemático de credibilidade para o usono
projeto.Discute-se
no
terceiro capítulo o projetodo
conversor, iniciando-se pelo estabelecimento~
sobre a minimização
do
impacto da inclusaodo
circuito auxiliar nas perdas totais porcondução
dos interruptores.
No
último capítulo, são mostrados e discutidos os resultados experimentais obtidos aCAPÍTULO
1coNvERsoR
cc-cc
MEIA-PONTE
Ass1MÉTR1‹:o
1.1 -
|NrRoDuçÃo
Os
conversoresCC-CC
com
estruturaem
ponte completa e meia-ponte convencionais sebaseiam
na
aplicação de tensão sobre o filtro de saída duranteuma
parcelado
período total defimcionamento.
A
razão entre otempo
de aplicação e o período total de funcionamento édenominada
razão cíclica (D), a qual assume,em
conseqüência, valores entre O e 1. Visando semanter
a tensão de saídaem
níveis pré-estabelecidos face a diferentesdemandas
da carga e/ou variaçõesda
tensãodo
barramento, modula-se a razão cíclica. Esta é a origem dadenominação
PWM
("Pulse-Width Modulation"-Modulação
por largura de pulso).Devido
às bruscas interrupçõesdo fluxo
de potência,bem como
às súbitas entradasem
condução, os interruptores, nos conversores convencionais, apresentam simultaneidade de tensão
e corrente durante as comutações, fazendo
com
que asmesmas
sejam dissipativas.Uma
vez queas perdas por
comutação
são proporcionais à freqüência de operação, este pontotoma
proibitivasua operação
em
altas freqüências.Os
crescentes imperativos de rniniaturização de conversores,no
entanto, indicavam a direção de maiores freqüências, que por sua vez pennitiriamúma
substancial redução de peso e
volume
de elementos armazenadores de energia (indutores ecapacitores) e transformadores. Materializando o esforço de pesquisadores ao redor
do mundo,
diversas técnicas de
comutação
suave foram desenvolvidas, as quaispodem
ser agrupadasem
técnicas de
comutação
ZVS
("Zero-Voltage-Switching" -Comutação
sobTensão
Nula) eZCS
("Zero-Current-Switching"-
Comutação
sob Corrente Nula). Tais técnicas vieram ao encontrodos anseios de maior densidade de potência processada,
bem como
maior rendimento ediminuição dos ruídos irradiados e conduzidos, trazendo a
lume
criativas respostas aos maisComo
maneira de minimizar as perdas por comutação, diversas estruturasempregando
a ressonância das grandezas elétricas entre indutores e capacitores foram propostas [3,4,5]. Nestesconversores, realizam-se as
comutações
nos instantesdo
ciclo ressonanteem
que
a tensãoou
acorrente dos interruptores se anula.
A
maioria deles,no
entanto, operaem
freqüência variável,fato
que
dificulta o projeto dos elementos reativosƒAlém
disso, todos os conversores ressonantes,mesmo
aqueles operadosem
freqüênciafixa
[6,7], apresentam,em
virtude da própria natureza daressonância, altos valores de tensão e corrente circulante. Isto se traduz
em
esforços para ossemicondutores e altas perdas durante a condução.
Restringir a ressonância somente aos pequenos intervalos de
comutação
é a técnicaempregada
por alguns autores [8,9,l0,l7].O
comportamento
macroscópico das grandezas ésemelhante ao verificado nos conversores convencionais operados por defasamento ("phase-shift
PWM").
A
inclusãode
circuitos auxiliares de comutação, ainda que incorraem
um
aumento
nasperdas por condução, garante
comutação
ZVS
em
toda a faixa de carga [9,lO,17].Voltando-se a atenção para a estrutura
em
meia-ponte convencional (fig.l.1), operandocom
razão cíclica unitária (cada interruptor habilitado durante50%
do
período), verifica-se que,nesta condição, a
comutação
ZVS
é possível.Quando
S1 é bloqueado, aconente
através daindutância de dispersão, Ld, é IS'. Esta corrente força a entrada
em
condução do
diodoD2,
o quepor sua vez permite
que
a energiaarmazenada
naquela indutância (LdIS'2/2) seja devolvida àfonte.
Enquanto
Ld
se descarrega, a tensão sobreS2
é nula. Assim, se este interruptor receberuma
ordem
decomando
neste intervalo, conseguir-se-áuma
comutação
suave. S1, entretanto, continuará apresentando bloqueio dissipativo pois,em
um
circuito real, deverá bloquear toda atensão de entrada antes de iniciar a transferência de corrente para D2.
A
fim
de
semelhorarem
as condiçõestambém
no
bloqueio, deve se permitir aointerruptor eximir-se da corrente,
sem
que para isto tenha de bloquear previamentea
tensão deentrada.'É necessário, portanto, prover-se outro caminho para esta corrente,
que
não o diodocorrespondente.
A
alocação depequenos
capacitores(lOOpF
- l0nF)em
paralelocom
osinterruptores viabiliza este caminho, pois os capacitores
admitem
súbitas variações de corrente e5 S1/. D1 Drl Lf
1
Venffz O Lá›
Cf\_I_| RG /'\ É'_
Venb'2 S2›
D2 OFig. 1 . 1 - Conversor meia-ponte convencional.
D1 C1 S1/I _i_ Cpl
Dd
Lfí
o ` Q›
Rc _:'_VentÉ
. LT-I^
Dr2:cz
S2 D2 Cp;›
°T
Fig. 1.2 - Conversor meia-ponte
com
capacitores alocadosem
paralelocom
os interruptores.(Cp1,2<<C1,2-)
Focalizando-se
novamente
o bloqueio de S1,podem
se caracterizar neste circuito trêsetapas durante a comutação. Inicialmente, a corrente IS' é transferida para os capacitores,
carregando
Cpl
e descarregandoCpz
(VC1(O)
=
0;Vcp2(O)
=
Vem).
Quando
Vcpl =
Vcpz
=
Vem/2,
o transformador é colocadoem
curto-circuito, iniciando-se airessonância entreLd
e (Cpl+
Cpz). Finalmente, ao encenar-se a transição da tensão entre os capacitores,Vcpz
=
O,Cpz
égrampeado
porD2,
e o restante da energia do indutor é devolvida à fonte. Este é o instantepropício para
que S2
receba aordem
de comando.Pode
se observarque
a presença doscapacitores
toma
acomutação
bem
mais suave, por permitirum
incremento gradual dai tensão sobre S1, e proporcionauma
via altemativa àpassagem
de corrente, antesque
esta se transfira efetivamente aD2. Outro
aspecto importante é oaumento do
tempo
total da comutação, oque
atoma
mais compatívelcom
as limitações dos interruptores existentes. Raciocínio semelhantepode
Quando,
porém, o conversor deixar de operarcom
razão cíclica unitária, ocorrerão astrês etapas
da
comutação
sem
que S2
recebaordem
decomando.
Em
conseqüência, ocorreráuma
nova
ressonância entreLd
e(Cp1+Cp2).
Quando
finalmenteS2
tiver de entrarem
condução, sua tensãonao
mais será nula.'
Percebe-se, portanto,
que
amanutenção
dacomutação
ZVS
depende
deum
encadeamento
doscomandos, ou
seja,um
interruptor deve ser habilitado antesque
toda a energiade
Ld
se esvaia. Desta maneira, se S1 receber ordens decomando
durante40%
do
periodo,S2
deverá recebê-las durante o
tempo
complementar,ou
seja,60%
do
período. Eis o princípio deoperação dos conversores assimétricos, inicialmente propostos por
IMBERTSON
&
MOHAN
[1l].
Os
mesmos
autoresmostram
também
uma
topologia de conversor assimétricoem
pontecompleta (fig.1.3), na qual os interruptores
em
diagonal (S1-S4 e S2-S3)recebem
ordenssimultâneas
de
condução.A
razão cíclica dos conversores assimétricos é convencionalmentedefinida pela razão cíclica
do
interruptor S1 (noexemplo
acima, D=O,4).D1 C1 D3 C3 -- S1/1
Ã
`L
S3)Ã
-L
Drl Lf -%L-*I
La .P
+/vw
cf,_I_, 9°Ílfent
Cb
° Dr2 I S2 l D2 I›
'Ã
cpz S4L
cz: TT
1Fig. 1.3 - Conversor
em
ponte completa assimétricoÀ
medida que
decresce a correntedemandada
pela carga, a energia disponívelem Ld
diminui quadraticamente,
podendo
não ser suficiente para realizar a transição das tensões doscapacitores.
A
fim
de garantir lacomutação
ZVS
em uma
faixa de carga mais ampla, por vezes éincluído
um
pequeno
indutor (alguns microhenries)em
sériecom
o transformador. Passa-se autilizar,
no
presente trabalho, a denominação indutância ressonante (Lr), englobando a7
Nas
figs. l.4a e l.4b são mostrados circuitos equivalentesdo
conversor meia-ponte assimétrico. S1 D1í_
Lt""
VentWW
~°^-^^«J'
S2 D2V
V
Ceq Lf (3)Slf
Dl_i_ Cpl Dil Lf Vem/2 OA
Ceq ¡_!›
,¬,¬,, CFLFI Rc P °T
(b) ~Fig. 1.4 - Circuitos equivalentes do conversor meia-ponte assimétrico.
Convém
salientar que o interruptordo
tipoMOSFET
("Metal-Oxide-SemiconductorField-Effect Transistor" - Transistor de Efeito de
Campo
Metal_-Óxido-Semicondutor) presta-semuito
bem
para a implementação de conversores assimétricos.O
diodo antiparalelo já presenteem
sua estrutura dispensao emprego
de semicondutor externo.Além
disso, sua capacitânciaparasita (COSS)
desempenha
o papel de capacitor paralelo,podendo
dispensar,em
alguns casos, aSe
osMOSFETS
forem
operadoscom
característica fimcional de tiristores duais', oconversor passará automaticamente a dispor dos atributos a eles associados. Entre as
características auferidas
com
o usodo
conceito de tiristor dual, destacam-se as proteções contracurto-circuito de braço e contra sobrecorrentes, que conferem confiabilidade e robustez à
estrutura, e a simplicidade de
comando,
oriunda da adaptação naturaldo tempo morto
dosinterruptores.
1.2 -
ANÁLISE QUALITATIVA
E
QUANTITATIVA
DO CONVERSOR
'Nas
análisesque
seguem, _não havendo especificaçãoem
contrário, admitem-se asseguintes simplificações:
-
Todos
os interruptores são ideais,comutando
instantaneamente e apresentando tensãonula
em
condução;-
.A tensão de saída
VS
é constante;-
A
inérciado
indutordo
filtro de saida é de talordem
que, paraum
período deoperação, seu
comportamento
passa a ser descrito poruma
fonte de corrente ideal de valor IS;-
A
indutância de magnetização é suficientemente grande, demodo
que
sua corrente nãoapresenta oscilações,
permanecendo fixa
em
seu valormédio
Im;-
São
desconsideradas as oscilações de tensão dos capacitoresC1
e C2; -Como
será visto posteriormente,C1
não é necessariamente igual aC2",
-
Os
capacitoresCpl
eCpz
são considerados de valores iguais e invariáveis(Cp1=Cp2=Cp),
não
obstante o fato de que na realidade a capacitância de saída deum
MOSFET
seja
extremamente
dependente da tensão dreno-fonte.1
Tiristor dual é
um
conceito criado pelo Prof. Foch, do Instituto Nacional Politécnico de Toulouse, França, obtidoa partir da dualização do tiristor. Enquanto este é bidirecional
em
tensão e unidirecionalem
corrente, recebendocomando para entrada
em
condução, aquele é bidirecionalem
corrente e unidirecionalem
tensão, sendocomandado no bloqueio.
9
Pode
se limitar a faixa de investigaçãodo
conversorem
O5
D
S
0,5,uma
vez que seucomportamento
paraD
2
0,5 é omesmo
que
paraD
5
0,5, invertendo-se os papéis deS1-C1
eS2-C2'.
Inicialmente serão explorados alguns aspectos
no
que tange à distribuição de tensões ecorrentes médias ao longo
do
circuitodo
conversor.Considerando-se o conversor meia-ponte assimétrico da fig.l.5 funcionando
no
modo
contínuo,
em
regime permanente ecom
uma
razão cíclica genérica D, tem-seque
a tensão médiaaplicada entre o ponto
A
e a terra éDVem.
Uma
vez que indutores e transformadoresem
regimepermanente nao
admitem
tensão média, deduz-se que:VC2
=
DVem
(l.1) eVC1:(1_D)Vem
(12)
/lLCP!
«LCI
A
U
B
V ont'VW
3^^^f
szV
V
C2MT*
l
Lfii
RcFig. 1.5 - Circuito do conversor meia-ponte assimétrico
com
definiçäo dos pontosA
e B,usado na determinação dos valores médios das tensões.
íi
IEQ
Já
no
circuito equivalente apresentado na fig.1.4b:VER
-ii--Vceq
=DVe,,, (1.3)vceq
=(1-213%
(14)
'
Na
topologiaem
ponte completa da fig. 1.3, tem-seVcb
=
(1-2D)Vem
(1.5)No
circuitoda
fig.l.6 inclui-se a indutância magnetizantedo
transformador.O
retificadore
o
filtro de saída estão referidos ao primário. Sabe-se que a correntemédia
através decapacitores
em
regime permanente deve ser nula. Logo,Iclméd,
Iczméd
e, por conseguinte,Iuméd
são nulas.Além
disso,Islméd
=
Iszméd.No
primáriodo
transformador ideal, porém, ostempos
de circulaçãoda
corrente de saídaem
cada sentido não são idênticos, devido à. assimetriada
operação. IS' circulano
sentidoA-B
duranteDT
eno
sentidoB-A
durante (1-D)T. Parauma
razão cíclica inferior a 0,5, a corrente
no
primário apresentaum
valormédio
positivono
sentidoB-A,
o qualsomente
pode
circular através deLm.
Esta estrutura é, portanto, naturalmente isoladae o transformador,
além
de adaptar as tensõesdo
primário ao secundário e depromover
isolamento galvânico, serve
como
caminho
para esta corrente média.s1}
Zšllcpr
Lm
'14
T I I:cr
L,4
4
'ZTV
ert l¿
VB
‹_›
Í
Dr2vg
D¡›4 I C2 TÃ
T
Fig. 1. 6 - Circuito do conversor meia-ponte assimétrico,
com
indicaçãodas correntes médias nos diversos pontos.
As
setas bidirecionaisassinalam os elementos
com
corrente média nula; as setas cortadas assina/am os elementos cujas correntes médias não são nulas.Assim: 1 Im
=í[(1-D)T-DT]I;
(1.ó) Im=(1~2D)Is'
A (1.7)Observa-se
que quando
o conversor operacom
D
=
0,5, seu funcionamento é idênticoao
do
conversor convencionalcom
D
=
1.À
medidaem
que a razão cíclica se afasta de 0,5, cadavez
mais assimétrica setoma
a operação: maior a diferença entre as tensões deC1
eC2
e maior o11
.-
1.2.1 -
Etapas
de
operaçao
do
conversor
O
conversor meia-ponte assimétrico apresenta dez etapas de operação, detalhadas aseguir.
Na
fig.1.7 é apresentado o circuito básico para análisedo
conversor ,com
definições dossentidos das correntes e tensões.
D1_|fP1 C1
lis
1)
E
*L”
Ii* i`ILf(C1+¢2>iilqzi
riC1
L!A
ls'¿
'_
VentÂ
I_,,T,
Vi.:u
B
L' 4 W-“‹=1"Í‹2~¢2>__
Ent 32D2
Cp2 r-133
(1.D)/ ZS.1
H
TM
PFig. 1. 7 - Circuito básico para análise do conversor,
com
indicação dos sentidosde fluxo positivo das correntes e polaridades das tensões.
Os
circuitos representativos das etapas de funcionamento são apresentados na fig.1.8.Em
cada estágioforam
enegrecidos os elementos que se encontramem
condução,bem como
oscaminhos
poronde
há circulação de corrente. .Primeira etapa (to - t1):
T
ransferêncía de energia viaS1
(ƒig.1.8a).S1 está
em
condução,promovendo
transferência de energia da fonte à carga. Atravésdeste interruptor flui a corrente (IS'+Im). Entre os pontos
A
eB
é aplicada a tensão(1-D)Vem,
inteiramente absorvida pelo filtro de saída, o que faz
com
que a indutância magnetizantetambém
receba energia neste intervalo.
A
ordem
de bloqueio de S1põe
fim
a esta etapa.¡Lr(fo)
=
íLr(t1)=
1s'+1m - (13)VCpl(Í0)
=
VCp1(Íl)=
O '(1-9)vAB‹‹0›=vAB‹t1›=‹1-D›vem
<1z1‹>›Is'*Im
¿
D:2 DI4 * C2 ls'+Im nz: DI 4 sz D2 fr*wmz
sz D2A
Ã
D1 CPI tm --› I I I 1 zzL
mi
S.)i
cP¡ Lm LH,Ã
Lan 'Õ Ó cx _ | c1 LfL
LgL
_-‹›‹~^-.ëšfl-‹›-~›~¬
0
B * C2 __' Want: +0 'U L)ívlnt
1Í
1T
(a) (b) IS×,1 ð'_L:*" 'Lzzz L-.'SJ
z§'_ͧ$flmIm
:Â _ Í N :*c1 _ Í I=
í
Lz - Lz - "'Ven!.A
BÍVQN.
*C10
^0
H na ozâ , C2 nú Dzzs ', C2 S2 D2 'L-792Í
wma
33 D2 Cp21
mam; TZS
T
T
(C) (d) I I I I S 1)Ã
Dnlfpl Dx_I_Cr›\ 'vzzzz Lm L'-L S1zg
*vem U* -›¡*“ .. I -;'-cx - Í I *C1 L; 1;L
_
vemA
B-
vzmA
B -azfízzà0
A
Dzz Dz4 , C2 Dzz Dz4 , C2 S2 D2 Cp2 íbvcnc S2 D2 CP2 íífient (9) (ÚZ.
VGN.A
_,
B1
Ven: -(1 '-z s nz)A
.__*C2 I Í I I c 1 s¡}äljzp
Lzn Ím sl)äijfpl
Lm Im . I :"c1 . ' :*c1 LzA
" Lz '_
0
^0
B Dzz Dm 2iv
Dr DI4i*
C2 I I I I D2 Cpz ::!7Jen!: /zg
1
vmzz S2 D2 CP2 -'_IX¡ent S2 D2 Cp2 ífidenc 'fÃT
FT
(9) (Ú) s¡¡
D1_|fP¡ U” 'lí S,Ã
D1_|_ cpl 1-” -“I-“› 'Ó' ÓZCI
“`“C1 'T
Lz " Lz_
vzmA
0
B-
vzm^
0
B Dzz Dm * C2 C Dzz D‹4 1:02 sz sz D2 P2*_
Elen: Vent:il*
(9 (1)13
Segunda
etapa (t 1-tQ
:Etapa
lineardo
bloqueio deS1
(ƒig.1.8b).S1 é bloqueado
em
tl.Devido
à inércia de tensão de Cpl, estacomutação
se dá sobtensão nula. Impossibilitada de seguir fluindo através
do
interruptor, a corrente se transfere paraCpl
eCP2
em
partes iguais. Inicia-se a transição de estado destes capacitores,com
a carga deCpl
e a descarga de Cpz.A
tensãoVAB
é positiva,mantendo
a polarizaçãode
Drl
e D¡4.A
carga/descarga dos capacitores se processa, portanto,
com
corrente constante e variações linearesdas tensões. Esta etapa prossegue até o instante
em
queV
AB
se anula.ÍLr(f1)
=
ÍLr(t2)=
1s'+1m (1 - 12)VCpl(Íl)
=
0; VCp1(Í2)=
(1'D)Vent (1-13)VAB(t1)
=
(1-D)Vem; vAB(t2)
=
0 (1 - 14)vpcm
= (1-Dwzm;
vp‹¢z›=
0 (1. 15)T
erceíra etapa (tz - t 3):Etapa
ressonantedo
bloqueio deS1
(fig.1.8c).Quando
a tensão sobre o capacitorCP2
se iguala aVC2
=
DVem,
a tensão entreA
eB
se anula, tendendo a inverter-se.
A
configuração da ponte de diodos caracteriza Is'como
receptorde energia, impossibilitando a
manutenção
da polarização anterior (Drl-DI4).Por
outro lado,Lr
impediria qualquer inversão instantânea
do
sentido da corrente. Desta maneira, a ponte é colocadaem
curto-circuito, absorvendotambém
a corrente Im. Efetivamente, sob a óticado
conversor,entre os pontos
A
eB
encontra-se somente o indutor Lr, carregadocom
corrente inicial (IS'+Im),o qual entra
em
ressonânciacom
(Cp1+Cp2).
Há
transferência de energiado
campo
magnético deLr
para os capacitores,dando
continuidade à transição de estado.Quando
esta se completa,Cpz
está descarregado e a presente etapa concluída.
iL¡(t2)
=
IS'+Im (1. 16)VCp1(Í2)
=
(1'D)Ventš VCpl(Í3)=
Vent
(1› 17)vAB(t2)
=
0;vAB(t3)
=
-DVent
(l. 18)vp(t2)
=
vp(t3)=
O (l.19)Quarta
etapa (t3 - t4):Devolução
de energiaà
fonte (fig. 1. 8d).Uma
vez completada a transição de estado, o diodoD2
entraem
condução,grampeando
a tensão de
Cpz
em
nível zero epondo
fim
à ressonância.Enquanto Lr
devolve energia à fonte dealimentação, envia-se a
ordem
decondução
a S2, o qual é fechado sob tensão nula.O
instante t4é definido pela desmagnetização total de Lr.
iLr(Í4)
=
OVCp1(Í3)
=
VCpl(t4)=
Vent
VABÚ3) =
VAB(Í4)
=
'Dvent
Vp(t3)
=
Vp(Í4)=
OQuinta
etapa (t4 - t5):Magnetização do
indutor ressonante Úig.1.8e)."(120)
(121)
(1.22)
(123)
Em
t4,S2
encontra-se apto a conduzir.Há
a aplicação da tensãoDVem
sobre o indutorLr,
que
está descarregado.Em
conseqüência, sua corrente apresentaum
crescimento (negativo)linear. Esta etapa
tem
seufim
quando
a corrente disponívelno
primáriodo
transformador ideal,Ip, se iguala a -IS' ou,
em
outras palavras, IL¡=
-(Is'-Im).ÍLr(Í4)
=
0; ÍLr(Í5)=
-(Ís"Ím)VCpl(t4)
=
VCpl(t5)=
Vent
VAB(Í4)
=
VAB(Í5)
=
'DVent
Vp(t4)
=
Vp(t5_)=
OSexta etapa (t
5
- t6):T
ransƒerência de energia víaS
2 (fig. 1.819.(124)
(125)
(126)
(127)
No
instante t5 3 a corrente disponível no primário é -IS'.A
divisão das correntes entre osdiodos
impõe
o bloqueio deDrl
eDr4'.O
filtro de saída é colocadoem
sériecom
Lr
viaDrz-
D¡3, absorvendo toda a tensão DV¡.-,nt e
grampeando
iL¡ no valor -(IS'-Im).Ocorre
transferênciade
energiada
fonte à carga. Parte da corrente de carga é fornecida. porLm,
que
desta maneiraentrega a energia
acumulada
entre tg e t2.A
ordem
de bloqueio deS2
determina o final desta etapa.iLr(t5)
=
iLr(t6)=
'(Is"Im)VCp1(f5)
=
Vcp1(tó)=
Vem
VABU5) =
0;vAB(tó)
=
-DVem
Vp(Í5+)
=
Vp(t6)=
'Dvent
"
Sobre a divisão das correntes entre os secundários do transformador, ver apêndice A, seção A. 1.
(128)
(129)
(130)
(131)
15
Sétima
etapa (t6 - t7):Etapa
lineardo
bloqueio deS
2 (fig.1.8g).No
instante t6,S2
é bloqueado sob tensão nula.A
correnteque
por ele fluía éimediatamente transferida aos capacitores, que iniciam
nova
transição de estado. Durante esteintervalo continua existindo tensão não nula sobre o primário. Logo, o filtro de saída permanece
conectado
em
sériecom
Lr,tomando
lineares as excursões das tensões dos capacitores. Estacondição se
mantém
atéque
a tensão entreA
eB
se anule.iLr(Ió)
=
iLf(f7)=
-Us'-Im) (1 -32)VCp1(Í6)
=
Vent; VCp1(Í7)=
(1'D)Vent (1-33)vAB(t6)
= -DVem;
VAB(t7)
=
O (1.34)vp(t6)
=
-DVent; Vp(t7)=
O (135)Oitava etapa (t7 - t8):
Etapa
ressonantedo
bloqueio deS
2 (ƒig.1.8h).Após
a tensãov
AB
haver se anuladoem
t7 , a corrente disponívelno
primário tende adiminuir, colocando a ponte de diodos
em
curto-circuito.Sob
a perspectivado
conversor, oramo
A-B
seresume
tãosomente
a Lr, à guisa da terceira etapa. Ocorre transferência de energia desteindutor para
Cpl
e Cpz.A
presente etapatem
seufim
quando
se conclui a transição de estadodos
capacitores.iLr(f7)
=
-(Is'-Im)(136)
VCp1(Í7)
=
(1'D)Vent; VCp1(Í8)=
O(137)
VABU7)
=
0;vAB(ts)
=
(1-D)Vem
(138)
vp(t7)
=
vp(tg)=
O(139)
Nona
etapa (18 - t9):Devolução
de energiaà
fonte (ƒig.1.81). 'A
energia ainda restanteno
campo
magnético deLr
é devolvida à fonte via D1. Destamaneira, a tensão sobre S1 é
grampeada
em
nível zero, facultando sua habilitação sob tensãonula.
A
corrente através deLr
sofreuma
variação linear e, ao atingir valor nulo,demarca
o finalda
etapa.iLr(t9)